Escrita por: Betiza
Betada por: Vivian Rezende




CAPÍTULOS: [Prólogo] [1] [2] [3] [4] [5] [6]



Prólogo


Meu nome é Louis Tomlinson e eu faço parte do time de futebol da Boarding Schools, que eu estudo também, claro! Sou o capitão do time e adoro esse título. Se eu sou popular? Dizem por ai que sim, mas eu não dou a mínima para esse título de “capitão bonitão do time de futebol”, muito pelo contrário, eu faço questão de não parecer popular, o contrário de meus amigos, que adoram aparecer.
Aquela ali, mais no cantinho escorada no armário abraçando um caderno contra o peito, é Payne. Inteligente, bonita, legal, bonita, um pouco fechada, mas bonita, difícil de dialogar às vezes, porém muito bonita, teimosa também, mas bonita na mesma intensidade, ela é alérgica a pimenta e a camarão, e ela é muito bonita, e outro detalhe importante, ninguém tem a boca como a dela, de verdade! Eu sou completamente apaixonado pela boca dessa garota!
Estudamos juntos desde o 1º ano, permaneci na chamada friendzone até a nossa primeira festa de formatura, foi ai que a minha vida mudou completamente, da água para o vinho. Já disse a vocês o quanto ela é bonita?

1º Capítulo


Can't ever get it right no matter how hard I try, and I've tried...


Já era a terceira vez na semana que ela passava o intervalo com ele... Que diabos eu havia feito? Tudo bem, tudo bem! Não posso cobrar nada dela, afinal não temos um relacionamento, não temos um rótulo e ela não me deve fidelidade alguma, assim como eu não devo a ela. Mas caramba! Eu dificilmente ficava com outra garota desde que começamos a nos envolver, e ela... Bom ela, ficava hora comigo, hora com ele e sinceramente? Eu não fazia ideia do porque ela ainda insistia em Josh, eles namoraram durante um ano ou um ano e meio não sei, e terminaram de repente, deixando a escola toda sem entender. Como eu era o “amigão” o “carinha mais gente boa que ela conhecia” foi no meu ombro que ela chorou, e foi ai que sei lá como eu me apaixonei perdidamente, e ela não. Quando demos nosso primeiro beijo na formatura, nós tínhamos dezessete anos, e eu não me sentia preparado para dizer á ela que a queria como minha namorada, afinal de contas ela havia saído de um relacionamento a pouco tempo, e a própria havia me dito dias antes que não estava preparada para ter um novo relacionamento. Mas eu sempre demonstrei meu interesse de ser algo mais do que o melhor amigo que ela ficava de vez em quando (lê-se de vez em sempre), e ela sempre se esquivando, sempre fugindo de mim quando eu dava a entender que queria namorar.
Sentei-me ao lado dos garotos na nossa habitual mesa, “a mesa dos populares” como o resto dos alunos havia apelidado e era engraçado como ninguém se atrevia a sentar-se lá caso nenhum de nós ainda estivesse na mesa, era como se todos tivesse medo da nossa reação, e isso era estranho.
- de novo com o Josh? – Liam me questionou lançando um olhar em direção á irmã.
Sim, era irmã de um dos meus melhores amigos, não disse isso á vocês antes? Perdão.
Balancei a cabeça que sim remexendo com a colher a comida á minha frente.
- Vou lá buscá-la! – Liam se levantou e eu segurei o braço dele.
- Por favor, Liam! Sua irmã já tem idade o suficiente para decidir com quem ficar durante o intervalo! Já devia ter se acostumado com a indecisão dela! Hora conosco, hora com ele!
- Sem contar que as amigas dela, são todas amigas dele! Já pararam para pensar que ela pode ficar lá às vezes, por causa das amigas e não por causa do Josh? – Zayn ergueu uma sobrancelha.
Fiquei pensativo por alguns instantes, assim como o resto dos garotos, eu acho. Fazia sentido o que Zayn havia dito, e eu cego de ciúmes jamais havia pensado nessa possibilidade.
Na sala de aula depois do intervalo, ela se sentou na minha frente, como sempre foi desde que estudamos juntos. Com o corpo virado para o lado ela me encarou, eu sabia que ela estava me olhando, eu sentia minha pele queimar quando ela me olhava, mesmo com a cabeça baixa terminando a lição antes da professora chegar.
- Você nunca faz as lições.
Eu ergui a cabeça e meu olhar encontrou o dela.
- Preciso de notas, faltam duas semanas para o ano acabar, e eu preciso ser aceito em alguma faculdade, ou meu padrasto me mata!
- Você preocupado com isso? Está falando sério? Que bicho te mordeu Louis? Está com febre? – ela botou a mão na minha testa e eu soltei um risinho abafado.
- Estou completamente normal! Sempre que chega final de ano eu começo a correr atrás do prejuízo! Aliás, metade da sala faz isso !
- Menos eu! – ela jogou os cabelos fazendo com que as pontas de seus cabelos batessem de leve no meu rosto e nós soltamos uma gargalhada – Desculpe, não era a intenção fazer pegar em você!
Senti suas mãos geladas tocarem meu rosto, num gesto de carinho e eu fechei meus olhos.
- Andei pensando na gente .
A frase saiu da minha boca num impulso e ela tirou as mãos do meu rosto.
- Saudades de mim?
Eu soltei um suspiro demorado, porque ela nunca conseguia me levar a sério?
- Eu to falando sério Payne!
- Não começa Louis! Por favor, vamos viver um dia de cada vez! Hum?
O professor de álgebra entrou na sala, fazendo com que ela virasse o corpo para frente.

