P.O.V:

Finalmente eu iria sair. Não aguentava mais ficar presa aqui. Quero sentir a grama, o vento e tudo mais. Chamo-me . Sou uma princesa, embora não ligue para esses títulos. Minha mãe, Catherine, a rainha, foi meio radical quanto a minha educação. Não pude sair do castelo por dezoito anos. Ela dizia que eu não podia me desviar do projeto dela para mim. No começo, até aceitava essas condições. Porém, quando completei quinze anos, meu desejo de sair foi aumentando. Contudo, não podia. Minha educação foi voltada ao meu preparo para ser rainha e não podia ter contato com o mundo externo para não me desviar da função. Mas hoje, no meu aniversario de dezoito anos, eu finalmente poderia sair.
Estava no meu quarto com a minha prima e melhor amiga . Ela estava me ajudando com o vestido e o cabelo.
– Como se sente? – perguntou-me.
– Diferente. Uma sensação boa.
– Normal. Primeira vez que você sai dos domínios do castelo.
– Eu sei. Estou ansiosa.
Assim que terminei de me vestir, começou a arrumar meu cabelo. Quando terminamos, descemos a longa escadaria para encontrar minha mãe para o café da manhã. Ela me olhava toda hora, como se pedisse para não ir, mas eu apenas daria uma volta. Assim que terminamos de comer, eu e saímos.
Quando passei pelo portão de entrada, a felicidade tomou conta de mim. Olhei para minha prima, como se pedisse permissão para correr. A menina concordou com um sorriso. Segurei a barra de meu vestido e corri. Era boa a sensação do vento contra meu rosto. Amava a liberdade que estava sentindo.
Parei perto de um pequeno rio. Tirei meus sapatos e deixei a água tocar meus pés.
– O que está achando? – escutei a voz dela atrás de mim.
– Tudo perfeito. Não consigo parar de sorrir.
Abracei-a e agradeci por me levar para sair. Ela disse que amigas eram para todas as horas e se sentou à beira do rio. Olhei ao meu redor e vi um pequeno bosque. Disse para que iria lá e também que iria sozinha, que precisava desse tempo. A garota disse que tudo bem. Só não era para eu me perder.
Andava calmamente pelo bosque. Estava encantada com tudo: árvores, folhas... Tudo era tão bonito. Estava distraída, olhando alguns pássaros, quando esbarrei em alguma coisa, ou melhor, em alguém.
– Desculpe-me, senhorita. Não tinha a visto.
– Tudo bem – ele era lindo. Tinha os olhos mais lindos que eu já havia visto.
– Sou , filho de – o menino me disse.
, filha de Catherine.
– Você é a princesa?
– Sim. Pelo menos eu acho – disse, rindo.
– Como nunca a vi?
– Bem, digamos que nunca saí do castelo antes.
– Neste caso, é um prazer conhecê-la, princesa – o garoto disse, beijando minha mão e fazendo com que eu ficasse arrepiada.
– O prazer é todo meu, mas agora tenho que ir. Minha prima deve estar me procurando. Adeus – disse e já saí andando.
– Espere – segurou o meu braço. – Vamos nos ver de novo?
– Talvez.
– Estarei esperando ansiosamente, princesa.
Dei um sorriso sem mostrar os dentes como resposta e voltei para onde estava, ainda pensando nos belos olhos que jamais vou esquecer.

P.O.V:

A menina era a mais bela moça que eu já tinha visto. Queria vê-la de novo. Andei de volta para onde , meu melhor amigo, se encontrava. Eu devia estar diferente demais, porque ele logo perguntou o que havia acontecido.
– Ela era linda, .
– Ela quem, ?
– A moça do bosque.
– Que moça do bosque? Pode falar alguma coisa que tenha sentido?
Expliquei toda a história para o menino e esse disse que eu já estava apaixonado. Neguei, mas jamais esqueceria o rosto e os lábios mais belos que já tinha visto.

P.O.V: Narrador

Passou-se uma semana desde o ocorrido e nenhum deles conseguiu esquecer tal fato. Porém, Catherine marcou um jantar para hoje e surpresas podiam acontecer.

P.O.V:

Não consigo tirá-lo da cabeça. Desde daquele dia seus olhos rondam meu pensamento. Hoje minha mãe marcou um jantar importante e falou que, como princesa, eu deveria estar presente. e eu já sabíamos que, se não fôssemos, iríamos acabar de castigo, como da última vez que faltamos em um jantar.
Estávamos nos arrumando para tal. me disse que tinha descoberto que outra rainha iria jantar aqui, mas eu não estava mais me importando. Apenas queria que isso acabasse para que eu dormisse e voltasse a sonhar com meu príncipe.

