- Quer namorar comigo? – ele disse com um brilho nos olhos.
- Mas...
Bom, eu sei que você não está entendendo nada, então vou te contar o começo.
Flashback on
Era uma manhã horrível de segunda-feira, e eu estava me arrumando para ir pro meu primeiro dia de aula no 9º ano, não estava nem um pouco feliz com a ideia.
- null!!!! – saí correndo em direção da minha melhor amiga.
- null! Que saudadeee! – disse null.
Então fomos conversando até a escada e de repente... Dois caras super lindos passaram do nosso lado.
- Você viu? – eu disse.
- GATENHOS! – null me respondeu e começamos a rir como sempre...
null’s P.O.V.
Depois de termos visto dois “gatinhos”, subimos para ter a primeira aula: Química.
A aula foi normal, pra mim e null: duas nerds, mas eu sabia que ela estava tão curiosa sobre os novos garotos quanto eu...
null’s P.O.V.
As três primeiras aulas foram uma porcaria e eu não via a hora do recreio...
Quando ele finalmente chegou, eu e null descemos e fomos direto para a cantina e lá estavam eles, com mais dois amigos gatos e um estranho.
Começamos a escutar a conversa deles:
- null, pega o ketchup pra mim?
- Ah não, André! Pede pro null!
- Por que pra mim? O Gustavo tá de pé!
- Ele tá traçando o Rafael!
- Vão se ferrar!!!!
Assim descobrimos seus nomes. “null – loiro, olhos castanhos, nariz perfeito, magro, baixinho, enfim, muuuuuito gato.
André – cabelos negros, olhos claros, magro, médio, nariz pequeno, null o achou um gatinho.
null – cabelos negros, olhos escuros, magrelo, super alto, cabeça amassada (de acordo com a null).
Gustavo – loiro, alto, narigudo, magro, olhos claros.
Rafael – estranho, narigudo, feio, loiro, olhos escuros e feio.”
- HMMMMM.... Joaozinhooo. – disse a babaca da null
- Cala-te. – eu disse.
- Fala a verdade, null, você achou o null bonito. – disse null.
- ....
- Tá vermelha, sorriso bobo!!!
Pois é, essa é a minha melhor amiga...
- Você viu a cabeça daquele menino, null? – disse ela.
- Que que tem? – eu disse.
- Amassaaaaada!
- Não é não, ele é normal!!
null’s P.O.V.
O recreio acabou e começamos a voltar para as salas, mas eu sou tão desajeitada, que não vi o degrau e cai, levando null junto comigo ao chão.
- Cuidado ae! – escutamos uma voz rouca. Quando levantamos a cabeça pra ver quem era o dono da voz, era ele, null.
Ele nos ajudou a levantar, mas ele me puxou tão forte que eu fiquei grudada nele, e senti o seu perfume.
Já era, meu coração fraco, não aguenta.. Me apaixonei pelo cabeça amassada.
Se a null riu de mim? Nada...
null’s P.O.V.
Estava subindo as escadas, quando me deparo com uma cena bem engraçada, duas meninas caíram da escada. Ajudei uma a se levantar, mas quando fui ajudar a outra acabei puxando-a muito forte, ficando colados.
- Olha o Yuritoh! Já no primeiro dia de aula sai agarrando as minas! – disse o babaca do null.
- Cala boca cara, eu tenho namorada! – eu disse.
- Quero só ver se a dona Verônica saber disso! - disse Rafael.
null’s P.O.V.
Depois daquela cena maravilhosa do null e aquelas pirralhas, fomos para a aula de Filosofia.
No meio da aula, fomos interrompidos por batidas na porta.
Uma garota de cabelos cacheados e olhos verdes pediu um pouco de giz para o professor, ela era bonita, mas parecia muito mais nova para um cara de 17 anos...
Tivemos as últimas aulas e eu e null estávamos indo embora, quando aquela menina que foi pedir giz ao professor e sua amiga (que foi puxada pelo null) estavam indo embora...
