[n/a: se quiser, coloquei a música para carregar e dê o player quando ela aparecer.]
Estar em uma festa chique não era novidade nenhuma, mas detestava as festas de família, eram as mais entediantes, onde eu tinha que mostrar ser uma mulher sensata e de respeito, dando sorrisos lindos para todos que me olhavam ou cumprimentavam. Mas essa festa em especial era diferente, pois são as bodas de prata de meus avós, onde até os familiares do Chile, completamente desconhecidos para mim e até mesmo grande maioria, apareceriam para essa grande ocasião. Era difícil de acreditar que a família era tão grande e realmente eu tinha tios que moravam no Chile, outros no sul da Grécia e até mesmo no Japão. Também, quando você tem mais de dez filhos é isso que acontece. Não culpo meus avós, afinal, naquela época não tinha televisão e garanto que fazer sexo era a melhor coisa para se praticar. E, pelo jeito, um dos meus avós era que nem eu, viciado em sexo, então ninguém pode me culpar por ser desse jeito, isso vinha de família. Maldito vício que me tortura. Só que, depois de algumas idas aos ninfomaníacos anônimos, consegui me controlar melhor, mas ainda sentia aquela necessidade louca. Tentava evitar o assunto para que minha mãe achasse que eu tinha virado uma pessoa, digamos que, normal. Então, não vamos tocar nesse assunto. Peguei uma taça de champanhe do garçom adorável que me serviu, sorri em forma de cordial. Sentia que minhas bochechas já estavam ficando dormentes de tanto sustentar um sorriso. Passei a mão em minha franja, que insistia em cair sobre meus olhos, colocando-a de lado, dando-me uma visão das pessoas ao meu redor, mesmo que todos fossem praticamente completos desconhecidos. A música que tocava no salão até que era agradável, uma melodia suave, enquanto o cantor que foi contratado ainda não havia chegado. Vi mamãe se aproximar toda contente, certeza que alguma coisa rodeava a mente dela, na qual sobraria para mim, sem dúvidas.
– Querida, venha. Acabou de chegar um primo seu que vai adorar te conhecer. – segurou minha mão, puxando-me. – Mas olhe lá, ele é seu primo. – rolei os olhos com seu comentário.
– Está bem, mãe, nada de transar com primos. – bufei. Isso seria uma tarefa muito fácil, se eu não tivesse quase cem primos e a maioria deles fossem feios. – Eu já o vi alguma vez?
– Não, ele veio da Inglaterra há algumas semanas, mas só agora que teve tempo de conhecer a família. – ah, sim, deve ser um rapaz muito ocupado.
Caminhamos lentamente, mantendo toda aquela postura chique. Meu salto fino me dava um andar sensual, que atraía olhareis para minha bunda. O que digo sempre é que homem não olha mulher, olha bunda. Duvido que um cara vá buzinar para você na rua se só olhasse seu rosto ou seu cabelo escovado, é claro que não, ele vai buzinar para o seu corpinho duro. No caminho, fomos falando com as pessoas que atravessavam nosso caminho. Meu vestido preto tubinho, com meia manga de renda, dava-me um ar de mulher séria, já que mamãe me fez comprar ele porque vinha em meus joelhos e cobria meus peitos. Estava me sentindo uma freira com aquilo. Meu cabelo preso em um coque e minha franja solta completavam o visual de certinha. Nem uma sombra preta me deixaram passar, tive que usar uma bronze, apenas para dar um pequeno brilho, e um gloss da Victoria’s Secret Beauty Rush, Juiced Berry, nada demais, dando corzinha em meus lábios, mas não dispensei meu rímel e muito menos o delineador, fazendo um olho de gato bem comprido e fino, e o blush rosa para dar um pouco de cor para a minha pele. Mamãe parou ao lado de um grupo de homens, que na mesma hora pararam de falar para nos dar atenção. A taça de champanhe escorregou de meus dedos quando me deparei com aquele par de olhos . Senti minhas narinas inflarem e minha mão formigar, louca para sentar um tapa bem dado na cara daquele imbecil. Mamãe se assustou com o barulho do cristal sendo quebrado quando atingiu o chão, fazendo que molhasse meus pés com o líquido que tinha dentro dele. Mas eu nem se quer me mexi. Ele me encarou e deu um sorriso. O cretino sorriu! Ele sabia que eu não poderia fazer nada e ainda estava debochando da minha cara na frente de todos. Eu o fuzilei com os olhos, tinha vontade de pular em seu pescoço, fincar minhas unhas compridas e vermelhas em sua garganta até que ele não conseguisse mais respirar. tinha em mãos uma taça de vinho e estava vestido com um terno risca de giz preto com um colete por baixo, da mesma cor que o terno, uma camisa branca e uma gravata preta com listras cinza escuro combinando com o resto e, em seus pés, compunha com um oxford preto muito bem engraxado, os cabelos dele estavam perfeitamente penteados para trás. Aos olhos de qualquer mulher, ele estava deliciosamente gostoso, mas, aos meus, ele estava pronto para deitar em um caixão.
– , minha filha. – mamãe segurou meu braço. – Dê licença para que o moço limpe essa sujeira. – dei apenas um passo para trás, ainda encarando aquele homem parado a poucos metros de mim.
Eu não poderia arrumar uma briga ali mesmo, pois estragaria a festa dos meus avós, além de me expor. Afinal, eu quem era a vadia que tinha transado com um cara que nunca tinha visto na vida, em uma cabine telefônica. Mas não sabia o que fazer. Manter a classe ou não. Minha mandíbula estava travada e nenhuma palavra saía de minha boca.
– Querida. – minha mãe falava comigo, mas eu não escutava metade do ela que dizia. – Esse é seu primo de Londres. – gesticulou para . – Cumprimente ele. – praticamente me empurrou para cima do cretino.
– Olá. – sorri sem mostrar os dentes, estendendo a mão. – Prazer. – ele pegou minha mão e deu um beijo nas costas dela.
– O prazer é todo meu. – respondeu sorrindo e mostrando todos seus dentes perfeitamente brancos. – Lauren, sua filha é uma bela mulher, exatamente como tinha descrito. – comentou com minha mãe, ainda segurando minha mão, mas a puxei de volta. – Desculpe, não falei meu nome. , ao seu dispor. – a raiva saía de minhas entranhas. Como que ele podia ser tão falso a esse ponto?
