- AMIGAAAAAAA! - berrei enquanto tentava me controlar na sala. Meus pais me olhavam como se eu fosse um extraterrestre. O motivo? Eu havia acabado de descobrir que eu ia conhecer meus ídolos! Não exatamente conhecer, mas isso eu explico depois.
- O que foi? - apareceu comendo um chocolate. Ela estava em casa quando eu recebi a notícia. E sim, ela estava comendo o MEU chocolate. Lembrarei ela depois que é proibido comer meus chocolates.
- VAMOS PRO HAVAÍ! - eu berrei dando pulinhos e gritinhos histéricos. A essa altura meus pais já estavam sentados no sofá revirando os olhos. arregalou os olhos levemente e correu até mim.
- QUE SINISTRO! - ela gritou. - Desculpa, isso foi meio mano - ela disse e eu desatei a rir. - Mas... quem vai pagar?
- Meu pai. - Eu apontei pra ele, que me olhava ainda como se eu fosse um ser de outro mundo.
- Como? - perguntou se sentando do lado dos meus pais.
- Minha empresa me deu essa viagem, só que estou muito ocupado com o trabalho, e a mãe de também, então eu estou cedendo a viagem pra vocês - meu pai respondeu.
- Anw, obrigada, tio! - disse apertando as bochechas do meu pai, que começou a rir. Fiz uma careta. Além de roubar meus chocolates, quer roubar meus pais.
- , você ainda não entendeu tudo... tem mais. - eu disse mordendo o lábio.
- MAIS? - ela disse com os olhinhos brilhando.
- O RESORT QUE A GENTE VAI FICAR HOSPEDADA É ONDE OS MENINOS ESTÃO HOSPEDADOS! - eu gritei e saí gritando pela casa. Voltei pra sala e me olhava estranho.
- Os meninos... da One Direction? - ela perguntou calma. Exclamei um ‘AHAM’ e ela jogou a cabeça pra trás.
- Ah não... não acredito - ela disse e eu sorri vitoriosa. A verdade era que eu era uma Directioner bem... hum... retardada. E como eu sabia que meu pai tinha ganhado a viagem justamente pro resort que meus ídolos ficariam, eu meio que implorei até cansar pra ele ceder a viagem. - Quando? - perguntou prendendo o cabelo.
- Semana que vem - eu disse e voltei a comemorar.
1 semana depois
- Já chegaram lá - eu comentei vagamente enquanto mexia em meu celular no aeroporto. lia uma revista sentada ao meu lado.
- Chegaram quem, ? - ela perguntou sem tirar os olhos da revista.
- Os meninos! Já chegaram no resort - eu disse como se fosse óbvio e ela revirou os olhos. Podemos dizer que não é muito fã. Directioner, então... nem existe essa palavra no vocabulário dela.
Alguns minutos depois uma voz soou no aeroporto chamando nosso voo. Eu e nos levantamos e fomos até o portão de embarque. Depois de passar por tudo, entramos no avião e eu coloquei os fones, lógico, depois do avião decolar e a aeromoça deixar. Senti alguém me cutucando e olhei pra .
- Imagina que delícia deve ser os drinks coloridinhos que tem lá - ela disse toda animadinha. Olhei-a sério e depois ri.
- Não acredito que você me chamou só pra falar uma merda dessa.
- Ué, deve ser uma delicinha! - ela disse e bateu palminhas. Ignorei e acabei dormindo. Um tempo depois me chamou novamente.
- Imagina as dancinhas - ela disse e imitou o hula-hula. Arranquei os fones, irritada, e me ajeitei no banco. Tinha perdido o sono.
- Imagina eu conhecendo os meninos, imagina eu beijando o ! Imagina o cheiro deles, imagina eles sem camisa... - eu ia dizendo pra provocá-la.
- Ai, , você é mais chata que eu - ela disse e fechou os olhos pra dormir.
Acabei dormindo depois de ler um pouco do meu livro, e só acordei novamente quando pousamos. Pegamos um táxi, que nos levou direto ao resort. Depois de tirarmos todas as mil e uma malas do carro, entramos no hotel.