- Que merda é essa cara? – eu disse quando null tirou um cigarro da mochila.
- Cara, eu fumo! – ele respondeu.
- Viado!
Do nada começamos a escutar gritos pedindo socorro. Nos viramos para ver de onde vinha e acabamos entrando num beco...
- Socorroooooooooo! – gritou a menina de cabelos cacheados.
- Alguém nos ajude! – disse a menina da escada.
- Ninguém vai conseguir ouvir vocês! – disse um cara forte que continuou as espancando.
Olhei para null com uma cara de “vamos defendê-las?” e ele mexeu a cabeça positivamente.
- Solte-as! - gritei.
No mesmo instante null lhe deu um soco na cara, e começamos a chutá-lo.
- Nunca mais mexa com elas, se não.. – disse null.
E o cara saiu correndo.
Fomos em direção das meninas e as ajudamos a levantar. Elas estavam cheias de marcas de soco e chorando.
Acabamos as abraçando, porque estavam em choque.
- Por que aquele cara fez isso com vocês? – disse null.
- É uma longa história... – disseram juntas.
- Posso, pelo menos, saber o nome das senhoritas? – perguntei.
- null! – disse a garota da escada.
- null! – disse a garota do giz.
- Podemos levá-las para casa? – perguntou null.
null’s P.O.V.
Eita, depois de terem nos salvado, querem nos levar para casa?
Olhei para null e vi seus olhos brilharem, então concordei.
Fomos caminhando e conversando até a minha casa. Agradecemos e nos despedimos..
Ao entrar em casa....
- .toUpperCase())! O QUE FOI ISSO? – gritei.
- Os gatinhos tão gostando da genteeee! – ela disse fazendo uma dancinha esquisita, mas como somos melhores amigas também dancei.
Ficamos o resto do dia conversando sobre eles e nos iludindo, não é pra qualquer uma ser levada para casa, pelos gatos novos do terceiro.
Não vejo a hora de chegar na escola amanhã...
No outro dia...
Chegamos na escola super animadas, pensando que eles voltariam a falar conosco. Pensamos...
null’s P.O.V.
Passamos por eles, e nem olharam na nossa cara...
- Viu? Aqueles idiotas, nem sequer olharam na nossa cara.... – eu disse.
- Sabia, é sempre assim... Mas que merda.. – disse null.
O dia passou bem devagar, e dentro de mim e null só surgiu uma raiva cada vez maior.
Que idiotas esses meninos, porque fizeram isso com a gente? E pra melhorar nosso melhor amigo, null, não havia ido à escola, nem ontem e nem hoje. “null – narigudo, baixinho, cabelos negros e gay.”
Voltamos da escola e nos tacamos na cama.
- Meninas!!! Venham almoçar!! – gritou a minha mãe.
- Depoooooois! – eu gritei.
null e eu começamos a falar de como fomos idiotas de nos iludir por dois garotos que nem sequer conhecemos direito.
Depois da longa e depressiva conversa, null foi para a sua casa e eu fui tomar banho e tentar dormir um pouco.
null’s P.O.V.
Hoje o dia foi muito chato, tive que ignorar null e null o dia inteiro. Motivo? Minha namorada descobriu o que eu e null fizemos pelas meninas. E ficou P.U.T.A.
Flashback on:
- POR QUE VOCÊ FEZ ISSO? – Verônica gritou.
- VOCÊ QUERIA QUE EU DEIXASSE ELAS APANHAREM? – gritei.
- CHAMAVA OUTRA PESSOA! – ela disse
- TCHAU, VERÔNICA.. Flashback off.
null resolveu ignorá-las também, porque ele é gay e não faz nada sem mim. Flashback on:
- Alô? - atende null com uma voz de cú.
- E aí, bichola, o que houve? – perguntei.
- Nada, e com você?
- Briguei com a Verônica.
- Motivo?
