Fic by: Jéssica Franciele | Beta: Flávia C.
“Se eu te disser que eu não vou mais voltar
(Você irá me procurar?)
Se eu te disser que eu não vou acordar
(Com quem você irá sonhar?)
Se eu te disser que eu não vou mais mentir
Não vá acreditar...”


Por que eu estava com essa música na cabeça? Por que aquele DESGRAÇADO não saía da minha cabeça?
A rua estava escura, fazia muito frio em Porto Alegre, mas eu não aguentaria ficar naquele apartamento nem por mais um minuto.
Eu era fraca, eu sei, mas naquele momento precisava ser forte, mostrar pra ele que eu podia ser forte, que eu podia resistir a tudo aquilo, e que ele se arrependeria por ter NASCIDO, aquele idiota, vai pagar caro por me conhecer. A se vai...

Faz frio em Porto Alegre? Porto Alegre sempre faz frio, mas aquela noite, justamente aquela noite, era a mais fria do ano, e eu andando sem saber pra onde ir, sem saber o que pensar o que fazer? Como eu posso estar perdida em meio a pensamentos? Por que isso tinha que acontecer agora? JUSTO AGORA? Eu já sentia muito medo, medo de tudo, depois da noticia que recebera hoje à tarde, e a única certeza era que depois de hoje, eu realmente teria que enfrentar tudo isso sozinha.
Caminhava entre as ruas frias, escuras e desertas daquela cidade, e, quanto mais caminhava, mais frio sentia. Esfregava meus olhos, não com sono, mas com a esperança que aquilo fosse um pesadelo, porém isso me fazia pensar e, a cada lembrança, maior era a dor, doía pensar que aquilo era realidade, que eu não estava sonhando, aliás sonhando não, tendo um pesadelo...
Por que comigo? Por que justo comigo?
Eu sempre soube que ele não era “flor que se cheira”, um galinha, galinha gostoso, mas galinha. Já estamos juntos há quase um ano, eu e todos os amigos dele achávamos que ele tinha tomado "jeito", jamais esperava ver o que eu vi hoje. E ainda por cima, JUSTO HOJE?