2º Capítulo


Well, I put up a good fight, but your words cut like knives, and I'm tired! As you break my heart again this time.


Uma semana depois daquele pequeno desentendimento ocorrido na sala de aula, ela falou pouco comigo, mas também não a vi com Josh. Ouvi boatos de que ele estava doente, e por isso não estava indo a escola. Ela passava os intervalos com as amigas desde então.
- Horário vago correto? Ainda não arrumaram uma substituta?
Ergui minha cabeça e a encontrei frente a mim com os braços cruzados acima dos seios.
- Isso mesmo! Eu acho que eles nem vão arrumar outra em tão pouco tempo!
- Como vão fazer com as nossas notas? Vão deixar todo mundo de recuperação?
- Não, acho que não! Eles darão um jeito relaxa!
- Não vai lá para baixo com os outros? – ela mordeu o lábio ao perguntar e eu sabia o que aquilo significava.
- Eu deveria? – entrei no jogo dela.
Ela balançou a cabeça que não e entrou na sala, que agora só tinha ela. Eu sabia o que ela queria, e eu queria o mesmo.
Adentrei a sala vazia, a não ser por ela em pé me olhando, e eu caminhei na direção onde ela estava, enquanto ela se escorava na parede a cada passo que eu dava.
Estávamos frente a frente e eu passei meus braços em sua cintura a aproximando de mim.
- Porque você ficou tanto tempo sem me procurar?
Ela permaneceu em silêncio apenas me olhando.
- Eu sinto sua falta quando está longe ! – fechei meus olhos.
Senti-a encostar a testa na minha e soltar um longo suspiro enquanto passava os braços ao redor do meu pescoço. Eu apertei sua cintura e senti os lábios dela encostarem-se aos meus e eu a beijei, e senti sua língua invadir minha boca e me levar ao paraíso em menos de cinco segundos. Eu a apertava mais em mim conforme a intensidade do beijo ia aumentando. Até que ouvimos vozes vindas do corredor e nos separamos rapidamente, porque o pessoal já começava a voltar para sala.
- Que tal a gente assistir um filme hoje lá em casa? Faz tanto tempo que você não vai lá!
Ela abaixou a cabeça e levantou rapidamente ajeitando a franja. Notei também que ela abriu e fechou a boca algumas vezes antes de responder:
- Tenho um compromisso agora à tarde!
- Ah, um compromisso! Sei! Alguma coisa com o Liam? – perguntei casualmente sem querer demonstrar muito interesse.
- Não! Não é com o Liam! E nem é com as meninas! – ela me encarou esperando minha reação.
- Josh! – eu balancei a cabeça negativamente.
- Eu não ia imaginar que você ia me fazer um convite hoje também! Desculpe-me Lou!
- Sabe, costumávamos ser amigos também!
- E às vezes acho que é o que nós deveríamos voltar a ser!
- Então nós não somos mais amigos?
Ela ficou em silêncio, e eu também, esperando uma resposta.
- Você não tem que agir assim comigo Louis! E você sabe disso! Eu fico no teu pé te cobrando as coisas? Cobrando-te atenção e carinho, o tempo todo? Esqueceu-se que ninguém além dos seus amigos e as minhas amigas, e o meu irmão claro, sabem da gente?
- Você não disse ao Josh?
- Qual a necessidade? – ela botou as mãos na cintura, um sinal de que ela estava começando a ficar impaciente – Não vou discutir isso com você! Você não é meu pai, você não é o Liam, e muito menos meu namorado! Deixe-me viver Louis, assim como eu deixo você!
Ela saiu da sala com a mochila já nas costas e eu não pude contra atacar. Eu estava cansado! Definitivamente era o que me definia agora, estava cansado mentalmente, de tentar e sempre ser em vão.
Botei minha mochila nas costas e caminhei para fora da sala, e Liam estava na porta da sala dele me esperando.
- O que aconteceu com você e a ? Ela passou aqui nervosa! Brigaram?
- Adivinha? – eu ergui meus braços para cima – Tua irmã é impossível! Ela é louca!
Liam balançou a cabeça negativamente, e bateu as mãos nas calças.
- Eu não entendo vocês dois! Os dois são loucos! Vocês não se decidem! E ficam ai, brigando, se amando, brigando, se amando! – ele movia os braços de um lado para o outro enquanto falava.
- Eu a amo, Liam! Mas já ela eu não posso dizer o mesmo!
- E como você tem tanta certeza? – ele cruzou os braços acima do peito – Já conversaram abertamente sobre isso? Conversaram de verdade, não esse negócios de indiretas e blá blá que você faz! Eu falo de sentar e dizer a verdade! Lá no fundo do peito Louis!
- Tem como conversar com a sua irmã? Diz-me? Você a conhece quase tão melhor que eu!
- Faz ela te ouvir! Sei lá, a tranca numa sala e fala tudo! Não sei! Vocês não podem mais continuar assim, estão se machucando!
Eu permaneci calado durante um tempo até que senti a mão dele em meu ombro.
- Torço por vocês cara! Sempre torci!
- Eu sei disso Payne! Valeu! – dei alguns tapinhas em suas costas – Vou para casa, preciso esfriar minha cabeça, e juntar os pedaços do coração que mais uma vez a sua irmã quebrou!
- Que gay isso! – nos olhamos e começamos a gargalhar.

3º Capítulo


Well, you're the charming type! That little twinkle in your eye gets me every time.


