Rendendo-se ao Prazer


Escrita por: Gabi Mdrs
Betada por: Ebonny


Rendendo-se ao Prazer


Penteado? Ok!
Maquiagem? Ok!
Vestido? Elegante e sensual. Ok!
Preparada para rever seus amigos e familiares depois de 6 anos? Nem um pouco!

Suspirei pesadamente enquanto encarava meu reflexo no espelho e tentei me acalmar. Afinal, o que poderia acontecer neste reencontro?
Exatamente! Tudo!
Por que eu aceitei este maldito convite? Por quê? Por quê?
Não adiantava me lamentar mais, agora que tudo estava feito eu só tinha que desempenhar meu papel e torcer para que a noite acabasse logo. era um bom amigo e eu não podia decepcioná-lo, não quando ele foi o único que me ajudou anos atrás.
Um pouco mais convicta, peguei minha bolsa de mão em cima da cama e caminhei em direção à porta do quarto. Fingi meu melhor sorriso para a recepcionista no lobby do hotel em que estava hospedada e saí para a noite, pronta para pegar um táxi e seguir para a igreja onde se realizaria o casamento do meu amigo.

Xxx


Até que as coisas não estavam saindo tão mal como esperei, todos haviam sido muito receptivos e demonstraram ter sentido minha falta por todos esses anos que passei fora. Mas claro, o perigo ainda não havia sido dissipado, pois faltava passar pela prova de fogo: , meu ex-namorado, e principal razão para eu ter deixado a cidade.
- Tudo está tão lindo, não é, ? – Lewis, irmã da noiva, falou enquanto espiávamos a decoração da igreja, do lugar onde aguardávamos nossa vez de entrar.
Realmente, para mim, era tudo muito branco e cheio de frescuras, entretanto não poderia dizer isso.
- Sim, , está tudo lindo. – respondi.
Olhando para seu delicado relógio cravejado de cristais, ela suspirou: - está atrasado, que droga!
- Como? – perguntei, surpresa.
- é o padrinho de , . Não posso acreditar que ele vai fazer isso justo hoje!
Não, não, não. não podia ter feito isso comigo. Não podia! Mas fez. Ele havia me convidado junto com aquele cafajeste mentiroso, para sermos seus padrinhos de casamento. Que droga! Eu iria matá-lo depois da cerimônia, por esta traição dos infernos!
- zinha, está nervosa com o casamento, fedelha? – mesmo após todo esse tempo, a voz dele ainda era capaz de mexer comigo. Fiquei de costas, de modo que não tivesse que encará-lo. Já bastava o tempo que teria que aturar estando ao seu lado.
- Até que enfim, seu idiota! – escutei o som leve de um tapa, que tenho certeza ter sido desferido pela irmã de .
- Eu não deixaria meu amigo na mão nunca! Agora, quem é esta bela dama? – senti-o se aproximar de mim e preparei minha cara de jogo para encará-lo.
- Não me reconhece mais, ? – perguntei, virando-me e sorrindo triunfantemente por dentro, ao ver o olhar de choque em seu rosto. Parecia que eu não era a única que havia enganado.
- ? – ele falou, engolindo em seco – Você está... Diferente.
É, eu estava mesmo. Depois de ter sido enganada e humilhada por esse ser desprezível, resolvi que precisava de uma repaginada no visual para me valorizar. Comecei por mudar o corte de cabelo para algo com mais movimento e o pintei de um tom mais escuro. Também comecei a dar mais atenção ao meu corpo e hoje podia me orgulhar pelas belas curvas tonificadas que tinha.
- Eu precisava de algo que combinasse com minha nova fase – disse simplesmente, pronta para encerrar qualquer conversação que poderíamos ter.
- E eu aprovo – ele deu-me uma olhada descarada, dos pés à cabeça, e eu me contive para não me contorcer no lugar. – Realmente, bem melhor do que quando namorávamos.
- Você acha? – perguntei sarcasticamente – Pena que agora você não pode desfrutar.
Caramba! Eu havia dito isso mesmo?
- Isto é um desafio, ? – sorriu lascivamente – Porque eu tenho certeza de que posso vencer facilmente.
Reprimi minha vontade rolar os olhos e respondi à altura.
- Não, querido, isto não é um desafio. É só a confirmação de um fato.
- Não se esqueça de que posso fazer você mudar de ideia.
- Gente, realmente? – reclamou – Eu estou aqui, vocês sabiam?
- Desculpe, flor, vamos nos comportar daqui pra frente, prometo. – falei me sentindo um pouco culpada. Esse não era o momento mais adequado para trocarmos nossas farpas acumuladas.
- Fale por si mesma.
- ! – repreendeu, quase ao mesmo tempo em que a cerimonialista apareceu e anunciou nossa vez de entrar. Ela olhou nervosamente para o cara ao seu lado, que seria o padrinho de sua irmã. Parecia que havia alguma coisa ali, interessante...
Mudei meu foco para o que teria que fazer, respirei fundo e deixei que tomasse meu braço no seu. Era hora de colocar tudo o que havia aprendido em prática e fingir que era a madrinha mais feliz do mundo.

