Still Believe In Me
História por Marcelly | Revisão por That
"Como todo dia eu iria para a praça perto da minha casa, para tomar um ar livre. Eu amo aquela praça, ela me trás memórias boas. Peguei meu livro "A Menina Que Roubava Livros", sim, eu estava apaixonada por esse livro e me sentei em um banco. Comecei a ler o livro com curiosidade, querendo saber logo o final da história. Eu lia tranquilamente, até vários garotos começaram a gritar e conversar descontroladamente. Ok, isso me irritou. Eu tentei manter a calma e me focar no livro, mas não conseguia, então resolvi parar de ler um pouco.
Comecei a observar aqueles meninos, que estavam realmente animados. Dei um sorriso. Todos os meninos eram realmente muito bonitos, mas um em especial me chamou a atenção. Ele ficava fazendo piadinhas, que me faziam rir também. Ah, como eu queria ter coragem de ir conversar com eles, mas não sou doida. Provavelmente achariam que eu era uma louca estranha. Então decidi ficar apenas olhando, eu estava encantada! Eu nunca tive amigos desse jeito, animados, divertidos. Na verdade eu nunca tive amigos.
Depois de tanto tempo encarando aquele garoto, eu acho que ele percebeu e acabou retribuindo o meu olhar. Ele sorriu. Eu sorri também e abaixei a cabeça de tanta vergonha. Eu preciso ser mais cuidadosa."
Acabei sorrindo com essa lembrança, mas não por muito tempo. Logo meu sorriso se desfez, dando lugar a uma feição de raiva, rancor. Eu não queria lembrar disso. Não quando eu ainda sei que dói, e, provavelmente, vai me deixar mal pro resto do dia.
- , seu idiota. Filho da puta e idiota - murmurei com uma certa raiva, pegando qualquer coisa que estava a minha frente e jogando contra a parede.
"Eu tentei ligar pro várias vezes. Cinco ligações e nada de ele me atender. Eu fiquei um pouco preocupada, porque ele sempre fez questão de me atender. Eu resolvi ir para a casa dele. Ao chegar lá eu bati na porta, até que ela se abre sozinha. Eu entro na casa, e nada da mãe de . Eu subi as escadas que levariam para o quarto dele, e comecei a ouvir alguns barulhos estranhos. Eu me assustei. Andei mais devagar e com calma. A porta estava entreaberta, e eu vi o que nunca gostaria de ter visto. Ele estava com outra garota, eles estavam transando. Eu senti meus olhos lacrimejarem e saí correndo. Foi o pior dia da minha vida, o homem que eu amava com outra garota! Enquanto que eu dizia 'eu te amo' ele mentia dizendo que me amava também. Ele não me merece, ele não merece meu amor, ele não merece nada."
Eu me sentei no chão, e encostei minha cabeça na parede. Várias lágrimas desceram pelo o meu rosto. Como eu pude confiar nele tão fácil? Como eu posso amá-lo tanto mesmo assim? Eu devo ser louca. Limpei as lágrimas e resolvi lavar meu rosto. Ele não merece minhas lágrimas. Vários pensamentos começaram a rondar na minha cabeça, ele exercia um poder incrível sobre mim, mesmo eu lutando contra isso, era impossível. Mesmo ele sendo um canalha ridículo, eu o amo.
"Era nosso primeiro encontro! Eu estava tão nervosa, tão feliz, tão confusa. Cada vez que o via sentia cada vez mais borboletas no estômago e um sorriso bobo invadia meu rosto. Eu odiava ser assim, porque as pessoas enganam, são más, mas eu acho que estou apaixonada e é tudo tão confuso. Terminei de me arrumar, eu estava com um vestido florido ( dissera que amava me ver de vestidos floridos) e quando estava fazendo uma maquiagem leve, ouvi a porta batendo. Fiquei nervosa, mas andei rapidamente para abrir a porta. Lá estava ele. Com uma bermuda jeans, e uma regata branca. Estava tão simples, mas tão lindo.
- Oi - Ele sorriu, carregando uma margarida em suas mãos, estendendo para mim.