Dez horas da noite, eu estava morrendo de fome. Minha mãe não estava em casa como sempre, porque ela trabalhava até a meia noite e eu estava com muita preguiça de cozinhar algo para comer, então resolvi sair e ir até alguma padaria ou supermercado para comprar alguma coisa. Caminhava mexendo no celular quando ouvi a voz de chamar meu nome, eu parei de andar e achei que estivesse delirando, eu estava próximo a casa dela, mas sem chances de ela estar por ali, provavelmente ainda estaria na casa do Josh. Continuei a andar, mas ouvi novamente a voz dela atrás de mim, e me virei. Lá estava ela, de calça jeans e uma camiseta de time de basquete, que era de Liam. Os olhos, o brilho que ela tinha nos olhos era diferente todas as vezes que nos víamos, e ele me confundia.
- Onde você está indo?
- Eu, estou indo ao mercado, por quê?
- Eu também estou indo! Posso te acompanhar?
Eu hesitei um pouco antes de responder, e ela percebeu... Mas aqueles olhos e aquela boca não me deixavam dizer não.
- Se não quiser, tudo bem! – ela se aproximou e cortou a distância entre nossos corpos – Eu vou entender!
Senti o hálito quente da boca dela sair e preencher minhas narinas, as mãos dela agora estavam sobre meu peito, e a boca dela se entreabriu. Eu a beijei, a beijei como jamais havia a beijado antes. Eu tinha um misto de raiva, desejo, frustração, carinho, e amor e acho que de certa forma eu expus isso durante o beijo, eu a apertava em mim com uma das minhas mãos, e a outra estava embrenhada nos cabelos pretos dela, e eu puxava-os hora ou outra com força, enquanto ela arranhava de leve os meus braços com as unhas. Depois de algum tempo nos beijando, ela se soltou de mim em busca de ar.
Abri e fechei a boca várias vezes buscando o que falar depois daquilo, ela tinha as mãos nos lábios vermelhos e inchados e me olhava com surpresa.
- Você – ela pausou a frase – bom, nós, - ela pausou novamente – Nós nunca nos beijamos assim Louis!
Nós dois gargalhamos, creio eu que de nervosismo, e também porque não sabíamos o que dizer um ao outro, então ela segurou minha mão:
- Vamos ao mercado! Sei que você deve estar morrendo de preguiça de cozinhar então resolveu fazer um sanduíche, acertei?
Fiz que sim com a cabeça, era incrível como ela conhecia cada gesto, cada ação minha.

4º Capítulo


And well there must have been a time I was the reason for that smile, so keep in mind as you take whats left of you and I!


