The End Is Where It Begins
Autora: Jess Gonçalves | Beta-reader: Giovana


Em outros tempos, qualquer algo não terráqueo ameaçava a sua população nativa ou até mesmo o planeta inteiro, só podia contar com a ajuda de um homem - que não era bem um homem. Sempre acompanhado, ele é a razão de hoje vermos o mundo como ele é, mas sem contar as coisas ruins, porque isso não é culpa dele. Tudo o que ele fez por muito tempo foi tentar consertar erros dos mais diversos sem pedir algo em trocar. Feliz por apenas poder ver todo o Universo em sua completa extensão de tempo e espaço.
Mas algo mudou.
Hoje, se alguma força alienígena tentar tomar a Terra e se seus habitantes não conseguirem detê-los, a Terra será tomada, porque o protetor do Universo, A Tempestade Que se Aproxima, O Deus Solitário, O Predador... O Doutor desistiu.
O Último Senhor do Tempo agora vive em uma nuvem, deixando que as coisas aconteçam sem sua interferência, como deviam acontecer desde o começo dos tempos. Porque depois de tantos anos salvando o Universo, ele aprendeu que o Universo não se importa.
Muitos podem julgá-lo por essa atitude, mas ninguém sofreu as perdas que ele ainda lamenta para saber como é conhecer alguém e saber que o tempo da pessoa ao seu lado é limitado. Os dois corações do Doutor estavam quebrados e ele não podiam mais consertar, não para sofrer outra perda. O isolamento agora era sua única proteção, pois assim não passaria por tudo de novo, mas isso estava o matando aos poucos, apagando a sua essência.
Mais uma vez ele acreditava que um Senhor do Tempo vivia demais.
Um dia, ele decidiu descer de sua nuvem e ver o que estava perdendo em terra, apenas para se torturar mais do que já fazia sozinho em sua nave – a TARDIS. Era uma tarde agradável em Paris, a cidade que o Doutor passara as últimas semanas – embora não tivesse deixado a nave até aquele momento. Turistas andavam de um lado para o outro, contentes por carregarem suas máquinas fotográficas e dezenas de sacolas de todas as lojas que visitavam na considerada “capital do amor”, enquanto os moradores locais apenas seguiam sua rotina de ir ao trabalho e voltar para casa, sem se darem conta de que o homem responsável por salvá-los inúmeras vezes agora caminhava sozinho e cabisbaixo pelas ruas francesas.
Mesmo em meio a uma multidão, o Senhor do Tempo se sentia sozinho com seus dois corações partidos, apenas observando com inveja a rotinas de seus amados humanos, sem se importar muito em desviar, assim esbarrando com uma das pessoas apressadas que mal olhavam para frente.
Um corpo dois palmos mais baixo do que o Doutor colidiu com ele, e apenas foi identificado como uma garota por seu longo cabelo ruivo, muito parecido com o cabelo de uma de suas antigas companheiras, que há muito já havia partido, mas, mesmo assim, foi com um pouco de esperança que o homem esperou a garota levantar o rosto, esperando ver olhos familiares. Mas não eram. Eram olhos castanhos completamente desconhecidos e consideravelmente úmidos.
A garota não devia passar dos vinte e poucos anos e não estava mais se importando em deixar a dor que sentia aparecer em seu rosto delicado, junto com lágrimas insistentes que lhe escapavam por seus olhos. Ela não queria mais ter que se controlar apenas para manter uma boa impressão. Não agora. Não depois de tudo.
Mesmo não querendo admitir, a primeira coisa que o Doutor sentiu foi curiosidade e uma imensa vontade de confortá-la, até hesitando por alguns segundos entre alcançá-la para um abraço e apenas virar as costas. Então ele foi obrigado a se lembrar do por que dele estar ali: ele não queria ter que passar por tudo de novo e sempre começava daquele jeito. Ele comovido e interessado.
Por isso ele não se interessaria mais.
não soube o que fazer por alguns longos segundos.
