Passei pelo corredor vazio, tudo que se ouvia na casa eram os sons dos meus passos e a chuva que insistia em bater nas janelas. Todas as portas estravam trancadas, minha caneca com chá de camomila queimava minha mão, mas eu não me importava. Não me importava com mais nada. Nunca fui um cara sentimentalista, na realidade nunca acreditei que um sentimento por alguém mudasse algo ou alguém, os sentimentos lapidavam nossas vidas aos poucos, mas não bruscamente. Aprendi da pior forma que estava errado. Eu me apaixonei pela pessoa errada, e isso ia muito além das questões legais.
Olhei para a porta fechada, atrás estava o quarto dela, desde o dia da discussão não havia entrado ali, sabia que estava longe e, ali, naquele quarto, podiam estar todas as respostas para as minhas dúvidas. Respirei fundo e entrei, tudo igual como eu havia deixado, pedaços do laptop estavam jogados pelo chão. Olhei em volta, cama arrumada, nada havia sido mexido. Fui em direção à cômoda e olhei todas as gavetas, vazias, no guarda roupa havia apenas algumas peças de roupas, mas o que me chamou a atenção foi o caderno preto com capa de couro em cima de todas as roupas, deixado de forma desleixada. Era o caderno que eu vi o dar a ela, na época não perguntei sobre o que era - desconfiava que fosse um diário -, mas agora essa ideia me fez pega-lo rapidamente, sabia que quando passasse a olhar teria que estar preparado para tudo, inclusive para que minhas dúvidas fossem confirmadas. Só depois de tomar minha decisão foi que lembrei que isso seria uma invasão de privacidade enorme, porém o benefício seria muito maior.
Abri na primeira página e confirmei, era um diário, datado de um mês anterior com o nome e os objetivos de manter o caderno, escritos com a letra redonda dela. Passei a folhear aleatoriamente a procura de informações válidas.
A primeira página que me chamou atenção foi onde havia um borrão de tinta de caneta.
“Ouvi algumas meninas conversarem hoje no colégio, a loirinha da minha sala, irmã da Rebecca, estava contando que mexeu no celular da irmã e descobriu que ela fez sexo com outra mulher e um homem, o problema foi que a mulher era “uma tal de Jane” e o homem “um juiz que tem cara de santo” como ela descreveu. Eu o odeio!”
Me senti tão sujo, tão podre, lembrei daquele dia, do quão transtornado eu estava, só precisava esquecer, provar a mim mesmo que eu estava errado, que não estava apaixonado por , foi tudo em vão.
Na página seguinte havia um x e rabiscos que tentavam apagar o que havia sido escrito, mas com um pouco de esforço consegui compreender o texto.
"Estava aqui pensando, sexo deve ser bom né?! Vejo as meninas falando tanto. Ainda acho sujo, além da dor, lembro da dor mais que tudo.
‘Mas não deve ser assim sempre, minha mãe parecia gostar muito, além disso há muitas mulheres que tem uma penca de filhos que não vieram da cegonha, sem contar as outras mulheres que se previnem. E se Deus fez que os filhos saíssem disso, porque sujo não deve ser, não sempre. Bom, mas se for ver, Cristo não foi gerado do sexo, e ele é o único santo.
‘Nossa quanta bobeira... Só imagino que sexo com o deve ser bom.
‘Na verdade deve ser mais que bom."
Não sabia se eu ria ou sentia pena por tudo que ela teve que passar. Acabei sorrindo com o pensamento dela me desejar, da mesma forma que eu a desejava. Aquilo era muito bom se não considerássemos nossa situação legal, nossa diferença de idade e o fato dela ser menor de idade. Uma voz no fundo da minha mente me dizia que nada disso tinha validade, se ela ainda se sentisse da mesma forma em relação a mim.
Resolvi seguir algumas paginas adiante.
“ veio me chamar para fazer compras de Natal, segundo ela essa é a melhor época para fazer compras já que não tem que enfrentar as lojas lotadas, pensei em comprar algo para o , mas acho que comprar presente com o dinheiro da pessoa não vale!”