Uma semana se passou desde o nosso beijo no caminho para o mercado, e ela passava um dia comigo, outro dia com o Josh, e amanhã era o dia do tão sonhado baile de formatura do fim do ensino médio. Eu iria com , sempre fora assim desde que ela terminou com Josh. Eu achei que ia encontrar uma feliz, e ansiosa por causa do baile, mas ela estava calada e cabisbaixa.
- Não vamos passar o intervalo juntos hoje?
Segurei-a pelo pulso quando ela se levantou para sair da sala quando o sinal bateu. Hoje ela estava incrivelmente linda com os cabelos presos e sem nenhuma maquiagem no rosto.
Ouvi-a suspirar e soltar seu pulso de minha mão.
- Hoje vou passar lá na biblioteca, é mais silencioso. Precisamos conversar mais tarde! - Sobre?
- Na saída, me espere no portão principal da escola, e lá a gente conversa Louis!
E ela saiu me deixando confuso mais uma vez! Ela era boa nisso!
Quando saí da sala, avistei e Josh entrando na biblioteca. Senti minhas pernas bambearem e um ódio descomunal invadir meu ser. E ela estava sorrindo, não estava cabisbaixa como estava comigo na sala. Eu fazia-a sorrir dessa maneira, ela sempre sorria quando estava do meu lado, ao lado de Josh ela normalmente ficava mais séria, como se estivesse sempre preocupada com alguma coisa. Mas hoje pela primeira vez, a vi sorrir para ele, do mesmo jeito que sorria para mim.
Caminhei lentamente até a mesa onde os meninos estavam, mas fui interrompido por duas mãos que me seguraram pela barra da camiseta. Eu parei e me virei dando de cara com Renata. Bom, a Renata vivia no meu pé, desde o segundo ano, e bom eu sabia que ela tinha uma pequena obsessão em ficar comigo. Ela não era feia, muito pelo contrário, ela tinha o rosto pequeno, os traços delicados e estava sempre com um sorriso no rosto, mesmo quando eu a dava um “fora”, mas ela era legal, ela era a fim de mim, mas não ficava dando em cima de mim o tempo todo. E ela não parecia ser fútil como quase todas as garotas que davam em cima de mim, ou dos garotos!
- Espero que saiba que eu não tenho um par para o baile de hoje à noite, e que caso a lhe dê um pé na bunda esta noite, estou disponível!
Ok, essa era nova! Ela não costumava ser tão direta assim antigamente! Que desespero por um par! As meninas nessa época costumavam ficar assim mesmo! Todas loucas tentando arrumar alguém para não irem sozinhas. não me daria um pé na bunda, ela já pode desistir de ir ao baile comigo. Mas eu não diria isso á ela, claro, eu seria mais delicado.
- Ninguém a convidou? Duvido muito! Porque não tem companhia?
- Eu dispensei todos, porque quero ir com você! E sei lá porque diabos eu estou pressentindo que esse ano, vai dar certo! – ela subiu uma das mãos pelo meu peito até depositá-la em meu pescoço.
Virei o pescoço procurando algum sinal dos meninos, eles provavelmente veriam minha cara de desespero, e viriam me salvar. Mas ao invés de encontrar qualquer um deles, eu encontrei , parada á alguns centímetros de nós, com as mãos na cintura e com o olhar petrificado em meu rosto. Ela não ia passar o intervalo dando uns pegas no Josh na biblioteca, o que ela fazia parada ali?
Desvencilhei-me do toque de Renata e engoli seco.
