- Oi, ! Vamos ao parque comigo? – havia me acordado às sete da manhã em pleno sábado.
- Que parque, ? – disse sonolenta e sem um pingo de animação.
- Parque de diversão ué. – Ela falou como se aquilo fosse algo extremamente óbvio.
- E quem mais vai? – Agora eu fazia certo esforço para abrir os olhos.
- Só eu e você. Tá todo mundo viajando. E ai vai?
- Tá. Que horas?
- Eu passo ai às nove. Esteja pronta, linda, arrumada e perfumada. – Ri sem humor.
- Estarei. Tchau. – desliguei o telefone e voltei a dormir feliz da vida.
Acordei com o sol batendo em meu rosto. Estranhei. Afinal, no apartamento onde eu morava em um prédio enorme em Londres só pegava o sol da tarde. Abri meus olhos espantados. Mas fui obrigada a fechá-los, a luz do dia provocou uma ardência. Coloquei a mão na frente de meu rosto na esperança de conseguir enxergar alguma coisa novamente. Passei a mão sobre o criado mudo procurando meu celular, o achei e olhei a hora, eram três e meia da tarde. Tomei um susto, e com a sonolência e meus olhos ardendo, cai da cama. Fiquei ali, deitada no mesmo local que cai por um tempo. E quando percebi estava cochilando. Abri meus olhos e me levantei de uma vez e fui direto para o banheiro. Deixando uma trilha de roupas pelo caminho. Assim que fui morar sozinha tomei o costume de andar só de roupas intimas em casa ou até mesmo sem roupas.
Eu só tinha 18 anos e estava na faculdade. Mas meus pais achavam importante eu morar sozinha desde cedo, então eles pagavam o meu aluguel e vão pagar até eu terminar a faculdade e começar a trabalhar. Acho que isso vai demorar porque ainda estava no primeiro ano.
Após tomar um banho extremamente frio e fazer minha higiene. Fui para cozinha ver o que tinha para comer. Agradeci minha mãe mentalmente por ter comprado comida congelada. Coloquei no micro ondas e fui para sala ver o que estava passando na TV. Fui passando os canais. Como era possível não ter nada descente nessa televisão? Bufei. E então vi que ia começar diário de uma paixão. Eu já havia assistido a esse filme milhões de vezes. Mas ainda era meu filme preferido. Coloquei no canal e fui pegar meu café da manhã/almoço. Joguei-me no sofá e fiquei em duvida se prestava atenção na TV ou na minha comida. A TV venceu essa batalha. Assim que deu comercial eu sai correndo e deixei meu prato e copo na cozinha e peguei uma barra de chocolate que estava na geladeira. Começou a parte que eu mais gostava e a parte que eu chorava também. Quando eu via aquele filme eu me sentia só. Desejei com todas as minhas forças que eu encontrasse alguém que gostasse de mim de verdade. Quando me dei conta que estava depressiva desse jeito e que já ia dar sete horas. Liguei para loja do meu pai e pedi o de sempre. Vodka e energético. Como eu era filha do dono, eles levavam até minha casa.
Fui para meu quarto decidir o que usar. Escolhi um vestido tomara que caia rosa claro, com uma renda preta por cima dele todo e com um cinto preto marcando a cintura e um sapato de salto preto. Exagerado? Talvez. Mas eu tinha uma queda por esse vestido. Ou melhor, um tombo por ele. Ouvi a campainha e sai correndo na esperança de ser a bebida. E acertei. Peguei um copo e coloquei vodka e um pouco de energético. Depois fui tomar outro banho. Quando terminei sequei meus cabelos e fiz uma trança em seguida, escovei meus dentes. Fiz uma maquiagem bem leve, só o que marcava meu olho era o lápis e o rímel. Coloquei minha roupa e desfiz a trança. Meu cabelo ficou todo ondulado já que eu não havia secado ele por completo. Passei perfume e me olhei no espelho, só para checar. Então ouvi a campainha tocar três vezes seguidas. . Pensei.
- Uau, que gata. E ai me passa seu telefone? – Ela disse entre risos fazendo uma cara "sexy".
- Cala boca. Vamos logo. Quanto antes eu sair, melhor. – retirei a chave e tranquei a porta atrás de mim.
Entramos no elevador e ficamos nos olhando no espelho pra ver se estávamos como o desejável. A porta se abriu e saímos. O taxi que havia pegado estava nos esperando. Entramos e seguimos para o parque de diversões. Chegando lá, ficamos andando de um lado pro outro andando em alguns brinquedos e tomando alguma coisa ou outra.
- Nossa, me desculpe! – Um menino louro, de olhos azuis e com aparelho disse após esbarrar em mim. Olhei ele dos pés a cabeça. Pera ai, esse era... Niall Horan? Niall Horan havia mesmo acabado de esbarrar em mim? – Ei, você está bem? – Ele passava a mão de um lado pro outro em frente ao meu rosto. Então percebi que eu havia ficado parada sem mover um músculo.