Xxx


Nunca havia sorrido tanto em toda a minha vida. Foram tantas fotos, que eu acabei perdendo a conta, mas, finalmente, eu estava livre da proximidade de e podia desfrutar da festa. Entretanto, primeiro eu queria ter uma conversinha com um certo noivo mentiroso.
Avistei bebendo uma taça de champanhe próximo à mesa onde estava o bolo de casamento. encontrava-se um pouco distante, conversando com seus pais.
- Vou aproveitar que está sozinho agora – falei assim que me aproximei.
- Olá de novo, madrinha linda – ele sorriu daquele jeito que eu achava sensual e brincalhão ao mesmo tempo, porém, eu estava com raiva demais para apreciar essa faceta dele.
- Eu só gostaria de saber, o que deu na sua cabeça para me colocar com como seus padrinhos?!
- Woah, calma ai – disse ele levantando as mãos em sinal de rendição – Ambos são meus amigos e sabem da minha história com . Pensei que...
- Não importa que porcaria passou pela sua cabeça – cortei com voz enganosamente suave, mas ao mesmo tempo, cortante – Você sabe mais do que ninguém como aquele idiota me magoou, e faz isso comigo?!
- Também não é assim, . Vocês dois são importantes para mim, além do mais, as coisas não ficaram totalmente esclarecidas entre vocês naquele tempo.
- Oh, , tenho certeza de que vê-lo na cama com aquela vadia, foi esclarecimento mais do que suficiente – falei com desgosto ao relembrar essa cena, que tinha preferido esquecer.
- Você nem ao menos o deixou se explicar...
- Não precisava. Traição eu não perdoo, você sabe disso. E não o defenda!
- Tudo bem, tudo bem. Só pense no que vou dizer por um momento. E se você desfrutasse dele por essa noite apenas? Ele claramente ainda está interessado em você, e não seria nada mais do que uma boa noite, antes que você voltasse para sua casa.
- Ficou louco, ? – disse indignada que ele pudesse ter feito tal sugestão.
- Só pense nisso. – ele disse antes de se afastar e ir de encontro à sua esposa, para cumprimentar mais convidados.
Balancei a cabeça tentando clarear meus pensamentos. Onde estava o que me consolou quando eu corri para seus braços, chorando por ter visto o namorado que eu tanto amava nos braços de outra? Onde estava o cara que me ajudou a ir embora da cidade dias depois, quando não consegui suportar encarar o traíra do ? Esse, que me aconselhou a passar a noite com meu pior pesadelo, certamente não era ele.
Homens! Sempre protegendo uns aos outros! Urgh.
Eu precisava de uma bebida, e urgentemente. Essa seria uma noite longa.