- Eu infelizmente, acho que não Renata! Você sabe que é muito bonita para ir ao baile sozinha, não sabe? Deveria voltar atrás e aceitar o convite de alguém!
Ela ergueu a mão com um papel branco dobrado e depositou em minha mão.
- Vou aceitar o seu, quando me fizer mais tarde! Tem meu endereço aí!
Ela depositou um longo beijo em minha bochecha, e eu fechei os olhos.
Quando os abri novamente, vi que se aproximava de mim, com uma cara nada boa.
- Sua amiguinha deve ser bem gente boa não é?
- Porque está falando assim?
- Assim como? Só fiz um comentário!
- Um comentário? Está com ciúmes por acaso? – um sorriso vitorioso brotou nos meus lábios.
- Não! Só não gosto dela!
- O que ela te fez?
- Nada! Eu não preciso de um motivo para simplesmente não ir com a cara da pessoa! Meu santo não bateu simples! O que vocês estavam conversando?
- Nada de demais ! Bobeira! – eu coloquei as mãos para trás quando percebi que ela encarava o papel que estava em uma de minhas mãos.
- E esse papel que ela te entregou? – ela ergueu uma sobrancelha.
- Que papel? Acho que ta em branco se for o que eu to pensando, que é!
Ela passou os braços em volta da minha cintura e colocou as mãos sobre as minhas que estavam fechadas. E então nós começamos uma espécie de guerra: eu tentando esconder mais o papel entre minhas mãos e ela com os dedos afoitos tentando pega-los de dentro das minhas mãos. Ficamos assim por um bom tempo até que ela me venceu.
Ela abriu o papelzinho e leu o conteúdo, detalhe, mais de uma vez.
- Eu não li! Não sei o que está escrito ai! – levantei meus braços como um sinal de rendição.
- Vou unir o útil ao agradável então! Não vou poder ir ao baile Louis!
- Como assim? Você está me dispensando?
Ela sentiu o desespero no tom da minha voz, e riu segurando minha mão.
- Minha avó ficou muito doente, e meus pais querem viajar para lá! Não vai dar para ir! – ela torceu o lábio numa espécie de careta triste – Por favor, me perdoe! Sei que você estava esperando por esse dia, e eu também! Mas você conhece meus pais!
- Militares! Pais Militares! Você tem que ir mesmo! Tudo bem, eu entendo e a culpa não é sua sei disso! Relaxa! – lhe beijei a testa.
- Agora você está livre para poder buscar a Renatinha e ir com ela! – ela deu um sorriso fraco.
Eu a abracei com força, e senti seus braços em volta da minha cintura, ela me apertava com força de volta enquanto eu fazia carinho nos seus cabelos.
- Louis, você é muito especial para mim, e espero que saiba e nunca se esquece disso! Nunca se esqueça da gente! E de tudo o que a gente viveu! Promete? – ela levantou o rosto e me olhou nos olhos.
- Porque está dizendo isto? – eu segurei o rosto dela entre as mãos – Não tem jeito! Nem que eu queira você não sai de mim! E isso que a gente tem, é precioso demais para mim !
- Só me promete?
- Prometer o que exatamente? Eu não entendi!
- Promete que a gente sempre vai estar um do lado do outro, seja como amigo, ou seja, como sei lá o que! Só promete não me abandonar, não me deixar, não importa o que aconteça!
- Eu prometo! – lhe beijei a testa novamente e senti ela me abraçar ainda mais forte.
“Há algo estranho nessa conversa.” Pensei.