- Oi, . - Peguei a flor e comecei a olhar para ela um pouco boba. - Obrigada pela flor, é a minha favorita!
Ele deu um pequeno sorriso. Seguimos então até uma sorveteria. Sentamos em uma mesa e fizemos o pedido. Eu pedi um sundae de chocolate, e ele pediu um de morango. Começamos a brincar com o sorvete. Ele gargalhava alto. Eu senti ficar mais leve. Aquela risada trazia sentido a tudo! Eu dei um sorriso. Ele tocou na minha mão, olhou para meu rosto e disse que era o melhor encontro que tivera. Eu falei que era o meu também. Ele sorriu, radiante. Eu dei uma risada baixa."
Várias lembranças. Uma atrás da outra, cada uma mais maravilhosa que a anterior. Isso doí tanto. Eu não consigo acreditar que ele fez isso comigo, eu não consigo. Ele foi a primeira pessoa que eu acreditei na vida. Eu realmente sou muito idiota, muito idiota.
" me prometera que me levaria a um lugar muito especial. Segundo ele, eu era a primeira pessoa a saber da existência dali. Eu me senti um pouco feliz por isso, ele confiava em mim. Depois daquele primeiro encontro, ele sempre me trazia uma flor. Ou uma rosa, uma violeta, um girassol, uma tulipa! Ele sabia que eu amava flores. Tanto é que tinha um jardim cheio delas. Ele batera a minha porta, enquanto eu acabava de me arrumar. Saí em disparada à porta, abri, e lá estava ele. Com uma margarida, como a do nosso primeiro encontro. Ele estendeu e eu a peguei, sentindo seu cheiro. Ele deu uma risada.
- Oi, ! - ele deu um sorriso maravilhoso - Vamos?
- Oi. Vamos - dei um sorriso e ele pegou na minha mão.
Uma moto estava estacionada na frente da minha casa. Fiquei nervosa. Eu morria de medo de motos. Ele segurou na minha cintura e olhou no meu rosto e disse:
- Tudo bem? - eu estava meio pálida, mais que o normal.
- Tudo, só que eu tenho um pouco de medo de motos. - mordi o lábio.
- Eu vou estar aqui! Vou te proteger de todas as motos malvadas! - Ele deu uma longa risada e eu também.
subiu na moto, e estendeu sua mão, para que eu subisse também. Peguei na sua mão, um pouco insegura, e subi na moto.
- Pronta? - ele perguntou - Não é muito longe daqui, eu te garanto.
- Pronta. E acho muito bom mesmo. - disse rindo.
Ele acelerou a moto e imediatamente me agarrei nele. A barriga dele se encolheu um pouco. Ele tinha um tórax definido, além de estar maravilhosamente cheiroso. Eu adoro pessoas cheirosas. Coloquei meu queixo em seu ombro e fechei os olhos. Senti o vento no rosto e imediatamente deixei de lado o meu pânico por motos. Éramos só eu ele, éramos um só. Isso é estranho.
A moto parou e eu abri os olhos. me olhava com um sorriso nos lábios. Me soltei dele, e desci da moto. Ele pegou minha mão, e andamos para um lugar com bastante vegetação. Ele colou um pouco mais seu corpo contra o meu. Então chegamos a um lugar lindo. Tinha um pequeno lago, além de pedras no chão, e belas flores (finalmente descobri de onde ele tirava tantas flores!). Ele sentou em uma pedra grande, e eu o acompanhei, sentando ao seu lado.
- Bem, , aqui é um lugar muito especial pra mim. E como você é importante pra mim, eu te trouxe aqui. - eu senti várias borboletas na barriga.
- Você também é importante pra mim. - eu disse baixinho, e ele deu um grande sorriso."
Eu senti vontade de morrer. Eu senti vontade de desaparecer, eu queria esquecer aquilo, eu queria parar de chorar, eu queria parar de ter sentimentos. Seria mais fácil a vida sem amor. Seria mais fácil que não existisse vida. Não existia vida sem . Mesmo ele sendo um filho da puta.