– Me deem licença, preciso tomar um ar. – saí dali, não aguentaria muito, acabaria violentando aquele sujeito na frente de todos.
– Está passando mal? – minha mãe me olhou, preocupada.
– Sim, acho que aqui está abafado demais. – não era mentira, afinal em pleno Junho, na Califórnia, era um forno.
– Quer que eu pegue uma cadeira? – ofereceu, aparentemente preocupado com meu estado de saúde. Pode pegar, assim poderei quebrá-la em sua cabeça.
– Não, obrigada. Acho melhor eu ir tomar mesmo um ar. – saí de perto sem me importar de ter sido indelicada.
A festa estava acontecendo na casa de meus avós, que era uma pequena mansão à beira da praia. A noite estava estrelada e a lua cheia começava a nascer no horizonte, ela estava alaranjada e dava um reflexo lindo no mar. Aquilo me deixou mais tranquila e, por um momento, me fez esquecer que aquele tarado do fazia parte da minha família. Malditas sejam as grandes famílias, onde você tem primos de toda a parte do mundo que nem sonha em conhecer. Sentei no banco que tinha no jardim, antes de chegar à praia. Mas o problema de tudo isso era que nenhum dia sequer, eu não tenho sonhado com ele e acordado suando no meio da noite, aflita, querendo-o ao meu lado. Ele fez comigo o que nenhuma outra pessoa conseguiu fazer, que é me sentir viva e feliz. Por mais que tenha sido apenas algumas horas que passamos juntos, foi o suficiente para me sentir dessa forma. E era isso que me dava raiva, raiva por querer algo que não vou poder ter. E mesmo sabendo quem ele é agora, não mudava o fato de ele ter mentido e me enganado de tal forma. debochou de mim, fez-me parecer uma qualquer e isso me doía, ser uma qualquer sem valor algum é ruim. Nenhuma mulher quer ser tratada como uma nota de um dólar que tudo mundo pega e se desfaz logo. E, principalmente eu, que quer ser respeitada acima de tudo, pois acabei de ser promovida a editora chefe de fotografia da revista Vogue. Respirei fundo, sentindo o cheiro da maresia. Duas horas com ele foram melhores do que dois meses ao lado do meu ex-namorado. Não tem nem comparação. E não foi porque me fez ter meu tão desejado orgasmo triplo, mas sim pelo jeito dele. Encantei-me pela forma que ele foi comigo. Ri sozinha, achando-me boba. Queria saber: como existe esse tipo de pessoa? Que mente, te engana e ainda ri da sua cara por ter acreditado. Em termos, não posso culpá-lo cem por cento do que aconteceu, afinal fui inocente em acreditar em um homem que nunca tinha visto. Alguém sentou ao meu lado e era mais que previsível saber quem era. Nem precisei me virar para ter certeza, seu perfume o acusava.
– Bela noite, não acha? – a voz dele se misturava com o barulho das ondas quebrando no mar.
– Não sei se é tão bela assim. – olhei-o e ele estava olhando a lua. – Por que fez aquilo? – essa pergunta me perseguia e eu precisava, desesperadamente, de uma resposta.
– Não faço ideia do que está falando. – deu uma de cínico e isso me matava.
– Seria muito pedir que parasse de mentir? – por mais raiva que estivesse sentindo, não ia gritar e nem me indispor com ele, não adiantaria nada.
– Quer dançar? – queria saber o que se passava na cabeça dele. Levantei do banco para sair dali, não ia aguentar que ele me fizesse de boba novamente, mas senti sua mão envolver meu pulso. – Você aceitaria minhas desculpas? – encarei-o, perplexa, e quando dei conta do que tinha feito já era tarde demais. Apenas escutei o estalo de minha mão em seu rosto.
– Vai se danar. – falei e puxei meu pulso preso de volta. – Cretino.
Saí andando pela praia, não acreditando no que tinha acabado de fazer. Mas ele merecia. A areia entrava em meus sapatos, só que não estava nem ligando para isso. Parei de andar e fechei os olhos. Eu tinha que voltar para a festa, não podia fugir que nem uma menina com medo. Então, dei meia volta. Tinha que encarar aquilo de frente. Quando cheguei ao jardim, não estava mais lá, voltei a sentar no banco e tirei minhas sandálias para limpar meus pés. Logo depois entrei na casa, que parecia estar mais cheia do que antes. Fui até o banheiro para lavar minha mão suja de areia. Não sei quanto tempo demorei a sair do banheiro, queria ir embora, mas não podia. Olhei meu reflexo no espelho a última vez. Passei a mão em meu vestido e abri a porta. Desci para a sala, onde tinha sido feita uma pequena pista de dança no momento. Em cima do palco que foi feito, encontrava-se Ryan Star, o cantor que foi contratado. Ele tocava uma música lenta e eu tinha vontade de dançá-la, mas só tinha casal na pista. Vi um de meus primos sentados em um sofá no canto, então fui até ele. Parei em sua frente, ele sorriu, Rich era sempre uma fofura, tinha apenas dezesseis anos. Estendi a mão em sua direção, que já havia entendido meu convite. Ele a pegou, então fomos para o meio da sala. Suas mãos repousaram em minha cintura de forma comportada enquanto as minhas estavam em seus ombros. Alguém parou ao nosso lado, era novamente, mas agora estava sem seu terno, ele fez menção se podia dançar comigo e Rich deixou, por mais que eu segurasse sua camisa para que ele não deixasse. Minhas mãos quase foram arrancadas dele. Eu ia embora, mas me puxou pela cintura, fazendo nossos corpos colidirem suavemente. Ele cantava junto com a música em meu ouvido.
Clock's marching at the double time–
O relógio está indo duas vezes mais rápido Every dollar has become a dime.
Cada dólar se tornou dez centavos Hearts breaking at the speed of sound,
Corações se partindo na velocidade do som Falling down, all around. (oh oh–)
Desmoronando, tudo ao redor (oh–oh) Bombs lighting up the eastern sky–
Bombas iluminando o céu do leste The backroom deals and the bottom lines.