Eu ri, se havia alguma dúvida que aquele diário pertencesse a , se esvaiu nesse momento. Continuei lendo e torcendo para ela ter comprado.
"Aqui em casa, eles começam a preparar o natal 3 meses antes, as vezes tenho vontade de rir. Todos já falam o que vão fazer e o já combinou de ir fazer as compras da decoração, segundo ele, sua mãe pensava em tudo muito tempo antes porque as decorações devem ser divinas. Ao que parece essa é a única época do ano que aqui parece um lar, é sempre tão vazio e impessoal, o orfanato era mais aconchegante. Não que eu esteja reclamando, longe disso, nem posso, tenho tudo, até afeto, é só uma comparação."
Minha mãe sempre me disse que eu precisava transformar isso num lar, sempre achei que fosse, mas pelo visto me enganei. E com ela longe, tudo estaria mais vazio ainda.
Pela primeira vez me lembrei de que teria que dá uma explicação para os meus pais. Uma boa explicação. Eles iriam me matar.
"Estou sem coragem de descer, não depois de tudo que eu fiz. Eu não devia ter beijado ele, eu sei que é errado, mas ele estava tão perto, ele parecia diferente, nunca esteve tão aberto e quando eu vi já tinha beijado ele. E foi bom. Não é que eu nunca tenha beijado ninguém, aqueles caras me beijavam, e depois Chad disse que era bom, mas não foi.
‘ pareceu sentir o mesmo até me afastar. Depois disso ele foi frio e distante e foi horrível, agora ele sabe quem eu sou, do que sou capaz, que meus pais e todos os homens tinham razão, eu sou um demônio.
‘Ele deve ter nojo de mim. Eu me odeio, me odeio demais."
Chad, Chad, Chad... Sempre esse filho da puta.
Me lembrei desse dia, o quão atormentado fiquei pelo que fiz, o quão bom foi aquele beijo. Ainda consigo sentir seus lábios nos meus, seu gosto. Se meus pais não estivessem na mesma que nós, se não fosse o segundo de sanidade, hoje iria estar me odiando, não que seus sentimentos devam ser diferentes agora.
Umas páginas após havia uma nota autoadesiva que me chamou a atenção.
”Lembrei do Chad, nossos natais juntos, ele fazia parecer tudo legal, e agora está preso, não entendo como pode, ele nunca foi mal. Aquilo me doeu mais que tudo.”
A frase me fez tremer. Chad era um verme e um dia pagaria por tudo que me fez passar, alguém que se diz melhor amigo, bater, abusar sexualmente da “melhor amiga” por causa de uma garota, não merecia pertencer à raça humana. E depois de tudo, como pode? Não fazia sentido, pelo que tinha acabado de ler, toda aquela história de ter sofrido aquela violência era real, ao invés de ser armação como eu havia deduzido, mas se fosse real já não fazia sentido todo o resto do plano.
Comecei a ler a página abaixo da nota.
"Chad me ligou hoje, disse que daqui um mês, provavelmente, ele estará naquele lugar onde os menores infratores ficam, disse que queria me pedir desculpas e que o bateu nele quando tentou.
‘Me lembro quando nos conhecemos, foi na noite de natal, parece que até hoje são os natais que sempre tornam a minha vida mais leve. Espero que esse ano aconteça o mesmo.
‘Eu estava sentada na sala, na poltrona cinza com rosas, minha preferida, as crianças lá fora, brincando no pula-pula, no castelo inflável - as pessoas sempre acham que os orfanatos são tristes e pobres. Lar São Miguel não é nada disso, as pessoas que trabalham lá são legais e as doações permitem uma vida muito mais confortável do que as que há em várias casas -, mas mesmo assim, eu estava triste. Queria meus pais, sentia falta do natal da casa da tia Marilu, queria as pessoas que eu amava, detestava o orfanato, as pessoas me tocando, querendo me agradar e no segundo seguinte cochichando sobre mim pelos cantos. Os casais que iam lá e nos olhava como se fossemos cupcakes, ou algumas pessoas que iam fazer "caridade" tirando foto enquanto nos olhavam com pena, algumas que iam eram até legais, pareciam se importar, mas não acontecia com a maioria. Independente de tudo, eu queria ir embora dali.