" sempre me levava para o nosso "esconderijo" como eu apelidei. Nós conversávamos sobre experiências de nossas vidas, de histórias engraçadas, de histórias interessantes, de histórias tristes. Eu estava cada vez mais me aproximando de . E eu estava gostando disso. Cada vez mais risadas, mais abraços, mais borboletas, mais flores e mais sentimentos. Conversamos sempre o possível, trocávamos telefonemas, e eu vivia indo na casa dele. A mãe dele é realmente um amor! Ela me adora, e um dia disse que eu seria uma ótima nora, me fazendo ficar corada e toda envergonhada. Os tinham um incrível poder de me envergonhar."
Me levantei do chão e fui para o banheiro lavar meu rosto, eu não aguentava mais sentir isso. Entrei no banheiro e liguei a torneira. A água descia por ela e fazia um barulho que ecoava na minha cabeça. Limpei meu rosto e fiquei me encarando no espelho. Eu estava horrível. Estava com o cabelo todo bagunçado, olheiras e além de minha roupa estar toda amassada. Resolvi tomar um banho. Tirei minha roupa e a deixei no chão do banheiro. Entrei no box e liguei o chuveiro. Senti a água escorrer pelo meu rosto e fechei os olhos. Me senti um pouco leve. Leve até demais.
"Eu estava muito feliz. e eu parecemos estar nos dando tão bem! Eu nunca havia tido uma relação tão boa com alguém antes. Eu resolvi ir ao nosso "esconderijo". Como era bom estar lá. Esse lugar é muito o mesmo. É a cara dele! Talvez seja por isso que eu ame tanto esse lugar. Resolvi ir andando mesmo.
Depois de um tempo andando, cheguei ao meu destino. Observei tudo como se fosse a primeira vez. E lá estava eu sentada no mesmo lugar, no nosso esconderijo, longe de tudo, longe de todo mundo. Era tão lindo tão natural. Eu me sentia livre, eu me sentia eu mesma! Senti dedos pegarem uma mecha do meu cabelo, colocando-a atrás de minha orelha, me virei. Observei quem estava em minha frente e sorri. Dougie depositou um beijo em meu rosto e eu o abracei. Ele falou:
- Eu preciso te perguntar uma coisa. - ele disse um pouco nervoso.
- Pode perguntar.
- , você acredita em mim?
- Eu acho que eu acredito mais em você do que em mim mesma. - ele corou - E-eu te amo.
- , eu me encantei por você desde a primeira vez que eu te vi. Aquele seu jeito tímido e distraído, o seu jeito de colocar o cabelo atrás da orelha, o seu jeito de sorrir, o jeito que você fica fofa quando fica com vergonha, e olha pros seus sapatos ou tenta cobrir o rosto com as mãos, o jeito que você anda, o jeito que você pronuncia meu nome, ou sobre algum livro que você comprou - ele riu -, o jeito que você conversa comigo, o jeito que você me conforta, o jeito que você me abraça, o jeito que você é. Eu estou apaixonado por você, como nunca havia me apaixonado antes por ninguém. Você é tudo pra mim. Talvez você estranhe por ter sido tão rápido, mas eu também não entendo. O amor é confuso, mas a vida é confusa também."
Comecei a esfregar meu rosto na tentativa de afastar esses pensamentos. Mas era impossível. Eu querendo ou não, é uma parte de mim. , , ! Agora tudo era ele. E eu não sei se eu conseguiria tirá-lo tão facilmente como ele entrou na minha vida. As pessoas entram fácil na sua vida, o difícil é elas saírem.
Terminei meu banho, saí do box e me sequei. Me enrolei na toalha e fui procurar uma roupa. Me deparei com aquele vestido. O vestido que usei em nosso primeiro encontro. Senti um nó em minha garganta. Tudo me lembrava . Exatamente tudo. Resolvi escolher uma roupa logo, antes que eu chorasse mais ainda. Me vesti e fui para a cozinha fazer uma pipoca. Liguei a televisão e estava passando Tom e Jerry. Dei uma risada. Depois da pipoca estar pronta, a despejei na tigela e fui para a sala.
