Volta às Aulas


Escrita por: Julianna Costa
Betada por: Adriele Cavalcante




Eu podia contar duas coisas boas na volta as aulas.
Primeiro, eu finalmente ia fazer 18 anos e ia ter um pouco mais de independência. Ou, pelo menos, fingir ter um pouco mais de independência já que entre meu pai controlador e minha mãe neurótica era pouco provável que eu pudesse colocar os pés fora de casa sem um monitor GPS preso no tornozelo. Quero dizer... eu ainda nem tinha uma carteira de motorista nem idade legal para beber e eu sentia que minha mãe já queria fazer isso comigo de qualquer modo... Imagina quando eu me enfiasse em um veículo automotor e saísse para comprar bebidas para a festa na casa de algum amigo. Ela ia me matar. Ou morrer. Provavelmente as duas coisas. Mal sabia minha pobre mãe que eu já tinha dirigido. E bebido. Embora nunca tenha feito as duas coisas combinadas.
Verdade seja dita, tinha pouca coisa que eu ainda não tinha feito nessa vida.
Aos 17 anos, eu já tinha dirigido, bebido, usado drogas e feitos coisas consideradas ilícitas em pelo menos 22 países, como eu e minha melhor amiga tínhamos feito questão de contar.
Eu nem coloco “perder a virgindade” nessa lista, pela falta de interesse no tema. Perdi minha virgindade, pela primeira vez, aos 16 anos e depois disso repeti o feito mais algumas vezes. Bastava eu arranjar um namorado novo e lá se ia minha virgindade mais uma vez. Em um determinado mês da minha vida, perdi minha virgindade todas as segundas-feiras.
Sexo era um tema livre na minha vida, embora meus pais nem sonhassem com isso.
E é justo nesse assunto que entra a segunda coisa boa na volta às aulas.
O professor .
Ele era gostoso daquele jeito que quase te faz querer prestar atenção na aula. Ser a melhor aluna que sabe todas as respostas, só para ele sorrir pra você e te chamar de boa menina.
Mas ele ensinava geografia que acontecia de ser a matéria que eu mais detestava. Eu e 90% do planeta, com certeza. Eu juro que geografia é a maior coletânea de assuntos inúteis... Por que diabos alguém precisava saber que uma ilha é uma porção de terra cercada por água? Porque olha... eu tenho uma novidade para contar para os geógrafos: continentes também são porções de terra cercadas por água, seus gênios, só são porções maiores.
O único geógrafo do planeta que eu tolerava era o professor . Na ilha, continente ou em qualquer outra porção de terra ou água, eu o toleraria sem reclamar.
Minha grade curricular dizia que eu teria aulas de geografia nas terças e quintas, o que significava que eu precisaria dormir cedo nas segundas e quartas. Ocupar uma cadeira na primeira fila tinha sido uma questão de sobrevivência para mim no último ano e não ia ser diferente agora.

XxxxX


Dar aulas para adolescentes era uma atividade ruim. Eu sempre soube que eles eram criaturas entupidas de hormônios com as quais não se pode dialogar, isso sempre me irritou, mas eu lidava com isso.
O problema é que a partir de uma determinada idade as meninas começam a se tornar mulheres, e algumas coisas ficam impossíveis de ignorar.
Principalmente quando uma delas tem um par de olhos escuros hipnotizantes, uma boca sempre recheada de um suculento batom vermelho, um jeito safado e curvas que pedem língua.
Não sei por que ela precisava sentar sempre na primeira fila. Ia ser melhor se ela se enfiasse em um casaco imenso e frouxo e sentasse no fundo da sala, onde eu pudesse fingir que ela não existia.
Mas nunca acontecia. E aula após aula, lá estava ela. Tirando minha paz e minha concentração.
De que ia me servir gozar pensando em uma garota que, provavelmente, preferia gastar seus dias provocando todos os meninos da sala com seu olhos escuros, seu batom vermelho e suas curvas insuportáveis?
Restava ao meu amigo Ewan ouvir minhas aflições. Ele brincava e dizia que era melhor eu me masturbar pensando nela e acabar com isso. Mas parecia errado. Então, eu só descarregava minha frustração nele e esquecia o resto.
Eu só precisava sobreviver esse ano. Só isso.
Meu celular tocou e eu vi a notificação do whatsapp. Era o nome dela na tela e... como ela tinha meu número?
“Professor, boa noite, não lembro qual a página da tarefa que o senhor passou hoje. Poderia repetir?”
Minhas mãos suavam quando eu digitei apressadamente.
“Boa noite, . São as páginas 12 a 14 do caderno de exercícios.”
“Obrigada!”
Ela colocou um emoticon sorridente depois do seu agradecimento e minha virilha estava incomodada.
Travei o celular, mas o sorriso safado estava na minha cara e destravei o celular de volta.
“Ewan, você não vai acreditar! Lembra da , a minha aluna gostosa? A que tem aqueles peitinhos que eu queria lamber? Ela tem meu número e acabou de me mandar uma mensagem!”
Eu fiquei rindo pro celular esperando a resposta descarada do meu amigo quando meu celular apitou mais uma vez.
“Ahm... Número errado, professor. Ainda é a .”
Eu tentei engolir a seco, mas havia areia entupindo minha garganta inteira.
Puta que pariu.
Reli a mensagem que eu tinha mandado, me perguntando se havia algum modo de me livrar daquilo. Algum modo de simular um engano ou fingir que não era eu.
Mas não havia.
Eu estava fodido.
Ia perder meu emprego. Minha reputação. Bastava ela mostrar aquilo para o diretor e eu nunca mais conseguiria um emprego na vida.
Respirei fundo, como pude, e resolvi apelar para a única solução que eu tinha.
Se não era possível sair do buraco, o jeito era me afundar ainda mais.
Digitei o mais depressa que pude.
“$500 para você não contar para ninguém?”
Eu não consegui respirar pelo minuto inteiro que ela levou para responder.
“$800 e eu deixo você lamber meus peitinhos.”

