Escrita por: Cocó
Betada por: That




  CAPÍTULO ÚNICO


Seria uma típica house party americana, não fosse a localização longíngua, nos arredores dos famosos milharais dos Webbers. Talvez fosse mais adequado dizer que aquilo era, em sua mais perfeita e pura definição, uma rave, já que o baixo incrivelmente alto de um dubstep qualquer explodia nas caixas de som espelhadas por toda a propriedade. O som estridente da batida era envolvente, e deixava um zumbido engraçado e sonoramente desagradável aos ouvidos. Não para , é claro.

Com seus vinte e tantos anos – os cabelos voando de acordo com a direção da brisa quente, a garota, no entanto, mexia-se ritmadamente, e as curvas de seu corpo quase escultural atraía olhares curiosos, e famintos, do sexo oposto. Seu corpo parecia estar em perfeita sincronia com o ambiente de céu aberto e negro como a própria escuridão. A lua, cheia e grostecamente imensa, decorava o manto preto e deixava o local ainda mais bonito aos olhos. não sabia se a sensação formigante em seus músculos e membros era mais uma consequência da euforia, ou o efeito da mistura inadequeada da mistura de uma quantidade deplorável de álcool e alguns alucinógenos. Estava tão leve! E ao mesmo, vibrante. Tinha a sensação de ter o mundo, ou melhor, o céu de uma manhã de domingo, cheio de nuvens, aos pés, já que a cada nova pisada na palha recém-cortada, dava-lhe a sensação de que seus dedos estavam submersos em algodão – ou seriam nuvens? E ela ria. Desejeitada e incontestavelmente feliz. Gargalhava, como se sua vida dependesse daquilo.

Ao longe, poucos metros de onde a pista de dança parecia girar em torno de , alguém a observava; os olhos fixos e vidrados em cada movimento, simples ou brusco, da garota. Um tradicional copo de plástico vermelho – provavelmente contendo cerveja, ou algo muito mais forte, preso entre os dedos de sua mão. O rapaz, de lá seus vinte e poucos, movia seu corpo de acordo com a música, involuntariamente imitando alguns passos da garota a uma curta distância do seu campo de visão. E a cada novo movimento, parecia o atrair cada vez mais. Analogamente como um buraco negro, sugando tudo em seu caminho. Essa era a sensação que a garota de cabelos transpassava à , que tentava inutilmente manter seus pés instáveis e grudados naquele mesmo lugar. Em vão, ele lutou, mas suas pernas o traíam e seguiam, em passos largos e rápidos, em direção à garota.

parou, como se alguma coisa tocasse em seus ombros desnudos, contudo, era apenas aquela sensação... Aquela estranha sensação de que alguém a vigiava. Ela girou em seus calcanhares, virando-se à ponto de encontrar a face do homem mais bonito que ela já vira em toda sua vida. Ela sorriu, descontraídamente, e seus olhos se encontraram. Os dele, e inebriantes; os dela, e fascinantes.

Levou apenas uma questão de dois segundos para que as mãos de – que por sua vez deixou cair o copo, espalhando todo seu conteúdo ao chão –, encontrassem a cintura alinhada de e a pressionasse fortemente contra seu peito. Não demorou muito para que os lábios carnudos dela estivessem colados aos em formato de coração dele. E o encaixe das bocas nunca pareceu tão perfeito, tão... Certo? Era surreal, e quem sabe, fosse apenas um sonho ou uma breve ilusão devido à quantidade de drogas ilícitas que percorriam cada partícula do corpo da garota, mas, o gosto da boca dele na sua e o toque ardente dos dedos dele em sua pele... Ah, eram bons demais para ser tudo uma mentira! E se fosse mesmo uma alucinação, pro diabos com isso, ela tiraria o máximo de proveito que poderia.

A pista de dança sobreposta na palha parecia muito menor do que na realidade era. O beijo foi cortado em uma ação inusitada da garota, que fitou os olhos cor de amêndoa do garoto, e abriu em seus lábios o sorriso mais malicioso que ele jamais esperou, um dia, ver. – Vem comigo – a música ainda estava muito alto para que ele realmente pudesse escutar a voz aguda da garota à sua frente, mas pôde distinguir as palavras pois encarava descaradamente os lábios dela, como um leão à espera de sua presa.
A mão macia de agarrou a mão cálida de , entrelaçando seus dedos e o puxando consigo para longe da multidão, e de todo aquele frenesi entorpecente.

