U(lti)ma Estória da Realeza


Oxford, Oxfordshire, the 19th of May, 1536

A pequena chorava no berço real. Seu vestidinho violeta com linhas de ouro balançava conforme seus bracinhos e perninhas se moviam violentamente para os lados. Passos pesados podiam ser ouvidos do lado de fora do quarto. A ama de leite cochilava ao lado do berço, sem nem sequer se sentir incomodada com o escândalo da pequena de dois anos.
Era um dia de muita agitação na capital da Inglaterra. Ana Bolena seria executada por um carrasco Francês a mando de Henrique VIII. O casal que moveu montanhas para anular o primeiro casamento do rei e validar o deles chegara, então, ao fim.
E a pequena Oxford podia sentir os efeitos daquele tenebroso dia Londrino.
- Está morta! – disse uma empregada abrindo a porta e acordando a ama. chorou ainda mais. Pelo susto e, de alguma forma mística, por saber que sua mãe estava morta. E a culpa era toda de seu pai.
- Morta? – perguntou a ama – O que será de ?
- é ilegítima, a partir de agora.

Chelsea, the 20th of May, 1548.

- Venha que lhe rasgo o vestido. Venha, . Vamos brincar – dizia Saymour ao pé do ouvido da pequena , que, agora, só tinha 14 anos – Vamos andar de cavalo. Cavalgue sobre mim, minha !
- Saymour! – Catherine Parr dizia a porta do quarto.
O peito de subia e descia descompassado. A ultima coisa que ouviu foi o baque da mão de Catherine em seu rosto.