Eu achava engraçado Tom e Jerry. Mesmo sendo um desenho besta, eu sempre daria risada. Depois de um tempo, o desenho tinha acabado e a pipoca também. Desliguei a televisão. Precisava de silêncio. Precisava pensar. Às vezes tudo que precisamos é paz, e isso é o que eu mais quero agora. Eu queria esquecer . Eu queria esconder tudo. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Resolvi ouvir uma música pra tentar descontrair, se isso é possível. Coloquei no aleatório e começou a tocar I Will, dos Beatles. sabia o quanto eu amava essa música.
(ps: recomendo que você escute a musica, aqui)
Who knows how long I've loved you, Quem sabe quanto tempo eu te amei
You know I love you still, Você sabe que eu ainda te amo
Will I wait a lonely lifetime, Terei que esperar uma vida inteira solitária
If you want me to I will. Se você quiser que eu espere, eu esperarei
For if I ever saw you, Pois se eu apenas sempre te ver
I didn't catch your name, Eu não saberei seu nome
But it never really mattered, Mas isto nunca importou
I will always feel the same. Eu vou sempre sentir o mesmo
Love you forever and forever, Amo você para sempre e para sempre
Love you with all my heart; Amo você com todo o meu coração
Love you whenever we're together, Amo você quando estamos juntos
Love you when we're apart. Amo você quando estamos separados
And when at last I find you, E quando finalmente eu a encontrar
Your song will fill the air, Sua canção encherá o ar
Sing it loud so I can hear you, Cante alto para que eu possa ouvi-la
Make it easy to be near you, Facilite para ficar perto de você
For the things you do endear you to me, Pois as coisas que você faz me deixam apaixonado por você
You know I will. Ah, você sabe que eu vou, eu vou
I will. Eu vou.
Cobri meu rosto com as mãos e chorei novamente. Fui interrompida com um barulho na porta. Sequei rapidamente as lágrimas. Me direcionei a porta, e ao abrir, estava ele. . Ele estava em minha frente. Com os cabelos um pouco bagunçados e olheiras. Eu paralisei. Não conseguia falar, me mexer e nem ao menos respirar. Eu pensei que iria desmaiar. Minha cabeça começou a doer e meus olhos começaram a lacrimejar. Senti o seu perfume e aquele cheiro me intoxicava. Ele falou, interrompendo meus pensamentos:
- Er, oi. - ele disse, tímido.
Eu levei uma das minhas mãos ao rosto, e depois saí do caminho para que ele entrasse. Merda. Por que eu fiz isso? Sou uma idiota, tenho que parar de fazer merda. Ele entrou, e pude ver que ele carregava uma margarida, assim como a do nosso primeiro encontro, e a entregou pra mim. Senti um nó na garganta. Ele novamente interrompe meus pensamentos:
- , eu queria conversar com você.
- Pode falar. - suspirei, antes que ele abrisse a boca – Primeiro, , antes de você começar a falar, quero dizer que não quero que você pense que só você está sofrendo. Sendo quem fez a merda foi você. Sendo que você que me machucou e você que quebrou meu coração. Você não sabe o quanto eu chorei por você, não sabe o quanto eu quis sumir. Você não tem ideia da dor que eu senti. Então pense muito bem antes de falar qualquer coisa.
Ele arregalou os olhos. não esperava isso. Talvez ele esperasse que ele chegasse aqui, eu correria para os seus braços e depois voltaríamos a ser felizes como se nada tivesse acontecido. Mas nunca mesmo. Eu não sou que nem essas meninas idiotas.
- Bem, eu queria dizer que eu sofri também. E eu sinto muita sua falta, eu preciso de você. Eu preciso de você pra viver, . - ele tocou na minha mão, e olhou nos meus olhos. Merda - Eu te amo, mais que tudo. Eu estou disposto a fazer de tudo pra te ter de volta.
Eu ri. fez uma cara confusa e não entendeu minha reação.
