05 de Dezembro, 2018
- ? Você está acordada ainda? - senti o suave toque que só ele tinha acariciar meu rosto calmamente
- Estou, sim, . Mas daqui a pouco acho que a gente podia ir dormir. To morrendo de sono! - me ajeitei em seus braços, que me envolviam pela cintura, e me aninhei em seu peito - Amanhã é o aniversário da , e eu quero que seja tudo perfeito! – suspirei.
- Fica calma, amor! Você e o já deixaram tudo pronto, não deixaram? Então. Ela vai adorar! - ele beijou cuidadosamente o topo da minha cabeça e iniciou um carinho nas costas da minha mão, que estava entrelaçada na sua.
- E se ela descobrir? - me virei, ficando de frente para , que ainda me abraçava pela cintura enquanto estávamos sentados no sofá do nosso apartamento.
- . Ela vai estar na faculdade enquanto a gente termina de arrumar tudo! Relaxa, respira fundo, conta até 10. Ela não desconfia de nada! - ele sorriu. Aquele sorriso sempre me deixava tranquila. tinha esse poder, me deixava segura, me trazia um tipo de felicidade que eu nunca tinha sentido antes. Acho que é isso que chamam de amor.
- Tem certeza? - fiz biquinho só para vê-lo bufar e virar os olhos, como sempre.
- Sim, ! - ri quando o previsto se concretizou. Dei lhe um selinho rápido e sorri.
- Te amo, ! - segurei seu rosto o aproximando cada vez mais do meu.
- Te amo mais, ! - ele sorriu e acabou com o pequeno espaço que tinha entre nós. Mesmo depois de... 5 anos?! Isso, 5 anos juntos, ele ainda conseguia me tirar o fôlego com um simples beijo, sem nenhum tipo de intenção além daquilo. Ele era tudo que eu sempre quis. Ele era o único que fazia borboletas voarem livres em meu estômago, o único que me deixava nas nuvens.
- Mmmgh... - ele resmungou durante o beijo, finalizando o com um selinho.
- Fale – sorri, ainda muito próxima, tentando recuperar o ar perdido.
- Lembra que hoje mais cedo eu disse que queria te mostrar uma coisa? - ele sorriu, ajeitando o cabelo que eu havia bagunçado, como sempre.
- Ah sim! - concordei com a cabeça.
- E que eu disse que era importante e você quase arrancou minha cabeça fora dizendo que nada era mais importante do que a festa surpresa da sua melhor amiga? - ele arqueou as sobrancelhas, imitando minha voz de um jeito afetado, me fazendo rir.
- Desculpa, amooor! Eu to nervosa, e você sabe muito bem que se tudo... - ele me deu um selinho, impedindo que eu terminasse de jogar as palavras que não importavam naquele momento.
- , já passou! - sorriu e me puxou para mais perto pela cintura, me fazendo sentar em seu colo, de costas para a TV.
- Certo. Me mostra? - ele me fez levantar, e logo depois se levantou também, começou a procurar alguma coisa no bolso de seu agasalho que eu havia jogado para o outro lado da sala durante algum momento da noite. Ele pegou um papel e sorriu fraco, voltando até onde eu lhe esperava, sorrindo.
- Lembra esse dia? - ele me entregou o pedaço amassado de papel. Era uma foto. Uma foto de...
- Oh meu Deus, ! Olha isso! Esse dia. Essa dia foi...
- Onde tudo começou! - ele sorriu e me abraçou por trás, encostando seu queixo em meu ombro e passando seus braços pela minha cintura.
- Eu... - não conseguia acreditar no que estava na minha mão - onde você achou?
- Ah, ontem quando eu estava ajudando o com as fotos do painel para a , ele encontrou isso aqui e me deu. Achou que você fosse gostar de ver!
- E ele acertou. Nossa, ! Olha pra gente! - era uma foto de 5 anos atrás. A primeira vez que nossa relação passou do ponto amizade. Onde nossas vidas mudaram.
- O tinha um cabelo muito estranho - riu baixinho - Ele já amava a . Ele sempre a amou secretamente. Olha a cara de apaixonado do cara! - apontou para um sorridente, que olhava para ao seu lado com cara de criança querendo doce.