A última coisa que ela precisava naquele dia era esbarrar com um estranho na rua e foi a primeira coisa que ela fez depois de deixar o hospital depois de quase dois dias sem sair do lado de sua mãe. Ela podia muito bem culpar as horas mal dormidas dentro daquele quarto demasiado branco e toda a burocracia para o enterro de seu pai, mas naqueles últimos dias ela estava cansada de culpa e não a usaria a seu favor nem naquele momento.
Fora outro sentimento que a preenchera.
Depois de conseguir se livrar dos fios de cabelos que lhe atrapalhavam a visão, se deparou com um homem alto e magro, que não devia ser muito mais velho que ela, em roupas extremamente sérias e fora de época, e compartilhava o mesmo brilho triste nos olhos, junto com seus traços surpresos. Ela sentia que ele também não esperava ser impedido, apenas queria fugir de uma vez, já que nada parecia ter mais solução.
Era a mais pura compreensão que a dominava mesmo sem saber quem era aquele estranho homem. E era recíproco, já que alguns segundos o homem se adiantou em sua direção, mas depois pareceu mudar de ideia, apenas lhe virando as costas e voltando em seu caminho.
Dominada agora pela curiosidade – e inconformada por ele sequer ter pedido desculpas –, se viu seguindo um homem estranho sem motivo aparente, apenas sentindo que existia algo que pudesse fazer por ele, mesmo que isso não fizesse sentido nenhum. Assim ela desviou de cada pessoa que inconscientemente se colocava entre eles, como se os dois se encontrarem fosse errado e fosse dever de todos impedir. Mas a determinação de se tornara algo mais pessoal porque, se alguém estivesse disposto a se preocupar com ela, ela não queria que desistissem tão fácil. Então por que faria isso com outro?
Cada vez mais o homem se afastava e ficava mais presa entre a multidão, até que um garoto esbarrou com ela de frente e, temendo que ela caísse, a segurou, mas a garota não viu isso como um gesto gentil, mas sim como outra tentativa do Universo de impedi-la de completar seu objetivo. Assim ela se afastou do garoto e gritou um sofrido “por favor” que não atraiu só a atenção do homem estranho, mas como de todos na rua.
O Doutor sabia que aquela garota estava o seguindo e não desistiria tão facilmente, por isso ele se esquivava o mais ágil possível das pessoas do caminho. Porque ele não queria presenciar tudo aquilo novamente: conhecer alguém, se apegar e ver essa pessoa deixá-lo – por vontade própria ou não. Isso poderia até soar um pouco presunçoso, mas essa era a ordem das coisas para ele, sempre começando da mesma maneira.
Curiosidade. Dos dois lados.
“Por favor!”. Sua voz era tão melodiosa que ele fora obrigado a parar de fugir e apenas deixar que aquela frase ecoasse em seus ouvidos, dando a tão esperada chance àquela garota desconhecida, que agora parecia não saber o que fazer.
- Desculpe, senhor – pediu ela ao garoto que tentara segurá-la, com um sorriso tímido, mas mesmo assim se adiantando em direção ao Doutor, demorando mais que o necessário analisando seus traços misteriosos e tão comuns – Quando você esbarra em alguém... Você pede desculpas.
Um pouco surpreso pela falta de jeito da garota, o Doutor se permitiu a soltar um riso educado, murmurando que “se lembraria disso da próxima vez” e voltou a se afastar. Mas dessa vez estava esperta e logo o impediu, puxando com delicadeza seu braço.
- Espera...! – pediu ela em um sussurro – Nós devíamos estar conversando.
- Por que estaríamos? – riu ele, escondendo as mãos inquietas nos bolsos de suas calças – Não nos conhecemos, senhorita.
- Então me diga seu nome – murmurou ela sorrindo – Você tem um sotaque engraçado.
- Sou O Doutor.
- Sou A Secretária.
O Doutor parou por alguns segundos tentando entender o porquê daquela garota estar rindo e por que ela mentira seu nome. E ela percebera sua confusão.
