História por: RaphaellaR. || Beta-Reader: Benny Franciss


Por alguns meses Meg havia esquecido a minha existência, mas minha existência não havia esquecido . Noites a fio sonhando com aquela mulher, e sem poder disfarçar minha excitação quando acordava soado e duro ao lado de . Várias vezes me encontrava tão louco com tal situação que mal sabia o que falar, ou até mesmo como reagir. Isso teria que ter um fim, não poderia me deixar envolver desse jeito por uma mulher que não sabe nada além do meu nome, embora eu não a conheça tão bem a ponto de dizer que estou mesmo a fim dela. O que estou sentindo é apenas uma tensão sexual por causa do que tivemos. Agora só falta me convencer disso. O que será fácil. Eu sei que será. É para ser. Tenho que parar de pensar nela. Levantei do sofá que estava deitado e fui jogar uma água gelada em meu corpo, que parecia desejar todas as curvas dela com desespero. Arranquei minha roupa apressado e logo entrei debaixo da ducha. Meus pensamentos guerreavam contra os outros, e minha cabeça estava a ponto de explodir. Ao mesmo tempo em que estava me forçando a não me lembrar de nada, me vinha a mente as vezes que transamos, e meu pau já estava de pé, todo contente. E foi impossível não bater uma por ela. Me esforçava ao máximo para prender algum grunhido que teimava em sair de minha boca, se escutasse, provavelmente me faria um milhão de perguntas, e iria querer saber por que eu não estava na cama com ela. E a resposta era simples; não consigo mais sentir prazer com minha mulher. Ela não consegue chegar nem perto do que me fez sentir. Que foi algo assustadoramente gostoso. Escutei meu celular tocar no quarto. Droga, tinha que sair para atender. Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha, com meu garoto feliz ainda. Tomara que não esteja no quarto. Dei uma breve corrida até meu aparelho que se encontrava sobre a cabeceira, por sorte não tinha ninguém no recinto. Atendi logo sem ver o número que me ligava.
. Boa tarde. – falei controlando minha respiração ofegante.
– Boa tarde. Me chamo Pan. Queria saber se você está disponível hoje à noite? – foi bem direta, e sua voz era sensual.
– Estou. – respondi olhando por cima de meu ombro checando se não tinha ninguém me observando. – Onde?
– No Sheik Toop Hotel. Sabe onde fica? – era um hotel no centro da cidade, bem conhecido até e um pouco perigoso se alguém me visse.
– Sei. Não poderia ser em algum lugar mais reservado? – pedi.
– Não! E quero que você vá de roupa social. – praticamente ordenou. Ri da forma que falava. Irei colocar ela de quarto só por isso.
– Como quiser. Que horas? – caminhei até a porta do quarto e a fechei.
– As vinte e duas, em ponto. Não se atrase, estarei no quarto 305 te esperando. – encerrou a ligação sem mais.
Joguei o celular sobre a cama e olhei a hora, ainda eram seis da tarde. Tinha que me preparar. Separei a roupa que iria usar, e voltei para o banheiro. Terminei meu banho e depois fiz a barba, tudo bem devagar e com tranquilidade. Quando deu oito da noite, avisei a que estava saindo para uma reunião de negócios. Ela não quis saber muito, já que detestava esse tipo de coisa, e é óbvio que usei essa desculpa já sabendo como seria a reação dela. Passei em um restaurante e comi algo. E em um rompante me peguei pensando mais uma vez em , isso estava começando a ficar chato e irritante. Mas não via a hora de Meg me ligar mais uma vez me indicando a hora e o lugar para encontrar mais uma vez aquela mulher, e fazê-la gemer ao ponto de deixá–la rouca. Quando olhei no relógio já tinha passado da hora deu encontrar com Pan. Paguei minha conta e peguei um taxi. Chegaria atrasado. Para melhorar ainda mais a situação, pegamos um trânsito infernal no caminho. Quando o carro parou na frente do hotel, lhe entreguei uma nota de cinquenta e não esperei pelo troco. Adentrei no lugar e falei com a recepcionista, que orientou que eu subisse, pois já estavam me esperando. Preferi ir de escadas, parei na porta do quarto e bati nela, esperando que alguém a abrisse, mas não aconteceu isso. Então entrei assim mesmo. Afinal, aquele era o quarto certo.
– Pan? – chamei tirando meu terno. A porta do banheiro estava aberta, e de lá vinha um pouco de vapor.
– Está atrasado. – reclamou a mulher completamente entediada. – Já estou saindo. Fique a vontade, tem champanhe no balde. – direcionei meu olhar para um balde prata sobre um carrinho ao lado da cama.
– Ok. – respondi não ligando para seu comentário deu estar atrasado.
Me sentei à beira da cama e peguei uma taça de cristal, e logo depois me servi daquele champanhe que tinha ali. Quanto terminei a primeira taça, vi uma mulher saindo do banheiro apenas enrolada em uma toalha comprida de algodão branco. Em sua pele morena ainda restavam alguma gotículas de água, seu cabelo estava preso em um coque, seu olhos pretos eram puxados, e ela aparentava ter descendência indígena. Realmente uma bela mulher. Seu corpo era esguio e muito bem acentuado. Pan deu um sorriso ao perceber que eu a olhava, um sorriso um tanto quanto safado. Ela então soltou a tolha, que caiu imediatamente no chão, revelando uma lingerie vermelha cor sangue. Embora seu corpo fosse desejado, não senti necessidade ou vontade de tocá-lo.
– Hmm. Realmente, o que me falaram sobre você era verdade. É um rapaz muito bonito. Espero também que seja verdade sobre suas habilidades. – disse vindo até onde eu estava, em passos lentos e sensuais. – E pelo visto, é muito obediente. Veio do jeitinho que pedi. – sentou-se sobre minhas pernas, e envolveu minha cintura com as delas. – Me mostre o que sabe fazer. – lambeu seus lábios e me puxou pela gravata, unindo nossas bocas.
Embora não estivesse querendo fazer isso, tinha que fazer. A segurei com força e joguei seu corpo na cama, ficando por cima dela. Suas mãos eram um tanto quando alvoroçadas, essa mulher acabaria rasgando minha camisa. Pan inverteu nossas posições e sentou-se sobre meus quadris, tirou minhas gravata e sorriu.
– Quero brincar primeiro. – respirei fundo.
– De que? – perguntei forçando um sorriso.
– Você vai ver. Mas tem que me deixar fazer o que eu quiser. – eu seria pago para isso né? Ser o brinquedo sexual dela. Então, teria que aceitar de qualquer forma. – Tire a camisa. – pediu e se levantou da cama, indo até sua bolsa, que estava sobre um sofá de dois lugares. Ela tirou de dentro da bolsa um par de algemas.
– Não faço programa sado-masoquista! – já logo avisei.
– Cale a boca. Não é nada disso. – revirou os olhos. – Já tirou a camisa? – perguntou me olhando irritada.
Tirei minha camisa. Pan voltou e prendeu meus pulsos em uma barra de ferro que fazia parte da cama, depois vendou meus olhos com minha própria gravata. Senti suas mãos desabotoarem meu cinto, e minha calça, a peça foi tirada, junto com meus sapatos e meias. Fiquei esperando pelo que viria depois. Escutei alguns barulhos e também uma pequena risada. Odiava esse tipo de coisa. Não estava vendo porra nenhuma, além de estar impossibilitado de sair dali. Estava começando a ficar irritado, até que senti o corpo de Pan se deitar sobre o meu. Sua pele estava fria comparada a minha. Mais uma vez seus lábios foram tocados nos meus, mas em um beijo bem mais calmo, e até mesmo diferente. Um gosto de menta tomou conta de minha boca. Ela se afastou, e foi distribuindo beijos pelo meu pescoço até chegar em minha orelha, onde mordeu meu lóbulo. Fiquei arrepiado com aquilo. O cheiro de um perfume conhecido tomou conta do ar.
– Boa noite, primo. – sussurrou aquela voz, que fez todo meu corpo ficar acelerado. – Pensei que tinha voltado para Londres. – ela tirou a venda de meus olhos.
Pude olhá-la, sem acreditar no que estava vendo. O rosto de estava coberto pela máscara do Guy Fawkes. Só poderia estar louco! Completamente insano, e tendo uma alucinação. Olhei para os lados e não tinha mais nenhum sinal de Pan. Isso não estava certo! E eu iria me ferrar, e me ferraria ao quadrado, ou quem sabe ao cubo. Ela tinha me encontrado, e estava planejando algo que me ferraria, afinal, seu rosto estava tampado. Não conseguia nem ao menos ver seus olhos. Ela deu uma risada, na verdade uma gargalhada. Minha expressão deveria ser mesmo engraçada. Pavor absoluto. EU ESTAVA ALGEMADO Á UMA CAMA, COM A MULHER QUE SACANEEI BEM A MINHA FRENTE! ESTAVA MUITO FUDIDO. se levantou, o que me permitiu ver que tinha uma câmera bem a frente, com um suporte de tripé. A olhei com raiva agora, e forcei meus pulsos para me soltar dali, mas era inútil, o que fez ela rir mais uma vez. Aquela mulher estava trajada com um baby doll preto e uma meia que vinha até suas coxas, em seus pés tinha um sapato de salto alto, a deixando extremamente gostosa. Travei minha mandíbula e puxei meus pulsos novamente. Queria desesperadamente sair dali de qualquer forma. Eu estava sendo filmado preso a uma cama, apenas de cueca.