- Precisa de companhia? – ignorei-o. Se eu continuasse ignorando as investidas de ele desistiria e iria embora. Pelo menos era nisso que eu acreditava. Concentrei-me em beber meu champanhe e tentar apreciar a festa.
- Ah vamos lá, . – ele sentou-se ao meu lado e eu quis me levantar, mas não lhe daria este gostinho.
- O que você quer? – perguntei raivosamente, em um tom de voz baixo.
- Conversar, saber como estão as coisas. Passaram-se seis anos. É tempo demais.
- Verdade, seis anos é muito tempo. - coloquei a melhor cara de jogadora que possuía, e resolvi que podia atormentá-lo um pouco, antes de ir embora - Então, , como anda a vadia da Cindy? Vocês ainda se veem com muita frequência?
Ele remexeu-se desconfortavelmente na cadeira e eu quis sorrir.
- Você ainda guarda rancor pelo o que eu fiz, não é?
Oh gênio, só agora sua ficha caiu?
- Não, imagina, são águas passadas. Já até esqueci. Na verdade, acho que você me fez um favor. Você me fez ter um impulso para ir embora da cidade. Melhor coisa que já fiz na vida.
- Então, o que você fez da sua vida por lá? – não pude deixar de reparar que ele havia checado minhas mãos a procura de uma aliança.
- Eu não estou casada, se é isto que quer saber, olhando tanto para minhas mãos. Casamento não é para mim. Mas garanto que já me diverti muito.
- Acho que não preciso destes detalhes.
- Tudo bem, vamos pular as partes interessantes. Eu concluí minha faculdade de economia por lá e hoje sou diretora comercial de um banco. E você?
- Nossa você cumpriu sua meta. – ele parecia impressionado - Eu continuo trabalhando na empresa do meu pai, como gerente de marketing, mas isso não é uma novidade.
- Esse trabalho combina mesmo com você. Sempre foi o que te interessou.
Ele ia dizer alguma coisa, contudo, foi interrompido pela voz do vocalista da banda que estava tocando, anunciando que era hora da primeira dança de e como marido e mulher. Meus amigos deslizaram lindamente pelo salão, em uma dança que, claramente, havia sido coreografada e ensaiada.
Logo depois, vários casais foram para a pista de dança e eu fiquei admirando enquanto moviam-se sincronizados.
- Que tal dançarmos? – perguntou-me. Eu tinha esquecido completamente que não estava sozinha.
- Eu passo.
- Não seja assim, . Dance comigo, esta é última fez que vamos nos ver, então facilite um pouco.
- Não, obrigada. – falei com desinteresse.
Fui surpreendida quando ele puxou-me para meus pés e praticamente me arrastou para a pista de dança.
- O que diabos você pensa que está fazendo? – sibilei entre dentes.
- Eu disse que quero dançar com você e é isso que vou fazer.
- Solte-me, seu neandertal! – falei tentando me libertar, mas sem obter sucesso. - Não.
colocou uma de minhas mãos em seu ombro e a outra permaneceu sob seu domínio. Percebi que ele havia dado uma olhada para o outro lado e segui seu olhar. estava falando alguma coisa com o DJ, que também fora contratado para a festa, e Far Away encheu os alto-falantes.
- Golpe baixo - sussurrei ao mesmo tempo em que começava a me mover no ritmo.
- Nunca disse que jogaria limpo – ele disse sorrindo. Colocar a nossa música, quando não significava mais nada, era um tremendo golpe baixo. E eu não conseguia acreditar que estava colaborando com isso, não acreditava mesmo.
Parecia que ele queria me dizer alguma coisa com a letra da música, mas não me apeguei a isso. Mesmo que as palavras tentassem infiltrar-se em meu sistema, as bloqueei.
Deixei-me levar pela música e dancei em seus braços, nossos olhares conectados da mesma forma de antes, ou pelo menos quase, a atração física ainda existia, disso eu sabia. No entanto, o sentimento que eu sentia, há muito tempo havia morrido e não existia ressuscitação. Lembrei-me das palavras de mais cedo, e pensei, por que não? Eu poderia muito bem aproveitar essa última noite nos braços de e seguir meu destino.
Em algum momento, eu havia colocado meus braços em volta de seu pescoço e estávamos mais próximos do que nunca. Tão próximos que nem consegui evitar quando ele aproximou sua boca da minha e me beijou. Era beijo lento, suave. Mas não era isso que eu queria, ou precisava. Quando a música acabou e separamos nossos lábios, inclinei-me e sussurrei em seu ouvido: - Quero terminar o que começamos aqui, .
Ele olhou-me surpreso e... Com esperança? – Tem certeza disso, ?
- Tenho.

