The Chance Of Our Dreams


Escrita por: Athena Aglio e Loola Costa
Betada por: Larys




CAPÍTULOS: [Prólogo] [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] [11] [12] [13] [14] [15] [16] [17] [18] [19] [20] [21] [22] [23] [24] [25] [26] [27] [28]



Prólogo


“Para mim, estar apaixonada era como a China: sabia que existia, que, sem dúvida, devia ser muito interessante e que algumas pessoas iam até lá, mas eu nunca iria. Eu passaria toda a minha vida sem nunca ir à China, mas isso não teria importância porque havia o resto do mundo para visitar. E então alguém me passou um pedaço de alguma coisa doce e, de repente, me dei conta de que eu tinha ido à China. Por assim dizer." Eu acho que estou na China...


PULLMAN, Phillip. "A Luneta Ambar".



Capítulo 1


”I wanna be a billionaire so fucking bad."

Brasil...

POV ON

Mais um dia, mais um longo dia dessa vida decepcionante. Trabalhar, estudar, estudar, trabalhar, trabalhar, estudar, estudar e, de novo, estudar. É, que vida legal.
, você quer se atrasar de novo?
– Já tô indo, mãe.
Minha rotina é a mesma desde sempre: acordar, ir pro trabalho, ir pra faculdade, voltar pra casa e dormir. E não pense que nos finais de semana eu saio, eu realmente não tenho ânimo pra sair e ver gente. Prefiro fazer um chocolate quente, sentar em frente ao PC e ficar o dia no Twitter. Ok, pode falar que preciso de vida social, eu sei. Mas eu também preciso de dinheiro, ou seja, só porque você precisa não quer dizer que você tenha.
Desci as escadas e trombei com meu irmão a caminho da cozinha, minha bolsa se abriu e caiu tudo no chão. É, , que dia maravilhoso.
– Deixa que eu te ajudo, amor. – minha mãe disse.
– Obrigada, mainha. – eu disse, fazendo sotaque nordestino.
– Deixa de ser palhaça, garota. – ela disse pegando os papéis que saíram do meu caderno e analisando-os.
– AH, , DE NOVO NÃO! – gritou minha mãe.
– O que foi que eu fiz, mãe? – perguntei sem entender.
– Você tá jogando nessa droga de mega-sena de novo? Tá gastando o pouco dinheiro que você tem nessa porcaria?
– Mãe, para, já disse que é maior. Hoje em dia só jogo por jogar e bem de vez em quando. – menti.
– Não sabia que de vez em quando era todo dia. , para com isso, jogo não é de Deus, você vai pro inferno.
– Você não entende. – eu disse indignada. – Eu ainda tenho esperanças de conhecê-lo um dia, então eu jogo porque talvez, só talvez, eu tenha sorte o suficiente.
– De novo essa estória de Ed Sheeran, filha? Meu Deus, esse homem nem imagina que você existe.
– Tô indo. – fui caminhando até a porta e a fechando atrás de mim.

Deixa eu te explicar, eu sou fã do Ed Sheeran, aquele ruivo com cara de broa que faz as músicas mais lindas do mundo, que tem o sorriso mais sincero, que... Tá, você entendeu. Mas o resto do mundo não, principalmente minha mãe. Pra que eu quero ganhar na mega? Pra sumir daqui e perseguir o Ed até o inferno, é meio desesperada né? Pois bem, quem é fã entende.
– Que cara de bunda é essa, mulher? – me assustou. – Tô te chamando há uns cinco minutos e tu não ouve.
– Adivinha?
– Mãe. Mega. Ed Sheeran?
– Acertou em cheio, linda.
– Você se irrita fácil demais, garota.
– Quero ver quando alguém falar que você não pode nunca, em hipótese alguma, sonhar em conhecer o .
– O QUÊ? NUNCA DIGA ISSO, PELO AMOR. TÁ LOUCA?
– Então...
– Você jogou essa semana? São 30 milhões.
– Joguei, mas errei um número na pressa de ir pra faculdade então, sem esperanças.
– É, então goodbye, London, dessa vez não iremos.
– Dessa vez, só dessa.
– Corre, o ônibus tá no ponto.
– ESPERA, MOTORISTA!
Corremos para pegar o ônibus e estava lotado. Que a sorte esteja com você, porque comigo não tá. Mas tudo sempre pode piorar, acredite.

– Essa professora tem que queimar no inferno. – falou na fila da lanchonete da faculdade.
– Eu também me fodi, gente, puta que pariu, minha mãe vai comer meu cu. – disse Júlia. – E eu sou virgem! Não acredito que vou perder a virgindade com a minha mãe, vocês tem ideia?
– Virgem? Só se for no buraco do nariz né, linda. – eu disse rindo.
– Vai se foder, ! – ela disse me fazendo gargalhar.
– Eu fui bem na prova, chupem, bitches!
– Você é uma idiota bem dotada, amor, não nos culpe por ter nascido com o QI menor que zero. – disse .
– Ai que lindo, amor, obrigada.
Nos sentamos e fomos comer, estávamos com muita fome.
– Sabe, meninas, se eu fosse hétero eu comia essa professora pra nos dar 10, na verdade, pra mim e pra Júlia, porque a puta da já tá bem na fita, mas como eu não sou hétero, estamos fodidos.
– Quando eu ganhar na mega, faculdade será apenas um acessório nas nossas vidinhas.
e seus sonhos impossíveis, perfeitos, porém, impossíveis.
– Tá dizendo agora, vagaba.
– Verdade. Quando minha linda ganhar vai passar o dia no twitter ou vai gastar dinheiro?
– Vou passar o dia no twitter... Mas pelo meu Iphone. – disse me gabando e eles riram, revirando os olhos.

Estava deitada na minha cama, com uma puta dor de cabeça. "Olha, essa coisa de viver não tá dando pra mim, tô cansando", pensava olhando para o teto. Meu whats apitou, era a .
“Viu os resultados de hoje?”

“Não. Já disse pra você, não deu hoje”

“Ai, grossa, não custa ver”

“Pra ficar decepcionada? Não, fofa, obrigada”

“Só tô tentando ajudar, ridícula, não precisa ficar putinha”

“Eu sei, desculpa. Vou dormir, até amanhã, no mesmo Batcanal”

“Vai lá, beijo”


Me revirei na cama a noite toda tentando dormir, mas não consegui, mais uma noite mal dormida.
Resolvi mexer no PC, nada pra fazer mesmo "e é na madrugada que o twitter bomba, vamos pra lá", pensei. Não sei o que me fez abrir aquele site, acho que o costume, talvez, mas lá estava eu vendo os resultados da mega-sena.
51 02 42 82 23 63
– Mas que caralho! – gritei e depois lembrei que já eram 02:00 da manhã, esperei minha mãe me xingar, mas o silêncio reinou no quarto.
Errei de novo e por um número, que droga. Desliguei o notebook de raiva e fui deitar. Eu jogo os mesmos números desde os 16. Sei lá, tenho fé neles e continuarei jogando os mesmos números até eu conseguir...
"Se não fosse o maldito 83, que porra!" Fechei os olhos por uns cinco minutos até que me lembrei de algo e os abri subitamente. "Caralho, eu errei os números! Que número eu coloquei no final mesmo?" Procurei furiosamente pelo papel.
– Onde tá, onde você tá, merdinha?
Joguei todo conteúdo da bolsa no chão e o encontrei de cabeça pra baixo.
– Ok, não vou me decepcionar. Se não for, vou continuar jogando e pronto, fazer o quê. – eu disse em voz alta pra confortar meu coração que batia freneticamente.
Olhei os números e lá estavam.
51 02 42 82 23 63
Eu fiquei sem reação, não conseguia me mexer, acho que envelheci 20 anos naquele pequeno momento, até que minha ficha caiu. "Eu ganhei. G-a-n-h-e-i. Ganhei 30 milhões de reais. Eu vou ver o Ed Sheeran. Eu vou conhecer o mundo. Eu tenho dinheiro pra limpar a bunda. Eu sou milionária." era tudo que eu conseguia pensar enquanto pulava pelo quarto.
– EU GANHEI, PORRA!

Capítulo 2


"Tenho certeza que não sonhava, a noite linda continuava e a voz tão doce que me falava 'O mundo pertence a nós'"

18/ 08/2014 – Diário de Viagem. “Eu tenho medo de avião, meu sonho é conhecer um cara que mora na Europa e eu tenho que pegar um avião e passar mais de 10 horas dentro dele para conhecê-lo. Eu mencionei que eu tô entrando em pânico? Eu vou morrer, eu vou morrer, me segura, Jesus. Eu tô perdendo o ar, tá ficando escuro, eu vejo as luzes no fim, elas estão me chamando. Sempre soube que o fim seria meio chato. Ai será que o Michael Jackson tá lá? E a Amy? Nossa, vou ter que perguntar se era ela que penteava o cabelo ou...”
– O que a senhorita tá escrevendo aí? – me perguntou.
– Fazendo o que você disse, escrevendo pra esquecer o meu pânico.
– Muito bem, linda, mas tenta dormir, vai se sentir melhor quando acordar. – sorri.
– Ok, vou tentar.
Guardei o caderno e fechei os olhos, a única coisa que conseguia pensar eram aquelas duas semanas, aquele caos que, por incrível que pareça, eu achei o máximo. Fui lá, peguei minha grana, briguei com minha mãe – o que já era esperado –, mas estava ali, linda, milionária e na primeira classe num avião indo pra Londres. A única coisa que me matava era não ter minha melhor amiga ali.

Flashback On
– Ela não deixa, não adianta, já tentei de todas as formas.
– Tenta de novo, cara.
Estávamos sentadas no parque, chorando, pra ser bem clara. A mãe de não a deixou viajar comigo, a melhor amiga recém milionária dela.
– Eu odeio não ter 18 anos, que porra!
– Eu também odeio isso, eu não consigo acreditar que ela não te deixa ir comigo.
– Culpa sua de ser amiga de menor de idade.
– Eu não vou. Pronto, resolvido.
– O QUÊ!? Tu tá louca, sua doente?
– Eu não posso ir sem você, é nosso sonho lembra? Você persegue o e eu o Ed.
– Para, pode parar. Eu vou estar com você sempre, aí no seu coração e no celular, não nascemos coladas, quem me dera, seria milionária agora.
– Sua idiota.
– Tá, agora vai lá e agarra o Ed e, se possível, traz o pra mim.
– Vou fazer o meu melhor.
– Ok, agora sobre eu estar no seu coração e no celular... Que tal você me dar um Iphone? Vai ser mais fácil entrar em contato com a minha pessoa.
– Nossa, ! – neguei com a cabeça e rimos.
Flashback Off

Londres...

[N/A: Coloque Every Teardrop Is a Waterfall – Coldplay para carregar]

– Chegamos, gata! – sussurrou em meu ouvido.
Acordei assustada e me olhei no reflexo do celular, levando um susto. Eu estava um bagaço.
Caminhamos para fora do avião e pegamos nossas malas, pegamos um táxi e demos o endereço do hotel, cochilamos até chegar lá.
– Chegamos, amigos. – disse o taxista, animado.
– Muito obrigada. – respondi sorridente.
Entramos no saguão do hotel e, cara, sério, de boa, nunca vi um lugar tão foda na minha humilde (não mais tão humilde) vida. Fomos ao balcão da recepção e deu nossos nomes. Logo uns caras fortes (posso dizer gostosos) estavam nos ajudando com as malas e nos levando até o quarto.
Abrimos a porta do quarto e quase tive um orgasmo emocional, vai se foder que era AQUELE o nosso “quarto”. Era enorme e tinha tudo que você possa imaginar. Tudo top de linha.
– Senhorita, , estamos nos retirando, se precisar de algo, só apertar o número 6 que dá diretamente na recepção. – disse um dos homens.
Se eu estava amando ser chamada de senhorita e ser tratada igual madame? Nossa, claro que não, por que estaria?
– Obrigada. – eu disse fechando a porta.
– Eu quero me enrolar nesses lençóis e sair pela rua afora, posso? – disse deitando na cama e cheirando o lençol.
– Se você não morrer de frio... Pode ué.
– Ai, ridícula, que tal dormirmos um pouco? Necessito.
– Positivo, querido.
Nos deitamos e pegamos no sono quase imediatamente. Nosso primeiro dia em Londres: na cama!

I’m the flight that you get on, international
First class seat on my lap girl


Ouvi meu celular tocar e levei um susto, quase caindo da cama.
– Onde estou? Ah, sim, Londres. Ed. Show. Casamento. Ok. – falei sozinha enquanto procurava o celular.

All I really need to understand is when you...
You talk dirty to me


"Cadê a porra do celular? Se for alarme eu jogo essa droga da janela, juro." Olhei a tela e vi o nome de .
– Você não disse que ligaria assim que chegasse, sua ridícula?
– Eu tive que dormir, beleza rara, eu estava morta ok?
– Tá, essa eu deixo passar. Mas e aí? Já viu o Ed? Já deu pra ele? Viu a One Direction? Agarrou o ? Comprou um shampoo e deu pra ele?
– Calma, mulher! Ainda nem saí do quarto, eu e estávamos dormindo até você me acordar. Quando eu vir qualquer um deles te ligo, ok? Agora para de surtar.
– Desculpa, tô tentando. – ela riu. – Vou indo, me mande fotos.
– Ok. – desliguei.

Corri para o banheiro, tomei um banho de rainha e saí de lá renovada. Me sentia uma delícia. Acho que ter dinheiro realmente deixa a pessoa mais bonita e confiante.
– Nossa, gata, tá com cara de “hoje eu vou pegar geral” – disse se encaminhando para o banheiro.
– Porque hoje eu tô a fim de pegar geral. – eu disse piscando. – Vamos nos arrumar e ir as compras pra poder vadiar à noite!
– Ai delícia, vamos aos bofes!

Saímos do hotel e a partir daí eu olhava tudo e todos, eu queria gravar cada pessoa, cada pequeno detalhe, eu queria gravar tudo aquilo na minha mente, é como dizem “a primeira vez a gente nunca esquece” e eu não queria esquecer. Entramos em uma loja maravilhosa, após caminharmos cerca de meia hora.
Tudo ali era com um “L” gigantesco de lindo e luxuoso. Fomos atendidos por uma moreninha linda, seu nome, filha de brasileira com irlandês, a desgraçada era linda, por que e pra quê? Não me pergunte.
– Vocês estão aqui há muito tempo? – perguntou.
– Há um dia e dezessete horas, mais precisamente. – respondi.
– Não liga, ela tá contando as horas mesmo.
– Todos contam as horas. – rimos todos juntos.
Experimentei algumas roupas e queria levar todas. "Ai e agora? Pera aí! Eu sou rica, porra, vou levar tudo!"
– Tô me sentindo naqueles filmes que as meninas vão ao shopping comprar roupas pra ir ao baile.
– Tirando a parte que você não é menina né?
– Você pegou a fita, delícia. – disse piscando. – Só falta a música.
– Isso podemos providenciar...
Peguei meu Ipod e coloquei a música.

[N/A: Coloque a música pra tocar. Obs: não está a letra toda por motivos de - preguiça da autora (cof,cof) - não ter necessidade]

I turn the music up, I got my records on
[Eu aumento o volume da música, coloco meus discos pra tocar]
I shut the world outside until the lights come on
[Fecho o mundo lá fora até as luzes aparecerem]
Maybe the streets alight, maybe the trees are gone
[Talvez as ruas se iluminem, talvez as árvores tenham sumido]
I feel my heart start beating to my favorite song
[Sinto meu coração começar a bater com minha música favorita]


Começamos a dançar sem nos importarmos com os olhares. Era nossa vez. Não podíamos deixar de nos divertir do nosso jeito. Cantávamos alto, levantando o braço.

And all the kids they dance, all the kids all night
[E todas as crianças dançam, todas as crianças a noite toda]
Until Monday morning feels another life
[Até que a manhã de segunda pareça outra vida]
I turn the music up
[Eu aumento o volume da música]
I’m on a roll this time
[Dessa vez eu vou curtir]
And heaven is in sight
[E o paraíso está à vista]

I turn the music up, I got my records on
[Eu aumento o volume da música, coloco meus discos pra tocar]
From underneath the rubble, sing a rebel song
[Debaixo dos escombros soa uma música rebelde]
Don’t want to see another generation drop
[Não quero ver outra geração desistir]
I’d rather be a comma than a full stop
[Prefiro ser uma vírgula do que um ponto final]


Nosso momento não podia ser melhor, nessa hora todos os funcionários da loja cantavam e dançavam com a gente. "Alguém grava isso, por favor? Dá um filme, cara."

As we saw this light, I swear you, emerge blinking into
[Enquanto nós vimos essa luz, eu juro, surgir piscando]
To tell me it’s alright
[Pra me dizer que vai ficar tudo bem]
As we soar walls, every siren is a symphony
[Quando voamos pelas paredes, toda sirene é uma sinfonia]
And every tear’s a waterfall
[E cada lágrima é uma cachoeira]
Is a Waterfall, Oh
[É uma cachoeira]
Is a Waterfall, Oh Oh Oh
[É uma cachoeira]
Is a, is a Waterfall
[É uma, é uma cachoeira]
Every tear
[Cada lágrima]
Is a Waterfall, Oh Oh Oh
[É uma cachoeira]

So you can hurt, hurt me bad
[Então você pode me ferir, pode me machucar]
But still I’ll raise the flag
[Mas eu ainda erguerei a bandeira]

Oh, it was a wa wa wa wa wa-aterfall
[Foi uma ca ca ca ca ca-choeira]
A wa wa wa wa wa-aterfall
[Foi uma ca ca ca ca ca-choeira]

Every tear
[Cada lágrima]
Every tear
[Cada lágrima]
Every tear is a Waterfall
[Cada lágrima é uma cachoeira]


– A gente te liga, .
– Quero ver hein.
– Prometemos. – cruzamos os dedos e beijamos em sinal de promessa.

Ela nos indicou um salão magnífico, fizemos o cabelo, as unhas, depilamos tudo (UI) e voltamos pro hotel para nos arrumarmos pra noite das meninas.

Capítulo 3


"Got one life, just live it, just live it."

POV ON

Oh no no, oh no no, she’s confident
Oh no no, oh no no, and I’m down with it
Oh no no, oh no no, she’s confident
You could tell by the way
She walks in the room


Tá, desculpa acabar com sua expectativa, mas sou obrigada a dizer, eu não estava linda. Desculpa, fazer o quê. Eu estava além, sério. Me chamem de egocêntrica, mas eu não tinha palavras suficientes pra descrever o que via no espelho.
– Ui, alguém vai se dar bem hoje! – disse amarrando os sapatos.
Ele também estava um arraso.
– Hoje Londres vai ferver!
– A já ligou? – ele perguntou.
– Já, ela disse que pega a gente aqui de carro.
– Ok ok, você falou pra ela que tem que ser a boate mais badalada daqui?
– Falei, , ela disse que era só pedir pra reservar. Eu pedi pra moça da recepção e ela reservou pra gente.
– Ai como é bom ser rica. – disse balançando as mãos. Que gay.

Brasil...

– PUTA QUE PARIU! EU NÃO ACREDITO, VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO, É SÉRIO MESMO?
ficara indignada quando sua melhor amiga, , foi pra Londres e sua mãe não deixou que ela fosse. Era o sonho de sua vida desde pequena e ela e sempre planejaram que iriam realizar esse sonho juntas. Depois de choros intermináveis, berros, dramas, greves de fome e tudo que você possa imaginar, ela viu que o jeito seria se conformar e aceitar que não seria dessa vez que ela realizaria seu tão esperado sonho. E agora estava ali, recebendo a melhor notícia de sua vida – ok, talvez não fosse a melhor notícia, mas com certeza era uma das melhores -, sua mãe e seu padrasto, diretor da Unidade de Investigação de Homicídios do FBI, resolveram ir morar juntos e adivinhem aonde? Não, não era em Londres, mas em Nova York.
– Sim, , é sério. – disse sua mãe, rindo da felicidade da filha.
– Ai, meu Deus, isso é ótimo! – disse a menina pulando como louca pelo quarto. – Quando nós vamos?
– Essa noite mesmo. Pegaremos o vôo de meia-noite, já está tudo certo.
– Ai, mãe, que ótimo! Vou ligar pra e contar.
– Ok, filha. Ah, e mais uma coisa, o Peter, filho do Josh, vai morar com a gente.
– Pra quê? O menino tem uma vida ótima com a mãe dele, ele tem mesmo que ir atrás da gente?
, olha como você fala. Você nem conhece o menino.
– Tá bom, desculpa, não falo mais. – disse a menina levantando a mão e revirando os olhos. – Mas espero que ele seja ao menos suportável.
– Arrume suas coisas sem demora, ou você fica pra trás. – a mãe disse rindo e indo em direção a porta.

Londres...

[N/A: Coloque A Little Party Never Killed Nobody – Fergie pra carregar]

POV On

Ouvi meu celular tocar e corri pra atender, pensando que era . Olhei pra tela e vi que era , lembrei que não havia ligado pra ela o dia todo. "Que amiga exemplar", me xinguei mentalmente.
– Oi, flor do dia. – eu disse, mas logo fui interrompida com gritos incompreensíveis. – ? Tá tudo bem?
– EU VOU PRA NOVA YORK! – ela praticamente berrou no meu ouvido.
– O quô? Como assim? Por quê?
– O Josh vai ter que voltar por causa do emprego, obviamente suas férias não durariam para sempre, quatro meses é demais até para o diretor – ela tagarelava coisas desnecessárias e pareceu perceber isso, finalmente chegando ao que realmente importava. – e eu e minha mãe vamos junto.
– Ai que máximo, amiga! Quando eu terminar de perseguir o Ed vou direto pra lá, juro.
– Ok, tenho que ir terminar de arrumar as coisas, te ligo quando eu chegar.
Ela desligou logo em seguida. Estava tudo dando certo demais, eu estava com medo.

Chegamos em frente à boate e era enorme. Fomos caminhando até a entrada, até que eu percebi que tinha esquecido minha carteira no carro, inteligência pura. foi comigo para abrir o carro. Quando voltamos, estava de papo com o segurança, que bicha dada. O segurança nos conduziu pra dentro enquanto eu perguntava a .
– Já estava dando mole pro cara?
– Óbvio que não, querida, ele estava perguntando se somos fãs da One Direction, eu disse que não apesar de não ter entendido a pergunta.
– Eu sou fã ok, lindo?
– Amor, há uma diferença enorme em ser fã e gostar de três músicas.
– Eu gosto de quatro. – eu disse dando língua.
– Nem vou me pronunciar, delícia. – ele disse com deboche. – Vamos curtir porque a noite é nossa!
Entramos na boate, era tudo lindo. Só gente bem vestida, naqueles saltos que só de olhar você sabe que valem uma fortuna. Nossa, nunca vi tanta gente bonita assim no mesmo recinto que eu.
– Vamos beber? – perguntou .
– Vamos. – e eu respondemos juntos.
Ela nos conduziu para o bar enquanto observávamos o fluxo de pessoas, alguns dançavam e a maioria bebia. Um cara falava ao microfone, era noite do Karaokê, começaria dali a uma hora, olha que legal.
– Ouve a música, , a que você e a costumavam dançar. Vamos lá, vamos dançar por ela. – disse ao perceber que eu fechava a cara.
– É, ela ia querer que eu dançasse.
– Vamos lá, girls, vamos arrasar.

[N/A: Coloque a música para tocar. Obs: não está a letra toda por motivos de - preguiça da autora (cof, cof) - não ter necessidade.]

Just one night, all I got (x4)
[Só uma noite, é tudo o que tenho]

I ain’t got time for you baby
[Não tenho tempo pra você babe]
Either you’re mine, or you’re not
[Ou você é meu ou não é]
Make up your mind sweet baby
[Tome uma decisão querido]
Right here, right now’s all we got
[Aqui, agora, é tudo que temos]

A little party never killed nobody
[Uma festinha nunca matou ninguém]
So we gon’ dance until we drop, drop (hmm)
[Então vamos dançar até cairmos, cairmos (hmm)]
A little party never killed nobody
[Uma festinha nunca matou ninguém]
Right here, right now’s all we got
[Aqui, agora, é tudo que temos]


Dançava como se eu ainda estivesse no Brasil, acho que foi por isso que todo mundo parou para nos olhar. As gurias de Londres não rebolavam daquele jeito, mas eu não estava nem aí, só queria me divertir e era isso que eu estava fazendo.

Skip parap-pap
[Pule parap-pap]

Islands, diamonds, trips around the world
[Ilhas, diamantes, viagens ao redor do mundo]
Don’t mean a thing if I ain’t your girl
[Não significam nada se eu não for sua garota]

A little party never killed nobody
[Uma festinha nunca matou ninguém]
So we gon’ dance until we drop, drop
[Então vamos dançar até cairmos, cairmos]
A little party never killed nobody
[Uma festinha nunca matou ninguém]
Right here, right now’s all we got
[Aqui, agora, é tudo que temos]

A little party never killed nobody
[Uma festinha nunca matou ninguém]
So we gon’ dance until we drop, drop
[Então vamos dançar até cairmos, cairmos]
A little party never killed nobody
[Uma festinha nunca matou ninguém]
Right here, right now’s all we got
[Aqui, agora, é tudo que temos]


Senti alguém colocando a mão na minha cintura por trás, nem me incomodei em olhar já que era todo mundo gato mesmo. Segurei em suas mãos e rebolei provocativamente, encostando meu corpo no seu e jogando a cabeça pra trás.

Glad that you made it, look around
[Estou contente que você chegou, olhe em volta]
You don’t see one person sitting down
[Você não vê uma pessoa sentada]
They got drinks in their hands
[Eles tem bebidas nas mãos]
And the room’s a bust
[E os quartos estão uma bagunça]
At the end of the night maybe you’ll find love
[No fim da noite talvez você encontre um amor]
Fake chit chat ‘bout the things they got
[Conversa fiada sobre as coisas que eles têm]
And my scout reputation keeping it hot girl
[E minha ridícula reputação mantém as coisas quentes, garota]
At the party of the year I’m a master plan
[Na festa do ano eu sou um plano mestre]
If you make me realize I’m your man
[Se você me fizer perceber que sou seu homem]

If the people get lost underneath the moonlight
[Se as pessoas se perderem debaixo do luar]
Hectic topic, paparazzi, hold it while I take this pic
[Assuntos agitados, paparazzis, espere enquanto eu tiro essa foto]
Speak easy, rocking the feathers I’m breezy
[Fale devagar, agitando as penas, estou calma]
Hope you can keep up boys, cause believe me, I’m a beat mean
[Espero que você possa continuar agitando garoto, porque acredite em mim, eu sou arrasadora]


Entrelacei nossos dedos e desci até o chão, ainda com nossos dedos unidos, subi colando nossos corpos novamente. O ouvi gemer baixo em meu ouvido e dizer.
– Você quer que eu te agarre aqui, é isso mesmo?
Sorri e continuei dançando de costas pra ele, se eu virasse ficaria com vergonha.
[N/A: Alguém mais se sentiu uma puta nessa parte? HAHAHA]

Just one night’s all we got (x4)
[Só uma noite, é tudo que temos]

What do you think? You rock?
[O que você pensa? Você agita?]
Are you ready?
[Você está pronto?]

A little party never killed nobody
[Uma festinha nunca matou ninguém]
So we gon’ dance until we drop, drop (let’s do all!)
[Então vamos dançar até cairmos, cairmos (vamos fazer tudo!)]
A little party never killed nobody
[Uma festinha nunca matou ninguém]
Right here, right now’s all we got
[Aqui, agora, é tudo que temos]


Senti suas mãos sumirem e achei estranho, resolvi olhar pra trás e não tinha ninguém ali. Estranho. Avistei e no bar e fui na direção deles, ouvindo o último verso da música.

A little party never killed nobody
[Uma festinha nunca matou ninguém]
So we gon’ dance until we drop, drop
[Então vamos dançar até cairmos, cairmos]
A little party never killed nobody
[Uma festinha nunca matou ninguém]


– Vocês viram o cara com quem eu estava dançando? – perguntei.
– Não deu pra ver bem o rosto, mas com certeza era gato como metade dessa população. – disse .
– Ele é maluco, isso sim. Estávamos dançando lá de boa e do nada ele some.
– Dançando não, amor, você estava fazendo pole dance no corpinho do menino.
– Eu só estava dançando. – eu disse inocentemente.
– Vou ao toalete, ladies, me esperem. – disse .
– Ok, delícia. – dissemos juntas.

[N/A: Coloque Gorilla – Bruno Mars pra carregar]

Ficamos bebendo e paquerando (não sou de ferro) os gatinhos, esperando . Ele voltou batendo palminhas igual uma bicha louca.
– Gente, vocês não sabem! Oh My God!
– O que foi, bicha? – perguntei.
– Alguns meninos da One Direction tão aqui! O Ian Somerhalder e o Cameron Dallas. Vocês têm noção? O Dougie do Mcfly, aquele ser esculpido pelos deuses, também!
– Nossa, delícia, se acalma. Você sabe, aqui as celebridades estão sempre nas baladas.
– É, mas ué, queria uma foto com os gatos, imagina!?
– Eu também queria, mas não vai rolar, então acalma essa bundinha aí. Só pago pra conhecer o Ed, somente.
– Gente, olha, vai começar o karaokê. – disse interrompendo o nosso escândalo.

Passamos os próximos trinta minutos vendo os bêbados cantarem, pelo visto isso era igual em todos os países. Já estávamos embriagados também, mas olha, aquele povo estava se superando.
– Já volto, lindas. – saiu rapidamente e não entendemos nada.
– Onde será que a bicha foi? – perguntei pra .
– Nem imagino. – ela disse franzindo a sobrancelha quando um bêbado gritou (gritou mesmo) numa música que eu nunca ouvi na vida.
– Voltei, meninas. – nos assustou. – Vocês são as próximas no karaokê.
– O QUÊ? – gritamos.
– Gente, só tem gente podre cantando e a é quase a Mariah Carey brasileira e a dança muito, então eu pensei ‘por que não?’
– Porque a gente não vai cantar na frente de todo mundo, não mesmo. – eu disse.
– Olha, querida, não é como se você fosse virar a Beyoncé, é só uma música. Solta essa diva que tem dentro de você! – disse exageradamente, abrindo os braços. Gay.
– Eu vou se você for. – disse se rendendo.
– Decide, , a música tá acabando.
– Ok, vamos.
Fomos até atrás do palco, onde o cara que selecionava as músicas e organizava estava.
– Qual a música de vocês meninas?
– Gorilla, Bruno Mars. – respondi.
– Ok, mas essa música é pra uma só, então vai e fica atrás das cortinas e espera ser chamada. – o cara disse me dando o microfone e saindo. Curto e grosso.
– Vai lá, linda. – disse beliscando minha bochecha. Vagabunda.
– Ok, linda, vou arrasar e vão perguntar se me inscrevi no X Factor. – eu disse mandando beijos.
Fui para trás do palco, nervosa.
– Dois minutos, gata. – o cara do som disse piscando pra mim. "Mereço."
Olhei pra fora através da cortina e enquanto esperava, vi meus amigos no bar, o resto do povo vidrado no palco e... PUTA QUE PARIU, os famosos que havia mencionado antes estavam na mesa em frente ao palco. Merda, agora vou ter que arrasar de verdade, imagi...
– Nossa próxima participante vai cantar Gorilla do Bruno Mars, vamos ver se ela arrasa. Palmas pra ela, gente!
As cortinas se abriram e vi todas aquelas pessoas, que merda. O cara me chamou ao centro do palco, "karaokê tem seção de perguntas agora? Me poupe."
– Qual seu nome, moça bonita? – perguntou.
. . – respondi corando.
– E pelo sotaque, a senhorita não é daqui, estou certo?
– Sou brasileira. – respondi sorrindo.
– Uma brasileira no recinto, gente! Logo notei pela beleza tropical.
– Posso cantar? – perguntei tentando calar a boca do cara.
– Ok, vai lá, menina.
Olhei pra plateia e vi que toda a mesa dos gatos estava me encarando. Constrangedor. Me lembrem de matar o mais tarde.

Ooh I got a body full of liquor with a cocaine kicker
[Ooh, Eu tenho um corpo cheio de licor com uma carreira de cocaína]
And I'm feeling like I'm thirty feet tall
[E estou me sentindo como se eu fosse nove metros mais alto]
So lay it down, lay it down
[Então relaxe, relaxe]
You got your legs up in the sky
[Você está com suas pernas pra cima no céu]
With the devil in your eyes
[Com o diabo em seus olhos]
Let me hear you say you want it all
[Me deixe ouvir você dizer que quer tudo]
Say it now, say it now
[Diga isso agora, diga isso agora]


Comecei a cantar e fui relaxando aos poucos. É, eu podia fazer aquilo, ia mostrar pra Londres que as brasileiras podem ser sexys sem serem vulgares.

Look what you doing, look what you've done
[Olhe o que você está fazendo, olhe o que você fez]
But in this jungle you can't run
[Mas nessa selva você não pode corer]
Cause what I got for you
[Porque o que eu tenho pra você]
I promise is a killer, you'll be banging on my chest
[Eu prometo, é assassin, você estará batendo no meu peito]
Bang bang, gorilla
[Bang bang gorila]

You and me baby making love like gorillas
[Você e eu querida fazendo amor como gorilas]
You and me baby making love like gorillas
[Você e eu querida fazendo amor como gorilas]

Yeah I got a fistful of your hair
[Sim, eu tenho um punhado de seu cabelo]
But you don’t look like you're scared
[Mas você não parece estar assustada]
You're just smiling telling me “daddy it's yours”
[Você está sorrindo e me dizendo “papai, isto é seu”]
'Cause you know how I like it
[Porque você sabe como eu gusto disso]
Use a dirty little lover
[Seja uma amante safada]
If the neighbors call the cops, call the sheriff, call the swat
[Se os vizinhos chamarem a polícia, chamarem o xerife, chamarem a SWAT]
We don't stop, we keep rocking
[Nós não paramos, continuamos curtindo]
While they knocking on our door
[Enquanto eles batem à nossa porta]
And you're screaming
[E você está gritando]
Give it to me baby, give it to me m-therf-cker
[Dê isso pra mim, querido. Dê isso pra mim, filho da puta]


Soltei o cabelo e tirei a jaqueta, me sentia poderosa com os olhares pra mim e eu cantava bem, modéstia a parte, então sabia que não eram críticas. Olhei pra mesa dos gatos e todos estavam sorrindo pra mim e, nossa, que sorrisos maravilhosos.

Look what you doing, look what you've done
[Olhe o que você está fazendo, olhe o que você fez]
But in this jungle you can't run
[Mas nessa selva você não pode corer]
Cause what I got for you
[Porque o que eu tenho pra você]
I promise is a killer, you'll be banging on my chest
[Eu prometo, é assassin, você estará batendo no meu peito]
Bang bang, gorilla
[Bang bang gorila]

You and me baby making love like gorillas
[Você e eu querida fazendo amor como gorillas]
You and me baby making love like gorillas
[Você e eu querida fazendo amor como gorillas]


Nessa parte da música merecia mais sensualidade, certo? Fui caminhando pelo palco em passos lentos sem tirar os olhos de um dos integrantes da 1D que eu nem imaginava o nome. Joguei o cabelo pra trás e cantei o mais sensualmente que pude. O vi sorrir pra mim. Hã?