- Você disse sua ocupação e eu disse a minha – explicou ela, estranhando a falta de senso de humor de alguém tão jovem – Sou .
- ... – repetiu ele, fechando os olhos e sentindo a brisa leve balançar seus fios curtos de cabelo – “Minha querida”... Eu não disse minha ocupação, disse meu nome. Meu nome é Doutor. Garota francesa com nome francês...
- Cara estranho com nome estranho.
- Touché – suspirou ele – Adeus, .
E mais uma vez ele foi impedido.
- Certo! O que você quer? – perguntou o Doutor irritado – Porque eu gostaria de conseguir partir sem interferências!
se sentiu culpada por tal demonstração de nervosismo e isso não foi a melhor das visões para o Doutor, que viu um sorriso verdadeiro dar lugar a um olhar triste.
- Eu não sei – confessou ela – Só senti que precisava vir.
- Conversar com um estranho?
- Parecia a coisa certa...
assistiu naquele momento as mais rápidas mudanças de expressões que veria em toda sua vida: em um segundo o Doutor parecia estar irado; no outro estava prestes a chorar; e, para finalizar, terminou com uma expressão rígida. Aquele estranho homem deveria estar a assustando, mas algo nele trazia um conforto singular, daqueles que você apenas sente com alguém que te entende.
- Por quê? – perguntou ele, deixando a questão o mais ampla possível para poder encaixar ali todas as perguntas que precisasse, inclusive as que aquela simples garota jamais poderia responder. O motivo de todas as perdas, de toda dor. O motivo de ele continuar naquele navio que dava voltas infinitas, sendo o ele único que não saía de bordo.
- Eu nunca sei o porquê – suspirou – É mais interessante assim.
Com aquela resposta espirituosa, estava ganhando aos poucos a preciosa confiança daquele homem estranho, que ainda tentava lutar contra seu instinto de lhe oferecer a mão e correrem até a TARDIS assim que ela aceitasse sua oferta, buscando conforto nas estrelas, como sempre deveria ser. Mas não dessa vez.
Ele havia desistido dessa esperança e continuaria sozinho.
- O que te faz pensar que me entende? – perguntou ele por fim – O que você tem de diferente?
- Sou uma garota comum e acho que o entendimento não é a parte mais importante – contou a garota – O interesse em entender muitas vezes é mais que o suficiente.
Ali o Doutor se viu obrigado a dar o braço a torcer, se rendendo um pouco mais àquela sensação de deja vu, relembrando todos os primeiros encontros que tivera com todos seus acompanhantes. Sempre parecendo tão comuns e tão magnificamente grandiosos. O Doutor sempre atraia pessoas com o potencial necessário para mudarem toda a história para melhor e talvez isso nunca fosse mudar.
Talvez não fosse tão fácil apenas deixar isso de lado.
- Eu espero que você não possa me entender – riu ele, sentando-se em um dos bancos da calçada, sendo acompanhado pela garota - Nunca desejaria que alguém passasse pelo o que eu passo.
- Algumas coisas são inevitáveis – lembrou a garota – Só nos resta aceitar e continuar. O conforto que o sorriso discreto que lhe mostrara era o que há muito o Doutor queria e precisava, mas negou a si mesmo por todo esse tempo por medo de ver a história se repetir. Ele via nos olhos escuros da garota que ela não estava em uma situação agradável e ele não podia estar mais certo.
- Eu já continuei por muito tempo, “minha querida”... – comentou ele, deixando que a luz quente do sol o cegasse por alguns segundos – Ninguém deve viver tanto.
- Por que pensaria assim? – perguntou confusa.
O Doutor abriu os olhos e a puxou pelos ombros em um ângulo estranho, já que se sentavam lado a lado. Seus olhos inquietos pareciam contar todos os detalhes dos dela, talvez apenas pensando nas melhores palavras para sua resposta ou apenas tentando entender com alguém conseguiria fazer tantas perguntas certas.