- Estou. – Eu ainda o encarava. Ele sorriu e também ficou me olhando. Em um gesto involuntário levei minha mão ao rosto dele e passei de leve em sua bochecha. – Niall Horan. – Ele sorriu mais ainda. Se é que isso fosse possível. – Você é bem mais bonito pessoalmente. – Sussurrei. Quando me dei conta do que estava fazendo recolhi minha mão. – Desculpe.
- Não! Tudo bem. – Ele disse doce e de um jeito delicado. – Qual o seu nome?
- . Mas me chama de . – Eu estava envergonhada com aquela situação. Ele continuava me analisando dos pés a cabeça. Enquanto eu olhava fixamente para seus olhos azuis.
- Você aceita dar uma volta comigo? – Ele estendeu a mão em minha direção. Olhei para e hesitei, mas segurei em sua mão.
- Claro.
Fomos andando de mãos dadas e deixamos e Harry lá. Pera ai, o Harry estava lá também? Como eu não vi isso? Acho que os olhos de Niall haviam me hipnotizado. Ficamos em silêncio por um tempo. Eu queria dizer algo, mas eu não consegui. Eu, , estava andando de mãos dadas com Niall Horan em um parque de diversão. O que eu ia dizer? Achei melhor esperar até que ele quebrasse o silêncio.
- Então... – Ele disse sem jeito. – Você é daqui de Londres? – Quis saber.
- Bom, eu nasci no Brasil, mas vim morar aqui quando tinha três anos. – Ele me olhou surpreso.
- Brasil? Sério? – Assenti. – Eu sou loco pra conhecer o Brasil. Dizem que lá é tudo muito lindo e colorido. – Ele estava empolgado e eu começava a me sentir à vontade com ele, menos com a parte das mãos dadas.
- E é mesmo. Mas Londres também é um sonho. Me orgulho de morar aqui. E ter nascido lá. – Rimos. Paramos de andar por um momento e paramos de frente um para o outro.
- Você é linda. – Senti minhas bochechas corarem e logo depois ele passar o polegar por elas e depositar um breve beijo no local. Nos entreolhamos por um momento e eu abaixei a cabeça sem graça. – Ei, quer ir naquele brinquedo?
- Claro, eu estou louca pra ir nele. – Disse animada.
- Sério? Eu também. – Rimos e fomos andando até lá.
Quando chegamos lá ele colocou a mão no bolso para pegar os ingressos e então soltou a minha mão. Ele pareceu pouco surpreso ao perceber que estávamos de mãos dadas esse tempo todo.
- Nossa. – Ele disse sem graça. – Vamos?
- Vamos. – Sorri animada.
Sentei no local e ele se sentou ao meu lado. Então, veio um homem e colocou a trava. Senti um frio na barriga. Um amigo meu havia vomitado quando foi naquele brinquedo. Eu não podia vomitar na frete de Niall Horan. O brinquedo foi ligado. Ele começou a girar, e foi cada vez mais rápido. Por impulso segurei na mão de Niall que me olhou e sorriu de um jeito doce. Tudo em volta pareceu sumir. Tudo agora era eu e ele. De repente senti seus lábios colados nos meus. Eu não sabia o que fazer. Então decidi apenas deixar rolar. Continuei beijando ele e um misto de sensações correu por mim como descargas elétricas. Quebramos o beijo juntos e ambos estávamos de olhos arregalados. Ele havia sentido o mesmo que eu? Isso significava que eu amava Niall Horan? E ele me amava também? Impossível, ele havia acabado de me conhecer. Eu não sabia o que pensar. Eu nunca havia sentido isso por ninguém. E quando digo ninguém, é ninguém mesmo. O Brinquedo foi parando aos poucos. E quando fiquei em pé, pude ver o quanto estava tonta. Niall percebeu e me segurou na cintura com firmeza. Fomos andando para fora e paramos em um local meio distante.
- O que quer fazer agora? – ele perguntou ainda me segurando pela cintura.
- Podemos sair daqui? – Fiz cara de cão sem dono pra tentar convencer ele.
- Claro. Pra onde você quer ir? – Fomos andando até o estacionamento.
- O que acha de ir pra minha casa? – Ele deu um sorriso pervertido e me olhou em seguida.
- Acho que seus pais não vão gostar de me ver lá. Já são uma da madrugada. – Me assustei pela hora. Havia passado tão rápido.
- Eu moro sozinha.
- Então eu acho que tudo bem. – Rimos e entramos no carro dele.
Fui explicando aonde era meu prédio. Ele achou facilmente. Estacionou um pouco distante, pois foi o único local onde havia vaga. Enquanto andávamos ele segurou minha cintura e fomos andando assim. Juntos.
- Eu acho que a gente precisa conversar... – Ele me olhou confuso. – Sobre o beijo. – Ele pareceu relaxar.