xxx


Acho que foi a despedida mais rápida que eu já fiz, mal tive tempo de falar com os noivos e já estava me arrastando em direção ao seu carro. Eu já tinha dito que ele estava agindo como um homem das cavernas? É verdade, já.
- Ei, calma. Eu não vou a lugar algum.
- Não hoje, mas amanhã sim. Tenho que aproveitar ao máximo o tempo que tenho com você.
Nossa! De onde tinha vindo isso?
- Parece até que você está desesperado.
- Talvez eu esteja mesmo. – ele olhou-me por um segundo, depois voltou sua atenção para a estrada – Eu nunca pude te dizer o quanto eu me arrependi por ter ficado com a Cindy naquele dia.
- Se arrepende mesmo? – perguntei nem um pouco convencida, no entanto, antes que ele pudesse responder qualquer coisa, soltei o cinto de segurança e inclinei-me em sua direção. Isto estava seguindo para uma linha que eu não queria, e a noite de hoje não tinha nada a ver com sentimentos, mas apenas com prazer carnal.
- O que você está fazendo?! – perguntou preocupado quando eu comecei a desabotoar sua calça social.
- Agilizando as coisas – respondi quando puxei seu pênis semiereto para fora da cueca boxer e comecei a movimentá-lo com minhas mãos até estar totalmente ereto.
- – ele falou com dentes cerrados – Eu não vou... Te foder... Na porra de um carro... Então pare com isso. – eu sabia que estava se tornando difícil para ele falar e, principalmente, dirigir. O que eu estava fazendo era uma loucura, pois estava arriscando nossas vidas, mas só tive coragem para isso porque estávamos próximos ao seu apartamento.
- Deixe de ser ranzinza, . Eu não lembrava que você era assim. – Falei enquanto rodeava lentamente com o dedo a cabeça do seu pau.
Ele sugou uma respiração profunda e praguejou enquanto eu brincava de ser malvada.
- Graças a Deus, chegamos! – ele exclamou aliviado. – Você é um perigo, . Eu não me lembro de você ser assim antes.
- E não era mesmo – respondi voltando para meu lugar – Aprendi isso com o tempo. - abri a porta do passageiro e desci do carro. Esperei pacientemente que ele abotoasse a calça por cima de sua protuberância, e juro que tive que conter o riso. Foi difícil e a culpa era minha.
- Vamos torcer para meus vizinhos enxeridos já estarem dormindo – puxou-me para ele enquanto entrávamos no elevador, de modo que eu encobrisse seu estado. Não consegui me conter e comecei a rir.
- Ah, agora você está achando engraçado, não é? – ele perguntou enquanto imprensava-me contra as paredes do elevador, que por sorte, estava vazio.
- Um pouco, sim – respondi sem fôlego, tanto pelo riso, como por sua proximidade.
- Você não vai achar nada engraçado quando estivermos lá dentro. – Lentamente ele desceu seus lábios por meu pescoço, beijando e mordiscando, arrepiando-me toda. Agarrei-me a seus braços fortes que, aliás, estavam muito mais musculosos do que há seis anos.
- Oh, – gemi, quando uma de suas mãos espalmou meus mamilos por cima do vestido.
- Sim, querida? Eu estou aqui.
Será que ainda faltava muito para o andar dele? Se faltasse eu não me importaria em ser fodida ali mesmo.
- Falta muito? – na mesma hora que perguntei, as portas do elevador se abriram. Ainda bem! Eu não aguentava mais!
- Agora é que a diversão vai começar – disse, movendo-me para dentro de seu apartamento – eu nem vi quando ele destrancou a porta! – e beijando-me de um jeito que deveria ser proibido.
Esbarramos em muitas coisas antes que finalmente chegássemos ao seu quarto. Minha impaciência já tinha me feito arrancar o casaco de seu smoking e jogado em algum lugar da sala e sua camisa branca seguiu um caminho não muito diferente, a mudança foi que eu a arranquei mandando os botões para todos os lados. Suas mãos desceram o zíper do meu vestido mais lentamente do que eu gostaria, acariciando meu corpo durante o processo. Minha pele cantarolava pelo seu toque e eu não podia mais esperar para ele estar dentro de mim.
Totalmente já sem paciência, empurrei-o para a cama e subi em cima dele. Desabotoei sua calça e a desci juntamente com sua boxer preta, revelando sua ereção, toda pronta para mim. Ainda comecei a abrir o fecho do meu sutiã, no entanto, foi mais rápido e, quando menos esperei, ele estava em cima de mim, jogando meu sutiã em algum lugar do quarto e descendo uma trilha de beijos pelo meu esterno, estômago e finalmente... Oh finalmente, descendo minha calcinha renda preta e beijando meu púbis recém-depilado – graças a Deus!
Quando pensei que ele iria ficar me torturando pelo resto da noite, senti-o se deslocar para o lado, e remexer na mesa de cabeceira. Aleluia!
Ouvi o som de algo metálico sendo rasgado e em seguida cobriu-me novamente com seu corpo. Ele beijou-me de um modo carinhoso que eu não gostei, por isso enrolei minha língua com a sua de um modo agressivo, iniciando um beijo selvagem. Quando separamos nossas bocas, eu estava totalmente sem fôlego, mas não me importava.
- Oh, – ele murmurou enquanto invadia-me centímetro por centímetro, até estar totalmente enterrado dentro de mim. E era tão bom, o prazer corria por minhas veias. Eu queria mais a cada segundo, a cada estocada lenta e por isso usei minhas mãos para empurrá-lo, e sem perder nossa conexão, comecei a montá-lo rápido, e cada vez mais rápido.
- Mais devagar, baby, eu não quero que isso acabe rápido – falou com dentes cerrados.
- Eu não quero ser tratada... Como uma maldita boneca de porcelana – respondi movendo meus quadris um pouco mais devagar. Eu podia sentir a pressão se construindo, tão... Tão perto.
- Você está perto? – foi ele quem perguntou.
- Sim, e você?
Sua resposta foi atender meus impulsos mais rápido, e incitar-me onde estávamos conectados e eu me desfiz gritando seu nome, enquanto ele gritava o meu.
Caí sobre seu peito, suada e sem forças. Ele abraçou-me e delicadamente me tirou de cima dele, colocando-me ao seu lado, enquanto ele se virava e retirava a camisinha.
Deixei que me abraçasse por alguns minutos, que eu usei para recuperar um pouco das minhas energias. Em seguida desvencilhei-me de seus braços e saí da cama.
- O que está acontecendo, ? – perguntou, preocupado, quando eu comecei a me vestir.
- Eu não vou ficar, – respondi e caminhei em sua direção para que ele me ajudasse a subir o zíper do vestido. – Você pode me dar uma ajudinha?
- Não – respondeu ele resoluto – E eu quero saber por que você não vai ficar aqui?
- Eu disse que queria desfrutar dessa noite com você, e foi o que fiz. Mas agora é hora de voltar para a realidade – podia soar um pouco frio, entretanto, eu não me importava nem um pouco.
- Me dispensando, já?
- Ajude-me, sim? – pedi e inclinei-me para lhe dar um beijo, quem sabe assim ele cederia.
- Eu não quero que você vá agora. Por que não passa a noite comigo?
- Muito carente, hein, ? Abotoe aqui, seja um bom menino. Meu voo é logo cedo amanhã, por isso eu tenho que ir. Sinto muito.
- Tudo bem – ele resmungou e ajudou-me com o vestido – Posso pelo menos levar você até o hotel?
- Claro – dei de ombros. Isso era mais seguro do que pegar um táxi a essa hora da madrugada.
Fui até o banheiro checar meu estado, enquanto esperava que ele se vestisse, e acabei optando por soltar meu cabelo, que estava uma tremenda bagunça. Assim que saí, começamos a caminhar silenciosamente pelo apartamento. Não gostei nada desse clima estranho entre nós, que eu sabia ser por minha causa, por esta razão inclinei-me e o beijei. passou os braços ao meu redor e aprofundou o beijo. Tive que me afastar, antes que ele quisesse ir para a 2a rodada.