- Aloha! - um homem com uma camisa florida meio gordo disse colocando um colar de flores em mim e em .
- Aloha! - respondeu animada. O homem segurava dois drinks coloridos e entregou um pra , que olhava curiosa a recepção do hotel.
- Não, mahalo - eu disse ao homem que me entregou a bebida. Era nove da manhã, não estava muito a fim de beber álcool. Ah, e sim, eu pesquisei palavras em havaiano. Mahalo, significa ‘obrigado’. - - eu disse puxando o braço dela, já que ela estava conversando com o gordinho -, vou na recepção acertar as coisas, não saía daí - eu disse e concordou que nem criança.
Fui até a recepção e peguei as chaves do quarto. Acertei tudo que tinha pra acertar, e decidi arriscar.
- Érm... Você poderia me dizer em que quarto os meninos da banda One Direction estão? - eu perguntei pra recepcionista.
- Desculpa, não posso te dizer. Na verdade, você nem podia estar sabendo que eles estão aqui - ela disse dando uma risadinha falsa. Imitei a risadinha dela e ela me olhou estranho.
- Ok, obrigada - eu disse ignorando a careta dela e indo até onde estava. Ela olhava um aquário que tinha ali perto, e seu drink já estava vazio.
- Pronto. Vamos subir, depois a gente conhece o resort - eu disse e concordou.
Depois de nos acomodarmos no quarto, colocamos biquínis, eu coloquei um vestido solto por cima, e colocou um short e uma regata. Peguei meus óculos de sol e minha bolsa, e ela fez o mesmo. Descemos e começamos a ‘descobrir’ o resort. Passamos por uma academia, umas lojinhas, um SPA, entre outros lazeres e chegamos na área da piscina. Posso dizer que as piscinas eram muitas, e enormes! se deitou numa espreguiçadeira e já foi passando protetor e tudo. Fiquei em pé a olhando.
- O que foi? Vai ficar em pé aí que nem tonta? - ela perguntou.
- Não. Vou procurar meus maridos. - eu disse e soltou uma gargalhada. Mostrei o dedo pra ela e saí atrás dos meus ídolos.
Passei na academia, que tinham algumas pessoas malhando, mas nenhuma delas era quem eu queria. Passei no SPA, passei nas lojinhas e nada. Fui até uma área com um gramado imenso que tinha algumas mesas com guarda-sol, e sentei numa cadeira. Suspirei fundo e pedi um suco. Depois de uma hora tomando suco e lendo revista, olhei no relógio e vi que já era uma da tarde. Levantei e voltei pra onde estava. Ela tomava um drink, com um chapéu branco enorme, óculos de sol, e lia uma revista. Típica menina mimada. Ri com meus pensamentos e sentei-me na espreguiçadeira ao lado dela.
- Oi - eu disse e ela pulou, deixando a revista cair no chão. Ela pegou-a antes que a revista molhasse e me olhou como se fosse me matar.
- Vai dar susto na sua mãe, vadia! - ela disse e eu ri. - Achou os gayzinhos? - ela disse e eu pensei ‘imagina os gayzinhos te pegando de jeito, querida, imagina’, e comecei a gargalhar. - Tá rindo por quê? Eu hein, menina louca.
Me acalmei da crise e tirei o vestido. Me deitei, e disse pra ela:
- Não. Eles simplesmente sumiram!
- Certeza que eles estão aqui? - perguntou.
- Aham! Até já saiu foto deles exatamente aqui... espera... EXATAMENTE AQUI! - eu berrei a última parte. Ela me olhou assustada e eu levantei. - Preciso beijar o chão, eles pisaram aqui, , eles pisaram aqui! Ai meu Deus - eu disse tremendo. levantou e me agarrou antes que eu me abaixasse pra beijar o chão.
- Vamos almoçar - ela disse baixo como se não quisesse passar vergonha. Nos vestimos e fomos até um dos inúmeros restaurantes do resort. Aquilo realmente era um paraíso! Tudo pago, três semanas naquele lugar, era, literalmente, o paraíso!