– O que pretende fazer? – perguntei inutilmente tentando me libertar.
– Pode se debater o quanto quiser. – gesticulou com a mão. – As algemas estão bem presas e a barra de ferro é chumbada na parede. Temos a noite inteira para brincar. – ela andava em volta da cama. – Você sabia que de um jeito ou de outro eu iria te achar. Não sabia? – seu tom de voz me causava arrepios, e me fez perceber o quanto estava enrolado dessa vez. – Esse jogo é para dois. E logo digo. Vou te vencer. – falou bem próximo ao meu rosto. – Agora não adianta se esconder.
– Jogo? Está ficando louca? – rebati nervoso com aquela situação.
– Vamos começar. Que tal você me dizer o motivo de ter ido atrás de mim? – pegou uma taça de champanhe e encheu.
– E por que te contaria? – ri, mas comecei a me arrepender logo em seguida.
– Porque, caso o contrário, esse vídeo vai parar na internet. O que acha? Seria um tanto quanto interessante. Um homem como você preso em uma cama. Onde está toda a sua masculinidade e ego agora?– ela foi para trás da filmadora, e levantou apenas um pouco sua máscara, dando uma grande golada em sua bebida. – Acho legal você começar falando. – depois abaixou sua máscara.
E eu que achava que Meg era o meu fim, bem, era mais esperta, e tinha acabado de me encurralar. Como se fosse uma cobra prestes a dar o bote em um rato. Ela sentou-se no sofá e cruzou as pernas. A mulher que eu tanto queria sentir mais uma vez, estava agora ali, bem diante de mim, e não posso fazer absolutamente nada. Só conseguia me imaginar saindo daqui e a agarrando. Fechei minhas mãos em punhos.
– Se você colocar esse vídeo na internet posso te processar. – advertir olhando para os lados e caçando uma saída.
– Processe, arranque até minhas calças se quiser. Mas garanto que ainda vai sair mais prejudicado do que eu, sendo ridicularizado. Porque garanto que vai acontecer. Mande um beijo para , ela vai mesmo gostar. – cruzou os braços. – Ela sabe que você trabalha com isso? Qual foi a história que inventou para a coitada? – balançou a cabeça em negação. – Fico imaginando se você faz isso com todas. Mente sem pena alguma. Sabe, é tão legal estar te vendo ai, preso. Sem reação alguma. Você é um cara todo cheio de si, e agora não passa de um covarde.
– Não toque no nome dela! – falei irritado. – Se está se vangloriando tanto, por que não vem aqui participar do vídeo sem essa sua máscara ridícula?
– Você não está no controle, . Agora pare de tentar ser evasivo e comece a falar o que quero escutar! – foi a vez dela de ficar irritada. – Porque já estou cansada dos seus joguinhos de me fazer de palhaça.
– Certo! Quer saber mesmo? – comecei a arquitetar o que iria contar. – Fui pago para isso! Ok? Não sei quem foi. Apenas uns telefonemas, me falando a hora e o lugar onde você estaria. O dinheiro foi depositado na minha conta. – inventei qualquer merda que veio em minha cabeça. É, acho que me sai bem.
– Então tem alguém te pagando para sair comigo? – disse mais para si mesma do que para mim. – Interessante. Quero o número da conta e do telefone que te ligou. E também quero saber quanto te pagaram. Estou sendo bem valorizada?
– Não tenho mais o numero do telefone, mas se você quiser posso ir no meu banco e tentar conseguir o número da conta. – sugeri. – O valor não posso revelar. Cada cliente tem um preço diferente.
– Você é um rapaz tão bonzinho. Agora me senti até culpada de estar fazendo isso contigo. – era isso mesmo. estava se lamentando? Tinha algo errado, ela não é de mudar de personalidade do nada, bem, não que eu tivesse reparado. – Desculpe, acho que não precisava deu ter feito isso. Teria sido mais fácil se eu tivesse te perguntado, e certamente me ajudaria. Tudo sendo conversado civilizadamente. Certo?
– Sim, é claro. – concordei. Não estava acreditando que tinha sido tão fácil. – Pode contar comigo, vamos achar essa pessoa que me pagou para ter feito isso contigo. – respirei um pouco mais aliviado agora. – Iremos descobrir o que ele pretende com isso.
Ela não disse mais nada. Se levantou do sofá, desligou a filmadora e vestiu um sobretudo. Fiquei esperando que viesse me soltar, mas ela não fez. Tirou sua máscara e me olhou, e deu o sorriso mais perverso que já tinha visto na vida. Guardou suas coisas dentro da bolsa e foi caminhando para a porta. Ergui uma sobrancelha sem entender direito o que estava fazendo, ou até tinha entendido, mas não estava acreditando.
– Hey! Me solte! – falei me debatendo e ela riu.
– Quer a chave? – disse se virando e balançando as chaves no dedo indicador. – Vai buscar! – jogou longe. – Achou mesmo que eu acreditei no que disse? – em seus lábios tinha um batom vermelho escuro. Queria beijar eles novamente.
– Mas estou falando a verdade! – esbravejei balançando a cabeça e tentando mudar meus pensamentos sobre aquela mulher.
– Não, , não está! Até mais ver. – segurou na maçaneta. – Você não me engana mais. – saiu do quarto e bateu a porta, me deixando ali, naquele estado.
Comecei a rir de tão nervoso que me encontrava. Como que aquela vaca pode ter feito isso comigo? É tudo culpa da Meg, e essa perseguição idiota! Quem se ferra sou eu! Não sabia de quem sentia raiva, se era de ou da minha irmã pirada. Tentei me virar, para ficar em uma posição favorável que me desse mais força para puxar meus pulsos, mas não consegui muito bem. Como já tinha sido falado, aquela maldita barra era chumbada na parede, e não soltaria de forma alguma. Nessa altura eu seria capaz até de roer meus pulsos para me libertar dali. Vi as chaves caídas a mais de dois metros da cama, era impossível deu conseguir alcançá-las. Realmente, dessa vez havia me pegado. Ela me encontrou e me encurralou. Como fui ficar preso em um quarto de hotel? Poderia esperar uma camareira chegar e me encontrar naquele estado deplorável, mas não, sou orgulhoso demais para isso. Meu terno estava sobre o sofá, e no bolso dele estava meu celular, mas como a chave, também estava longe demais para que eu alcançasse. Isso, telefone. Olhei para a cabeceira e vi o telefone do hotel, que estava bem mais perto. Puxei as algemas até onde consegui, só que minhas mãos não alcançavam o aparelho. Tive que quase virar um acrobata do Circo du Soleil. Com o pé peguei o fio e o puxei para cima da cama, estava praticamente me contorcendo. Com muito custo consegui. Disquei para a recepção que atendeu na segunda chamada. Pedi para fazer uma ligação, então à mulher liberou a linha. Liguei para a única pessoa que poderia me ajudar nessa hora, minha irmã. Aquela praga demorou a atender, e isso estava me deixando irritado cada vez mais.
– Meg! – praticamente gritei quando ela atendeu.
– Nossa, não precisa gritar, não sou surda. – bufei com seu comentário infantil.
– Vem me encontrar no Sheik Toop Hotel. – meus pulsos estavam doendo, e até mesmo machucados e sangrando de tanta força que fiz para tentar me soltar.
– E por que eu iria te encontrar? – disse dando uma risadinha.
– PORQUE POR SUA CULPA ESTOU ALGEMADO EM UMA CAMA! – agora sim dei um berro com ela. – NÃO DEMORA, ESTOU NO QUARTO 305. – bati com o telefone no gancho, quase quebrando ele.
Relaxei meu corpo sobre os lençóis brancos. Meg viria me tirar daqui, e isso era mais do que obrigação dela. Meus pulsos e braços doíam. Eu estava louco para fumar um cigarro, minha cabeça corria a mil por hora. Tinha que fazer algo, tomar uma atitude para terminar com tudo isso. E por mais que não quisesse, estou completamente atraído por , e agora tinha mais do que certeza disso. Bastou apenas mais um encontro com meia dúzia de palavras e deu provar mais uma vez sua boca, para saber que estava perdido. Seus lábios, seu corpo, seu perfume, não saiam de minha mente. Droga, isso era a única coisa que nunca poderia ter me acontecido, de jeito nenhum. Pode até parecer estranho, e por mais que eu negasse a cada momento, infelizmente essa era a dura realidade. Sim, aquela mulher me fez um homem verdadeiro, no qual nunca fui com nenhuma outra. Posso estar exagerando, e quero estar mesmo exagerando, porque sinto que tenho que ficar longe dela, ou isso irá virar uma grande bola de neve que vai se tornar uma tremenda de uma avalanche e passar por cima de tudo que estiver na frente. Fechei os olhos e respirei fundo. Sempre tive controle de tudo o que fazia, agora tenho que continuar tendo, não pode ser diferente. Escutei um barulho na porta e vi minha irmã passar por ela, depois parou e ficou me encarando. A idiota começou a rir. Revirei os olhos e bufei, irritado.
– Sua idiota, dá para parar de rir e me tirar daqui?! – disse extremamente estressado.