5º Capítulo


Tell me I'm a screwed up mess, that I never listen, listen! Tell me you don't want my kiss, that you need your distance, distance...


Eu estava lá, largado na cama, com uns quatro pacotes de salgadinho cheetos abertos, e uma cerveja na mão, assistindo á maratona de 24 horas que passava na TV, e pensando em como seria bom se nós dois estivéssemos no baile, pelo menos lá ela seria só minha! Estava absorto em inúmeros pensamentos quando ouvi meu celular tocar na mesa de canto do quarto. Pulei da cama e corri até o mesmo, vendo o número de Liam no visor. Será que havia acontecido algo na viagem? Algo com ? Com a família, sei lá?
- Fala Liam!
- Cadê você cara?
- Na minha casa ué! – eu balancei a cabeça e ri da pergunta.
- Ué! Mas a me disse que ia encontrar com você aqui no baile!
- Como assim Liam? Vocês não estão viajando? Aliás, como está sua avó?
- Minha avó? Liam, nós não temos mais avós! E que viagem? por acaso disse que íamos viajar?
Eu fiquei em silêncio tentando assimilar tudo aquilo, não poderia ser verdade!
- Sim! Ela me disse que vocês iriam viajar porque a avó havia ficado doente e por isso não iria ao baile comigo! Aliás, me disse que não iria ao baile!
Ele ficou em silêncio do outro lado da linha.
- Ela está ai?
- Está!
- Eu não deveria perguntar, porque já suspeito da resposta, mas – eu pausei – Ela está com o Josh?
- Sim Louis! Desculpe-me, mas, sim, ela está aqui com ele! Eu não acredito que ela foi capaz de fazer isso com você! Eu não tinha idéia! Sinto muito bro!
Agora foi a minha vez de ficar em silêncio, e balançar a cabeça inúmeras vezes.
- Tudo bem Liam! Ahn, eu vou desligar bro! Divirta-se!- Não pode ser ela não foi capaz de fazer isso! – eu andava de um lado para o outro no quarto enquanto abotoava minha camisa e falava sozinho.
Eu precisava ver com os meus próprios olhos se ela realmente estava lá, eu precisava descobrir porque ela havia mentido para mim.
Não sei como consegui chegar tão rápido ao local do baile, quando adentrei o lugar comecei a procurá-la entre o pessoal. Mas a primeira pessoa conhecida que avistei, foi Renata. Ela direcionou o olhar em minha direção quando as amigas dela apontaram para mim. Eu dei um sorriso de canto na direção dela, e mandei um breve aceno com a mão. Mas não pareceu ser o suficiente para ela, que começou a caminhar vindo até onde eu estava.
- Então você resolveu aparecer para ver sua namoradinha com outro?
- Aliás, Renata como você sabia sobre eu e ?
- Já flagrei vocês se beijando no laboratório!
- Porque não espalhou para o colégio?
- Imaginei que se vocês não se assumiam, era porque realmente não queriam que ninguém soubesse! – ela deu de ombros .
- Porque nunca jogou sujo para tentar nos separar?
- Não sou assim Louis! – ela revirou os olhos – Eu não amo você, não quero me casar com você! Só te acho bonito! Muito bonito! E sinto uma atração fora do comum por você, mas só atração! Eu sei que você ama a ! Fica estampado na sua testa, quando você a vê, ou quando está com ela!
Aquilo tudo realmente me surpreendeu! Ela parecia ser uma boa garota! Eu segurei a mão dela e levei até meus lábios e depositei um beijo demorado por lá, mas ela interrompeu o contato se soltando de mim.
- Ela está nos observando neste exato momento, e posso te dar um conselho? Vai lá! Vai atrás dela, não a deixe ir!Não perca o amor da sua vida assim Louis! Tente! Caso você tente muito, mas muito mesmo e realmente não tiver jeito, espero que não tenha jogado meu endereço fora! – nós gargalhamos e ela abaixou a cabeça – Vai logo!
Respirei fundo e direcionei meu olhar até onde estava, e de novo, aquele maldito brilho no olhar que ela tinha, continuava lá. Mas agora eles pareciam em chamas. Quando dei por mim Josh já a agarrava atrás dela e depositava alguns beijos no pescoço dela. Fechei meus olhos e cerrei os punhos inconscientemente. Arrependi-me instantaneamente ao abri-los novamente, os dois se beijavam agora. Eu nunca havia visto os dois juntos, não assim. Eu sabia que ela ficava com ele quando não estava comigo, mas eu jamais havia visto nada, no máximo as mãos dadas e olhe lá. E agora vê-la ali, nos braços dele, e beijando outra boca que não a minha, doeu demais. Mais do que eu poderia e conseguiria explicar agora. Durante o beijo, ela abriu os olhos e ficou me olhando, como se quisesse me dizer alguma coisa, que eu não entendia! O que ela queria afinal? Enlouquecer-me?