‘Estava pensando em como seria fácil fugir dali naquele natal, todos estavam lá no fundo, eu sabia que as portas da frente estavam trancadas e as janelas com grades, mas se eu desse a volta pelo fundo eles nem notariam, a confusão e a euforia deles seriam minha chave para a liberdade.
‘Estava quase tudo planejado quando ele chegou. Chad sentou no chão na frente da minha poltrona, na hora fiquei com raiva por ele estragar meus planos. Ficou lá quieto vendo o desenho até que ele começou a falar de como queria ter o cabelo do Super Choque e de várias outras características que ele gostava do cara do desenho, enquanto eu continuava quieta e emburrada.
‘- Um dia serei igual ele. - Chad concluiu.
‘- Só se você se pintar de preto. - falei brava, brava ou não, eu não tinha o hábito de falar com ninguém, mas me bateu uma vontade tão grande de provocar Chad que nem pensei na hora. Acho que era meu inconsciente me dizendo que ele era legal, ou não.
‘- Eu sou preto. - comentou orgulhoso, eu franzi o cenho analisando ele.
‘- Só se for por dentro, porque por fora você tem a cor de leite.
‘- Minha mãe disse que falar isso é preconceito, sabia? - franziu o cenho pra mim, bravo.
‘- O que é isso? – nunca tinha ouvido a palavra, já tinha sido acusada de várias coisas, mas aquilo era novo.
‘- Não sei. Mas ela disse que é e pronto.
‘- Se preconceito significa verdade então é.
‘Ele saiu bravo de lá gritando pela mãe dele e eu sabia que estava encrencada, mas permaneci quieta no sofá. Tia Mariah chegou logo em seguida perguntando o que tinha acontecido, Chad explicou umas cinco vezes a mesma história apontando pra mim como se eu fosse uma criminosa, enquanto eu fingia ver tv, quando ela me perguntou se era verdade, dei de ombros. Ela sentou ao meu lado, pegou Chad no colo e me chamou para ouvir o que ela ia falar.
‘- Preconceito é quando a gente fala se gosta ou da pessoa antes de conhecer. Falar que você é branco, preto ou amarelo não tem nada a ver com preconceito, não se você falar que não gosta ou gosta da pessoa por isso.
‘Depois disso ela seguiu para fora com Chad no encalço, antes de sair ele mostrou a língua pra mim, o que me deixou com vontade de chorar de raiva. Mas fiquei quieta.
‘Quando fui levantar para tentar fugir, Chad apareceu de novo, numa mão carregava um prato com comida e na outra um copo, sentei frustrada esperando ele sentar ali perto, mas ao invés disso me entregou o copo e a comida.
‘- Peguei um pouco de cada, não sabia do que você gostava.
‘- Não quero comer. - resmunguei.
‘- Não precisa fazer isso, você é chata mas não merece morrer de fome. Deus deve te amar. - disse solidário, toda vez que lembro disso tenho vontade de rir, ele sempre foi uma figura.
‘- Cala a boca. – na hora eu só queria matar ele.
‘- Come logo, vou comer também, vamos ganhar brinquedos e aí podemos brincar até tarde, vai logo. - deixou o prato no meu colo e saiu, pouco depois voltou com o prato e o copo dele, sentou do meu lado e começou a comer rápido me falando para fazer o mesmo. E eu fiz. Não lembrava mais da fuga, só queria brincar.
‘Por mais que fosse maior do tempo briga nossa convivência daquela noite, me fez esquecer todo o resto.