– Ok. Mas cadê a chave? – perguntou fechando a porta e jogando sua bolsa em cima da cama.
– No chão! Procura. – me debati.
– Calma, Kong. – debochou se abaixando para pegar a chave. – Me conte o que aconteceu? E o que tenho a ver com isso?
– Claro, com o maior prazer. – dei um sorriso sem mostrar os dentes. – Sua querida “amiga” me encontrou. – Meg parou de brincar e me olhou séria. – Ela contratou uma mulher para me pedir um programa! E adivinha? A vadia me prendeu na cama e me vendou, quando destamparam meus olhos me deparei com uma filmadora e a com a máscara do Guy Fawkes. É, desse jeito, parecia uma terrorista! – minha irmã me soltou. – Meg, pare com isso, aquela mulher é louca, não sabemos do que ela é capaz de fazer. – falei na tentativa que colocasse medo nela e que desistisse de uma vez por todas.
– Se ela é louca, eu sou mais. – passei a mão em meus pulsos machucados. – Sou capaz de tudo, se quer saber.
– Você! Eu não! Me tire fora dessa. Isso tudo já foi longe demais, a maluca me ameaçou, então chega! – levantei e comecei a me vestir.
– Não! , você não pode pular do barco agora! Temos um acordo. – começou a ficar histérica.
– Já pulei. – peguei meu terno e fui andando para a porta. – Não temos acordo nenhum, sempre foi você me impondo ordens e me ameaçando, mas agora chega. Estou fora! – sai do quarto.
, volte aqui! Não acabamos a nossa conversa! – Meg veio andando atrás de mim apressada para acompanhar meu passo.
– A nossa conversa termina aqui. – falei parando de andar e a encarando. – Chega. Entendeu?
– Não, eu não entendi! Vai se arrepender por isso. – me deu as costas e foi para o lado contrário do corredor. – Não reclame mais tarde das consequências.
Meg achava que conseguiria me controlar através de suas ameaças idiotas. Mas eu que tinha que ficar no controle, e não irei dar o braço a torcer. Não tinha mais o que fazer essa noite, a única coisa que restava agora era voltar para casa e tentar dormir. Mas a minha vontade era de entrar em um carro e caçar pela cidade, mesmo sabendo que isso seria loucura e impossível. Sai do hotel e peguei um taxi.

O cheiro da comida de era maravilhoso, uma coisa que ela sabia fazer muito bem era cozinhar. Estava ajudando Kate com seu dever de casa, seus livros estavam espalhados pela mesa de jantar, e sem duvidas, ficaria uma fera por ver que ainda não arrumamos a mesa para o almoço. A capainha tocou, estranhei, pois o porteiro não tinha avisado a chegada de ninguém. Levantei e fui ver quem era. Quando abri a porta dei de cara com minha irmã, tentei fechar a porta na mesma hora, mas ela me impediu, enfiando o pé na frente.
, você não iria fechar a porta na minha cara da sua irmã. Ia? – perguntou dando um sorriso falso.
Minhas narinas inflaram de raiva, ela estava fazendo de propósito. Não respondi. Escutei Kate gritar o nome de Meg, e vir correndo em nossa direção. Minha irmã se abaixou e abraçou minha pequena, pegando-a no colo e entrando. Fechei a porta com um pouco de violência. As acompanhei até a cozinha. ficou feliz ao ver a coisa que ainda se dizia minha irmã. Cruzei os braços e me encostei ao batente, não fiz questão de ser agradável.
– Amor, por que está assim? Não está feliz por ver Meg? Tanto tempo que ela não vinha nos visitar. – perguntou com um sorriso no rosto.
– É. Estou morrendo de felicidade. – respondi encarando minha irmã, e então sai dali.
Peguei meu maço de cigarros e fui para a janela fumar. Seja o que Meg estava planejando, não era nada bom. Ela não gostava de e muito menos de vir até aqui nos visitar. Afinal, me pergunto de quem minha irmã gosta. Ah sim, ela só gosta de si mesma. Acendi meu cigarro e deu uma longa tragada, depois soltei a fumaça pela boca. Senti as mãos pequenas de Kate abraçar minha perna. A olhei e dei um sorriso, depois baguncei seus cabelos.
– Papai, você ainda vai me ajudar a terminar a tarefa? – ela perguntou de um jeito meigo com aquela voz infantil.
– É claro que vou, minha anjinha. – coloquei o cigarro no cinzeiro e me abaixei para ficar da sua altura. – Que tal arrumarmos a mesa para a mamãe e depois do almoço terminamos seu dever de casa?
– Eba! Vamos! – sua mãozinha agarrou meus dedos e me puxaram.
Ri com aquilo, levantei e me deixei que levasse de volta até a cozinha. Peguei os pratos, e dei os talheres para que Kate os levasse. Coloquei as coisas sobre a mesa de jantar e ajudei minha anjinha a guardar seu material. Arrumamos tudo. Era maravilhoso ver o sorriso de minha filha. Me sentia completo e realizado. Logo já tinha terminado o almoço, então nos sentamos todos à mesa. Fiquei na cabeceira como de costume. Meg se comportou durante a refeição, deu apenas alguns comentários elogiando a comida. Afinal, o que ela estava querendo com isso?
– Mamãe, já acabei. Quero sorvete. – pediu Kate.
– Certo, querida. Já irei trazer. – respondeu com um sorriso no rosto.
Como todos já tinham acabado de comer. recolheu os pratos e logo voltou com um pote de torta de sorvete. Comemos calados, até que ao escutar o que minha irmã disse, quase engasguei.
, você já foi na empresa onde o trabalha? – Meg me olhou e sorriu. Semisserei os olhos com aquilo.
– Na verdade, ele nunca me disse direito onde é. – tive vontade de enfiar a colher na boca da minha irmã.
– Nossa, é mesmo? E nem em nenhuma reunião de negócios? – continuava.
não gosta de me acompanhar nessas reuniões. – rebati tentando dar fim naquele assunto.
– Na verdade, como eu poderia ir se você nunca me convidou?! – fechei os olhos e respirei fundo.
– Ele nunca te convidou? Estranho, pois mês passado ele me chamou para acompanhá-lo. Pensei que você estava indisposta, ou algo do tipo para não poder ir. – olhei para Meg querendo voar em seu pescoço.
, por que não me chamou? Eu ficaria feliz em ir contigo. – tinha repreensão na voz.
– E quem ficaria com Kate? – perguntei me esquivando.
– Eu poderia ter ligado para minha mãe e pedido que ela ficasse com ela. – ok, vou matar minha irmã hoje. Não sabia o que falar. Meg tinha conseguido me encurralar.
– Não quero falar sobre isso. – foi o que consegui responder. Então me levantei da mesa. – Falando em trabalho, tenho que sair para resolver uns negócios agora à tarde.
– Mas, papai, você disse que iria me ajudar na lição. – Kate me olhava triste.
– Sua tia ficará contente em ajudá-la. – Meg não gostava de crianças, e essa seria minha pequena vingança por ter aberto a boca.
– Mas eu não posso. – tentou sair fora.
– É claro que pode. A Kate iria adorar que você a ajude. Não é filha? – Kate sorriu e então concordou com a cabeça, seus cabelos curtos se mexeram de um lado para o outro. – Viu, Meg. Quebra esse galho pro seu irmãozão. – agora foi minha vez de dar um sorriso falso.
– E...A...Está bem. – gaguejou.
– Obrigado. , não sei que horas vou voltar. – avisei.
– Como não sabe? – agora ela estava irritada, e eu não tirava a sua razão.
– Oras, não sei, as coisas podem demorar. – Meg nos olhava e deu um sorriso vitorioso por ver que estávamos quase brigando.
– Vou deixá-los a sós para que conversem melhor. Venha, Kate. Vou te ajudar com o dever. – pegou na mão de minha anjinha e a levou para a sala.
, o que sua irmã quis insinuar com tudo aquilo? – perguntou baixo para que não escutassem nossa conversa.
– Você pergunta isso para mim? Ela é louca, não sabe o que fala. Sabe muito bem que Meg vive sobre remédios controlados. – foi à desculpa que consegui arranjar para justificar aquilo tudo.
– Não. Você está mentindo. Sempre mentiu. Dá para ver em seus olhos. Mentiu quando perguntei que machucados eram aqueles em seus pulsos, mentiu toda a vez que perguntei onde estava, e está mentindo agora. – olhava dentro de meus olhos. – Sou uma péssima esposa. – se lamentou.
– Hey, não diga isso. – puxei a cadeira e me sentei a sua frente. – Você é perfeita, a esposa que todo o cara queria ter. – agora estava me sentindo mal com aquela situação. – A mãe que toda criança deseja. Uma mulher linda que todas querem ser. – passei a mão em seu rosto e ela abaixou o olhar. – , eu te amo. – ela riu.
– Quero um tempo para pensar se o que estamos fazendo é certo. Esse não é o casamento que sonhei ter. – uma lágrima escorreu pelo canto de seu rosto, então a enxuguei.
– É isso mesmo que quer? – ela concordou. – Vou estar na casa da minha mãe. Qualquer decisão que tomar, me ligue. Mas não esqueça que eu te amo.
– Está bem. – abaixou a cabeça.