P.O.V:

Minha mãe tinha me dito que iríamos jantar fora hoje, porém eu não tinha cabeça para mais nada desde daquele dia no bosque. Ela não saía de meus pensamentos. Eu e estávamos esperando minha mãe na carruagem para seguirmos até o local aonde iríamos.

’s POV

Assim que ficamos prontas, descemos as escadarias para esperar os convidados. Estava ficando impaciente, até que o mordomo nos avisou que os convidados haviam chegado. Levantamo-nos e esperamos, como mamãe nos instruiu. Quando o vi, pareceu que tudo ficou em câmera lenta. Assim que ele me viu, deu o mesmo sorriso de quando nos conhecemos. Cumprimentei a sua mãe e seu amigo . Quando chegou sua vez, beijou minha mão e disse:
– Esperei ansiosamente por este dia, princesa.
– Eu também – respondi.
Fomos jantar. Minha mãe e conversavam animadamente sobre algo e e haviam se dado muito bem. Porém, eu e continuávamos calados. Não tínhamos nada para dizer e o engraçado era que ambos esperamos por esse dia. Estava remexendo a comida em meu prato, quando minha mãe disse:
, toque um pouco para nós.
– Claro, mamãe.
Levantei-me, fui em direção ao piano de cauda que tínhamos e toquei uma melodia clássica que eu adorava (n/a: Se quiser, coloque essa música.). Aquela música era simplesmente minha preferida. Tocava-a com vontade. Ela me fazia sentir bem.
Quando terminei, minha mãe sugeriu que eu e mostrássemos o castelo aos meninos. Concordei e me levantei, sendo seguida por , já que ficou de mostrar a outra parte do castelo ao . Estávamos andando no jardim, quando falou:
– Você toca muito bem, princesa.
– Não toco. Minha mãe acha que preciso praticar mais.
– Pois para mim toca – ele falou. – Conte-me mais sobre você.
– Não tenho muito a falar. Fiquei mais aqui dentro do que fora.
– Posso ir fazendo as perguntas e você me responde?
– Claro.
O garoto estava fazendo as perguntas e eu, respondendo. Estávamos nos divertindo, até ele perguntar:
– Então, primeiro beijo?
– Er... Ainda não dei.
– Como assim?! Você é linda.
– Ah, , passei a minha vida trancada aqui. Você é o primeiro menino com quem tenho contato.
– Sério?
– Sério. Agora vamos que nossas mães devem estar nos procurando.
Voltamos para dentro do castelo. Assim que chegamos à sala de visitas, e já estavam lá. Assim que mamãe me viu, ela disse:
, eu e estávamos a conversar e resolvemos dar um baile semana que vem.
– Mas para quê?
– Ah, , para conhecer gente.
– Tudo bem, mãe.
Conversamos mais um pouco e avisou que eles deveriam ir embora. Despedi-me deles e disse:
– Dá-me a honra de acompanhá-la nesse baile?
– Claro.
– Então até semana que vem, princesa – o rapaz disse, beijando a minha mão e me fazendo arrepiar novamente.
– Até.
Nesta noite, fui dormir nas nuvens. Ele era perfeito demais para ser real. Realmente acho que estou apaixonada.

P.O.V:

Ela me disse que nunca beijou. Oportunidade perfeita pra mim. Estou apaixonado e percebi isso hoje. Acho que nunca senti isso antes e realmente a sensação é boa.

P.O.V: Narrador

A semana voa para dois corações apaixonados e esse baile reservava surpresas que serão inesquecíveis.

P.O.V:

O baile era hoje. Eu estava ansiosa. Sim, era motivo. havia me dito que tinha beijado . Estava feliz por ela. Ele realmente parecia bom o suficiente para a minha prima. Eu tinha falado para a menina sobre e essa me disse para seguir meu coração. Todavia, eu tinha medo. Medo de me arriscar e medo de não sentir o mesmo.

P.O.V:

Sim, eu estava apaixonado. Admiti para mim mesmo ontem quando não consegui dormir. era a culpada. Ela despertou em mim sentimentos que eu nunca havia sentido antes. tinha me falado sobre . Ele estava gostando dela. Falei para o garoto sobre minha princesa e esse me disse pra seguir meu coração. E já sei o que fazer hoje. É, ele estava certo.

P.O.V:

e eu já estávamos nos arrumando para o baile. Eu havia escolhido meu vestido preferido, mas minha mãe falou que ele era simples demais para um baile e que não era para eu vesti-lo. Não vou obedecê-la. havia me dito que eu estava bonita e que iria adorar. Deus a escute.