- Olha a minha cara! - coloquei meu dedão tapando meu rosto vermelho, me recordo perfeitamente de como estava nervosa naquela noite. De um lado, tinha um totalmente diferente, e era perceptível pela sua expressão ver seu nervosismo, provavelmente por estar me abraçando na foto, do outro minha melhor amiga e seu atual namorado do seu lado segurando sua mão desajeitadamente. Dizíamos que aquela foto era 'a foto dos casais apaixonados', a foto que despertou a paixão no coração de todos.
- Você sempre foi linda, para com isso! - tirou meu dedo da foto e deu um beijinho na ponta do mesmo.
- Foi nesse dia que você me disse isso pela primeira vez. – sorri.
- Foi nesse dia que demos nosso primeiro beijo. - ele me virou de frente para ele, e pude ver um sorriso brincando no canto de seus lábios - O primeiro de muitos!
Flashback
(n/a: Coloque para carregar e dê play na nota!! http://www.youtube.com/watch?v=Km75Pc0YzdQ)
19 de Outubro, 2013
Ele estava ali.
Tão... fora de alcance? A poucos metros de mim estava meu sonho de consumo em carne e osso. Ali, olhando para o céu azulado de início da primavera que encanta a todos. Sozinho. Total e completamente sozinho. Aquela era minha chance, mas como chegar nele? Em minha cabeça, ele era tão superior, tão “nunca vou tê-lo de verdade” que a coragem custava a aparecer.
E para piorar, ele estava... ele estava de terno. Isso mesmo, terno. Imagina o cara da sua vida usando um terno, e depois pensa que no casamento de vocês ele estará usando uma roupa quase igual. Entende o desespero?
A festa de gala que Michael tinha organizado já estava quase no final, todos resolveram ir comer os tão amados e esperados docinhos. Menos eu e ele, que permanecíamos juntos, mesmo que ele não percebesse minha presença ali. Destino? Eu havia esperado minha vida toda para ficar sozinha com aquele garoto, e na oportunidade perfeita, simplesmente travei atrás da porta de vidro que separava o grande salão de festas da ampla varanda, onde ele parecia estar perdido nas brancas nuvens.
Me lembro perfeitamente de como todas as garotas tinham o sonho de tê-lo como ‘namorado’ ou qualquer coisa do tipo. Ele era o desejo de todas. Diziam que ‘quem tirasse seu bvl, seria a rainha da escola’ . Simplesmente ridículo. Para que ser ‘rainha da escola’, quando o melhor era ter ? ... ele era bonito, simpático, realmente legal, fofo... tudo. Seu único problema era a imaturidade, nunca tinha ficado com ninguém, ou ao menos tocado os lábios de qualquer garota. Não por falta de opção, mas por achar que esse momento tinha que ser com alguém especial de verdade, não com qualquer uma. Assim como eu. E ele era o meu cara especial. Eu sabia desde a primeira vez que o vi. também tinha uma quedinha (ou penhasco) por ele, tanto é que compartilhávamos nosso amor pelo mesmo cara. ‘Se você ficar com ele, eu vou ficar feliz como se eu tivesse ficado!!!’ Melhor amiga é para isso, não?
- ? – ouvi a voz mais doce pronunciando meu nome. Nome não, apelido. Naquele momento, foi como se meu coração tivesse simplesmente parado. Ou estava tão rápido que nem sentir as batidas eu conseguia – Vem aqui! – ele disse, abrindo o sorriso mais maravilhoso que eu já havia visto em toda a minha vida. Desencostei da porta de vidro e me dirigi a ele. Provavelmente ele percebeu que estava sendo observado pela bobona apaixonada e resolveu chama-la para ‘tirar uma’.
(n/a: dê play!)
- Oi – sorri, encarando os pés. Contato visual? Com o ? Nunca. A não ser que o objetivo seja eu ficar sem fala e sem movimento, totalmente paralisada e perdida em seus olhos.
- A festa está bonita, não? - ele sorriu novamente, me deixando cada vez mais transtornada. Assim que seu olhar se voltou para o céu, consegui me recompor e suspirar algumas centenas de vezes, o mais baixo possível.