Levantei e dei um beijo em sua testa, afaguei seus cabelos e fui para o quarto trocar de roupa. Me arrumei e passei pela sala. Dei um beijo em Kate e não falei nada com Meg. Sai batendo a porta e desci até a garagem, entrando em meu Jeep. Já sabia o que iria fazer. Só não sabia se daria certo, mas tinha que tentar. Minha irmã iria se arrepender pelo que tinha feito. Ela está quase estragando meu casamento, mas ainda tenho a chance de me aceitar de volta. O que me passava na cabeça era que eu poderia perder minha pequena anjinha. Ai sim, seria o fim de tudo. Não me vejo longe de Kate, ela é o que me traz vida. Antes de chegar ao meu destino final, fiquei dando voltas, ainda pensando se era o certo a se fazer. Estacionei meu carro em frente a Vogue, do outro lado da rua. Desci e atravessei, entrando no enorme prédio de vidro. Caminhei até a recepcionista que atendia vários telefones ao mesmo tempo, enquanto fazia algo no enorme Mac à sua frente. Esperei até que ela acabasse de se desenrolar para que me atendesse.
– Pois não? Em que posso lhe ajudar? – perguntou a mulher de cabelos ruivos.
– Queria falar com a editora chefe de fotografia. – pedi.
– Com a ? – me olhava um tanto quanto interessada.
– Exato. – dei um sorriso maroto. A mulher estendeu o braço para pegar algo.
– Ela está em um ensaio fotográfico agora. Mas se quiser falar com a secretária dela e deixar recado, – me entregou um cartão preto fosco. – é só ligar e marcar uma hora.
Eu não tinha tempo para ligar e marcar uma hora, tinha que falar com ela agora! Peguei o cartão e o examinei.
está fazendo esse ensaio aqui? – perguntei me apoiando no balcão.
– Sim, no estúdio 03. – informou. – Mas você não pode ir lá.
– Ok. Muito obrigado. – agradeci e fui até o elevador.
Na parede acima da porta do elevador tinha um painel eletrônico gigante, informando onde eram as salas, e quem estaria ocupando elas. Demorei um pouco até achar onde ficava o estúdio três. Ficava no 13º andar. Entrei no elevador e assim quando sai. Me deparei com uma porta de vidro, onde só quem tivesse um cartão poderia entrar. Legal. Olhei para os lados. Me encostei na parede e esperei até que alguém entrasse ou saísse. Devo ter ficado ali parado mais de meia hora. Até que um homem passou, e antes que a porta a fechasse, a segurei, então entrei. Agora tinha que achar o estúdio. Caminhei pelos longos corredores, e por fim encontrei. Abri a porta e me deparei com uma sala enorme com várias pessoas. Mas ninguém me viu ali, estavam concentrados demais no que faziam. Fiquei quieto, todos estavam falando e andando de um lado para o outro. Onde estava ? Será que entrei no lugar certo? A vi sentada em uma mesa na frente de um computador. Ela estava compenetrada no que fazia. Seu cabelo estava preso em um coque muito doido, e ela usava um óculos de armação preta, que cobria grande parte de seu rosto, e estava vestida com um vestido rosa escuro, de alça, que dava grande realce com sua cor de pele, em seus lábios tinham um batom da mesma cor do vestido. parecia uma boneca de porcelana. Aquela mulher era realmente linda. Fiquei parado observando ela trabalhar. As pessoas estavam ocupadas demais para notar minha presença ali. Me peguei pensando que não estava ali apenas para me vingar de minha irmã, e sim, porque queria ver aquela mulher. Já tinha se passado quatro meses desde que nos conhecemos, foi no verão, e eu não conseguia frear o que estava sentindo. E isso acabaria me prejudicando. olhou para os lados, parecia que procurava por algo, até que me viu ali. Ela arregalou os olhos, não acreditando no que estava vendo, se levantou e veio apressada em minha direção. Dei um sorriso com a cara de raiva que ela estava fazendo. Segurou em meu braço como se eu fosse uma criança e me arrastou para fora da sala. Assim que saímos, a puxei para perto de mim, e tentei beijá-la, mas ela virou o rosto e me empurrou.
– Está louco? Perdeu o juízo? Bem, acho que juízo você nunca teve! – falava extremamente irritada. – Além de invadir meu trabalho, ainda tenta me beijar. Serio, me pergunto qual é o seu problema. Vai se tratar!
Comecei a rir do seu ataque.
– Preciso conversar contigo. – falei parando de rir.
– Não temos nada para conversar. Por favor, vá embora. – disse abrindo a porta para entrar na sala de volta.
, eu que peço, por favor. Preciso te contar umas coisas. – segurei sua mão.
– Já disse que não acredito em mais nada do que fala. Agora, tchau. – tentou entrar, mas a impedi. – , tenho que trabalhar!
– Que droga. O que custa me escutar? – não deixaria que ela fosse sem aceitar conversar comigo.
– Arg! Está bem. Quando acabar meu expediente, te ligo. – tentou se soltar de minha mão.
– Você não vai ligar. – eu sabia que levaria bolo. – Vou te esperar lá embaixo.
– Ok! Agora tenho que trabalhar. – a soltei e deixei que voltasse.
Passei o dia inteiro no carro, só saindo para comprar algo para comer, mas logo em seguida voltando para ele. A noite de outono caiu e nada. Estava começando a achar que havia saído e eu não tinha visto. Fiquei encostado na lateral de meu Jeep esperando por ela. Já era mais de oito da noite, quando a vi saindo. Segurando em sua bolsa, olhando para os lados. Dei um assovio, o que chamou sua atenção. Ela atravessou a rua e veio em meu encontro, abri a porta para que entrasse, mas o que não aconteceu.
– Não vou a lugar nenhum contigo. Ande, me fale logo o quer. – se manteve firme.
– Me separei de . – falei e levantou uma sobrancelha. – Ela descobriu a verdade. Nós brigamos e decidimos nos separar.
– Então ela te deu um pé. Que bom! – deu de ombros. – Era só isso?
– Não. – soltei o ar, me dando por vencido. – Na verdade, ela descobriu que nós ficamos.
– Hum. – olhou para o lado. – Você que é o culpado. Não sabia que era casado, senão, nunca teria ficado contigo.
– Eu sei. Mas não me arrependo. – falei pegando a mão dela. – Não vim aqui para isso. – me olhou agora. – Lembra que te falei que me pagaram para ficar contigo?
– Sim. – disse preocupada.
– Então, estão me ameaçando agora. Eu não faço ideia de quem seja. Preciso da sua ajuda. – pedi. – E foi essa pessoa que fez com que eu e a nos separarmos.
– Como assim? – ela não entendia muito bem.
– Depois do que aconteceu no hotel, a pessoa me ligou mais uma vez, pedindo que eu viesse atrás de você, mas neguei. Sabe o por que deu ter feito isso? – ela negou com a cabeça. – Porque estava me envolvendo contigo.
– Espera. Do que está falando? Não, chega! Isso é absurdo demais. Não quero mais escutar essas besteiras. – puxou sua mão de volta e saiu andando.
– Não são besteiras. Me escuta! Eu não sei mais o que fazer! – falei alterado fazendo ela parar de andar e me olhar. – É serio, me escuta só mais um pouco. Entra no carro, não precisamos sair daqui.
– Apenas não faça com que eu me arrependa mais uma vez. – entrou no lado do carona. Dei a volta e entre no lado do motorista.
– Então. Depois que neguei a essa pessoa, o que ela estava pedindo. recebeu umas fotos nossas, e uma carta, na qual dizendo tudo o que eu fazia. – já posso virar um ator, estou fingindo bem.
– Não acredito. É serio mesmo? – perguntou indignada.
– É. Depois me ligaram, e falaram que iriam vir atrás de você se eu não fizesse o que ele mandasse. – a encarei. – Não vou me perdoar se fizerem algo contigo.
olhava em meus olhos, buscando por verdade no que eu falava. Sustentei seu olhar. Tinha que fazê-la acreditar. Afinal, mesmo que estivesse mentindo, também estava falando a verdade, mas ela estava camuflada no meio daquelas palavras. Veja bem, eu estava mentindo para proteger ela e minha irmã. Gostava das duas, e não queria que nenhuma delas se desse mal, ou ficasse magoada. Mas a intenção de Meg era essa, fazer com que eu magoasse .
– Eu sei que é difícil de acreditar, mas não tenho mais ninguém, e tinha que te contar isso. – me virei no banco. – Te peço que só confie em mim mais uma vez. – eu daria um jeito fazer minha irmã parar com essa perseguição toda, mas tinha que confiar em mim.
– Desculpa, mas não consigo. – fechou os olhos e abaixou a cabeça, respirando fundo. – Juro que quero, só que não dá. , você tem que se afastar de mim. – abriu os olhos e fiquei perdido. me olhava de um jeito intenso. – O que vivemos não foi uma coisa boa. Foi completamente insano. E nada disso me fez bem. Sei que fez o que fez, porque te pagaram. E que não era porque queria. Mas para mim, não foi apenas um negócio. No começo você foi apenas mais um cara que eu tinha transado, só que isso mudou, e tomou uma direção diferente. Ah, droga, deixa para lá. Estou falando idiotices. – balançou a cabeça em negação.
– Hey, não. Continua. – queria escutar o que ela sentia. Eu não estava maluco, e não era o único que estava atordoado com tudo aquilo.