- Para-para-paradise - cantarolei enquanto saíamos do restaurante.
- Cala boca - ela disse e nós duas rimos. Às vezes conseguíamos ser muito retardadas.
Passamos o resto do dia conhecendo o resort, e à noite, decidiu insistir em ir à uma das inúmeras festas que rolavam
- Por favor - ela pediu manhosa.
- Não. Eu já disse que tô cansada. Avião cansa, sabia? - eu disse saindo do banheiro enrolada numa toalha.
- Que merda! Para de ser chat a- ela disse ainda de biquíni.
- Eu não vou. Vai sozinha - eu disse me jogando na cama e sentindo meus olhos pesarem.
- Sozinha eu também não vou. Não vou mais - ela disse e entrou no banheiro pra tomar banho. Coloquei meu pijama, sequei meu cabelo e me joguei novamente na cama. Apaguei minutos depois.
- ACORDA, PESTE! - Senti um peso em cima de mim e constatei que era a pentelha da . Abri os olhos e empurrei-a. – Levanta, porque hoje vamos pra praia! - ela disse e começou a se arrumar.
Levantei e depois de alguns minutos já estávamos prontas. Ainda eram sete horas da manhã. Tomamos café e fomos pra praia. Enquanto tomávamos sol, entrei na internet pelo meu celular. Não havia fotos dos meninos, mas segundo a galera do twitter, estavam dizendo que eles tinham dado um jeito de parar com as fotos. Suspirei alto e me olhou.
- Sem fotos deles. Foram proibidas. Ótimo! Eles estão aqui, e eu não os encontrei! Seria porque esse resort é enorme ou porque o destino está contra mim? - perguntei fazendo biquinho e me deu um pedala.
- Deixa de ser lesada, !
O restante do dia foi calmo, demos um passeio de lancha, mergulhamos e tomamos muitos drinks. À noite, prometi que eu ia com à alguma festa. Coloquei um vestido rosa claro curto e tomara que caia, e uma sandália de salto rosa. Prendi meu cabelo com uma flor do mesmo tom do vestido. estava parecida comigo, só que seu vestido era verde e a flor azul.
- Estamos parecendo havaianas! - ela disse rindo. Fechamos o quarto e fomos pra uma das festas.
A festa rolava em um barzinho. Dançamos hula-hula, tomamos drinks coloridos, e até ficou com um americano que passava as férias lá. Quando deu três da manhã, voltamos pro quarto, já que no dia seguinte acordaríamos cedo. Passei na recepcionista e perguntei mais uma vez sobre os meninos. Ela disse que não podia me falar nada e eu mostrei o dedo pra ela. disse que eu estava bêbada e me carregou até o quarto. Dormi arrumada mesmo.
Acordei no dia seguinte com uma dorzinha de cabeça chata. Eram dez da manhã. Acordei e nos arrumamos. Tomamos café e fomos pra piscina. Deitei na espreguiçadeira e coloquei meus óculos e meus fones.
- Me passa o remédio - pedi pra . Ela me deu o remédio que tinha trazido e eu tomei junto com um suco de laranja.
Fechei os olhos e inalei o cheiro gostoso que o Havaí tinha. Aos poucos minha dor foi passando. Quando bateu a fome, pediu uma porção de alguma comida havaiana desconhecida por mim e eu me sentei. Ficamos conversando, quando de repente, eu os vi. Todos. Os cinco. Sem camisa. Eles caminhavam pra fora da área de piscina. Pisquei uma, duas, três vezes e abaixei meus óculos. Eram eles mesmos.
- ? Tá me ouvindo? - estalou os dedos na minha frente, me acordando do transe. Rapidamente peguei meu vestido e o vesti de qualquer jeito, peguei minha bolsa e me levantei. - Aonde você vai? Eu tô falando com você! - ela gritou enquanto eu andava rapidamente.
- Vou atrás dos meus ídolos! - gritei de volta e corri. Corri até eles, e quando os alcancei, não soube o que fazer. Quem estava à minha frente era . Não hesitei e cutuquei suas costas. Ele se virou, fazendo com que TODOS os meninos parassem de andar e virassem juntos.