Xxx


- Por que tem que acabar, ? – perguntou quando parou em frente ao hotel em que eu estava hospedada.
- Nem comece, você teve sua oportunidade anos atrás e desperdiçou.
- E eu já disse que me arrependo amargamente disso. – ele me fez encarar seus olhos para que eu visse que suas palavras eram sinceras. No entanto, isso de nada adiantava. Não podíamos mais mudar o rumo de nossas vidas. E foi justamente isso que eu disse a ele.
- Eu quero ficar com você, . A noite de hoje não conseguiu satisfazer meu desejo por você.
Sorri presunçosamente com essa declaração. Era tão bom saber quem é que dava as cartas por aqui.
- Bem, você percebe que moramos em dois países diferentes, não é? Não importa quão próximos eles sejam?
- Eu não me importo com isso. Eu quero ver você de novo
Aumentei meu sorriso ainda mais depois de uma ideia que tive.
- Eu posso pensar no seu caso.
- Sério?
- Sim, se um dia eu aparecer de novo por aqui, nem que seja a negócios, eu te ligo para marcamos uma repetição. O que acha?
- Tô dentro!
Saí do carro ainda sorrindo e entrei no hotel. Estar no controle, era a melhor coisa que existia no mundo, abaixo apenas da sensação que era render-se ao prazer nos braços de um homem como .


FIM



Nota da autora: - 04.12.2014 -
Oiii, espero que tenha gostado deste shortfic. Ainda sou nova no mundo das restritas, mas estou tentando melhorar. Que tal deixar um comentário para eu saber o que achou? Vai me deixar imensamente feliz. E preparem-se, vamos nos ver na parte 2, a história da irmã da noivinha. Até lá ;)

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