Escutei um grito vindo de longe, não podia ser ele, não pode ser a voz dele, ele não teria coragem de falar comigo, seria muita cara de pau, se bem que aquele imbecil era muito cara de pau mesmo, cara de pau, e gostoso, vamos convir que ele era muito gostoso. O que isso? Olha o que ele fez com você, e você esta pensando que ele é gostoso? Ele é um DESGRAÇADO, IMBECIL, INFAME, VAGABUNDO, GALINHA e gostoso. Senti alguma coisa segurando meu braço, sim, era ele...
- Dá pra você me escutar? – falou irritado, respirando ofegante.
Como ele me achou ali? Ele estava o tempo todo me seguindo? Ele estava me chamando e eu não ouvira durante esse tempo? Bem, eu não sabia.
- Dá pra você me deixar em paz? - falei tirando a mão dele do meu braço.
- Só se você me escutar.
- Eu não aguento nem ouvir sua voz.
- Mesmo? - disse me colocando contra um muro, e encostando seu corpo no meu.
- Mesmo! - respondi tentando me livrar dele, mas aquele desgraçado era mais forte que eu.
sempre foi rápido, decidido, sabia o que queria e naquele momento não seria diferente, colocou seus braços envoltos da minha cintura, e em um piscar de olhos, uniu nossos lábios, pedindo passagem para um beijo, apaixonante. Resistir àquela pegada, aquele cheiro, não era fácil, mas eu precisava ser forte, a mágoa que guardava era enorme, eu jamais poderia perdoá-lo. Empurrei-o, com uma força que nunca tive, fazendo-o se assustar e afastar, triste. Vendo que seu toque não tinha o mesmo efeito em mim, me olhou nos olhos, um olhar vazio, um olhar com medo, e com os olhos lacrimejantes disse: – Eu amo você.
- Não foi o que pareceu, você me pareceu tão alegre naquela cama, NA MINHA CAMA, com aquela vadia. – respondi me afastando ainda mais.
- Por favor, me deixa explicar? - ele falou se ajoelhando em meus pés, abraçando minhas pernas.
- Levanta daí - falei me abaixando junto dele, olhando-o nos olhos.
- Só se você me perdoar.
- Levanta daí. - disse entre lágrimas.
- Eu te amo. - ele respondeu chorando também.
Eu jamais pensei ver aquilo, doía ver aquilo, doía ver o meu olho, o cara autoconfiante, que sempre me passou força, proteção, ajoelhado em meio a uma rua deserta, chorando junto a mim, mas acima de tudo, doía o que eu vi. Não sabia o que fazer, não sabia como agir, saí correndo sem pensar, sem saber para onde ir, mas ele logo me alcançou, abraçou forte e disse:
- Não me deixa? Por favor, não me deixa! – Ele suplicou
- Foi você que quis assim. – Falei entre lágrimas.
- Me deixa explicar o que aconteceu pelo menos?
- O que aconteceu? O QUE ACONTECEU? O que você quer contar, o que? Que você viu ela em uma esquina, achou gostosa e colocou no carro, vocês começaram a se beijar, ela fez um carinho em você daquele jeito que você gosta, você não resistiu e parou o carro, na garagem do nosso apartamento, pegou ela, subiu até o nosso ex apê, e começou a beijá-la, você a beijava, enquanto ela arranhava suas costas, ela gemia alto, você também, resolveu colocar a vadia em nossa cama, era mais confortável.
"Começaram a se beijar, você a chamava de vadia, e brincava com ela, beijava os peitos? Mordia? Deixou marcas, isso com certeza deixou, assim como ela deixou esse chupão no seu pescoço. - Ele colocou a mão no pescoço, em um impulso. Eu não conseguia parar de chorar, e, ao mesmo tempo, imaginar o que ele poderia ter feito com a vadia, falava, gritava, não me importava, queria tirar aquilo que estava sentindo de dentro de mim, queria arrancar aquele sentimento do meu peito, não conseguia parar de falar, em nenhum minuto. - Pegou a camisinha na mesinha ao lado, você sempre guardou lá, olhou pro relógio e pensou a CORNA da só chega amanhã, voltou a dar atenção a vadia, a colocou por cima, ela te beijava, explorava teu corpo com a boca, sim todas as partes do teu corpo, você gemia, gemiam alto.
"Gemia de prazer, cansou da brincadeira, girou novamente, você sempre gostou de comandar, era sua vez de ficar por cima, você se beijaram, ele sentiu o seu "volume" entre suas pernas, você não pensou duas vezes, arrancou a calcinha da vadia e a penetrou com força, com movimentos rápidos levou ela a loucura, ela gemia alto, você gemia, estavam chegando à melhora hora, ao orgasmo, chegaram juntos ao orgasmo?
"Estavam dormindo tranquilamente, aquela noite estava perfeita, mas daí a idiota aqui chega, abre a porta, você nota a minha presença, eu saio correndo, você teve que se arrumar se despedir, pagar a vadia? Antes de sair correndo, correndo atrás de uma trouxa que tu gosta de chamar de corna pros amigos."
