The Other Love In Your Life






You are my heart locker lover
Keep me walking on a wire
Don't know when you'll blow
So I tiptoe through your triggered mind
You fight me, but I'm on your side
Defeated, now retreating



Mais um dia de trabalho começava. Pessoas caminhavam pelas calçadas, crianças corriam no parque esbanjando alegria, bebês aprendiam a dar seus primeiros passos, casais passeavam sorridentes, já eu... Bem, eu olhava tudo de dentro de um táxi que iria me levar ao trabalho.
Eu não trabalhava em um local tão longe de casa, então acabei chegando quinze minutos adiantada. Paguei o taxista e parei em frente a um dos maiores prédios do centro da cidade de New York. Conferi o horário, apressei os passos, cumprimentei as meninas da recepção e fui para o elevador, clicando no botão do vigésimo terceiro andar. Uma música calma tocava ali dentro, aquilo me acalmava e devaneios invadiam a minha mente.

Flashback On -
Aquela balada realmente estava lotada, mas alguém conseguia chamar a minha atenção. Seus olhos e sua boca carnuda me tiravam do sério, era como se toda a minha sanidade fosse retirada de mim e eu ficasse presa em pensamentos insanos, sem saber o que eu deveria fazer. Ele era fruto da minha imaginação? Eu não tinha certeza, aliás, eu não estava sóbria, mas mesmo assim, resolvi ver se aquele deus grego não era uma miragem.
— Olá —Ele disse, sorridente.
— Oi! —Eu disse, tentando parecer estar bem.
— Tudo bem ou você bebeu demais?
— Estou bem e bebi demais, e você?
— Bem também. Precisa de ajuda, moça?
—O repreendi, não gosto que se refiram a mim como "moça" .—E, obrigada mas só vim ver se você não era uma miragem! —Eu disse tudo embolado, e ele riu com a minha resposta. — Ok, , acho que você tá bem chapada, quer carona? Porque você não tem condições de dirigir assim. — É claro que eu tenho! —Tentei andar, mas tropecei no meu próprio pé e cai no chão. — Ah, claro que tem —Ele ironizou.—Vem logo, aproveita que eu estou disposto a ajudar! E antes que eu me esqueça, me chamo , mas acho que você não vai se lembrar de mim amanhã.—Acabei deixando ele me levar.

Flashback Off.

Ri fraco, me despertando de tais devaneios. estava totalmente enganado.Vi que o andar em que eu iria descer era o próximo, então arrumei minha bolsa e esperei a porta abrir.
Depois de ter feito todo o trabalho, era a hora de ir embora. Fiz a mesma coisa de sempre, fui ao elevador, passei pela recepção e entrei em um táxi. E, enquanto eu estava lendo uma revista, meu celular apitou, avisando que tinha chegado uma mensagem, algo que também tinha entrado na minha rotina. Peguei o aparelho, vendo que a mensagem era de um número desconhecido por mim, mas a pessoa não, já que era a mesma pessoa que sempre me manda algo.
"Preciso tratar de alguns assuntos com você, passe na minha casa hoje sem falta! Xx"
Pedi para que Karl, o senhor que dirigia o táxi, que não me deixasse em casa. Disse para ele o endereço em que eu ficaria e que, caso eu precisasse dele de novo, eu iria ligar.