– Chega. Já falei demais, e disse coisas que você não tinha que saber. Ai, como sou uma imbecil. – encostou a cabeça no encosto do banco. – Quer falar mais alguma coisa? Quero ir embora.
– Quero. – me sentei normal no banco, olhando através do vidro. – Para mim não foi apenas um negócio. Quando te vi pela segunda vez, estava linda com aquele vestido preto, por um momento não sabia o que fazer ou falar. Ok, estou parecendo um virgem falando. – ri com aquilo, e fiz rir junto. – Não consigo parar de pensar em você!
– Não é legal brincar com os sentimentos das pessoas. – a olhei, e ela continuava de olhos fechados. Seu semblante era de uma postura dura. – Não podemos gostar um do outro, é apenas atração sexual. Nem nos conhecemos.
– Então me dê uma chance para fazer você ver que não é nada disso. – fiquei esperando que abrisse os olhos e me olhasse. Estava tenso esperando por sua resposta, que estava demorando.
– Estou com fome. – sorri. – Vamos em um bar comer algo, e conversamos mais. – liguei o carro e sai dali.
Não conversamos nada no caminho até um pub, no qual eu gostava de frequentar. Estacionei o carro na rua mesmo e então entramos no lugar. Estava cheio e bem animado. Arrumamos uma mesa no canto. Então uma mulher veio nos atender. pediu um x–burguer e uma porção grande de batatas, o que me deixou surpreso. Pedi o mesmo, junto com duas cervejas.
– Nunca fui a nenhum pub! – disse ela animada.
– Não? Está brincando! – tinha o sorriso mais lindo que já tinha visto.
– É serio, ninguém nunca me convidou para ir a um. – olhava para os lados obsevando tudo.
– Essas caras que você costumava sair são muito sem graça. Não sabem o que é se divertir. – acendi um cigarro.
– Pare de fumar! – tirou o cigarro entre meus dedos. – É horrível, um homem bonito igual você com uma porcaria dessa na boca.
– Já está querendo me controlar? – perguntei divertindo, dando um sorriso.
– Não! Só quero que viva mais um pouco. – sua mão estava sobre a mesa, então coloquei a minha por cima da dela. – Adoro suas tatuagens. – passou a mão em meu braço. – São bonitas.
A garçonete chegou com as nossas cervejas, as abriu e saiu. Dei um gole na bebida gelada. entrelaçou nossos dedos. Coloquei a garrafa sobre a mesa e a olhei. Naquele momento tive certeza do que estava fazendo era o certo. Estar ali com ela era maravilhoso.
– Eu já deveria ter suspeitado! – Ah droga! Eu conhecia aquela voz. . – Não acredito que está traindo sua família para ficar flertando como um garoto de 16 anos! – puxou sua mão da minha rapidamente e me olhou assustada.
– Calma. Não é isso que está pensando! – levantei ficando de frente com minha esposa.
– Calma? Pensando? Não estou pensando em nada! Eu vi! – ela estava alterada.
– O que você viu? – perguntei alterado também. – Me viu de mão dadas com ela? Você está confundindo as coisas!
– Estou? Não é o que parece! – estava vermelha.
– Ela só estava vendo minhas tatuagens! E afinal, o que está fazendo aqui? Andou me seguindo? – era só o que me faltava agora.
– Não, estava passando e vi seu precioso Jeep amarelo estacionado aqui na frente, e fiquei me perguntando o que meu marido estaria fazendo em um pub, já que ele disse que sairia para resolver negócios! – aquilo estava sendo um tremendo de um escândalo, e todos ali já nos observava.
– Então agora não posso sair com minhas amigas? Pelo amor de Deus, ! Você me pediu um tempo, e agora está aqui dando show porque acha que viu algo? – fui grosso com ela, então recebi um tapa bem dado na cara. Respirei fundo tentando manter a calma, mas não consegui. – Acha mesmo que tem o direito de me bater? – perguntei quase como um rosnado. – Sempre fiz tudo o que queria, fui o cara que sempre quis, do jeito que VOCÊ quis! Nunca reclamei de nada, sempre te aguentei com suas crises de existência de menina mimada, mas só um aviso: esse mundo em que vive não é real! Para de querer que tudo seja como deseja, pois não é! – é isso mesmo, me casei com esse tipo de mulher, aguentei tudo calado para não magoá-la e para que suas crises de depressão não piorassem, mas por um momento explodi. começou a chorar. – Vai, chora! Se faz de coitada, é o sempre a mesma coisa!
– Hey, cara, chega. – disse um homem se intrometendo na discussão. – Ela está chorando.
– Dane-se! Cai fora, que a briga não é contigo. – o empurrei.
, pare com isso. – pude escutar a voz de atrás de mim. – Não! – deu um grito, então olhei para trás, vi o cara a empurrando e vindo para cima de mim.
Levei um soco em cheio na cara. Senti gosto de sangue em minha boca. Cai sobre a mesa que onde estávamos sentados. Peguei o cinzeiro que estava nela, e bati com ele na cara do sujeito que me socou. Logo veio mais três homens. Dois seguraram meus braços. Vi tentando tirar um dos caras de perto de mim, mas a empurraram e então outro cara a segurou por trás, tirando de perto de nós. Ela se debatia e gritava para que a soltassem, e que não era para fazer nada comigo. Levei outro soco no rosto, depois um na barriga. Me jogaram no chão, então chutaram minhas costelas. Tentei levantar, mas pisaram em minhas costas, me jogando contra o chão com força. Começaram a me chutar. Depois pararam. Merda, levei uma surra. Não estava conseguindo me levantar. Apenas consegui ver sendo solta e correndo até onde eu estava. Jogou-se de joelhos ao meu lado e ajudou a me virar, ficando de barriga para cima. Seu rosto estava molhado e ela estava chorando. Esbocei um sorriso, mas aquilo doeu. Seus dedos gelados passaram em meu rosto, fazendo um carinho. Olhei ao redor e não vi nenhum sinal de . Agora acho que consegui perder minha mulher de vez. Sou um babaca, idiota. Fechei os olhos, e só de respirar minhas costelas doíam. Voltei a olhar para , em seus olhos tinham pavor.
– Você consegue levantar? – perguntou baixinho, quase não escutei.
– Não sei. Acho que sim. – me forcei a levantar, embora estivesse todo doendo, consegui com a ajuda de . – Obrigado. – ela não respondeu.
pagou as cervejas, então saímos do pub. Só estava conseguindo andar por causa dela, que me dava apoio. Caminhamos até meu carro, e fui para o lado do carona. Ela era tão cuidadosa que parecia estar manuseando algum objeto extremamente quebrável. Fechou a porta, deu a volta e entrou no lado do motorista. Me olhava aflita.
– Vou te levar para o hospital, você pode ter lesionado algum osso. – disse ligando o carro.
– Não. Me leve para casa. – falei com dificuldade.
– É claro que não! Vamos para o hospital. – segurei sua mão que estava sobre a marcha.
– Por favor, me leva para casa. Vou ficar bem, não quebrei nada. – ela serrou os lábios em uma linha reta.
– Ok! Onde fica a sua casa?
Falei o endereço da casa da minha mãe que ficava do outro lado da cidade. Em quarenta minutos chegamos lá. desceu do veiculo e me ajudou a sair também. Caminhamos até a varanda. Toquei a capainha, minha mãe demorou a atender, mas quando abriu a porta se assustou. – Meu Deus! , o que fizeram contigo, meu filho? – perguntou apavorada colocando a mão na boca. – Entrem. Subam as escadas e entrem no primeiro quarto à direita. – indicou ela o qual seria meu quarto desde a época que eu morava ali naquela casa.
– Com licença. – disse ao passar pela porta.
Com um pouco de custo, conseguimos subir as escadas. Entramos no quarto, onde ainda tinha todas as minhas coisas de adolescente e uma cama de casal. me deitou nela, depois tirou meus tênis com cuidado, e minha camisa. Logo minha mãe apareceu com um pote com água e uma caixa de primeiros socorros, e os colocou sobre o criado mudo.
, vou ligar a banheira para que você tome um banho. – disse ela e foi para meu banheiro, me deixando sozinho com .
– Acho que vou embora. Já te trouxe até aqui. – estava de pé ao lado de minha cama.
– Não, fica. – segurei sua mão.
– Não posso, sua mãe está me olhando de cara feia. E estou com fome também. – fez uma careta.
– Mãe! Você pode fazer algo para comermos? Estamos famintos. – minha mãe voltou até o quarto e olhou para nossas mãos juntas.
– O que querem comer? – perguntou irritada.
– Não precisa fazer nada, senhora. Eu já estou indo embora. – soltou minha mão. – Você vai ficar bem? – perguntou me olhando. Uni as sobrancelhas, fazendo cara de chateado.
– Não. – respondi. – Fica aqui. – pedi mais uma vez.
Ela olhou para minha mãe, e depois me olhou de volta.
– Não quero incomodar. – mordeu o canto da boca, e isso me fez querer beijá-la.
– Por favor. – insisti. Minha mãe nos olhava de braços cruzados. Não estava ligando para o que ela estava achando daquela cena.
– Está bem. Mas só um pouco. – sorri e ela também.
– Vou fazer algo para comerem então. Menina, você pode levá-lo até o banheiro? – perguntou minha mãe muito contrariada.
– Claro que levo. – tentava ser simpática.