- POR FAVOR, DÁ PRA VOCÊ ME ESCUTAR?
- Claro, fala, pode falar explica, to esperando. - falei irônica.
- Er.. - ele levantou, andando de um lado para o outro.
- Você não tem o que explicar né?
- Não, eu só tenho certeza de uma coisa. - ele respondeu chorando. Ela nunca tinha o visto chorar...
- Que coisa? - Perguntei chorando.
- Que eu te amo.
- Se me amasse não iria me trair.
- Tu me ama? - ele perguntou sem jeito olhando fundo em meus olhos.
- Ainda te amo, mas vou aprender a te esquecer. - falei seca fria, como jamais fui com ele.
- Acredita em mim, por favor.
- Acreditar no que?
- Que eu te amo.
- Eu já disse que se você me amasse não me trairia.
- Posso te contar o que aconteceu?
- Pra que?
- Pra tentar explicar?
- Explicar o óbvio? Você comeu ela na nossa cama, aliás tua...
- Nossa, sempre foi nossa.
- Então você admite que comeu ela?
- Tem como negar?
- Sem vergonha, idiota, desgraçado. - falei batendo nele, enquanto ele me segurava e tentava segurar os meus braços.
- Eu sou tudo isso que você falou, e também um besta, um burro, por ter traído a mulher da minha vida se é que eu trai.
- EU NÃO SOU A MULHER DA TUA VIDA.
- TU É A MULHER DA MINHA VIDA. - ele disse tentando me beijar, mas eu resisti.
- Sai daqui! – falei.
- Eu te amo.
- Eu te odeio - Odeio – repeti.
- ODEIA MESMO?
- Não. - falei baixando a cabeça.
- Então, não me deixa, por favor?
- Se eu ficasse com você eu nunca mais confiaria em você, não dá, , me deixa. - Se eu não ficar com você, eu não vou ficar com mais ninguém, eu não vou mais ser feliz, porque você é quem me faz feliz.
- Então porque você fez aquilo?
- Vem comigo até meu carro pelo menos, sai desse frio, por favor, , ontem você estava com febre, vem comigo. - ele disse me abraçando.
Fomos até o carro, realmente eu estou com febre, e nas minhas atuais condições, febre e frio não são coisas muito legais.
Chegamos ao carro, ele tentou me beijar eu impedi, sentei no banco do carona, ele apenas me olhou segurou minha mão e começou a falar:
- , antes de tudo eu preciso que você saiba que eu te amo, e que eu errei e estou muito arrependido de tudo - eu ia falar qualquer coisa, mas ele colocou a mão em minha boca, e continuou falando. - Eu não sei o que aconteceu, acho que foi um minuto de bobeira, minuto que eu não vou me perdoar nunca, porque além de fazer mal pra mulher da minha vida, eu estou com muito medo de te perder, porque você é a pessoa que eu mais amo no mundo, a única pessoa que eu confio em falar de tudo, a única pessoa que me faz sorrir e que quero que esteja do meu lado pelo resto da minha vida.
- Tarde demais, .
Ia sair do carro, mas ele segurou meu braço.
- Por favor, fica?
- Pra que ficar?
- Porque eu só deixo você sair daqui quando você me perdoar.
- Se fosse eu você perdoaria?
- Você não seria uma idiota como eu fui.
- Será?
- Como assim? - ele perguntou assustado.
- Como assim o que?
- Nada.
Ele ligou o carro.
- Aonde você vai?
- Nós vamos.
- Vamos aonde?
- Pra nossa casa.
- Nossa? Pra tua casa.
- Aquela casa é nossa.
- Aquela casa nunca foi minha, é tua, tua e de suas amiguinhas.
- , me escuta, por favor?
- Escutar o que?
- Posso falar como foi, eu sei que NADA vai explicar, mas pelo menos me deixa tentar?
- Como foi? VOCÊ QUER ME CONTAR COMO FEZ TUDO AQUILO?
- Não, eu quero que você entenda que eu te amo, e que aquilo não vai mais acontecer.
- Fala então.
Nós estávamos dentro do carro, ele pegou minha mão, mas eu a tirei dele, ele me olhou com um olhar triste e começou a falar. - Então, aquela noite, a gente brigou.
- E daí? Tu me traiu. Ah, que legal a gente briga e tu me trai.
- Não, calma, por favor?
Eu o olhei com raiva, tremendo de frio, e calei, o deixando falar.
- Nós brigamos, de novo pelo mesmo motivo.
- Eu quero muito que tu venha morar definitivamente comigo, mas tu ta sempre arrumando desculpas e não vem nunca, poxa vida, seu pai não gosta muito de mim, eu sei, mas daí por causa disso você fica longe? Você atura seu pai, que demonstra tudo menos te amar, e não fica comigo que te amo muito.
- Claro, você me ama né? Me trai com a primeira vagabunda que vê pela frente quando a gente briga.
- Não é isso, , me deixa falar.
- Continua...
- Então, nós brigamos, por que mais uma vez, você não quis dormir aqui em casa...