As negociações nos bastidores e os resultados finais The earth's shaking but we don't know why–
A terra está tremendo mas não sabemos porquê A million fires, oceans rise, oh oh–
Um milhão de fogos, oceanos se elevam (oh–oh)
– Mereci o tapa. – disse em meu ouvido. – Agora acho que já podemos conversar.
– Não tem nada a ser dito. Agora me solte, antes que eu comece a gritar. – ameacei.
– Você não fará isso, senão serei obrigado a te calar. – seus lábios passaram em minha orelha, dando-me um arrepio. – Só quero uma dança.
– Me conta a verdade, então. – pedi mais uma vez.
– O que você quer que eu diga? – nossos corpos começaram a se mexer no ritmo da melodia. – Não me arrependo o que fiz.
– Você agiu feito um moleque. – minhas mãos foram subindo até seus ombros. – Só queria saber o motivo?
– Não existe um motivo. – as mãos dele apertavam de leve minha cintura.
– Você gosta de brincar com as pessoas. – apenas declarei querendo sair dali.
– Você gostou deu ter brincado contigo. – novamente me senti uma idiota. – Se quiser podemos brincar novamente, irei adorar.
– Cale a boca. – tentei me afastar dele. – Me solte, essa dança já acabou.
– Vai acabar quando EU disser que acabou. – puxou meu corpo para mais perto do dele. – Aquela noite eu queria me divertir, e então você apareceu. Poderia ter sido com qualquer outra naquele lugar, mas te escolhi.
– Por que eu? O que tenho em especial? – segurei com força o ombro de seu colete.
– Digamos que chamou minha atenção. – riu e tive vontade de lhe dar outro tapa. – Mas deu algo errado. Na semana seguinte voltei, mas não tive coragem de entrar.
– Não sei por que estou acreditando no que está dizendo. É tudo mentira mesmo. – encostei minha cabeça em seu peito.
– Estou falando a verdade. – disse de forma irritada. – Queria te ver novamente, ficar contigo, mas quando te vi saindo do prédio percebi que não podia te usar para saciar minha vontade. Porque você tinha sido incrível, e não seria junto.
– Justo? Você sabe o significado dessa palavra? – indaguei revoltada o encarando agora. – Você foi embora e ainda deu um “tchau” debochando da minha cara. Eu queria falar contigo. Te conhecer, queria algo mais. Não, , não tem nada justo no que você fez.
– Você queria mesmo que eu te usasse? Porque seria isso que faria. Transaria contigo mais uma vez e sumiria. – rebateu. – Não esperava te encontrar aqui. Mas quando vi você parada ali na minha frente mais uma vez, não acreditei.
– Pare com isso. Quer mesmo que eu acredite? – olhei para o lado.
– , você é diferente das outras. – ri do que ele disse. Seus lábios passavam em meu pescoço me causando um arrepio.
– Você já falou isso para quantas? Olha, não quero mais escutar nada. – então ele simplesmente me soltou.
– Vou te mostrar então. – disse e saiu em meio das pessoas.
Fui atrás dele, seja lá o que estivesse pensando não deveria ser algo bom. subiu no palco interrompendo o “show” e pediu o microfone.
– Larga isso. – falei apontando para ele. – Não ouse. – riu. – Seu merda! Solte esse microfone. – eu estava ao lado dele agora, e algumas pessoas nos olhavam.
– Fique quieta, vou te provar que estou falando a verdade. – me afastou com apenas um. – Boa noite a todos. – disse ele.
– , não! – eu estava ficando vermelha de vergonha.
– Oi vó, oi vô. – acenou para os velhinhos que estava ao longe sentados em uma mesa. – Essa noite é muito especial para esses dois, então quero parabenizá-los. É muito legal duas pessoas permanecerem tanto tempo juntas se amando. – coloquei a mão em meu rosto tampando ele, pois a qualquer momento falaria alguma besteira. – Mas quero que todos aqui saibam de uma coisa. Essa mulher que está aqui do meu lado. – ele me puxou de lado. – , diga boa noite aos convidados. – esticou o microfone para frente de meu rosto.
– Boa noite. – falei morrendo de vergonha.
– Sabe, nós não nos conhecemos hoje, e sim, mais ou menos há umas semanas atrás de uma forma repentina, e eu fui um completo babaca com ela. Só que mesmo agora falando a verdade, ela não acredita mais. – o olhei querendo entrar no primeiro buraco que encontrasse. – Sei que fui um idiota em pensar que nunca mais nos veríamos, mas o destino nos trouxe aqui essa noite, mesmo ambos não esperando por nada disso.
– Está bom, já chega, eu acredito. – falei para que ele largasse logo aquele maldito microfone.
– Nunca podia esperar que isso aconteceria, ainda mais que fossemos da mesma família. Afinal, ter tantos tios não é mole, você acaba tendo parente até na Antártida. – todos riram. – E estou aqui para provar que dessa vez estou sendo sincero. E queria pedir desculpas pelo que fiz. – era difícil de acreditar no que estava escutando. – , me dê uma segunda chance para que eu seja o que todos conhecem? – nos encaramos, aqueles olhos me pareciam tão sinceros.
– Sem mentiras? – perguntei e mordi o lábio inferior.
– Sem mentiras. – repetiu.
– Te desculpo. – era inevitável, eu não conseguia guardar raiva de ninguém, e com não seria diferente.
– De verdade? – quis ter certeza.
– Sim. – sorri.
me abraçou.
I leave it all when i feel you near–
Eu deixo tudo quando sinto você por perto What i'm saying is i need you here.
O que estou dizendo é que eu preciso de você aqui Even though love never seems to last,
Ainda que o amor pareça nunca durar If you think we got a chance–
Se você achar que temos uma chance...
– , venha aqui, agora! – mamãe disse nervosa, o que me fez dar uma pequena risada.
– Acho que ela não se agradou muito em saber que já nos conhecíamos. – sussurrou em meu ouvido.
– Não mesmo. – respondi o soltando.
Fui até minha mãe que segurou minha mão e saiu me puxando dali, entramos na cozinha onde tinha muitos empregados trabalhando. O cheiro de comida era delicioso.
– Você não transou com seu primo, não é? – ela estava parada à minha frente um tanto quanto nervosa.
– Não. – falei na cara dura, acho que se ela descobrisse teria um ataque.