P.O.V:

Minha mãe, e eu estávamos a caminho do baile e minha cabeça só conseguia pensar no quanto estaria bonita essa noite. O meu coração acelerava cada vez que chegávamos mais perto. Estava ansioso para fazer o que havia pensado.

P.O.V: Narrador

, sua mãe e já recepcionavam os convidados. Ela sentia seu coração acelerar a cada carruagem que chegava. Assim que ele chegou e os olhares se cruzaram, os dois sentiram uma sensação tão boa que mesmo eles não conseguiam descrever.

P.O.V:

O garoto estava lindo. Assim que me viu, deu um sorriso – o mais perfeito que eu já tinha visto.

P.O.V:

A menina estava perfeita demais para ser real. O sorriso mais lindo e os olhos que nunca vou esquecer me fizeram apaixonar ainda mais. Subi as escadas quase correndo. Quando cumprimentei sua mãe e , meus olhos não viam mais nada a não ser ela.
– Olá, – a moça disse.
– Princesa, tenho que dizer que está mais do que perfeita essa noite – disse, beijando sua mão.
– Obrigada – ela disse, corando. – Você também está lindo.
– Obrigado. Ainda me dá a honra de acompanhá-la nesse baile?
– Claro.
– Então vamos – disse, estendendo minha mão.
A garota pegou minha mão com delicadeza e, assim que entramos no castelo, pude notar que minha mãe e Catherine tinham feito um ótimo trabalho. Havia algumas mesas espalhadas pelo local. Escolhemos uma e nos sentamos, sendo seguidos por e , que trocavam vários olhares apaixonados.

P.O.V:

Eu estava explodindo de felicidade por dentro. Estava apaixonada e sempre sonhei em sentir isso. Anos trancada nesse castelo lendo romances me fizeram ter esse sonho. Começou a tocar uma música lenta e foram chamados os casais para dançar a valsa da rainha. logo chamou . Assim que olhei para o lado, estava de pé com a mão estendida para mim.
– Princesa, você me dá a honra dessa dança? – sorri e peguei em sua mão.
Fomos em direção ao meio do salão quando a música começou (n/a: se quiser, dê play nessa música.). Encostei minha cabeça ao seu ombro e começamos a balançar. A proximidade de nossos corpos fazia eu me sentir nas nuvens. Era como se não houvesse mais ninguém além de nós naquele salão.

P.O.V:

Eu estava me sentido nas nuvens. Aquela proximidade me fazia desejá-la mais e mais.
, vamos comigo ali no jardim? – sussurrei em seu ouvido.
– Mas a música ainda não acabou – ela me respondeu.
– É importante.
– Tudo bem.
E deixamos o salão para trás, indo em direção ao jardim. Mesmo de lá a música ainda era escutada.
– Pronto. Chegamos. O que quer fazer aqui? – a garota me perguntou.
E eu respirei fundo para começar a dizer.

P.O.V:

– Pronto. Chegamos. O que quer fazer aqui? – perguntei a ele.
Vi-o respirar fundo, chegar mais perto e pegar minhas mãos.
, desde que a vi naquele bosque, seus olhos ocupam meu pensamento. Achei que nunca mais fôssemos nos ver. Quando nos reencontramos, o meu coração deu pulos de alegria. Quando me disse que nunca havia saído deste castelo e que eu era o primeiro menino com quem você tinha contato, senti-me feliz, pois nenhum outro garoto viu o que vi: a menina com os olhos mais perfeitos, os cabelos mais macios e os lábios mais belos. Percebi que tinha me apaixonado por você e fiquei com medo de que não sentisse o mesmo por mim. Porém, decidi vencer esse medo e lhe falar que a amo como nunca amei ninguém antes.
, eu não sei o que dizer, pois, desde que o vi naquele bosque, os seus olhos vivem em minha mente. E, sim, também estou apaixonada por você – eu nunca havia me sentido mais feliz na minha vida. Ele gostava de mim. Na verdade, amava-me assim como eu o amava.
– Princesa, posso ser o seu último primeiro beijo?
– Último primeiro beijo?
– É, porque você não vai beijar mais ninguém a não ser o seu príncipe aqui – o rapaz disse, agarrando-me pela cintura.
– Nesse caso. Acho que pode – eu disse e o menino deu um sorriso. Nossos narizes se encostaram e então finalmente nossas bocas. Nunca tinha sentido uma sensação tão boa na minha vida. Acho que isso era para sempre.


The End



Nota da autora: Obrigada a todos que leram. Gostaria de um agradecimento especial às minhas amigas Ana Beatriz e Ana Clara por me emprestarem seus nomes e por me apoiarem sempre. Espero todos tenham curtido a short. Qualquer coisa, meu twitter é o @str0ngpayne e o meu tumblr é pride-niall.tumblr. Muito obrigada.





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