[FLASHBACK ON]

chegou no apartamento dele, depois de mais uma briga com seu pai.
Ela era filha única, morava com o pai e a madrasta, que não suportava ela, seu pai achava nela todos os defeitos possíveis, sempre teve muita dificuldade em se apaixonar, em confiar nas pessoas, e foi quando o apareceu em sua vida, que ela começou a confiar nas pessoas, nas pessoas não, nele.
Os dois se conheceram em um show, show do Simple Plan, começaram a conversar na fila do show, eles passaram o dia na fila e logo se tornaram amigos, amigos com muitas coisas em comum, foi durante a música Untitled, que aconteceu o primeiro beijo deles, música preferida dos dois, música que marcou a vida de cada um.
era filho de pais separados, morava há quatro anos sozinho em Porto Alegre, veio para capital gaucha fazer faculdade de Administração, logo trocou o curso de adm pra Rádio e TV, e agora trabalhava em uma das mais importantes produtoras do Estado.
Os dois namoravam há mais de um ano, e ele sempre achou estranho o fato da namorada, às vezes, aparentar ter vergonha dele, vergonha de mostrar seu corpo pra ele.
Até que certo dia durante o banho, ele notou algumas manchas roxas em seu corpo, isso fazia mais de seis meses, ela desconversou, disse que havia se machucado, que sempre se machucava, enfim, ele fingiu acreditar.
Mas os roxos estavam cada dia mais frenquentes, era aparente o medo que ela tinha de seu pai, um importante advogado da Capital Gaúcha.
Certo dia, ele chegou à casa da namorada para buscá-la pra uma festa, mas antes de bater na porta ouviu alguns gritos.
- Para pai, por favor?
- Você é só mais uma vadiazinha eu não te criei pra isso, não mesmo?
- Eu, vadia? O senhor traz pra dentro de casa uma mulher com a metade da sua idade e quer me chamar de vadia? Eu trabalho, estudo, não fico dependendo do seu dinheiro, enquanto que a tua mulherzinha, passa o dia nos salões de beleza, no shopping?
- Quem te deu o direito de falar assim da minha mulher?
- Ninguém me deu direito nenhum, ninguém nunca me deu nada.
- Eu sempre te dei tudo do bom e do melhor, agora você resolve arrumar um vadio qualquer, e não me obedecer?
- Você nunca me deu nada do que eu preciso.
- Eu sempre te dei dinheiro, dinheiro é tudo que você precisa.
- Eu sempre precisei de amor, de um pai presente, da minha mãe comigo.
- Sua mãe esta morta, entende isso.
- Você matou minha mãe, você acha que eu não sei você acha que ela nunca soube de suas traições? Ela se afundou na depressão e a culpa é sua.
apenas ouviu um barulho de tapa, ele não podia acreditar que isso estava acontecendo. Resolveu então tocar a campainha da casa.
Ouviu um barulho de alguém subindo as escadas, em seguida a porta foi aberta. Era o pai dela:
- A não vai sair hoje, ela não esta se sentindo muito bem.
- O que aconteceu com ela? Me deixe vê-la? disse entrando e subindo até o quarto da garota.
Sr. Valter tentou impedir, mas não conseguiu.
entrou no quarto, viu sua namorada em cima da cama chorando, quando o viu, tentou se esconder era tarde demais, ele havia descobrindo seu segredo.
estava com o vestido rasgado, vestido que ele tinha ajudado a escolher, maquiagem borrada por causa do choro, e muito, muito machucada.
- O que aconteceu? - perguntou entrando no quarto.
- Vai embora. - ela respondeu em meio ao choro.
- Vai embora - o pai dela respondeu ao entrar no quarto da garota.
- Deixa ele - ela respondeu para o pai.
- Você não quer que eu me estresse mais, né, ? - o pai respondeu para ela.
- Amor, vai pra casa, por favor? Por mim? - ela pediu chorando para ele.
não podia aceitar ver sua pequena ali, daquela maneira, o que aquele monstro havia feito com ela? Quem era aquele cara afina? Ele não teve nem tempo de tocar sua menina, antes disso dois seguranças o havia posto para fora dali.