I bet you never ever felt so good, so good
[Aposto que você nunca sentiu tão bem, tão bem]
I got your body trembling like it should, it should
[Eu faço seu corpo tremer como deveria, deveria]
You'll never be the same baby once I'm done with you
[Você nunca vai ser a mesma querida, depois que eu tiver acabado com você]

Oh you with me baby making love like gorillas
[Oh, você comigo querida, fazendo amor como gorilas]
You and me baby we'll be fucking like gorillas
[Você e eu querida, transando como gorilas]
You and me baby making love like gorillas
[Você e eu querida, fazendo amor como gorilas]


Acabei de cantar e ouvi a plateia bater palmas e logo depois ficar de pé. "Ok, obrigada, querido público". Acenei pra eles e logo corri pra sair do palco. e estavam me esperando, gritando e batendo palmas. Desagradável.
– Vocês têm ideia da vergonha que eu passei? Eu deveria afogar vocês num vaso sanitário, seus babacas imprestáveis do ca...
– Olha aqui, linda, – disse numa voz de bicha irritante. – ninguém te obrigou a cantar...
Voltamos a dançar porque, francamente, eu estava precisando.
– Não olha agora, princesa, – sussurrou em meu ouvido. – mas tem um gato com dois seguranças vindo pra cá te prender.
Olhei em volta assustada e vi um dos "meninos da " vindo em minha direção, qual o nome dele mesmo? Hmmm... , .
– Olá prazer, sou o . – ele disse me estendendo a mão.
.
– E você não é de Londres, imagino.
– Certo, detetive.
– Você fala pouco ou o problema é comigo?
– Pode escolher qualquer opção.
– Nossa! O que foi que eu fiz?
– Nada, desculpe. É que minha amiga é uma enorme fã de vocês e se eu for simpática ou encostar em um fio de cabelo, ela me esquarteja e me joga para os lobos. – ele gargalhou.
– Ok, sua amiga... É aquela ali? – ele disse apontando para , que estava ao lado de dançando com uns caras.
– Qual delas? – perguntei sorrindo.
– A de vestido. – ele respondeu meio confuso.
– Não, a sua fã número um não está aqui.
– Então isso quer dizer que você pode encostar em mim se quiser, o que os olhos não vêem...
– O coração não sente. – rimos.
Ok, não me julgue. Ela não estava ali e eu tinha que aproveitar, além do mais, se ele me desse o telefone do Ed já era meio caminho andado.
Conversamos algumas banalidades e cada vez mais eu ia caindo naquele encanto que era aquele sorriso. Agora entendia perfeitamente essas meninas loucas (vulgo ), eu morreria por aquele sorriso.
– Mas o que a senhorita veio fazer em Londres?
– Senhorita?
– VOCÊ É CASADA? – gritou.
– Ei, não grita. – respondi rindo.
– Desculpe.
– Respondendo a pergunta, não sou casada, é que senhorita é tanta educação pros meus ouvidos que estranhei.
– E o que veio fazer em Londres?
– Se eu contar você vai rir.
– Juro que não vou!
– Ok. Vim casar com o Ed Sheeran. – respondi com simplicidade.
Ele ficou paralisado alguns instantes com o rosto sem reação, depois soltou uma gargalhada tão alta que não pude fazer nada a não ser rir junto.
– O Ed? Ed Sheeran? Não acredito que perdi pro Ed!
– Perdeu o que, ? – agora era eu quem estava confusa.
– Vem, – ele disse me puxando. – você tem que contar isso pros meninos.
– Não posso, estou com meus amigos.
– Ah, ok. Bom, eu tenho que ir. A gente se vê?
– Quem sabe. – eu disse piscando o olho e saí andando em direção aos meus amigos, até que senti uma mão em minha cintura.
– Eu esqueci de dizer... Você dança muito bem. – sussurrou em meu ouvido, me fazendo ficar arrepiada.
– Obrigada. – foi tudo que consegui dizer.
Ele soltou minha cintura, olhei pra trás e o vi caminhando para a área dos famosos. Pelo jeito, Londres vai dar o que falar.

Capítulo 4



"They say I'm up and coming like I'm fucking in a elevator"

New York...

POV On

– Até que enfim chegamos, não aguentava mais ficar dentro daquele avião. – disse minha mãe assim que saímos dele.
Ela morria de medo de altura e quase não foi só por ter que andar de avião. Eu também tinha medo de altura, mas foi por um bom motivo, então tinha valido à pena. Meu sonho sempre foi (e ainda era) ir pra Londres, mas só de estar fora do Brasil eu já me sentia bem. Nada contra meu país - é um lugar extremamente lindo -, apenas não combinava comigo. E morar em Nova York não era nada mau, na verdade, era ótimo.
– Peter está nos esperando na saída do aeroporto – disse Josh.
"Então ele vai mesmo morar com a gente, não era brincadeira", pensei. Não estava reclamando nem nada, até porque eu nem conhecia o menino, só sabia que ele tinha 18 anos e morava com a mãe na Austrália e, por algum motivo, resolveu ir morar conosco.
"Nossa, esse aeroporto nunca acaba não? Já estamos andando a uma eternidade e nada de..."
, esse é o Peter. – ouvi a voz de Josh e me virei para o menino que estava encostado em um Megane prata.
Dei de cara com um par de olhos verdes, uma pele bronzeada, cabelos castanhos lisos, um sorriso “colgate” encantador e (pelo que deu pra ver através da camisa de malha fina) um corpo muito bem definido. É, pelo visto não seria tão difícil assim conviver com ele.
– Erh, prazer! – disse sorrindo envergonhada. Quanto tempo eu havia ficado o observando?
– Ah, então ela fala? – ele disse sorrindo simpático. – O prazer é meu!
Seguimos em direção ao nosso novo lar, o The New York Palace Hotel, na Madison Avenue. É, ser filha de uma renomada advogada e ter como padrasto um dos diretores do FBI tinha suas vantagens.

Não demoramos muito para chegar ao hotel, era enorme e luxuoso, um andar para cada apartamento. É, a vida não seria nada difícil. Fomos cada um para seu quarto arrumar as coisas. Quando entrei no quarto, joguei minha mala em qualquer lugar e me joguei na cama, mesmo tendo dormido o tempo inteiro no avião, estava cansada da viagem e nada como uma cama macia e deliciosa. Ouvi alguém batendo na porta.
– Posso entrar? – era Peter.
– Claro. – sorri me sentando na cama.
– Ehr, eu sei que você deve estar cansada, mas pensei que gostaria de conhecer a cidade. – ele disse sorrindo de um jeito fofo.
Eu realmente estava cansada, mas fala sério, eu estava em New York e ia perder meu primeiro dia enfurnada em um quarto? Nem pensar!
– Claro, afinal, eu não conheço muito mais do que vejo em séries e filmes. – rimos. – Vou tomar um banho e então nós vamos, pode ser?
– Claro, maninha, te espero na sala. – ele disse já saindo do quarto e eu sorri com o apelido.
Tomei um banho rápido e coloquei uma roupa simples, mas que me agradava: uma calça jeans, uma blusa de manga comprida do Mickey e um all star branco. Peguei minha bolsa e saí em direção a sala.
– Vamos? – perguntei a Peter que estava sentado (lê-se: jogado) no sofá.
– Aham. – ele sorriu e se levantou, indo em direção a porta e chamando o elevador, que logo chegou.
– Então, aonde vamos? – perguntei enquanto saíamos do hotel.
– Podemos ir à Starbucks tomar café e depois saímos pra você conhecer a cidade, o que acha?
– Ótimo. – sorri.

Andamos um pouco e logo na esquina encontramos uma Starbucks, entramos e nos sentamos em uma mesa mais ao fundo, logo uma moça veio nos atender e fizemos nossos pedidos.
Estávamos esperando quando vi quatro meninos entrando na lanchonete. Quatro meninos lindos que atraíam os olhares de algumas pessoas que estavam ali. Espera, eu conheço esses meninos. São aqueles australianos que a ama, como é o nome deles mesmo? Ah, isso, 5 Seconds of Summer, , , e . Céus, eles eram ainda mais bonitos pessoalmente. Calma aí, por que eles estavam indo na nossa direção e sorrindo?
Dude, quanto tempo! – um deles disse pra Peter.
Ah, então eles se conheciam. Se a estivesse lá ela com certeza teria um ataque naquele momento.
– Cara, vocês ficam famosos e esquecem os amigos. – ele respondeu sorrindo e abraçando o garoto, que, se eu não me engano, era o .
– Tá fazendo o que aqui em Nova York, dude? – o mais moreno deles perguntou.
– Vim morar com meu pai. – Peter respondeu dando de ombros. – E vocês?
– Dessa vez viemos pra ficar – disse o menino do cabelo rosa, , eu acho. – Bem, não exatamente, mas ficaremos aqui por três meses, um de férias e durante os outros dois faremos uma turnê pelos EUA.
– Quem é a gata? Tá de namorada nova é? – perguntou o loiro, me olhando de cima a baixo.
– Ela é gostosa, dude, parabéns! – falou e automaticamente fiquei vermelha.
Eu não sabia exatamente quem era quem, apenas o porque a não parava de falar nele. E o do cabelo rosa supus ser o tal , pois a própria vivia reclamando do tanto que ele mudava a cor do cabelo.
– Se vocês não perceberam, ela tá ouvindo. – falou o moreno e todos me olharam.
– Ah desculpe por eles, eu sou o , prazer. – o loiro sorriu e eu sorri de volta, ele logo me abraçou e todos os outros fizeram o mesmo e se apresentaram devidamente.
– Essa é a , minha nova irmã. – Peter disse e eu percebi que estava calada. Ótimo, agora eles vão pensar que eu sou idiota.
– Ehr, oi. – disse sorrindo envergonhada. Ser tímida é uma merda.
– Podemos nos sentar aqui com vocês? – perguntou.
– Claro, dude. – respondeu Peter.
– Você não é daqui, é? – perguntou e todos me olharam, me deixando com mais vergonha ainda.
– Não, sou brasileira.
– Pelo visto o que dizem das brasileiras é verdade, você é gata demais, o Peter tem sorte. – disse como se falasse do tempo e eu não sabia onde enfiar a cara de tanta vergonha.
– Cara, qual a parte de ela é minha nova irmã, você não entendeu? – rimos.

Ficamos um tempo com os meninos e eles eram incríveis, hiper fofos e engraçados. Meio idiotas também, mas, enfim. Eles estavam em uma casa na Fifth Avenue e Peter prometeu que iríamos lá qualquer dia e também os chamou para ir em nosso apartamento. Eu tinha que me lembrar de jogar aquilo na cara da mais tarde.
Depois de bastante conversa fiada, eu e Peter fomos embora. Ele me levou para conhecer alguns pontos mais importantes da cidade e eu o fiz me levar ao shopping para comprar umas coisinhas.

Londres...

POV ON

– Vocês entenderam direitinho?
Estávamos em Londres há quase duas semanas e estávamos indo para o meu primeiro show do Ed Sherran. Sim, eu estava indo! Me segurem!
– A cada dez minutos do show nós gritamos “A te ama” e a cada vinte minutos gritamos seu user do twitter. – disse revirando os olhos.
– Sem deboche ok? É o melhor dia da minha vida, não estraguem.
– Ninguém quer estragar seu dia, fica calma, linda. – disse .
estava dirigindo para a Arena 02 onde seria o show, estávamos cantando músicas do Ed para aquecer. Sério, cara, eu estava indo pro show do Ed Sheeran, dá pra acreditar? O que poderia ser melhor?

Chegamos em frente a Arena, eu já estava com os ingressos na mão, nervosa e ansiosa. Eu já disse que estava indo no show do Ed? Avistamos o cara que estava pegando os ingressos e fomos pra fila que – graças a Deus – não estava muito grande. Quando dei por mim, já era nossa vez, o cara pegou nossos ingressos e nessa hora eu já estava chorando, ele passou nossos ingressos na máquina e liberou nossa entrada. Eu estava dentro da Arena 02, onde seria o show do Ed Sheeran, eu estava prestes a ter um infarto.
Nos dirigimos aos nossos lugares, os quais – graças a minha nova situação econômica – eram perto do palco.
– Para de roer as unhas, mulher, vai ficar até sem o sabugo. – disse rindo de mim.
– Quero ver se fosse o Justin Timberlake ali.
– Eu já teria subido no palco há muito tempo e estuprado ele. – ele disse com seu típico jeito gay.
– Pois me segure, porque quando o Ed entrar no palco é isso que eu vou fazer.
– Ui, amiga, tá perigosa! – disse e nós rimos.
Se passaram 15 minutos.
Mais 10 minutos.
Não estava aguentando mais esperar, foi quando o cara entrou para anunciar o show, eu estava em estado de nervos.

It’s just another night, and I’m staring at the moon. I saw a shooting star, and thought of you.

Ouvi Ed cantando e foi aí que eu percebi que tudo o que fiz para estar ali tinha valido a pena, cada choro, cada briga com a minha mãe, cada segundo no twitter, cada centavo. Tudo o que eu fiz para estar ali ouvindo a voz dele, o vendo ali na minha frente cantando pra mim, me fez a pessoa mais feliz do mundo.

Capítulo 5


I feel... I feel a deep connection. And I think... That we might be on to something. And I know it's something special."

POV ON

Já estávamos na fila do camarim e eu estava suada e nojenta, e só conseguia pensar em como eu ia ver o Ed daquele jeito.
– Meu cabelo tá arrumado, gente? Ai meu Deus. – disse nervosa.
– Nem eu que sou a fã tô nervosa assim, se acalmem. , finge que não é gay, por favor, não me faça passar vergonha.
– E eu por acaso tô fazendo alguma coisa? – ele disse com a voz afetada. – Eu sou homem.
Foi quando os segurança abriu a porta.
– AH! – deu um grito fino e um pulo. Gay.
– Desculpem, mas o senhor Sheeran teve um compromisso urgente e teve que ir embora. – ele disse.
– O QUÊ? COMO ASSIM? EU PAGUEI! EU PAGUEI PRA VER ELE! – gritei me alterando.
– É só você passar na bilheteria e pegar seu dinheiro de volta. Com licença. – ele disse saindo. Grosso.
– EU NÃO ACREDITO. EU NÃO ACREDITO. EU NÃO ACREDITO. – eu gritava e socava a porta do camarim. – ELE NÃO PODIA TER FEITO ISSO COMIGO.
Enquanto eu socava a porta, ela de repente se abriu, revelando , levei um susto ao socá-lo.
– Ora, ora, ora, vejam quem eu encontrei aqui. – ele disse. – E pelo visto tá nervosa.
– Vai se ferrar! O que você tá fazendo aqui?
– Vim encontrar o Ed, mas ele já tinha ido embora. Uma droga né?
– É, realmente uma droga. – respondi ainda indignada.
– Se você tivesse ido no meu show, eu com certeza te atenderia no camarim.
– Espero que isso não tenha sido um convite, pois seria obrigada a recusar.
Ele se aproximou de mim, me imprensando na parede e sussurrou em meu ouvido.
– É porque você ainda não me conheceu melhor, princesa. – ele enfatizou o apelido.
Logo se virou para e , que estavam nos olhando horrorizados.
– Posso roubar a por alguns segundos? – perguntou. – Juro que não vou fazer nada que ela não queira.
– Ok, mas devolva ela inteira viu? – disse.
– Mas você nem perguntou se eu quero ir. – eu disse indignada.
– É um convite irrecusável, vamos. – ele disse, me puxando pela mão e seguindo para seu carro.

– E agora, o que você quer fazer? – perguntei.
Estávamos num parque tomando milkshake. estava com vários casacos, óculos de sol e touca para ficar irreconhecível, [N/A: não reconhecível, segundo a inteligentíssima Paola. HAHA] mas percebi alguns olhares estranhos em sua direção e ele estava ficando desconfortável.
– Podemos ir até a minha casa e jogar vídeo-game. – ele disse.
– Sei, vídeo-game, . Não, não vou.
– Ei, é sério. Eu ligo pros meninos e falo pra eles irem também. Vai me dizer que você não sabe segurar uma manete? – ele arqueou as sobrancelhas.
! – gritei e bati em seu braço, o fazendo gargalhar.
– Cara, você é muito maldosa, eu só queria saber se você sabe jogar ou não.
– Aham, tô sabendo. – disse irônica. – Mas tudo bem, não tenho nada melhor pra fazer mesmo. Anda, liga pros meninos.
– Você não confia mesmo em mim?
– Não mesmo. – respondi rindo enquanto ele me olhava indignado.

– Então essa é a famosa . – disse . – Você é brasileira né?
– Sou sim. – respondi sorrindo.
Deixa eu te explicar como são os meninos da One Direction: fofos, engraçados, meigos e, acima de tudo, gays. Eu estava adorando ficar com eles, eles são um máximo. levou uma surra de no vídeo-game e foi muito zoado pelos meninos. Comecei a rir e me levantei, indo até a cozinha para pegar mais refrigerante. “Deixe as crianças brincarem”, pensei.
– Traz refrigerante pra mim, ? – pediu.
– Pra mim também. – ouvi os outros falando juntos quando já estava na porta da cozinha.
Abri a geladeira para pegar os refrigerantes e quando fechei, levei um susto com encostado no armário ao lado da geladeira, deixando os refrigerantes caírem.
– Você me assustou, idiota.
– Calma, princesa, você anda muito assustada esses dias.
– Como se você tivesse me visto a semana inteira.
– Sabe o que eu mais gosto em você? – disse com um sorriso de lado.
– O quê? – perguntei olhando diretamente em seus olhos.
– Você tem toda essa pose de menina forte que não se deixa abalar por nenhum menino e quer saber? Eu adoro mulheres difíceis.
– Só pra deixar bem claro, , – eu disse me aproximando dele e colando nossos corpos. – eu nunca vou facilitar as coisas pra você e se alguma coisa acontecer entre a gente, vai partir de mim.
– Como eu faço pra você se soltar, princesa?
– Você vai ter que descobrir sozinho.
– Ok. – ele disse se afastando e caminhando para a porta.
Fiquei o olhando desnorteada por alguns segundos e me abaixei para pegar os refrigerantes.
Quando me levantei, estava na minha frente, pegou os refrigerantes da minha mão e os colocou no balcão.
– Teste um. – ele disse e me beijou.
Tenho certeza que vocês esperavam que eu dissesse que tentei resistir por alguns minutos e todas essas coisas, mas não, desculpe desapontá-las, mas logo coloquei meus braços ao redor de seu pescoço e aprofundei o beijo.
apertou minha cintura e me empurrou – sem cortar o beijo – até me encostar na parede. Ele passou as mãos por toda extensão das minhas costas e subiu uma delas até minha nuca, agarrando meus cabelos com força e apertando minha coxa com a outra mão. Não consegui resistir e soltei um gemido baixo, fazendo com que ele desse um sorriso vitorioso e me pressionasse ainda mais contra a parede, colando mais nossos corpos – se é que isso era possível – e pude sentir toda a extensão de seus músculos, ficando extasiada. Que cara gostoso, meu Deus!
Ele começou a beijar meu pescoço lentamente e deu uma mordida de leve, com isso eu fiquei fora de mim. Levantei sua blusa e comecei a arranhar suas costas, o fazendo gemer baixo e foi minha vez de sorrir vitoriosa. Ele me beijava fervorosamente, apertando cada parte do meu corpo.
, – eu chamei baixo, quase em forma de gemido. – eles devem estar estranhando nossa demora, vamos voltar pra sala.
– Você só pode estar brincando né? – ele disse baixo, apertando mais minha cintura e se pressionando cada vez mais em mim.
Pude sentir o volume através de sua calça e juro que se ficasse ali mais um minuto, eu não responderia pelos meus atos.
– É sério, por favor.
– Ok, vamos. – ele disse suspirando derrotado. – Só me dá mais um tempinho aqui na cozinha, por favor.
– Ok, eu vou lá avisar pros meninos que você tá precisando de gelo. – eu disse rindo e correndo em direção a porta.
– SE VOCÊ FIZER ISSO VAI TER QUE ME PAGAR DEPOIS. – o ouvi gritando quando já estava na sala.
– Pagar o quê? – perguntou inocentemente.
– Uma aposta... Nós apostamos que ele, uh... Me levaria no show do Ed e depois no camarim, mas ele disse que não pode fazer isso. – eu disse a primeira coisa que me veio a cabeça.
– Como ele não pode? Eu resolvo isso em dois minutos pra você. – disse pegando o telefone e discando, andando para a varanda da casa.
Me sentei no sofá e fiquei conversando com os meninos, voltou da cozinha com um sorrisinho maroto, sentando ao meu lado.
– Sobre o pagamento. – começou.
– Pronto, , semana que vem o Ed Sheeran é todo seu. – disse entrando novamente na sala.
– O QUÊ? – gritei.
– Isso mesmo que você ouviu, Ed vai te levar pra jantar. – ele sorriu pra mim e eu fiquei sem reação. – ? , você tá bem?
– Desculpe, eu preciso de água.
Vi correndo igual uma gazela saltitante até a cozinha e voltando com um copo d’água.
– Calma, , respira. – disse segurando minhas mãos.
– Desculpe. – repito. – É que... Eu esperei tanto e lutei tanto por isso que até parece mentira.
– Ei, você está com a One Direction, pode parar de falar de outros caras. Só pode falar da gente. – disse em tom de brincadeira.
– Ok. Estou bem. One Direction forever. – fiz o símbolo do infinito no ar e todos riram.
Olhei para o lado e percebi que não estava mais ali, onde ele havia se metido?
Levantei e fui vasculhando a casa, era enorme, dava até pra se perder lá dentro.
Abri uma porta e dei de cara com um quarto enorme, cheio de pôsteres, guitarras, palhetas, CD’s, autógrafos, tinha de tudo. estava sentado num sofá de couro vermelho, olhando para a enorme janela que tinha ali. Sentei ao seu lado e sorri, ele sorriu de volta e segurou em minhas mãos.
– Então estava me procurando, senhorita?
– Estava com saudades de te irritar. – respondi sorrindo. – O que é tudo isso?
– É onde eu deixo de ser um pouco ídolo e viro fã. As vezes as pessoas esquecem disso, eu ainda piro com músicas novas e quero ir a shows, mas nessa vida que tenho é meio complicado.
– Deve ser difícil mesmo, as pessoas consideram vocês como deuses as vezes e esquecem que vocês ainda são garotos normais querendo se divertir a noite, azarar as gatas. – rimos juntos.
– As gatas não, a gata. – sorriu pra mim e eu sorri de volta.
– Bem, considerando os fatos – eu disse apontando para o pôster do Nickelback. – temos a possibilidade de ter filhos com um excelente gosto musical, então você subiu no meu conceito, .
– Você é uma graça sabia? – ele sorriu e eu franzi a testa. – É sério, você é tão segura, não se abalou pelo fato de eu ser famoso e milionário e bem... Não me deu mole na cara dura.
– Primeiro, eu sou milionária também e segundo, você nem beija tão bem, as meninas só te dão mole pelo dinheiro mesmo. – dei de ombros teatralmente.
– Não beijo tão bem? Sério? – ele disse se aproximando sorrateiramente.
Ele me imprensou contra o sofá com seus braços, passando o nariz em minha mandíbula, fechei os olhos e quando percebi que ele tinha parado com o carinho, os abri; ele estava me olhando. Fiquei vermelha com seu olhar carnal e abaixei os olhos, ele colocou a mão em meu queixo, me fazendo olhar para cima.
– Eu ainda não consegui entender por quê, mas eu quero que você fique.
, eu tenho casa... – comecei a dizer, mas ele me silenciou com um beijo rápido.
– Se você quiser ficar aqui, tudo bem, mas não foi isso que eu quis dizer.
– E o que foi então?
– Eu quero que você fique... Na minha vida. Pra sempre.
Suas mãos seguraram meu rosto e ele me beijou docemente, até que ouvimos alguém bater na porta.
– Nós vamos pedir pizza, vocês querem? – gritou.
– Queremos! – ele gritou de volta. – Vamos, princesa? – me estendeu a mão.
– Vamos. – peguei em sua mão sem hesitar.
Eu também não sabia por quê, mas eu queria que ficasse na minha vida, pra sempre.

Capítulo 6


"No one understands the chemistry we have and it came out of nowhere isn't like we planned this."

POV ON

Acordei com uma música alta vindo de algum lugar e me lembrei que havia ficado na casa de .
, VOCÊ QUEIMOU MEUS OVOS! – ouvi gritar enquanto descia as escadas.
– Vou queimar seu bacon também se não parar de dar palpite. Me deixa cozinhar em paz!
– Vocês parecem casados. – eu disse entrando na cozinha.
– Mas nós somos, todos os cinco. – disse.
– Bichas. – eu disse fingindo um espirro.
, teu projetinho de mulher tá aqui insultando teus homens, bota ela na rua. – disse com voz afetada.
– Deixem ela, daqui a pouco ela vai pensar que está numa casa cheia de bichas histéricas.
– Gatinho, eu não acho, eu tenho certeza!
Todos tiraram seus chinelos e jogaram em minha direção enquanto eu corria para o quarto, rindo.
Olhei para meu celular e vi que tinham quatro chamadas perdidas de . Que amiga lixo eu era, passei a noite com a One Direction e nem tinha jogado na cara dela ainda, como assim? Disquei o número, que saudade eu estava da minha panda. Como será que está a ensolarada Nova York?

New York...

POV ON

Estava deitada. De novo. É, de novo. Era assim que eu estava passando minhas belíssimas tardes, pra não falar as manhãs e noites na minha primeira semana. Sim, New York é uma merda quando não se tem amigos pra compartilhar nada. Olhei para o celular e nada, a vagabunda da tinha me deixado na mão de novo. Safada. Queria saber como foi o show do Ed – se ela tinha conseguido apertar os glúteos dele, pra ser exata – e tudo que tinha conseguido foi “Deixe seu recado”.
Me levantei e fui até o banheiro. Eu devia aceitar o convite do meu gatíssimo irmãozinho e sair com ele e seus amigos, mas não tinha coragem. Não me leve a mal, não tenho medo de homens bonitos, mas sim do que senti quando olhei nos olhos do tal . Cara, foi magnetismo puro. Balancei a cabeça. "Chega. É só um menino – lindo, por sinal. Foco, . Londres. ."

Do you remember summer ’09. Wanna go back there every night.

Ouvi meu celular tocar e corri para o quarto, olhei a tela. Era , "até que enfim!"
– Oi, gata, me ligou?
– Te liguei? Te liguei? Eu praticamente congestionei a linha continental tentando falar com você...
– Vamos com calma. – ela disse me cortando. – Desculpa, mas eu estava muito ocupada jogando vídeo-game com a One Direction e esqueci.
– VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO! – gritei.
– E eu por acaso minto pra você?
– Você tá aí há três semanas e já tá agarrando meus meninos? EU VOU TE ESFOLAR!
– Não tô agarrando seus meninos nada. Quer dizer, só agarrei o , um pouco.
? ? Ok, você está oficialmente morta.
– Ei, eu sou sua panda lembra? Não mereço morrer.
– Dessa vez passa, dona , mas se você ousar chegar perto do , ou do , eu juro que...
– Calminha aí, linda, eu não vou fazer nada com eles. Mas e o gostoso do seu meio-irmão, como vai?
– Não fala assim do meu irmão, família é coisa sagrada.
– Fala logo, honey!
– Ele tá gato, óbvio, e os amigos dele também.
– E o tal , algum progresso? Já beijou? Ele tem pegada?
– Olha, problema seu se você é safada porque eu...
– Ai para, amiga. – ela me cortou pela terceira vez. – Você não terá essa chance pra sempre, para de ser santinha e recatada uma vez ok? Viva um pouco. Vai sair com seu irmão gostoso e dá uns pegas nos amigos dele. Se não for por você, será que você pode fazer isso por mim?
– Tá ok, vou tentar.
– Tentar nada. Senão não irei aí te sequestrar pra você casar com o . Quero diversão ok?
– Vou me divertir, mãe. – revirei os olhos mesmo que ela não pudesse ver.
– Se deixa levar, quem sabe onde você vai parar. Fica bem, te amo, pandinha.
I love you too. – eu disse desligando.
Por isso eu sentia tanta falta dessa praga, ela sempre sabia o que dizer. Eu tinha a leve sensação de não ter falado o que eu realmente pretendia, mas como não era a primeira vez que isso acontecia, achei que fosse coisa da minha cabeça e deixei pra lá.
– E aí, maninha. – Peter apareceu na porta do meu quarto. – Pronta pra sair com seu lindo irmão?
– Lindo e humilde não é mesmo? – rimos. – Claro, vamos.
Estava pronta para ver até onde New York poderia me levar.

– Peter, por favor, eu preciso de um milkshake.
Tínhamos acabado de sair do shopping e ele estava me levando pra casa, pra depois encontrar seus amigos.
, eu tô atrasado.
– Por favor, por favorzinho. – fiz bico.
– Ok vamos, mas você vai pra casa dos meninos comigo depois.
– Tá, se você me prometer que eles não são estupradores assassinos. – fiz drama e ele riu.
– Relaxa, ninguém vai mexer com a minha irmãzinha. – ele piscou, me fazendo sorrir.

Milkshakes comprados e quinze minutos depois estávamos na casa dos meninos da 5SOS. Nervosa? Eu? Por que estaria? Era uma mulher forte, segura, cheia de princípios, qualidades de dar invej...
, você tá pálida por quê? – Peter perguntou quando abriu a porta do carro pra mim.
– Eu tô... bem... Nada... demais. – respondi arrastado. Segura, sei.
– Você tá gelada. Tem certeza que tá bem?
– Tenho, irmãozinho, vamos antes que eu mude de ideia.
– Ok.
Nos encaminhamos para a porta da casa e Peter já foi abrindo a porta sem cerimônias. Educação pra quê?
– Fala, viado! – gritou do sofá.
– Temos moças presentes, mate, lembra da minha irmã?
– O quê? Aquela gata tá aí? – gritou da cozinha, me arrancando um sorriso. – Dude, eu nem tomei banho ainda. – terminou me fazendo rir alto dessa vez.
– Oi, irmã do Peter. – disse se aproximando e me dando um abraço. Cheiroso.
– Oi. – respondi sem graça.
– Cadê o , caras? – Peter perguntou e eu estremeci.
– Tá com a Karen, dude. – e eu não entendi porque fiquei desapontada. Ele tinha namorada, legal.
– Você trouxe as coisas? – surgiu da cozinha com um avental lilás, me fazendo rir. – Linda, você tá rindo agora, mas quando provar minhas pizzas vai pedir bis.
– Vai pedir bis porque elas já vem prontas, . – revirou os olhos.
– Por que vocês simplesmente não ligam e pedem pizza?
– Mais uma mulher sensata no mundo, obrigado Senhor! – gritou e e Peter se ajoelharam no chão, fingindo orar. Estranhos.
– Vocês ainda não me explicaram por quê. – eu disse.
– Porque acha que está no Top Chef, aquele programa de TV, – me explicou quando fiz uma expressão confusa. – aí ele nos obriga a comprar pizzas prontas e acha que é um chef.
– Nunca duvide de meus dotes culinários. – disse com a voz afetada.
– Já está assustando a menina com seus ataques gays, ? – surgiu uma voz na sala e me virei para olhar e quem era? Sim, Papai Noel. Mentira. Era o e ele estava lindo. DEMAIS. Aquele cabelo, aqueles olhos... Foco. Ok, desculpa.
– Oi, irmã do Peter. – ele disse baixo e me abraçou. E naquele momento eu esqueci como respirava.
– Vamos jogar ou não? – perguntou do sofá.
– Vamos, vamos. – disseram juntos.
Ok, agora você me pergunta por que demorei tanto pra aceitar os convites de Peter, eu também queria saber. Aqueles meninos eram o máximo. Babacas, mas o máximo.
– E a Karen, dude? Como ela tá? – Peter perguntou para de repente. Traíra.
– Eu a deixei na casa do pai dela, ela estava carente hoje, mas dei tanto beijo nela que com certeza ela enjoou de mim e não vai querer vir aqui em casa a semana toda.
Ok, era desagradável ele ficar contando aquelas coisas pra mim, digo, pros meninos. Me levantei, por algum motivo aquela conversa me incomodava mais do que eu gostaria.
– Onde vai, irmãzinha? – perguntou . Um amor.
– Tomar um ar, o cheiro do tá começando a me incomodar. – fui rindo para a varanda.
– Ela tá brincando certo? – ouvi perguntar e todos riram.

Encostei na grade e fiquei olhando o fluxo de veículos, mas não realmente os via. O que estava acontecendo comigo? Eu nem o conhecia, ele nem fazia meu tipo. Playboys são babacas. "Eu quero Londres, quero minha amiga de volta".
– Eu quero ir pra casa. – disse baixinho.
– Por quê? Não gostou da minha? – levei um susto e olhei pro lado, estava encostado na grade.
– Eu amei, , não é por isso que quero voltar e não é especificamente pra minha casa.
– Londres, tô sabendo.
– É, minha amiga tá vivendo nosso sonho, nossa chance e eu aqui. – suspirei.
– Você só não está vivendo seu sonho porque não quer. – na verdade, era porque minha mãe não deixava, mas tudo bem. – Já ouviu falar que suas chances é você quem faz?
– Ok, você anda conversando com a . – ri.
– Quem? – perguntou confuso.
– Minha amiga. – respondi como se fosse óbvio.
– Não tinha como eu adivinhar, não tenho bola de cristal. – ele deu de ombros.
– Ok, vocês precisam se casar imediatamente. – rimos.
– Sua palhaça. – ele disse me abraçando e logo depois segurando minhas mãos. – Já que eu pareço tanto com sua amiga, finja que sou ela. Sem maquiagem e todas aquelas palhaçadas, claro.
– Obrigada, . – eu disse sorrindo.
– De nada irmãzinha.
– Vamos entrar, tá frio. – eu disse o puxando pela mão.
?
– Sim?
– Karen é a meia-irmã do , ela tem sete anos e mora com o pai dela.
Fiquei vermelha e sem saber o que falar.
– Não precisa dizer nada, só achei que você deveria saber. – ele disse apertando minha bochecha e indo pra sala.
Como ele descobriu? Eu não fazia ideia, só sabia que New York poderia arrasar. “Que as chances estejam ao meu favor”, foi meu último pensamento antes de entrar na sala novamente.

Capítulo 7


"I messed up this time, late last night drinking to suppress devotion, with fingers intertwined I can't shake this feeling now"

New York - um mês depois

POV ON

Um mês na linda Nova York e tudo estava ótimo. Quando você tem amigos para compartilhar as coisas, a vida se torna surpreendentemente melhor. e Cath eram minhas novas amigas, embora eu passasse mais tempo com a (a Cath estava sempre com Charlie, seu namorado). Elas estudavam comigo e eram as pessoas mais animadas e fofas do mundo.
Desde o dia da casa dos meninos, nós nos tornamos bons amigos e sempre que era possível (na maioria dos dias, para ser sincera) estávamos juntos.
– Não entendo qual é a sua e do Nate. – disse, saindo do banheiro.
praticamente morava lá em casa, ela tinha um crush pelo meu lindo irmãozinho e eles tinham um tipo de relacionamento - ou seja lá como é chamado quando duas pessoas ficam sempre. Enfim, estávamos nos arrumando para uma festa que iríamos com os meninos.
– Deve ser porque não tem nada pra você entender, já que não temos nada. – eu disse o óbvio.
Nate era amigo de Peter e estava sempre com a gente. Nem preciso dizer que ele era lindo demais, como metade daquela cidade parecia ser, né?
– Ah, , c'mon. Ele é lindo e te dá o maior mole. – rolei os olhos ao ouvi-la. e suas nóias.
– Eu só acho que você deveria parar de ver coisas onde não tem.
– Qualquer um vê isso, menos você. – ela dizia calmamente.
– Qualquer um você quer dizer você e o Peter né? Sério, amiga, não é só porque vocês se pegam que eu e Nate temos que fazer o mesmo. Nós somos amigos, apenas.
– Ok, chuchu, como quiser.
Ouvimos alguém bater na porta e ela logo se abriu.
– Licença, meninas. ¬– entrou sorrindo.
Ele estava absurdamente lindo (como sempre) e assim que seu perfume invadiu o quarto, esqueci completamente como respirava. Ele tinha esse - estranho e irritante - efeito sobre mim. Aqueles olhos, aquele sorriso de lado, aque... Ok, foco.
– Peter pediu pra ver se já estão prontas. – ele disse.
– Fale com o apressado que mais dez minutos e estamos indo. – respondeu.
– Ok. – ele disse saindo do quarto e eu, finalmente, soltei o ar preso em meus pulmões.
"O que há de errado comigo? Meu Deus, eu não posso ficar assim toda vez que estiver perto desse menino. Ok, vamos lá. Respira, se acalma, é apenas um garoto. Foco. Londres..."
– Agora eu entendi tudo! – fui impedida de concluir meus pensamentos com um grito vindo de .
– Hã? Do que você tá falando? – perguntei confusa.
– Do . Por isso você ignora qualquer assunto que tenha a ver com o Nate, é claro. – ela falava mais consigo mesma, como se estivesse acabado de fazer uma descoberta incrível.
– Eu ainda não entendi onde você quer chegar, mas tenho certeza que é mais uma de suas paranóias.
– Eu 'tô falando que você não quer nada com o Nate porque gosta do . – ela disse como se falasse do tempo.
– Oi? – foi o que consegui pronunciar depois da maluquice que tinha acabado de ouvir.
– Eu disse que... – Eu entendi o que você disse, , – a cortei. – e entendi também que você 'tá ficando maluca.
– Ah claro, eu sou a maluca agora. – ela disse indignada.
– Na verdade, sempre foi, mas agora tá pior. – dei de ombros.
Percebi que ela tinha realmente ficado puta com o meu comentário e ri, abraçando-a de lado.
– Babaca. – ela resmungou, soltando-se do meu abraço. – Mas falando sério, , eu vi como você ficou quando ele entrou aqui.
– Fiquei normal ué. – ela arqueou as sobrancelhas, me fazendo bufar. – Não quero falar sobre isso.
– Você 'tá admitindo que gosta dele?
– Não. – respondi prontamente.
– Você sabe que pode me contar qualquer coisa né? – ela perguntou e eu sabia que aquele assunto não acabaria enquanto eu não falasse o que ela queria ouvir.
– Eu sei disso. – ela me olhou, esperando que eu continuasse. – Argh, você consegue ser bem chata e persistente quando quer sabia?
– Sim, eu sei. Considere isto um dom. Ou não. – rimos. – Vai, para de tentar me enrolar.
– Eu não sei o que está acontecendo comigo ok? – confessei. – Ele mexe sim comigo, mas eu não sei se isso é bom ou não. Eu acho que estou...
– APAIXONADA? EU SABIA! – ela me cortou gritando e eu revirei os olhos.
– Eu ia dizer atraída por ele. Uma atração boba e logo passa.
Ela ficou me encarando por um tempo como se não acreditasse em mim, mas antes que começasse a falar qualquer coisa, eu me pronunciei.
– Vamos antes que os meninos saiam sem nós. – me apressei para fora do quarto e ela logo me seguiu.
– Até que enfim! – Peter disse assim que chegamos na sala.
– Uau! A espera valeu a pena! – disse nos olhando de cima à baixo e nos deixando envergonhadas.
– Sou obrigado a concordar com o , vocês estão de parabéns. – disse, repetindo o gesto do outro.
– Dá pra vocês pararem de secar minha irmãzinha e minha garota na minha frente? – Peter perguntou com falsa indignação e todos rimos.
– Vamos logo, não quero chegar no final da festa. – disse e logo saímos do apartamento, indo em direção a festa.