viu-se atrás da grande casa principal, onde a música soava quase silenciosamente e mal fazia as paredes vibrarem. Quanto tempo tinham andado até chegarem ali? Mas o tempo parecia voar, incontrolável, e não se importou em perguntar. Seu corpo, e tudo dentro de si, ansiava pelo gosto da garota mais uma vez em sua boca – e muito mais do que ela podia, e talvez, quisesse oferecer. E como se ela pudesse ler sua mente, suas bocas novamente se encontraram, agora, com perseverança e possível fúria. Luxúria. a apertou contra a parede de concreto, e graças ao pouco de tecido que a menina vestia, suas costas vulneráveis arranharam ao contato. Em instantes, as mãos dele percorriam boa parte do seu corpo, desde os seios volumosos, apertando-os, vez ou outra, espalmando a região com vontade, até as coxas espessas e grossas, encontrando entre o vão da saia, sua virilha e dedilhando o local, fazendo-a estremecer consideravelmente.
Havia alguma coisa naquele beijo. Não era algo convencional, que ambos haviam sentindo antes. Não era simples tesão, também. Era algo mais...
O corpo de prendia-se ao de contra a parede, acabando com qualquer singelo centímetro entre os dois. Era como se aquilo não fosse o suficiente, ele precisava de mais. Muito mais.
E ela também.
No único minuto em que estavam distantes o bastante um do outro, a camiseta de – preta? – já havia se perdido em algum lugar entre os arbustos e a grama, assim como a top cropped minúscula que cobria apenas os seios de . Não sabia como, mas o fecho de seu sutiã estava aberto, e este, pendia em um de seus braços, pronto para ser arremassado para longe, muito longe.
Agora, nada o impedia de apertar aqueles seios, tão gracinhas e de mamilos rosados, de mãos cheias. Aquilo era tão bom!
presssionava sua própria virilha contra a dela, e ela ela soube, que o tesão dele era mais do que palpável, e abaixou a pequena e miúda mão esquerda até o jeans surrado dele, sem nem ao menos saber como foi que conseguira descer o zíper e enfiar os dedos dentro da boxer, uma vez frouxa – agora incrivelmente apertada. Enquanto as mãos dele trabalhavam incansavelmente em seu busto, as dela, no entanto, persistiam em dedilhar seu membro rígido, quase pulsante. Os beijos ficaram cada vez mais necessitados e brutais, porém, quebrou o ciclo, percorrendo o pescoço da garota com a língua morna em direção aos seios; e a sensação da boca dele em sua pele, era indescritível. Assim como as mãos, firmes, dela em sua excitação. Ela ia e vinha, rápida e às vezes lentamente, puxando e soltando, apertando e acariciando. Ele queria gemer, mas controlou o ruído na garganta, pois não daria a ela esse gostinho – pelo menos não antes de ouvi-la gemer primeiro. O que ela o fez, minutos depois, após longas e deliciosas sugadas em seus mamilos eriçados.
Eles tremiam, juntos, sincronizados. Ele com as carícias lhe providas, ela, com os beijos inebriantes. Por um instante, um mísero segundo de um instante, o mundo parecia não girar mais, e que não exista mais ninguém, além daqueles dois corpos trêmulos. Esfomiados.
Ela não disse nada, muito menos ele, mas, já era hora. Ah! Já passara da hora! E as mãos que envolviam o pênis de se soltaram, não antes de abaixar, apenas o suficiente de sua boxer até as coxas do rapaz. E os beijos, tão gostosos, cessaram, pois a atenção de era única e exclusivamente na calcinha de renda rosa bebê que cobria a intimidade de . Aqueles dedos, ah, aqueles dedos! – dedilharam, sem pressa, a região, e com muita facilidade, afinal, já estava úmida o suficiente para lubrificar o processo. Inicialmente, um dedo. Longo e intenso. Ela vibrou, e deixou um murmúrio, ou melhor, um gemido rouco escapar de seus dentes presos no lábio inferior. Dois dedos, e o vai e vim, tira e põe, a atormentava demais... Por que queria vê-la sofrer, torturá-la? Pois sim, era tortura. Tal quantidade de prazer absoluto devia ser considerado crime, e a punição, morte – mas ela se contentaria apenas com sexo, na realidade.
As unhas de cravaram-se, fortes, nos ombros largos de , profundas o bastante para fazê-lo urrar de dor. A dor, sim, a dor, foi o estopim. A gota final.
Retirou os dedos do interior de , na qual protestou veementemente, que mesmo com a pouca luz, ele pôde ver em seus olhos a expressão de descontentamento e reprovação. O que apenas o atiçou ainda mais, e em seus lábios, um sorriso cresceu, de ponta a ponta, embriagado de malícia.