Peguei minhas coisas e passei pelo porteiro, John, que já me conhecia. Entrei no elevador, e esperei que ele chegasse até o quarto andar. Andei até o corredor extenso, até avistar a porta com o número 48. Bati na porta duas vezes, esperando alguém aparecer.
— Já vai!—A voz rouca dele soou do outro lado da porta. Logo ele a abriu, dando espaço para que eu entrasse.
— E então, sobre qual assunto você quer tratar?—Eu disse, me apoiando na bancada da cozinha. Ele me encarou, enfurecido.
— Quantas vezes eu vou ter que lhe dizer que você não deve deixar suas coisas espalhadas pelo meu apartamento?! —Ele esbravejou, andando de um lado para o outro.
— Isso só aconteceu uma vez! Foi só um descuido, não precisava ficar desse jeito!
— Não precisava? NÃO PRECISAVA?! , você já pensou no que aconteceria se a descobrisse que você vem aqui? Nós dois já poderíamos ser considerados mortos, ou... Ou sei lá! Você realmente não pensa nas consequências, ou sobre o que ela pode fazer com você!
— É, você está certo. Eu não penso no que a corna conformada pode fazer comigo! —Ele bufou, e apertou meu braço com força.
— Não fale assim dela! Você é uma vadia de quinta categoria, então cala a porra da sua boca, e nunca mais se refira a assim!—Aquela frase acabou comigo, senti que eu precisava desabafar, e dessa vez seria ali mesmo.
— Ah, ficou revoltado, amorzinho?—Disse com ironia. —Eu queria ter uma máquina do tempo, porque dai eu não ia naquela balada, não beberia, não conheceria você e não estaria aqui, apaixonada por um filho da mãe, um desgraçado igual você!—Me soltei da sua mão, e fui em direção à porta, olhei para trás e vi parado, prestando atenção em tudo o que eu estava fazendo.Saí de lá destruída, ouvindo ele me chamar, mas não liguei.

Why you tryna make me your enemy?
All you really need is a little peace
I just wanna be your lover
Oh, this is not a competition
So, baby, why the ammunition?
I don't wanna be the last one standing


Eu caminhava pelas ruas de New York, completamente acabada.Minha maquiagem estava borrada, meu rosto inchado, meu cabelo estava ficando molhado já que a chuva começava a ficar forte. Andei mais rápido, e assim que cheguei em frente à minha casa, tratei de pegar a chave, porque além de chover, ventava e fazia muito frio. Entrei, deixei minhas coisas no chão, subi correndo para o meu quarto e fui tomar um banho para tentar relaxar, o que ultimamente era impossível de fazer, já que, vida de
amante
era complicada, muito complicada...

Eu chorava mais do que o normal, mas eu tinha escolhido aquilo, eu precisava dele, mesmo sabendo que ele tinha uma esposa e só precisava de mim quando queria se satisfazer. Eu o amava, mas não era correspondida, eu era uma simples amante. Mas precisávamos de paz, aquilo não fazia bem para ninguém.

2 meses depois -

Raios de sol invadiam meu quarto. Abri os dois olhos, me acostumando com a claridade. O clima estava agradável, o que me deixava feliz, afinal, é raro ter um sábado assim.

Espreguicei-me, levantei da cama e fui ao banheiro. Terminei de me arrumar, passei um gloss e fui até a cozinha comer algo. Minha campainha tocou, andei até a porta e abri uma fresta, vendo parado com as mãos no bolso da calça jeans.

— O que está fazendo aqui?—Ele riu fraco.
— Bom dia também!—Bufei impaciente. Queria que ele fosse embora.
— O que você quer?—Disse, ríspida.
— Me desculpar por ter te chamado de...Ah você sabe!
— Nem tudo se resolve com desculpas, querido. Agora, se me der licença, preciso terminar de tomar meu café!—Ele passou por mim, se sentando no sofá.
— Olha, eu não sei mesmo o que eu preciso fazer para te ajudar e...—O interrompi.
— E nada! Você sabe o quanto eu chorei e o quanto eu sofri por sua culpa? Não, você não sabe, porque você só me usou, enquanto eu achava que você poderia sentir algo por mim, mas eu sempre estive errada, porque no fundo eu queria ser uma amante qualquer, eu era só uma amante qualquer!
— E-eu não sabia disso.Poxa, esqueceu que eu sou casado e não posso deixar a , e que eu vou ser pai?—Meus olhos se encheram de lágrima, e meu corpo estremeceu. —Eu não sei o que eu posso fazer.
— Simples assim, a decisão não é mais minha, eu não quero mais nada com você, e eu não vou mais lutar por nada, nem por você! Sai daqui, !
— Mas...
— Só sai!—Ele se levantou e saiu.