Oxford, Oxfordshire, the 14th of July, 1559

arfou. Sentou-se na cama, olhou para os lados. Nenhum serviçal tinha acordado ainda. Respirou fundo e tentou se convencer de que tudo era apenas um pesadelo. Terrível pesadelo que a perseguia desde as datas destes acontecimentos.
Olhou pela janela e a escuridão era total. Devia ser por volta de onze da noite. Vestiu um robe por cima das roupas de dormir e abriu a porta de seu quarto cuidadosamente. Andou pelo corredor com pés de pena, sem fazer nenhum barulho. Desceu as escadas e estava no hall principal. Andou para os fundos do pequeno palacete e, na ultima porta da cozinha, encontrou um guarda.
Quando ele a viu, palavras não precisaram ser trocadas. Ele apenas acenou e saiu de lá a passos largos. Minutos depois, cavalgadas e seus ecos podiam ser escutados.
odiava aquele pequeno imóvel situado em Oxford. Usava-o apenas para passar os fins de semana quando estava cheia do castelo de Windsor. Odiava este palacete, pois era situado praticamente ao lado do Magdalen College e atrás do Christ Church College. Odiava os estudantes que tanto causaram problemas a cidade. Odiava ainda mais saber que eles estavam lá porque seu tão odiado pai, Henrique VIII, é que tinha criado o Christ Church.
Voltou para seu aposento e de dentro de um baú retirou um saco sujo e cheio de roupas. Abriu e buscou por uma camisa, uma calça e botas. Todas essas roupas eram as que seus soldados confiscavam dos puritanos que eram condenados à morte. Vestiu-se rapidamente e desceu as escadas. Voltou para a mesma cozinha e um cavalo a esperava amarrado ao banco que havia no quintal.
Com destreza, montou no animal e cavalgou por entre as ruelas de Oxford. Estava agora atrás do Christ Church College. Lá existia um pequeno vilarejo com casas imundas e bares. Desceu do cavalo e o amarrou em local destinado para isso. Entrou em uma das casas. A escuridão dominava o aposento. Subiu as escadas e estava, agora, em um quarto. Procurou cuidadosamente por uma vela. A acendeu e a deixou sobre a mesa.
Sentou-se em uma velha cama que havia ali. Parecia entediada. Todos os mimos que uma rainha merece receber pareciam não estarem presentes ali. Era tudo tão sujo, tão asqueroso, tão enjoativo, porém era o melhor que pôde arrumar sem que ninguém soubesse de seus planos.
Cruzou as pernas e voltou seu corpo para a janela empoeirada. É certo que a visão do céu não era uma das mais belas. O pó atrapalhava e a escuridão só fazia piorar. Deixou seu pensamento vagar pelos mais diversos assuntos, desde o que seria servido amanhã no café da manhã, até uma pequena aldeia de camponeses que juraram iniciar uma revolta por conta dos massacres sucessivos feitos pela família real.
Impaciente, se levantou e retirou as roupas de homem que vestia. As guardou em um baú que ficava em baixo da cama. Ajeitou melhor seu vestido que lhe servia como pijama. O levantou até a altura das coxas dando um nó, sentindo-se, finalmente, livre para andar sem que montes de pano fizessem-na enroscar aos próprios pés.
Andou de um lado para o outro, sem deixar nunca de olhar através da janela. Era inadmissível fazer uma rainha esperar. Ainda mais a rainha do Reino Unido! Que ousadia! Nunca esperava por nada, era tudo tão rápido, sempre ao seu alcance.
Mimada. Seria essa a palavra certa?
Jogou-se na cama de barriga para cima. Olhou o teto. Olhar o que? Estava tudo tão preto. A vela já tinha sido usada, por isso, quando acesa, estava pela metade. E agora, quase no fim, a iluminação era mais precária ainda. Teve a impressão de ter cochilado.
Que audácia essa de fazer uma rainha esperar! Teria troco.
Levantou da cama e andou até um grande espelho que estava preso a parede. Uma rachadura o dividia ao meio, via sua imagem duplicada e esboçava um sorriso.
Ouviu a porta ranger, observou a movimentação pelo espelho. Um homem entrou, logo em seguida trancando a porta do cômodo. fechou os olhos, impaciente.
- Pontual como um francês – ironizou, ainda o olhando pelo reflexo do espelho.
- Não tenho culpa se estou preso e hoje é dia de guarda no castelo.
riu irônica, mais uma vez, virando-se para ele. O homem a olhou dos pés a cabeça. Sorriu e ela se moveu até ficar de frente para ele e a poucos centímetros.