- Muito! Não é todo dia que a gente vai numa festa como essa! – sorri, mordendo meus próprios lábios. Quando ele está perto, eu simplesmente não sei como agir, não sei o que falar, quais palavras usar! É tão confuso e tão perfeito e tão... Difícil! Por que o amor é tão complicado?
- Temos que aproveitar. - seu olhar se voltou para mim. Ele me encarava, e eu encarava de volta. Não tinha mais controle sobre minhas ações. Eu estava olhando para ele e respirando ao mesmo tempo. Não me pergunte como. Eu não conseguia desviar, seus olhos tinham o absurdo poder de me aprisionar, hipnotizar. Ele deveria ser proibido de olhar tão profundamente para uma menina que nutre um sentimento tão forte secretamente. Um sorrisinho brincou no canto de sua boca, como eu queria aquela boca! Naquele instante, era realmente tudo que eu queria.
- . - quebrei inconscientemente o silêncio que havia se instalado entre nós - Você... já teve vontade de beijar? - tentei medir as palavras, mas não deu certo. Eu sabia a que ponto queria chegar. Sabia que ele riria e eu tomaria o maior fora da história. Mas a situação era tão perfeita que me deixei levar pela magia do momento, e quando caí em mim, já tinha soltado a frase toda, e me arrependido também.
- Como assim? - ele riu, fraco - Claro, ! Todo cara tem. Mesmo sendo bvl - ele parecia desconfortável. Como eu sempre estrago tudo? Senti que sair correndo era o melhor a fazer, mas ele iria me achar mais idiota do que já achava, então o melhor era...
- Desculpa! Não foi isso que eu. - soltei as palavras de uma vez, tudo embaralhado.
- , relaxa! - ele riu e depositou sua mão quente em meu ombro, se aproximando. Meu estômago deu uma volta, minha cabeça girou, meu coração explodiu. Um mero toque quase acabou com a minha sanidade física e mental. Minhas pernas perderam a força, e a única coisa que fui capaz de fazer foi sorrir de canto - Sabe, as pessoas acham que falar nesse assunto para mim pode ser constrangedor ou sei lá! Mas na verdade, é ate legal! Ser bvl na nossa idade não é para todos - ele deu uma leve piscada e se virou para frente novamente, encarando o céu.
- O céu parece mais bonito hoje. - comentei sem querer, mudando completamente de assunto. Se nervosismo matasse... Nós dois olhávamos para as nuvens em sincronia, mas em distância. Cada um com seus próprios pensamentos, mas ainda sim juntos.
- Não mais que você - ele sorriu sem olhar para mim. Senti minhas bochechas queimarem instantaneamente, ele me acha bonita? Queria cavar um buraco na terra para ele não perceber o efeito que tinha sobre mim, queria agarrá-lo de uma vez, queria. Queria ele. Mais que tudo.
Fiquei estática, já não conseguia falar nem me mexer de novo. Essa conversa havia sido a mais duradoura e mais perfeita que já tinha acontecido com nós dois. Não conseguia nem acreditar. Ele estava ali do meu lado olhando para o céu comigo e disse que eu estava mais bonita do que aquele dia radiante. Para ele talvez, mas para mim... Aquele dia seria para sempre. Alguns minutos depois, senti seu braço envolvendo-me pelos ombros. Não me mexi. Ele havia me abraçado, estava me abraçando. Me segurei para não gritar de alegria, me segurei para não bater na minha cara ou me jogar na grama verde da varanda. Aquele abraço era... Era quase tudo que eu precisava para me sentir completa.
- ? - dessa vez ele quebrou o silêncio, me fazendo tremer novamente. Ouvir sua voz tão perto era tão impossível que quando realmente aconteceu, não consegui acreditar.
- Sim? - olhei para seu rosto de lado perfeito. Como podia ser tão bonito? Ainda mais naquele ângulo inédito. Inédito por mim.
- Você quer tentar? - ele corou dessa vez, mas não entendi por que. Não de primeira. Estávamos tão próximos não raciocinava mais.
- Tentar? - arqueei as sobrancelhas.