6º Capítulo


Tell me anything but don't you say he's what you're missing, baby! If he's the reason that you're leaving me tonight, spare me what you think and, tell me a lie...


Eu resolvi que talvez não valesse a pena esclarecer as coisas hoje, e enquanto os meninos beijavam seus respectivos pares, Niall que não tinha um par aquela noite, assim como eu, trocava uma idéia comigo sobre faculdades e profissões, quando de repente ele ficou em silêncio e abaixou a cabeça. Senti mãos tocarem meu cotovelo, e virei meu rosto na direção em que vinha o toque. Era ela, com os olhos marejados e com o penteado já bagunçado.
- Podemos conversar?
- Qual mentira vai me contar dessa vez?
Ela fechou os olhos e respirou fundo.
- Por favor, Louis! Vem comigo para um lugar mais calmo e com menos barulho! – ela começou a caminhar entre a multidão de alunos que dançava.
Ela parou no meio do caminho e olhou para trás para ver se eu a acompanhava, quando viu que não, ela ficou parada entre meio a multidão.
Olhamos-nos durante alguns segundos e eu larguei o copo que tinha na mão sobre a mesa e caminhei atrás dela.
Ficamos nos olhando durante alguns minutos, ambos em silêncio.
- E o que você tem para me dizer senhorita Payne?
- Você sabe que eu não gosto quando me chama pelo sobrenome Louis! – ela soltou mais um de seus suspiros altos – Não dificulte mais ainda as coisas para mim!
- Para você? Eu estou dificultando as coisas para você? E eu ? Em algum momento nessa história toda, você chegou a pensar em mim? Seja sincera! Diga-me alguma coisa pelo menos hoje!
Ela colocou as mãos sobre as têmporas e fechou os olhos.
- Acho melhor acabarmos por aqui!
- Acabarmos o que?
- Com isso! Com todo esse sofrimento!
- É o que você quer? É o que você acha melhor?
Ela não me respondeu, só abriu os olhos e me fitou.
Aproximei-me dela e a vi encostar-se à parede. Soltei um suspiro longo já com a boca próxima a dela. Droga!
- Ele é a razão pela qual você está me deixando hoje? É ele quem você quer?
Ela continuava em silêncio só observando-me.
- Se eu beijasse você agora, qual seria a sua reação? Você pensaria nele? Conseguiria pensar em alguma coisa, agora, aqui, só eu e você?
Ela continuava em silêncio.
- Me diga que você não quer o meu beijo! Que você precisa de distância!
- Louis! – ela pausou e direcionou o olhar á minha boca – Não é justo, não bagunce ainda mais a minha mente!
- Então me fale a verdade! Fale-me o que de verdade tem ai dentro de você!