Não demorou muito e logo chegamos. A festa estava lotada e bem animada. Uma típica festa do Uper East Side: música boa, bebidas, playboyzinhos, patricinhas, pegação, drogas e bebidas. Assim que entramos na casa, encontramos Cath, Charlie e Nate.
– Achei que você não vinha, como da última vez. – Cath disse ao me cumprimentar.
– Ah aquela passa vai, eu estava cansada. – falei, fazendo-a rir.
– Você já nasceu cansada, gata. – piscou pra mim e eu dei língua.
– Você perdeu, a última foi épica. – comentou.
– E você se lembra de alguma coisa? – perguntou, surpreso.
– Claro que sim. – ele respondeu. – Bem, pelo menos algumas coisas. – ele completou, nos fazendo rir.
– Tipo a hora que você chegou e quando você acordou no dia seguinte com ressaca? – debochou do amigo, que lhe mostrou o dedo.
– Eu 'tô falando sério, cara, eu lembro de algumas coisas. – ele disse na defensiva. – Tipo que o pegou aquela menina gostosa, qual o nome dela mesmo? – ele perguntou e na hora senti o olhar de e sobre mim.
Eu gostaria muito de falar que eu não dei a mínima para aquilo, mas eu estaria mentindo. Por algum motivo e de um modo extremamente desconfortável e irritante, aquilo me incomodou.
– Alison, ela é gostosa, dude. – Peter falou. – Relaxa, , eu jamais te trocaria por ela. – ele disse ao levar um beliscão da menina.
– Bom saber e, também, eu sou bem melhor que ela. – ela disse convencida e Peter concordou lhe dando um selinho.
– Sem melação na minha frente, por favor, não sou obrigada. – eu disse, fazendo cara de nojo e eles me deram língua.
– Não precisa ficar com inveja, irmãzinha. – Peter começou e eu sabia que não vinha boa coisa pela frente. – Garanto que o Nate não se importaria de te fazer companhia.
– Não mesmo. – Nate disse, passando a mão pelo meu ombro, me abraçando de lado e me deixando envergonhada.
– O papo está ótimo, mas se não se importam eu vou procurar umas gatinhas por aí. – disse, já saindo.
– E eu vou junto. – entrou no meio das pessoas, seguindo o primeiro.
Nessa hora, Cath e Charlie já se pegavam (lê-se: se engoliam) em um canto mais afastado, como de costume.
– É, cara, parece que sobramos. – disse e concordou.
– O jeito é irmos atrás das gatinhas também, vai que você encontra a Alison por aí. – disse rindo e eu o olhei, incrédula. Traíra.
nada respondeu, apenas revirou os olhos e seguiu o amigo pelo mar de gente.
Nós quatro ficamos conversando, bebendo e dançando de vez em quando. Eu não sabia qual era o meu problema, mas, embora ele fosse lindo e chamasse minha atenção, eu não era a fim de ficar com Nate. E aquele dia, por algum motivo, e Peter respeitaram isso e depois de um tempo eles foram beber com uns amigos da faculdade, nos deixando sozinhas. O que eu agradeci mentalmente.

Capítulo 8


"I got one less problem without ya"

[N/A: Coloque Problem - Ariana Grande para carregar]

Senti uma claridade incômoda contra meus olhos ainda fechados e ouvi ao longe alguém chamar meu nome. Contra minha vontade, abri lentamente os olhos, me arrependendo no segundo seguinte de tê-lo feito.
– ouvi a voz novamente e logo percebi ser de minha mãe.
Resmunguei qualquer coisa apenas para que ela prosseguisse.
– Vim te avisar que vou à casa da mãe do Josh com ele, você quer ir?
– Não, valeu.
– Tudo bem. Como foi a festa ontem? – ela perguntou.
Pelo visto, ainda não tinha ficado claro que eu só queria voltar a dormir.
– Ótima. – murmurei.
– Que bom, filha. – ela sorriu e eu fiz o mesmo. – Estou indo, qualquer coisa me ligue. – ela disse, já saindo do quarto.
Virei-me para o lado, na esperança de dormir novamente, mas a claridade me incomodava e minha cabeça latejava de forma quase insuportável.
Bufando, me levantei, indo para o banheiro fazer minha higiene matinal, troquei de roupa e fui para a cozinha em busca de uma aspirina.
"Eu não me lembro de ter bebido tanto na noite passada", com esse pensamento, adentrei a cozinha, avistando Peter, e os meninos.
– A bela adormecida resolveu aparecer. – Peter fez graça e eu dei língua. – Toma, pela sua cara já vi que você precisa disso. – ele me deu o precioso remédio e eu sorri em agradecimento, tomando logo em seguida.
– O que vocês fazem tão cedo na casa dos outros? Vocês não tem mais o que fazer não? – perguntei aos meninos em tom de brincadeira.
– Primeiro, já é meio-dia, , você dorme demais. – respondeu. – E não tínhamos nada pra fazer em casa então resolvemos vir aqui, mas se quiser vamos embora.
– Eu não disse isso, amorzinho. – disse, me sentando ao seu lado e dando um beijo em sua bochecha.
– E, também, o estava enchendo o saco que queria te ver. – me olhou debochado e minha vontade foi de dar um soco em sua cara.
– Vocês me amam. – eu disse em tom convencido, tentando disfarçar a vergonha - e nervosismo - pelo o que ele havia dito.
– Mas e Alison, dude, rolou mais alguma coisa? – perguntou a com um sorriso malicioso.
Eu tentava disfarçar o quanto aquele assunto me deixava desconfortável, mas e pareceram perceber. Eles sempre percebiam tudo.
– Por que vocês insistem tanto nesse assunto? – perguntou.
– Talvez seja porque você sempre fica desconfortável quando tocam nesse assunto. – falou, simplesmente, lendo meus pensamentos.
– Porque eu não sei de onde eles tiraram isso. – ele disse, parecendo indignado. – Eu não fiquei com ela.
Não sei se foi impressão minha, mas eu pude jurar que ele olhou diretamente pra mim enquanto falava, como se quisesse que eu soubesse que nada tinha acontecido entre eles.
"Apenas coisa da minha cabeça. Aliás, desde a noite passada eu 'tô vendo e ouvindo coisas demais..."

Flashback On

[N/A: coloque a música para tocar. Obs: não está a letra toda por - preguiça da autora (cof, cof) - não ter necessidade.]

It's Iggy Iggs
I got one more problem with you girl
[Tenho mais um problema com você garota]

Hey baby, even though I hate ya
[Hey querido, mesmo que eu te odeie]
I wanna love ya
[Eu quero te amar]
I want you
[Eu quero você]
And even though I can't forgive you
[E mesmo que eu não possa te perdoar]
I really want ya
[Eu realmente quero você]
I want you
[Eu quero você]


Eu e Aninha estávamos na pista de dança há um tempo e dançávamos animadamente, segundo ela, eu precisava tirar um pouco o da cabeça, como se eu estivesse mesmo pensando nele. Eu estava distraída, apenas isso.

Tell me, tell me baby
[Diga-me, diga-me querido]
Why can't you leave me
[Por que você não pode me deixar]
'Cuz even though I shouldn't want it
[Porque mesmo que eu não deva querer]
I gotta have it
[Eu tenho que tê-lo]
I want you
[Eu quero você]

Head in the clouds
[Cabeça nas nuvens]
Got no weight on my shoulders
[Sem peso sobre meus ombros]
I should be wiser
[Eu deveria ser mais sábia]
And realize that I've got
[E perceber que eu tenho]


Avistamos Peter, e vindo em nossa direção, mas isso não nos impediu de continuar dançando. Logo Peter e já estavam se agarrando, o que não era novidade alguma. "Muita ironia não?", pensei. "Meu problema bem na minha frente justo nessa música."

One less problem without ya
[Um problema a menos sem você]
I got one less problem without ya
[Eu tenho um problema a menos sem você]
I got one less problem without ya
[Eu tenho um problema a menos sem você]
I got one less, one less problem
[Eu tenho um a menos, um problema a menos]

One less problem without ya
[Um problema a menos sem você]
I got one less problem without ya
[Eu tenho um problema a menos sem você]
I got one less problem without ya
[Eu tenho um problema a menos sem você]
I got one less, one less problem
[Eu tenho um a menos, um problema a menos]


Inconscientemente, me vi sibilando a letra da música o encarando, ainda dançando. Não sei o que se passava pela minha cabeça para fazer isso ou pela dele, que logo se aproximou, colocando as mãos em minha cintura, o que me fez começar a dançar mais provocante.

Head in the clouds
[Cabeça nas nuvens]
Got no weight on my shoulders
[Sem peso sobre meus ombros]
I should be wiser
[Eu deveria ser mais sábia]
And realize that I've got
[E perceber que eu tenho]

One less problem without ya
[Um problema a menos sem você]
I got one less problem without ya
[Eu tenho um problema a menos sem você]
I got one less problem without ya
[Eu tenho um problema a menos sem você]
I got one less, one less problem
[Eu tenho um a menos, um problema a menos]

One less problem without ya
[Um problema a menos sem você]
I got one less problem without ya
[Eu tenho um problema a menos sem você]
I got one less problem without ya
[Eu tenho um problema a menos sem você]
I got one less, one less problem
[Eu tenho um a menos, um problema a menos]


Quando a música acabou, ele me soltou lentamente e não sei se foi apenas coisa da minha cabeça, mas juro que o ouvi sussurrar um "Não posso fazer isso" antes de se afastar.
Se a intenção era me provocar, ele conseguiu. Fiquei sem reação e não sabia o motivo, mas aquilo tinha mexido comigo - e não de uma forma boa.

Flashback OFF

, 'tá tudo bem? – Peter perguntou, me tirando de meus devaneios.
– 'Tá sim, chuchu. – respondi sorrindo, mas não pareci muito convincente.
– Tem certeza? – ele insistiu. – Estamos falando há uns dez minutos e você aí com cara de paisagem.
– 'Tá tudo bem, é só sono e dor de cabeça. – dei de ombros. Não era totalmente mentira.
– Por que você não volta a dormir pra ver se passa? – perguntou, parecendo preocupada.
– É isso mesmo que eu vou fazer. Até depois, amores. – me levantei, jogando beijos no ar para eles.
– Não esquece do nosso ensaio mais tarde. – disse . – Você vai né?
– Claro, chuchu. – sorri pra ele e fui para o quarto.

– Você pode tê-los enganado, mas não a mim, irmãzinha. – disse, entrando em meu quarto logo atrás de mim.
Digamos que, no tempo que estava em NY, ele estava sendo meu porto seguro e já me conhecia bem. O que era ruim às vezes, porque nada passava despercebido por ele.
– O que foi? – ele perguntou, vendo que eu não ia me pronunciar.
Ele se sentou em minha cama e eu me deitei na mesma, apoiando a cabeça em suas pernas.
– Sono, já disse. – sentia meus olhos pesarem conforme ele ia fazendo cafuné em meus cabelos.
– Eu vi você e o ontem, pequena. – ele começou calmamente.
– Eu não sei por que isso me incomodou tanto. – suspirei. – Eu nem devia estar me importando com isso.
– Ele mexe com você, eu vejo isso de longe e sabe o que eu acho? – o encarei curiosa. – Que você também mexe com ele.
Não pude evitar uma alta - e forçada - gargalhada.
– Claro e por isso ele me deixou lá parada com cara de broa e sem entender nada. – acabei soando mais indignada do que realmente queria.
Eu não queria estar dando tanta importância para aquilo, mas era simplesmente inevitável e esse fato me irritava profundamente.
– Talvez ele só estivesse com medo de tomar uma atitude precipitada. Afinal, ele não sabe que você gosta dele.
– Eu não gosto dele. – falei devagar, enfatizando o não. – É apenas uma atração.
apenas suspirou derrotado e concordou com um aceno de cabeça. Ele me conhecia bem o suficiente para saber que não adiantaria discutir comigo.

Capítulo 9


"There is no escaping from the heartache now I wanna put it back together, cause it's always better later than never"

[N/A: Coloque a música Counting Stars – One Republic para carregar]

Londres

POV ON

They don't know about the things we do. They don't know about the "I love you". But I bet you if they only knew, baby they will just be jealous of us.
Sim, eu estava no show da One Direction. me convidou e como estávamos ficando há um tempo, resolvi que podia dar uma forcinha pra banda dele. Não que eles precisassem, lógico. Eles eram um fenômeno, nunca tinha visto algo assim. Eu podia virar fã deles, quem sabe.
– Me lembre de escrever o discurso pro seu enterro, princesa. – disse pulando no ritmo da música.
– Ai credo, , que coisa horrível!
– Ei, acalma essa pepeka aí. Eu só quero que todos saibam que você está me fazendo a pessoa mais feliz do mundo.
– Calma que ainda vem mais por aí. – eu disse levantando a sobrancelha sugestivamente.
– Eu te amo, princesa.
– Eu também te amo, chuchu.

Estávamos novamente na porta de um camarim, que legal.
– Oi, princesa. – disse quando abriu a porta e me puxou para um beijo.
– Vão para um quarto. – jogou sua camisa suada em nós. Eca.
– Não precisa ficar com ciúmes, , eu te devolvo depois que usar tá? – eu disse, apertando as bochechas de .
– Se for devolver, devolve beeem desgastado, princesa.
– Ai, seu safado, só pensa em besteira. – bati em seu braço e sentei no sofá.
– O que eu foi que eu fiz?
– Vamos beber ou vamos pra casa? – perguntou .
– VAMOS BEBER, POR FAVOR! – gritou.
– Eu não vou. – disse, de repente nervoso, olhando pros meninos que abriram enormes sorrisos. – Tenho que resolver uma coisa.
– Você quer ajuda? – perguntei.
– Não, princesa, eu dou um jeito. – respondeu meio evasivo.
"O que está acontecendo?"
– Ok, vou com os meninos se você não se importar...
– Claro que não, se divirta. – me deu um beijo na testa. – Fui, dudes. – e saiu porta a fora.
– O que houve com ele, ? – perguntei.
– Com ele quem?
.
– E o que tem? – perguntou franzindo a festa.
– O que ele tem?
– Ele quem?
! – gritei.
– Ok, ele tá assim a semana toda, , pensei que era pelo show, mas pelo visto é outra coisa. Espera um pouco, com certeza ele vai te dizer o que está acontecendo.
– Ok, vou esperar a donzela resolver me falar.

– Vamos parar na farmácia primeiro. – disse . – Estou com muita cólica, preciso de um remédio.
Paramos em frente a uma farmácia para comprar seu remédio. De dentro do carro, vi uma cena que não me agradou nem um pouco, conversando com uma mulher em frente uma joalheria do outro lado da rua. "Legal hein, quanta coisa ele tinha pra fazer, tô vendo." Coloquei meu rosto mais perto do vidro. "Pera aí, eu conheço essa mulher. Não é a mesma que a deu um piti quando soube que ela tinha ficado com o ?"
, por que você tá tão quieta? – perguntou , me fazendo voltar para a realidade.
– Por nada. – vi entrando no carro. – Vamos logo. – pedi, eu só queria sair dali.
– Ok, vamos beber, gatas. – disse .
– Ei, eu tô aqui! – disse .
– Ok, reformulando, vamos beber gatas e... .

– Mais uma tequila, ? Vamos parando por aqui. – disse, tirando o copo da minha mão.
– Me deixa, , por favor, vai dançar.
– Tudo bem, mas depois quero saber o que te deixou assim.
– Ok.
Vi as pessoas dançando e minha mente foi viajando para o dia em que conheci . "Idiota. Não acredito que pensei que ele sentia alguma coisa além por mim. Eu sou brasileira. Bra-si-lei-ra. E o que os gringos querem com as brasileiras?"
– Sexo. – disse do meu lado.
– O QUÊ? – o olhei assustada.
– Aquele casal ali, , eles estão quase fazendo sexo ali mesmo, você não ouviu o que eu disse?
– Não, desculpa.
– Por que você tá assim, princesa?
– Por nada, eu tô ótima.
– Eu também vi o na joalheria, , é por isso não é?
– Claro que não, eu não tenho por que me importar com isso, nós não temos nada, você sabe muito bem.
– Eu posso te assegurar com toda certeza que ele não tem nada com ela, eu juro.
– Ok, eu acredito em você. – eu disse, querendo acabar com aquele assunto.
– Vamos dançar, princesa, esquece os outros homens um pouco e vem dançar comigo.

[N/A: coloque a música para tocar. Obs: não está a letra toda por - preguiça da autora (cof, cof) - não ter necessidade.]

Lately, I’ve been, I’ve been losing sleep
[Ultimamente, eu tenho, eu tenho perdido o sono]
Dreaming about the things that we could be
[Sonhando com as coisas que poderíamos ser]
But baby, I’ve been, I’ve been praying hard
[Mas querida, eu tenho, eu tenho rezado muito]
Said, no more counting dollars
[Disse, não mais contando dólares]
We’ll be counting stars, yeah, we’ll be counting stars
[Nós estaremos contando estrelas, sim, nós estaremos contando estrelas]

I see this life like a swinging vine
[Vejo esta vida como uma videira que balança]
Swing my heart across the line
[Balança meu coração além do limite]
And my face is flashing signs
[E meu rosto está dando sinais]
Seek it out and you shall find
[Procure e você encontrará]

Old, but I’m not that old
[Velho, mas não sou tão velho]
Young, but I’m not that bold
[Jovem, mas não sou tão ousado]
I don’t think the world is sold
[Eu não acho que o mundo esteja vendido]
I’m just doing what we’re told
[Só estou fazendo o que nos disseram]

I feel something so right
[Eu sinto algo tão certo]
Doing the wrong thing
[Fazendo a coisa errada]
I feel something so wrong
[Eu sinto algo tão errado]
Doing the right thing
[Fazendo a coisa certa]
I couldn’t lie, couldn’t lie, couldn’t lie
[Eu não poderia mentir, não poderia mentir, não poderia mentir]
Everything that kills me makes me feel alive
[Tudo que me mata faz eu me sentir vivo]


"Eu não posso perder meu foco, não acredito que me deixei levar por uma paixãozinha boba. Ed Sheeran. Esse era meu foco quando estava no Brasil e vai continuar sendo. Amanhã eu vou encontrá-lo e vai ficar tudo bem."

Take that money
[Pegue esse dinheiro]
Watch it burn
[Veja-o queimar]
Sink in the river
[Afunde no rio]
The lessons are learnt
[As lições são aprendidas]

Everything that kills me makes me feel alive
[Tudo que me mata faz eu me sentir vivo]

Lately, I’ve been, I’ve been losing sleep
[Ultimamente, eu tenho, eu tenho perdido o sono]
Dreaming about the things that we could be
[Sonhando com as coisas que poderíamos ser]
But baby, I’ve been, I’ve been praying hard
[Mas querida, eu tenho, eu tenho rezado muito]
Said, no more counting dollars
[Disse, não mais contando dólares]
We’ll be counting stars
[Nós estaremos contando estrelas]

Lately, I’ve been, I’ve been losing sleep
[Ultimamente, eu tenho, eu tenho perdido o sono]
Dreaming about the things that we could be
[Sonhando com as coisas que poderíamos ser]
But baby, I’ve been, I’ve been praying hard
[Mas querida, eu tenho, eu tenho rezado muito]
Said, no more counting dollars
[Disse, não mais contando dólares]
We’ll be, we’ll be counting stars
[Nós estaremos, nós estaremos contando estrelas]

Take that money
[Pegue esse dinheiro]
Watch it burn
[Veja-o queimar]
Sink in the river
[Afunde no rio]
The lessons are learnt
[As lições são aprendidas]

Take that money
[Pegue esse dinheiro]
Watch it burn
[Veja-o queimar]
Sink in the river
[Afunde no rio]
The lessons are learnt
[As lições são aprendidas]

Take that money
[Pegue esse dinheiro]
Watch it burn
[Veja-o queimar]
Sink in the river
[Afunde no rio]
The lessons are learnt
[As lições são aprendidas]

Take that money
[Pegue esse dinheiro]
Watch it burn
[Veja-o queimar]
Sink in the river
[Afunde no rio]
The lessons are learnt
[As lições são aprendidas]

Quando a música acabou, eu estava decidida, "chega de . Pelo menos por hoje." Percebi que o celular de tocou e ele saiu de perto pra atender. Achei estranho. Por que ele atenderia o celular longe de mim?
, precisamos ir. – de repente chegou ao meu lado. – Esqueci minha carteira com os documentos na casa do e preciso pegá-los, por favor, vamos comigo.
– Eu não vou em lugar nenhum, , estou aqui com os meninos e o está ocupado. – eu disse dando ênfase no ocupado. – Pede o pra ir contigo.
– Muito obrigado por ser essa amiga maravilhosa que você é. Beijos pra você. – ele disse irônico, saindo.
"Ok, lido com essa bicha irritada depois." Nunca que eu iria na casa do Niall, por favor, qual era o problema dele? Peguei meu celular e disquei pra única pessoa com quem poderia gritar sem que ela me desse um tapa. Não com a distância.
– Alô? – ouvi dizer e mais oitenta e cinco mil vozes (ok, sou exagerada) ao fundo.
– Oi, onde você tá? Tá se divertindo como eu mandei né?
– Estou e você, como está aí?
“ – É a namorada do menino da One Direction?” ouvi alguém perguntando ao fundo.
– Sim, , é a , agora cala a boca pra eu poder falar com ela. – respondeu. – Desculpa, amiga, pode falar.
– Não, não sou namorada do , de onde você tirou isso?
– Ué cadê todo aquele amor? Sou amiga dos meninos da 1D, tô pegando o . – ela disse irônica tentando imitar minha voz e eu revirei os olhos.
– Você não brincaria com isso se soubesse o que está acontecendo. – eu disse, séria.
– Por quê? O que houve? – senti que ela havia ficado mais séria.
Expliquei pra ela o que tinha acontecido e ela pirou quando soube, como já era de se esperar.
– Mas, amiga, fica calma, sua hora vai chegar. – ela disse. – Lembra do ? Ele tá doido pra te conhecer.
? Que ? Você falando assim eu penso logo no da 5 seconds, mas não pode ser né?
– Mas é ele, eu não te contei? Eles são amigos do Peter.
– COMO ASSIM OS MEUS ÍDOLOS SÃO AMIGOS DO SEU IRMÃOZINHO E VOCÊ SIMPLESMENTE ESQUECE DE ME CONTAR?
– Ehr foi mal, mas olha pelo lado bom, eu falei de você pra eles.
– Pode ter certeza que depois do meu jantar com o Ed eu vou dar uma passadinha em New York para conhecer os meus meninos.
– Ok, vou avisar pro , ele vai ficar igual um cachorro no cio.
– Fala sério, , até parece.
– É sério, você não conhece essa gazela.
“ – Ei, eu ouvi isso!” ouvi a voz de ao fundo.
– Desculpa, amorzinho, mas é verdade. – disse rindo.
– Pera aí, você tá com eles? O tá aí?
– Aham, chuchu, estamos na sound check deles.
– E VOCÊ FALA ISSO COMO SE FOSSE A COISA MAIS NORMAL DO MUNDO?
– Acalma a pepeka, mulher, para de gritar, porra.
– Desculpa, é que o nervosismo está me tomando. Fala pra eles que eu os amo certo?
– Pode deixar.
– Tenho que desligar, o está vindo pra cá e não tá com uma cara muito boa.
– Ok, chuchu, manda um beijo pra ele e pros meus maridos.
Desliguei o telefone e vi vindo em minha direção com uma cara estranha.
, preciso ir pra casa agora, você vai comigo?
– Vou, Harry, o que aconteceu? – Eu te digo quando chegarmos lá, não estou em condições de falar agora. – peguei em sua mão e seguimos para o carro.

Ao chegarmos em frente à sua casa, procurou as chaves em seu bolso para abrir a porta.
– Droga! Esqueci minhas chaves na casa do e agora?
– Vai lá pegar oras.
– Não posso, não estou me sentindo bem. – ele disse, colocando as mãos na cabeça e sentando no meio-fio.
, me diz o que aconteceu?
– DÁ PRA VOCÊ IR LÁ E PEGAR A PORCARIA DA CHAVE PRA MIM, ? PELO MENOS UMA VEZ FAZ O QUE EU TÔ TE PEDINDO. – gritou.
– Ok, ok. – levantei as mãos me rendendo. – Não precisa gritar.
Saí andando em direção a casa de , que era, ironicamente, duas casas depois da de . Bati na porta uma, duas, três vezes. E como a idiota que sou, só depois toquei a campanhia. "Ok, não deve ter ninguém em casa, não poderá me matar por isso." Resolvi testar a maçaneta. Coloquei a mão e girei, estava aberta. “Entra, pega a chave, sai correndo, fecha a porta e ninguém vai perceber que você esteve aqui”, pensei. Entrei na casa e fechei a porta atrás de mim, estava uma escuridão só, testei o interruptor, mas a luz não acendeu. Ok, estava com medo.
? – perguntei para a escuridão. – , você 'tá aí? – perguntei novamente quando ouvi um barulho vindo do segundo andar.
“É melhor eu pegar essas chaves logo e sair daqui, não quero parar num filme de terror.” Fui pra sala e vi as chaves de em cima da mesinha de centro, sabia que eram dele por causa do chaveiro do ursinho Pooh. Quando peguei as chaves e estava pronta pra ir embora, todas as luzes se acenderam.

Capítulo 10


"So come on baby be with me so happily"

[N/A: coloque Party Girl – McFly para carregar]

– PUTA QUE PARIU! – gritei.
– Mas que boca suja, princesa. – surgiu da cozinha com uma garrafa de champanhe na mão.
– Você me deu um susto, seu imbecil.
– Desculpe, era pra ser uma surpresa, mas o disjuntor desligou e eu tive que ir ligá-lo e quando percebi, você já estava aqui dentro.
– Surpresa de quê?
Foi quando tive um estalo, "foi tudo armação, maldito, vou matar aquele viado."
– Já tive uma enorme surpresa hoje, não preciso de mais uma. – falei secamente.
me disse que você me viu mais cedo, eu não tenho nada com ela, juro. – "e lá se vão as bolas do ." – Também me disse que você estava muito chateada no bar. Não foi minha intenção te chatear, desculpe.
Se vazou algum vídeo do revelando a sua sexualidade não foi montagem, pode ter certeza.
– Não precisa se desculpar, não devia ter dito nada e nós não temos nada, não há necessidade de desculpas. – eu disse, evaziva.
– Esse é o problema. – ele disse, chegando mais perto de mim.
Ele segurou em minhas mãos, olhou em meus olhos e fez a última pergunta que eu esperava ouvir dele.
, você está com fome?
– Você tá falando sério?
– Aham, eu fiz um jantar pra gente, 'tá ali na cozinha, vamos?
– Vamos. – segurei em sua mão e fomos caminhando até a cozinha.
Me deparei com uma mesa linda, velas, flores, champanhe e tudo que há direito em um jantar romântico.
, que lindo! Não precisava fazer isso.
– Precisava sim, ainda mais nessa ocasi... ahn, ehr... você sabe que eu gosto de comer. – ele disse nervoso.
– Me diz o que 'tá te preocupando?
– Não é nada, não estou preocupado.
– Por favor, , me diz.
– Ok, é amanhã. Amanhã é o que está me preocupando.
– O que tem amanhã? – perguntei, franzindo a testa.
– Seu jantar com o Ed.
– E? – perguntei, ainda sem entender.
– Amanhã é o seu dia, ouvi você dizendo isso milhares de vezes, é o dia mais especial da sua vida e eu tenho medo de não conseguir superá-lo. Então pensei que talvez o melhor dia da minha vida também possa ser o seu. – ele disse pegando uma caixinha branca dentro do bolso de seu casaco. – disse que é normal as pessoas darem um anel quando querem um compromisso sério no Brasil e eu não quero quebrar as tradições já que lá as pessoas são muito felizes e eu quero ser feliz com você. Namora comigo?
Fiquei sem reação por alguns segundos e sem hesitar disse um sim sussurrado. Ele sorriu vitorioso e colocou as mãos em meu rosto, me beijando. Ao sentir seus lábios contra os meus, senti uma energia diferente, era meu. Era o melhor dia da vida dele, então eu teria que dar uma melhorada, porque ainda não era o meu.
Aprofundei o beijo e logo nós dois estávamos arquejando, ele apertava minha cintura freneticamente enquanto eu gemia baixo em seu ouvido. De repente senti algo contra minhas costas e percebi que ele havia me encostado na parede enquanto explorava toda a extensão do meu pescoço. Arranhei suas costas enquanto ele me dava um chupão que com certeza deixaria um hematoma enorme no dia seguinte, mas não liguei, eu estava adorando. Puxando sua boca novamente, o beijei avidamente, como eu queria aquele homem. Seus braços me apertavam cada vez mais forte e seu corpo se movia contra o meu.
– Princesa, se você quiser nós vamos só jantar ok? – ele disse, me dando leves selinhos. – Não quero que sinta necessidade de fazer algo só porque te pedi em namoro.
– Ei, para com isso. Eu nunca faria nada que não quisesse. – eu disse sorrindo.
Ele deu um daqueles sorrisos que só ele tinha, que iluminaria uma cidade se recolhessem sua potência e me estendeu a mão.
– Vem comigo? – perguntou.
Peguei sua mão, a beijei e respondi.
– Sempre.

POV ON
Nunca pensei que fosse possível ser tão difícil subir oito degraus, mas quando se está com a mulher da sua vida nos braços, creio que a responsabilidade seja maior. Quando a coloquei no chão, percebi que todo o meu mundo giraria em torno dela. Ela estava ali, corada, com os lábios meio inchados pelos nossos beijos e não consegui deixar de sorrir, ela era a coisa mais linda que eu já havia visto.
– Para de me olhar, !
– Não consigo, você não entende que é a coisa mais linda desse planeta.
– Ok, do planeta, sei.
– Sim, do meu planeta e se chama meu coração. – eu disse, beijando seus ombros enquanto levantava sua blusa. – Meu coração é um planeta inteiro e ele pertence à você. – beijei sua barriga.
Ouvi-a arquejar, me puxando e colando nossos lábios. Logo minha blusa se ia junto com sua saia e seu sutiã, minhas mãos passeavam em suas costas assim como suas mãos em meus braços. Ela estava suada e corada. Linda.
A deitei sobre a cama e retirei minha calça junto com a boxer antes de me deitar sobre ela. Ouvi seu gemido baixo quando minhas mãos que estavam em sua cintura chegaram em seus seios. Não aguentava mais, estava à beira do êxtase e quando ela pressionou seu corpo no meu, arranhando minhas costas e mordendo o lábio, saí de mim. Tateei sobre o criado mudo procurando alguma camisinha desesperadamente. Ela riu do meu desespero.
– Nossa, que é? Você é virgem, lindo?
– Pra dizer a verdade, sim.
, não brinca, seu babaca.
– Não é brincadeira, eu nunca tinha feito amor amando de verdade.
Seus olhos se arregalaram com a minha declaração e ela me beijou profundamente, aumentando meu desejo. Coloquei o preservativo e logo me deitei sobre ela novamente. Quando ela me olhou, vi tudo que não havia encontrado nas outras mulheres e, pra minha alegria, ela sussurrou contra meus lábios.
– Eu te amo, . E bem-vindo ao melhor dia da minha vida.
Depois disso, só tenho flashes de tudo que fizemos juntos. Beijos, gemidos, gritos em alguns momentos e quando chegamos ao êxtase juntos, tive a sensação de que nada no mundo poderia superar aquele momento. Minha menina agora era inteiramente minha. Quanta sorte!

POV ON
I’ve found out a reason for me, to change who I used to be, a reason to start over new, and the reason is you.

Acordei com cantando no chuveiro. Agradável.
– A PRINCESA QUER DORMIR. – gritei.
– POIS QUE SE DANE A VONTADE DA PRINCESA, JÁ QUE É O REI QUE MANDA NESSE CASTELO AQUI. – gritou de volta.
Logo ele saiu do banheiro, só de boxers e com a toalha no pescoço. Fiquei boquiaberta.
– 'Tá avaliando o produto, gata?
– 'Tô e avisa pro dono que se fizer um preço bom eu compro. – sorri.
– Você só me compra se eu estiver em liquidação é? Assim você me magoa. – disse ele, se aproximando e engatinhando sobre a cama.
Nos beijamos por um tempo e quando eu percebi que se continuasse ali mais um pouco não conseguiria sair tão cedo, quebrei o beijo, dando uma leve mordida em seu lábio inferior.
– Tenho que ir pra casa. – eu disse, me levantando.
– Já? Fica mais um pouco.
– Bem que eu queria, mas tenho mesmo que ir.
– Por favor, só mais um pouco, depois eu te levo. – ele disse com a voz manhosa, dando beijos em meu pescoço.
– Tudo bem. – suspirei derrotada. – Só mais meia hora e aí você me leva.
– Ok, princesa.

Capítulo 11


"We're not, no we're not friends, nor have we ever been. We just try to keep those secrets in the light"

[N/A: coloque a música para tocar. (Party Girl – McFly) / Coloque Kiss Me - Ed Sheeran para carregar.]

New York

POV On

Now let’s party
[Agora vamos festejar]

Woahhhhhhh Woahhhhhh

The clock hit 12, as she entered the room
[O relógio bateu às doze, ela entrou na sala]
But if looks could kill then we all would be doomed
[Mas se beleza matasse nós estaríamos condenados]
After just one kiss you’re not able to move
[Depois de apenas um beijo, você não é capaz de se mover]
From her venomous lips and her poison perfume
[De seus lábios venenosos e seu perfume tóxico]
Yeah!

She starts swaying so sexy
[Ela começou a dançar tão sexy]
And looking at me
[E olhando para mim]
And it got me, caught in her mind control
[E me pegou em um controle mental]
This place is prison
[Este lugar é prisão]
I’m chained up
[Eu estou acorrentado]
I give up and I’m at her mercy
[Desisto e estou a sua mercê]
She wouldn’t let me go
[Ela não me deixaria ir]

Estava em uma boate com o pessoal. me encheu o saco para ir e eu acabei concordando, afinal, merecia me divertir certo? Estávamos na pista de dança, eu dançava sem me importar com os outros, afinal, estava tocando McFly e eles mandam bem.

She said she likes to dance all by herself
[Ela disse que gosta de dançar sozinha]
‘Cause she’s a party girl
[Porque é uma menina festeira]
She don’t care for nobody else
[Ela não se importa com ninguém]
She’s in her own world
[Ela está em seu próprio mundo]
I love this little party girl
[Eu amo essa pequena menina festeira]
I love this little party girl
[Eu amo essa pequena menina festeira]
She’s such a little party girl
[Ela é uma pequena menina festeira]

I, I gotta live this room, ‘cause it’s starting to spin
[Tenho que sair dessa sala, porque está começando a girar]
But there’s no escape from this mess that I’m in
[Mas não há fuga desta pertubação em que estou]
She can’t resist the temptation to sin
[Ela não pode resistir à tentação do pecado]
So pull your collar up before she sinks her teeth in, yeah
[Então puxe o seu colarinho antes de enfiar seus dentes em, yeah]

She starts swaying so sexy
[Ela começou a dançar tão sexy]
And looking at me
[E olhando para mim]
And it got me, caught in her mind control
[E me pegou em um controle mental]
This place is prison
[Este lugar é prisão]
I’m chained up
[Eu estou acorrentado]
I give up and I’m at her mercy
[Desisto e estou a sua mercê]
She wouldn’t let me go
[Ela não me deixaria ir]

– Tem um gato ali que não tira o olho de você.
– Fala sério.
– Veja com seus próprios olhos, chuchu.
apontou com a cabeça na direção do bar e eu me virei para olhar. O garoto era realmente lindo, ele sorriu pra mim, me fazendo sorrir de volta um pouco sem graça. Me virei de volta pra e continuamos dançando.