- Oi - ele disse sorrindo. ... sempre simpático com as fãs.
- Oh my God - eu disse baixo com a boca aberta. Minhas mãos suavam e eu fiquei sem reação.
- Tudo bem? - perguntou. Chacoalhei a cabeça em negação. Depois em afirmação. E em negação de novo.
- Porra - eu disse em português, e eles me olharam assustados. - Porra- repeti novamente, só que agora em inglês. Por quê? Não me pergunte, nem eu sei. Eles arregalaram os olhos mais ainda e eu soltei um som não identificado.
- P-posso tirar uma foto? - perguntei gaguejando.
- Nossa? - perguntou rindo. deu um pedala nele e disse:
- Lógico que não, idiota! Ela quer tirar com a gente – ele disse pra , e depois se virou pra mim - Claro, vem cá - ele disse abrindo os braços.
estava falando comigo? Estava me chamando pra abraçar ele? OH MY FUCKING GOD! MEUS ÓRGÃOS COMEÇARAM A SAMBAR. Abri um sorriso enorme. Eu devia estar parecendo uma doente. Dei dois passos pra frente ainda sorrindo e me joguei nos braços de . Ele me abraçou apertado e eu quase esmaguei ele também. Depois abracei todos os outros, e cada vez minhas pernas ficavam mais bambas. Depois pedi pra uma tiazinha que passava por ali tirar uma foto, e por fim, relaxei.
- Obrigada. Vocês não fazem ideia do quanto eu tô feliz.
- Fazemos sim. Olhe suas mãos. Estão tremendo - disse e bateu fraco nele.
- Imagina, todas directioners ficam assim - ele disse e eu me senti mais normal. Um pouco. chegou correndo até mim e quando viu eles, simplesmente ignorou. ELA IGNOROU A ONE DIRECTION.
- , você me deixou falando sozinha - ela disse em português.
- Foda-se, ! Olha quem está aqui - eu disse em português também e apontando pros meninos, que olhavam eu e estranho. - Olha isso! Que gostosos! - eu disse em português ainda.
- Eu sei. O é o mais gostoso - ela disse apontando pra ele. – Enfim, meninos, podem ir andando, a fica atrapalhando vocês, vamos nos ver à noite? - ela disse agora em inglês e eles concordaram. ELES CONCORDARAM.
- Que língua vocês estavam falando? - finalmente se pronunciou.
- Português - eu e dissemos juntas.
- Ah tá.
- Então, nos vemos à noite, certo? - perguntou
- Aham - disse antes que eu pudesse responder. Eles se despediram da gente e continuaram andando. Fiquei estática os observando até eles desaparecerem da minha vista. Percebi que eu sorria boba, e me olhava indignada.
- Vamos - ela disse me puxando de volta pra piscina. Não tirei o sorriso do rosto até o fim do dia.
- Ui, que gata! - disse quando estávamos descendo.
- Gata é você! - eu disse apertando a cintura dela, que riu das cócegas. Quando chegamos na festa, a primeira coisa que procurei foram os meninos. A de foi o bar. Vocês devem pensar que ela é uma bêbada alcoólatra. Mas ela só é assim quando viaja. Ri sozinha e ela me chamou de louca.
- Vou ao bar. Aproveite - ela disse com um sorriso malicioso. Mandei o dedo pra ela, que foi até o bar rindo alto.
Senti uma mão em meu ombro e virei encontrando , e sorrindo. Cheirosos. Gatos.
- Boa noite! - eu disse dando beijinhos nas bochechas deles.
- Vou beber algo - disse. Eu, e nos sentamos num sofá que tinha próximo, e eu peguei uma bebida azul, uma verde, e uma amarela. Uhul, arco-íris! Ok, ignore isso.
- Então, como é o Brasil? - perguntou olhando a pista.