- A gente é certo um pro outro, mas é errado para ficar junto. A gente não se merece, não combina. Mas sei lá, não parece certo ficar separado. Do mesmo jeito que parece totalmente errado ficar junto. Tem tudo para dar certo. Mas é que a gente só sabe fazer dar errado!
- A gente? quantas vezes eu tentei fazer a gente dar certo?
- Quantas Louis? Eu não sei de nenhuma!
- Como você tem coragem de dizer isso? Você fugia do assunto “sentimento” como o diabo foge da cruz!
- Quando foi que você insistiu para conversar comigo? Quando foi que você insistiu na gente? Louis me obrigasse a conversar! Trancasse-me numa sala, ou simplesmente falasse o que você sente! Ignorasse-me, ignorasse a minha impaciência, a minha insegurança! Louis, você pensou tanto nos teus sentimentos, que você sequer pensou que me conhece mais do que ninguém e que você sabe de toda a minha insegurança em relação ao amor! Eu tenho uma zona de conforto que me impede de falar sobre isso! Eu tenho um bloqueio, eu tenho medo! Mas não, os teus sentimentos são mais importantes! E de certo modo, claro que são importantes! Mas quando foi que eu soube do que você sente? Aliás, eu não sei o que você sente, do mesmo jeito que você diz não saber o que eu sinto!
Eu fechei meus olhos quando ela acabou de falar, e lembrei-me de Liam, me dizendo a mesma coisa que ela. Como eu fui estúpido!
- Quer saber o que eu sinto? Eu te amo Payne! Eu te amo desde a primeira vez que os seus lábios tocaram os meus! Aquele dia, nesse mesmo lugar que nós estamos agora, a gente se beijou pela primeira vez, lembra? – ela fez que sim com a cabeça – Desde aquele dia, eu amo você! E eu não tenho mais o que falar ! Eu amo você!
Ela fechou os olhos e deixou as lágrimas presas na garganta saírem. E eu a abracei com força, e senti os primeiros pingos de chuva cair sobre nós, mas nós não nos movemos, a chuva caía e ela continuava ali chorando nos meus braços. E ela se agarrava a mim com tanta força, que eu tive que ser mais forte do que já fui em toda a minha vida para não desabar ali com ela.
- Shh! Não chora ! Eu estou aqui agora! Não chora!
Senti meus olhos se marejarem ainda mais quando ela subiu o olhar até o meu. E mesmo com o cabelo já solto, todo molhado e a maquiagem toda borrada, ela ainda era a garota mais linda do mundo inteiro.
- Quando você vai entender que o seu lugar é aqui comigo?
- Louis... – eu a interrompi –
- Você ainda o quer? Ainda quer voltar pro Josh? Ou melhor, me diga uma mentira, diga que não me ama! Porque eu sei , eu sinto que você me ama!
- Eu te amo Louis Tomlinson, e quero você.



FIM



Nota da autora: (14/09/2014) - Sem nota.


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