She said she likes to dance all by herself
[Ela disse que gosta de dançar sozinha]
‘Cause she’s a party girl
[Porque é uma menina festeira]
And she don’t care for nobody else
[E não se importa com ninguém]
She’s in her own world
[Ela está em seu próprio mundo]
I love this little party girl
[Eu amo essa pequena menina festeira]
I love this little party girl
[Eu amo essa pequena menina festeira]
I love this little party girl, yeahhh
[Eu amo essa pequena menina festeira, yeahhh]

Woah, Yeah
She said she likes to dance all by herself
[Ela disse que gosta de dançar sozinha]
‘Cause she’s a party girl
[Porque é uma menina festeira]
And she don’t care for nobody else
[E não se importa com ninguém]
She’s in her own world
[Ela está em seu próprio mundo]
I love this little party girl
[Eu amo essa pequena menina festeira]
She said she likes to dance all by herself
[Ela disse que gosta de dançar sozinha]
‘Cause she’s a party girl
[Porque é uma menina festeira]
I love this little party girl
[Eu amo essa pequena menina festeira]
She said she likes to dance all by herself
[Ela disse que gosta de dançar sozinha]
‘Cause she’s a party girl
[Porque é uma menina festeira]
She’s such a little party girl
[Ela é uma pequena menina festeira]

– Tô morrendo de sede. – disse assim que a música acabou.
– Vamos ao bar pegar algo.
– Vamos, quem sabe o gato não te paga uma bebida. – ela disse rindo e eu revirei os olhos.
Fomos em direção ao bar e logo já tinha ido atrás de Peter, me deixando sozinha. "Legal."
– Você dança muito bem. – o menino disse sorrindo pra mim e ele já parecia muito embriagado.
– Obrigada. – sorri.
– Sou o James.
.
– Você é daqui?
– Não, sou brasileira.
– Pelo visto o que falam das brasileira é verdade, você é hot. – ele disse, chegando mais perto. – Posso te pagar uma bebida?
– Ahn obrigada, mas terei que recusar, não estou a fim de beber.
Não me julgue, ele era gato, mas eu não sou louca de aceitar bebida de um estranho. Um estranho bêbado.
– Ah fala sério, gata, só uma.
– Sério, não tô mesmo a fim.
Ele se aproximou mais de mim, me fazendo encostar no balcão do bar. Tudo que eu queria era sair dali, talvez se ele não estivesse tão bêbado eu não estaria me sentindo tão desconfortável. Ele colocou as mãos ao lado do meu corpo, me prendendo ali.
– Eu tenho que ir encontrar meus amigos. – eu disse, tentando sair, mas ele obviamente era mais forte que eu.
– Relaxa, gata, você pode encontrá-los depois. – ele apertou minha cintura.
– É sério, me deixa sair. – ele apenas apertou mais minha cintura e começou a beijar meu pescoço. – Me larga.
– Não dificulta as coisas, garota.
Ele segurou meu rosto com força e me beijou. Nojo. Era o que eu sentia. Onde estavam os meninos quando eu precisava? Me recusei a dar passagem para o beijo, o que o irritou fazendo com que ele me pressionasse mais e já estava começando a me machucar.
Eu ainda tentava sair dali, mas era quase impossível conseguir me mexer. De repente senti alguém o puxando pra longe e quando vi, ele já estava no chão com a mão na boca que sangrava.
– Você tá bem? – perguntou, me abraçando.
– Sim. Obrigada por isso.
– Não foi nada. Aquele idiota te machucou?
– Não, eu tô bem.
– Tem certeza?
– Aham, eu só quero sair daqui.
– Ok, vamos embora. – ele disse, pegando minha mão e indo para o lado de fora da boate.
Preciso dizer que eu estava sentindo várias coisas estranhas ao segurar a mão dele? Não? Ok.
– Você quer ir pra casa? – ele perguntou, preocupado.
– Não, ainda tá muito cedo.
– Tem certeza?
– Tenho.
– Então vamos dar uma volta. – ele ainda segurava minha mão e saiu andando, eu o segui.
– Onde vamos?
– Comer.
– Ok. – sorri de lado.

– Eu pensei que você fosse comer toda a comida da lanchonete, seu esfomeado. – eu disse rindo enquanto saíamos da lanchonete com na mão.
– Você ainda não viu nada. – ele disse sorrindo maliciosamente.
! – dei um tapa em seu braço.
– Ei, , eu só estava brincando, relaxa. – ele riu. – Que tal nos sentarmos um pouco?
– Tudo bem.
Nos dirigimos em direção a um parque que tinha ali perto e estava todo iluminado pela luz da Lua. A noite estava linda. Nos sentamos e ficamos num silêncio confortável por um bom tempo. Era fácil ficar assim com o , ele despertava os melhores sentimentos em mim e acalmava meu coração de uma forma surpreendente. Olhei para o lado e vi com os olhos fechados, sorrindo pra si mesmo. "Que visão." De repente ele abriu os olhos, me encarando, e eu levei um susto, derrubando o milk shake no chão.
– Calma, não precisa ficar nervosa, sou só eu. – ele disse.
– Eu sei, mas você sabe que eu não gosto que as pessoas me encarem.
– Mas você pode me encarar né?
Fiquei vermelha com seu comentário e não respondi.
– Ei não precisa ficar vermelha, apesar de eu adorar ver você assim. Você fica igual uma bonequinha de porcelana.
Encarei minhas mãos em um eterno nervosismo.
, olha pra mim. – continuei com a cabeça baixa. – Olha pra mim, por favor.
Quando o olhei, ele estava me encarando e seus olhos transmitiam uma ternura que nunca vi igual.
– Eu preciso te dizer uma coisa. – disse ele, mas logo virou os olhos pra frente com as bochechas levemente coradas.
"Alguém me explica como um ser humano pode ser tão fofo?"
– Ei, – eu disse, virando seu rosto pra mim. – qual o problema?
– Meu problema é você. – ele disse me encarando.
– Ok e você precisava me trazer pra um parque no meio da noite pra falar que eu sou um problema na sua vida? – eu disse, me levantando indignada.
Vi que ele estava sorrindo abobalhadamente pra mim. "Esse menino é bipolar", pensei.
– Você por acaso deixou eu terminar de dizer que tipo de problema é?
– Não quero nem saber, quando as pessoas dizem que tem um problema comigo com certeza não é algo bom. – eu disse me virando para ir embora.
"Ele com certeza sabe dos meus sentimentos por ele. É a única explicação pra ele brincar comigo desse jeito."

[N/A: coloque a música para tocar]

Senti uma mão em meu braço e logo fui puxada em direção ao corpo de . Olhando em meus olhos, ele disse:
– Por favor, não fuja, estou cansado de tentar ficar longe de você. – o olhei, confusa, e ele continuou. – Não faça essa cara pra mim, você sabe muito bem que eu te acho a pessoa mais linda desse mundo.
, para de palhaçada, por favor.
– É sério, , eu tentei fugir inúmeras vezes, tentei dizer pra mim mesmo que era só uma atração, afinal, você é brasileira né? Imagino que Nova York inteira esteja correndo atrás de você e quando imagino isso fico com tanta raiva que me vejo quebrando a cara de todos os caras que te olham de um jeito diferente. Eu posso não ser o melhor e nem o cara que você imaginava dizer isso, mas eu acho... Não, eu tenho certeza que essa noite você deveria deixar eu te mostrar porque sou o cara que pode te fazer feliz.

Settle down with me
[Se acalme comigo]
Cover me up, cuddle me in
[Me cubra, me abrace]
Lie down with me
[Se deite comigo]
And hold me in your arms
[E me segure em seus braços]

– Por incrível que pareça, , você não precisa me mostrar porque é perfeito pra mim, eu já sei.

And your heart’s against my chest
[E o seu coração está contra o meu peito]
Your lips pressed to my neck
[Seus lábios pressionados no meu pescoço]
I’m falling for your eyes but they don’t know me yet
[Eu estou mergulhando dentro dos seus olhos, mas eles ainda não me conhecem]
And with a feeling I’ll forget, I’m in love now
[E com esse sentimento que eu vou esquecer, estou me apaixonando agora]

– Você está dizendo que aprecia minha beleza e minha arte de comer?
– Eu estou tentando dizer que aprecio tudo em você.

Kiss me like you wanna be loved
[Me beije como se quisesse ser amada]
You wanna be loved, you wanna be loved
[Você quer ser amada, você quer ser amada]
This feels like falling in love
[Isso é como se apaixonar]
Falling in love, we’re falling in love
[Se apaixonar, nós estamos nos apaixonando]


Ele aproximou seus lábios do meu rosto e beijou minha testa, meu nariz e em seguida minha boca.

Settle down with me
[Acalme-se comigo]
And I’ll be your safety, you’ll be my lady
[E eu serei sua proteção, você será minha dama]
I was made to keep your body warm
[Eu fui feito para manter seu corpo aquecido]
But I’m cold as the wind blows
[Mas eu estou frio à medida que o vento sopra]
So hold me in your arms
[Então me segure em seus braços]

My heart’s against your chest
[Meu coração está contra seu peito]
Your lips pressed to my neck
[Seus lábios pressionados em meu pescoço]
I’m falling for your eyes but they don’t know me yet
[Estou mergulhando em seus olhos, mas eles ainda não me conhecem]
And with this feeling I’ll forget, I’m in love now
[E com esse sentimento que eu vou esquecer, estou apaixonado agora]
Kiss me like you wanna be loved
[Me beije como se quisesse ser amada]
You wanna be loved, you wanna be loved
[Você quer ser amada, você quer ser amada]
This feels like falling in love
[Isso é como se apaixonar]
Falling in love, we’re falling in love
[Se apaixonar, nós estamos nos apaixonando]

Era um beijo calmo, eu tinha meus braços em volta de seu pescoço enquanto ele me abraçava pela cintura, fazendo um carinho gostoso ali. Era melhor do que eu esperava. Eu queria ter feito aquilo antes e, principalmente, queria continuar fazendo enquanto pudesse. Talvez eu estivesse mesmo apaixonada por ele, como todos diziam.

Yeah I’ve been feeling everything
[Sim, eu tenho sentido tudo]
From hate to love, from love to lust, from lust to truth
[Do ódio ao amor, do amor à luxúria, da luxúria à verdade]
I guess that’s how I know you
[Eu acho que é assim que eu conheço você]
So hold you close to help you give it up
[Então te abraço apertado para te ajudar a desistir]

Kiss me like you wanna be loved
[Me beije como se quisesse ser amada]
You wanna be loved, you wanna be loved
[Você quer ser amada, você quer ser amada]
This feels like falling in love
[Isso é como se apaixonar]
Falling in love, we’re falling in love
[Se apaixonar, nós estamos nos apaixonando]

Kiss me like you wanna be loved
[Me beije como se quisesse ser amada]
You wanna be loved, you wanna be loved
[Você quer ser amada, você quer ser amada]
This feels like falling in love
[Isso é como se apaixonar]
Falling in love, we’re falling in love
[Se apaixonar, nós estamos nos apaixonando]

Capítulo 12


"Tell her that I love her, tell her that I need her, tell her that she's more than a one-night stand"

Londres

POV ON

Fechei a porta do meu apartamento que fazia tempo que não via.
? – eu disse logo que me virei. – Onde você está, chuchu?
– Eu e estamos aqui vendo televisão, amor. – ele disse da sala.
Entrei na sala e vi os dois jogados no sofá vendo America’s Next Top Model.
– Que programa mixuruca hein?
– Ao contrário de você, nós não temos como ficar dando amassos em famosos por aí. Aliás, pode me contando da noite, mocinha, o que você ficou fazendo com o ?
– Nada. – respondi ficando ruborizada.
– Ok, vou fingir que acredito. Deixa eu ver o anel.
– Isso me lembra que você é o melhor e o pior viado do mundo. Pior porque quem você acha que é pra me enganar, seu desgraçado? E melhor porque o fez tudo tão bonitinho, com certeza você deu altas dicas pra ele.
– Claro que dei, amorzinho, sou um expert em relacionamentos. – ele disse, mandando beijinhos.
– Não era hoje seu tal encontro com o Ed Sheeran? – Belle perguntou.
– Ai, meu Deus, é verdade! – eu disse, me abanando. – Eu preciso estar linda, maravilhosa. vem me pegar às nove, não acredito que deixei me prender lá até essa hora.
– Até parece que você não gostou. – disse já correndo pro banheiro me vendo procurar algo pra jogar nele.
– SAI DESSE BANHEIRO JÁ, , TENHO QUE TOMAR BANHO, VOU CONHECER MEU ÍDOLO HOJE. – gritei a plenos pulmões.

Saí desfilando do banheiro para meus amigos verem o meu figurino. Modestamente, eu estava linda para o meu Ed. Ouvimos alguém tocando a campainha.
– Deve ser o . – eu disse sorrindo e me dirigindo até a porta, mandando beijos pros meus amigos que assobiavam e aplaudiam. Francamente.
Abri a porta e dei de cara com . Ele estava... Qual a palavra? Hmm... Apetitoso.
– Cadê o ? – perguntei, confusa.
– Eu imaginei que você fosse se produzir mais que o normal, não entendo porque já que você é linda de qualquer jeito. Mas voltando a pergunta, eu não deixaria minha namorada ir sozinha encontrar com o lobo. E vestida assim... – ele disse, me olhando de cima a baixo, os olhos faiscavam luxúria. – Vai matar o conto de fada inteiro.
– Deixa de ser babaca. – eu disse, vermelha. – Vamos, não podemos deixar o Ed esperando.
– Como quiser, princesa. – ele disse sorrindo e pegando minha mão.
Fomos conversando no carro sobre coisas aleatórias, eu nem prestava atenção em . Eu iria vê-lo. Sim, Edward. Sim, iria vê-lo. E com ao meu lado. Que vida injusta.
, eu tô te chamando há meia hora. Que foi, 'tá nervosa?
– Muito. E se ele não gostar de mim? E se me achar feia, sem graça? E se...
Ele parou o carro em frente ao restaurante, o manobrista já estava esperando quando ele pegou em minhas mãos.
– Princesa, presta bem atenção, eu sei que sou suspeito pra dizer, mas é impossível não gostar de você, e se ele te achar feia, acerto um murro nele, você é a mulher mais linda nesse recinto.
, ainda estamos no carro. – eu disse, sorrindo.
– Ok, você é a mais linda daquele recinto. – apontou para o restaurante. – Não deixe que o nervosismo tome conta e tenha a quarta melhor noite da sua vida.
– Quarta? – perguntei, confusa.
– Eu tenho que ocupar três lugares na sua lista, amor.
– Se contente com o primeiro ok?
– Me contento. – ele disse, me dando um selinho. – Vamos?
Ele saiu do carro e deu a volta para abrir minha porta. Cavalheiro. Andamos em direção à porta do restaurante e o vi. Lindo. Ruivo. Com um sorriso colgate de matar milhões.
, ? Estão atrasados. Athina guardou nossa mesa lá dentro. – fiquei olhando pros seus lábios, hipnotizada, enquanto as palavras iam fluindo.
– Vamos entrar antes que pule em cima de você e eu perca a namorada.
Ouvindo isso, saí do choque e bati no braço de .
– Seu bobo, ele vai achar que sou uma tarada.
– Ei, isso doeu!
– Vamos entrar? – Ed me estendeu a mão, olhando significativamente para , que assentiu.
Segurei em sua mão e quase tive um colapso. Eu estava andando de mão dada com o Ed Sheeran!
Avistamos Athina e fomos nos sentar com ela.
– Amor, essa é a , minha fã número um, pelo o que eu soube.
– Ouviu muito bem. – eu disse, sorrindo.
Engatamos em uma conversa tranquila sobre gatos e o cabelo do Harry...
– Então, , me conta por que você se apaixonou pelo Ed? – Athina me perguntou sorrindo.
– Athina, não coloque , apaixonou e Ed numa mesma frase de novo, por favor. – fingiu se abanar.
– Meu namorado é um palhaço, não liguem. – eu disse e rimos.
– Mas diga, , por que se apaixonou por mim? – Ed me perguntou, me fazendo corar.
– Bem, a primeira vez que te vi foi na televisão, dando uma entrevista, e te achei bem feio, na verdade. – rimos. – Foi aí que ouvi The A Team e me identifiquei total com a música e descobri que era o “gordinho ruivo” que cantava. Não preciso dizer que você me encantou né? Suas entrevistas, seu bom humor, sua sinceridade... E sua voz. Que voz! Eu já achava que era sua fã, mas a confirmação veio quando saiu I See Fire. Eu me arrepiava da cabeça aos pés com essa música e não imaginava porque ela me fazia sentir viva por dentro, como se estivesse acesa. Como fogo. E só descobri o motivo um ano e meio depois, quando meu pai adoeceu. Para as pessoas não faz sentido, mas pra mim faz.
“Se a noite está queimando
Vou cobrir meus olhos
Pois se a escuridão voltar
Meus irmãos morrerão
E assim que o céu despencar
Vai colidir nessa cidade solitária
E com aquela sombra no chão”

– Eu me apaixonei por você, Ed, porque eu também vejo fogo. E fogo não necessariamente mata ou é algo ruim, porque enquanto ele estiver aceso dentro de mim, quer dizer que estou viva. – terminei, deixando rolar uma lágrima.
Todos me encaravam com lágrimas nos olhos.
– Ok, isso foi embaraçoso. – eu disse, sem graça.
– Não, isso foi lindo. Eu fico tão feliz em saber que minha música toca assim as pessoas, porque o que eu escrevo toca a mim primeiro. Eu procuro escrever sobre sentimentos, , e saber que eles estão conectados com alguém que morava a um oceano de distância de mim, me faz a pessoa mais feliz do mundo. – Ed disse, enxugando uma lágrima que tinha rolado e logo depois segurando minhas mãos.
– Sobramos, . – Athina suspirou.
– Eu já vim pra cá sabendo que terminaria assim. – disse, revirando os olhos.
Continuamos conversando e depois começamos com piadas, que, devido ao vinho que os meninos pediram, começavam a ficar mais espalhafatosas e escandalosas.
– Bem, queridos, eu preciso ir. – Ed disse. – Tenho um show amanhã e você também, senhor .
– Nossa, eu tinha até esquecido.
– O que faremos enquanto nossos homens vão atrás do pão de cada dia? – Athina me perguntou sorrindo.
– Vamos às compras. – gritei e todos do restaurante nos olharam. – Ok, entendi, sem escândalo.
– Então tá marcado. – Athina disse.
– Pelo jeito, elas já estão se dando bem demais e logo estarão contra a gente, Ed.
– Eu tô vendo, vamos ter que amarrá-las em casa.
– Pois tente, senhor Sheeran. – Athina desafiou.
, nem comece a me desafiar ou a me agradar, porque a resposta é não. – brincou.
– Coitados. – eu e Athina dissemos juntas e depois rimos.
– Bem, tenho que ir, de verdade.
Nos levantamos juntos e fomos até o carro, foi quando lembrei de algo.
– A conta! Ninguém pagou.
– Somos sócios, amor, eles mandam a conta depois. – riu da minha cara de espanto.
– Ok, ainda não me acostumei com as regalias da nobreza.
– Sua palhaça. – ele disse, beijando minha testa.
Ed e Athina se aproximaram de nós de mãos dadas e sorriram.
– Adoramos te conhecer, , pode ter certeza que nos veremos mais vezes. – disse Athina.
Ed pegou minha mão e a beijou cordialmente.
– Minha fã número um, obrigado pela noite maravilhosa.
– Obrigada você. Foi a segunda melhor noite da minha vida, nunca mais esquecerei. – eu disse e sorriu largamente.
Eles nos abraçaram e beijaram e foram em direção ao carro enquanto eu e nos ajeitávamos no carro também.
Já estávamos a quase cinco quadras do restaurante e eu ainda não conseguia parar de sorrir. "Que noite perfeita!"
– Um dólar pelos seus pensamentos, mocinha.
– Eu queria que essa felicidade nunca acabasse.
– Nunca vai acabar, não se depender de mim.
– Eu sei. – sorri e voltei meu olhar para a janela do carro. A vida com certeza não teria como ficar melhor.

Capítulo 13


"Tô aproveitando cada segundo antes que isso aqui vire uma tragédia."

New York... 3 meses depois

POV On

And again, and again, and again, and again
‘Cause I’m trying too hard again

e eu estávamos no penúltimo show dos meninos em Nova York e assim que os ouvimos se despedindo do público, seguimos para o camarim.
– O show foi incrível, meninos, como sempre. – disse sorrindo e abraçando os meninos, eu fiz o mesmo.
– Eu tô exausto. – disse se jogando no sofá que tinha ali.
Logo todos nos acomodamos.
– Vou sentir falta de vocês quando forem embora. – disse fazendo bico.
– Nós também vamos, mas não é como se não fôssemos nos ver nunca mais. – disse .
– Mas vai saber quando vocês estarão disponíveis para nós novamente. – eu disse e senti me apertando mais em seu abraço.
– Não fala assim, eu sempre vou ter tempo pra você, boneca. – ele disse baixo fazendo um carinho de leve em meu rosto.
Nós sempre vamos ter tempo pra vocês. – disse, corrigindo.
– E ... – ia dizer algo quando alguém entrou em um rompante na sala.
– Meninos, precisamos conversar. – era Adam, o empresário dos meninos.
– Aconteceu alguma coisa? – perguntou um pouco assustado.
– Sim. – ele respondeu.
– Juro que não fui eu. – levantou os braços e fez cara de inocente.
– É algo com que devemos nos preocupar? – perguntou .
– Se vocês me deixassem falar, saberiam do que se trata. – ele revirou os olhos. – E não, nada com que se preocupar.
– Então o que é? – perguntou ansioso.
– Alguma entrevista? – .
– Algum show a mais aqui em Nova York? – .
– Mais tempo de férias? – perguntou esperançoso. – Porque, convenhamos, uma semana é muito pouco, tem...
– VOCÊS PODEM CALAR A BOCA E ME DEIXAREM FALAR? – ele gritou, irritado.
– Desculpa. – os meninos disseram juntos.
– Nenhuma entrevista, nenhum show aqui e muito menos férias. – ele disse, e não deu tempo dos meninos reclamarem. – Por Deus! Vocês ficaram um mês de férias, não foi o suficiente?
– Não. – já ia dizendo quando viu o olhar irritado de Adam pra ele e se calou.
– Vocês viajam pra Londres em dois dias. – ele disse, simplesmente.
– O QUÊ? – gritou, mas se calou logo em seguida.
– Vocês irão abrir um show do Ed Sheeran em três dias, portanto viajam em dois dias logo pela manhã, para poderem descansar antes do show. Alguma pergunta? – os meninos apenas negaram com a cabeça. – Ótimo, vejo vocês amanhã. – e com isso deixou o camarim.
– Isso é demais! – disse, animado.
– Meninos, isso é incrível. – disse sorrindo e eu concordei também sorrindo.
– Nós sabemos. – disse.
– Cara, a vai pirar quando souber. – eu disse. – Imagina só, um show do Ed Sheeran e 5 Seconds of Summer no mesmo dia, até eu piraria! – todos riram da minha animação.
– Quanto a isso... – começou .
– Você poderá ver um show nosso e do Ed no mesmo dia, irmãzinha. – completou.
– É, um dia, eu sei.
– Pra ser exato, em três dias. – disse.
– Como assim? – perguntei confusa.
– Bem, nós sabemos que seu sonho é ir pra Londres. – disse e eu concordei. – Então nós pensamos, – tossiu, o interrompendo, e ele revirou os olhos. – então, o pensou, que você poderia ir com a gente quando nós formos.
– No caso agora, em três dias. – interrompeu.
– E todos concordamos, até o Adam. – disse .
– Ah, gente, seria ótimo, mas...
– Você não perde essa mania de não deixar as pessoas terminarem de falar né, boneca? – me interrompeu e eu dei de ombros.
– Como eu estava dizendo, - falou. – nós também falamos sobre isso com o Josh, ele disse que por ele tudo bem e que falaria com sua mãe. – ele sorriu.
– Nossa, vocês pensaram em tudo mesmo. – eu ri.
– Na verdade, boneca, eu pensei. – disse, convencido.
– Pensou em algo que não fosse comida, amor? Que progresso! – eu disse, fingindo estar surpresa, e todos riram, menos ele.
– Deixa de ser palhaça, você sabe que eu não penso só em comida. – ele fez bico.
– Ah não? Pensa mais em que?
– Em você. – ele disse de um jeito fofo e eu sorri sem jeito. Fazer o quê, ele sabia como me desconsertar. – Já disse que você fica linda assim sem graça? – e me deu um selinho.
– CHEGA DE MELAÇÃO, POR FAVOR! – gritou, fazendo todos rirem e mostrou o dedo pra ele.
– Estou me sentindo esquecida, vocês só lembraram da . – disse, fazendo drama.
– E você por acaso iria com a gente? – perguntou.
– Claro que sim. – ela respondeu.
– Deixaria meu irmãozinho dando sopa em New York? – eu perguntei.
– Claro que não, ficou maluca? É, meninos, eu não iria. – ela disse, nos fazendo rir.
Seu celular tocou e ela saiu pra atender, voltando poucos minutos depois.
– Tenho que ir, meu pai está me esperando lá fora. – ela disse. – Tchau, amores, até amanhã.
– Tchau, . – dissemos juntos.
– Acho que vou também. – eu disse.
– Mas já, irmãzinha? – perguntou e eu concordei.
– Vamos então, boneca, eu te levo. – disse. Me despedi dos outros meninos e segui com ele para o carro.

– Me liga assim que falar com a sua mãe? – ele perguntou, parando o carro em frente ao meu prédio.
– Claro. – eu sorri e ele me deu um beijo.
– Espero que ela deixe.
– Eu também. – suspirei. – Até amanhã.
– Até amanhã, boneca. – nos despedimos com um beijo calmo e eu saí do carro.
Quando entrei em meu apartamento, percebi que todos já tinham ido dormir. Teria que conversar com minha mãe no dia seguinte. “Enquanto isso, morro de ansiedade”, pensei entrando no quarto.

Já de banho tomado e pronta pra dormir, me joguei em minha cama. Peguei o celular para mandar uma mensagem pra . Eu sabia que já era madrugada em Londres e provavelmente ela já estaria dormindo, mas eu precisava contar para ela.

“Eu sei que não é hora, mas antes que você me xingue, é por uma boa causa.”

Enviei e fiquei esperando ela me responder. Quando já estava quase desistindo e me contentando que só falaria com ela no dia seguinte, o celular apitou.

“Espero que seja mesmo um ÓTIMO motivo, você tem noção que me acordou?”

“Ai para de reclamar... EU VOU PRA LONDRES!!! Okay, talvez eu vá pra Londres.”

Aquele talvez me assustou, mas eu ainda não tinha certeza se minha mãe deixaria.

“O quê? Como assim ‘talvez’? Dá pra você falar coisa com coisa mulher?”

“Bem, os meninos vão pra Londres em dois dias e me chamaram pra ir junto, mas ainda tem o quesito ‘mãe’.”

“Dessa vez ela vai deixar. Espero. Mas eles não vinham daqui uma semana?”

“Sim, mas eles tem um compromisso de última hora... Abrir o show do Ed!”

“SHUT UP! VOCÊ SÓ PODE ESTAR BRINCANDO! Me diz que é mentira. Não, não me diz que é mentira. OH MY GOD, isso é sério? Tipo, SÉRIO MESMO?”

“Sim, seríssimo. Dá pra acreditar? É, eu sei que não. Não é ótimo?”

“Ótimo? Ótimo? Estamos falando dos meus ídolos juntos. Um show dos dois. No mesmo dia. OH MY GOD!”

“Okay, eu já entendi. Tem como você se acalmar? Se continuar desse jeito vai acabar tendo um ataque e passar dessa pra melhor antes da hora.”

“Vira essa boca pra lá. Já me acalmei.”

“Okay, volta a dormir. Desculpa te acordar, mas eu precisava contar.”

“Hiper desculpada, pandinha. Mas você vai vir apenas para o show?”

“Claro que não. No dia que eu pisar em Londres, saio nunca mais.”

“É, eu sei. Assim que falar com sua mãe me avisa okay? Ela vai deixar!”

“Espero. Boa noite, panda.”

“Boa noite, irmãzinha.”

Capítulo 14


"Well, life has a funny way of sneaking up on you when you think everything's okay and everything's going right"

[N/A: Coloque Light On - David Cook para carregar.]

Eu andava de um lado para o outro com o celular na mão e sem conseguir controlar o choro. Ficava ainda mais nervosa conforme a cada número que eu ligava, recebia um "Fora da área de cobertura" como resposta.
– Oi, , tá tudo bem? – finalmente atendeu.
, você pode vir aqui? – perguntei, tentando controlar o choro.
, você tá chorando? O que aconteceu?
– Só vem, por favor. Aqui eu te explico.
– Ok, irmãzinha. – ele disse e eu desliguei o telefone.

Quinze minutos depois ele chegou.
– Foi rápido. – tentei sorrir, mas certeza que pareceu mais uma careta.
– Fiquei preocupado, o que aconteceu?
– Ela não me deixou ir, . – eu disse, sentando no sofá e as lágrimas rolaram livremente. – Você tem noção do que é ter seu sonho impedido? Duas vezes! – falei indignada.
– Por que ela não deixou? – ele perguntou, sentando-se ao meu lado.

Flashback On
– Você não entende mesmo, não é? – eu disse, deixando transparecer minha frustação.
Eu estava conversando (lê-se: discutindo) com minha mãe sobre eu ir para Londres com os meninos, adivinhem a resposta?
– Você que não entende, , eu já disse que não. – ela suspirou, cansada. – Você não vai largar a escola por causa de um garoto.
– Você ouviu bem o que acabou de dizer? Como você pode achar que eu ‘tô fazendo isso por causa do ? Você sabe muito bem que não é só isso. – eu disse, irritada. – É difícil entender que eu só quero realizar meu sonho?
– Que seja! Você não vai parar de estudar por causa disso.
– O problema é mesmo a escola? Porque eu tenho certeza que vocês podem dar um jeito nisso. – olhei pra Josh, esperançosa.
– Bem... – ele começou, mas logo foi interrompido.
– Você tem que entender que não é não, eu pensei que essa loucura já tinha passado quando viemos pra cá.
– Por Deus, mãe! Loucura? – acabei me exaltando um pouco. – Isso é o meu sonho desde pequena e você ‘tá me impedindo de realizá-lo. Mais uma vez. – dei ênfase na última parte.
Ela apenas me olhou por um tempo sem expressão e então finalmente falou.
– Assunto encerrado, já estou atrasada para o trabalho. – se levantou, pegou sua bolsa e saiu. Simples assim.
Josh se levantou logo em seguida e me deu um beijo na testa.
– Eu vou tentar conversar com ela. Qualquer coisa me liga. – ele disse e saiu.
Flashback OFF

– Você acha que ele consegue convencê-la? – perguntou me abraçando.
– Não sei, quando ela bota uma coisa na cabeça é difícil fazê-la mudar de ideia. – eu disse sem conseguir conter as lágrimas que insistiam em cair.
– Não chora, pequena, nós vamos dar um jeito.
Eu não respondi nada, apenas fiquei ali chorando em seu ombro, enquanto ele fazia carinho em meus cabelos, esperando eu me acalmar.
, – chamei um tempo depois, me afastando um pouco dele. – não fala nada com o . Por favor. Deixa que eu faço isso, só preciso pensar em como.
– Não vou, irmãzinha, mas se você precisar de ajuda pra isso é só me chamar. – ele sorriu carinhoso.
– Obrigada, mesmo. – sorri fraco.

Londres...

POV ON

, pelo amor de Deus, tira essa toalha molhada de cima da cama.
– Você ‘tá parecendo a minha mãe. – ele gritou do banheiro.
Balancei a cabeça, tirando a toalha da cama. Era sempre a mesma coisa.
You’re like perfection, some kind of holiday
You got me thinking that we could run away

– Alô?
– Oi, amiga. – ouvi uma chorosa do outro lado da linha.
, o que foi? Por que você tá chorando? – perguntei preocupada.
– Não consigo te esconder nada né?
– Não, não consegue. Então, vai me dizer?
– Ah, amiga, é que...
“– Amor? Pega minha blusa no armário por favor.” – ouvi gritar do banheiro.
Coloquei o celular no viva voz enquanto ouvia contando que, mais uma vez, a super proteção de sua mãe havia frustrado seus sonhos.
– EU NÃO ACREDITO QUE ISSO ‘TÁ ACONTECENDO DE NOVO. – ela gritou e pude ouvir algo quebrando.
saiu do banheiro assustado e com uma expressão confusa, coloquei um dedo nos lábios pedindo que ele fizesse silêncio.
– Desculpa por isso, acho que surtei um pouco.
– É, eu me lembro bem de seus surtos. – ri, tentando descontrair um pouco.
– Idiota. – a ouvi bufar e tive certeza que ela revirava os olhos.
– Poxa, então você não vai ver sua velhinha.
– Eu não, mas o ‘tá doido pra conhecer a famosa . – ela disse e olhei rapidamente para , que estava com uma cara nada boa.
– Hã, amiga, que tal falarmos disse depo...
– Pra quê? É sério, mostrei suas fotos do instagram pra ele e ele quase teve um ataque, fui obrigada a dizer que eram os filtros. – ela deu uma leve risada.
– Babaca, olha, eu nã...
– Espero que vocês se deem bem. Tenho que ir. Beijos. – e desligou.
Olhei novamente para , que estava me encarando de modo indecifrável.
– Bem legal isso de você ter marcado de encontrar outro cara estando comigo. Não esperava isso. – ele disse friamente.
– Em primeiro lugar, ninguém marcou encontro nenhum. E é ele que quer me conhecer, não o contrário.
– Como se você não quisesse conhecê-los.
– São meus ídolos, é claro que eu quero conhecê-los, mas não desse jeito que sua mente pervertida está pensando.
– Não quer tanto que nem contou pra sua melhor amiga que você tem NAMORADO. – ele gritou a última palavra.
– Eu ia contar pra ela pessoalmente, seu babaca.
– ‘Tô sabendo.
– É sério, .
– Eu acho que nessa listinha de coisas pra fazer que você tem, deveria ter ‘criar comprometimento’, é o que tá faltando para termos um relacionamento de verdade.
– E na sua listinha deveria ter ‘cair na real’, porque seu cérebro ‘tá criando coisas que não existem.
– Não quero brigar, .
– Você quem começou.
– Olha, eu tenho uma entrevista agora, depois conversamos.
– Eu não tenho mais o que conversar.
– Ótimo, então só eu falo. Essa conversa não terminou. – ele disse, saindo e batendo a porta.
Insuportável.

New York...