– Então que historia é essa de vocês já se conhecerem? – cruzou os braços.
– Ué mãe, nos conhecemos em um grupo de amigos, e ele fingiu ser outra pessoa. Só isso. – dei poucos detalhes.
– Seu pai não vai gostar nada disso. – bufou. – Tudo bem, não foi culpa sua, pode voltar pra festa. – deu um tapinha em minha bunda como se eu fosse uma criança.
Depois do espetáculo que fez, todo mundo ficou me encarando. O que não era nada legal. Peguei um copo de uísque da bandeja com que o garçom passava. Dei apenas um gole, que fez minha garganta queimar, então desisti de tomar o resto. Sentei-me a uma mesa vazia. Agora todos da família achavam que eu e tínhamos algo. Não que fosse mentira, nos tivemos, mas ninguém precisava saber. Estava até vendo depois vovó reclamando comigo que isso não era coisa que se fazia com primos, que isso é errado e proibido, pois éramos da mesma família. Só que eu não ligava a mínima, e aposto que aquele homem que estava vindo em minha direção também não. Ele puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado. Não falamos nada, nossas tias nos encaravam esperando que fizéssemos algo para virar fofoca, e começar uma confusão. Tia Rose se aproximou com seu vestido roxo, ela parecia um repolho. Seu cabelo Chanel fazia sua cabeça parecer uma bola de boliche. Quer saber por que estou falando isso dela? Você já vai ver.
– Estava mesmo na hora de você arranjar um namoradinho. – disse ela sentando-se ao meu lado. – Mas logo um primo? Tem tanto homens por ai.
– Tia, eu e o somos amigos. Não temos nada. – falei fechando os olhos e repirando fundo. Essa é a hora deu contar de um até dez e não perguntar por que ela não faz uma dieta.
– Não foi isso que me pareceu. – bebericou sua taça de vinho.
– Nem tudo é o que parece. – respondeu se intrometendo na conversa. – Tia, ninguém chega falando para a senhora que está do tamanho de um mamute, porque isso seria inconveniente, não é? Então não diga coisas que não lhe dão o respeito. E além do mais se caso eu e a tivéssemos algo, isso não seria da sua conta.
– Para um britânico você deveria ser mais educado, moleque. – respondeu ela com recalque.
– , deixa pra lá. – falei.
Tia Rose se levantou e saiu de perto. Senti uma vontade grande se rir. A mulher ficou resmungando e foi de encontro com as outras tias. Abaixei a cabeça e dei um riso disfarçado, não queria arrumar confusão.
– Além de gorda e velha, é intrometida. – reclamou . – Do que está rindo?
– Você a chamou de mamute. – coloque a mão na boca para não dar uma gargalhada. – Eu e a minha mãe também chamamos, bem, a família toda, mas ninguém falava na cara dela.
– Olha que eu nem sabia. – ele riu. – Quer dar uma volta?
– Não podemos sair juntos, todos estão nos vigiando. – olhei ao redor.
– Vou lá fora fumar um cigarro, quando você achar que ninguém vai notar sua ausência me encontre lá na praia. – sorriu.
– Ok.
Fiquei sentada ali por alguns minutos, depois sai da casa olhando para os lados em busca de . O vi sentado na praia com as pernas dobras e seus braços encostados nos joelhos. A brisa do mar batia em meu rosto. Aproximei-me devagar sem fazer barulho. Tirei minhas sandálias facilitando o andar. Parei atrás dele, abaixei e o abracei por trás passando as mãos pelos seus braços e parando com elas em cima das deles. Ele entrelaçou seus dedos com os meus. Dei um beijo em seu pescoço sentindo o cheiro que não tinha saído de minha cabeça nem por um momento. Era engraçado como as coisas são. Nunca ia imaginar que estaríamos juntos novamente, e muito menos que somos parentes. A lua já estava mais alta e agora branca iluminando tudo ao seu redor. Sentei-me ao lado de e repousei minha cabeça em seu ombro. Estiquei minhas pernas e coloquei minha mão entre elas. Fiquei olhando o mar escuto, assim como ele. Nenhum de nós dizia uma palavra se quer. E eu não queria estragar o momento. O que mais me deixava mal era saber que somos primos, como já foi visto, nossa família não achou nada legal nossa proximidade. Imagine se souberem o que fizemos? Acho que minha mãe me internaria em alguma clinica psiquiátrica ou coisa parecida. Como se já não bastasse ela achar um absurdo eu ser viciada em sexo, e agora que transei com meu primo de primeiro grau, ela surtaria. Não quero nem pensar nisso.
– Vou voltar para a Inglaterra amanhã. – permaneci calada ao escutar o que ele acabou de falar. – As férias do trabalho já estão no final. – quer dizer então que não nos encontraríamos tão cedo novamente.
– Por que não me procurou antes? – perguntei soltando um ar pesado de meu peito.
– Porque de qualquer forma eu teria que ir embora depois. E isso não passaria de uma aventura. – ele não tinha humor algum. – Me envolver com você seria prior, pensei muito durante aquela semana, e mesmo sabendo que teria que ir embora depois de algumas semanas, eu ia tentar. Mas quando te vi, desisti. Não podia fazer isso contigo, ou comigo. Agora me entende porque fui embora? – o olhei. – Não queria dar esperança em algo que não ia acontecer. Você me fez ser o homem que não era há muitos anos. E eu estou me controlando para não te agarrar aqui mesmo. – mantinha seu olhar longe, agora sua mão estava fortemente fechada em punho. – Ainda mais agora, saber que somos primos mudou completamente a figura da coisa.
Stay awhile, oh, you've got to stay awhile. (oh oh–)
Fique mais um pouco, oh, você tem que ficar (oh–oh) These days are wild, so baby won't you stay awhile? (oh oh–)
Estes dias estão loucos, então querida, por que você não fica mais um pouco? (oh–oh)
Eu não saiba o que falar, não se passava nada pela minha cabeça. Apenas que tinha o julgado antes de saber seus motivos. Minha única reação foi segurar sua mão.