- Concordo. Aquele não foi um beijo comum. Foi muito intenso. – Ele gesticulava com a mão livre.
- Talvez tenha sido só por causa do brinquedo. – Ele parou de andar e ficou de frente pra mim.
- Vamos ver. – Sem pensar duas vezes ele me puxou mais pra perto, chocando nossos corpos e me beijou. Segurei em seus cabelos e senti a mesma sensação que havia sentido no brinquedo. Todas aquelas descargas elétricas haviam voltado. Ou melhor, com muito mais força. Parti o beijo e o encarei por um momento.
- Vamos subir? – Ele assentiu. Me virei para abrir o portão da garagem, mas interrompi o que fazia ao me dar conta de uma coisa. – As chaves. Ficaram com .
- Sério? Bom, podemos ir para o meu apartamento. – Ele disse enquanto ria da minha frustração.
- Fica muito longe daqui? – Perguntei com a mínima empolgação. Eu não aguentava mais andar. Meus sapatos estavam me matando.
- É aquele ali. – Apontou para um prédio que ficava do outro lado da rua. Ri. Ele segurou em minha cintura novamente e fomos até lá. – Você fica linda quando se estressa.
- Fica quieto. – Disse entre risos após dar um leve empurrão nele que veio correndo atrás de mim, quando me alcançou me segurou por trás e depositou um beijo em meu pescoço. Virei de frente para ele que me levantou do chão e me beijou sem pressa alguma. Entramos no prédio e demos de cara com um dos seguranças.
- Onde você estava? O Harry já chegou faz tempo. – O segurança disse com a voz firme para Niall. Me encolhi entre seus braços.
- Eu estou aqui agora, não estou? – O segurança rolou os olhos. – E estamos subindo pro meu apartamento. Boa noite. – Niall dizia sem paciência alguma.
- Você vai. Ela não.
- Por quê? – Ele parecia inconformado.
- Sabe que não é permitido. – Dizia como se fosse óbvio.
- É? Mas o Liam e o Louis podem ficar com as namoradas deles então porque eu não posso ficar com a minha? – O segurança olhou para mim e depois para Niall e bufou.
- Olha, não pode e ponto.
- Acho melhor eu ir embora. – Eu disse para Niall, que me puxou para mais perto de si.
- Se você for. Eu também vou. – Niall encarava o segurança que parecia duvidar de Niall.
- Ninguém vai embora. Niall pode subir com a menina. – Um homem se aproximava de nós.
- Valeu Paul. – Saímos e eu sorri para Paul em forma de agradecimento.
O apartamento de Niall ficava na cobertura. Ao chegar lá olhei tudo com atenção. Era lindo. Com certeza muito melhor que o meu. Ouvi a porta se fechar atrás de mim e depois ouvi ela se trancar. Niall foi andando e quando percebeu que eu continuava parada ele voltou. Ele me pegou no colo, me deitou na cama e logo se deitou ao meu lado.
- Se importa se eu tirar a camisa?
- Não. Afinal, a casa é sua. – Rimos.
Ele tirou a camisa e eu tirei meu sapato. Ele se acomodou na cama e estendeu seu braço para que eu me deitasse também. Assim o fiz. Me deitei do lado dele, mas Niall ficou em cima de mim e começou a me beijar.
- A gente... Meio que... Ta junto agora? – Ele perguntou com a voz doce.
- Não sei. Acho que não daria certo. – Levantei meu olhar para ver qual era a expressão dele, mas ele estava olhando fixamente para a parte de fora do apartamento.
- Mas a gente vai tentar não vai? – Ele me olhou e em seus olhos pude ver que ele havia se apaixonado por mim essa noite.
- E se não der certo?
- A gente tenta de novo. – Depositou um beijo em minha testa e eu sorri.
Ele ficou fazendo um carinho gostoso em mim até que eu pegasse no sono. Percebi que ele ficou um tempo ali velando meu sono, pois só depois senti o corpo de Naill relaxar na cama. E então me permiti dormir.
Eu vou me lembrar desse dia para sempre. Pois à partir dessa noite Niall Horan havia se tornado meu namorado. E eu havia me tornado a garota mais feliz desse mundo.
The End.
Nota da autora: Hey lindas *--* Essa fic foi um sonho que eu tive com o Niall e eu achei muito perfeito e fiquei dias respirando e suspirando esse sonho. Então fiz uma Short Fic pra poder compartilhar isso com todas vocês... E espero que gostem. E quem sabe não faço uma versão restrita dessa Fic KKKKK . E não se esquece de comentar o que achou todo elogio ou critica é bem vindo (:
Meu twitter é @Niall_Sensual, mas como não entro muito qualquer coisa podem mandar um e-mail juliana-1ocf@hotmail.com
Obrigada por lerem *--*
Nota da beta: Heey :) espero que gostem da fic, achei super fofinha :) qualquer erro é só me mandar um email -> /kaah.jones/ xx.