- Normal - eu disse dando um gole no drink. Eu respirava fundo tentando acalmar meu coração. Não é todo dia que você conversa normalmente com seu ídolo, numa boate, sem poder agarrá-lo porque ele tem namorada. Que por sinal está em Londres. Bem longe daqui. Abri um sorrisinho no canto dos lábios.
- Tá rindo sozinha? - perguntou.
- Não! - eu disse e peguei mais um drink da bandeja de um garçom que passou.
- Vamos dançar? - perguntou pra mim. Sorri e concordei com a cabeça. se levantou junto conosco, mas foi ao bar em vez de ir pra pista.
Depois de umas cinco músicas e muitos drinks, me chamou pra dar um passeio na praia. Mandei uma mensagem no celular de avisando que eu ia sair da festa, e saí com . Caminhávamos na areia um ao lado do outro em silêncio.
- Quem é seu favorito? - perguntou do nada. Abri um sorriso e olhei pro mar sem responder. Parei de andar e ele também. Nos sentamos na areia e eu pensei em tudo que tinha acontecido em um dia. Meus sonhos estavam começando a se realizar. Depois de uns minutos, respondi .
- Você - eu disse baixo. Não olhei pra com medo da reação dele, mas tive quase certeza de que ele estava sorrindo.
- Sério?
- Aham - eu disse finalmente tirando os olhos do mar e encarando os olhos verdes de . Senti ele se aproximando, ainda sem quebrar o contato visual. Sua mão foi até minha nuca e eu permaneci em choque. O toque dele era macio e parecia que tudo a minha volta havia parado. me olhava como se enxergasse minha alma, e aquilo definitivamente estava me deixando em transe. Ele então, como se acordasse de um longo sono, se afastou rapidamente, como se tivesse acordado de um pesadelo. Olhei atônita pra ele
- Desculpa - ele sussurrou baixo. Não respondi e voltei a olhar o mar.
Um tempo depois, que pra mim pareceu uma eternidade, se levantou e limpou a areia da roupa. Ele esticou o braço e eu peguei sua mão pra ele me ajudar a se levantar. Voltamos até a festa conversando coisas de como era ser fã, como eu estava me sentindo perto dele e tal, e tudo que eu respondia, ele ria. Às vezes dava alguns tapinhas em seu braço, mas tudo foi normal. Achei pendurada no bar sozinha conversando com o barman, e nos despedimos dos meninos. Eu sabia que podia ser a última vez que eu via eles, então abracei cada um durante uns dois minutos. Mandei um beijo pra e , que estavam em um luau, eu acho, e subimos pro quarto. Eu e tomamos um banho rápido e apagamos.
Depois de tomar café e esperar ir ao banheiro, já que ela disse que estava com dor de barriga, fomos até a piscina. O dia estava muito quente, e depois de eu reclamar que nem criança, decidi ir comprar um sorvete. continuou na piscina e eu fui até a sorveteira que tinha lá.
- Oi
- Aloha! - a mulher que vendia os sorvetes disse.
- Quais são os sabores que tem? - perguntei sorrindo
- Muitos, querida, mas o mais gostoso é o de Ãpala.
- Ãpala? Que isso? - eu perguntei e antes que a mulher respondesse, senti uma respiração quente em meu pescoço. Eu até já sabia que era, mas meu ‘fan girling’ interior estava sambando, o que me deixou sem reação.
- Ãpala quer dizer maçã - ele disse com uma voz rouca. Abri um sorriso sarcástico no rosto e me virei, ficando de frente com .
- Aloha ! - eu disse me afastando um pouco, já que a proximidade era muita.
- Aloha ! - ele disse mantendo contato visual. Eu estava quase caindo no chão de tanto que minhas pernas estavam moles, quando desviou o olhar pra moça que segurava meu sorvete. Ele pagou e pegou mais um. Ele entregou o meu e eu agradeci.
- Então, dormiu bem? - ele perguntou enquanto caminhávamos pra área de gramado.
- E como! - eu disse e me arrependi logo em seguida. abriu um sorriso vitorioso no lábio. Também, quem não dormiria bem quando conheceu o ídolo, recebeu carinho dele em sua nuca, e passeou com ele pela praia?!