- Culpa por estar preso você tem...
- Estou preso sendo que você podia me libertar! Você é a rainha dessa porcaria de país.
- Está dizendo que o país no qual eu reino é uma porcaria? Bom saber das suas opiniões. Vou me lembrar disso uma próxima vez – ela disse pondo as mãos na cintura - Quem sabe não sirvo queijos estragados e vinhos fedidos? Quem sabe não mudo meu povo de feliz para um povo arrogante e sofrido? Quem sabe não rebaixo minha Inglaterra para a terra de Lúcifer, que é sua França, só para te agradar?
- Você não sabe mesmo brincar – ele disse nervoso, afastando-a com um braço e indo para a janela, nervoso.
só fez sentar graciosamente na cama, como a rainha que era, e cruzar as pernas, evidenciando suas coxas.
- Sei brincar. Principalmente sei que hora fazê-lo! Prisioneirinho sem valor – ela disse e cuspiu no chão.
- Sem valor? – ele respondeu – Então por que ainda não fui morto? Você sabe, as coisas no Oxford Castle não estão nada boas. Todos meus amigos já foram enforcados no topo daquela torre, e se eu realmente sou sem valor, por que ainda me mantém vivo, ? – ele disse chegando mais perto e parando de frente para ela.
- Rainha para você, por favor – ela disse e se levantou, parando a centímetros do prisioneiro – Tenho meus motivos para te manter vivo.
- Me manter vivo em troca de favores sexuais para a rainha. Que bela merda me eu meti – ele respondeu a olhando fixamente nos olhos.
ofegou e abriu a boca diversas vezes. Por fim, acertou em cheio o rosto do rapaz.
- Não ouse falar assim comigo, . Mato-te a hora que quiser. Você sabe muito bem disso!
- Não faria diferença nenhuma para mim. Morrer ou ficar naquele castelo é a mesma porcaria.
Outro estalo pôde ser ouvido no quarto. acertara-o novamente na face.
- Mas que vadia – disse acariciando o rosto com a mão e a olhando com fúria – Qual é minha culpa se você é louca e tem sonhos mais loucos ainda?
- Você costumava ser melhor no começo. Não falava, só fazia.
- Tudo cai na rotina.
- Você não merecia estar aqui, de jeito nenhum . Seu francês ingrato. Mantenho-te vivo e é assim que me retribui?
- Você é má. Quanto ódio nesse coração.
- Não é atoa que sou irmã de Bloody Mary, não é mesmo?
- Há! – ele riu se sentando na cama, porém do outro lado – , a virgem – ele disse ironizando – Tão virgem quanto as putas que visitam os guardas durante a noite.
- Você está muito abusado.
- Não aguento mais seus joguinhos, . Não dá mais. Aquela prisão é um inferno. Eu ouço gritos de morte, eu vejo gente morrendo, eu vejo sangue escorrer pela minha janela. Eu morro um pouco a cada dia que passo naquele lugar.
suspirou, virando-se na cama e ficando de quatro. Engatinhou até e beijou sua orelha. Ele suspirou fechando os olhos e baixando a cabeça.
- Você não vai precisar aguentar mais nada, .
E então, ele abriu os olhos, sorrindo com a ideia de poder, finalmente, ter a sua liberdade e voltar para a França.
Olhou para , sorrindo maliciosamente. Agarrou sua cintura com força e a jogou para o outro lado da cama, ficando por cima dela, abrindo-lhe mais as pernas e puxando seu quadril mais para perto. cruzou as pernas em volta do corpo de , o abraçando pelo pescoço; ele ficou de joelhos na cama, trazendo consigo , completamente agarrada a ele.
- É assim que eu gosto, – ela disse e tentou beijá-lo, porém ele esquivou.
- E é assim que eu faço, – ele disse com um olhar malicioso e a soltando bruscamente na cama.
Ainda de joelhos, tirou o trapo que lhe servia como blusa e o jogou no chão. também ficou de joelhos na frente dele, tocando seu abdômen com a ponta dos dedos. Ele segurou sua cintura e começou a se sentar com as pernas esticadas. A rainha fez o mesmo, mas não sentando em seu colo. Estava próxima a ele, suas pernas enroscadas, a respiração apressada.
passou as mãos por suas coxas, subindo até a lateral de seu corpo, e enfim chegando o centro de suas costas, a puxando para mais perto, como se fosse possível. A rainha lufou com o contato e o prisioneiro, acostumado a satisfazer seus desejos, e acostumado também a cada ponto fraco da realeza, subiu suas mãos até o colarinho do vestido, ainda por dentro dele, e o rasgou pelas costas.