– Tudo bem. – dei um sorriso. – Não temos culpa de sermos parentes, nós não sabíamos de nada. – levantei. – Vamos dar uma volta. – lhe estendia a mão, e ele a pegou. – Já que é a sua ultima noite aqui, vamos aproveitar da melhor forma. – me sentia estranha ao lado dele. Sentia-me feliz e com vontade de sorrir, gritar, ou seja lá o que tiver vontade de fazer. Sentia-me bem.
– E como pretende fazer que a minha noite seja boa? – sorriu enquanto começamos a andar pela extensão da praia.
– Fazer que você seja o homem que não é há muito tempo. – parei na frente dele.
– Sabe o que mais gostei em você? – ele me olhava serio. Neguei com a cabeça. – Que faz o que sente vontade, mesmo sendo errado.
– Se eu seguisse as regras, nunca seria feliz. – dei um sorriso de lado.
me puxou pela cintura e então nos beijamos. Mas me separei dele e sorri.
– Aposto que não consegue me pegar. – falei.
– E se eu conseguir, o que ganho em troca? – as mãos dele ainda estavam em minha cintura.
– O que quiser. – o empurrei e sai correndo.
Ele esperou um pouco e depois veio atrás de mim. Corri em direção as pedras e fui subindo nelas, me segurando em algumas para que não escorregasse, parei em uma bem alta e ampla, onde dava para ver toda a costa da praia e a casa de nossos avós lindamente iluminada. Quando parei, me abraçou por trás e beijou meu pescoço dando uma mordiscada nele.
– Te peguei. – sussurrou em meu ouvido mordendo meu lóbulo. – Agora quero você. – soltei meus sapatos, que caíram na pedra, e cheguei a pensar que eles rolariam em direção ao mar, mas não me importei, sapato era o de menos agora.
Drop a needle on the love brigade–
Na brigada do amor vou tocar um disco We'll slow dance 'til the moonlight fades.
Vamos dançar devagar até o luar desaparecer Tell me now that you'll never leave,
Agora me diga que nunca vai partir Always stay here with me. (oh oh–)
Esteja sempre aqui comigo (oh–oh) Keep me safe from the circus show–
Me salve deste espetáculo circense The bullshit and the blowing smoke.
Das besteiras e da falsidade The knife hidden under every sleeve–
A faca escondida na manga Stab your back, watch it bleed. (oh oh–)
Apunhala suas costas, vejo-a sangrar (oh–oh)
Sentei-me na pedra o puxando para que me acompanhasse. Ao longe dava para escutar a música que rolava na festa, até que ela ficou baixa, o que chamou nossa atenção. Vários fogos coloridos começaram a aparecer no céu. E nós sorrimos. Era lindo. puxou meu rosto com delicadeza. Encarei aqueles olhos tão maravilhosos, então nos beijamos lentamente. Ele foi se deitando e me puxando para cima de si. Minhas mãos deslizavam por seus braços até chegar ao ombro, enquanto as deles estavam agarras em minha bunda e coxas. Aos poucos desabotoei seu colete. Até então sabia que o queria novamente, mas não sabia o quanto. Sentia saudades de duas mãos deslizando em meu corpo, sua boca na minha, a voz dele em meu ouvido. Talvez seja apenas uma atração sexual, mas desejava que fosse mais do que isso, não, eu sentia que era mais. E antes de vê-lo partir já queria pedir para que ficasse, mesmo que fosse só mais um dia. Meu vestido estava começando a me incomodar, tinha muito tecido entre nós. O calor também ajudava com isso. Eu o beijava com cada vez mais urgência como se nunca mais fosse provar de sua boca. A mão direita dele foi subindo por minhas costas, até chegar ao zíper de meu vestido e o deslizando bem devagar, o abrindo. Estava me controlando para não abrir sua blusa arrebentando os botões, então primeiro afrouxei sua gravata e a tirei, em segura abri cada botão lentamente, o provocando, já que me olhava impaciente. Quando terminei, ele inverteu nossas posições e segurou a barra de meu vestido, puxando ele para cima e me deixando apenas com minha calcinha de renda preta. Apenas com a luz do luar era possível nos enxergamos. Passei a mão em seus ombros puxando sua camisa e a tirando. sorriu e eu fiquei seria. Seu sorriso era tão lindo, assim como ele também era. Cada parte de seu corpo perfeitamente delineado, como se fosse uma escultura grega rica em detalhes. Segurei seu rosto e puxei para outro beijo. Ao longe a música da festa se retomou e já podia ser novamente escutada. Ao sentir o corpo quente de se encostar devagar contra o meu, senti um arrepio. Sua mão alisava a lateral de meu corpo, enquanto a outra segurava minha nuca com delicadeza como se eu fosse uma frágil boneca de porcelana que poderia quebrar facilmente. Escutei o rolar dos sapatos dele pela pedra, logo depois percebi que ele também tirou suas meias. Minhas pernas estavam entre as dele, e ela subia e descia fazendo um carinho por cima de sua calça. Onde estávamos ninguém nos encontraria. Abri o sinto que me impedia de tirar suas calças, logo em seguida o botão junto do zíper. me ajudou a tirar suas próprias calças. Ele pressionava seu quadril contra o meu e se movimentava devagar. Aos poucos seus lábios se separam dos meus e foi descendo, beijando meu queixo e pescoço. Meus olhos estavam fechados apenas para sentir melhor seu toque. Aos poucos sua boca chegou até meus peitos, os chupando. Gemidos baixos estavam sendo segurados em minha garganta, mas um ou outro acabava escapando. Apoiei-me em meus cotovelos quando senti seus lábios descendo e segurando o elástico de minha calcinha entre os dentes. Olhamos-nos e ele riu, me fazendo rir também. tinha uma cara de menino sapeca. Suas mãos seguraram minha calcinha e a tirou, depositando beijos por onde ela passava, depois foi retornando o caminho e parando entre minhas coxas. Eu ainda o observava, mas quando seus lábios tocaram em minha região mais sensível, voltei a me deitar e respirar fundo, o que foi interrompido, já que sua língua deslizou por toda minha intimidade. Aos poucos foi explorando a região até achar meu ponto. Assim que seus lábios macios começaram a sugar meu clitóris soltei um gemido relativamente baixo, a mão dele passou por minha barriga e chegou ao meu peito, o apertando. estava a fim de brincar comigo, não era possível. Quando estava quase me levando à loucura, ele diminuía o ritmo, fazendo meu tesão aumentar, depois voltava e retomar as chupadas com intensidade. Senti que ia ter um orgasmo, então ele parou novamente.
