The Guy Who Turned Me Down Por: Roni G. Beta: Nelloba Jones
Acordei empolgada naquela fria manhã em Londres, Caleb e eu estávamos fazendo cinco anos de namoro e eu tinha uma leve intuição de que ele finalmente faria o grande pedido. Aproveitei que ele havia saído cedo para resolver coisas do trabalho e liguei para .
- Acho que vai ser hoje, ! – disse empolgada assim que ela atendeu ao telefone.
- Hoje o quê? Tá parecendo ate que vai transar pela primeira vez! – ela riu.
- O pedido, sua tonta! – quase gritei.
- O quê? Oh my, God! Como você sabe?
- Tenho uma leve intuição. – respondi.
- A tá! Conta outra! Até parece que eu não te conheço, né? Desembucha! – ela me conhecia bem demais.
- Tudo bem... Eu vi o anel! – berrei, dando pulinhos do outro lado do telefone. – E antes de tudo, não foi minha culpa! Foi um acidente, eu estava guardando umas roupas dele e eu achei!
- Ok, né, mas finja surpresa quando ele te entregar o anel! – rimos. – Vou ter que desligar agora, o Tyler acordou, mas depois quero saber todos os detalhes!
já estava casada há quase dois anos e já tinha um filho, Tyler. Era a criança mais fofa do mundo. Acordei de meus devaneios com o celular do Caleb tocando, ele nunca desgrudava dele, achei até estranho ele ter esquecido em casa. O número era confidencial, resolvi atender para pedir para a pessoa ligar no escritório dele, já que ele havia me dito que estava indo para lá.
- Hey, amorzinho, cadê você? Já estou ficando com frio com essa lingerie, venha me esquentar. – ouvi a voz de alguma vadia dizer da maneira mais suja possível.
Sabe quando seu mundo para? Você sente um nó no estômago, sua cabeça começar a pesar e suas pernas a tremer. Você sente como se não pudesse mais respirar, como se estivesse prestes a desmaiar e não consegue pronunciar uma palavra sequer.
- Espero que o seu silêncio signifique que esteja tão excitado quando eu para terminar o que começamos. – desliguei o telefone.
Joguei-me na cama e comecei a chorar agarrada ao maldito ursinho que ele havia me dado no meu aniversário há seis anos atrás quando nos éramos apenas amigos. Como ele podia ter feito aquilo comigo? Por que dizer ‘eu te amo’ se é mentira? Pra que me enganar daquele jeito? Eram ridículas as ‘soluções’ que se passavam por minha mente. Eu estava quase me afogando em minhas próprias lágrimas.
- Hey, amorzinho, acorda. – ouvi Caleb dizer bem próximo. Eu havia sonhado tudo aquilo? Virei-me para respondê-lo. Notei que ele estava de terno.
- Já resolveu as coisas no escritório? – eu não havia sonhado!
- Já, sim, agora eu sou todo seu. – deu-me beijo na bochecha. – Se arrume porque eu preparei uma noite muito especial pra você, princesa. – quando tempo eu havia dormido? Já havia anoitecido!
Arrumei-me como se fosse a noite mais feliz da minha vida, coloquei o vestido que eu havia comprado há algumas semanas especialmente para aquele jantar. Ele era vermelho sangue, aberto nas costas e bem justo ao meu corpo. Coloquei um Louboutin preto, prendi o cabelo, deixando alguns fios soltos e passei a maquiagem mais provocante que consegui.
- Uau! – ouvi Caleb dizer.
- Tudo por você. Sem dúvida, você foi a melhor coisa que me aconteceu e eu tenho muita, mais muita sorte mesmo por ter você para mim. – queria que ele confessasse. Eu não tinha a mínima intenção de perdoá-lo, mas eu podia me divertir, não é? Abracei-lhe, beijando seus lábios e limpando a pequena marca de batom vermelho que eu mesma havia deixado.
- Vamos? – perguntei sorrindo, ele assentiu, pegando na minha mão e me guiando para fora do nosso quarto.
Estávamos indo ao Alain Ducasse at Dorchester, um dos melhores restaurantes de Londres. Eu estaria empolgada se não fosse pelos fatos. Sentamos-nos perto da janela, onde a vista era linda e era para estar tudo perfeito se eu não soubesse a verdade, claro.
Não demorou muito e lá estava o garçom trazendo uma garrafa de Perrier-Jouet. Oh, que surpresa! Caleb tirou uma caixinha azul da Tiffany’s do bolso e ajoelhou-se a minha frente, patético.