XxxxX


Eu fiquei para trás quando meus colegas saíram da sala para o intervalo.
Os lábios rígidos em antecipação. O professor fechou a porta depois do último aluno e virou-se para mim com a mão no bolso. Se aproximou, expirando, demonstrando uma exaustão típica de estresse.
Retirou a mão do bolso e eu vi as notas na sua mão.
Mas quantas notas? Qual acordo ele teria aceitado?
Peguei o dinheiro na sua mão sem lhe dizer uma única palavra. Contei as notas, sentindo meu coração bater na garganta. Minha contagem ultrapassou 500 e minha vagina se contraiu inteira.
$800.
Ele estava me pagando o pacote completo.
Olhei para a porta da sala e vi, nos seus olhos, que ele tinha a mesma preocupação que eu. Mas seu tesão e sua curiosidade eram maiores. E ele apenas sussurrou.
- Vai ter que ser rápida. – pediu, sorrateiro.
Tirei a blusa e o deixei ver meu soutien lilás, especialmente selecionado para a ocasião. O professor cruzou os braços e apertou a boca como se estivesse se controlando para não babar. Mas não tirou os olhos dos meus peitos. Os peitos que ele queria lamber.
Me desfiz do soutien e o coloquei em cima da sua mesa junto com minha blusa. Ele apoiou a bunda na mesa, escondendo a boca atrás da mão. Fiquei de frente para ele, perto o suficiente para que ele pudesse me inspecionar e saborear.
Esticou o braço e tocou o peso do meu seio fazendo os pelos do meu corpo se arrepiarem. Inclinou-se e enfiou meu mamilo na boca, rolando a ponta dura na sua língua como se fosse um caroço da sua fruta favorita.
Fechei os olhos e relaxei o pescoço.
Não era como os garotos que já tinham chupado meus peitos, antes. Era um homem. Um homem experimentando meu corpo e se desfazendo de desejo.
Eu só percebi que tinha enfiado os dedos na barra das suas calças quando ele começou a tirar a camisa. Enlaçou minha cintura com seu braço poderoso e tomou minha boca. Eu me entreguei, espalhando os dedos pelo seu tórax, sentindo seus músculos e os pelos escuros no seu peito. Não era como meus ex-namorados adolescentes e de pele lisa. Os poucos que conheciam algum pelo eram tão raros que acabavam sendo mais engraçados que sedutores. Mas não o professor . Ele era todo homem. Eu estava miúda, enfiada nos seus braços, sentindo aquele cheiro quente de homem excitado.
Abriu minhas calças e as tirou do meu corpo junto com minha calcinha. Me abriu nua em cima da sua mesa e não pediu permissão antes de se livrar das próprias roupas.
Minha bunda tocou a mesa fria e eu me remexi, desconfortável. Ele apenas me segurou pelos tornozelos, arreganhando meu corpo e encarando minha vagina aberta.
- Pr... Professor... – gemi. Aquela posição me deixou com vergonha, mas ele apenas lambeu os lábios e eu soube que havia outra parte do meu corpo que ele gostaria de lamber se houvesse tempo.
Empurrou meus joelhos e se enterrou em mim.
Ele não colocou camisinha e eu comecei a ficar muito desesperada, rápido demais.
- Eu sou virgem. – ofeguei baixinho, esperando que ele se afastasse.
- Era. – rugiu na minha boca.
- Não. – pedi – Professor. – o prazer subia tão rápido a minha cabeça que minhas palavras saiam sem qualquer firmeza.
- Shh... – pediu, se movimentando dentro de mim. Me possuindo com força para a sua satisfação – O cabacinho já foi, princesinha. – me reconfortou suave – Melhor gozar, agora. – gemeu – Se entrega pra mim.
Eu rebolei me esfregando nele e suas estocadas ficaram tão violentas que estávamos sacudindo a mesa.
Alguém ia nos ouvir. Arranhei seus ombros com força, antes de me jogar para trás na mesa, arrebatada pelo momento.
Ele tomou cada peito em uma mão e me dirigia para o seu pau como se eu fosse sua posse. Se enterrando fundo. Mordi meu lábio com força. E quando ele se curvou para chupar meu peito mais uma vez, e eu senti os pelos do seu peito contra minha pele fria, o orgasmo se apoderou de mim, tão furioso que era como se eu nunca tivesse gozado antes.
E não tinha.
Não daquele jeito.
Nunca.
Fiquei deitada, impotente, esperando ele terminar. Arrancou sem membro de mim e esporrou em minhas coxas abertas e no meu estômago. Um líquido quente em contraste com a frieza do meu corpo.
Sorriu antes de limpar o pau precariamente em uma folha de papel ofício e me passar minhas roupas.
- Espero que tenha feito a tarefa de casa, . Detestaria ter que lhe repreender na próxima aula.
- Claro que fiz, professor. – pisquei um olho para ele, enquanto tentava recuperar o ar – Geografia é minha matéria favorita – sorri e dobrei a folha de papel ofício com seu gozo. Guardei-a no bolso traseiro da minha calça e seu olhar animalesco deixou claro que aquele não seria nosso último encontro.



Fim





comments powered by Disqus


Qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.
Para saber quando essa fic vai atualizar, acompanhe aqui.



TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO SITE FANFIC OBSESSION.