Daquele dia em diante os dois nunca mais tiveram segredos, as vezes em que o pai batia nela eram constantes, e ele não entendia o porquê daquilo, porque ela aturava aquilo.
Ela sentia medo, medo de acreditar nas pessoas, medo de ser abandonada e não ter para onde ir.
Os dias foram passando e cada dia mais a única briga dela e dele, era o fato dela não querer morar com ele, não querer esquecer aquele pai, que descontava nela todas as frustrações do seu dia.
Até que chegou o dia, dia em que ela teve coragem de jogar tudo pro alto e viver com seu amor.

chegou ao apê de , era quase meio dia, os dois passaram a tarde juntos, então ele descobriu mais um roxo desta vez nas costas de sua amada.
- Não é nada, me deixa. - disse se afastando do seu namorado.
- Eu não aguento mais isso. - ele respondeu.
- Você não aguenta mais me ver né?
- Claro que não, , para com isso, eu não aguento mais essa teimosia de não querer vir morar comigo.
- Você nunca vai entender.
- Não, não vou, eu nunca vou entender o fato de você preferir morar com um pai que só te bate, e uma madrasta que dá em cima do teu próprio namorado, a morar comigo que te amo.
- Eu tenho medo.
- Da pra você confiar em mim?
- Você também poderia confiar em mim né?
- Como?
- Como o que?
- Como confiar em uma pessoa que gosta de sofrer?
- Eu não gosto de sofrer.
- Então esses roxos no teu corpo são o que? Carinhos?
- Para com isso!
- Não paro você tem que aprender a se dar valor.
- Você acha que eu não me valorizo?
- Teu pai te chama de vadia, te bate e você não faz nada, isso é se valorizar?
Ela começou a chorar, e saiu correndo daquele apartamento.
Ele atendeu o telefonema de um amigo, o convidando para ir a um bar, estava irritado, achava que ela não o amava, afinal por que essa recusa de morar com ele?
Ela foi para casa, pegou seu carro, tirou todas as coisas que considerava importantes de dentro do seu quarto, e disse para o seu pai, que não iria mais atrapalhar sua vida, que era para ele ser feliz. Seu pai disse que ele nunca mais queria vê-la em sua frente, que ela era a maior decepção de sua vida, e que se ela saísse de dentro daquela casa, nunca mais poderia voltar.
foi para o bar, bebeu, bebeu muito, encontro uma antiga namorada, que começou a conversar com ele, a provocar ele. Ele é homem, era considerado o mais galinha dos amigos, mas depois que conheceu mudou muito, mudou pra melhor.
Contudo naquele dia ele não estava em si, ele brigou com a mulher da sua vida, se sentia culpado por ofender ela daquele jeito, e resolveu diminuir a culpa na bebida. Fazia muito tempo que ele não bebia daquele jeito. Aproveitando um momento de distração, Valquíria colocou no copo de uma droga, ela queria se vingar de todas as traições do ex amor, de todas as humilhações que ele lhe fizera passar.
quanto mais bebia, pior ficava, via o rosto da sua namorada em sua ex. a sua ex. o provocava cada vez mais, se ofereceu para levá-lo pra casa, ele não estava em condições de dirigir.
Os dois foram para casa dele, a sua ex. o fez companhia, e propositalmente deitou-se em seu lado.
quando chegou em casa, adormeceu, a ex. se aproveitou da situação tirou sua roupa e deitou-se em seu lado.
Algumas horas depois chega ao apartamento, encontrou sem namorado deitado com uma garota totalmente nua na cama que ela já julgava dos dois.