POV ON

Estava terminando de me arrumar para ir para a soundcheck do último show dos meninos em NY. Ainda não tinha conseguido falar com , então falaria quando chegasse lá. Quando terminei de passar uma leve maquiagem para disfarçar a cara de quem havia chorado, ouvi o interfone tocar e tive que ir atender já que estava sozinha em casa.
– Sim?
– Senhorita , o senhor está aqui.
– Pode deixá-lo subir.
Fiquei me perguntando o que o levara até ali, era pra ele estar no ensaio que, pela hora, já havia começado.
Ouvi o elevador chegar e logo saiu de lá. Ele veio em minha direção e me deu um selinho.
– Aconteceu alguma coisa? – perguntei.
– Não, por quê?
– Primeiro, porque foi impossível falar com você o dia inteiro e segundo, não era pra você estar no ensaio?
– Desculpe por isso, eu tive que resolver umas coisas. – ele parecia nervoso. – E bem, aconteceu algo sim, eu só não sei como falar isso. – ele passou as mãos pelo cabelo e eu o olhei apreensiva. – Será que a gente pode dar uma volta?
– Cla-claro, vamos. – eu disse e saímos do apartamento.
Durante todo o caminho eu fiquei pensando o que poderia ter acontecido para deixá-lo tão nervoso daquele jeito. “Será que é alguma coisa ruim? Já basta a minha notícia ruim. Espera, será que é isso? Será que o contou pra ele?” Minha confusão só aumentou quando ele parou o carro perto de um parque. Ele saiu do carro e eu fiz o mesmo, logo reconheci o lugar. Era onde tínhamos ficado pela primeira vez.
Ele entrelaçou nossos dedos e caminhamos, ainda em silêncio, até um banco. Seria irônico demais se eu falasse que era exatamente o mesmo banco daquela noite?
Talvez se eu soubesse do que se tratava, eu não teria ficado tão nervosa quanto fiquei. Ou teria impedido que as coisas chegassem a um ponto mais difícil. Vai saber o que poderia ter acontecido. A única certeza é que eu, definitivamente, não esperava pelo que viria a seguir.
segurou meu queixo, fazendo com que eu o encarasse. Ele olhava profundamente dentro de meus olhos como se quisesse achar alguma resposta ali.
– Eu não tinha certeza de como fazer isso, mas aqui, nesse lugar tão especial pra gente e olhando em seus olhos, eu percebi que nunca tive tanta certeza de uma coisa na vida. – ele dizia calmamente. – Hoje eu andei pensando e resolvi que já estava mais do que na hora de fazer isso. Eu realmente gosto de você, não... Eu te amo. É, eu te amo muito, boneca. E eu quero assumir, oficialmente, o que todos já sabem... Eu quero poder falar para o mundo todo que você é minha namorada. – ele terminou e, sem quebrar o contato de nossos olhos, pegou uma caixinha de dentro do bolso.
Eu levei as mãos à boca e não sabia o que dizer. Enquanto sentia algumas lágrimas, que antes eu estivera segurando, rolar pelo meu rosto, eu respirei fundo. “Céus, vai ser mais difícil do que eu imaginei. E agora?”
, eu...
– Olha, se você não quiser tudo bem, eu vou entender. Sério. - ele disse rápido e com um olhar triste. Foi de partir o coração.
– Não fala bobagem, bebê, você não faz ideia do quanto eu quero isso.
– Então qual é o problema? – perguntou ele, confuso.
– Nós somos de mundos diferentes, você ‘tá sempre viajando e se algum dia você... – respirei fundo antes de continuar, doía só de imaginar. – Você conhecer alguém que te interesse mais que eu? Eu não quero que você se prive de conhecer novas garotas por minha causa. E você vai embora amanhã, quem sabe quando vai voltar aqui?
– Eu quero me privar disso, quero mesmo. E o que você quer dizer com isso? Você vai com a gente, não vai? – seu olhar era quase uma súplica para que eu falasse que sim, eu iria.
– Não, meu bem, minha mãe não deixou. – respondi, abaixando a cabeça.
– Não tem nada que possamos fazer para convencê-la? – ele perguntou e eu apenas neguei com a cabeça.
Ele me abraçou fortemente e eu retribuí, sem conseguir conter as poucas lágrimas que caíam livremente.
– Não fica assim, boneca. – ele disse passando a mão suavemente em meu resto para secá-lo. – Nós vamos dar um jeito, eu prometo. Eu não vou te perder assim tão fácil. – dito isso, ele me beijou.
It’s late in the evening, glass on the side
I’ve been sat with you for most of the night

Fomos interrompidos pelo meu celular que tocava insistentemente.
– Alô?
– Por favor, me diz que o ‘tá com você? – parecia meio desesperado do outro lado da linha.
– Aham, por quê?
– Porque ele saiu no meio do ensaio sem mais nem menos, não atende o bendito celular e falta menos de uma hora pro show. – ele respondeu, irritado. – Onde vocês se meteram? Argh, eu não quero saber, venham logo pra cá.
– Estamos indo. – desliguei o telefone.
– Temos mesmo que ir? – perguntou, fazendo bico.
– Sim, a menos que você queira ser castrado, o ‘tá bem irritado.
– Nem brinca com isso, ainda tenho que ter dois lindos filhos com você. – ele disse e eu ri.
– Você adora me deixar sem graça né? – ele concordou e me deu um beijo rápido. – Anda, bebê, precisamos ir. – me levantei e ele fez o mesmo.

We’ll never be as young as we are now
As young as we are now
As young as we are now


Eu e estávamos na área VIP e o show já estava no final.
– A próxima e, infelizmente, última música não estava na setlist, resolvemos tocá-la em cima da hora e achamos que seria melhor deixá-la para o final. – disse .
– É um cover que descreve bem o que estou sentindo no momento e eu quero dedicar pra uma pessoa muito especial. – disse, olhando em minha direção, e os primeiros acordes começaram.

[N/A: Coloque a música para tocar. || Coloque Vienna - Billy Joel para carregar.]

Never really said too much
[Nunca disse muito]
Afraid it wouldn’t be enough
[Com medo de não ser o suficiente]
Just try to keep my spirits up
[Apenas tentei deixar meu espírito pra cima]
When there’s no point in grieving
[Quando não havia razão na angústia]
Doesn’t matter anyway
[Isso não importa]
Words could never make me stay
[Palavras nunca poderiam me fazer ficar]
Words will never take my place
[Palavras nunca tomarão meu lugar]
When you know I’m leaving
[Quando você souber que estou indo]

Try to leave a light on when I’m gone
[Tente deixar uma luz acesa quando eu me for]
Something I rely on to get home
[Alguma coisa que eu possa contar para voltar pra casa]
One I can feel at night
[Algo que eu possa sentir a noite]
A naked light, a fire to keep me warm
[Uma luz branca, o fogo para me deixar aquecido]
Try to live a light on when I’m gone
[Tente deixar uma luz acesa quando eu me for]
Even in the daylight, shine on
[Mesmo durante o dia, brilhe]
And when it’s late at night you can look inside
[E quando for tarde você poderá olhar para dentro]
You won’t feel so alone
[Você não se sentirá tão sozinha]

You know we’ve been down that road
[Você sabe que nós estamos abaixo da estrada]
What seems a thousand times before
[Que parece mil vezes antes]
My back to a closing door and my eyes to the seasons
[Minhas costas à uma porta fechada e meus olhos às estações]
That roll out underneath my heels
[Aquilo estendido debaixo de meus calcanhares]
And you don’t know how bad it feels
[E você não sabe como isso soa ruim]
To leave the only one that I have ever believed in
[Deixar a única que eu sempre acreditei]


Ele não tirava os olhos de mim enquanto cantava e até deixava algumas lágrimas rolarem. Enquanto eu, mais uma vez naquele dia, não contive as lágrimas que insistiam em cair. Tudo o que eu queria era que as coisas fossem mais simples, que nós não precisássemos passar por aquilo. Eu queria que ele não tivesse que ir embora ou que eu pudesse ir junto.

Try to leave a light on when I’m gone
[Tente deixar uma luz acesa quando eu me for]
Something I rely on to get home
[Alguma coisa que eu possa contar para voltar pra casa]
One I can feel at night
[Algo que eu possa sentir a noite]
A naked light, a fire to keep me warm
[Uma luz branca, o fogo para me deixar aquecido]
Try to live a light on when I’m gone
[Tente deixar uma luz acesa quando eu me for]
Even in the daylight, shine on
[Mesmo durante o dia, brilhe]
And when it’s late at night you can look inside
[E quando for tarde você poderá olhar para dentro]
You won’t feel so alone
[Você não se sentirá tão sozinha]

Sometimes it feels like we’ve run out of lucky
[Às vezes parece que corremos da sorte]
When the signal keeps on breaking up
[Quando o sinal continua se rompendo]
When the wires cross in my brain
[Enquanto esses arames atravessam meu cérebro]
You’ll start my heart again
[Você iniciará meu coração novamente]
When I come along
[Quando eu voltar]

Try to leave a light on when I’m gone
[Tente deixar uma luz acesa quando eu me for]
Something I rely on to get home
[Alguma coisa que eu possa contar para voltar pra casa]
One I can feel at night
[Algo que eu possa sentir a noite]
A naked light, a fire to keep me warm
[Uma luz branca, o fogo para me deixar aquecido]
Try to live a light on when I’m gone
[Tente deixar uma luz acesa quando eu me for]
Even in the daylight, shine on
[Mesmo durante o dia, brilhe]
And when it’s late at night you can look inside
[E quando for tarde você poderá olhar para dentro]
You won’t feel so alone
[Você não se sentirá tão sozinha]


Quando a música acabou ele sorriu pra mim e eu sorri de volta. Não eram os mais felizes de nossos sorrisos, pelo contrário, era um sorriso triste. Sabíamos que a despedida estava próxima, embora quiséssemos adiá-la o quanto fosse possível.
Eles agradeceram aos fãs e saíram do palco. Assim que saímos de onde estávamos, os encontramos. veio em minha direção e eu me joguei em seus braços, beijando-o.
– Isso foi lindo! – eu disse quando partimos o beijo.
– Que bom que você gostou. – ele sorriu verdadeiramente. – Foi de coração.
– Eu te amo. – eu disse, lhe dando um abraço apertado, afundando minha cabeça em seu pescoço.
Naquele momento eu estava exatamente onde eu queria e precisava estar e de onde, por mim, eu jamais sairia. Nos braços dele.

Capítulo 15


"And life has a funny way of helping you out when you think everything's going wrong and everything blows up in your face."

New York...
POV ON

Estava deitada pensando em quão ruim a vida poderia ser. Sério, se eu pudesse engarrafar minha má sorte seria letal. Me peguei pensando onde os meninos estariam.

[N/A: coloque Vienna - Billy Joel para tocar.]

Slow down, you crazy child
[Devagar, sua criança louca]
You're so ambitious for a juvenile
[Você é tão ambicioso para um jovem]
But then if you're so smart, tell me why are you still so afraid?
[Mas então se você é tão esperto, me diga por que ainda tem medo?]
Where's the fire? What's the hurry about?
[Onde está o fogo? Pra que é a pressa?]
You better cool it off before you burn it out
[É melhor você aproveitar isso antes que você perca]
You got so much to do and only so many hours in a day
[Você tem muito o que fazer e apenas tantas horas em um dia]


, o que houve? Por que você ainda está chorando? – meu padrasto perguntou, entrando em meu quarto.
– Talvez seja apenas o fato de que toda vida que eu queria não está aqui e a pouca parte que estava foi embora.
– Então o que você está esperando para buscar o que falta?
Olhei para ele, irônica, ele só podia estar brincando comigo.
– Olha, Josh, eu gosto muito de você, mas se você continuar de palhaçada com a minha cara teremos uma séria briga. – ele riu.
– Que tal termos uma séria briga quando você voltar de Londres?
– O quê? – perguntei chocada, ainda sem entender. – Eu juro que se for uma brincadeira, eu...
– Foi isso mesmo que você ouviu. – ele sorriu. – Arrume suas coisas, seu voo sai em duas horas.

Don't you know that when the truth is told
[Você não sabe que quando a verdade é contada]
That you can get what you want or you can just get old?
[Que você pode conseguir o que quer ou você pode só ficar velho?]
You're gonna kick off before you even get halfway through
[Você vai desistir antes mesmo de passar metade do caminho]
When will you realize Vienna waits for you?
[Quando você perceberá que vienna espera por você?]


"Última chamada para o voo 234, com destino a Londres."
– Você sabe que eu ainda acho isso uma péssima ideia né? – minha mãe disse e eu revirei os olhos.
– Por favor, mãe.
– Amor, por favor, já é a última chamada, deixa a menina ir. – Josh veio em meu socorro.
– Obrigada. – sorri para ele que me deu um abraço, se despedindo.
– Se cuida, filha. – minha mãe me abraçou, já chorando. – Eu te amo muito.
– Também te amo, mãe. – dei um beijo em seu rosto e fui em direção ao portão de embarque.

Slow down, you're doing fine
[Devagar, você está indo bem]
You can't be everything you wanna be before your time
[Você não pode ser tudo que você quer ser antes do seu tempo]
Although it's so romantic on the borderline tonight
[Embora é tão romântico no limite hoje à noite]
Too bad, but it's the life you lead
[Tão ruim, mas é a vida que você leva]
You're so ahead of yourself that you forgot what you need
[Você está tão adiante de si mesmo que esqueceu do que precisa]
Though you can see when you're wrong
[Você está tão adiante de si mesmo que esqueceu do que precisa]
You know, you can't always see when you're right
[Você está tão adiante de si mesmo que esqueceu do que precisa] Though you can see when you're wrong
[Apesar que você pode ver quando você está errado]
You know, you can't always see when you're right
[Apesar que você pode ver quando você está errado]


Parei de observar o mar de nuvens pela janela e fechei os olhos por um instante, me permitindo fingir que estava ali, ao meu lado. Me peguei lembrando a última vez que nos vimos.

Flashback ON
, você por acaso tirou aquelas roupas sujas do fundo da mala antes de fazê-la? – perguntou .
– Ih caramba, esqueci de limpar de novo. – ele respondeu dando um tapa na testa.
– Seu porco! – todos dissemos juntos.
sorriu pra mim e pegou minha mão, a beijou por alguns segundos e disse em meu ouvido.
– Vai dar tudo certo.
Olhei pra ele e assenti com a cabeça. "Claro, vai dar tudo certo sim". Fiz uma lista mentalmente das coisas que deram certo:
"1 - ganhou na mega sena e foi pra Londres. Eu não fui.
2 - Ela conheceu os meus ídolos, sem ser fã. Eu não.
3 - Ela está realizando o sonho dela, não que eu não esteja feliz por ela, mas eu poderia estar junto. Não estou.
4 - Fiz os melhores amigos do mundo e eles estão indo embora com o menino que eu amo."
O que poderia ser pior?

You've got your passion. You've got your pride
[Você tem sua paixão, você tem seu orgulho]
But don't you know that only fools are satisfied?
[Mas você não sabe que apenas bobos estão satisfeitos?]
Dream on, but don't imagine they'll all come true
[Sonhe, mas não imagine que eles todos se realizarão]
When will you realize Vienna waits for you?
[Quando você perceberá que vienna espera por você?]


– É aqui que nos despedimos, irmãzinha. – disse, me dando um beijo na testa.
– Voltaremos pra te buscar. – disse, solidário.
– Ei, nós não vamos pra guerra, gente. – disse. – , existe uma coisa chamada celular, use com sabedoria. – ele piscou e rimos.
– Vamos dar um pouco de privacidade pra vocês. – disse. – , cinco minutos.
Depois de me despedir de cada um deles, me voltei para . Ele me abraçou pela cintura, encostando nossas testas e fechando os olhos.
Senti uma calmaria momentânea, era isso que ele fazia comigo.
– Você sabe que não estaremos longe, não sabe?
– Fora um oceano de distância? Claro, vamos estar pertinho. – eu disse ainda com os olhos fechados.
Ele passou seu nariz no meu e depositou um beijo logo em seguida.
– Você é muito irritante as vezes, mas eu também amo isso em você. – ele disse.
– Espero que você não fique com muitas londrinas.
– Eu sei que você não me deu uma resposta, mas já vou adiantando, sou inteiramente seu.
– Vou me lembrar disso quando precisar. – sorri.
, temos que ir! – gritou do portão de embarque.
– Você promete que volta? – perguntei.
– Eu sempre voltarei pra você.

Slow down, you crazy child
[Devagar, sua criança louca]
Take the phone off the hook and disappear for a while
[Tire o telefone do gancho e desapareça por um instante]
It's all right you can afford to lose a day or two
[Está tudo bem você pode permitir-se de perder um dia ou dois]
When will you realize Vienna waits for you?
[Quando você perceberá que vienna espera por você?]

Don't you know that when the truth is told
[Você não sabe que quando a verdade é contada]
That you can get what you want or you can just get old?
[Que você pode conseguir o que quer ou você pode só ficar velho?]
You're gonna kick off before you even get halfway through
[Você vai desistir antes mesmo de passar metade do caminho]
Why don't you realize Vienna waits for you?
[Por que você não percebe que vienna espera por você?]

When will you realize Vienna waits for you?
[Quando você perceberá que vienna espera por você?]

Flashback OFF

Me mexi na poltrona do avião, acordando de um sonho bom. Percebi que tinha esquecido de mandar mensagem pra avisando que estava indo. Peguei meu celular, mas estava sem bateria. "Droga!"
Olhei pela janela e vi o sol se pôr, era Deus me mostrando o começo da minha nova vida. Em Londres. Eu estava a algumas horas de realizar o meu sonho. Finalmente eu estava indo para minha casa. Minha tão esperada Londres. Eu não poderia estar mais feliz.

Capítulo 16


"Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se curam. E essa abstinência uma hora vai passar."

[N/A: Coloque That's what you get - Paramore para carregar]

Londres...
POV ON

Acordei com o celular tocando, "que pessoas desagradáveis".
– Alô?
– Oi, , aqui é Athina. O que acha de irmos juntas pra passagem de som do show de hoje?
– Você tá me chamando pra ver o Ed cantar sem ninguém por perto?
– Se você fizer o favor de não babar durante as três músicas, sim. – ela respondeu e rimos.
– Ok, vou ligar pro avisando pra me encontrar lá. Você passa aqui pra me buscar?
– Passo sim. Você tem trinta minutos para se arrumar, contando de agora. Beijo. – e então ela desligou.
Me levantei e tomei um banho rápido. Meu único pensamento era "eu vou ver o Ed de novo. OMG. Ed Sheeran. Vê-lo. Outra vez."
– Amorzinho, você tá nua? Se tiver, eu não entro. – disse, batendo na porta.
– Até parece que eu ficaria nua na mesma casa que você, vai que você resolve mudar de ideia. – respondi rindo.
– Você vai ser a primeira a saber. – ele disse, entrando no banheiro.
– Já que você está aqui, – eu disse enquanto secava meu cabelo. – manda uma mensagem pro avisando que vamos pra passagem de som do show hoje?
– Nós vamos? Por que não me falou antes? – perguntou batendo palmas.
– Descobri há dez minutos, delícia. – respondi enquanto ele digitava a mensagem.
– Prontinho. Agora vou me arrumar pois vamos conhecer vários gatos hoje.
– Amor, eu nem ligo mais pra isso, eu tenho...
– Namorado. – ele me cortou. – Você tem, mas eu não. Me deixe aproveitar. – ele disse e foi para seu quarto.
"Eu devo merecer mesmo."
Coloquei um short e uma blusa larguinha, minha marca no Brasil. E, bem, meus ídolos estariam todos juntos, nada melhor que mostrar minha personalidade. Fiz uma maquiagem leve e coloquei meus brincos de pérola.
Estava colocando os sapatos quando ouvi meu celular tocar, desbloqueei e vi uma mensagem de .

"Eu vou chegar atrasado, amor, guarda um lugar do seu lado pra mim? x"

"Não vou guardar nada, vai sentar no chão."
, respondi.

"Vou sentar no seu colo."

"Como se eu fosse ficar sentada, mas ok."

"Ai, você ficou sentada no meu show!"

"Estava extasiada demais com sua beleza!"

"Não adianta me cantar, estou oficialmente chateado, não há nada que me faça mudar de ideia."

"Que tal um beijinho?"

"Não."

"Dois?"

"Não adianta."

"Três? É minha última oferta."

"Três e uma massagem nas costas?"

"Fechado. Tenho que ir, Athina já vai chegar pra me pegar."

"Tudo bem, eu te amo."

"Te amo também."


Bloqueei o celular novamente, com um sorriso idiota. Depois da briga mais ridícula do mundo, nos reconciliamos e tudo estava de volta ao normal. Eu ouvi um amém?
Meu celular vibrou novamente, era Athina me avisando que tinha chegado.
, Athina chegou. Vamos! – gritei.
– Vamos, princesa. – ele apareceu todo produzido me estendendo a mão.

– ED! – gritei ao entrarmos no camarim.
– Oi, , e aí? – ele veio em minha direção, me abraçando.
– E aí que está na hora de você começar a cantar! – respondi, animada.
– Tenho que esperar os meninos aquecerem antes. E onde eles estão? – perguntou pra ninguém em especial.
– No palco, Ed. – um membro da equipe respondeu.
– Vamos até lá, meninas e eer, né?
– Vou fingir que entro na categoria meninas, querido Edward.
Ed fez uma cara esquisita e depois saiu na nossa frente, enquanto caíamos na gargalhada.
Caminhamos por um longo corredor e logo saímos atrás do palco. Foi nesse momento que os vi e quase tive um ataque. Eles estavam ao lado de uma mesa improvisada que continha água, suco e afins. Gargalhavam alto implicando um com o outro e eu queria gravar aquela imagem na minha mente pra sempre. Talvez fazer um quadro, com moldura rosa e verdade, porque eles são meio esquis...
– Princesa, para de babar por favor. Até eu tô ficando com vergonha de você secando os meninos. – sussurrou.
– Eu não consigo evitar, é mais forte que eu. – sussurrei de volta.
Ficamos observando enquanto Ed os cumprimentava. "Eles podiam tirar as blusas", pensei. Ed apontou pra nós, acenamos e sorrimos. Quando eles fizeram menção de ir falar com a gente, me apavorei.
– Não pule neles, pelo amor de Deus. Você é muito nova pra ser presa por agressão e eu muito lindo pra ser amigo de delinquente. – sussurrou e segurou minha mão enquanto eles se aproximavam.
– Esses são Athina, minha namorada, , minha maravilhosa fã número um, e , amigo dela. – Ed nos apresentou.
? – perguntou.
– Eu mesma. – respondi com um sorriso.
– Amiga da ? – perguntou novamente.
– Eu mesma. – repeti levantando as mãos, rimos.
é uma mentirosa, cara!
– Por quê?
– Você é muito mais bonita do que ela disse. – ele respondeu sorrindo, me analisando.
Fiquei vermelha com o comentário e fitei minhas mãos sem saber o que dizer.
– Ei, fica calma, eu só disse a verdade, mas não precisa ficar com vergonha. – disse ele, segurando minhas mãos.
– Ok, mas dá próxima cite o quanto sou adorável. – rimos juntos.
– E como seu sorriso é tão brilhante que ofusca a luz do sol?
– Tá me chamando de espalhafatosa?
– Nunca, você só é brilhante.
– E eu pensando que era mentira os boatos de que você era galanteador.
– Que mentira! Quem te contou essa barbaridade? Aposto que foi a . – ele disse.
– Não, não. Foi o TMZ.
– Aqueles babacas! – ele disse, me fazendo rir.
, dá pra você vir ensaiar? – gritou.
– Ei, , quer uma música comigo?
– E isso pode?
– Só pode porque é você. – ele respondeu sorrindo.
– Ok, mas eu escolho a música.
– A senhora que manda. – ele disse batendo continência.
Subi ao palco e, de repente, fiquei nervosa. chegou ao meu lado e pegou a minha mão, apertando-a tranquilizantemente. Eu o olhei e em seguida sorri. "Que menino lindo!"
– Solta o som, !

[N/A: Coloque a música para tocar.]

No sir, well, I don't wanna be the blame not anymore
[Não senhor, bem, eu não quero ser a culpada nunca mais]
It's your turn so take a seat we're settling the final score
[É a sua vez então sente-se, nós vamos acertar as contas]
Why do we like to hurt so much?
[Por que nós gostamos tanto de nos machucar?]
I can't decide
[Eu não consigo decidir]
You have made it harder just to go on
[Você tornou mais difícil para prosseguir]
Why? All the possibilities... Well, I was wrong
[Por que? Todas as possibilidades... Bem, eu estava errada]

That's what you get when you let your heart win - whoa
[É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar - Woah]
That's what you get when you let your heart win - whoa
[É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar - Woah]
I drowned out all my sense away with the sound of its beating
[Eu afoguei toda a minha razão com o som da batida]
And that's what you get when you let your heart win - whoa
[É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar - Woah]

era um palhaço, ele cantava fazendo caras e bocas e, em meus solos, me dava beijos estalados na bochecha. E eu ria descontroladamente.

I wonder... how am I supposed to feel when you're not here?
[Me pergunto, como deveria me sentir quando você não está aqui?]
Cause I've burned every bridge I ever built when you were here
[Pois eu queimei todas as pontes que construí quando você tava aqui]
I still try holding on the silly things
[Eu continuo tentando me prender a coisas bobas]
I never learn
[Eu nunca aprendo]
Oh why? ... all the possibilities
[Oh, por quê? Todas as possibilidades]
I'm sure you've heard
[Tenho certeza que você ouviu]

That's what you get when you let your heart win - whoa
[É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar - Woah]
That's what you get when you let your heart win - whoa
[É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar - Woah]
I drowned out all my sense away with the sound of its beating
[Eu afoguei toda a minha razão com o som da batida]
And that's what you get when you let your heart win - whoa
[É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar - Woah]

Nessa parte da música, ele pegou minha mão e a beijou, logo depois se aproximou mais e beijou meu ombro. Dei um safanão nele, chocada. "Que safado!" Ele me sorriu arrependido e dei um beijo em sua bochecha, indicando que ele estava perdoado.

Pain make your way to me - to me
[A dor guia seu caminho até mim - até mim]
And I'll always be just so inviting
[E eu sempre serei muito convidativa]
If I ever start to think straight
[Se algum dia eu começar a pensar direito]
This heart will start a riot in me
[Esse coração vai começar um tumulto em mim]

Why do we like to hurt so much?
[Por que nós gostamos tanto de nos machucar?]
Why do we like to hurt so much?
[Por que nós gostamos tanto de nos machucar?]
That's what you get when you let your heart win - whoa
[É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar]

That's what you get when you let your heart win - whoa
[É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar - Woah]
That's what you get when you let your heart win - whoa
[É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar - Woah]
Now, I can't trust myself with anything but this
[Agora, não posso confiar em mim com nada além disso]
That's what you get when you let your heart win - whoa
[É isso que você ganha quando deixa seu coração ganhar - Woah]


Quando a música terminou, meus olhos correram pelos assentos e vi . Fiquei momentâneamente sem ação. Ele me olhou com decepção e saiu da arena. Pulei do palco e corri atrás dele.
! , por favor, me escuta. ! – gritei e puxei seu braço.
Ele se voltou pra mim com o rosto vermelho e seu olhar beirava a ódio.
– Escutar o quê? Você explicando por que estava se agarrando no igual uma qualquer no palco? Ou que você tinha me dito que tudo isso era coisa da minha cabeça? – ele falou irritado.
– Aquilo não foi nada! Nós estávamos apenas brincando e...
– Brincando? Brincando? – ele riu sarcástico.
, eu...
– Eu tô farto, , farto do fato de você achar que nosso relacionamento é uma brincadeira. De você me tratar como se eu fosse o namoradinho da brasileira rica que conseguiu conhecer o Ed Sheeran. – se exaltou.
– Se você tá farto, , então saia da minha vida. Porque eu não aguento mais esses seus ataques idiotas de ciúme, porque você não tem autoestima e perdeu a confiança nas pessoas. – rebati.
– É isso que você quer?
– Não, é isso que você quer. Porque senão estaríamos conversando feito pessoas normais.
– Estaríamos agindo feito pessoas normais, se você não tivesse agido como uma puta.
Dei um tapa em sua cara e ele me olhou chocado. Percebi o que tinha feito segundos depois e pensei vagamente se havia me arrependido. Não.
– É, é isso que você quer. – ele disse esfregando o rosto.
– Eu quero que você demonstre que me ama, seu idiota! Que você converse comigo em vez de dizer algo como isso. Você tem noção do que fez?
– E você tem noção que me expôs ao ridículo?
Você se expôs ao ridículo e chega, se você não vai terminar isso agora, eu termino. Eu nunca mais quero te ver, saia da minha vida. Agora.
– E abrir caminho pra você viver seu romancezinho com seu ídolo? Por que não me pediu antes, princesa? – ele deu ênfase ao apelido.
Parti pra cima dele perdendo a compostura e ele segurou meus pulsos.
– Você é um lixo humano! Se você não tem um sonho, por favor, não zombe do meu. – eu disse, cuspindo em seu rosto.
Ele soltou meus pulsos, me fazendo cambalear para trás e limpou o rosto.
– É aqui que nos despedimos, . – ele disse, transparecendo sua raiva. – E bem-vinda ao pior dia da minha vida. – e saiu, me deixando sozinha no meio da arena vazia.

POV ON

O táxi parou em frente a Wembley e a fila estava enorme. Se eu tinha sorte do meu padrasto ser o diretor do FBI e ter conseguido um ingresso mais um passe pro backstage pra mim? Não, não tinha.
Mostrei meu passe para o segurança e entrei rapidamente na arena, que ainda estava vazia. Me deparei com uma figura sentada no chão, ao me aproximar percebi que era e ela chorava compulsivamente. Corri ao seu encontro e a abracei.
, o que aconteceu? – perguntei preocupada e ela não me respondeu. – Me diz, o que houve?
– O ... ele... O ... música... ele... nós... – ela tentava, em vão, dizer em meio aos soluços.
– Calma, respira. – ela fez o que eu disse. – Agora me conta, o que aconteceu?
– Nós terminamos. – então ela voltou a chorar.
– Por quê?
– Por causa... do . – ela falou baixo, tentando se acalmar.
– Me desculpe, eu não devia ter falado tanto de você com ele, sabendo que você estava com o . – eu disse, me sentindo um pouco culpada.
– A culpa não é sua. – ela disse, já mais calma. – O é que não entende o que é ser fã.
– Tenho certeza que vocês vão se acertar logo.
– Eu acho que não, nós tivemos uma briga muito feia.
– Mas vocês se gostam e o é molenga, conheço bem meu ídolo, aposto que ele não fica uma semana sem você.
– Espero. – ela suspirou e logo me olhou com os olhos arregalados.
– O que foi? – perguntei, assustada.
– O que você tá fazendo aqui? Você não tinha falado que não viria? Por que você não me avisou? – ela disparou as perguntas.
– Calma, uma pergunta de cada vez. – eu ri. – Meu querido padrasto convenceu minha mãe a me deixar vir e eu não te avisei porque meu celular estava sem bateria. Sorry.
– E como você conseguiu entrar aqui?
– Esqueceu que o Josh é diretor do FBI, chuchu? Eu posso tudo. – eu disse, mandando beijos, ela riu e me deu um tapa no braço.
– Menos, querida, o seu padrasto pode tudo, você não.
– Ai, chata, para de estragar minha felicidade. – fiz bico e rimos.
– Ok. – ela se levantou e eu fiz o mesmo. – Vem, vamos procurar os meninos.
Seguimos por um longo corredor que tinha atrás do palco e logo chegamos aos camarins.
– Cachorra, a falou que você não viria. – ouvimos a voz de e nos viramos para ele, que estava parado na porta do camarim de Ed.
– Resolvi em cima da hora e não deu tempo de avisar. – sorri e ele veio ao meu encontro, me abraçando.
– Tenho vários bafos pra te contar. Menina, essa cidade é abençoada, nunca vi tanto bofe junto. – ele disse e eu ri.
Um ser mais gay que o tá pra nascer.
– Imagino, chuchu.
Eles me apresentaram à Athina e ao Ed, e tenho que confessar que, mesmo não sendo fã dele, eu pirei um pouquinho. Fala sério, eu estava conhecendo o dono das músicas mais lindas e profundas, qualquer um que estivesse no meu lugar piraria.
Apresentações feitas, fomos para o camarim dos meninos, deixando Ed e Athina a sós.
, dá pra você melhorar essa cara? Nós vamos entrar no palco em menos de dez minutos. – ouvimos a voz de .
– Eu sei de uma coisa que vai melhorar o humor dele rapidinho. – disse, entrando no camarim, eu e entramos logo em seguida.
– Irmãzinha! – gritou assim que eu apareci na porta e veio me abraçar.
– O que você tá fazendo aqui? – perguntou do sofá.
– Bom saber que sou bem-vinda. – sorri irônica pra ele, que me deu língua. – O Josh convenceu a minha mãe. – respondi sorrindo.
– Por que não avisou? – perguntou.
– Meu celular estava sem bateria. – dei de ombros.
– Que bom que você tá aqui. – veio em minha direção e me beijou. – Acho que não aguentaria ficar muito tempo sem você. – ele disse quando nos separamos.
– Você ia me esquecedr rapidinho, tem muitas garotas lindas aqui. – brinquei.
– Mas elas não são você, eu não te trocaria por nada.
– Bom saber. – sorri abertamente.
– Achei que já soubesse.
– Só queria ter certeza que não precisaria ir pra cadeia por ter matado uma pessoa. – rimos.
– Por isso você e minha irmã se dão bem, duas ciumentas.
– Só cuidamos do que é nosso. – pisquei pra ele.
– Ei, casal. – fomos interrompidos por . – Desculpa atrapalhar, mas temos que ir, , só faltam dois minutos pra entrarmos.
– Até daqui a pouco, bebê. – me deu um selinho. – Tenho que falar uma coisa com o Ed, encontro vocês em um minuto. – e saiu.
– Bom show, meninos.
– Obrigado, irmãzinha. – disseram juntos, saindo do camarim.
Segui com e para a área VIP e, quando chegamos, Athina já estava lá.
– Cadê o Ed? – perguntou.
– Ele gosta de ficar um tempo sozinho antes do show.
Logo os meninos entraram no palco e voltamos nossa atenção pra eles. Nem preciso dizer que a quase morreu por estar em seu primeiro show da 5SOS né?

Capítulo 17


"Now nothing could change what you mean to me. Oh, there's lots that I could say, but just hold me now cause our love will light the way."

[N/A: Coloque Lego House - Ed Sheeran para carregar.]

POV ON

O show dos meninos tinha sido incrível - like always - e eles estavam com a gente na área VIP, assistindo ao show do Ed, que já estava quase no final.
– Eu amo essa música. – eu disse, ouvindo Ed começar a cantar One.
– É linda. – disse, sem tirar os olhos do palco. – Assim como todas as outras. – fui obrigada a concordar.
Senti se mexer inquieto ao meu lado, pelo o que devia ser a décima vez.
– Aconteceu alguma coisa? – Não, tá tudo bem. – ele respondeu e eu arqueei as sobrancelhas. – É sério, amor, tá tudo bem. – ele disse, me dando um selinho.
Voltei minha atenção para o palco e percebi que a música já estava no final.
Duas músicas depois, saiu, falando que ia ao banheiro. Ele parecia nervoso com alguma coisa, mas pensei que talvez só estivesse cansado do show.

But I'll owe it all to you, oh, my little bird
[Mas eu devo tudo isso a você, oh, meu passarinho]
My little bird, whoa oh oh oh whoaa
[Meu pequeno pássaro, whoa oh oh oh Whoaa]
My little bird
[Meu pequeno pássaro]
My little bird
[Meu pequeno pássaro]
You're my little bird
[Você é meu pequeno pássaro]


Quando Little Bird acabou, todos aplaudiram e gritaram.
– Obrigado. – Ed disse. – Eu queria chamar aqui o meu amigo . Você tá aí, cara?
Vi entrando no palco e me perguntei o que diabos ele estava fazendo lá.
– Vocês estão sentindo o amor no ar hoje, pessoal? – Ed perguntou e todos gritaram "Yes". – Vou passar a palavra pro meu amigo antes de começar a próxima música.
– E aí, pessoal, vocês estão aproveitando o show? – ele perguntou e mais uma vez um coro de "Yes" surgiu. – Eu também estou. Tem uma moça sentada na terceira cadeira da área VIP e eu preciso cantar algo pra ela, vocês me ajudam?
E então os acordes da maravilhosa música começaram e logo os dois começaram a cantar, sendo acompanhados pelo público.
[N/A: Coloque a música para tocar.]

I'm gonna pick up the pieces
[Vou pegar as peças]
And build a lego house
[E construir uma casa de lego]
If things go wrong we can knock it down
[Se as coisas derem errado, poderemos derrubá-la]

My three words have two meanings
[Minhas três palavras têm dois significados]
But there's one thing on my mind
[Mas há uma coisa na minha mente]
It's all for you
[É tudo por você]

And it's dark in the cold December
[E está escuro no frio de dezembro]
But I've got you to keep me warm
[Mas tenho você para me manter aquecido]
If you're broke then I will mend ya
[Se você estiver quebrada, vou te consertar]
And keep you sheltered from the storm
[E mantê-la protegida da tempestade]
That's raging on now
[Que está soprando agora]

I'm out of touch
[Estou sem saber de você]
I'm out of love
[Estou sem amor]
I'll pick you up
[Vou levantá-la]
When you're getting down
[Quando você estiver para baixo]
And out of all these things I've done
[E dentre todas essas coisas que fiz]
I think I love you better now
[Acho que amo você melhor agora]


Ele cantava olhando diretamente para mim e sorria. Eu não conseguia desviar meus olhos dos dele e também sorria abertamente. Eu não conseguia acreditar que ele estava fazendo aquilo para mim. Era a coisa mais linda.