- advertiu – Era seda!
- Como se essa fosse a única. Como se você se importasse! – ele disse, a livrando daquele pedaço de pano inútil.
- Não me importo – ela disse, ficando nua na frente do rapaz.
só podia observar os seios rígidos da rainha a sua frente, sem conseguir formar frases com algum nexo.
- Você sabe o que fazer, – ela sussurrou na sua orelha e sem pensar duas vezes, o rapaz encheu sua boca com aqueles fartos pedaços de carne.
sorriu, sabendo que ninguém poderia resistir a ela e a suas provocações.
Ela se aproximou, sentando-se finalmente no colo do rapaz. Pode sentir que ele já estava bastante excitado. Começou a se movimentar para cima e para baixo, olhando para os olhos de que brilhavam de luxuria. O prisioneiro a deitou habilidosamente na cama e se levantou em seguida para retirar os outros trapos usados como calça. A rainha o olhava desejosamente, mordendo sempre o lábio inferior só de pensar no que estava por vir depois daquela que parecia ser uma noite maravilhosa.
Calmamente, ele voltou à cama e se jogou por cima do corpo da mulher. Seus beijos desceram até seu pescoço, e a rainha não gemia. Ainda. O caminho da boca do homem tomou o rumo de seus seios novamente, e então chegou à barriga. riu e pousou a mão na cabeça de a empurrando, delicadamente, mais para baixo. Era óbvio que ele sabia o que a majestade estava querendo. Mas nem tudo na vida vem tão fácil.
- Você pode me ajudar, ? – ele pediu, voltando até sua orelha. Sussurrando e mordendo.
- Quem me satisfaz aqui é você – ela retribuiu aranhando as costas do mesmo, que riu, um pouco malicioso, um pouco debochado.
- O que você quer que eu faça ? – ele perguntou, voltando os beijos até a barriga. Desceu então para as virilhas.
- ! – ela disse um pouco nervosa. Não estava acostumada a pedir por nada. Todos sabiam exatamente o que fazer.
- Se Sua Majestade não pedir, não saberei o que fazer – ele disse, dando uma sutil pincelada com a língua no órgão da rainha.
gemeu. Depois suspirou, se dando por vencida. Agarrou os cabelos de e disse com a voz mais sensual que já havia conseguido em toda a sua vida.
- Quero que você me chupe, .
O prisioneiro abriu um largo sorriso, e abocanhou o clitóris da rainha. Sua língua fazia movimentos circulares, bem lentos e provocantes. se agarrou a cama velha, puxando os lençóis e fazendo uma nuvem fina de poeira se levantar. Seus gemidos saiam baixos, não podia fazer escândalo algum. introduziu um dedo dentro dela, e a coluna da mesma arqueou. A língua não parava nunca de circular seu ponto de prazer, agora em uma velocidade deliciosamente rápida. Outro dedo foi introduzido e a rainha percebeu que talvez não fosse aguentar por muito mais tempo.
- ! – ofegou, mexendo o quadril.
- Goza pra mim, . Goza dentro da minha boca – ele disse e voltou sua atenção ao órgão aveludado a sua frente.
aumentava seus gemidos quase que imperceptivelmente.
- Não para! – ela disse, agarrando os cabelos emaranhados do moço.
não aumentou seus movimentos, apenas intensificou a força com que os fazia. Passou a mão livre por debaixo das nádegas dela, puxando o quadril mais para perto e sentindo ofegar baixinho, quase que para si mesma. E após isso ele pode sentir um pequeno solavanco na região. Sorriu em pensamento e fez questão de levantar o olhar, sem parar o que fazia, para conferir as feições reais. mantinha os olhos fechados, o lábio inferior preso pelo superior, deixando que um último gemido saísse de sua boca antes que ela caísse na cama, se tremendo toda e ainda sentindo os efeitos daquela língua dos deuses.
Ele saiu de sua posição e se levantou, ficando ao lado da cama. o olhou sem entender, por isso, então, ele a chamou com o dedo indicador. Ela engatinhou na cama e agarrou seus cabelos, descendo a cabeça da rainha até seu órgão. É certo que , no primeiro segundo, não havia gostado da ideia, afinal, ele fora mandado lá para satisfazê-la, não o contrário ou vice-versa. Mas depois de refletir milésimos de segundos, acatou ao pedido silencioso do rapaz. Pensou em fazer o mesmo jogo dele, perguntando o que ele queria que ela fizesse, porém sabia que isso o gradaria muito. Essa não era sua real intensão.