- Que bom - ele disse se sentando na grama.
Sentei-me ao seu lado e ficamos conversando. tinha fama de pegador, todos diziam que a fama tinha subido à sua cabeça e que ele era metido, mas boa parte era mentira. Posso dizer que ele é um pouco convencido, mas ele é muito legal. conversou comigo como se eu fosse uma amiga há anos! Quando, na verdade, eu era apenas mais uma fã me contorcendo por dentro pra não pular nele, beijá-lo e ter filhinhos com ele. Comecei a gargalhar. Eu realmente era muito patética.
- Que foi? - disse rindo da minha gargalhada, provavelmente.
- Nada. Tava pensando sozinha - eu disse. ‘imagina se ele descobre o que eu tava pensando’, eu pensei e ri mais ainda. continuou rindo da minha cara, e quando eu tava quase morrendo de rir, consegui parar.
- Acho que vou procurar os meninos - ele disse se levantando. Levantei junto.
- Ok. Vou procurar a – eu disse passando a mão no cabelo.
- Tudo bem - ele disse e me deu um beijo na bochecha. Antes que ele se separasse de mim, puxei-o para um abraço forte.
- Desculpa. É que... vai que é a última vez que eu te vejo. Bem ou mal, ainda sou directioner - eu disse e ele riu.
- Não vai ser a última vez, prometo - ele disse e se afastou. Percebi que eu ria sozinha, e voltei pro hotel. Liguei pra e ela disse que estava se arrumando pra um luau que ela ia. Quando cheguei no quarto, ela já estava pronta.
- Vou indo! Eu sei que você não gosta de luau, então nem te chamei.
- Relaxa, vou em algum bar depois - eu disse. Ela me olhou estranho. - eu me viro! - eu disse e ela riu.
Mandou beijos no ar e saiu do quarto. Me joguei na cama e entrei na internet. No twitter diziam que havia rumores de que havia terminado com a namorada chata dele. Não acreditei mesmo, porque parecia tão bem hoje à tarde, e ele nem comentou nada. Dei um cochilo, e quando acordei já era sete da noite. Tomei um banho e coloquei uma saia jeans branca, e uma regata verde. Coloquei uma sapatilha, já que meu pé estava doendo de tanto andar, e prendi meu cabelo num rabo alto. Maquiagem leve e alguns acessórios, e prontinho! Saí do quarto e comecei a procurar algum bar. Decidi ir no mesmo de ontem, que não estava tão cheio, e fui até o bar. Pedi uma bebida e fiquei batucando as unhas no balcão de acordo com a música. Alguns minutos depois, adivinha quem sentou ao meu lado? Se você disse: seu ídolo, o mais gostoso e gato e cheiroso do mundo todo, , você acertou!
- Eu disse - ele disse pedindo uma bebida.
- Disse o quê? - perguntei brincando com o canudinho da minha bebida.
- Que não seria a última vez que eu ia te ver - ele respondeu.
- Ah tá - eu disse e permanecemos calados. Depois de um tempo, decidi pronunciar: - , posso te fazer uma pergunta?
- Claro. Vá em frente.
- Você terminou com sua namorada? - perguntei mordendo o lábio. Ele soltou uma risada sem emoção e balançou a cabeça em afirmação.
- Aham - ele disse e eu permaneci calada, pensando em o que eu podia responder.
- Por quê? Por que você não tá triste? Quer dizer, você não parece triste.
- E não estou. Acho que... sei lá, eu não amava ela. Talvez por isso - ele disse e eu assenti em silêncio. - Vamos sair daqui, tá chato - ele disse puxando-me pela mão. Terminei a bebida e deixei-me ser puxada por ele.
Caminhamos até a praia, onde algumas pessoas faziam luau e outras apenas namoravam. apontou pra um iate parado no mar e disse:
- Os meninos estão lá. Tá rolando uma pequena festinha - ele disse me puxando pra um barco que ia provavelmente nos levar até o iate. - Vamos lá.