I'm out of sight
[Estou escondido]
I'm out of mind
[Perdi a cabeça]
I'll do it all for you anytime
[Eu faria de tudo para você a qualquer hora]
And out of all these things I've done
[E dentre todas essas coisas que fiz]
I think I love you better now
[Acho que amo você melhor agora]
Now
[Agora]

I'm gonna paint you by numbers
[Vou pintar você por números]
And colour you in
[E te colorir]
If things go right
[Se tudo correr bem]
We could frame it
[Poderíamos enquadrá-la]
And put you on a wall
[E colocar você em uma parede]

And it's so hard to say it
[E é tão difícil dizer]
But I've been here before
[Mas eu já estive aqui antes]
Now I'll surrender up my heart
[Agora vou entregar o meu coração]
And swap it for yours
[E trocá-lo pelo seu]

I'm out of touch
[Estou sem saber de você]
I'm out of love
[Estou sem amor]
I'll pick you up
[Vou levantá-la]
When you're getting down
[Quando você estiver para baixo]
And out of all these things I've done
[E dentre todas essas coisas que fiz]
I think I love you better now
[Acho que amo você melhor agora]


Eles pausaram a música por um instante e então se pronunciou.
– Hey, , você está me ouvindo? – ele perguntou, batendo no microfone, causando uma microfonia absurda.
Balancei a cabeça em concordância e ri nervosa.
– Há três dias eu te fiz uma pergunta e, se você não percebeu, essa música está reforçando a mesma pergunta. – ele tirou aquela mesma caixinha do bolso e, em meio a vários gritos, prosseguiu. – Você aceita namorar comigo?
– Sim. – respondi e levei as mãos ao rosto.
Ele sorriu abobalhadamente e, enquanto Ed cantava o resto da música, veio em minha direção.

I'm out of sight
[Estou escondido]
I'm out of mind
[Perdi a cabeça]
I'll do it all for you anytime
[Eu faria de tudo para você a qualquer hora]
And out of all these things I've done
[E dentre todas essas coisas que fiz]
I think I love you better now
[Acho que amo você melhor agora]

Don't hold me down
[Não me segure]
I think the braces are breaking
[Acho que os ganchos estão quebrando]
And it's more than I can take
[E é mais do que posso suportar]


– Você sabe mesmo como me surpreender. – eu disse sorrindo largamente e envolvendo seu pescoço.
Todos prestavam atenção em nós dois, gritavam e aplaudiam, inclusive nossos amigos.
– Eu sei que você não gosta de chamar atenção, mas eu queria fazer algo incrível e inesquecível. – ele disse, colando nossas testas.
– E conseguiu.

And it's dark in the cold December
[E está escuro no frio de dezembro]
But I've got you to keep me warm
[Mas tenho você para me manter aquecido]
If you're broke then I will mend ya
[Se você estiver quebrada, vou te consertar]
And keep you sheltered from the storm
[E mantê-la protegida da tempestade]
That's raging on now
[Que está soprando agora]

I'm out of touch
[Estou sem saber de você]
I'm out of love
[Estou sem amor]
I'll pick you up
[Vou levantá-la]
When you're getting down
[Quando você estiver para baixo]
And out of all these things I've done
[E dentre todas essas coisas que fiz]
I think I love you better now
[Acho que amo você melhor agora]


– Eu te amo, minha bonequinha.
– Eu também te amo, bebê.
Finalmente, as três palavras que estavam pedindo pra sair há muito tempo, e eu me sentia extremamente feliz.
Ele me beijou lenta e apaixonadamente, o que fez com que os gritos só aumentassem.

I'm out of sight
[Estou escondido]
I'm out of mind
[Perdi a cabeça]
I'll do it all for you anytime
[Eu faria de tudo para você a qualquer hora]
And out of all these things I've done
[E dentre todas essas coisas que fiz]
I think I love you better now
[Acho que amo você melhor agora]

I'm out of touch
[Estou sem saber de você]
I'm out of love
[Estou sem amor]
I'll pick you up
[Vou levantá-la]
When you're getting down
[Quando você estiver para baixo]
And out of all these things I've done
[E dentre todas essas coisas que fiz]
I will love you better now
[Acho que amo você mais agora]


Capítulo 18


"And love is all that I need. And I found it there in your heart. It isn't too hard to see we're in heaven."

POV ON

Fazia uma semana que eu estava em Londres, estava morando em um apartamento que Josh havia comprado a duas quadras do de . Durante a semana que havia passado, eu, e nos divertimos muito e aproveitamos para eu conhecer a cidade e, claro, colocar a fofoca em dia. Meu namoro com , apesar de algumas dificuldades devido ao sucesso de sua banda, estava ótimo. Tirando o fato de eu estar há uma semana na cidade dos sonhos e não ter conhecido meus ídolos, a vida não poderia estar melhor. Isso me assustava, mas não gostava de pensamentos negativos. Eu estava finalmente em casa, cercada de pessoas incríveis e que me amavam, nada mais importava.
Estava terminando de me arrumar para - finalmente - um encontro a sós com meu namorado.
There was a time I was everything and nothing all in one
When you found me

Percebi que meu celular estava tocando e corri para atender.
– Alô? – Amor, até que enfim. – ouvi a voz de e sorri. – Pensei que tivesse desistido de sair comigo e não queria me atender.
– Nossa, amor, quanto drama. – respondi rindo e ele riu também. – Só estava distraída me arrumando e não ouvi quando o celular começou a tocar.
– Entendi, pensei que já tinha me trocado por outro.
– Ainda não. – ri. – Espera só até eu conhecer o .
– Poxa, magoou meus sentimentos agora. – ele disse fazendo voz de choro.
, você tá bem?
– Aham, por que, linda? – ele perguntou rindo.
– Porque eu acho que a convivência com o tá te afetando, você tá gay demais hoje, assim não dá. – respondi fingindo indignação e ele gargalhou, me fazendo rir junto.
– Ok, prometo que vou parar de andar com ele. Agora desce logo, tô te esperando no carro.
– Sim, senhor. – ele riu e finalizei a chamada.
Me olhei no espelho por uma última vez, peguei minha bolsa e desci.

– Você tá linda. – ele sorriu quando me aproximei e me deu um beijo rápido.
– Obrigada. – sorri quando nos separamos.
– Vamos? – ele perguntou e eu assenti com a cabeça, já entrando no carro e o vendo fazer o mesmo.
Fomos o caminho inteiro ouvindo música e conversando sobre coisas banais. Cerca de vinte minutos depois, chegamos ao nosso destino, London Eye.
Ele estacionou o carro e fomos andando de mãos dadas, por sorte não havia muita gente por lá. Paramos apenas uma vez com um grupo de garotas, muito simpáticas, para ele tirar fotos e dar autógrafos.
– Desculpe por isso, – ele disse quando terminou de falar com as meninas e voltamos a andar. – eu sei que prometi não deixar ninguém atrapalhar...
– Ei, eu entendo. – o interrompi. – São suas fãs, você tem que dar atenção a elas.
– Mas deve ser chato pra você.
– Eu acho que posso me acostumar com isso. – sorri.
– Obrigado. – ele disse sorrindo. – Sério, você é a melhor. Eu tenho tanta sorte.
– Awn, como meu namorado é fofo. – apertei suas bochechas. – Um pouco gay, mas fofo. – ri e ele me deu língua.
– Preparada para um pôr do sol na London Eye com , gata? – perguntou presunçoso quando chegamos na entrada.
– Já estou aqui mesmo, o que posso fazer? – respondi fingindo indiferença.
– Você vai se arrepender por essa desfeita, mocinha. – ele me olhou com falsa indignação.
– Podem entrar. – o moço disse e entramos em uma cabine.
Logo ela começou a subir e ficava cada vez mais alto. "Mas é claro, idiota, você queria o quê? É a London Eye! Não é como se fosse subir dois metros e chega", eu me xingava mentalmente.
– Boneca, tá tudo bem? Você tá pálida. – ele me olhava preocupado.
– Aham, é só que... Eu tenho medo de altura. – respondi envergonhada.
– Por que você não me disse antes? Teríamos ido em outro lugar.
– Agora já estamos aqui não é? E eu nem tinha pensado nisso. – fiz uma careta. – Até agora.
– Não vai acontecer nada ok? Eu tô aqui contigo. – ele disse me abraçando.
– Obrigada. – sorri e o beijei.
Nos separamos e passamos a observar a paisagem, ele mantinha os braços em volta de minha cintura e a cabeça apoiada em meu ombro. Eu procurava manter o foco na paz que o lugar e ele me transmitiam, e aos poucos fui deixando o medo de lado.
O sol começava a se pôr, a vista que tínhamos era maravilhosa. Era simplesmente encantador estar ali. Por mais clichê que seja, tudo se tornava perfeito em Londres.
– Eu poderia ficar aqui pra sempre. – eu disse maravilhada. – É lindo!
Ele me virou em sua direção e sorriu.
– Não mais que você. – disse olhando em meus olhos e me deixando sem graça. – Tô falando sério, isso pode soar brega, mas eu não me importo. Pra mim você é linda, por dentro e por fora. Eu tenho muita sorte de ter você comigo porque você é diferente das outras, você não tá comigo pela fama ou pelo dinheiro. Pra falar a verdade, eu nem sei por que você tá comigo, mas eu sei que vou fazer de tudo pra não te perder – a cada palavra meu sorriso crescia mais. – e eu vou estar sempre contigo, sempre mesmo, boneca. Eu nunca me senti assim em relação a ninguém antes. Eu te amo.
Eu fiquei sem saber o que dizer por um tempo, apenas absorvendo cada palavra dita por ele, sem quebrar o contato de nossos olhos.
– Me diz, tem como ser mais perfeito que isso? – eu perguntei e ele riu levemente. – Sabe, , eu nunca acreditei no amor, até te conhecer. Você me faz sentir especial e mudou meu conceito sobre coisas clichês. – rimos. – Eu sempre tive medo de me machucar, mas eu sinto que com você eu não preciso temer. Eu te amo, bebê. – terminei sorrindo e seu sorriso se alargou.
Eu amava o sorriso dele, era a coisa mais linda de se ver, seus olhos sorriam junto, era sincero e contagiante.
Ele juntou nossas testas e disse baixo.
– Obrigado por me fazer a pessoa mais feliz do mundo. – e eu só não sorri mais porque era impossível.
– Quando ficamos tão melosos hein? – perguntei com cara de nojo e ele riu me dando língua.
– É o que acontece quando duas pessoas se amam. – deu de ombros.
– Acho que vai ser mais uma coisa a qual terei que me acostumar.
Ele juntou nossos lábios e ficamos mais um tempo por ali, apenas aproveitando a presença um do outro.

POV ON

– Você tem certeza, boneca? – perguntei à .
Estávamos em seu apartamento, mais exatamente em sua cama, eu estava por cima dela com as mãos na barra de seus vestido enquanto ela arranhava minhas costas, já sem a camisa. Eu não queria que ela se sentisse forçada a nada.
– Tenho, bebê. – ela disse me dando um selinho. – Confio em você. – ela deu um sorriso tímido, porém lindo e eu sorri de volta.
Me sentia o cara mais feliz do mundo. Ela confiava em mim e queria tanto quanto eu.
Levantei seu vestido, o jogando em qualquer lugar do quarto. A beijei calmamente passando minhas mãos por suas costas, parando em seu sutiã e tirando-o. Eu não tinha pressa, queria aproveitar cada momento, cada pequeno detalhe, queria que tudo saísse perfeito.
Ela desceu as mãos pelo meu abdômen e foi em direção ao cós da minha calça, me fazendo arfar baixo, logo a calça já fazia companhia as outras peças espalhadas pelo chão. Beijei sua barriga, subindo por seus seios - me demorando um pouco ali -, seu pescoço e enfim chegando em sua boca. Trocamos um beijo cheio de desejo, enquanto ela arranhava minhas costa e puxava meus cabelos, eu acariciava todo seu corpo. Levei uma de minhas mãos até sua coxa, a apertando, ela soltou um gemido baixo e puxou meu lábio inferior com os dentes.
Tirei sua calcinha e minha boxer, que já me incomodavam, e procurei pelo preservativo que tinha deixado no criado mudo ao lado da cama, o coloquei e a olhei como se pedisse permissão e ela apenas assentiu com a cabeça. Dei um beijo de leve em sua boca e a observei da cabeça aos pés, a vendo corar.
– Você é perfeita. – eu disse antes de me deitar novamente sobre ela e unir nossos corpos como se fossem um só.
Finalmente, a garota que eu amava era minha. Eu não poderia estar mais feliz, havia esperado muito por aquilo.

Ouvi seu último gemido em meio as nossas respirações altas e deixei que meu corpo caísse ao lado do dela, relaxando.
– Eu te amo muito mesmo. – eu disse em seu ouvido com a respiração pesada, mordiscando seu lóbulo em seguida.
Me levantei e fui até o banheiro me desfazer do preservativo. Voltei e coloquei minha boxer, percebendo que ela também havia colocado suas roupas íntimas.
Me deitei novamente ao seu lado e a puxei para mim.
? – Sim, meu amor? – perguntei acariciando seus cabelos.
– Obrigada por me fazer feliz. – ela me olhou sorrindo e me deu um selinho.
E eu tive certeza de que não precisava de mais nada desde que ela estivesse ali comigo.

Capítulo 19


"She watched me try, at least a thousand times. If she loved me, she'd stop me. But no."

POV ON

Eu olhava o celular fazia três dias. Nenhuma ligação, nenhuma mensagem, nada. Pelo jeito ele tinha aprendido rápido a viver sem mim. Estava na minha vigília com o celular na mão quando adentrou meu quarto com uma cara engraçada de tão animada.
– Onde é o incêndio? – sorri involuntariamente.
. Deixa eu repetir, chamou os meninos para um pub e ele pediu pra nos levar. – ela batia palmas de tão empolgada.
– Tem formiga na tua calcinha, garota? – eu ri.
– Por acaso é pecado estar animada pra conhecer meus ídolos? – perguntou indignada.
– Eu não vou. – eu disse simplesmente.
? – Sempre, o problema é sempre ele desde que pisei na cidade dos sonhos.
– Sabe o que é cômico? – ela riu. – Era sempre você que dizia que era pra eu me divertir acima de tudo, pra aproveitar toda e qualquer chance, pra me esforçar, pra ao menos almejar ser feliz. E olha, quem diria, você não faz nada disso.
– É diferente quando a situação é com você. Eu não quero vê-lo, ele não me ama, eu o amo e ser o elo fraco é uma merda.
– Você não é e nunca será o elo fraco, sacode a poeira, mulher. – ela disse. – Eu não vou dizer pra você se arrumar e ficar diva pra ele ver o que perdeu, porque você ainda estaria vivendo pra ele. Mas se arrume pra você, aproveite o que Londres ainda pode te proporcionar. – ela sorriu de lado.
– Eu odeio você. – eu disse sorrindo e me levantando.
– Já pro banho, pandinha, porque você deve ter esquecido que existe água durante esse momento depressivo. – torceu o nariz teatralmente.
Procurei um objeto qualquer para jogar nela enquanto ela corria e gargalhava para fora do quarto.
– Coloque qualquer roupa, porquinha, vamos pro salão ficar divas. – ela gritou do corredor.
– Alguém gritou diva? – ouvi a voz de . – Estou aqui, gostosas.
– Menos, menos.
– Quase nada. – me completou.
– Ai, não me irritem, vagabundas. Tenho que me arrumar, porque hoje é o dia que agarro um bofe gringo de vez.
Ouvi uma porta sendo batida e logo depois, silêncio. Peguei minhas coisas e me encaminhei para um banho longo, "hoje a noite promete".

– Pronto, agora só falta um último toque. – disse nos dando dois cordões.
Juntos formavam a London Eye. Fiquei encarando aqueles cordões com lágrimas nos olhos, maldito viado. Como alguém pode ser tão gay? Perfeito, mas gay.
– Deco, – disse com a voz embargada. – não precisava.
– Cala a boca e pega logo isso, gostosa. – ele sorriu.
Pegamos os cordões e eu esperei enquanto ele colocava o de , logo depois colocando o meu.
– Pronto, agora vocês estão perfeitas. – bateu palmas.
Fomos para a sala, onde os meninos nos esperavam.
– Então, como estamos? – perguntei.
Eles nos analisaram da cabeça aos pés e então começaram a bater palmas e assobiar.
– Palhaços. – disse totalmente vermelha.
– Vocês estão lindas. – disse.
– Demais. – concordou sem parar de nos olhar, me fazendo ficar sem graça também.
– Vestidas pra matar. – disse e rimos.
– Ok, podem parar de secar minha namorada. – disse indo em nossa direção e abraçando .
– Não precisa ficar com ciúme, dude. – disse .
– É, a culpa não é nossa se você arrumou uma namorada gostosa. – disse.
– Podemos ir? – perguntou antes que pudesse dizer qualquer coisa.
Na verdade, eu acho que a vontade dele era de dar um soco na cara de . Eu não imaginava que ele fosse tão ciumento como tinha se mostrado na última semana.
– Quando o te ver, ele vai se amaldiçoar por não estar contigo. – disse baixo, para que só eu ouvisse.
– Deixe de palhaçada, até parece. – revirei os olhos.
– Você está deslumbrante. – disse chegando ao nosso lado. – Se a sua intenção era deixar todos babando, pode apostar que conseguiu.
– Obrigada, eu acho. – ri fraco ficando vermelha.
– Vocês pretendem demorar mais quanto tempo? – gritou da porta.
– Estamos indo, chuchu. – respondi e saímos do apartamento.

POV ON

– Mais um dry martini, por favor. – pedi ao barman.
Olhei ao redor e vi os meninos na pista de dança.
– Hey, cara, se anima, vem com a gente. – deu um tapa nas minhas costas. – Olha quantas gatas tem aqui.
– Eu vi, cara, eu vi.
– Então melhora essa cara, hoje eu deixo você escolher a que você quiser, mas a de azul ali já é minha. – ele disse apontando pra porta da boate.
Olhei naquela direção e primeiro vi , linda e estonteante sorrindo para todos que via e logo atrás vinha meu pesadelo pessoal, ou sonho talvez, não sabia em qual categoria encaixá-la. Ela sorria, até que seus olhos encontraram com os meus e o sorriso foi desmanchando aos poucos, virando tristeza. Desviou os olhos e em seguida fiz o mesmo. "Claro que ela tinha que estar aqui pra estragar o resto da minha noite", pensei.
– Você viu, dude? Que gata. – disse.
– Vi sim, , é a amiga da . – respondi.
Ele olhou para a direção delas novamente e voltou a falar.
– Foi mal, cara, eu nem tinha visto a ali. Vocês ainda estão brigados?
– Sim e eu não quero falar disso. – respondi batendo a cabeça levemente no balcão.
– Você ainda gosta dela né, dude? – ele perguntou sério.
– Não, dude, eu não gosto dela. – o olhei significativamente. – Eu a amo, mas não demos certo e talvez nunca daremos.
– Isso porque você não quer, cara, viu o jeito que ela te olhou? – ele colocou a mão em meu ombro e apontou em direção a elas. – Se eu fosse você, ia lá falar com ela e aproveitava e me apresentava a amiga.
– Não tô a fim de conversar com ela ainda, elas estão com o , aproveite a deixa. – eu disse e ele deu de ombros, indo na direção de , que estava cumprimentando as meninas.
Percebi que teve um mini ataque ao conhecê-los e comecei a rir sozinho. Mirei novamente, ela arrumava a franja e colocava o cabelo atrás da orelha. "Linda" pensei, mas logo balancei a cabeça "Não. Tenho que deixá-la de lado, não posso mais pensar nela." Só percebi que ainda estava olhando-a quando vi a puxar pela mão, soquei o balcão do bar quando a vi sorrir pra ele. Mas logo balançou a cabeça suavemente para os lados, "então ela disse não, pelo menos isso né". Trinquei os dentes quando ele a puxou novamente pela cintura, insistindo. "Ele não entendeu que ela não quer dançar porra?" novamente balançou a cabeça com um sorriso de desculpa e foi se sentar ao lado de e , que conversavam animadamente enquanto tinha uma expressão nada legal, a mesma que eu devia estar. O irritante, vulgo , puxou uma cadeira e se sentou ao lado dela.
Bufei e rolei os olhos, me virando para o barman e pedindo mais um drink.
– É, a noite vai ser longa. – disse pra mim mesmo, enquanto virava o conteúdo a minha frente.

Capítulo 20


"Guess times like these remind me that I've got to keep my feet on the ground."

[N/A: Coloque Teenage Dream - Katy Perry para carregar]

POV On

– Anda, amiga, vamos dançar! Você veio aqui pra ficar sentada? – me chamava para dançar pela milésima vez.
– Já disse que eu não sei dançar, você quer mesmo que eu pague mico na frente de todo mundo?
– Aposto que você dança muito bem. – disse , sorrindo pra mim.
– Garanto que não. – respondi sorrindo de volta.
– Ah, fala sério! Pelo o que eu ouvi falar, as brasileiras dançam muito bem.
– Então eu sou a exceção. – rimos.
– Não acho que seja, mas tudo bem.
– AMIGA, NOSSA MÚSICA! – gritou, nos assustando. – Essa você vai dançar nem que eu te puxe pelos cabelos.
– Nossa, quanto ódio, chuchu. Ok, eu danço, mas só essa.

[N/A: Coloque a música para tocar.]

You think I'm pretty without any makeup on
[Você me acha bonita sem maquiagem]
You think I'm funny when I tell the punchline wrong
[Você me acha engraçada quando eu conto uma piada errada]
I know you get me so I let my walls come down, down
[Eu sei que você me entende, então eu me solto]
Before you met me I was alright but
[Antes de você me conhecer eu estava bem, mas]
Things were kinda heavy, you brought me to life
[A coisa ficou pesada, você me trouxe à vida]
Now every February you'll be my valentine, valentine
[Agora todo Fevereiro vocêserá o meu namorado, namorado]


– Impressão minha ou tava te dando mole? – perguntou enquanto dançávamos.
– Claro que não, você tá ficando maluca. E é o .
– Ah jura, pois eu acho que ele estava te dando mole sim. – ela insistiu. – O que tem ser o ?
– Ele é lindo, gostoso, rico e famoso, tem a garota que ele quiser a hora que ele quiser, então por que ele me daria mole?
– O também é isso tudo, amor, e é seu namorado. – ela rebateu com deboche.
– Exatamente, o é meu namorado e todos sabem disso, mais um motivo para provar que o não estava me dando mole.
– É, tem razão.

Let's go all the way tonight, no regrets, just love
[Até o fim essa noite, sem arrependimentos, só amor]
We can dance until we die, you and I will be young forever
[Nós podemos dançar até morrer, seremos jovens para sempre]
You make me feel like I'm livin' a teenage dream
[Você me faz sentir como em um sonho de adolescente]
The way you turn me on, I can't sleep
[Você me deixa tão excitada que não consigo dormir]
Let's run away and don't ever look back
[Vamos fugir e nunca olhar para trás]
Don't ever look back
[Nunca olhe para trás]
My heart stops when you look at me
[Meu coração para quando você olha para mim]
Just one touch now baby I believe this is real
[Apenas um toque agora, baby, eu acredito que é real]
So take a chance and don't ever look back
[Então arrisque-se e não olhe para trás]
Don't ever look back
[Nunca olhe para trás]


Nos jogamos na pista e dançávamos ao ritmo da música, sem nos importar com as pessoas ao nosso redor.

We drove to Cali and got drunk on the beach
[Dirigimos até Cali e ficamos bêbados na praia]
Got a motel and built a fort out of sheets
[Achamos um hotel e fizemos uma fortaleza de lençóis]
I finally found you
[Finalmente te encontrei]
My missing puzzle piece
[A peça que faltava no meu quebra-cabeça]
I'm complete
[Eu estou completa]

Let's go all the way tonight, no regrets, just love
[Até o fim essa noite, sem arrependimentos, só amor]
We can dance until we die, you and I will be young forever
[Nós podemos dançar até morrer, seremos jovens para sempre]
You make me feel like I'm livin' a teenage dream
[Você me faz sentir como em um sonho de adolescente]
The way you turn me on, I can't sleep
[Você me deixa tão excitada que não consigo dormir]
Let's run away and don't ever look back
[Vamos fugir e nunca olhar para trás]
Don't ever look back
[Nunca olhe para trás]
My heart stops when you look at me
[Meu coração para quando você olha para mim]
Just one touch now baby I believe this is real
[Apenas um toque agora, baby, eu acredito que é real]
So take a chance and don't ever look back
[Então arrisque-se e não olhe para trás]
Don't ever look back
[Nunca olhe para trás]

I'm gonna get your heart racing in my skin tight jeans
[Vou disparar seu coração com o meu jeans apertado]
Be your teenage dream tonight
[Ser o seu sonho de adolescente essa noite]
Let you put your hands on me in my skin tight jeans
[Deixo você colocar as mãos no meu jeans apertado]
Be your teenage dream tonight
[Ser o seu sonho de adolescente essa noite]


Percebi que me observava de longe e abaixei a cabeça envergonhada. Comecei a pensar sobre o que havia me dito, será que ele estava mesmo me dando mole? "Mas é claro que não. Eu tô com o , o não faria isso."

You make me feel like I'm livin' a teenage dream
[Você me faz sentir como em um sonho de adolescente]
The way you turn me on, I can't sleep
[Você me deixa tão excitada que não consigo dormir]
Let's run away and don't ever look back
[Vamos fugir e nunca olhar para trás]
Don't ever look back
[Nunca olhe para trás]
My heart stops when you look at me
[Meu coração para quando você olha para mim]
Just one touch now baby I believe this is real
[Apenas um toque agora, baby, eu acredito que é real]
So take a chance and don't ever look back
[Então arrisque-se e não olhe para trás]
Don't ever look back
[Nunca olhe para trás]

I'm gonna get your heart racing in my skin tight jeans
[Vou disparar seu coração com o meu jeans apertado]
Be your teenage dream tonight
[Ser o seu sonho de adolescente essa noite]
Let you put your hands on me in my skin tight jeans
[Deixo você colocar as mãos no meu jeans apertado]
Be your teenage dream tonight
[Ser o seu sonho de adolescente essa noite]


A música acabou e nos dirigimos para o bar para beber alguma coisa. Chegando lá, veio até nós e disse:
– Uau! Viu, eu tinha certeza de que você sabia dançar e muito bem, por sinal.
– Obrigada, . – disse sorrindo envergonhada.
Avistei um pouco mais adiante com uma cara não muito boa e resolvi ir até lá para ver o que tinha acontecido.
– Que foi que você tá com essa cara, amor? – perguntei carinhosamente, dando um beijo em sua bochecha.
– Minha namorada fica de papo com um cara e eu ainda tenho que ficar sorrindo? – ele respondeu irônico.
– Nossa, , você falando assim parece até que eu estava dando mole pra ele. – disse indignada.
– Você podia não estar, mas ele estava.
– Jura que na nossa primeira saída em Londres com o pessoal todo, você vai dar crises de ciúmes só porque eu estava conversando com o ?
– Ele tava te comendo com os olhos enquanto você dançava, .
– Pelo amor de Deus, , olha o que você está falando. Ele sabe que eu sou sua namorada, por que ele me daria mole? E ele é seu amigo, não é?
– Depois disso, eu tenho minhas dúvidas.
– É sério isso? , por favor, não tem nada a ver.
– Ah claro, não tem nada a ver meu “amigo” – ele disse fazendo aspas com as mãos – quase voar em cima da minha namorada na minha frente e na frente de todo mundo.
– Tá bom, , já chega. Mesmo que ele tivesse me dando mole, eu não deixaria rolar nada, você sabe disso. Não sabe?
– Eu... Eu não sei. – ele respondeu e eu o olhei sem acreditar. – Você fala do 24 horas por dia, ficou toda animada quando soube que ele estaria aqui e ficou cheia de risos pra ele desde a hora que nós chegamos aqui.
– ELE É MEU ÍDOLO, ! – me irritei e acabei gritando, atraindo olhares de algumas pessoas que estavam por perto, então suspirei fundo e continuei. – Meu sonho era conhecê-lo e você sabe disso, não só ele, mas como todos os integrantes da One Direction, mas isso não significa que eu vá agarrá-lo na primeira oportunidade. E se você acha isso, você realmente não me conhece.
– Tem certeza disso? Porque não foi isso que pareceu enquanto você dançava e olhava para ele.
– Eu não acredito que você tá falando isso. Eu pensei que você confiasse em mim, assim como eu confio em você.
– E eu achei que pudesse confiar em você.
– É, parece que eu também não te conheço tão bem assim, porque eu não esperava isso de você. – meus olhos se encheram d’água e eu fui embora antes que alguém me visse chorando.
Eu realmente não esperava aquilo do , de qualquer pessoa, menos dele. Eu só queria ir para casa e chorar. Dramático, eu sei.

Capítulo 21


"I don't know where to go. I don't know what I feel. I don't know how to cry. I don't know why."

POV On

Depois que a vi indo embora, com os olhos cheios de lágrima, me arrependi de tudo que havia dito. Onde eu estava com a cabeça para dizer aquelas coisas horríveis para ela? É óbvio que eu confiava nela, de olhos fechados, eu sabia que ela jamais faria qualquer coisa pra me magoar, simplesmente não era o feitio dela. Mas eu estava cheio de ódio do , cara, como ele teve coragem de dar mole pra minha namorada, na minha frente? E o fato dela tentar defendê-lo só me irritou mais ainda, então tomado pela raiva eu disse as coisas mais horríveis do mundo pra garota que eu amo.
– O que você fez com a , seu idiota? – olhei para o lado e vi e parados ali me encarando.
– Não fiz nada, nós só discutimos.
– Vocês só discutiram e por isso ela saiu daqui em prantos? Você é um babaca mesmo, , aposto que foi mais uma de suas crises de ciúmes.
– Não fala desse jeito, aquele imbecil tava dando mole pra ela na minha cara, dude.
– O , sério mesmo? Ah, me poupe, , – disse elevando um pouco a voz – o único imbecil que eu tô vendo aqui é você. Minha amiga te ama, você acha mesmo que ela faria uma coisa dessas?
– Não, eu sei. Ela... Ela me ama. – repeti mais pra mim mesmo do que para eles.
– É isso mesmo, seu imbecil, ela te ama e você estragou tudo. Você tem muita sorte se amanhã ela ainda quiser olhar pra sua cara.
– Caralho, cadê ela?
– Foi embora.
– Sozinha? Você deixou ela ir embora sozinha?
– É claro que não, o foi deixá-la em casa e o foi junto.
, o foi deixá-la em casa.” Claro e ele perderia essa oportunidade? Me chame de imbecil, mas aquilo só me deixou ainda mais furioso, então saí da boate e parei em um bar qualquer para beber.

Acordei no dia seguinte com uma puta dor de cabeça e senti que havia mais alguém na cama. Caralho. Caralho. O que foi que eu fiz? Me diz que eu não traí a ? Eu não acredito, eu não...
– Bom dia, docinho, a noite de ontem foi ótima! Você sabe mesmo como satisfazer uma mulher. – ouvi a garota falando com uma voz afetada.
Até que ela era bonita, dude, mas não era a , não era a minha namorada. "Eu sou um merda."
– Olha eu não sei como viemos parar aqui e isso foi um erro, então você precisa ir embora agora e fingir que isso nunca aconteceu, entendeu?
– Eu sei guardar segredo, amorzinho. – a menina, que eu nem fazia questão de lembrar o nome, disse dando um beijo em meu pescoço e vestindo suas roupas.
A levei até a porta e dei de cara com , saindo do elevador.

POV ON

Acordei com uma puta dor de cabeça e os olhos inchados de tanto chorar na noite anterior. Levantei, tomei um banho e resolvi que iria até o apartamento de para tentar acertar as coisas.
Cheguei ao apartamento e como o porteiro já me conhecia, me deixou subir sem avisar. Eu estava nervosa, podia ter ligado antes para avisar que iria e se ele não estivesse em casa? Quando eu saí do elevador me arrependi profundamente de ter saído de casa para ir até lá. estava na porta de seu apartamento, com uma groupie saindo de lá. A garota passou ao meu lado me olhando com uma cara de deboche, é óbvio que ela sabia quem eu era, infelizmente, todos sabiam, essa é a consequência de assumir um namoro publicamente com alguém famoso, a essa hora com certeza alguma fã ou jornalista já havia espalhado para o mundo todo que eu era a nova corna do pedaço. "Ai, eu vou matar o , ou melhor, vou cortar o pinto dele fora, aí eu quero ver ele sair comendo as putinhas por aí." Ele me olhava assustado e então disse baixo:
– Calma, boneca, eu... Eu posso explicar.
– AH PODE? ENTÃO EXPLICA E É BOM QUE SEJA UMA EXPLICAÇÃO MUITO, MAS MUITO BOA MESMO. – eu disse aos berros e ele ficou em silêncio. – VAMOS, , ME EXPLICA, EU QUERO SABER O MOTIVO DESSA HUMILHAÇÃO, SER CORNA MUNDIALMENTE VOCÊ NÃO ACHA QUE É UM POUCO DEMAIS NÃO? PODIA AO MENOS TER TERMINADO ANTES.
– Calma, por favor. Vamos entrar, aí você senta e se acalma um pouco e aí nós conversamos, tudo bem?
Óbvio que não estava tudo bem, óbvio que eu não queria sentar e me acalmar, mas mesmo assim eu entrei.
– TÔ ESPERANDO VOCÊ ME EXPLICAR.
– Olha, eu, erm, eu não tenho o que explicar, porque eu não me lembro de nada e eu sei que nada que eu falar vai te fazer se acalmar e esquecer o que você acabou de ver.
– Que bom que você sabe. – respondi tentando me acalmar ou pelo menos parar de gritar. – Então, se é só isso, eu já vou indo. – fui em direção a porta e antes de chegar até ela, senti segurando meu braço, mas continuei do jeito que estava.
– Se eu disser que não significou nada pra mim e que – ele me virou delicadamente para si e segurou em meu queixo, deixando minha cabeça erguida e me olhando nos olhos – eu me arrependi profundamente, você me perdoa?
Juro, que se eu não tivesse com tanta raiva e uma voz irritante na minha cabeça não repetisse a todo momento “ele te traiu”, eu teria o agarrado ali mesmo e falado que estava tudo bem. Eu só queria acordar e ver que tudo não havia passado de um pesadelo, mas era real.
– Eu poderia até te perdoar, , mas isso não mudaria o fato de você ter me traído publicamente, ou melhor, mundialmente e muito menos diminuiria a dor que eu tô sentindo. Você traiu minha confiança. Sabe, é por isso que eu não queria aceitar namorar com você no começo, eu sabia que um dia isso ia acabar acontecendo, mas eu aceitei mesmo assim, porque eu sou uma besta e acreditei em você. Acreditei porque eu gostava de você e ainda gosto, mas parece que as coisas aqui não são correspondidas na mesma intensidade, não é mesmo?
– Não fala isso, por favor. Eu nunca gostei de alguém como eu gosto de você. Me dá uma chance de mudar isso, de te mostrar que foi apenas um erro e que eu tô muito arrependido, me diz o que eu preciso fazer, qualquer coisa. Eu nunca disse isso pra ninguém antes além de você e todas as vezes que eu te disse foi verdade, eu te...
– Shhhh, - coloquei o dedo em seus lábios para impedi-lo de terminar a frase. – não complica mais as coisas. Eu só quero que você faça uma coisa, , me esquece, não me procura mais, eu não quero mais ter que olhar na sua cara. – pelo menos por enquanto, eu queria dizer, mas meu orgulho falou mais alto. – Aposto que não vai ser tão difícil assim né, suas putinhas podem te ajudar com isso. – sorri forçadamente.
Tirei sua mão que ainda segurava meu braço e virei as costas indo embora sem olhar para trás.
Apertei o botão do elevador e esperei o que pareceu uma eternidade, entrei no elevador, me encostei na parede e escorreguei até o chão. "Como ele pôde ter feito isso comigo?"
Hey Hey Hey
Simmer down, Simmer down
They say we're too young now

Ouvi meu celular tocar e me amaldiçoei por ter colocado aquele toque. Olhei a tela e vi que era .
– Alô? – atendi não conseguindo disfarçar o choro.
– Amiga, o que aconteceu?
– Ele... Ele, por quê? – tentava falar entre os soluços. – Eu não acredito... Como ele... Como ele pôde? Eu...
, respira! O que aconteceu? Onde você tá?
– No ... Ele... Ai, amiga, eu posso ir pra aí?
– Claro, fica calma tá? Eu vou aí te buscar.
– Tá bom. – desliguei o telefone, me levantando e saindo do prédio.
Sentei no meio-fio e fiquei esperando , sem conseguir parar de chorar.
Dez minutos depois ela chegou, desceu do carro e me ajudou a entrar.
– O que houve? O que ele fez? – ela perguntou preocupada.
– Ele... Ele me traiu! O que eu fiz pra isso acontecer? – respondi chorando mais ainda.
– Ele é um idiota, não acredito que ele fez isso!
– Pois é, nem eu...
– Não fica assim, ele não vale todo esse sofrimento. Vamos lá pra casa, aí você se entope de paçoca e eu de sorvete e choramos por nossos namorados idiotas. – ela disse e eu apenas concordei com a cabeça.
Quando chegamos em seu apartamento, foi para a cozinha pegando o quanto pudesse de paçocas, chocolates, sorvete, coca e todas essas gulodices que combinam com um filme dramático, a ajudei e fomos para a sala ver “O Diário da Princesa”.