[ FLASHBACK OFF]

Então , eu não sei o que aconteceu, eu lembro que estava bebendo e depois só lembro de acordar com o barulho que da porta batendo. Eu não sei como ela foi parar lá, por favor, acredita em mim. - falou em um tom de desespero, mas parecendo sincero.
- Eu não sei o que te falar.
- Diz que acredita em mim.
- Mas tudo me faz acreditar que você ficou com ela.
- Eu não fiquei com ela. – falou indignado.
Eu sempre fiz o que meu coração mandava, e mesmo com tudo parecendo ir contra ele, mesmo olhando-o e lembrando-se da cena que havia visto, algo me fazia acreditar no que ele dizia, algo me fazia crer que o meu amor, não havia me traído.
- Eu acredito em você. Eu sinto que você não fez aquilo comigo, eu não sei por que eu posso estar sendo uma idiota agora. – Falei sem controlar o choro.
- Eu te amo. - Ele respondeu chorando também.
Não conseguia pensar, não conseguia pensar em nada, sentia uma dor imensa no peito, sentia uma necessidade do seu abraço, de me sentir segura ao seu lado. Segundos depois senti os lábios dele tomarem o meu novamente, suas mãos geladas tocavam minha cintura, enquanto sua língua pedia passagem, explorando todos os lados de minha boca, com os olhos fechados, completamente entregue a um beijo calmo, e envolvente, não consegui resistir aquele homem.
Ficamos por um longo momento nos olhando, um olhar cúmplice, um olhar apaixonado, onde nele eu pude perceber o medo, talvez de me perder pra sempre.
Ainda me olhando, ele ligou o carro, eu me assustei e perguntei rapidamente:
- Para onde você vai me levar?
- Pra nossa casa. – respondeu direto.
- Eu preciso pegar minhas coisas, estão todas dentro do meu carro, na garagem. – falei ofegante após o beijo.
Ele por um momento ficou parardo me olhando nos olhos. Em seguida sorriu, e entre lágrimas me deu mais um beijo calmo e apaixonado. Incrível que por mais que o tempo passasse, ele causasse em mim os mesmos calafrios, como se fosse a nossa primeira vez.

Permanecemos calados durante o caminho até nossa casa. Estava descendo de seu carro quando ele me surpreendeu, pagando no colo, eu sorri pedindo para parar, mas como sempre teimoso ignorou meu pedido.
- Bem vinda a nossa casa, pronta para fazer os meus dias cada vez mais felizes? Pronta pra agora e cada vez mais ser a minha mulher? A mulher da minha vida? – falou abrindo a porta de sua casa.
Eu não respondi apenas o beijei, um beijo calmo, um beijo apaixonado, que fazia com que meu quarto se ligasse ao dele, que fazia ter a certeza que sim, que eu seria sua mulher para sempre.
Os beijos foram ficando mais intensos à medida que entravamos naquele apartamento, minhas roupas não demoraram a se juntar com as dele, e mesmo com todo frio que fazia, eu sentia calor, calor a cada toque seu em meu corpo.
espalhava beijos por todos os cantos e a cada toque de seus lábios em minha pele, sentia um arrepio, uma sensação gostosa que só o toque dele me proporciona. Não demorou para que seus lábios e língua encontrassem meu clitóris, ele beijava, mordiscava e fazia movimentos circulares com a língua, me fazendo gemer de prazer. A cada gemido sentia ele ainda mais excitado e percebendo que não demoraria para eu explodir de prazer, subiu os beijos me penetrando. Sua penetração me fez gozar no ato, percebendo isso ele intensificou os movimentos com estocadas fortes dentro mim. Estávamos completamente ligados um ao outro, até que senti seu liquido escorrer dentro e fora mim. se atirou no meu lado, me olhando nos olhos e dando um selinho demorado.
Ele já estava pronto para o “segundo round”, porém uma ruga de preocupação surgiu em seu rosto.
- Você comeu algo hoje? – ele perguntou preocupado, sabia da minha mania de “não comer” quando estou nervosa.
- Er, estou morrendo de fome. – respondi antes que o mesmo me xingasse pelo jejum – alias, estamos – falei em seguida.
- Farei algo para nós dois, vida – ele respondeu me dando um selinho.
- Três amor. – respondi ansiosa por sua reação.
- Três? – perguntou sem entender.
- Sim, três. – Confirmei colocando sua mãe em minha barriga.
- Amor, eu, nós? – Ele sorria, como nunca havia visto antes, apenas concordei com a cabeça, sentindo seus lábios tocarem os meus.

Fim.



Nota da autora: Então, gostaram?
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