- Eu já passei por muita coisa, ... Já sofri muitas perdas – confessou ele, estudando as reações da garota – É por isso que eu estou aqui. É por isso que eu fujo. Porque eu não quero passar por isso novamente.
deixou que sua mente repassasse cuidadosamente cada palavra que o homem escolhera tentando se convencer de que não estava ficando irritada, mas sem sucesso.
- Quer saber? Tchau para você – limitou-se , apenas se levantando rapidamente e deixando um Doutor em considerável confusão, demorando mais que alguns segundos para entender que devia impedi-la.
- ! – gritou ele, com seu sotaque engraçado que a fez se virar novamente para aquele homem estranho – Pode me explicar o que aconteceu?
- Ah, você quer saber o que aconteceu? – riu ela, ignorando as pessoas que passavam a sua volta e não se importavam de não serem discretos em tentar ouvir a conversa dos dois – Aconteceu que eu percebi que você é patético.
Como reflexo, o Doutor chegou a abrir a boca, mas, de todas as respostas possíveis que aquela garota poderia dar, aquela sequer passara em sua mente como uma opção, porque ele não conseguia ver uma ação sua que pudesse causar tamanha má impressão. Assim, o homem acabou por encarar com uma expressão incrédula, murmurando um simples “o que” quando sentiu que lembrara como se falava.
- O que você faz? – perguntou ela, não dando tempo que o Doutor conseguisse responder sua resposta muito ampla – Você vive como todo outro ser vivo desse Universo, e nós vivemos por um motivo. Por qual motivo você vive, Doutor?
- Eu... – começou ele, um pouco mais constrangido do que gostaria. Afinal, ele que costumava deixar as pessoas confusas com suas perguntas e perdidas em seus raciocínios. Não o contrário.
- A Vida não passa nada mais do que uma repetição finita de ciclos... Conhecer alguém, se tornar amigos e talvez até se tornar mais que isso – continuou ela, sem saber se devia se sentir orgulhosa de ser o motivo daquele homem estar tão entretido em sua própria linha de pensamento estimulada por suas palavras, ou preocupada por ele estar em silêncio absoluto – E em alguns momentos nós estragamos tudo, somos obrigados a começar tudo de novo. Mas a chance de ver tudo se acertar é a que mais vale a pena.
O tom de voz firme não deu espaço para o homem replicar, mas, no fundo, ele não queria fazê-lo. Estava abismado por estar sendo prensado na parede por uma humana que sequer fazia ideia de quem ele era.
se sentiu um pouco malvada ao ver a expressão do Doutor voltar aos poucos à tristeza, provavelmente se dando conta da idiotice que estava fazendo. Por isso ela voltou a amaciar a voz, depositando com delicadeza uma de suas mãos em seu ombro.
- Perdas contam nossas histórias porque elas doem mais quando se refere a uma história que nos apegamos, seja ela curta, seja ela extensa, mas que nos desperte um sentimento bom, no final das contas – sussurrou ela, sorrindo ao sentir envolver sua mão na dela, transmitindo por um aperto leve que estava compreendendo - Perdas são o que nós somos, porque elas nos ensinam a viver e até a cometer os mesmo erros, porque alguns são inevitáveis. O resultado de perdas e dor é o que nós somos, é o que nos diferencia. Essa esperança idiota e sem lógica que nos dá força para continuar nesse caminho que parece muitas vezes ser sem fim.
- Quem é você? – questionou o Doutor, causando riso na garota – Estou falando sério. Você não passa dos vinte e cinco anos! Como pode falar com tanta certeza?
- Perdas e dor são resultados de algo que sentimos falta e, se sentimos falta, era porque era bom. As coisas boas também fazem parte de nós – continuou ela - Quem você seria sem as coisas boas que já aconteceram com você? Qual seria o motivo de você existir se não fossem essas coisas boas?
não estava sendo paga para animar alguém que se sentia perdido, mas nada era mais valioso do que ver aquele homem estranho mostrando a ela um sorriso calmo e até um pouco contente. Isso por causa dela. Nada melhor do que fazer outro alguém se sentir melhor quando você não consegue fazer isso consigo mesmo.