– Porra! – falei revoltada. – Não para. – riu.
– Está com pressa? – perguntou me deixando irritada. – Fica quietinha ai que estou me divertindo. – cachorro, ele estava se divertindo as minhas custas.
– , não brinque desse jeito. – soltei um gemido alto. – Seu... Seu... – era impossível de continuar a frase, pois ele fazia que eu quase atingisse o ápice e depois parava. – Continua. – gemi curvando meu corpo e dobrando um pouco minhas pernas impulsionando meu quadril para que não parasse.
não me deixava gozar e isso estava me deixando nervosa.
– Implore. – disse ele com uma voz sedutora.
Grui, queria bater nele por estar fazendo isso comigo. Mas não posso negar que sempre quando retomava o prazer que eu sentia era maior. Mordi meu lábio inferior e neguei com a cabeça, meu coração estava acelerado depois por causa da adrenalina que sentia. passou a língua esperando por minha resposta.
– Continua logo. – gemi contraria.
– Pede direitinho. – travei minha mandíbula, enquanto ele ria da minha tortura.
– ! – falei entre dentes. – Ah! Por favor. – me rendi, necessitava daquilo.
Ele voltou a me chupar com tudo, agora segurando meus quadris com força, me deixando mais excitada ainda. Os gemidos saiam de minha boca completamente desordenados. Sentia meu corpo latejar pelo dele cada vez mais, e a loucura tomava conta de mim. E mais uma vez vez com que eu tivesse um orgasmo maravilhoso, meu corpo estremeceu de tal forma como nunca antes. Minhas pernas tremiam, assim como minhas mãos. Ele se deitou ao meu lado, apoiando em seu braço e depois me beijou. Minha mão trêmula envolveu sua nuca fazendo um carinho e a dele minhas costelas, me puxando para mais perto. Sentia a leve sensação de estar leve, como se fosse um sonho, mas aos poucos foi passando e meus movimentos foram voltando ao normal.
They come to tell you what you want to hear,
Eles vêm dizer o que você quer ouvir, Like, "i can make you a star next year,"
Tipo "Ano que vem posso te tornar uma estrela" Well, if new york city's lights are so bright,
Bem, se as luzes de Nova York são tão brilhantes How come so many people crying tonight?
Como é que tem tanta gente chorando esta noite?
– Tem camisinha? – perguntei separando nossos lábios.
– Uhum. – puxou sua calça e pegou sua carteira. – Tome. – me entregou o pacotinho prata. – Mas... – recuou antes deu pegá-la. – Só estou com ela.
– A que legal. – a peguei e coloquei de lado, ela seria usada na hora certa.
Fui deslizando por seu corpo, beijando, mordendo e lambendo por onde passava, enquanto minhas mãos o arranhavam em certos lugares. Apertei seu membro duro por cima de sua boxer e soltou um gemido gostoso. A tirei com os dentes, mas com o auxilio de minhas mãos. Subi com meu corpo me esfregando no dele, beijei seu pescoço dando um belo chupão ali sem pena alguma de que ficaria um roxo enorme em sua pele clara. Suas mãos seguraram os cabelos de minha nuca, e a outra minha bunda. Seu pênis se forçava um pouco em minha entrada, mas eu rebolava apenas para provocá-lo e não deixava que me penetrasse. Passei a língua em sua orelha e os dentes em seu lóbulo, soltando um gemido safado, e pude ouvir um dele, mas era de tortura. me puxou para um beijo frenético, que me tirou ar. Rolamos pela pedra o fazendo ficar por cima de mim, mas impulsionei meu corpo então rolamos novamente, agora era a minha vez de comandar e não ia deixar que ele ficasse com toda a diversão. Senti minhas costas e pernas se arranharem um pouco contra aquela superfície áspera, mas nem liguei. Desci com meus beijos pelo corpo másculo de , até chegar ao seu membro enrijecido. Comecei a masturbá-lo bem rápido, o que fez ele arfar. Mordi o lábio inferior ao ver sua feição de prazer, era maravilhoso o ver dessa forma, e era impossível não gemer junto. Passei a língua bem devagar pela sua glande, o senti prender a respiração. Minha mão livre subiu pelo lado de seu corpo e desceu arranhando com vontade suas costelas. Lambi toda sua extensão e isso estava o deixando meio insano, ele se controlava para não gemer, dava para sentir, mas eu queria vê-lo louco, gemendo e completamente fora de si. Comecei a chupar delicadamente sua cabeça enquanto minha pequena mão o masturbava da mesma fora. Fechei os olhos me concentrado no que fazia e sentindo o que ele sentia. A mão dele segurou minha cabeça para que eu fosse mais rápido, mas a tirei de mim, seria do meu jeito. Tirei minha boca dele, e escutei um gemido de reprovação. Mas logo em seguida o abocanhei o chupando com vontade, passando a língua por ele todo. Minhas unhas arranhavam seu peito e costelas, o que deixava mais excitado ainda. Seu pênis estava pulsante dentro de minha boca, e ele ia gozar logo, então mais uma vez parei. E ele soltou um gemido doloroso, estava suado. Seus olhos estavam fechados fortemente e ele respirava pela boca. Voltei a masturbá-lo bem lentamente. Ele agora se segurava para não gozar, sua mão segurou a minha livre entrelaçando nossos dedos me puxando para cima. Então o fiz.
– Me chupa, eu não estou aguentando mais. – sussurrou meio sem ar em meu ouvido.
– É delicioso te ver desse jeito. – respondi com uma voz sensual. – Te ver louco. – ele deu uma pequena risada.
– Não reclame depois. – rebateu respirando fundo.