POV ON

Já estávamos em “O Diário da Princesa 2” quando o interfone tocou e me levantei pra atender.
– Senhorita , entrega de flores, pode mandar subir?
– Pode sim. – coloquei o gancho no lugar. – Acho que o Sr. Jack está passando mal.
– Não entendi.
– A voz dele tava diferente.
– Estranho, mas o que ele queria?
– Alguém mandou flores, deve ser pra você.
– Claro, até porque eu moro aqui com você. – ela disse irônica revirando os olhos. – Deve ser o querendo se reconciliar.
– Será?
– Com certeza, tava demorando.
Ouvi a campainha tocar e fui atender. Abri a porta e dei de cara com um buquê enorme de rosas vermelhas.
– Entrega pra senhorita .
– Sou eu. – me virei e pedi à : – Pega uma gorjeta pro moço.
A vi pegando o dinheiro na bolsa, ela se virou pra mim e de repente ficou com o olhar assustado.
– Não precisa, meu pagamento são vocês. – o homem disse apontando a arma para minha cabeça.

Capítulo 22


"We'll dig a deep hole to bury the castle, bury the castle"

POV ON

– Mas, então, vocês estão namorando, meninos?
Era a quarta entrevista que estávamos dando naquele dia e sempre a mesma pergunta idiota que eu não conseguia responder, eu ainda estava com ela?
– Dois namorando e três solteiros. – respondeu por todos.
Senti meu celular vibrar e me perguntei quem estaria me ligando àquela hora. Olhei de relance na tela , precisava atender. Cutuquei Louis e avisei que ia atender o telefone, me levantei e corri em direção a uma das pilastras do estúdio.
, que bom que você me ligou, a gente precisa mesmo conversar, tô com tanta saudade. – ouvi um barulho de tapa e alguém dizendo “Fala logo com ele”.
, eles nos pegaram.
– O QUÊ? QUEM TE PEGOU? VOCÊ E QUEM? – percebi que o estúdio estava em silêncio e todas as câmeras focadas em mim, mas não tinha como desligar.
– Eles nos sequestraram, ! Eles nos sequestraram. – a ouço soluçar em desespero. – e eu, não dê o que eles querem.
– Por favor, , por favor não faça o que eles pedirem. – ouvi a voz de e mais um tapa.
– Me deixe falar com eles, quem são esses desgraçados? Onde vocês estão?
– Escute bem, garotinho, – ouvi uma voz grossa e a menção da palavra “garotinho” me irritou mais ainda. – queremos 5 milhões de dólares até amanhã ou elas morrem. Avisa o namoradinho da outra. Entraremos em contato. – e desligou.
Comecei a chorar em desespero em frente a todas aquelas câmeras.
– Quem? Sequestraram quem? – veio correndo em meu encontro e me abraçou.
– Pegaram a , ela e a . , o que vamos fazer?

POV ON

– Vocês tem que entender que nós temos que esperar eles ligarem porra. Não adianta se desesperar, não vai resolver nada.
Estávamos todos na sala da casa do , desesperados, esperando notícias dos bandidos e quando ouvi o que disse, me alterei.
– Cala a boca! Você tá falando isso porque não é a sua namorada que tá lá, não é a sua namorada que tá apanhando, não é a sua namorada que foi sequestrada.
– Dude, ela não é mais sua namorada. – disse .
– Vai se foder, , não piora as coisas. – disse .
– Nem a é sua, cara. – disse.
Eu e olhamos pra todos com um olhar de ódio e ouvi meu celular tocar, vi um número estranho e logo me desesperei.
– Alô?
– Oi, , é o Josh. – ouvi a voz do padrasto de . – Estou indo pra aí. Não se preocupem, os homens da Inglaterra já estão atrás delas, vai dar tudo certo.
– Obrigado, Josh. – e desliguei o telefone.
Senti-me um pouco mais tranquilo, mas nem tanto. Só queria que aqueles bandidos desgraçados ligassem logo.

Já havia passado quatro horas e nenhuma notícia delas, o dinheiro já estava separado e estávamos apenas esperando eles ligarem. Estava me lembrando da briga idiota que nós tivemos, como eu pude deixar que ela fosse embora? Como eu pude deixar que meu ciúme idiota fizesse com que eu a perdesse?
Tudo estava em silêncio na sala, exceto pelo meu choro e de , até que ouvi seu celular tocar.
– Alô? – ele disse e todos nos levantamos em sua direção.
– Onde elas estão? Como elas estão? – todos perguntamos ao mesmo tempo.
– Fiquem quietos, precisamos ouvir. – ele disse colocando no viva-voz. – Alô?

POV ON

Estávamos dentro de um carro preto, com os vidros de insulfilm, indo para algum lugar que eu não fazia ideia. Estávamos amarradas e estava amordaçada ao meu lado, porque estava gritando demais. Ouvi um deles falar ao telefone com .
– E o dinheiro? Espero que já esteja com ele sem faltar nem um centavo, senão já sabe o que acontece com as putinhas.
– ESCUTA AQUI, SEU DESGRAÇADO. – escutei gritar e logo em seguida o repreendeu. Olhei pra e vi lágrimas escorrendo de seus olhos.
– Estamos com o dinheiro, só falar onde devemos encontrá-los. – escutei responder.
– Na Tower Bridge, às quatro horas. Soltaremos elas em uma rodovia e talvez, só talvez, vocês as encontrem. – disse o homem desligando o telefone.
– Jared, acho que tem alguém nos seguindo. – disse o homem que estava sentado no banco do carona.
– Que droga, Paul, eu disse pra você ficar de olho. Você tem certeza?
– Tenho, cara, tem quatro Audi pretos na nossa cola há quase vinte minutos.
Jared bateu no volante e gritou.
– DROGA, POR QUE NÃO ME DISSE ANTES?
Sentimos o carro acelerar tanto que batemos nossa cabeça no encosto do banco. começou a chorar desesperadamente enquanto eu tentava soltar minhas mãos, aproveitando que eles estavam preocupados demais com a perseguição para prestar atenção em nós.
Consegui desamarrar minhas mãos e logo abaixei para desamarrar meus pés. Assim que consegui, virei para tirar a mordaça da e percebi que o carro estava ganhando mais velocidade.
– Fiquem paradas, vadiazinhas. – vi Paul apontando a arma pra mim.
– Por favor, nos deixem ir. O FBI está atrás de vocês, vocês nunca vão conseguir escapar. – disse chorando.
– Sinta-se à vontade para sair do carro agora. – Jared disse apontando para a porta.
Olhei pra fora e vi uma vegetação densa, abri a porta para pular. Ouvi um barulho ensurdecedor e senti uma forte dor no braço, levei um tempo para perceber que havia levado um tiro.
– FIQUEM PARADAS PORRA! – Paul gritou novamente.
Senti a dor atingir meus músculos e me encolhi ao lado de , que ainda estava amarrada.
– O CARRO PERDEU O FREIO. PORRA, O QUE FAREMOS AGORA? – ouvi Jared gritar.
– Vamos pular. – disse Paul.
– E elas?
– Deixe-as aí. – disse abrindo a porta e pulando do carro, Jared pulou logo em seguida. Vi o carro indo em direção a uma rocha e a última coisa que ouvi foi gritando.
– NÓS VAMOS MORRER.

Capítulo 23


"De todas as dificuldades que uma pessoa tem de enfrentar, a mais sofrida é, sem dúvidas, o simples ato de esperar."

POV ON

Vimos o carro destruído quando chegamos ao local do acidente, minha mente estava vazia de tudo que não era a ."Ela está bem? Ela está viva?" eram meus únicos pensamentos.
Vimos uma maca enorme carregando , cheia de tubos e sangue. Ouvi gritar algo incompreensível e correr em direção a ela segurando sua mão e beijando-a.
Olhei novamente em volta do local, procurando por e vi que ainda não haviam a tirado de dentro das ferragens do carro. Corri até lá e a vi com o nariz sangrando, cortes em seu rosto e dizendo repetidas vezes.
– Peguem ela primeiro. Salvem ela, salvem ela.
– O QUE VOCÊS ESTÃO ESPERANDO PRA TIRÁ-LA DAÍ? – gritei com os bombeiros.
– E quem é o senhor?
– O NAMORADO DELA PORRA!
– Temos que tomar muito cuidado pois uma de suas pernas ainda está presa em algumas ferragens.
Olhei pra ela em desespero.
– O que fizeram com você, meu amor? – perguntei.
– O ... Eles nos pegaram no apartamento... Eles nos enganaram... As flores, eram suas... Ela estava amordaçada... Tiro... Rocha... – então ela desmaiou.
Os bombeiros a retiraram, a colocando numa maca. Segurei sua mão, nunca mais soltaria aquela mão novamente.
Entramos na ambulância e um paramédico a colocou no oxigênio.
– Pode conversar com ela. – ele disse. – Com certeza ela vai te ouvir.
Peguei em sua mão novamente e disse baixinho:
– Eu sei que fui um idiota e que não mereço que você me perdoe, mas eu estou aqui, sempre estarei aqui pra você da forma que você quiser. Agora entendo o significado daquela música sabe, aquela que você gosta tanto...

All my senses come to life
(Todos os meus sentidos ganham vida)
While I’m stumbling home as drunk as I have ever been
(Enquanto eu estou tropeçando em casa tão bêbado quanto jamais estive)
And I’ll never leave again
(E eu nunca vou embora de novo)
‘Cause you are the only one
(Porque você é a única)


Eu cantava baixinho enquanto ainda segurava sua mão. Realmente, ali mais que nunca, aquela música significava tudo pra mim.

And all my friends have come to find
(E todos os meus amigos encontraram)
Another place to let their hearts collide
(Outro lugar pra deixarem seus corações colidirem)
Just promise me you’ll always be a friend
(Só me prometa que você sempre vai ser uma amiga)
‘Cause you are the only one
(Porque você é a única)


Percebi que ambulância havia chegado ao hospital quando eles abriram a porta rapidamente. Os enfermeiros falavam rápido e todos juntos, eu não conseguia entender nada.
– O que houve? O que está acontecendo com ela? – perguntei à uma enfermeira baixinha.
– Teremos que correr com ela pra sala de cirurgia, pois ela ainda está com uma bala alojada no braço.
Levei minhas mãos até a cabeça, me ajoelhei e comecei a chorar.
– Vai dar tudo certo. – repeti pra mim mesmo, como uma espécie de mantra.
Senti alguém ajoelhar ao meu lado e me abraçar.
– Já tá dando tudo certo, dude, fica calmo. – disse ainda me abraçando e eu chorei em sua blusa.

A colocaram em coma induzido por causa do tiro e dos ferimentos profundos que sofreu. Já havia se passado uma semana do acidente. Pois é, uma semana em que os dias eram nublados pra mim. Me sentei ao lado de sua cama mais uma vez e comecei a falar como se ela tivesse me ouvindo.
– Ontem fomos dar uma entrevista, perguntaram como você está e eu tive que dizer que você ainda está dormindo. Você tem que acordar logo, estou com saudades de mimar você. Contei pra eles que vamos ter quatro filhos: Sophie, Ana, Júlia e David.
– Nos seus sonhos, , nunca vou ter quatro filhos, só dois. – ela disse, me assustando.
– Você voltou. – disse abraçando-a e beijando-a como se fosse a primeira vez e, para minha surpresa, ela me beijou de volta, só parou um tempo depois para tomar fôlego e dizer.
, eu acabei de sair do coma, dá uma trégua. – dei uma gargalhada, minha menina estava de volta.

Capítulo 24


"Ninguém nunca ganha o jogo. Ponto final. Há sobreviventes. Não há vencedores."

POV ON

Eu e estávamos indo pro hospital visitar , como fazíamos todos os dias. Já havia se passado um mês desde que saí de lá e ela ainda estava em coma. Chegamos ao hospital e vimos e na porta, indo embora.
– E aí? Ela tá melhor? – perguntou.
– Na mesma, cara, na mesma. – respondeu cabisbaixo.
– Vamos entrar, , talvez tenhamos uma boa notícia hoje. – disse com o pensamento positivo.
– Nos vemos mais tarde, liguem qualquer coisa. – disse e saiu andando com em seu encalço.
Entramos no hospital de mãos dadas e seguimos em direção ao quarto dela. Ao entrar no quarto, vi sentado ao seu lado, como sempre.
– Você tem que dormir, garoto. – eu disse o abraçando.
– E comer, cara. – disse .
– Hoje eu já fui lá na lanchonete comer, dude. E eu estou bem, quem não está é ela.
– Pois é, só de pensar que nada disso teria acontecido se você não a tivesse traído...
– Eu já me arrependi por isso e não coloque a culpa em mim, vocês não tinham nada que abrir a porta pra estranhos.
– Ah claro, me desculpe se minha bola de cristal estava quebrada e eu não adivinhei que não eram entregadores de flores. – respondi exaltada.
– Olha só, ...
Paramos quando ouvimos uma respiração pesada e alteração dos barulhos dos aparelhos de . A ouvi sussurrar algo e cheguei mais perto da cama. pegou em suas mãos e começou a falar.
– Oi, amor, eu tô aqui, acorda, por favor, abra seus olhos pra mim.
Ela respirou mais profundamente e logo em seguida abriu os olhos com certa dificuldade. a encarou com lágrimas nos olhos e sorriu, ela o encarou de volta indecifravelmente. Seguramos a respiração por alguns segundos até que ela disse.
– Quem é você?

POV ON

Um mês – um mês, duas semanas e quatro dias, pra ser mais exato – que ela estava em coma, que eu não conseguia comer, dormir, cantar, dar entrevistas ou me concentrar em qualquer outra coisa que não fosse ela. Tudo por causa de uma briga idiota, pra que eu tinha que brigar com ela por causa do ? Eu podia simplesmente tê-la agarrado e mostrado a ele que ela é minha, – ou pelo menos era – mas não, eu tinha que estragar tudo. Parabéns, idiota.
A mãe e o padrasto dela foram visitá-la na primeira semana, mas tiveram que ir embora por causa de seus trabalhos. Eles, assim como seu pai, seu irmão e seus amigos, ligavam todos os dias para saber como ela estava. Sempre a mesma resposta: “Ela ainda está em coma, sem previsões de quando vai acordar”, se acordar, eu pensava, - eu sabia que as chances eram poucas, os batimentos cardíacos eram quase inexistentes – mas os médicos não falavam isso e todos tínhamos esperanças. Os meninos – da 1D e 5SOS – iam vê-la sempre que podiam. e Peter estavam tão mal quanto eu, afinal, ela era como uma irmã pra eles. Apesar de termos cancelado os shows que faríamos em Londres, - o primeiro que tentamos fazer foi um desastre – nossas fãs estavam bem compreensivas.
Enfim, depois de um mês, o que todos esperávamos aconteceu. Eu, e estávamos no quarto e então ela acordou. Eu segurava suas mãos, sorrindo e sem conseguir conter as lágrimas de felicidade.
– Quem é você? – ela perguntou baixo, me olhando.
Eu não tive reação, assim como e . Eu realmente não esperava que ela fosse acordar dizendo que me amava, – não depois de tudo que aconteceu – mas também não esperava que ela não se lembraria de mim.
– Amiga, - chamou baixo, se aproximando dela – que bom que você acordou. – elas se abraçaram.
– Onde nós estamos? Por que estamos falando em inglês?
– Nós estamos na Inglaterra, não se lembra?
– O quê? – ela arregalou os olhos. – Não, eu acho que me lembraria se estivesse na terra da Rainha.
– Desculpa a demora, - o médico entrou no quarto, interrompendo a conversa. – estava em uma cirurgia. Então, como se sente, senhorita ? – ele perguntou, se aproximando de .
– Confusa. - ela disse baixo. – Mas bem, eu acho.
– Você me parece ótima. – ele sorriu. – Como procedimento do hospital, teremos que fazer alguns exames, tudo bem? – ela apenas assentiu com a cabeça, ainda com uma expressão confusa no rosto.
– Doutor, ela... Eu acho que ela... – hesitou. – Ela não se lembra das coisas. – ela disse baixo, um pingo de desespero transparecendo em sua voz.
– Ah. – ele olhou com pena, como eu detestava que as pessoas fizessem isso. – Como eu já havia dito antes, ela sofreu uma grave lesão na cabeça e isso pode ocasionar a perda da memória, ou parte dela. Com o tempo as coisas voltam, tipo flashbacks. – ele falava e o olhava meio assustada. – Vocês podem ajudá-la, levando-a a lugares onde costumavam ir, mas aos poucos, não vamos forçá-la agora que está se recuperando. – assentimos com a cabeça e ele prosseguiu. – Vou deixá-los a sós, com certeza tem perguntas a fazer, volto em cerca de meia hora para buscá-la para alguns exames. – e com isso deixou o quarto.
– Tá, já pode me explicar o que aconteceu. – disse, olhando para a amiga.
– Ok, vou tentar resumir. – disse, respirando fundo. – Você tá no hospital porque sofremos um acidente, mas depois eu te explico isso com mais calma.
– A-ham. – disse devagar, parecendo assimilar o que a amiga tinha falado. – E como chegamos aqui na Inglaterra?
– Bem, eu ganhei na loteria e vim com o . Você, antes de vir pra cá, foi pra Nova York com sua mãe e o Josh.
– Josh?
– Seu padrasto, diretor do FBI. Sua mãe o conheceu em Copacabana, lembra?
– Pera aí. – riu fraco. – Você tá me dizendo que aquele homem bonito é diretor do FBI? – apenas assentiu. – E que minha mãe e eu moramos com ele em NY? – assentiu de novo. – Tá bom e Papai Noel existe. O que você fumou?
, é sério, por que eu inventaria isso?
– É, tudo bem... – ela disse ainda meio incerta – E quem são eles? – ela disse olhando pra mim e para .
– Eu sou o . – respondi, ainda segurando sua mão. – Seu namorado, ou pelo menos costumava ser. – terminei com a cabeça baixa.
– Na-namorado? – ela perguntou confusa. – Isso tá ficando cada vez mais estranho.
– Amiga, olha bem pra ele, você não o reconhece? – perguntou e ela negou. – ? 5 Seconds Of Summer?
– 5 Seconds Of Summer? – ela perguntou pensativa e um pingo de esperança cresceu dentro de mim, indo embora em questão de segundos. – Parece nome de banda, mas por que eu deveria saber?
– É uma banda, australianos bonitos, minha banda favorita, não?
– Não, desculpa. – ela disse.
– É, isso vai ser difícil. – suspirou.
– E você, quem é? – , da One Direction.
– One Direction? – ela franziu a testa.
– Sua banda favorita. – sorriu.
– Eu não consigo me lembrar de ser fã de banda alguma.

Ficamos mais um tempo ali, não se lembrava de nada que tinha acontecido em Londres, nada mesmo, e tentava – em meio as várias perguntas que ela fazia – resumir tudo.
– Vamos aos exames? – Dr Smith disse entrando no quarto.
– É realmente preciso? – olhou pra ele fazendo bico, ela detestava fazer qualquer tipo de exame.
– Sim, querida. Mas pense pelo lado bom, os exames podem te ajudar a receber alta logo.
– Ok, vamos lá. – ela disse, suspirando.

Capítulo 25


"Through the good times and the bad I'll be standin' there by you"

[N/A: Coloque What Are Words - Chris Medina para carregar]

Saí do hospital transtornado, sabia que se ficasse lá teria que ser internado também e, provavelmente, me internariam em um manicômio. Fui para o meu carro e dei partida sem saber exatamente para onde ir, fiquei rodando pela cidade e quando percebi que já estava escurecendo fui para meu apartamento, que dividia com os meninos.
– Dude, que cara é essa? O que aconteceu? – perguntou quando me viu entrando no apartamento.
– A acordou. – respondi simplesmente.
– E não era pra você estar feliz? – perguntou confuso.
– Pra você ver como a vida é uma caixa de surpresas. – eu disse entrando em meu quarto e fechando a porta.
– O que deu em você? – entrou com e em seu encalço.
– As pessoas costumam bater na porta antes de entrar. – eu disse irônico.
– Você chega falando que a finalmente acordou e tá aí com essa cara de cu. – falava nervoso e gritou a última parte. – PORRA, , QUAL É O TEU PROBLEMA?
– Eu fiquei quase dois meses esperando a garota que eu amo acordar – eu falava pausadamente. – e quando finalmente acontece, ela nem ao menos se lembra quem eu sou. – o encarei vendo sua expressão num misto de confusão e pena. – E você vem me perguntar QUAL A PORRA DO MEU PROBLEMA? – terminei alterado.
– Como assim ela não se lembra quem você é? – perguntou e eu respirei fundo antes de responder.
– O acidente causou perda de parte da memória e ela não se lembra de nada do último ano.
– Nada mesmo? – perguntou e eu apenas neguei com a cabeça.
– É muito grave? Ela tem chances de se recuperar? – perguntou, me olhando preocupado, assim como os outros dois.
– O médico disse que é questão de tempo, ela vai se lembrar das coisas aos poucos.
Eles ficaram em silêncio assimilando a notícia.
– Se vocês não se importam, eu quero ficar sozinho. – me pronunciei um tempo depois.
Eles assentiram e saíram do quarto. Antes de fechar a porta, se virou pra mim novamente e eu esperei que ele falasse.
[N/A: Coloque a música pra tocar.]

Anywhere you are, I am near
[Onde quer que esteja, estou perto]
Anywhere you go, I'll be there
[Em qualquer lugar que você vá, eu estarei lá]
Anytime you whisper my name, you'll see
[Toda vez que você sussurra meu nome, você verá]
How every single promise I keep
[Como mantenho cada promessa]
Cause what kind of guy would I be
[Porque que tipo de cara eu seria]
If I was to leave when you need me most
[Se eu fosse embora quando você mais precisasse de mim]


, a culpa não é dela. – ele disse baixo.
– Eu sei, é só que... – eu suspirei. – Você não faz ideia de como é difícil.
– Cara, um dia você prometeu que sempre voltaria pra ela e talvez esse seja o momento de você cumprir essa promessa. Pensa nisso. – ele disse e logo fechou a porta, me deixando sozinho.

What are words
[O que são palavras]
If you really don't mean them
[Se você realmente não acredita nelas]
When you say them
[Quando você as diz]
What are words
[O que são palavras]
If they're only for good times
[Se são apenas para os bons momentos]
Then they don't
[Então elas não são]
When it's love
[Quando é amor]
Yeah, you say them out loud
[Sim, você diz em voz alta]
Those words, They never go away
[Essas palavras, eles nunca vão embora]
They live on, even when we're gone
[Elas vivem, mesmo quando partimos]


Soltei um longo suspiro, ele tinha razão. Fui até o banheiro, tomei um banho rápido, me vesti e saí para o lugar que, infelizmente, eu frequentava regularmente desde o acidente.
Não demorei muito a chegar ao hospital, estacionei o carro e entrei, seguindo direto para o quarto de . Os médicos e enfermeiros já estavam acostumados com minha presença e teimosia, sabiam que eu não sairia de lá se ela não estivesse comigo e nem protestavam mais.

And I know an angel was sent just for me
[E eu sei que um anjo foi enviado apenas para mim]
And I know I'm meant to be where I am
[E eu sei que eu devia estar onde estou]
And I'm gonna be
[E eu vou estar]
Standing right beside her tonight
[Permanecendo ao lado dela esta noite] And I'm gonna be by your side
[E eu vou estar ao seu lado]
I would never leave when she needs me most
[Eu nunca iria partir quando ela mais precisa de mim]


Entrei em seu quarto e percebi que ela dormia, me aproximei da cama e me sentei na poltrona que tinha ao lado. Fiquei um tempo a observando, como ela era linda. E mais uma vez eu me culpava pelo que tinha acontecido, eu poderia ter impedido tudo aquilo se não fosse um completo imbecil.
Suspirei, o que já estava virando um hábito, e peguei em sua mão com cuidado para que ela não acordasse.

What are words
[O que são palavras]
If you really don't mean them
[Se você realmente não acredita nelas]
When you say them
[Quando você as diz]
What are words
[O que são palavras]
If they're only for good times
[Se são apenas para os bons momentos]
Then they don't
[Então elas não são]
When it's love
[Quando é amor]
Yeah, you say them out loud
[Sim, você diz em voz alta]
Those words, They never go away
[Essas palavras, eles nunca vão embora]
They live on, even when we're gone
[Elas vivem, mesmo quando partimos]


Eu não estava lá apenas cumprindo uma promessa, eu estava lá porque eu a amava e estaria sempre ao seu lado, mesmo que ela não quisesse ou não se lembrasse de mim.

Anywhere you are, I am near
[Onde quer que esteja, estou perto]
Anywhere you go, I'll be there
[Em qualquer lugar que você vá, eu estarei lá]
Anytime you whisper my name, you'll see
[Toda vez que você sussurra meu nome, você verá]
How every single promise I keep
[Como mantenho cada promessa]
Cause what kind of guy would I be
[Porque que tipo de cara eu seria]
If I was to leave when you need me most
[Se eu fosse embora quando você mais precisasse de mim]


A observando dormir calmamente e enfim tendo a certeza que ela abriria os olhos pra mim no dia seguinte, eu fiz a mim mesmo uma promessa silenciosa. Eu não a deixaria novamente. Jamais.

I forever keeping my angel close
[Eu sempre vou manter meu anjo perto]


Capítulo 26


"When I got out I knew that nobody I knew would be believing me. I look back now and know that nobody could ever take the memory."

POV On

Acho que eu deveria parar de fazer promessas, não consigo cumpri-las nem quando as faço para mim mesmo. - ele sorriu irônico.
- O que você quer dizer? - o olhei confusa.
- Eu estou te perdendo de novo. - disse olhando para baixo. - E, dessa vez, não tem nada que eu possa fazer para impedir isso.
O encarei tentando pensar em algo para dizer, mas nada vinha em minha cabeça. Se eu ao menos lembrasse tudo o que tínhamos passado juntos.


Abri os olhos e senti minha cabeça doer levemente, devido à claridade que entrava pelas cortinas. Era a terceira vez que eu tinha aquele sonho - ou devo dizer recordação? - naquela semana. A última vez que falei com .
Depois de um mês e apenas uma lembrança para contar história, eu já estava começando a perder as esperanças. Havíamos tentado de tudo, lugares frequentados, fotos, tweets, entre outros e apenas o que dera resultado havia sido um show da One Direction.

Estávamos na área VIP do show da One Direction no Wembley Stadium, o show já estava no fim e os meninos se despediam do público.
- Obrigado por esse show incrível, Londres! - disse e todos foram ao delírio.
- Vocês foram demais! - disse e os gritos aumentaram.
- Amamos vocês! - disse antes de deixarem o palco.
Foi tudo rápido demais, senti minha cabeça doer fortemente e a última coisa que eu vi foram os meninos vindo em nossa direção exaustos, mas com sorrisos no rosto.

Flashback On
"Os últimos acordes de Best Song Ever tocavam e tudo que eu conseguia fazer era chorar e gritar coisas desconexas, enquanto em meio à "esse foi o melhor show de todos", "nos vemos em breve" e "amamos vocês", os meninos se despediam e deixavam o palco, causando mais choros e gritos e deixando uma sensação de alívio e ao mesmo tempo vazio.
Depois de tantos anos, eles estavam indo embora outra vez. Mas nada se comparava à felicidade de tê-los visto de perto, mesmo que não tão perto assim.
Um sorriso de orelha a orelha em meu rosto mostrava que aquele, sem dúvida, tinha sido o melhor dia da minha vida. Ao deixarem o palco, eles deixaram também uma sensação nostálgica, mas uma nostalgia boa. Lembranças, choros, sorrisos, "ele tatuou Brasil" e a melhor sensação de todas, sonho realizado."
Flashback Off

Voltei à realidade sem saber direito o que tinha acontecido. Fitava o palco com o olhar distante, quando a voz de me tirou do transe.
- ! - ela sacudia a mão na frente do meu rosto. - , pelo amor de Deus, me responde! Você tá bem?
- Aham, tô. - respondi ainda meio perdida.
- Você tá bem mesmo, irmãzinha? - perguntou.
- Eu acho que tive uma lembrança. - respondi sorrindo.
- Isso é ótimo, boneca! - disse animado e eu concordei.
- O que você lembrou? - perguntou.
- De vocês. - sorri e expliquei ao ver que eles me olhavam confusos. - Que sou fã da One Direction, tanto quanto meus tweets demonstram. - rimos.


Voltei a pensar sobre a conversa com , suas palavras não saíam da minha cabeça e aquilo me levou ao dia em que foram ditas.

Eu andava perdida pelos corredores do Wembley depois do show da 1D, amaldiçoando a por ter me deixando sozinha para ir se agarrar com o . Virei à esquerda, onde uma placa sinalizava os camarins, torcendo para achar alguém por lá.
Cheguei à porta do camarim dos meninos da One Direction e estava completamente vazio. "Ótimo", pensei irritada. Duas portas à frente, era o camarim da 5 Seconds Of Summer e me senti aliviada ao perceber que não estava vazio.
Quando estava pronta para entrar, ouvi dizer meu nome e automaticamente parei para ouvir o que falava.
- A lembrou que é fã da One Direction e daí? Era pra você estar feliz, , isso pode ser um sinal que ela começará a se lembrar das coisas. - ele disse parecendo irritado.
- Eu sei! E eu sei também que eu tô parecendo um idiota egoísta falando isso, mas porra, dude, tanta coisa pra ela se lembrar e ela se lembrou logo dele. Você quer que eu me sinta como?
"Dele quem?", pensei confusa e me senti mal por estar ouvindo a conversa alheia atrás da porta, mas eu estava curiosa e, afinal, eu era o assunto.
- , bota uma coisa na sua cabeça de uma vez por todas. - parecia cansado, como se não fosse a primeira vez que tinham aquela conversa. - Ela não se lembrou do , ela se lembrou da banda.
- Da banda dele! - rebateu. - Argh, você não entende não é?
- Quem não entende aqui é você. Dude, eu acho que você esqueceu que nada disso estaria acontecendo se não fosse esse seu ciúme bobo.
- Agora até você vai querer colocar a culpa a mim?
- Você sabe que é verdade, , se vocês não tivessem brigado e você não tivesse traído a , muita coisa poderia ter sido diferente.
"O quê?"
- Eu não quero mais falar sobre isso.
E quando eu percebi o que ele queria dizer com aquilo já era tarde demais, a porta já havia sido aberta e os dois me olhavam assustados.
- , o que você faz aqui? - foi quem se pronunciou primeiro.
- Eu, eu estava perdida e... - apontei pra porta, sacudindo a cabeça, e olhei para . - Por que você não me contou?
- Eu, erh... Você, você ouviu... tudo? - ele perguntou.
- O suficiente.
- Eu vou deixar vocês a sós. - disse sumindo de vista logo em seguida.
- Quando você pretendia me contar, ? Por mais quanto tempo você pretendia me fazer de boba? - perguntei baixo.
- Ei, não fala assim. - ele disse no mesmo tom. - Eu não estava te fazendo de boba, eu só... Eu só queria te poupar das coisas ruins, sem importância.
- Ótimo saber que uma traição é coisa sem importância pra você.
- , não foi isso que eu quis dizer. Eu não quis fazer aquilo, eu estava...
- Bêbado? - interrompi. - Não é o que todos dizem?
- , por favor, me escuta.
- Fala. - eu disse seca, esperando que ele continuasse.
- Eu... não sei o que dizer. - ele disse baixo. - Acho que eu deveria parar de fazer promessas, não consigo cumpri-las nem quando as faço para mim mesmo. - ele sorriu irônico.
- O que você quer dizer? - o olhei confusa.
- Eu estou te perdendo de novo. - disse olhando para baixo. - E, dessa vez, não tem nada que eu possa fazer para impedir isso.
O encarei tentando pensar em algo para dizer, mas nada vinha em minha cabeça. Se eu ao menos lembrasse tudo o que tínhamos passado juntos.
Ficamos mais um tempo nos encarando, antes de eu me virar para ir embora dali. Eu não entendia o porquê, mas minha vontade era chorar mesmo não lembrando de nada e aquilo só fez minha raiva aumentar.


Sacudi a cabeça para afastar aqueles pensamentos e me levantei indo em direção ao banheiro. Me apoiei na pia, sentindo minha cabeça latejar fortemente, muito mais do que na primeira vez que aquilo aconteceu.

Flashback On
– Que foi que você tá com essa cara, amor? – perguntei carinhosamente, dando um beijo em sua bochecha.
– Minha namorada fica de papo com um cara e eu ainda tenho que ficar sorrindo? – ele respondeu irônico.
– Nossa, , você falando assim parece até que eu estava dando mole pra ele. – disse indignada.
– Você podia não estar, mas ele estava.
– Jura que na nossa primeira saída em Londres com o pessoal todo você vai dar crises de ciúmes só porque eu estava conversando com o ?
– Ele estava te comendo com os olhos enquanto você dançava, .
– Pelo amor de Deus, , olha o que você está falando. Ele sabe que eu sou sua namorada, por que ele me daria mole? E ele é seu amigo, não é?
– Depois disso, eu tenho minhas dúvidas.
(...)
Quando eu saí do elevador me arrependi profundamente de ter saído de casa para ir até lá. estava na porta de seu apartamento, com uma groupie saindo de lá. (...) – Olha eu, erm, eu não tenho o que explicar, porque eu não me lembro de nada e eu sei que nada que eu falar vai te fazer se acalmar e esquecer o que você acabou de ver.
– Que bom que você sabe. – respondi tentando me acalmar. – Então, se é só isso, eu já vou.
(...)
Flashback Off

Sentei-me, com calma, no chão, segurando minha cabeça entre as mãos. A segunda lembrança que eu tinha e a dor era insuportável.
A vontade de chorar veio e eu me senti uma idiota. Era bem verdade que eu queria me lembrar das coisas, mas era fato que aquilo eu preferia esquecer. O que mais me deixava indignada era o fato dele ter agido como um perfeito príncipe todo o tempo depois que eu saí do hospital, enquanto tentava me ajudar a recuperar a memória ou me convencer de que éramos o lindo casal saído diretamente do conto de fadas.
- Canalha.
Ou era o que eu havia criado em minha mente fantasiosa quando me permiti a, mesmo secretamente, começar a nutrir sentimentos por ele.
- Idiota.

Abri os olhos preguiçosamente, sentindo alguém mexer em meus cabelos.
- ? - perguntei baixo. - O que você tá fazendo aqui?
- Oi, boneca, estava te observando dormir. - respondeu sorrindo.
- Que vergonha, eu devo estar horrível. - eu disse tampando o rosto com as mãos.
- Ah, para de bobagem, você estava tão linda dormindo que eu não resisti.
- Eu não gosto que as pessoas fiquem me olhando.
- É, eu sei. Você sempre reclamava disso quando, bem... Quando estávamos juntos. - ele terminou um pouco sem graça.
- Erh, eu... Eu já volto. - eu disse sem conseguir disfarçar meu constrangimento e me levantando.
Fui até o banheiro e fiz minha higiene matinal. Eu estava ficando no apartamento de , apenas porque todos achavam que seria bom que eu tivesse companhia.
Voltei para o quarto e estava sentado na cama.
- Olha, , desculpa. - ele disse assim que me viu. - Eu não devia ter dito aquilo.
- Ei, não tem problema. - eu disse me sentando de frente pra ele. - É só que... É tão ruim não lembrar de nada, sabe?
- Não fica assim, boneca, isso é só uma questão de tempo. - ele disse me olhando solidário.
- Eu sei, mas já se passaram duas semanas e nada. E se eu não recuperar a memória? - perguntei baixo e assustada com a possibilidade.
- Não pensa assim, boneca.
- Não deixa de ser uma possibilidade, !
- Tudo bem. Então se isso acontecer, o que eu te garanto que não vai, - ele disse me olhando sério. - a gente recomeça.
- Como assim? - o olhei confusa.
- Como no seu filme favorito, - ele sorriu. - "Como se fosse a primeira vez", vamos recomeçar quantas vezes forem preciso.
- Você faria isso por mim? - perguntei envergonhada e completamente derretida.
- Sempre. - sorri fazendo com que seu sorriso se alargasse, e que sorriso. - Isso e muito mais.
- Okay, isso foi lindo e você me deixou hiper envergonhada. - ri baixo e ele fez o mesmo.
- Eu amo quando você fica assim, parece uma bonequinha de porcelana. - ele disse segurando meu queixo, fazendo com que eu o encarasse. - E, independente de ter sido lindo ou não, foi sincero.
- Pelo visto, você gosta mesmo de me deixar sem graça.
- Sim, você fica linda assim. E de qualquer jeito. Pra mim, você é a pessoa mais linda do mundo.


- Idiota. - repeti de novo, quando percebi que um sorriso bobo surgia em meu rosto conforme eu me lembrava. - Idiota, mil vezes idiota.
Senti minha cabeça girar mais uma vez e sabia o que aconteceria. Não demorou muito e mais uma lembrança veio.