‘Essa lembrança me fez pensar que Chad é uma pessoa boa, ele me transformou numa pessoa boa também, sempre foi bom comigo, nunca me julgou e nem me olhou com desprezo e agora ele não quer ser preso, e eu não quero que isso aconteça, mas se eu for falar com o ele irá me detestar mais ainda. O outro jeito dele conseguir escapar é fugir, já ouvi dizer que no Paraguai ninguém acha ninguém, talvez ele comece uma vida nova lá, talvez eu vá junto, não quero ser um fardo para ninguém, principalmente para o .”
sempre teve alma boa, essa era a verdade. Mesmo depois de tudo ela o perdoou, enquanto eu, apenas a julguei, a acusei de traição.
Passei para a última folha, precisava saber se ela ainda seria capaz de me perdoar depois de tudo.
Antes de ler o começo da página li a nota autoadesiva que estava no rodapé.
"Ontem à noite esbarrei com o na sala, era como se quisesse me matar. Eu entendo que ele tá com ódio e nojo de mim, eu também estaria, mas só não queria ficar aqui, não depois dele saber quem sou eu. Sou um estorvo, sempre fui, para todos.
‘O problema é que ele deduziu tudo errado, não me perguntou nada. Agora ele me odeia mais ainda. Vi isso nos olhos dele, minha vontade foi de morrer.
‘Se na noite que meus pais morreram porque eu não levei o dinheiro eu soubesse que um dia eu teria que o ver daquele jeito, eu faria, faria tudo o que Poal ou qualquer outro homem me mandasse."
Lágrimas escorreriam pelo meu rosto, ela entendeu tudo errado. Eu só não podia, eu não posso fazer o mesmo que meu padrinho ou os outros homens fizeram com ela, vi as consequências que trouxeram. Sentia nojo e desprezo por mim, mas jamais por ela, como posso ser indiferente com alguém que amo acima de tudo.
Dominado pelo horror por tê-la machucado mais do que aqueles monstros, prossegui minha leitura.
"Ontem os funcionários daqui estavam decorando o lado de fora das casas com pisca-pisca e guirlandas, parece que ficará tudo lindo, dá para acreditar? Daqui um mês é natal, daqui cinco dias é dia de montar a arvore, e eu que estava tão ansiosa não vou ver nada disso.
‘Até meus 9 anos, todo ano ficava ansiosa para o natal chegar logo, nunca entendi porque um só dia. Devia ser natal o ano todo, era uma data mágica, era quando eu me permitia imaginar que era uma princesa ao invés do monstro que eu sou.
‘Ainda me lembro do primeiro de todos. Meus pais estavam fora, sabia que tinham ido para o fim da rua, no mato - onde jamais me deixaram ir -, eu estava em casa sozinha e com fome, revirei tudo e não encontrei nada para comer, então resolvi fazer o que sempre fazia nesses casos: achar comida na rua. Sabia que a três quarteirões tinha as casas bonitas que jogavam muita comida no lixo. Fui até lá e me distrai com tanta luz, aquela rua estava mais linda do que já era, estava silenciosa e agradável, olhei várias casas até que meu estômago doeu me fazendo lembrar do motivo de estar ali. Comecei a olhar os lixos, peguei uma sacolinha que estava solta por ali e passei a colocar tudo o que achei, nunca tinha visto tanta comida junta. Já estava bem pesada quando cheguei na quarta casa, o local onde eles colocavam lixo era alto para mim, então coloquei a mão lá dentro para tirar o primeiro saquinho e ver o que eu achava lá dentro, mas senti que algo me cortou fazendo tirar a mão dali na hora, num movimento automático, quando a olhei só dava para ver sangue pingando ali enquanto ardia muito. Peguei minha sacola com a comida que achei e voltei para casa, lá ia lavar a mão antes de comer. Já estava na esquina de casa quando ouvi um homem falando no telefone na frente de uma casa cheia de luzes coloridas que formavam uma estrela cadente, fui mais para o canto da calçada tentando fazer silencio para que ele não me visse, mas não adiantou, quando me chamou, fiquei com medo, mas sabia que quando um homem me chamava e eu não ia, era bem pior.