- Você acha mesmo que iria chegar aqui com milhares de desculpas esfarrapadas, dizendo que me ama, tudo mais, e que eu iria correr de volta pros seus braços? , não é bem assim. Eu não sou um brinquedo pra você me deixar de lado quando não quer e depois, quando sentir minha falta, me querer de volta. Pode não parecer, mas eu tenho sentimentos. Eu sofro. Você pode ter errado e estar arrependido, mas o seu arrependimento nunca irá apagar a mágoa que eu tenho guardada aqui - apontei para meu coração - E eu te amo. Eu posso ser meio masoquista, mas eu te amo. Eu sinto sua falta. Mas eu não quero ser um brinquedo. Eu não quero!
- Por favor! Me perdoa, eu te amo, eu sinto muito sua falta! - ele implorava.
- A vida dá, e a vida tira. E eu fui tirada da sua vida, ou melhor você me tirou a partir do momento que você destruiu meu coração.
Nesse momento, me beijou. Pegou no meu rosto, e colou nossos lábios rapidamente. Eu senti as borboletas na minha barriga, como sempre. Ele segurou minha cintura e me trouxe mais para perto. Eu primeiro relutei, mas eu não conseguia. Era errado, mas eu queria aquilo. Mesmo sofrendo eu queria. Eu gostava. Ele aprofundava cada vez mais o beijo, e nós parávamos apenas para respirar.
- P-para... - eu disse ofegante, enquanto ele começava a beijar meu canto da boca, e foi descendo do queixo até o pescoço. - !
- Olha nos meus olhos e diz que você não me quer de volta. Olha nos meus olhos e diz que você não sente falta disso. - ele disse me encarando com seus olhos, eu já disse que odiava isso?
- Eu quero, eu quero.
Ele voltou a juntar nossas bocas, e o beijo tornava-se cada vez mais intenso, até que ele colocou sua mão dentro da minha blusa, e eu sussurrei:
- , não agora.
Ele não havia parado.
- , eu disse pra parar!
Ele me ignorava.
- ! CARALHO, PARA! - eu o empurrei.
- O que foi?
- Como assim "o que foi?" - eu o olhei indignada - Nós mal se acertamos e você já quer transar comigo, é isso?
- Desculpa, é que eu me empolguei. Desculpa.
- Tá bom. - revirei os olhos e suspirei - Mas quando eu disser pra parar, é que é pra você parar, entendeu?
- Sim, senhora! - ele deu uma risada, e eu não pude deixar de rir também.
Eu sentia falta daquilo. Eu sentia falta do quanto ele era brincalhão, da risada dele, do jeito bobo que ele agia com tudo. Eu amava aquilo, eu amava ele. Na verdade, eu amo.
- , eu te amo.
- Hm, legal.
- Como assim "hm, legal?" - ele disse me imitando.
- , para de ser besta. Apesar de você ser um idiota, não merecer meu amor, ser malvado, ter quebrado meu coração, ferrado meu psicológico e meus sentimentos, eu te amo.
- Nossa, obrigado pela parte que me toca! - ele disse, fingindo ter sentido ofendido.
Eu ri. Ele me abraçou por trás e ficou sentindo meu cheiro, e eu percebi ele sorrindo. Estávamos felizes. Pertencemos um ao outro. Mesmo ele ter errado comigo, ele é meu, para sempre. Somos nós dois, somos um só. Nós nos amamos. Não existe amor perfeito. Ninguém nunca conseguiu ter isso, e ninguém nunca vai conseguir. Eu me apaixonei pelo , eu tenho que amar seus defeitos e apoiá-lo para que ele não volte a cometer os mesmos erros. E ele se apaixonou por mim, e pelos meus defeitos. Por isso eu acho estranho o amor. Como alguém pode amar defeitos? Como alguém pode amar alguém errado? Acontece que o amor não é normal. O amor é irracional, bobo, idiota, e imperfeito. Mas quem vive sem o amor? Quem vive sem amar e sem ser amado? Ninguém consegue viver sem isso. E talvez eu e nascemos para ficar juntos. Um ajudando o outro, um amando o outro, e, principalmente, um acreditando no outro. O seria de nós sem acreditarmos? O que seria de mim sem ?
FIM
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