Chegamos no iate em menos de cinco minutos. me ajudou a sair do barco e pular no iate, e realmente aquele iate era lindo! Algumas luzes típicas do Havaí estavam acesas, algumas pessoas com camisas floridas e colares de flores no pescoço dançavam, e todas estavam com os famosos drinks coloridos na mão. Um garçom passou por mim e , e pegamos drinks. Não era o primeiro e muito menos seria o último da noite.
Comecei a dançar com umas músicas havaianas que tocavam, e ele colocou as mãos em minha cintura e começou a beijar meu ombro. Me arrepiei imediatamente e coloquei minhas mãos em seu ombro, ainda sem saber o que fazer. Não me culpem! Imagina se seu ídolo estivesse dando beijinhos em seu ombro, enquanto aperta sua cintura?! No mínimo, você estaria desmaiada. parou os beijos em meu ombro e subiu pro pescoço, me deixando muito tonta e intoxicada com seu perfume. Quando ele deu uma leve mordida no lóbulo da minha orelha, escorreguei rapidamente minha mão direita pra seu cabelo. Segurei-o com força, mas duvido que se importou. Quando ele finalmente deixou meu pescoço em paz e livre de suas provocações, minha boca foi a vítima. Primeiro ele grudou nossos lábio, e como seria clichê eu ficar descrevendo que ele pediu passagem com a língua e eu cedi, óbvio, vamos pular pra parte que ele começou a aprofundar o beijo. Meu cérebro processava tudo com uma rapidez desconhecida por mim. O fato de ser meu ídolo, ser o da One direction, ser meu ídolo, novamente, e estarmos nos beijando, ainda não tinha sido absorvido. Finalmente, separou nossos lábios e encostou a testa na minha. Estávamos ofegantes e eu permaneci com os olhos fechados com medo de tudo aquilo ser apenas um sonho. Um doce e bom sonho. Sorri e abri os olhos. me olhava sorrindo também. Literalmente, aquilo não era um sonho.
Acordei com uma luz invadindo meus olhos. Levantei meio mole e fui até o banheiro. Lavei meu rosto e prendi meu cabelo. Voltei pro quarto e acordei . Ela se levantou, mas também não colocou biquíni.
- Chega de sol hoje. Vou virar um camarão - ela disse. era muito branquinha, eu era um pouco morena, então minha pele ficava com um bronzeado bonito, e não vermelhona igual estava.
- Vamos malhar - eu disse sugestiva. Ela concordou e colocamos roupa de ginástica.
Tomamos café e fomos até a super, hiper, mega academia do resort. Enquanto eu corria na velocidade máxima na esteira, caminhava na esteira ao lado. Moleza era seu sobrenome.
- Então, me conta - ela disse se referindo à noite passada.
- Não aconteceu nada demais. Nos beijamos por mais um tempo e depois voltei pro quarto – eu disse e ela deu de ombros. E como se coincidência fosse a palavra que mais aparecia ultimamente em minha vida, adentrou a academia junto de . Ele sorriu pra mim sapeca e eu ri pra mim mesma. Quase tropecei na esteira, mas consegui me manter correndo.
começou a fazer uma série de musculação, e eu confesso, não tirei os olhos dele um minuto sequer! Quando eu estava quase derretendo de calor, se não bastasse, tirou a camisa, seguido logo em seguida por . O que eu fiz? Literalmente abri a boca. me cutucou mandando eu fechar a boca antes de babar e reparei que eles estavam com sorrisos sarcásticos no rosto. Qual é! Tenham piedade! Sou apenas uma directioner tentando controlar os hormônios, e aí eles vão lá e tiram a camisa?! Corri por mais uns dez minutos apreciando a bela vista de dois tanquinhos. Hehe. Depois me despedi deles e fui pro quarto com a tomar banho.
2 semanas depois
Faltavam duas semanas pra voltarmos pro Brasil, e mais que nunca eu estava aproveitando aquela viagem que nem o diga! A verdade é que eu e estávamos... hum... ficando. Sim, essa é a palavra. Como eu me sentia? FELIZ, ÓBVIO! Queridos, sou directioner e estou ficando com meu ídolo, a única coisa que falta é eu sair pelada na rua berrando pra todos que eu estou ficando com ! Mas é lógico que eu não ia fazer isso.