Sorri e desci para acabar meu trabalho. Voltei a chupá-lo, só que agora com muito mais intensidade que antes. Os gemidos dele me faziam querer engoli-lo. Os músculos dele se travaram e soltou um gemido mais alto, depois relaxou. Soltei seu membro sentindo um pouco seu gosto. Deitei-me por cima dele, e pude sentir seu coração batendo com força. Encostei meu rosto em seu ombro e repousei minha mão no outro, apenas escutando agora seus batimentos cardíacos que iam ficando mais lendo aos poucos. As mãos dele alisaram minhas costas fazendo carinho. Sorri e levantei um pouco meu rosto, vendo que no rosto dele também tinha um sorriso singelo. abriu seus olhos e me olhou. Estiquei-me e beijei sua boca. Minha língua quente se entrelaçou com a dele em um beijo calmo. Ele inverteu nossas posições rolando novamente pela pedra. Minhas mãos seguraram minha nuca, aprofundando ainda mais nosso beijo. Sua pegada em meu corpo foi ficando pesada, assim como a minha no dele. Quando me dei conta já estávamos nos atracando como antes. Escutei o barulho do pacote de camisinha, então levantou um pouco seu quadril cessando o beijo e encapou seu menino. Ele se encaixou entre minhas pernas voltando a me beijar. Hora ou outra sentia a cabeça de seu membro entrar um pouco em mim, mas logo saia. Até que fui invadida de repente com força. Soltei um gemido alto, enquanto o dele foi baixo e abafado. Seu corpo se mexia com suavidade em cima do meu. Seu rosto estava encostado na curva de meu pescoço depositando beijos por ele. Os grampos que prendiam meu cabelo em um coque iam se soltando deixando os fios se caírem. A mão de estava por debaixo de minha cabeça, a segurando com delicadeza para que eu não batesse com ela contra a pedra. Ele ia e vinha lentamente, fazendo com que um sentisse o outro cada centímetro. Nossos gemidos eram baixos. Minhas mãos passavam por suas costas, e minhas unhas a arranhavam levemente. Fiquei olhando as estrelas acima de nós, onde iluminava aquele céu que parecia um tapete preto. Rolamos pela pedra, e ele me fez ficar por cima. Meu corpo se movia como se eu estivesse dançando uma musica lenta. Meu rosto perto do dele, nossas bocas quase se tocando. me olhava fixamente com aqueles olhos lindos. O beijei. As mãos dele alisavam as laterais de meu corpo acompanhando minhas curvas. Ele me abraçou, fazendo com que nossos peitos se colassem. Trocamos de posições. Agora suas investidas eram mais rápidas, fortes e longas, me fazendo o sentir por completo. Senti minhas costas e quadril sendo arranhados a cada estancada que dava, aquilo ficaria machucado sem duvida alguma, mas agora a única coisa que me importava era com ele. Meus gemidos iam aumentando, assim como os dele. O calor e excitação ficavam cada vez mais fortes, o tesão crescia de tal forma que meus braços envolveram o tronco dele o apertando e arranhando. gemia de um jeito gostoso e nem ele mais se continha, investindo com cada vez mais pressão. Nossos corpos suados deslizava um pelo outro. Seu toque em minha pele me causava arrepios nunca sentidos antes, e eu sentia que não me conhecia mais com tantas sensações diferentes e intensas. Impulsionei seu quadril conta o dele dando mais firmeza, as mãos dele seguraram minhas nádegas e minhas pernas envolveram sua cintura. usava tal força que chagava a arrastar meu corpo, o prazer tomava conta de cada parte de nós, nos deixando completamente insanos. Fechei meus olhos com força. Meus lábios entre abertos, senti-o morder meu lábio inferior e o sugar com vontade e quando o soltando, ele latejava um pouco. Minha mão agarrou sua nuca o puxando para me beijar, mas estava difícil por causa dos movimentos. Meu corpo começou a acusar que eu teria um orgasmo, arranhei o braço de , e ele foi com tudo agora. Joguei a cabeça para trás e soltei um gemido alto que estava preso em minha garganta, então ele repetiu, investindo mais daquela forma. Sua boca beijava meu pescoço com vontade. Cheguei ao meu ápice como nunca antes. O ar me faltava, meu corpo estava tão mole que achei que teria que ser carregada dali. deu mais algumas investidas então foi ele quem gozou, deixando seu peso cair em cima de mim, me soltando logo em seguida e se deitando os meu lado. Fechei os olhos tentando fazer com que tudo se estabilizasse. Meu peito subia e descia lentamente. Depois de alguns minutos, me puxou para perto dele. Encostei a cabeça em seu peito e seu braço me envolveu. Tudo foi ficando muito distante, e sem que eu percebesse acabei dormindo. Abri os olhos bem devagar por causa da claridade intensa. Olhei para os lados e não vendo ninguém, apenas minhas roupas juntas perto de mim. Sentei-me e senti meu corpo todo dolorido. Minhas pernas estavam raladas e aposto que minhas costas não estavam diferentes. Onde estava ? O procurei apenas olhando para os lados, mas nada. Nem um sinal dele. Suas roupas também tinham desaparecido. Droga, ele foi embora e me deixou aqui nua pra quem quisesse ver. Senti-me mal, largada, desamparada. Ele tinha me deixado ali como se fosse uma qualquer, sem ao menos se preocupar.
Let your hair fall around your face–
Deixe seu cabelo cair em volta do seu rosto I would kill just to keep you safe.
Eu mataria só para mantê-la a salvo Put your body next to mine–
Ponho seu corpo ao lado do meu Just let go and close your eyes.
Apenas deixe rolar e feche seus olhos I shiver when i feel your skin–
Me arrepio quando sinto sua pele Like a sinner who's been forgiven.
Como um pecador que foi perdoado Come on baby, shine your light–
Vamos amor, brilhe 'cause no one's gonna find us here tonight.
porque ninguém vai nos encontrar aqui esta noite.
Levantei e comecei a me vestir com um pouco de dificuldade devido aos ralados. Subi o zíper traseiro de meu vestido até onde consegui, passei a mão em seus cabelos tentando os deixar menos horrendos e peguei minhas sandálias. Desci das pedras e andei pela costa da praia até chegar à casa de meus avós. Eu estava me sentindo um lixo ambulante. Quando cheguei pude ver que minha mãe e meus tios ainda estavam lá, apenas para piorar minha situação. Eles me olharam de cima em baixo, mamãe veio correndo em minha direção e segurou meu rosto com as duas mãos. Sua feição era de preocupação, logo depois me abraçou e eu me torci em seu abraço, já que estava toda dolorida.
– Minha filha, o que te aconteceu? Por que não atende o celular? – perguntou me examinando melhor.