Choose your battles, babe
Then you'll win the war
Stop digging your own grave
When there's so much to live for
Choose your battles, babe
'Cause I'm not fighting anymore
I am not fighting anymore



Raiva era o que eu sentia naquele momento. Acabei pegando um vaso de flores que estava ao meu lado, jogando-o na porta e vendo ele se transformar em pedacinhos.
Eu estava descontrolada, eu precisava descontar tudo aquilo em algo e por mais que todos os vasos e também copos que eu tinha fossem caros, eu não me importei e comecei a quebrar tudo, mas aquilo era perda de tempo e de dinheiro.
Sai correndo e achei que não conseguiria alcançá-lo, mas eu consegui! Vi-o passando pelo portão e entrando em seu carro. Fui mais rápida e antes que ele saísse, parei do lado do vidro. Ele me viu, abriu a porta e se levantou, ficando parado na minha frente.
— Eu...—Não terminei de falar, e em um impulso o beijei. Eu sabia que aquilo era errado, mas eu não conseguia controlar meu coração. Tinha certeza de que ele não iria retribuir o beijo, mas ele retribuiu.

I've tried to pick off your red flags
While dancing on, on broken glass
Your mind games hit like grenades
We're cursed just like the Kennedys
But you somehow get me on my knees
Defeated, now retreating



Paramos o beijo pela falta de ar, ele me olhou e riu fraco.
— Você é louca!
— Pois é.— Nos sentamos em cima do capô do carro e ficamos vendo o movimento dos carros na rua.
— Estou com fome...—Resmunguei, minha barriga estava fazendo barulho.
— Vamos ao Subway? — Assenti. Fomos andando porque o Subway era perto de casa.
Chegamos ao local, que não estava cheio. Fizemos nossos pedidos, e ficamos jogando conversa fora.
Depois de comermos, um silêncio se instalou ali. Ele se levantou, pagou os lanches e foi para a porta, abrindo o carro logo em seguida, eu parei o observando, eu não estava entendendo nada.

If you wanna go, then go
If you wanna stay, then stay
'Cause I don't wanna fight no more, baby, baby
I am not fighting anymore
If you wanna go, then go
If you wanna stay then stay
I don't wanna fight no more, anyway, anyway
I am not fighting anymore



— Vai ficar ai mesmo?—Ele disse.
— Não!—Me levantei.
— Então entra no carro.
— Vamos aonde?
— Você vai descobrir! — Entrei no carro, e acelerou. No caminho, ele ligou o rádio e ficamos cantarolando uma música qualquer.

Quando me dei conta, o carro estava parado em frente a um motel.Ele me olhou e sorriu e eu retribui. deixou o carro no estacionamento e deu a volta para abrir a porta para mim. Ele pediu um dos quartos mais caros e pegou a chave. Quando entramos no quarto, vi que a decoração era bem... Interessante. começou a me beijar, era um beijo necessitado, mas era bom...
{...}
Levantei-me da cama, mesmo sabendo que o que eu iria fazer ia doer muito, pois era como uma despedida, mas eu não voltaria mais. Ele não era meu, ele ia ser pai e eu não poderia interferir mais na vida dele e da sua esposa. Eu não seria mais a amante, eu seguiria outro rumo, acharia alguém que me completasse e que me fizesse bem.

Coloquei minha roupa, lhe dei um último beijo e sai do quarto, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Deixei uma lágrima escapar, mas tratei de limpa-lá rapidamente. Quando eu estava um pouco longe daquele motel, peguei meu celular e mandei uma mensagem.
Choose your battles, babe
Then you'll win the war
Stop digging your own grave
When there's so much to live for
Choose your battles, babe
'Cause I'm not fighting anymore
I am not fighting anymore
Xx .


Fim.



Nota da autora: Oi, gente! Bom, obrigada por terem lido, e caso queiram, dêem uma olhadinha em outra fanfic minha: My Father Is A Psychopath.
Link: /ffobs/m myfatherisapsychopath.html



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