O que aconteceu no minuto seguinte, parecia inexplicável à visão de . Como ele a preenchia perfeitamente, e como seu pênis se moldava em seu interior era... Impossível. Parecia ser impossível. Um encaixe como aquele não existia, quer dizer – não poderia?
As mãos de espalmavam a parede atrás de , segurando-se enquanto estocava cada vez mais forte e profundamente. Ela rebolava sobre seu pênis, ajudando-o na penetração e causando-lhes arrepios e vibrações impagáveis. Nada no mundo poderia ser comparado àquilo.
Da mesma forma que a provocava com tamanha crueldade, tirando seu membro por inteiro, e o colocando novamente com estúpida brutalidade – ela implorava por mais –, , prendia-o dentro de si, soltando e mais uma vez, prendendo. E o pior de tudo, sua extremidade era apertada, quase fechada, e aquilo! – ah, aquilo sim, era tortura. Era bom demais. E não sabia por quanto tempo poderia aguentar.
Tudo entre os dois fazia com que aquela transa fosse a melhor que ambos já tiveram. Não havia nada, porém havia tudo. Sincronia, harmonia. Tesão, atrocidade. Eles se conectavam como se tivessem nascido – e feitos – uma para o outro. Como se pertencesse àquele lugar, e , também. Alma gêmeas? Nem se conheciam! Não sabiam nem seus nomes! Mas quem se importava?! Era exatamente ali, naquele curto espaço de tempo, no meio de um milharal sem fim, com o som de uma música eletrônica qualquer e com a lua os assistindo, que eles deveriam estar.
O prazer que sentia era cada vez mais amplificado – tanto porque sabia exatamente o que fazer com sua vagina, quanto pelos entorpecentes. Sua pele borbulhava! O mundo ganhava uma nova coloração, e mesmo que estivesse tão sóbria quanto ela estava bêbada, ele sentia o mesmo. Em. Sincronia.
Seu quadril rebolava rapidamente, e os movimentos se intensificaram. Estavam quase lá, no ápice. Os dedos dos pés de se contorciam e uma corrente elétrica percorreu seu corpo, transpassando-a para o corpo de , que tremeu antes de soltar-se dentro dela.
O orgasmo era intenso; eles voavam, flutuavam! E cada canto, até mesmo os que eles jamais imaginavam que existiam, do corpo deles formigava. Suas vozes gemiam em um uníssono desafinado, e os braços de se afrouxaram ao redor do pescoço do garoto.
Era tudo, e também, era o nada.

Gotículas de suor respingava por suas testas, e os peitos, de ambos, arfavam, em busca de ar – ou, em busca de mais.
Ele ainda estava dentro dela, e a sensação era irreal. As pernas de se soltaram, pendendo ao chegar ao chão, e se não estivesse apoiada na parede, provavelmente teria cambaleado e caído na grama, de tão extasiada que seu corpo, mente e espírito se encontravam. se recompôs, ou tentou, pelo menos, pois assim como , não tinha controle de si mesmo, nem de seus sentimentos, que pareciam brigavam em seu subsconsciente, procurando por respostas para enviar ao seu cérebro e explicar o que diabos tinha acontecido naquela noite.

Nudez não fazia mais parte do cenário, já que ambos estavam devidamente vestidos, e enquanto procurava seu sutiã na escuridão, e passava a camiseta pelos braços, não houve sequer um pio. Receosos, com medo de que se falassem, toda aquela mistério e intensa magia dos acontecimentos recentos se perderia para sempre no oculto.
Eles se entreolharam; ela sorria docemente, como uma criança em um dia de sol num parque de diversões. Ele retribuiu, verdadeira e genuinamente feliz.
E só por uma noite, não era necessário preocupações, apresentações, muito menos nomes. Só por uma noite, aquilo era deles, e de ninguém mais.
Só por uma noite, eles haviam se amado, como nunca mais fariam com alguém.
Só por uma noite, só por aquela noite.
E nada mais.


Fim.



Nota da autora: Queria muito participar do especial, e cá estou, com mais uma história de sexo escrota, huehue. Confesso que mandei pra That sem revisar, nem ler, então eu sinceramente não sei como ficou, mas espero que tenham gostado. Tentei fazer uma oneshot, mas saiu isso aí. Queria que tivesse muuito mais sexo, afinal, é o especial do Dia do Sexo, só que foi tudo o que eu consegui. Desculpem qualquer coisa, de verdade.
Enfim, acho que é isso.

Um beijo,
Cocó.

Outras fics:
04. Arabella [Restritas/Finalizadas]
Crawling Back To You (Do I Wanna Know?) [Especial Extraordinário/Finalizadas]
Dark Inside [Teen Wolf/Finalizadas]
Hopefully [Shortfic - 1º Challenge de Natal]
Liquid State [McFLY/Finalizadas]
She Is Love [McFLY/Finalizadas]


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