Minha mãe saiu do quarto. Me sentei na cama e mais uma vez me ajudou a levantar. Fomos para o banheiro, onde a banheira estava quase cheia.
– Precisa de ajuda para tomar banho?
– Não. Se minha mãe te ver aqui, comigo sem roupa, acho que ai sim, ela vai ter um AVC. – rimos juntos. – Consigo me virar.
– Tem certeza? – era engraçado como estava extremamente preocupada comigo, me senti bem com isso. Com sua presença ali.
Concordei. Ela me levou até o banheiro, depois me despiu. Me senti como uma criança. Suas mãos eram leves e delicadas, e tinham extremo cuidado ao me tocar. Entrei na banheira, e ela se sentou a beira dela e ficou me olhando, estava séria demais, e aquilo me deixou preocupado. Não tinha menor ideia do que se passava na cabeça dela enquanto me observava. A água estava quente, e fez com que meus músculos relaxassem. Fechei os olhos, e mergulhei. Quando emergi, não vi mais a . Olhei para os lados, em sua busca, mas não encontrei. Logo minha mãe apareceu no banheiro, e entendi o motivo. Minha mãe tomou o posto de , e com um algodão em mãos, começou a limpar os machucados de meu rosto. Ela era bruta, parecia que fazia aquilo de propósito para me castigar.
– Vai me falar o que aconteceu? – minha mãe estava nervosa.
– Briga de bar. – respondi sem dar muitos detalhes.
– E onde está , que não está contigo? – se bem conhecia a velha, ela não estava gostando nada de ver uma “estranha” dentro de sua casa.
– A briga foi por causa dela. – falei me remexendo, soltei um gemido de dor.
– Ela não deu outra crise, deu? – perguntou preocupada. Rolei os olhos, minha mãe era mais preocupada com , do que comigo e Meg.
– Mãe, não quero falar sobre isso agora. Podemos conversar amanhã? – pedi e ela se calou, assentindo meu pedido.
Quando ela terminou de limpar meu rosto, saiu do banheiro, me deixando sozinho. Terminei do meu banho, me sentindo menos pior. Não vi em meu quarto, talvez ela tivesse na sala. Vesti a primeira muda de roupa que encontrei em meu armário, e desci. Pelo menos agora, estava conseguindo andar sozinho. Olhei na sala, e não vi ninguém, então fui para a cozinha, encontrando apenas minha mãe lá, encostada no fogão, fazendo comida.
– Cadê a ? – perguntei ainda procurando por ela.
– Foi embora. – respondeu minha mãe com frieza. – Não me diga que está envolvido com essa garota.
– E se estiver mais do que envolvido? – rebati irritado me sentando à mesa.
– Me poupe de ouvir uma coisa dessas. Aquela mulher não é para você! – disse se virando e colocando a panela quente na mesa. – Liguei para .
– Não sabe o que está falando. Não conhece . Além do mais, por que ligou para ? Isso é assunto meu e dela, a senhora não tem que se intrometer. – agora sim estava com raiva. Minha mãe não tinha o direito de se meter em minha vida dessa maneira. Não era ela que estava sentindo as coisas que sinto!
– Queria que eu fizesse o que? Você não me contaria o que aconteceu! – praticamente jogou o prato de porcelana na mesa. – Sinceramente, , desconheço o menino que criei. – disse com desgosto. – É difícil de acreditar no que se tornou. – não consegui encará-la, apenas coloquei comida em meu prato. Ela bufou contraria com minha atitude, depois puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado. – É isso mesmo que quer? Deixar sua família para trás por causa de outrazinha?
não é outrazinha. – respondi enquanto comia. – E não vou deixar minha família. Vou conversar com .
– Só espero que saiba o que esteja fazendo. Pois vejo apenas um homem perdido. – se levantou me dando sozinho com vários pensamentos.
Embora eu quisesse arrumar tudo, encaixar as peças, estava dando errado. Não sei se posso culpar Meg por isso, pois também sou culpado por ter aceitado o que me pediu, embora não tivesse muita escolha, já que fui ameaçado desde o inicio, mas mesmo assim, fui em frente. E fui idiota de ter confiado meu segredo a ela, pensando que minha irmã me ajudaria quando precisasse.
Depois de uma semana, veio até a casa de minha mãe para conversarmos. Me desculpei por tudo que havia dito, disse que me arrependia por isso. E ela também se desculpou, falou que tinha ficado confusa com tudo que Meg tinha dito, e achava que eu tinha uma amante, e quando me viu com , teve um surto, que não imaginava sua vida sem mim. Expliquei que era apenas uma amiga, e que estava me apoiando, pois tinha ficado abalado com um princípio de rompimento do nosso casamento. No final das contas, virei completamente o jogo, e quem saiu como inocente e coitadinho fui eu. se culpou pela confusão no bar, além de ter ficado chorando por eu ter apanhado por causa dela. Depois que tudo passou, até pediu que agradecesse por ter me ajudado, e que ela não deveria ter tomado precipitações sem realmente saber o que estava acontecendo. Então foi ali que percebi o quanto era uma boa minha esposa. Ela não conseguia guardar rancor de ninguém, era tão pura e ingênua, que às vezes me sinto mal por enganá-la de tal forma. Minha mãe que escutou toda a nossa conversa atrás da porta, brigou comigo depois por ter mentido. Mas não me importei, já que tinha conseguido recuperar . Segunda fase: ir falar com . Já passava de sete da noite, e ela não atendia meus telefonemas, então decidi ir até seu trabalho. Entrei da mesma vez que a ultima vez, sem ser notado. O problema seria achar ela naquele lugar. Parei uma menina, que parecia ser modelo e perguntei se conhecia . Ela respondeu que sim, e me informou em qual estúdio ela se encontrava, pois tinha acabado de sair de uma sessão fotográfica de lá. Parece que hoje era meu dia de sorte. Entrei no lugar, que estava vazio onde apenas uma música ambiente tocava, e me perguntei se ela já teria ido embora, mas a localizei de pé olhando algumas fotos em uma câmera fotográfica que estava em suas mãos. O estúdio estava enfeitado como uma sala de estar, um sofá de três lugares de camurça vermelha e um tapete de peles cor creme, junto de uma pequena mesa de centro com vários objetos sobre ela. Me aproximei sem fazer barulho e a abracei por trás, dando um beijo em seu ombro. Senti se assustar e em seguida virar-se para ver quem era. Sorri quando meus olhos encontraram com os dela, sua expressão continuou séria, ainda me olhando colocou a câmera que segurava sobre a mesa ao seu lado.
– Não está feliz em me ver? – perguntei a puxando a pela cintura fazendo nossos rostos ficarem próximos. – Senti falta da sua boca. – sussurrei passando meus lábios nos dela.
– Sabe que você não pode entrar aqui. – respondeu tentando se afastar, mas forcei meus braços ao seu redor. – Vá embora – pediu em seguida.
– Por que não ficou comigo aquele dia? – perguntei beijando seu pescoço. – Me senti sozinho sem você comigo.
– Pare com isso. Você tem que se resolver com , e não ficar andando atrás de mim. – respondeu abaixando a cabeça fazendo com que seu olhar encontrasse suas mãos, que estavam sobre meu peito, tentando me afastar.
– Não consigo. Preciso de você comigo, sinto sua falta. – deixei que meu sentimento tomasse conta, talvez isso a fez perceber que realmente a queria, em resposta tive seu olhar encontrando com o meu.
Uni nossas bocas lentamente, formando um beijo calmo. O mais bizarro de tudo, era que nunca me senti tão homem com uma mulher em meus braços, como estava me sentindo agora, com . Ela era quem eu queria ver ao acordar todos os dias, ver seu sorriso, olhar a cor de seus olhos, escutar o som de sua voz chamando meu nome. Naquele momento, senti que era minha, e juro para mim mesmo que continuará sendo. O nervosismo tomava conta. A medida que nos beijávamos, indo de encontro ao sofá. Talvez se eu contasse realmente a verdade, ela pudesse me ajudar, e quem sabe até mesmo me ajudar com o que sou, me fazer um cara melhor. Minha vida inteira estava sendo uma mentira, e nunca fui realmente feliz. Sinto seus beijos em meu pescoço, e aquilo me dava tesão. Me pergunto que bosta estava fazendo até agora, a merda do dinheiro de não me trazia felicidade alguma, muito menos ela. Golpes, flertes baratos e mulheres ricas. Para que porra serve isso? Para nada! Minha perna bateu no sofá, me livrando dos pensamentos de minha mente, precisava dela, ela é tudo que quero. A deitei com delicadeza sobre ele, me deitando logo por cima. Reparei que tinha uma filmadora no tripé, direcionada para onde estávamos, e ela estava gravando, pois uma luz vermelha piscava constantemente. Dei um sorriso entre nosso beijo e coloquei a mão por debaixo de sua blusa. Quando minha mão tocou em sua pele quente e macia, senti que ela se arrepiou por completa. Era interessante como meus toques surtiam efeito nela. vestia uma blusa de botão transparente com uma estampa de pele de bicho, não fazia menor ideia de que merda de pele de animal era aquela, e também não fazia a mínima em saber, fui soltando cada botão lentamente, a deixando apenas de sutiã. Meus olhos devem ter radiado ao ver aquele belo par de seios, os quais eu tanto saciava para chupá-los mais uma vez. Redondos e durinhos. Suas coxas torneadas estavam cobertas por um short que ia até meio delas, e isso estava me incomodando. Tinha muita roupa entre nossos corpos.