Flashback On
– Ei, não precisa ficar vermelha, apesar de eu adorar ver você assim. Você fica igual uma bonequinha de porcelana.
Encarei minhas mãos em um eterno nervosismo.
(...)
- Não faça essa cara pra mim, você sabe muito bem que eu te acho a pessoa mais linda desse mundo.
, para de palhaçada, por favor.
– É sério, .
(...)
Ele aproximou seus lábios do meu rosto e beijou minha testa, meu nariz e em seguida minha boca.
(...)
Flashback Off

Respirei fundo, mais uma lembrança. Pelo visto, tudo que eu não havia lembrado em um mês, tinha resolvido surgir em um dia.
"I miss the taste of a sweeter life
I miss the conversation"

Ouvi meu celular tocar e levantei indo até o quarto para atender.
- Alô?
- Oi, irmãzinha. - era Peter.
Eu não me lembrava dele, mas ele já havia me visitado três vezes e me contado algumas coisas sobre Nova York.
- Oi, irmão, tá tudo bem?
- Tá sim, pequena. Só liguei para avisar que embarco pra Londres amanhã.
- Que ótimo! - eu disse animada. - vem?
Também não me lembrava de , mas sabia que éramos amigas em Nova York e agora ela namorava Peter.
- Vai sim.
- Ah, que bom!
- Você achou mesmo que eu deixaria ele sozinho, amiga? - ela disse aos fundos e eu ri. - Não quero que ele fique com muitas londrinas.
Não tive tempo de responder e a dor de cabeça, a qual eu já havia me habituado naquele dia, veio junto com mais uma lembrança.

Flashback On
(...)
– Espero que você não fique com muitas londrinas. - eu disse.
– Eu sei que você não me deu uma resposta, mas já vou adiantando, sou inteiramente seu.
– Vou me lembrar disso quando precisar. – sorri.
, temos que ir! – gritou do portão de embarque.
– Você promete que volta? – perguntei.
– Eu sempre voltarei pra você.
Flashback Off

- , você tá aí? - ouvi a voz de Peter.
Demorei um tempo para perceber que ainda falava com ele ao celular.
- Tô, desculpa. - respondi baixo.
- Você tá bem?
- Aham, eu tive uma lembrança. Na verdade, mais uma.
- Isso é bom, não é? - ele perguntou animado.
- Sim, é. - ri levemente. - Apenas sinto fortes dores de cabeça, nada demais.
- Entendi. - ele disse. - Irmãzinha, tenho que ir, amanhã você me conta melhor sobre isso quando eu chegar aí.
- Ok, chuchu. Beijo. - desliguei o celular e me joguei na cama com um suspiro.
Fiquei encarando o teto, pensando no quanto aquelas lembranças tinham me deixado feliz, mas irritada ao mesmo tempo.

Capítulo 27


"E segui tocando a vida. Porque no fundo sabia que era tudo que podia fazer. Viver e ter esperanças."

[N/A: Coloque The Parting Glass - Ed Sheeran e You've Got a Friend - McFly para carregar]

POV On

- Chocolates, balas, jujubas, barras de alcaçuz... Você tá achando que minha casa é doceria? - comecei a rir alto no supermercado, atraindo olhares estranhos.
Desde que a (gorda) tinha ido morar comigo, as coisas, tipo comidas saudáveis, estavam fora de cogitação nos momentos difíceis (TPM).
Procurei feito louca o dia inteiro por alguns presentes para os meus parentes do Brasil, estava cansada e pretendia me jogar na cama bem rápido depois de uma chuveirada quentinha.
Paguei por um carrinho lotado de coisas supérfluas, sentindo o olhar de desaprovação da caixa do supermercado. Ri sozinha enquanto colocava as sacolas no carro e dei partida em direção ao nosso apartamento.

- Querida, cheguei! - gritei da porta e ouvi gritar do andar de cima.
- Chamada no Skype pra você!
Subi correndo os degraus, tropeçando, e abri a porta do quarto num rompante.
- Quem é? - perguntei arfante.
- Seus pais e a Maria. - ela sorriu.
Me sentei em frente ao notebook já rindo, Maria Vitória, minha afilhada de dois anos, ficava apertando todas as teclas enquanto minha mãe pedia para parar e ela se fazia de inocente.
- Oi, amores. - eu disse sorrindo.
- Oi, filha. - disseram juntos.
- A que devo a honra de sua humilde ligação? - perguntei sorridente.
- Então, vocês sabem que somos apaixonados por música, não é? - minha mãe perguntou.
"Vocês?", olhei pra trás e vi , vulgo fofoqueira, ali.
- Sabemos, tia. - ela sorriu.
- Vamos abrir uma gravadora. - meu pai disse rouco e eu fiquei confusa. - Pretendemos criar várias arenas também, ao redor do Brasil, para que todos tenham oportunidade de ouvir boa música. - terminou com a voz cansada e teve um acesso de tosse logo em seguida.
- O que tá acontecendo com o senhor? - perguntei vacilante.
- Nada, filha. - ele respondeu e o olhei sem acreditar. - Na verdade, estou um pouco mais doente que o normal, mas estamos dando conta disso.
- Eu vou para o Brasil agora! - gritei me levantando.
- , para de graça! - minha mãe gritou. - Já não falamos que tá tudo bem? Então chega.
Me sentei de novo, me sentindo mais confiante.
- Ok, promete me ligar se algo acontecer? - pedi esperançosa.
- Prometo. - ela disse. - Bem, era só isso, queríamos te contar a notícia em primeira mão. Espero que seu namoradinho faça um show de graça para nos promover.
- Óbvio que sim, mãe.
- Então nos vemos logo. - ela sorriu e eu fiz o mesmo. - A Maria vai desligar isso a qualquer momen...
E a chamada caiu. Me levantei e me encaminhei para o banheiro, ouvindo me perguntar se estava bem diversas vezes e eu sussurrava um sim.
Tomei um banho longo e fui me deitar, pensando nos rosto de meus queridos pais.

Senti o sol bater em minha pele e fui acordando aos poucos, tinha que me lembrar de fechar as cortinas antes de deitar.
Me levantei calmamente e fui em direção a cozinha, precisava de água. Abri a geladeira pensando em quanto aqueles meses tinham sido esquisitos, nunca imaginei que aquilo aconteceria em minha vida, parecia estória de louco pra dizer a verdade.
Sentei na bancada bebericando meu suco, pensando que muitas coisas haviam mudado e muitas ainda viriam, eu tinha certeza.
Levei um susto quando ouvi um grito e depois mais um, seguido de um choro desesperador. Corri em direção ao som, vinha do quarto de . Entrei no quarto com um rompante e me deparei com ela gritando e se contorcendo em sua cama. Pesadelo.
- ? , acorda! - eu a sacudia freneticamente, já me desesperando com seu choro.
Ela abriu os olhos abruptamente e me encarou com terror.
- Eles nos amarraram, eles me bateram, você... Você levou um tiro... E... E... - ela fungava e as lágrimas não paravam de cair.
Eu a abracei e acariciei seus cabelos.
- Ei, pequena, calma, já passou. Estamos seguras agora, ninguém pode nos machucar. - eu disse baixinho tentando acalmá-la.
- Eu fiquei com tanto medo por você. Por que me tiraram primeiro? Você foi baleada!
- Você estava num estado pior. Tudo que fiz foi cuidar de você, porque é isso que irmãs fazem. - sorri.
- Obrigada, mesmo. Eu sei que tá sendo um saco o lance da memória e vocês querem me matar logo e...
- Pode parando, mocinha, ninguém aqui tá irritado com nada. Estamos com você, é pra isso que servem os amigos. - eu disse a olhando séria. - E bem, eu já te achava um saco desde que morávamos num bairrozinho classe média no Rio, então pare de achar isso uma coisa nova. - ela me deu língua e eu sorri.
- Tá tudo tão diferente agora. - ela comentou e eu assenti com a cabeça. - Será que isso tudo estaria rolando se você não tivesse ganhado na mega sena? Onde estaríamos agora?
- Nem imagino e nem quero saber. - rimos. - Mas estaríamos juntas, amiguinhas de trovoada lembra?
- Para todo sempre. - ela sorriu e nos abraçamos por um tempo. [N/a: Quem viu Ursinho Ted vai entender (:]
- Agora, ursinha, vai tomar um banho para podermos sair ok?
- Positivo e operante, capitão. - ela bateu continência e foi se arrastando para o banheiro.
Me levantei e voltei para meu quarto, precisava tomar banho também. Desbloqueei o celular e vi doze ligações perdidas do . "Nossa, quanta urgência", pensei enquanto discava o número e ia escolher uma roupa.
- ? - ouvi uma voz rouca.
- Oi, gatão, me ligou?
- Sim, eu preciso de ajuda.
- Para? - perguntei sem entender.
- É sobre a , o que acha se nós fizermos...

POV On

- Porra, , precisava nos acordar tão cedo? - reclamava ao mesmo tempo que bocejava.
- Eu preciso de vocês, babacas. - ele disse andando de um lado para o outro da sala.
- Ninguém precisa de nada às oito da manhã de um domingo, . - disse sonolento, ainda esparramado no tapete.
havia, literalmente, nos arrastado até a sala com o propósito de contar uma grande ideia. Eu esperava que fosse magnífica, porque eu já estava quase dormindo sentado no sofá.
- Fala logo, dude. - eu disse impaciente.
- Ok, vocês sabem a situação da né? - todos assentimos. - Então, que tal...

POV On

"Better than words
But more than a feeling"

Mais um dia cansativo de ensaio começava e eu já queria ir pra casa dormir. Pelo semblante dos caras, eles queriam o mesmo. "Temos que parar de beber", pensei distraído.
"Crazy in love
Dancing on the ceiling"

- , seu celular tá tocando. - disse.
- Não quero atender. - respondi.
- É a , cara.
- Ela namora o , .
- , sua namoradinha irritante no telefone. - gritou. - Pede ela pra ligar pra você.
"Everytime we touch
I'm all shook up"

- Dude, meu celular acabou a bateria. - ele disse saindo pra atender.
Já estava quase cochilando em pé quando voltou com o celular e disse.
- Caras, a quer falar com vocês.
- Coloca no viva voz ué. - eu disse.
- Oi, lindos, tudo ok? - ela perguntou.
- Tudo. - respondemos em uníssono.
- Então, me ligou e...

POV Ed On

Que dia! Duas rádios, três entrevistas e ainda não eram nem uma da tarde. Mas eu amava a vida que levava e não abriria mão de nada, talvez de um ou dos quilinhos. Brincadeira.
Estava indo para a terceira rádio do dia quando meu celular vibrou, era .
- E aí, cara? - atendi.
- Fala, dude, você me dá uma ajuda?
- Dou sim, o que foi?
- Então...

POV On

Ê macarena aaai!
Estávamos dançando na sala, gargalhando. Eu, e .
- Que saudade eu estava de zoar, brother. - eu disse fazendo um "dois" e mandando beijinho pra eles.
- Cruzes, saaai! - gritou com a voz afetada.
- Vem cá, vem, gato. - corri atrás dele na sala, quase chorando de rir.
Só reparei que havia saído da sala quando voltou com um sorriso enorme. Estranho.
- Vamos sair em uma hora. - ela disse.
- Pra onde vamos? - perguntei desconfiada.
- Jantar fora, o disse pra levar vocês.
- Odeio vela. - eu disse emburrada.
- Quem vai ficar de vela aqui? Olha o bofe gostoso que tá do seu lado.
- Vem cá, . - eu disse fazendo biquinho.
- Amorzinho, não. - ele disse sacudindo a cabeça freneticamente para os dois lados.
- Vão se arrumar, meninas, uma hora apenas, entendido? - disse .

Um frio desgraçado tomava conta daquela cidade e nós estávamos saindo. Programa de idiotas, se me permite dizer.
havia nos buscado em casa e dirigia calmamente pra puta que pariu. Porque pelo tempo que estávamos no carro, já era possível que estivéssemos chegando lá.
Ele parou o carro num lugar meio escuro e notei um pouco de vegetação ao longo da janela. Olhei sugestivamente para , imaginando se devíamos ou não sair do carro.
- , desce. - ela disse com a voz calma.
- Ok. - abri a porta e saí lentamente.
Então percebi que eles não haviam descido do carro.
- Siga as luzes! - gritou quando deu partida e foi desaparecendo aos poucos.
- MALDITOS! - gritei a plenos pulmões.
Eles iam me pagar. Apertei meus braços contra o casaco, fortemente, e fiz o que ela pediu. "Siga as luzes. Tá se achando a sininho, coitada."
Percebi que mais a frente uma luz brilhava com mais intensidade e segui até lá. Me deparei com inúmeros pisca-piscas indicando o caminho a seguir.
Pelo caminho havia vários bilhetinhos de amor dos meus amigos, fotos, inúmeras fotos e meus olhos se encheram de lágrimas.
Peguei as fotos, observando todas com atenção. Senti a conhecida dor incômoda e minha mente viajar, quando peguei uma em que e pareciam disputar por um pedaço de pizza.

Flashback On
(...)
– Você trouxe as coisas? – surgiu da cozinha com um avental lilás me fazendo rir. – Linda, você tá rindo agora, mas quando provar minhas pizzas vai pedir bis.
– Vai pedir bis porque elas já vem prontas, . – revirou os olhos.
– Por que vocês simplesmente não ligam e pedem pizza?
– Mais uma mulher sensata no mundo, obrigado, Senhor! – gritou e e Peter se ajoelharam no chão fingindo orar. Estranhos.
– Vocês ainda não me explicaram porquê. – eu disse.
– Porque acha que está no Top Chef, aquele programa de TV, – me explicou quando fiz uma expressão confusa. – aí ele nos obriga a comprar pizzas prontas e acha que é um chef.
– Nunca duvide de meus dotes culinários. – disse com a voz afetada.
(...)
Flashback Off

Sorri com a lembrança, pegando mais uma foto. Estávamos eu, e uma linda menininha, que sorria alegremente com um algodão doce na mão. Mais uma vez aquela sensação de que minha mente estava viajando, mas isso já não me incomodava mais.

Flashback On
(...)
– Vamos entrar, tá frio. – eu disse puxando pela mão.
?
– Sim?
– Karen é a meia-irmã do , ela tem sete anos e mora com o pai dela.
Fiquei vermelha e sem saber o que falar.
– Não precisa dizer nada, só achei que você deveria saber. – ele disse apertando minha bochecha e indo pra sala.
(...)
Flashback Off

Fiquei indignada com o fato de não terem me falado da pequena, mas com certeza faria me levar para vê-la na primeira oportunidade.
Passando as fotos, achei uma em que estávamos em um show, do Ed, me parecia, e logo em seguida uma minha e de nos beijando, enquanto ao fundo nossos amigos sorriam felizes.

Flashback On
(...)
Ele cantava olhando diretamente pra mim e sorria. Eu não conseguia desviar meus olhos dos dele e também sorria abertamente. Eu não conseguia acreditar que ele estava fazendo aquilo pra mim. Era a coisa mais linda.

Eles pausaram a música por um instante e, então, se pronunciou.
– Hey, , você está me ouvindo? – ele perguntou batendo no microfone, causando uma microfonia absurda.
Balancei a cabeça em concordância e ri nervosa.
– Há três dia eu te fiz uma pergunta e, se você não percebeu, essa música está reforçando a mesma pergunta. – ele tirou aquela mesma caixinha do bolso e, em meio a vários gritos, prosseguiu. – Você aceita namorar comigo?
– Sim. – respondi e levei as mãos ao rosto.
Ele sorriu abobalhadamente e, enquanto Ed cantava o resto da música, veio em minha direção.
(...) – Eu te amo, minha bonequinha.
– Eu também te amo, bebê.
Finalmente, as três palavras que estavam pedindo pra sair há muito tempo e eu me sentia extremamente feliz.
Ele me beijou lenta e apaixonadamente, o que fez com que os gritos só aumentassem.
Flashback Off

Depois daquela eu já deixava as lágrimas escorrerem livremente, não tinha como ficar chateada com depois de me lembrar de todas aquelas coisas.
A última foto era uma minha e de na London Eye, sorrindo abraçados.

Flashback On
(...)
O sol começava a se pôr, a vista que tínhamos era maravilhosa. Era simplesmente encantador estar ali. Por mais clichê que fosse, tudo se tornava perfeito em Londres.
– Eu poderia ficar aqui pra sempre. – eu disse maravilhada. – É lindo!
Ele me virou em sua direção e sorriu.
– Não mais que você. – disse olhando em meus olhos e me deixando sem graça. – Tô falando sério, isso pode soar brega, mas eu não me importo. Pra mim você é linda, por dentro e por fora. Eu tenho muita sorte de ter você comigo porque você é diferente das outras, você não tá comigo pela fama ou pelo dinheiro. Pra falar a verdade, eu nem sei por que você tá comigo, mas eu sei que vou fazer de tudo pra não te perder – a cada palavra meu sorriso crescia mais. – e eu vou estar sempre contigo, sempre mesmo, boneca. Eu nunca me senti assim em relação a ninguém antes. Eu te amo.
Eu fiquei sem saber o que dizer por um tempo, apenas absorvendo cada palavra dita por ele, sem quebrar o contato de nossos olhos.
– Me diz, tem como ser mais perfeito que isso? – eu perguntei e ele riu levemente. – Sabe, , eu nunca acreditei no amor, até te conhecer. Você me faz sentir especial e mudou meu conceito sobre coisas clichês. – rimos. – Eu sempre tive medo de me machucar, mas eu sinto que com você eu não preciso temer. Eu te amo, bebê. – terminei sorrindo e seu sorriso se alargou.
Eu amava o sorriso dele, era a coisa mais linda de se ver, seus olhos sorriam junto, era sincero e contagiante.
Ele juntou nossas testas e disse baixo.
– Obrigado por me fazer a pessoa mais feliz do mundo. – e eu só não sorri mais porque era impossível.
– Quando ficamos tão melosos hein? – perguntei com cara de nojo e ele riu me dando língua.
– É o que acontece quando duas pessoas se amam. – deu de ombros.
– Acho que vai ser mais uma coisa a qual terei que me acostumar.
(...)
- Você tem certeza, bebê? - ele perguntou olhando em meus olhos.
- Sim, amor. - respondi lhe dando um selinho. - Eu confio em você.
(...)
Flashback Off

Sorri sentindo meu rosto esquentar com a lembrança e meu único pensamento era: "não poderia ter sido mais perfeito". Me sentia um pouco tonta devido a rapidez com que as lembranças vieram, uma após a outra, mas aos poucos foi passando.
Acabaram-se os pisca-piscas numa espécie de coreto e saiu de lá com um violão.
- , eu sei que você não queria me ver ou falar comigo, mas não seria eu se não tentasse mais uma vez. - ele ia dizendo e tínhamos nossos olhares cruzados. - Eu te magoei, me magoei e estraguei tudo. Eu queria voltar no tempo, mas não posso. Só me dê uma chance de provar que eu te amo. Eu te amo mais do que eu imaginei que pudesse amar alguém um dia. Eu esperei tanto por você e esperaria novamente, se fosse preciso. O que quero dizer é que não vou desistir de você, nunca.
Quando surgiu atrás dele, eu já soluçava de tanto chorar.
- Ursinha, sabemos que você anda se sentindo um lixinho, não que você não seja. - rimos. - Mas tu é reciclável, mulher! E essa é nossa canção pra você.

[N/a: Coloque You've Got a Friend para tocar]

When you're down and troubled
[Quando você estiver abatida e com problemas]
And you need a helping hand
[E precisar de uma mão para ajudar]
And nothing, oh nothing is going right
[E nada, nada estiver dando certo]
Close your eyes and think of me
[Feche seus olhos e pense em mim]
And soon I will be there
[E logo eu estarei aí]
To brighten up even your darkest nights
[Para iluminar até mesmo suas noites mais sombrias]

You just call out my name
[Apenas chame meu nome]
And you know wherever I am
[E você sabe, onde quer que eu esteja]
I'll come running, oh yeah baby
[Eu irei correndo, oh sim querida]
To see you again
[Para te ver novamente]


Eles cantavam tão lindamente que eu já começava a achar que aquilo era um sonho, não podia ser real.

Winter, spring, summer, or fall
[Inverno, primavera, verão ou outono]
All you got to do is call
[Tudo que você tem de fazer é chamar]
And I'll be there, yeah, yeah, yeah
[E eu estarei lá, sim, sim, sim]
You've got a friend
[Você tem um amigo]

If the sky above you
[Se o céu acima de você]
Should turn dark and full of clouds
[Tornar-se escuro e cheio de nuvens]
And that old north wind should begin to blow
[E aquele antigo vento norte começar a soprar]
Keep your head together and call my name out loud now
[Mantenha sua cabeça sã e chame meu nome em voz alta]
Soon I will be knocking upon your door
[E logo eu estarei batendo na sua porta]


cantava com uma paixão invejável, olhava dentro dos meus olhos e eu o sentia derramando todo seu amor naquela música. E não havia dúvida, meu coração só palpitava a mais de cem por ele, nenhum outro, só ele.

You just call out my name
[Apenas chame meu nome]
And you know where ever I am
[E você sabe, onde quer que eu esteja]
I'll come running, oh yes I will, to see you again
[Eu virei correndo, oh sim eu virei, para te encontrar novamente]
Winter, spring, summer or fall
[Inverno, primavera, verão ou outono]
All you got to do is call
[Tudo que você tem de fazer é chamar]
And I'll be there, yeah, yeah, yeah
[E eu estarei lá, sim, sim, sim]

Hey, ain't it good to know that you've got a friend?
[Ei, não é bom saber que você tem um amigo?]
People can be so cold
[As pessoas podem ser tão frias]
They'll hurt you and desert you
[Elas te magoarão e te abandonarão]
Well they'll take your soul if you let them
[E então elas tomarão sua alma se você permitir-lhes]
Oh yeah, but don't you let them
[Oh, sim, mas não permita-lhes]


Eu sorria em meio as lágrimas. Meus amigos maravilhosos cantavam para mim, todos eles - 1D, Ed, 5SOS, , Peter, - numa sintonia perfeita. Eu tinha algo além da sorte, com certeza.

You just call out my name (out my name)
[Apenas chame alto meu nome]
And you know wherever I am
[E você sabe, onde quer que eu esteja]
I'll come running to see you again
[Eu virei correndo para te ver novamente]
Oh babe, don't you know about
[Você não entende que]
Winter, spring, summer, or fall
[Inverno, primavera, verão ou outono]
Hey now, all you've got to do is call
[Ei, agora tudo que você tem a fazer é chamar]
Lord, I'll be there, yes I will
[Senhor, eu estarei lá, sim eu estarei]
You've got a friend
[Você tem um amigo]
You've got a friend
[Você tem um amigo]
Ain't it good to know you've got a friend
[Não é bom saber? Você tem um amigo]
Ain't it good to know you've got a friend
[Não é bom saber? Você tem um amigo]


Assim que a música acabou, corri em direção ao coreto e me joguei nos braços de , que me recebeu num abraço acolhedor seguido por um beijo. Entrelacei meus dedos em seu cabelo e puxei levemente, aprofundando o beijo.
Só percebemos novamente onde estávamos quando , literalmente, jogou água em nós dois.
- Sua piranha! - gritei em português e ri.
- É assim que desagarra cachorro no cio, florzinha. - ela disse rindo, também em português.
- Amor, para de falar nessa língua estranha que eu não entendo. - a abraçou por trás e ela entrelaçou seus dedos aos dele, na barriga.
- Parece que tudo está certo agora. - disse .
- Tudo está onde deveria estar desde o começo. - disse beijando o pescoço de e ela abriu um sorriso para mim.
Tudo estava realmente onde deveria estar. Olhei em volta daquele parque e não pude guardar muitas imagens, porque a noite sem luar não ajudava. Voltei meu olhar para meus amigos e não pude deixar de sorrir. Estavam brigando por alguma coisa e havia passado chantily no cabelo de , que gritava e corria atrás dela com a lata de chantily na mão. Comecei a rir da cena, até que senti lábios nos meus cabelos e vi que era .
- Eles são tão idiotas né? - ele disse rindo.
- Muito idiotas. - reforcei.
- Mas você não viveria sem eles, é o que se diz agora. - ele puxou meu rosto em direção ao dele.
- Já tá mais do que na hora de você perceber que não sou uma garota normal. - sorri.
- Não, não é mesmo. E por isso é tão especial pra mim. - ele disse me puxando pela cintura, me deixando toda encostada nele.
- Tá me chamando de ET? - Sim, minha ET. - disse olhando para meus lábios e se abaixando para me beijar já de olhos fechados.
- Casal! - gritou de repente do nosso lado. - Vamos lá, Ed vai cantar pra chata da .
- Vem, . - eu disse o puxando pela mão.
Estavam todos sentados no chão, os meninos, , e Athina. Ed arranhava o violão docemente para afiná-lo e a gritaria era geral.
- Tá quase todo mundo em parzinho, vou ser obrigado a ligar pras strippers. - disse. - Quem vai querer uma?
Todos levantaram a mão, até mesmo , , Peter e Ed, que receberam tapas das respectivas namoradas e todos rimos.
- Então, - Ed disse. - vocês me acompanham nessa?

[N/a: Coloque The Parting Glass para tocar]

Of all the money that e'er i had, i spent it in good company
[De todo o dinheiro que eu já tive, eu gastei em boa companhia]
And of all the harm that e'er i've done, alas it was to none but me
[E de todo o mal que eu causei, foi para ninguém além de mim.]
And all i've done for want of wit, to memory now i can't recall
[E tudo que eu fiz por falta de juízo, de memória agora não consigo recordar.]
So fill to me the parting glass. Goodnight and joy be with you all
[Então encha o copo de despedida. Boa noite e foi bom estar com vocês todos.]


Estávamos emocionados com a canção e sabíamos que era bem além de real, ela retratava tudo o que vivemos e viveríamos.

Of all the comrades that e'er I had, they're sorry for my going away
[De todos os camaradas que eu tive, eles estão agora tristes pela minha despedida]
And all the sweethearts that e'er I had
[E todos os corações apaixonados que eu tive]
They would wish me one more day to stay
[Desejariam que eu ficasse um dia a mais]
But since it falls unto my lot that i should rise and you should not
[Mas desde que eu cai em mim, que eu deveria me elevar e você não]
I'll gently rise and i'll softly call, "goodnight and joy be with you all!"
[Eu gentilmente me levanto e sutilmente digo "Boa noite e foi bom estar com vocês todos"]


O que seria de nós a partir dali? O que havia por vir? Não sabia, mas tinha certeza de uma coisa: nada nunca mais seria igual a antes.

A man may drink and not be drunk, a man may fight and not be slain
[Um homem pode beber e não ser bêbado, um homem pode lutar e não ser morto]
A man may court a pretty girl and perhaps be welcomed back again
[Um homem pode cortejar uma bela moça e talvez ser bem-vindo quando voltar]
But since it has so ordered been by a time to rise and a time to fall
[Mas desde que tem sido tão requerido pelo tempo de se elevar e o tempo de cair]
Come fill to me the parting glass, good night and joy be with you all
[Vem encher o copo de despedida, boa noite e foi bom estar com vocês todos.]
Good night and joy be with you all
[Boa noite e foi bom estar com vocês todos.


Capítulo 28


"The worst things in life come free to us."

[N/a: Vão aparecer algumas partes - em português - da música I See Fire do Ed Sheeran, fica por escolha de vocês ouvir ou não a música enquanto leem o capítulo.]

POV On

Se isto é para terminar em fogo, então vamos queimar juntos. Assista as chamas subirem mais alto à noite.

Fazia um mês inteiro desde a última vez em que ficamos todos juntos. Vida de artista atrapalha um pouco, às vezes.
Nossos namorados e amigos estavam em lugares bem diferentes. Parecia um episódio da corrida maluca e nosso objetivo era chegar às dez e meia no aeroporto para o reencontro.
- , querida, melhor que isso só uma plástica nessa sua cara cheia de maquiagem! - gritei pela vigésima vez.
One Direction vinha de mais uma turnê da América Latina. 5 Seconds of Summer vinha do Japão. E meu príncipe ia me deixar para morar com seu gostoso namorado, modelo da Dior, Nathan. Ele fisgou mesmo um gringo!
- , - ouvi uma voz de bicha estridente soar tão alto que fez meus ouvidos doerem. - sai desse banheiro agora, sua cachorra. Se meu macho for embora sem mim, eu mato o seu boy na primeira privada disponível.
- Calma, chuchuzinhos. - ouvimos seus passos na escada e assim que a vimos, começamos a aplaudir e assoviar.
- Você tá linda e estamos atrasados, rápido. - peguei minha bolsa em cima da mesa e corremos para o carro.

Assistir as chamas queimarem e queimarem, à encosta da montanha.

- Amores, meu voo é o próximo, digam adeus aos bofes por mim. - disse se levantando.
Estávamos atrasados e o voo dos meninos também, o que resultou em uma série de xingamentos de direcionados a nossa pressa de chegar dentro do horário.
- Vou sentir saudade, meu amor. - chorava abraçada ao meu melhor amigo e confidente.
Senti aquele primeiro aperto, aquele que faz o coração parar por alguns minutos e a visão ficar turva.
- Delícia, não vai se despedir de mim? - ouvi a voz dele ao longe, porque ainda estava atordoada.
- Meu anjo, - eu disse segurando seu rosto e afagando levemente. - sabe que você é o pior e o melhor viado do mundo, não sabe?
- Sou o melhor e o pior e sou seu. Sempre. Você é minha delícia e ainda vamos aprontar juntas. Que tal um pacto de amizade?
- Nada de cuspir na mão. - rimos da cara de nojo de .
- Cruzes. - a voz fina de entrou em ação. - Vamos usar os mindinhos, sim?
Juntamos nossos mindinhos e nos encaramos por alguns segundos, antes de sorrir abertamente.
- À Londres e à amizade eterna. - começou .
- Aos bofes e aos sonhos realizados. - continuou.
- Daqui até a eternidade. - falamos juntos e beijamos nossos mindinhos.
- Amor, última chamada. - Nathan disse.
- Ok, vou nessa, vagabas, me liguem. - ele mandou beijos no ar e se foi.

E se deveríamos morrer esta noite, então nós devemos morrer juntos, levante a taça de vinho pela última vez.

Estávamos sentadas no carro, com nossos meninos que dormiam.
- Tanto esforço e produção pra eles dormirem em menos de dez minutos depois de nos verem. - sussurrou indignada.
- Sério que você achou que teria atenção? Eles estão exaustos. - eu disse sorrindo acariciando o rosto de .
- Não estou acostumada com homens babando no meu ombro. - sussurrou de novo.
- Para de graça, sua... - e senti o segundo aperto, mais forte e avassalador que o primeiro e me tirou o ar.
Ouvi coisas desconexas saindo da boca de , enquanto ela tentava acordar os meninos em socorro e eu só conseguia apontar para meu coração que batia freneticamente e doía.
- Amor? Ei, o que foi? O que você tá sentindo? - vi o rosto exausto de e resolvi não me importar comigo naquele momento.
Sentia algo chegando, mas o que de ruim aconteceria? Estávamos na cidade dos sonhos com nossas almas gêmeas. O que poderia dar errado?

Preparar como nós iremos, assistir as chamas queimarem e queimarem à encosta da montanha

Senti o corpo suado de desfalecer ao meu lado e uma risada baixa ecoar no quarto escuro.
- Amor? - ele chamou. - Amor?
Mas eu estava distraída tentando normalizar minha respiração e notei um pacotinho azul em cima do criado mudo.
- , às vezes eu acho que você faz de propósito. - me sentei na cama, o olhando irritada.
- Quê? Você não gostou? - ele arregalou tanto os olhos que tive que rir.
Me estiquei e peguei o pacotinho do preservativo, o olhando significativamente.
- Droga. - resmungou. - É que elas me incomodam, amor, aí eu esqueço.
- Se você quiser que haja uma próxima vez, - eu disse apontando para nós dois. - você vai querer que sua amiguinha - apontei para o pacote. - te incomode.
- Claro, claro. - ele disse se levantando e indo para o banheiro.
Comecei a rir sozinha, do nada, mas de repente me senti vazia, como se não houvesse mais nada e foi aí que comecei a gritar.

E assim que o céu despencar, vai colidir nessa cidade solitária e com aquela sombra no chão, ouço meu povo gritando.

Senti mãos quentes afastando o cabelo da minha testa suada. Abri os olhos e me deparei com uma convenção no meu quarto.
- Estamos dando uma festa? - perguntei para ninguém em especial.
- Você teve um ataque de ansiedade, o médico te medicou devidamente e acabou de sair. - respondeu minha pergunta subentendida.
- E todo mundo resolveu saber o que é, como funciona e quais são as causas, porque todos resolveram aparecer. - suspirou irritada.
- Tá putinha porque atrapalhamos ela e o . - piscou.
Depois de todos eles checarem se eu estava bem e o Ed, Athina, e até minha bicha de Paris me ligarem, foram para sala conversar.
- E aí, princesa? - se deitou ao meu lado, acariciando meu rosto.
- Não sei, me sinto estranha. Não dá pra explicar a sensação, quero chorar e gritar, mas ao mesmo tempo quero carinho e não que vocês não estejam me dando, só que...
- Ei, princesa, relaxa, vai dar tudo certo. - me deu um selinho e eu correspondi vacilante.
- E se não der?

Desolação vem sobre o céu.

O almoço saiu tarde naquele domingo. A neve caía em espessas camadas pelo quintal e estávamos nos aquecendo em volta da lareira como naqueles filmes românticos e clichês. Eu, , e . Os casais bem (mal) elaborados de Nicholas Sparks.
beijava os lábios sujos de chocolate de enquanto ressonava baixinho ao meu lado.

Things were all good yesterday and then devil took your memory.

Ouvi meu celular tocar na bancada da cozinha e corri para atender, ao som das risadas de e quando tropecei.
- Alô?
- ? - ouvi a voz vacilante da minha mãe.
- Oi, mãe. - respondi baixo.
- , vem pra casa agora! - ouvi sua voz urgente e senti de novo o aperto.
- Por quê? O que... - perguntei já perdendo os sentidos e ouvi aquela frase mesmo ao longe.
- Seu pai. Ele morreu.


FIM



Nota da autora (05/02/2015): Paola: Acabou! Vish, de verdade! Quem tá feliz diga eu! Gostaram desse maravilhoso desagradável capítulo? haha E sim, é o último, apesar dos pesares. Queria agradecer primeiramente a minha gorda, chata e feiosa Athena, por se juntar a mim nessa louca, intensa e irritante jornada que é escrever. Provavelmente, eu teria enlouquecido e desistido sem você, Sis. A Larys, a melhor beta da obsession e não estou brincando, você é linda e compreensiva e sempre pronta a nos ajudar. Te amo, Larys! A Rafaela, Isabelle e Aninha, que sem saber foram inspirações para as amigas maravilhosas da fic. E O MAIOR BEIJO E MAIOR ABRAÇO para vocês que leram e comentaram, e os que não comentaram também. Vocês nos incentivaram a ser melhores e nada se compara a sensação de saber que vocês se identificam com nossa estória louca! Beijos de luz e até a próxima. Ou será, nos vemos em breve? Amo vocês. Xx

Athena: Acabooou, Sugars! Como estão se sentindo em relação a isso? Felizes, tristes, querendo nos matar? haha Choraram as pitangas e derramaram rios de lágrimas com esse final? Tivemos essa ideia em cima da hora e batemos o recorde escrevendo tudo em um dia - palmas pra nós haha - e gostamos do resultado, esperamos que vocês tenham igualmente gostado. É claro, tenho que agradecer a insuportável da Paola, que não vive sem mim, por ter me aturado e não ter desistido. Foi estressante, gerou brigas e dores de cabeça, mas valeu a pena, Sis! Obviamente, muito obrigada, Larys, nossa linda beta que nos aturou todo esse tempo, sendo compreensiva e nos dando ótimas dicas sempre que precisamos. Não vou agradecer as nossas - inspirações - amigas, pelo simples fato de serem ingratas haha. E quanto a vocês, queridas leitoras, eu não tenho palavras para expressar o quanto eu sou grata e como vocês são especiais pra mim, sem vocês essa fic não seria nada. Saibam que eu li cada comentário, um a um, e todos eles fizeram um grande sorriso surgir em meus lábios. MUITO OBRIGADA, dez vezes não seria o suficiente para agradecer todas vocês. Nos vemos em breve, quem sabe? Do fundo do meu coração, eu amo vocês! Xx

PS: falem/reclamem/nos sigam no twitter: @yepcashton (Loola) @stargirlziam (Athena).

Nota da Beta: Ah, meninas! <3 Eu que tenho que agradecer por terem confiado a fic de vocês a mim! Foi muito bom estar com vocês! Não vão me abandonar hein? hahaha
Até a próxima, certo? xx


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