- null e null.
- Afff, como assim??
- Verônica acha que eu to gostando dessas meninas, e me proibiu de olhar na cara delas, e como eu sei que você é gay, você vai fazer o mesmo.
- E o que eu ganho se fizer?
- O que você quer?
- Nem te conto, gato.
- Para de ser bicha, e fala logo!
- Quero um ingresso para a Pallace.
- Mas é só daqui a sete meses, ainda nem estão liberados os ingressos.
- Ah, bichola, se vira.
- Feito. Flashback off.
null’s P.O.V.
Não vai ser fácil ficar sem falar com elas, ainda mais com null, aquela garota me conquistou, mas o que eu não faço pelos amigos...
Como eu odeio a Verônica...
Fui dormir cedo, afinal não estava com cabeça pra fazer nada.
No dia seguinte quando eu cheguei na escola, fui falar com null.
Começamos a conversar sobre assuntos aleatórios, e então null e null passaram do nosso lado, e elas estavam mostrando alguma coisa uma para outra e gritando. Tentei ver o que era, mas se foi em vão.
- O que era aquilo que elas estavam mostrando uma pra outra? – Perguntei
- Acho que era um anel, ou coisa do tipo. – Ele me respondeu
- Um anel?
- Pois é...
O assunto parou por ai, afinal, eu e null sabíamos que essas garotas haviam mexido com a gente, mas não sabíamos que tinha sido tanto assim, até esse momento....
null’s P.O.V.
- Mas como assim, null? – perguntei.
- A gente oferece uma bolacha para o null. – Ela me respondeu.
- Você tá louca? Depois de fingir o anel, você quer oferecer UMA BOLACHA!!!
- Sim.
- AAARGH – respondi à null, sabendo que quando aquela menina coloca alguma coisa na cabeça, ela não tira.
O sinal bateu, descemos e nos deparamos com terceiro. “Que diabos eles estavam fazendo lá embaixo??”
- Vamos? – disse null.
- Pensei que você havia esquecido dessa merda. – respondi.
E assim fomos oferecer a bolacha para ele.
- Quer? – null pergunta para null.
- Não. – ele respondeu, sendo grosso.
- Mas tá gostoso! – disse null
- Não. – ele disse
- Ok. – eu falei
Peguei a bolacha e fui oferecer para null.
- Quer? – falei.
- Não. – ele respondeu
- Ok. – disse null.
Depois disso, nunca mais olhamos na cara deles.
7 MESES DEPOIS...
null’s P.O.V.
- Vamos, null? – eu disse
- Tô bonita? – ela me perguntou.
- Ta perfeita! – eu disse.
- Mas a gente tá indo pra Pallace e eles vão estar lá, isso não faz sentido, a gente quer esquecê-los! – ela disse.
- null, a gente vai pegar alguém de lá, pra mostrar pra eles que não precisamos deles.. – eu disse.
- Ok, vamos.... Pegar todos e beber todas! – ela disse sorrindo.
Estávamos bem animadas, porque sem querer nos achar, mas estávamos muito bonitas..
- null? – null me chamou.
- Oi, gata.
- Você sabia que o null terminou com a Verônica?
- Nem ligo...
null’s P.O.V.
Estávamos animados para irmos para a Pallace, mas o problema era: null e null estariam lá..
- Vamozs, seu gay! Pra quê se arrumar tanto? – disse null.
- Quero pegar alguém, acabei de terminar o namoro.. – eu disse.
- Esse alguém se chama null? – ele disse sorrindo.
- Cala boca, ô gatinho da null! – eu disse.
- A gente fez merda em parar de falar com elas...
- Merda é pouco perto do que a gente fez!
Então fomos pra balada...
null’s P.O.V.
Ao chegarmos, lá estavam elas, lindas e perfeitas, ainda mais a null...
Mas quando fomos nos aproximando delas, chegam dois garotos com bebidas nas mãos e começam a beijá-las.....