– Faça o que só você consegue fazer. – disse atraindo toda a minha atenção ao escutar sua voz doce. Sorri.
– Seu pedido é uma ordem. – ela soltou uma risada baixa.
Suas mãos puxaram a barra de minha camisa e a tirou. Seu olhar mudou totalmente, então pude ver a insana com quem transei na cabine telefônica. Ela mudou nossas posições, me colocando sentado e se encaixando entre minhas pernas, ficando de joelhos sobre o tapete de pele. Sua mão subiu até meu ombro, o apertando com força, enquanto a outra segurava seus cabelos, os puxando para trás. Ela mordia o canto de seu lábio inferior o deixando vermelho. Aquilo me fazia salivar de tanta vontade de beijar tal boca. Suas unhas compridas foram deixando marca por onde passavam, deslizando pelo meu peito. Seu corpo se movimentava ao som da batida da música que tocava no momento, no qual estava sendo muito propício. Os olhos dela se fecharam e sua língua umedeceu os lábios secos. Aquela visão estava sendo muito excitante, fazendo meu pau começar a ficar apertado dentro da cueca. A mão dela parou em minha coxa e a apertou, depois foi subindo até o botão. puxou aquilo com tanta vontade que pensei que iria rasgar a peça inteira. Agora com os olhos abertos e com um olhar de predadora, ela abaixou minha calça até meus calcanhares. Soltei um gemido para provocá-la assim quando tomou meu pinto sobre o tecido fino da minha boxer, isso a atiçou da forma que eu queira. Seus dentes seguraram o elástico e o levou para baixo, deixando meu garoto livre. A ajudei a acabar de tirar a pouca roupa que ainda estava vestido. levou sua pequena boca até minha virilha, beijando o local com delicadeza. Deitei minha cabeça para trás no encosto do sofá, relaxando com os toques dela. Fui pego de surpresa quando a senti me chupar por inteiro. Geralmente costumava chegar de fininho, me masturbando e lambendo. Não reclamei, aquela boca sabia trabalhar muito bem. Passei a mão em seus cabelos, a incentivando a ir mais rápido e fundo. Alguns gemidos saiam de minha boca, o que não tinha como controlar. fazia do jeito que eu gostava, me deixando fora de si muito rápido. Estava me segurando para não gozar, só que a parada estava complicada. Para ajudar, ela começou a passar as unhas pelas minhas costelas e abdômen. Puxei seu cabelo, a fazendo me soltar e ela reclamou. Foi por pouco que não gozei na boca dela. Ela tinha feito suar com aquilo. Puxei o fôlego e senti minha pulsação estava acelerada. Sorri ao vê-la indignada. Agarrei seu braço com força e a trouxe até mim. Segurei sua nuca com força e a beijei. Seus lábios estava quentes e macios. não ficava quieta em meus braços, então acabamos caindo do sofá. Me sentei, a colocando por cima. Meus dedos soltaram seu sutiã e depois tirei aquela porcaria que me impediam de tocar seus peitos por completo. Os apertei com vontade. Meu braço passou com cima da mesa de centro, jogando tudo o que estava sobre ela para fora. Coloquei aquela mulher gostosa sentada ali. Abocanhei aqueles seios que tanto saciava, dados chupões e mordidas, para ficarem marcados, para toda vez que ela se olhasse no espelho, lembrasse de quem vez aquilo. Seus gemidos baixos me davam ainda mais tesão. Os braços finos dela me abraçaram. Enquanto uma mão apertava um peito, eu me deliciava com o outro. Passei meu braço ao redor de seu tronco, a puxando para mais perto. Suas pernas me enlaçaram e seu salto arranhava minhas costas conforme me mexia. Fui descendo meus beijos pela sua barriga até chegar em sua entrada, onde ainda tinha um short me impedindo de continuar. Abri os três botões rapidamente e depois abaixei o zíper. Ela foi deitando na mesa para que eu pudesse acabar de tirar sua roupa, a deixei apenas de calcinha de renda, na qual era um verde claro. Passei a mão por sua perna, descendo até chegar em seus pés e tirar seus sapatos. Eles caíram no chão, fazendo um barulho seco. Comecei a beijar desde seu calcanhar, conforme ia subindo, minha mão ia alisando sua coxa até chegar a sua calcinha. Nossa, como ela estava molhada. A apertei por cima daquele tecido, a fazendo gemer feito uma gatinha mansa. Fechei os olhos ao escutar aquilo. Era tão delicioso. Então fiz a mesma coisa para poder escutá-la gemer de forma tão gostosa. Agora cheguei até suas coxas e comecei a mordê-la devagar. Eu tinha que tocá-la melhor. Meus dedos entraram pela lateral de sua calcinha e deslizaram pela sua entrada, mas não a penetrei, subi mais um pouco e toquei seu clitóris. Segui com o indicador até o ponto e o movimentei bem lentamente para cima e para baixo. Lhe dei uma dentada forte quando ela gemeu. Estava mais uma vez me controlando ao máximo para lhe dar um dos momentos mais prazerosos que ela podia ter. Subi mais minha boca até chegar à virilha dela. Suas pernas se abriram ainda mais com a minha chegada. Tirei minha mão dela e a mordi por cima da calcinha. Ela riu e gemeu logo depois. Aquilo estava me deixando alucinado. Segurei as laterais do elástico fino e o puxei para baixo com delicadeza, apreciando a bela paisagem que surgia. Quando acabei de deixá-la completamente nua, a puxei mais para a ponta da mesa. Seus pés tocavam o tapete de pele macio. Me sentei no chão e coloquei cada coxa dela em meus ombros, me encaixando perfeitamente entre suas pernas e de frente para o meu paraíso. Só de eu me aproximar mais de sua entrada, ela se arrepiou debaixo de minhas mãos. Passeis os lábios nela devagar, a sentindo arfar com isso. Repeti o ato e reclamou. Deslizei minha língua por ela toda, depois voltei. Minhas mãos alisavam suas coxas para que ficasse mais calma. Comecei a chupá-la por inteira. Subindo e descendo, brincando com sua entrada que estava quente e completamente molhada. Comecei a brincar com ela. Chegava bem perto do seu ponto, mas voltava, sem realmente pegá-lo.
– Para com isso! – reclamou entre um gemido preso.
– Parar? – soltei uma risada. – Quer mesmo que eu pare? – ela concordou praticamente suplicando. – Depois não peça para que eu realmente pare. – antes dela responder qualquer coisa, lhe dei uma chupada forte, o que fez ela gemer um pouco mais alto.
Passei minha língua abrindo caminho até pegar seu clitóris. Dessa vez comecei a sugá-la com cuidado, sentido ela se segurar com força na mesa. Fui aumentando meu ritmo gradualmente, sem presa alguma. Estava tão bom aquilo. Minhas mãos agora se agarraram com mais força em suas coxas, para que não me movimentasse. A parada foi ficando mais intensa, seu corpo foi começando a dar sinais de espasmos e ela tentava se segurar ao máximo, prendendo sua respiração e se agarrando a mesa. Aquilo estava me deixando louco, eu tinha que fazer com que aquela mulher perdesse completamente o controle. Ela estava quase lá, no momento que a escutei parar de gemer, soube que estava prestes a ter um orgasmo. Dava para sentir que seu corpo inteiro pulsava querendo por mais. A chupei mais rápido, então um gemido alto saiu de uma boca me fez ficar mais duro que nunca. Ela relaxou sobre a mesa, então parei apenas para que ela respirasse, enquanto isso fiquei beijando suas coxas que tremiam um pouco. Assim que percebi que tinha voltado um pouco a si, voltei a chupá-la. Ela soltou um gemido falando que não, e era isso que queria escutar. Seu clitóris estava mais sensível do que antes. Agora estava vendo um pouco mais complicado de segurar aquela mulher. Seu corpo se arqueou sobre aquela pequena mesa, enquanto gemidos descontrolados com algumas palavras das quais não conseguiram ser entendidas podiam ser ouvidos. A segurei com mais força, mas o suor estava fazendo minhas mãos deslizarem um pouco. O prazer que estava sentindo ao vê-la dessa forma era enorme. Senti que não dava mais, eu tinha que tê-la inteira. Soltei suas coxas, meu corpo se encaixou entre suas pernas rapidamente, então a penetrei no mesmo instante. Soltei um gemido junto com ela ao sentir que fui mesmo fundo. Caralho, era tão boa. Ficamos parados por alguns segundos tentando respirar, mas quando vi aquela boca tão perto da minha e ainda mais entreaberta, não resisti, tive que beijá-la. Sua língua estava gelada se comparada a minha. Nos beijamos com tanta vontade e excitação que me questionei se aquilo estava sendo tão bom quanto parecia. Sua pequena mão estava espalmada no meio de minhas costas, me abraçando. Comecei a me movimentar e a mesa a balançar. Aquela merda não ia nos aguentar, mas dane-se. Não nos separamos, os gemidos eram presos em nossas gargantas enquanto eu a penetrava mais rápido, ainda nos beijávamos de forma intensa e compassada. Uma mão minha segurava a mesa e a outra acariciava seu braço que me envolvia. Meu corpo suado deslizava sobre o dela, e o dela sobre a madeira envernizada da mesinha. Escutei um estalo, riu antes do pé da mesa quebrar e ela ceder conosco em cima dela. Rolei, a puxando comigo. Minhas costas molharam o tapete de pelo, mas virei, a deixando novamente por baixo. Encostei meu rosto na lateral do dela, e passei os dentes em seu lóbulo, depois sussurrei qualquer coisa em seu ouvido, o que a deixou arrepiada. Suas unhas me arranham, então fui mais fundo e forte. Beijei seu ombro e alisei sua coxa, a trazendo para até a altura do meu quadril. Nos viramos mais uma vez. Agora ela faria o que quisesse. começou a rebolar com tanta vontade que se continuasse desse jeito eu não daria conta dela hoje. Apertei seus peitos que pulavam junto com ela. Se alguém passasse pelo corredor do estúdio iria conseguir nos escutar. Como pode ter uma mulher que nem essa? Isso era impossível, ela era boa demais para ser verdade. Soltei um gemido mais alto quando sentou com mais força me fazendo chegar ainda mais longe que antes. Ela passou a mão em seus cabelos, que estavam colados pelo seu corpo, os jogando para trás, assim como jogou sua cabeça, arqueando mais uma vez seu corpo, e o deixando a mostra sobre aquela luz dos holofotes que faziam parte da montagem do ensaio fotográfico. Sentei e beijei seus peitos, fui subindo até chegar em sua boca. Segurei sua nuca e depois deslizei a mão pelas costas dela até alcançar sua bunda e a apertar com força. Me soltei dela e voltei a deitar, acariciando suas belas coxas que estavam nas laterais de meu corpo. Mordi meu lábio inferior até que me fez gozar. Droga. Fechei os olhos. Não acredito que ela fez isso! Me fez gozar dentro dela e sem camisinha. Tomara que ela pelo menos se cuide. deixou seu corpo mole cair sobre o meu. Estávamos ofegantes e suados. A abracei e fiz um carinho em seus cabelos. Ela se soltou e deitou ao meu lado. Abri os olhos e fiquei encarando o teto cheio de fios. Senti os dedos dela tocarem nos meus, então os entrelaçamos. A olhei, e ela também encarava o teto.