- Quem você seria sem essas coisas boas, ? – perguntou o Doutor, afagando os cabelos ruivos da garota – Quem eu deveria agradecer por ter moldado uma alma tão... Estranhamente comum? Quem foi a pessoa que você perdeu?
- Eu não seria eu mesma – arriscou ela, sentindo novamente algumas lágrimas alcançarem seus olhos – Meu pai. Cloud.
- O acidente de carro de três dias atrás... Estou correto? – perguntou ele – Cloud e Fleur Arle, com o filho mais novo. Ele não resistiu.
- Andou lendo jornais recentemente? – perguntou ela, forçando uma risada.
- Passei muito tempo sem companhia, então leitura foi o que me restou... Até agora.
O Doutor sorriu misterioso, olhando para os lados algumas vezes, como se temesse que alguém os visse – mesmo estando na rua. Quando ele voltou a fitá-la, mostrava um sorriso maroto, como o de uma criança que tentava roubar alguns biscoitos sem que a mãe visse, lhe estendendo a mão.
hesitou por alguns segundos centímetros antes de suas peles se tocarem, pensando que talvez aquele gesto tivesse um significado a mais. E realmente tinha.
Aquele gesto representava o Doutor novamente desistindo, mas, dessa vez, de seu isolamento. Ele estava desistindo de passar a eternidade sofrendo por acontecimentos passados e tentando apenas se lembrar dos bons momentos, porque esses momentos eram ele.
- Eu sou o último Senhor do Tempo vivo, o mais experiente viajante do tempo de todo tempo e espaço, e passei muito tempo sozinho, mas essa não é a parte que me interessa... Você merece um tempo, – sussurrou ele sorrindo – Venha comigo. Vou lhe mostrar as estrelas.
levou sua mão a encontro de seu próprio corpo, começando a rir.
- Você é maluco... E estranho.
- Não vou negar – disse ele, agora mais sério e se aproximando alguns passos, sem recolher a mão – Mas você continua me ouvindo, mesmo eu sendo um homem maluco e estranho.
- O comum é o estranho – disse ela, esticando sua mão para o Doutor, mas a puxando de volta – O diferente é o natural.
O Doutor ergueu uma sobrancelha, em uma tentativa de apressá-la, deixando-a mais indecisa. E ele até compreendia: não era fácil deixar alguém que precisa de você.
A mãe de estava se recuperando, assim como seu irmão e ainda precisava organizar o enterro do pai. Coisas demais para alguém tão novo e que sofreu uma perda tão grande.
- Você não precisa vir comigo pelo resto da eternidade – comentou ele – Apenas uma viagem.
- Por que eu? - perguntou a garota – Eu sou apenas uma garota.
- Eu nunca sei o porquê... Eu apenas sei quem – murmurou o Doutor. Sua respiração seguia o mesmo ritmo acelerado que o da ruiva, que já sabia a sua resposta – Pessoas como você merecem tanto mais, “minha querida”... Mas viajar é tudo que eu posso lhe oferecer.
deixou que um confortável silêncio se instalasse, assim iniciando um diálogo por sorrisos espontâneos e contagiantes, e nada mais do que puramente contentes.
- Então me mostre o Universo, homem estranho.
por final aceitara a mão do Doutor, que não hesitou em puxá-la por um caminho que ela nunca fizera na vida, apenas ouvindo as exclamações animadas do homem que agora aceitara mais uma vez as coisas como elas eram.
Talvez os dois não tivessem errado sobre pensar que aquele fosse o final, pois ele coincide com diversos finais: o final de um período triste na vida dos dois; e o final dessa história.
Mas isso não quer dizer que aqui não se inicie uma outra história.
A história de um homem estranho com nome estranho que viajou com a companhia de uma garota francesa com nome francês.

Fim


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25 de agosto


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