- Tentar... - ele ficou de frente para mim num movimento rápido, e instantes depois segurava meu rosto entre suas mãos. Minha cabeça estava a mil, meu coração provavelmente já havia parado. Eu não tinha mais controle sobre meu corpo, o pingo de sanidade que me restava escorreu naquele segundo. Ele sorria, tímido, e encarava minha boca, enquanto eu não conseguia decidir entre seus olhos tão indecifráveis e sua boca tão desejável. Se aproximou mais um pouco e pude sentir sua respiração quente em minha bochecha. Respirar, era isso que eu precisava fazer. Estava estática, o medo de que ele ouvisse meus batimentos cardíacos me corroía por dentro, o medo de agir por impulso, o medo de ser tudo uma grande brincadeira. Afinal, não era segredo para ninguém a louca paixão que sentia por .
Ele deu um último sorriso e finalmente juntou nossos lábios com delicadeza. Uma explosão de sentimentos tomou meu corpo. Fogos de artifício pareciam estourar em meu estômago enquanto borboletas voavam livres no mesmo lugar. Fiquei confusa sobre abraçar-lhe pelo pescoço ou arranhar sua nuca ou apenas deixar os braços soltos. Optei por abraçá-lo e me deixei levar. Tinha um ritmo no beijo, algo além do imaginável. Aquilo era tão bom, tão 'tudo que eu sempre sonhei'. Esperei tanto por aquele momento que era quase incapaz de acreditar. Se alguém me dissesse dias antes que eu beijaria o na festa, eu riria e diria 'da onde você tirou isso?'. Ele finalizou o calmo beijo com alguns selinhos, e se distanciou minimamente, apenas para me encarar.
- Então? - ele sorriu e me abraçou pela cintura, meio indeciso. Sorri e colei nossos corpos, deixando o aparentemente mais tranquilo.
- Foi perfeito. - disse bem baixinho. Talvez ele não tivesse gostado ou...
- Oi? – questionou, colocando sua testa junto a minha - Eu não ouvi direito.
- Foi perfeito!! - eu sorri e lhe dei um selinho novamente. Naquele momento, pelo menos, eu tinha aquela liberdade. Tinha que aproveitar ao máximo o melhor dia da minha vida.
- É... Acho que eu gosto de beijar! - ele riu debochadamente e juntou nossos lábios novamente - Beijar você! - ele disse entre o beijo, me fazendo cada vez mais feliz, aquele menino, com poucas palavras, poucos toques, conseguia me levar ao céu, a lua, a qualquer lugar bem longe da terra. Qualquer paraíso longe da terra.
- Ei, para! Ai, , calma! Aqui não! - ouvimos uma voz feminina muito conhecida se aproximando enquanto ria alegremente. Separamos o beijo desajeitadamente e encarei , sorrindo fraco e balançando a cabeça negativamente. Avistei minha melhor amiga passando pela porta de vidro onde eu estava minutos atrás, mas, diferente de mim, tinha um cara colado no pescoço dela, que parecia se divertir (e muito) com a situação.
- ? - eu disse, rindo da cara assustada que ela fez. A mesma ajeitou o cabelo e puxou o próprio vestido uns dedos para baixo, enquanto corava rapidamente e sorria nervosa.
- Oi, ! Não tinha te visto aqui com o... ?! - ela abriu um dos maiores sorrisos que eu já tinha visto em seu rosto. Olhei para o meu garoto de canto e vi suas bochechas ficarem rosadas, e seu olhar seguia para seus pés.
- Oi, ! - disse sarcástico - A festa está boa, não está? - arqueou as sobrancelhas, vendo o amigo passar as mãos pelos cabelos nervoso também.
- Está, sim, para todos, não é, ? - sorriu para mim, e abraçou por trás, encostando o próprio queixo no ombro da confusa menina, que não sabia se o beijava, se ria ou se continuava pasma.
- Sim, muito boa! - sorri e senti o braço de novamente em meus ombros. Entrelacei nossos dedos por cima de meu ombro e dei um beijinho nas costas da mão dele, que pareceu feliz com meu ato.
- Bom, estamos indo para... - começou, nervosa.
- Outro lugar - sorriu malicioso e arrastou a menina para fora dali, quase comendo seu pescoço.
O silêncio novamente tomou conta do espaço, e naquele momento já começava o pôr do sol.
- O tempo passou rápido. – disse, olhando para o céu alaranjado, que combinava com meu vestido.