– Hum? Que celular? Sei lá, acho que deixei em casa. – eu não sabia nem o que estava falando mais, ainda estava atordoada demais com o fato de ter me deixado lá. – Você viu o ? – perguntei sentindo uma pontada no peito.
– Era exatamente isso por isso que estava te ligando. Seu tio e primo ficaram detidos no aeroporto ontem. E só foram liberados hoje. – aquela informação foi difícil de digerir.
– Então, o , não é o meu primo? – perguntei por um lado achando ótimo e por outro horrível. Ele tinha me enganado novamente fingindo ser alguém que não era, mas dessa vez tinha feito isso com minha família inteira.
– Sim. Nós temos que ligar para a polícia. – me surpreendi por ela não ter ligado ainda.
– Não! – falei exaltada. – Digo, não. Afinal, ele não fez nada demais, só entrou na festa de penetra.
– Querida, você disse que já o conhecia antes, esse homem está te perseguindo. Ele pode ser perigoso. – mamãe estava preocupada. A única coisa que ele pode fazer é abusar de mim como já fez duas vezes e eu cai que nem uma idiota!
– Mãe, tudo bem. – segurei seus ombros. – Ele não me fez mal algum. Não a nada com que se preocupar. – apesar deu estar louca para esfolá-lo vivo, não ia denunciá-lo para a polícia. Aquele cretino deve estar rindo da minha cara há essa hora.
POV’s
Entrei no elevador e encostei a cabeça na parede. Merda! Não aguentava mais isso. Aquela mulher está me deixando perdido. Só de lembrar o que tínhamos passados, ficava duro. Meu corpo estava todo marcado e isso não era bom, mas na hora a única coisa que se passava era o prazer. me fez sentir tão excitado, que chegava a ser estranho. Nenhuma mulher fez o que ela fez comigo, e olha que já peguei de todos os tipos, e não é pelo caso dela saber, e sim, ELA! Alguma coisa naquela mulher me deixava fora de si, louco sem pensar em nada. E o pior de tudo era que eu queria vê-la novamente. Abri os olhos revoltado. Não ia deixar que isso continuasse. Ia acabar com tudo. A porta do elevador se abriu, então segui pelo longo corredor. Entrei no apartamento e joguei as chaves e o celular em cima da mesa de jantar. Meg estava deitada no sofá à minha espera.
– Não me peça para fazer mais isso. – falei irritado caminhando até a janela e olhando por ela.
– Ué, a transa dessa vez não foi agradável? – fico me perguntando por que minha irmã é tão irônica. A encarei querendo, enforcar aquele pescoço fino.
– Não vou mais participar dessa sua vingança idiota. O problema é contigo, e não comigo! Não me envolva mais! – voltei a olhar para o lado de fora.
– Só que você é meu irmão querido, e vai fazer tudo o que eu pedir. – ela me abraçou por trás. – A não ser que queria que sua amada soubesse a verdade sobre seu marido. – tirei seus braços de meu redor e me virei para encará-la.
– Você não teria coragem. – Meg tinha um sorriso perverso.
– Não? – negou com a cabeça fazendo cara de inocente. – Tente para ver! Como será que ela ficaria ao saber que você não é um contador, e sim, um gigolô? – ela riu e eu a encarei com ódio. – Opa, acho que não vai ser nada agradável escutar a pequena Kate perguntar: ”Papai, o que um gigolô?” – fez uma voz infantil, então agarrei seu pescoço.
– Cala a boca! – praticamente rosnei, soltei seu pescoço, se não a mataria.
– Olhe, meu querido ficou nervosinho. – debochou. – Então se não quer que nada disso aconteça, vai fazer tudo o que eu mandar! – ri da sua cara.
– Meg, você é tão bobinha, querendo se vingar de uma mulher que não te fez nada. – sai de perto, caso o contrário tacaria minha irmã pela janela do décimo quinto andar.
– Nada!? – praticamente gritou. – Aquela vadia destruiu minha vida! E não é nada mais justo que eu faça a mesma coisa com a dela!
– O que ela fez mesmo? Ah é, ficou com o “seu” homem. A me poupe. Tem tanto homem por ai. – dei as costas.
– Ela fez com que ninguém mais me contratasse como modelo! Acabou com a minha carreira. – Meg estava nervosa.
– Isso quem fez foi você, que ficou trancada dentro de casa comendo que nem uma vaca. Então não venha culpar os outros. E se Pierre ficou com , quer dizer que ela é melhor que você. – tive que desviar do cinzeiro que voou em minha direção.
– Você perdeu o juízo de dizer isso para mim? – esbravejou. – Qual foi? Está apaixonadinho pela vadia?
– Não, sou estou vendo o lado certo. – rebati então o controle da TV quase me acertou.
– Certo? Lado certo? Ok. Vamos ver qual é o lado certo. – disse pegando o telefone. – Será que vai achar certo que você fica se prostituindo para velhas ricas?
– Me dê esse telefone aqui. – fui em sua direção. – não tem nada haver com isso!
– Mas vai ter se você não me ajudar e retirar tudo o que disse. – esticou o braço para que eu não pegasse o aparelho de sua mão. – E claro, se ela descobrir vai se separar de você, e meu querido irmão vai ficar pobre.
– Ok! Eu te ajudo! – me rendi. – Faço o que você pedir. – Meg deu um sorriso vitorioso.
– É assim que eu gosto. – desligou o telefone e deu um sorriso. Tinha certeza que me arrependeria disso. – O próximo passo é deixá-la de quatro por você, e depois tirar cada centavo dela. – fechei os olhos e respirei fundo. Não queria fazer isso.
Fine
N/A: Meu Deus, estou ficando maluquinha gente. Tirando o fato deu não conseguir parar de escutar Stay Awhile. Pensei que não conseguira mandar TA2 a tempo. E do nada acordei as seis da manha de sexta feira e escrevi o resto que faltava, e morrendo de felicidade porque meu bloqueio tinha desaparecido. Gente, não resisti, estava indo tudo perfeito para ser verdade! Tinha que ter algo errado nessa história toda. Uhh! Dei um suspense no ar. Sou uma pessoa malvada. Desculpe. Então o que acharam? Comente, digam tudo! Beijos, Beijos. Contato via Twitter.