Ser agradada e não agradar.
Segurou a base do membro ereto do prisioneiro e cuidadosamente mordiscou seu escroto, ouvindo-o soltar uma mistura de gemido com risada. Distribuiu alguns selinhos por toda a extensão do órgão e, finalmente, com sua língua úmida e quente, lambeu a glande. Com a mão, começou a masturba-lo e ao mesmo tempo, sentia seus cabelos sendo agarrados com certa ferocidade. Resolveu colocar parcialmente o membro em sua boca. Chupava e o masturbava ao mesmo tempo. Lentamente, primeiro. E depois de alguns segundos, aumentou a velocidade. Sempre olhando nos olhos de , que ora correspondia o olhar, ora cerrava os olhos e jogava a cabeça para trás.
- Vai – ele disse, empurrando com força a cabeça da rainha contra seu pênis – Põe tudo na sua boca. Quero ver a boca real me engolir inteiro.
Quando se deu conta, os movimentos de sua cabeça contra eram mais causados por ele mesmo, que a empurrava, do que por ela. Não gostava de satisfazer prisioneiros. Afinal, eles eram prisioneiros! Mas relevou. manejava a cabeça de e mexia o prórprio quadril também. A rainha pode sentir, pelos gemidos dele, que seu orgasmo não estava longe. Com as duas mãos, agarrou as nádegas de para intensificar seus movimentos.
- Ah ... – ele disse, rindo e logo após isso, gemendo – Tá chegando.
Quando ouviu isso, recuou um pouco, mas forçou mais sua cabeça contra ele.
- Hoje eu vou gozar na sua boca – olhares foram trocados, e ele percebeu um olhar raivoso da majestade – Troca de favores.
Como resposta, ela agarrou mais as nádegas dele e, com a unha, arranhou o local. Não parou e segundos depois, ouviu dar seu ultimo gemido e sentiu um líquido invadir sua garganta. Ele soltou os cabelos da moça e ela retirou, finalmente, a boca de lá.
- Engole – ele disse autoritário – Engole isso.
o fez, mesmo sabendo que se arrependeria depois. E como prova de que o havia feito, ficou de joelhos na cama, agarrando a cintura dele e o beijando na boca com toda a força gerada pela raiva de ter que se submeter a ele. Os papeis estavam invertidos. Novamente, a jogou na cama, onde ela caiu de costas com um sorriso sugestivo nos lábios.
Ele se deitou por cima dela, selando os lábios mais uma vez e dedicando algum tempo a beijos provocantes em seu pescoço. Depois, com destreza, virou-a de bruços. Segurou seus quadris e a fez ficar de quatro. lhe lançou um olhar por cima dos ombros com uma das sobrancelhas erguidas. Ele apenas sorriu e a penetrou de uma só vez. Ela conteve um gemido. retirou completamente seu membro, e depois o recolocou no interior do corpo dela. As mãos firmes e calejadas do prisioneiro seguravam o quadril da rainha com destreza, o apertando a cada estocada. Os movimentos não eram tão vagarosos, porém também não eram uns dos mais rápidos. era movimentada para frente e para trás. A cama rangia, seus cabelos iam se desprendendo do coque e balançavam de acordo com a movimentação do corpo dele. Ele investiu mais algumas vezes e então escorregou a mão direita até a barriga de , a puxando para cima. Ela agora estava de joelhos, com o corpo colado ao dele. Os dois pulsavam juntos. Com isso, o prisioneiro teve mais contato com aquele corpo feminino e sorriu ao ouvido dela imaginando o que faria. Ainda com a mão direta, ele a desceu até o órgão de e começou a estimular seu clitóris novamente, sem parar de estoca-la, agora com certa força e violência. se continha para não revelar os gemidos que escapavam de sua garganta. A mão esquerda de subiu para os seios da rainha. agarrou a nuca do homem e usou sua outra mão para ajudar a estimula-la.
- Hoje eu acabo com a sua reputação de virgem – ele disse investindo com força a cada pausa das palavras.
Ela mordeu o lábio inferior. Toda rainha que se preze, se mostra completamente fora de controle entre quatro paredes. definitivamente sabia como fazer. E fazia bem. sentiu que seu ápice estava perto. Era loucura demais ser penetrada e estimulada ao mesmo tempo. E pela primeira vez na noite, ela gemeu o nome de , enquanto agarrava sua nuca, agora com as duas mãos.
Ele, por sua vez, sentiu-a estremecer pela segunda vez na noite. O corpo relaxou em suas mãos, e se ele não estivesse a segurando, ela cairia mole na cama, com certeza.