- , te amo - eu disse enquanto ele beijava minha nuca descoberta, já que eu estava de coque. Eu estava sentada entre as pernas dele, na praia. Estava quase no fim da tarde.
- Eu também... - começou a falar e eu rapidamente me virei pra trás colando meus lábios nos dele. O que acontecia é que estava muito cedo pra ele dizer que também ‘me amava’. Sim, porque... eu sempre amei ele. Vamos lá! Eu o amo há mais de dois anos e ele só me conhece há uma semana! Se ele dissesse que me ama seria mentira. Se eu disser que o amo, não. Entende a diferença? Separei o beijo e me olhava curioso. Ou talvez assustado. Ou sei lá.
- Shiu, apenas acho que é cedo demais para você dizer isso - eu disse dando ênfase no ‘você’. mordeu o lábio inferior e balançou a cabeça concordando comigo. Virei novamente pra frente e ficamos observando o mar. As ondas vinham, quebravam, e voltavam. Vinham e voltavam, vinham e voltavam, vinham e volt...
- ? - interrompeu meus pensamentos. Murmurei um ‘uhm’, e ele disse: - Vamos entrar no mar?
- Claro... quer dizer... O QUÊ?
- Entrar no mar - respondeu calmo, apontando pro mar.
- Não! Você é louco, ? - eu disse e percebi o sorriso sarcástico que se abriu no canto dos lábios de . A causa do sorriso? Eu chamá-lo de . - Tá ficando de noite, e eu tenho medo de entrar no mar de noite.
- Comigo não - ele disse e rapidamente se levantou. Arregalei os olhos, mas no segundo seguinte eu já estava pendurada nos ombros dele. Comecei a bater que nem uma louca nas costas de .
- ME SOLTAAAAA! - eu berrava e ele ria. - Vou te morder - eu chantageava e ele ria. Mordi ele, e ele fazia o quê? Ria! – Cachorro - murmurei pra mim mesma, mas ouviu. Tarde demais. Já estávamos no mar. E o desgraçado me soltou. Quando emergi do ‘mergulho não planejado’, comecei a estapeá-lo. Ele ria enquanto tentava segurar meus pulsos. Infelizmente, ou felizmente, era mais forte que eu, então ele conseguiu. - Solta meus pulsos - eu disse tentando parecer ameaçadora.
- Não - ele sussurrou, me causando arrepios.
- Desisto - eu disse diminuindo a força que eu fazia pra ele me soltar. Ele riu e se inclinou, me deu um selinho e soltou meus pulos.
- Pronto, birrenta – ele disse me puxando pra perto. Encostei a cabeça em seu ombro e ele começou a dar beijinhos em meu ombro descoberto por causa do biquíni tomara que caia.
Minutos depois saímos da água.
1 mês depois
- VAMOS! - eu berrei enquanto esperava descer com as malas.
- Fica quietinha aí, , porque não é você que tá descendo escada com um monte de mala pesada, tua folgada! - ele disse e eu soltei uma gargalhada. A questão era que eu era ninguém menos e ninguém mais que a namorada de ! Obrigada. E sim, estávamos em Londres. As malas? Pra viajar, claro! Pra onde? O lugar em que eu realizei o sonho que todos diziam ser o mais impossível. Havaí.
- Chegamos! - eu cantarolei enquanto beijava meu pescoço. Chegamos no Havaí e já era noite. Eu estava exausta, mas não estava colaborando! - , amorzinho, para de provocar...
- Provocar? - ele disse mordendo o lóbulo da minha orelha. Dei risada e empurrei ele.
Depois que jantamos e tomamos banho, me deitei na cama e do meu lado. Ele ficou mexendo em meu cabelo enquanto eu desenhava desenhos abstratos com meu dedo em seu peito. Suspirei de sono e fechei os olhos. Antes de eu apagar, sussurrou:
- Sweet Dreams, love. - Sorri e disse:
- Sweet Dreams, .
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