- Você, quer casar comigo? – ele parecia nervoso e pude ouvir ao fundo algumas mulheres soltando um pequeno ‘Aawn’.
- Como você consegue ser tão falso? Serio, tem curso pra isso? – soltei uma risada irônica. Ele se levantou e voltou a se sentar, com uma cara de interrogação.
- O que eu perdi? O que está acontecendo?
- Você, meu querido, me perdeu. – sorri. – Você é um filho da puta de um mentiroso! – ele finalmente entendia do que eu estava falando.
- Eu nunca menti pra você, !
- Você está transando com sei lá quem e está me dizendo que nunca mentiu para mim?
- Mas eu nunca menti. – espera aí, ele não negou?
- Como é?
- Você nunca me perguntou se eu estava transando com mais alguém, então, tecnicamente, eu não menti para você. – eu estava quase jogando os talheres na cara dele.
- Ah, verdade, tudo bem então. Eu aceito casar com você. – sorri.
- Serio?
- Não! Qual o seu problema? – me levantei, jogando o champanhe em sua cara, coisa que fez eu me arrepender no mesmo instante, já que era um ótimo champanhe.
“Péssimo dia dos namorados”, pensei comigo mesma enquanto esperava pelo manobrista com o carro. Entrei no carro e saí em busca de um bar. Ridículo, eu sei, mas fazer o quê? Nem me preocupei com o babaca que eu deixei no restaurante. Ele que pegasse um táxi e fosse para algum motel, ou para a casa da putinha dele. Estacionei o carro em frente a um bar/pub qualquer e entrei, sentando-me nos banquinhos que havia perto do balcão.
- Um Martini. – pedi sem nem olhar na cara do barman.
- Parece que alguém levou um fora. – ouvi alguém dizer.
- Não levei, não! – respondi seca para o cara que sentava ao meu lado.
- Ah, não? Hoje é dia dos namorados, você está usando um vestido de gala, que só para costar, deixa você muito sexy e está sozinha em um pub. – ele sorriu me encarando.
- Caso não tenha percebido, você também está sozinho neste pub. – voltei o olhar para a minha bebida.
- ‘Touché’ – sorri. - Meu nome é . – ele sorriu, estendendo a mão para mim.
- . – fiquei fitando-o por um momento. – Está a fim de ficar sozinho comigo em outro lugar? – acho que deixei a vadia presa em mim por muito tempo.
Ele pagou meu Martini, típico, e fomos em direção ao meu carro. Eu estava louca para transar com um desconhecido na cama que era minha e daquele traste. Ia fazer eu me sentir vingada, apesar de ser uma vingança muito simples.
- Casa maneira. – ele falou, analisando os móveis.
- É, tanto faz, mas eu não te chamei aqui para mostrar a casa. – sorri maliciosa, entornando o conteúdo da garrafa de vodka.
Puxei-o pelo colarinho de sua camisa, beijando-o com pressa. Ele respondia o beijo na mesma intensidade e procurava por uma maneira de retirar meu vestido, parti o beijo, puxando-o em direção ao quarto. Assim que me livrei daquele vestido, ele não perdeu tempo e me empurrou na parede, beijando-me desta vez com calma. Entrelacei minhas pernas em sua cintura e ele foi caminhando em direção a cama, jogou-me contra ela e deitou seu corpo por cima do meu. Depois de um sexo extremamente bom, talvez o melhor que já tive, adormeci.
Semanas se passaram desde o meu “ótimo”, se é que posso dizer assim, dia dos namorados. Não tinha notícias de e muito menos de Caleb.
Eu estava no médico esperando notícias minhas: não me sentia bem há alguns dias e resolvi fazer uns exames.
- Está tudo em perfeita ordem com você, senhorita . – o médico disse assim que entrei em seu consultório, analisando meus exames.
- Tem certeza?
- Absoluta! O bebê está ótimo e você também, esta gravidez tem tudo para não causar nenhum tipo de problema. – congelei.
- Gravidez?
Fim...?
N/A: Minha segunda fic, mas minha primeira short *----* o que vocês acharam??
Espero que tenham gostado da fic porque eu adorei escrever ela!
Leiam a minha outra fic The End - McFly - Em Andamento (+T¹) e qualquer coisa me gritem no Twitter hahaha
Bjudds galero!!
Nota de Beta: Se virem algum erro de português/script/HTML, não usem a caixinha de comentários, me avisem por aqui: nellotcher@hotmail.com