- E nós nem percebemos. - ele sorriu e fez sinal para nos sentarmos na grama. Concordei com a cabeça e me sentei ao seu lado, encostando minha cabeça em seu ombro.
- Nada vai mudar, vai? - eu disse de repente. Tinha medo da resposta, tudo que eu queria era ele. Mas não poderia ficar me Iludindo para sempre. Podia ser só um beijo. Podia ser o início de algo de verdade. Poderia ser qualquer coisa, nós só tínhamos que decidir.
- , isso só o tempo pode dizer. - ele disse com calma. Meu coração, que antes batia fortemente, fora despedaçado tortuosamente com aquelas seis tristes palavras.
- Claro. - olhei para a grama, segurando as lágrimas que quase rolaram. Fui tola, idiota, mais que isso! Onde ficaria comigo? - Um cara como você nunca.
- . - ele segurou meu queixo, me obrigando a encará-lo - O tempo me diz - fez uma pausa para um suspiro pesado - que algo pode começar agora. - ele sorriu e me abraçou forte. Dei um leve tapa em seu braço, eu realmente acreditei que estava levando um fora e já tinha me desesperado, estava me preparando para mudar de escola, mudar de país. Não que ali fosse começar um noivado ou algo do tipo, mas as coisas haviam mudado. Ele não era apenas a minha paixãozinha adolescente, ele era a minha paixãozinha adolescente que pela primeira vez me fez sentir como se eu fosse a garota mais feliz, mais sortuda do mundo. Ali, naquele abraço, senti que ele poderia ser meu de verdade, que o 'tão-fora-de-alcance' não existia mais (não tão concretamente). Esperei tanto por aquilo e... Finalmente consegui. Atingir seus objetivos é tão gratificante! Ainda mais quando é o homem da sua vida em jogo. Sim, ele era o homem da minha vida.
Flashback off
- Era bom ser criança... com 14 anos nem tinha beijado, hein, ! - sorri e me joguei no sofá novamente.
- Olha quem fala! Você também não tinha nem chegado perto! - ele deu de ombros e se sentou do meu lado.
- Como não?! Não se lembra daquela vez que... que... - ele riu da minha confusão e acabou tomando um pedala.
- Que vez, ? Eu fui o seu primeiro cara, em tudo, na verdade! – sorriu, satisfeito.
- E eu fui a sua primeira garota, em tudo, na verdade! - imitei sua voz de uma maneira irritante e revirei os olhos.
- ... Não faz assim! - ele colocou seu corpo sobre o meu, me abraçando forte - É brincadeira!
- Por quê? - questionei devagar.
- Por que o quê? - ele se afastou para me olhar.
- Por que você nunca tinha pegado ninguém? Todas as garotas te amavam.
- Por que nenhuma delas era você. - ele colocou uma mecha do meu canelo atrás de minha orelha - Eu sempre fui apaixonado por você, mas como eu nunca tinha beijado, eu era inseguro e besta, mesmo sabendo que você era completamente apaixonada por mim. – sorri, olhando para o chão, ele ainda me fazia ficar sem graça - Naquele dia, antes da festa, me disse que tentaria algo com a , ele não aguentava olhar para ela sem pensar besteira. E me falou para tentar alguma coisa com você. E você facilitou tudo para o meu lado, foi só...
- Me beijar da forma mais maravilhosa do mundo - o interrompi, sorrindo e lhe olhando nos hipnotizantes olhos.
- Foi tão bom assim?
- Você sabe que foi - ele sorriu, convencido, e eu revirei os olhos novamente.
- Ei! Olha aqui. - segurou meu rosto pelo queixo, me obrigando a encará-lo - A gente é para sempre - ele sorriu com o canto da boca.
- Desde sempre, para sempre, bobão. - soltei aquela frase clichê e o agarrei pelo pescoço, beijando-o com vontade, e logo depois já estávamos deitados no sofá. Eu sabia que tínhamos que dormir, mas quem se importava? O dia seguinte seria de festa, por que não começar a festa em casa? Quando éramos menores, era realmente apenas um sonho. Depois daquele 19 de outubro, finalmente descobri que ele sempre nutrira algo a mais por mim e... Olha onde estamos. Se nosso primeiro beijo não tivesse sido assim, provavelmente eu não seria a mulher mais feliz do mundo.
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