- Sabe, – ele disse, retirando seu membro de dentro dela e deixando-a cair sobre a cama – Eu venho treinando isso há meses. Hoje eu acabo com você.
E sorrindo, saiu da cama, estendendo um braço para ela. não tinha falas naquela noite. Nunca fora assim. Ninguém nunca abusava dela. Os papeis estavam sim invertidos. Por um lado, ela estava nervosa, por outro, só queria senti-lo mais alguma vez dentro dela. Com boa vontade, ela segurou sua mão, e ele a puxou, segurando por trás de seu joelho e o puxando até a altura da cintura. Ela, entendendo o recado, enroscou as duas pernas ao redor do corpo dele, e os guiou até a parede mais próxima. Assim que chegaram à parede, ficou em duvida se o arrepio que percorreu sua espinha foi por conta da temperatura da superfície, ou por sentir aquele membro tão desejado dentro dela mais uma vez. Não havia rendição com . Ele a estocava de maneira feroz, quase como um animal. Ele não controlava seus gemidos, talvez por serem poucos. Ambos sabiam o risco que corriam. Escândalos não eram bem vindos.
Para , aquilo estava sendo uma prova de fogo. dentro dela, enquanto a língua do rapaz brincava em seu pescoço e orelha.
- Você está apreciando, Sua Majestade? – ele indagou em um tom irônico e extremamente sexy.
não conseguia responde-lo. Não se lembrava de quando fora a ultima vez que ficara sem palavras. Geralmente era ela quem brincava com os outros.
As estocadas fortes faziam o interior da rainha se contrair. Mas que inferno, ela sentia que iria chegar ao prazer pela terceira vez naquela noite. Enquanto estava ainda praticamente intacto.
- God fuck the queen¹ – ele disse e com uma ultima estocada dolorida, gozou.
Ele os guiou até a cama, e sabia que seria jogada lá mais uma vez. Dito e feito. Ele se deitou por cima dela mais uma vez, a abraçando e rolando para o lado, deixando-a por cima dele dessa vez.
- Você sabe o que fazer – ele disse e ela sorriu.
Se sentou, se ajeitando melhor no colo dele. Com uma mão, segurou o órgão de e introduziu nela mesma. Segurou as mãos de e o puxou, fazendo os dois ficarem sentados. Guiou as mãos dele até seu quadril e começou movimentos lentos. mordia o próprio lábio, de olhos fechados. Não escondia o prazer que sentia. Ela aumentou a intensidade dos movimentos e percebeu que, mesmo estando por cima, a movimentava. Realmente ele estava a usando. Ela pousou os braços ao redor o pescoço do rapaz, aproximando sua boca até a orelha dele. Ela agora rebolava em cima dele. agarrava o corpo da mulher de uma forma que não era normal. Eles eram um só. Quem diria... saiu do abraço e o empurrou, fazendo-o se deita novamente. Não cessou os movimentos e agora segurava os seios da majestade. Ela queria sair vitoriosa pelo menos uma vez naquela noite. Sentiu se agitando um pouco. Supôs que, finalmente, ele se deixaria levar pelos instintos e chegaria ao orgasmo.
- Cavalga – ele disse – Cavalga em mim!
Por um momento, perdeu seu pensamento e se lembrou do porque estava ali. O maldito sonho que teve com Saymour. Maldito sonho que a perseguia desde os catorze anos. Isso a deixou com mais raiva. Mas tudo fazia parte do plano. E se não fizesse, ajudaria.
- É? – ela indagou, com movimentos que estavam o levando à loucura – Então goza pra mim.
Ela escorregou suas mãos pelo corpo dele, e, pela primeira vez na noite o ouviu gemer alto, sentindo o órgão quente dele pulsar dentro do interior dela. Mesmo assim não parou. Queria também chegar ao seu ápice. Mais alguns movimentos fortes e ela sentiu seu corpo começar a tremer novamente e um prazer indecifrável a invadiu por completo. Caiu por cima dele, respirando. Ambos estavam suados e com as respirações descompassadas.
Após alguns minutos de silencio, saiu de cima dele e se levantou, vestindo seu pijama rasgado do lado contrario, fazendo com que o rasgo ficasse na frente, não nas costas.
- Muito bom, – ela disse e olhando – Mas vamos, se levante. Tenho uma surpresa para você.
Ele sorriu. Pensando em sua liberdade, ficou em pé na frente da rainha.
- Você até que me serviu para alguma coisa nesses meses. Mas como você mesmo disse, tudo cai na rotina. E hoje, ... Ah, hoje eu vou acabar com você.