– Quebramos a mesa. – disse ela soltando um riso. – Como vou explicar isso?
– Se quiser posso tentar arrumar. – ofereci rindo também. – Só não garanto que vá dar certo.
– Tudo bem, eu me viro com isso depois. – me olhou séria. – O que vai ser de nós agora? – quis saber, e na verdade eu também queria saber a resposta para essa pergunta.
– Se descobrir a resposta para isso, você poderia me contar? – um sorriso triste apareceu em seu rosto, me aproxime e a beijei. – A única coisa que posso te dizer, é que quero ficar contigo. – passei a mão em seu ombro. – Mas tem um grande problema nisso.
– Espero que esse problema não tenha nome. – e pior que ele tinha, se chamava e Meg. – Porque se tiver, ele vai ser difícil de ser resolvido.
– Ninguém pode saber sobre nós. – lhe dei um selinho apertado.
– Ok, mas só se você arranjar um emprego digno. – sua mão penteava meu cabelo para trás. – Me diz que só vai ficar comigo então. – estava tão fissurado nela, que era impossível de negar algo.
– Qualquer coisa, faço tudo o que for possível só para ficar contigo. – a olhei nos olhos, e os dela estavam marejados. – O que houve?
– Ninguém nunca foi capaz de lutar por mim, e você está fazendo isso agora. – uma lágrima escorreu pelo canto de seu olho. – Obrigada. – nos beijamos.

A noite estava bem agradável, o clima de outono era meu preferido. O ar ficava fresco sem estar realmente frio. Essa era minha época favorita do ano, parecia que tudo ficava mais gostoso, até que por um lado estava. As folhas secas das árvores caiam no chão, o deixando alaranjado e coberto delas. Tinha conseguido trazer de volta e agora tinha comigo, a única coisa que faltava era ter Meg sobre o meu comando. Lá estava eu, mais uma vez caminhando para chegar naquele prédio maldito. Parei na frente do portão, e depois o empurrei, me encaminhei até o elevador e subi até o vigésimo terceiro andar. Me olhei no espelho, e não me reconhecia, na verdade tinha tempos que não me sentia dessa maneira. Era como se tudo tivesse tido um novo começo. As coisas tinham mudado e eu não conseguia pensar em mais nada a não ser . Aquela mulher fez todo meu mundo mudar por completo. Tudo o que sei agora, é que tenho que protegê-la da Meg. Não vou deixar nada e nem ninguém magoá-la. Fazer tudo que ela me pede era como se fosse minha obrigação, estou completamente de quatro. Quem diria. Acho que dessa vez fui pego de jeito. Se perder ela, não sei o que sou capaz de fazer. A porta dupla se abriu. Passei pelo corredor até achegar no apartamento de minha irmã. Toquei a campainha, pois tinha devolvido a chave a ela. A porta demorou um pouco para ser atendida, mas Meg a abriu, e estava enrolada na toalha de banho.
– O que você está fazendo aqui? – perguntou assim quando me viu parado ali. – Entra logo! Está frio. – entrei e me joguei no sofá da sala. – Espero que tenha algo realmente bom para me falar.
– Tenho. – acendi um cigarro. – Vou voltar a te ajudar com seu plano infantil. – essa era a única maneira de fazer minha irmã não destruir minha família, e até quem sabe, não tentar matar . – Mas tenho meus termos.
– E quais seriam eles? – cruzou os braços e se sentou ao meu lado.
– Eu que irei decidir quando e onde vou encontrar com a . – soltei a fumaça no ar. – E você vai ficar longe da e da Kate. – propus. Dessa forma eu teria o controle da situação.
– Feito, contando que faça o que eu mandar na hora. A partir do momento que aquela vaca depender por completa de você, vai ser a hora que ela vai cair. Estamos entendidos? – concordei com a cabeça e Meg riu alto. – Ela vai ter se arrependido por ter me roubado o Peter! – pensei em rebater, mas era luta perdida fazer isso com ela. Não vou gastar meu tempo com besteiras. – Espero poder mesmo confiar em você.
– Também espero. – dei uma tragada e levantei. – Tenho que ir para casa. Qualquer coisa me liga. – apaguei o cigarro jogando dentro de uma taça de vinho.

Fine


N/A: Essa fic eu tenho que dedicar a algumas pessoas que foram fundamentais para que ela chegasse até o final. Fiquei com um bloqueio ferrado e com TA3 parada por meses, tipo assim, desde fevereiro. Até que surgiu um anjo chamado Sabrina Gomes que me guiou até outro anjo, ou melhor, anja, Jessica Franciele, diva, muito obrigada por ter me ajudado com o final, eu não sei o que teria sido sem sua ajuda para quebrar essa árvore. Serio gente, essa menina me ajudou a remover uma árvore gigante para que eu passasse com minha Brasília (Jipe) amarela. Outras duas que me ajudaram e apoiaram com o começo dessa fic foram; Carla Behrmann, na qual fiz ela ler as partes anteriores, essa menina foi meu selinho de qualidade, eu não podia escrever uma linha que mandava para ela, até chegar e agarrar na parte final. E Juliana Buhatem, que já tinha lido desde o começo, e quase me enforcava para escrever mais, sempre dando sua opinião do que ficaria legal ou não de acontecer. Enfim, finalmente consegui terminar! Um salve para a Benny linda também, que topou betar a fic na ultima hora. E mais dois salves para as Helpers Carolsh e Vanvis que me deram uma mão com o POV’s masculino, no qual sou um fracasso. E um valeu para a Nanda pelo apoio. Muito obrigada a todas ajudaram Tarados Anônimos 3 a ser postada. E também a todas que leram desde o começo, para as que chegaram no meio do caminho e agora. Sem dúvida todas vocês são especiais. E para quem já quer saber se vai ter mais uma parte, vou falar agora: Sim, vai ter Tarados Anônimos 4 finale! Mas ainda não comecei a escrever, só tenho em mente tudo o que vai acontecer nela. É isso, aos trancos e barrancos, finalmente consegui, caralho! Já estava agoniada com essa fic que não saia nunca. Vocês são minhas gatinhas lindas! Amo muito todas. Estão guardadas dentro do meu coração. E ai, agora quero saber o que acharam. Comente tudo! Vale até me ameaçar por ter feito o que fiz nessa parte, eu deixo. HAHA’ Vale mencionar também as músicas que me inspiraram para escrever? Então, a grande Blondie chegou arrasando me dando inspiração para começar, com a música One Way Or Another! Sim, eu vou te pegar! Logo depois a Taylor Swift com seu jeitinho meigo me ajudou com sua canção I Knew You Were Trouble. E por fim, o Ryan Star chegou abalando tudo com Impossible, inclusive escrevi a cena hot escutando ela no repeat! É isso ai, vou deixar vocês com essa n/a recheada de dedicatórias. Beijos!

CONTATOS
Grupo no Facebook
Twitter
Tumblr
Ask.fm


Qualquer erro nessa fanfic, seja de gramática/script/HTML, mande um e-mail diretamente para mim. Não use a caixinha de comentários.

comments powered by Disqus