‘- Como se chama? - falou assim que me aproximei, eu permanecia de cabeça baixa e a uma distância segura.
‘- . – sussurrei.
‘- Onde estão seus pais? - percebi que me avaliava, não o olhei, apenas apontei para o final da rua. - O que está levando na sacolinha?
‘- Comida.
‘Ele ficou em silêncio por um par de segundos.
‘- O que houve com sua mão?
‘- Cortei.
‘Silêncio novamente.
‘- Marilu. - o homem falou levantando a voz, mas não gritou.
‘- Epitáfio? - Uma voz de mulher saiu de dentro da casa atrás dele, não levantei os olhos pra olhá-la.
‘- Leva a garota lá para dentro, os pais dela estão lá no Mato do Diabo enquanto ela está pegando comida lá embaixo. - ele disse, me fazendo reconhecer o apelido do local onde meus pais sempre iam.
‘A mulher veio em minha direção e se abaixou sorridente, me deu oi e me guiou até dentro da casa, estava desconfiada, mas aprendi a não contrariar. A casa tinha uma árvore de natal com ursos e laços na sala, passamos pelo corredor e lá tinha três portas fechadas, ela abriu uma das portas revelando um banheiro cheio de azulejos azuis, me guiou até lá e explicou que era para eu tomar banho, tirou a sacola da minha mão dizendo que iria guardar pra mim. Fiz o que ela mandou, a água do chuveiro era quente, nunca tinha tomado um banho quente, e a sensação era maravilhosa. Assim que desliguei o chuveiro uma garota mais velha, que fui descobrir depois que se chamava Joanna e era filha do casal, me entregou umas roupas que eram enormes, mas limpas e aconchegante.
‘Eles me levaram para a cozinha, onde tinha uma mesa toda arrumada com peru, arroz, salada e frutas. Não acreditei quando me disseram que eu podia comer com eles, não neguei, ao contrário, sentei e comi feliz, aquilo tudo parecia os sonhos que eu tinha, eu era uma princesa em pleno banquete. Eles conversavam e riam, eu me senti tão bem lá, não me fizeram perguntas e nem cochichavam pelos cantos. Terminamos de comer e Joanna me levou para a sala onde nós comemos sorvete com calda de chocolate. Eu estava tão feliz que queria não ter que ir embora nunca.
‘- , você sabe o que é o natal? - Joanna perguntou assim que terminei minha sobremesa, eu não havia falado nada até então e apenas balancei a cabeça de forma negativa. - Há um tempão nasceu um menino chamado Jesus, - ela começou sorridente, sua voz era como um afago e eu sorri espontânea, ela estendeu os braços e eu me aconcheguei em seu colo, me sentia tão segura com eles. - ele nasceu para mostrar para gente o que era certo e o que era errado, e também veio porque não existia o perdão, agora nós podemos pedir desculpa quando fazemos algo errado. E hoje no natal a gente comemora o aniversário dele, e quem não acredita que um dia ele nasceu comemora o amor que existe no mundo.
‘Eu sorri com a história e mais ainda com o final. No final eu vou ter a chance de pedir perdão por tudo de errado que eu faço.
‘Sinto muita falta deles, depois que meus pais morreram nunca mais os vi, mas é impossível esquecer tamanha bondade, acho que não existe mais ninguém assim.”
As lágrimas não cessaram nem por um instante. Ela acreditava no perdão, eu clamei a Deus que ela me perdoasse. Fechei o diário e segui para fora do quarto atrás dela, atrás da minha redenção.
FIM
Nota da autora: 02.01.2014 -
Ah o clima natalino me inspira... Esse conto é baseado na fanfic My Obsession, um capítulo extra, por assim dizer. Quem acompanha o grupo no face sabe que as coisas deram erradas pra que a fic entrasse nas vésperas de natal. Mas entrou – já dizia o outro “antes tarde do que nunca”. Não esqueçam de comentar. Beijinhos. Grupo do Facebook Twitter