Música
o empurrou ao chão, ele caiu de joelhos. Ela o empurrou com um pé, fazendo cair por completo naquele chão frio. estava confuso. Não sabia o que fazer. Tentou se levantar, mas ela o empurrou de novo. Ele resolveu ficar naquela posição e esperar para ver o que iria acontecer. Tudo pela sua liberdade. andou até a cama, e se agachou, tirando de baixo do móvel, uma espada revestida em um pano vermelho vivo. Ao ver aquilo, se desesperou. Tentou se levantar, e correu até a porta. A mesma estava trancada. Não se lembrou qual fora o momento em que ele havia passado a chave. Mas agora estava tudo feito. Ele se viu sem saída. Seus olhos encontraram os de . Era mantinha um sorriso satânico no rosto, os olhos faiscando. Ele clamou por piedade, mas apenas andou em direção a ele.
- Hoje, , eu te mato – ela disse sorrindo.
Um sorriso louco, alienado, necessitado, queimando dor e sangue. Nunca demonstrava seu lado esquizofrênico em publico.
- Puritano. Francês. Seus atos me lembram Saymour. Odeio Saymour. Odeio puritanos. Odeio franceses, vocês mataram minha mãe. Odeio você, . Foi me foi muito útil, mas agora preciso experimentar coisas novas.
Ele engoliu seco. Pode sentir uma lágrima caindo de seu olho. Respirou fundo, fechando os olhos. retirava a espada de dentro do pano e a luz da Lua pela janela fez o pedaço de ferro cintilar.
- De joelhos, .
Ele, sem reclamar, obedeceu-a. Morreria. Mas morreria com honra.
- Um último pedido? – ela indagou, posicionando a espada em suas mãos.
- Você é tão baixa quanto seu pai. Encontrarei Ana Bolena no inferno e, com certeza, seus dias, a partir de hoje, serão os piores de sua vida, Sua Alteza – ele disse sorrindo, erguendo o pescoço e o oferecendo a .
A espada vacilou nas mãos da rainha. Seus olhos encheram-se de água. Odiava seu pai e acabara de ser comparado a ele. Amava Ana e estava fazendo com que os outros sofressem o que sua mãe sofreu.
Mas é o que rainhas fazem. São fortes e passam por cima de todos os obstáculos. Ergueu a espada e a parou no ar, o olhando com um sorriso doentio, as lágrimas caiam. Ela mataria , mas sairia ferida também. Emocionalmente.
- Foi um prazer, .
Se ajeitou melhor em seus pés e o olhou nos olhos.
- Off with his head!²
Com um único movimento, passou a espada pelo pescoço dele. O chão começou a se inundar de sangue. A cabeça de caiu ao lado da vela. se arrepiou ao ver um sorriso tão doentio quanto o seu no rosto dele. não estava brincando quando disse que, mesmo após a morte a atormentaria.
se assustou quando ouviu o baque o resto do corpo de cair ao chão. Ficou horrorizada. Sentiu calafrios e correu até a porta. Deu socos no local para algum guarda ouvir e destrancar a porta. Minutos depois, estava em cima de seu cavalo percorrendo as ruas frias de Oxford.

De noite teve pesadelos com . Ele ainda estava no comando. Os papeis estavam invertidos.
E isso...
Ah, isso não era certo.
Ela devia saber.



FIM



¹ Deus foda a rainha
² Cortem a cabeça!





N/A: Oi bonita! Como se sentiu sendo a Isabel I da Inglaterra, A Rainha Virgem, por uma noite? Foi bom pra você? Haha. Bom, primeiro queria te agradecer por ter lido! Isso me faz muito feliz! Como uma amiga minha me disse, fic boa é fic picante e cultural ao mesmo tempo. Sou fascinada pela Rainha Isabel, afinal ela é considerada a primeira feminista do mundo. Tentei passar pra vocês alguns problemas que ela enfrentou na infância e na vida. Essa fic foi bem curtinha, mais curtinha que a minha anterior Garotos Não Choram (McFly – Finalizadas – G), mas espero que você tenha gostado! Beijinhos e até a próxima!

N/B: UAU. Estou sem palavras, adoreeeeei demais! Tomara que todo mundo goste ;; qualquer errinho já sabem -> /kaah.jones/ xx.

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