PUTA QUE PARIU. Perdemos as nossas garotas, pensamos só em nossa reputação e naquela vadia da ex do null..
- Cara, eu vou embora.. – eu disse..
- Peraí.. Elas não gostam deles, você não percebeu o estrago que fizemos? Quando eles saírem falaremos com elas.. – disse null.
- Ok.
A Pallace estava realmente muito legal, tirando o fato de eu não estar muito animado.
null’s P.O.V.
Cansei de fingir sentimentos, eu gosto mesmo é do null, gosto dos seus defeitos, da sua voz rouca, do seu cheiro, não desse garoto que saí beijando.
- Já venho. – eu disse pro garoto e fiz um sinal de que vou sair para null.
Fui correndo e sentei na calçada..
- null? – disse aquela voz.
- Sai daqui, null.. Eu não te quero. – eu disse em meio as lágrimas.
- Quer sim, eu sei que você me quer do mesmo jeito que eu te quero! – ele disse me puxando.
- Para com isso! Cansei do jeito que você me maltratava, eu te amo, null, amo seus defeitos, o seu jeito, não é como uma pessoa qualquer gosta da outra, é como eu gosto de você! – eu disse gritando e o empurrei.
Pra onde eu ia? Eu queria ficar lá com ele, mas cansei de ser idiota.
Então ele me puxa e nos beijamos. Foi tudo tão calmo e perfeito, parecia que já tivéssemos feito aquilo várias vezes.
- null, eu te amo, fica comigo? Namora comigo? – ele disse.
- Eu não sei...
- Puta que pariu garota! EU TO LOUCAMENTE E PERDIDAMENTE APAIXONADO POR VOCÊ!!! POR QUE VOCÊ ACHA QUE EU DEIXEI A VERÔNICA? POR VOCÊ, SÓ VOCÊ!
Como eu queria escutar isso, dessa vez fui eu que o beijei, nunca me cansaria disso, eu realmente o amo..
- É claro que eu fico com você!
E tudo isso acabou com mais um beijo, teria muito o que falar com null, mas agora eu quero curtir o meu novo namorado, então ele pegou o carro e fomos para algum lugar.
null’s P.O.V.
null me manda uma mensagem dizendo que foi embora e que null estava com ela... Aí tem coisa..
Então saí para chamar um táxi.
- null! Espera!! – gritou null.
- Que foi? Resolveu falar comigo agora? – eu disse.
Estava realmente nervosa, como ele acha que do nada vai vir e tudo vai ficar bem? Ele esqueceu dos meses me ignorando?
- Eu... Desculpa, null...
- Não, null, você não pode me chamar de null, não é meu amigo, eu te odeio, você só me fez mal, acha que é só vir e pedir desculpa? Não é não, meu bem... – eu disse quase gritando.
- Não, eu não acho, desde a primeira vez que eu te vi, meu mundo virou de ponta cabeça, nunca mais fiquei com alguém, só pensava em você... Só penso em você, eu queria que você me desculpasse, porque eu sei que errei, e nunca mais vou achar alguém como você. null, me perdoa? Eu juro que nunca mais piso na bola contigo...
- Hmmm...
- EU TE AMO, , EU TE AMO DEMAIS, VOCÊ NÃO ENTENDE ISSO? EU PRECISO DE VOCÊ!
- null, eu também te amo, mas não é assim...
- Não é assim o que?
- Não sei... To confusa...
- Quer namorar comigo? – ele disse com um brilho nos olhos.
- Mas... Flashback off.
- Mas o quê? – ele disse
- Mas não é tão fácil pra mim, eu te amo demais. Nunca senti isso, e você, null, não me fez bem. – eu disse chorando.
- Eu sei, mas eu mudei por ti, mudei pra você. Fica comigo null, por favor? Eu não consigo mais..
-...
- Vem cá. – ele disse secando as minhas lágrimas – Nunca quis te fazer mal, como eu te amo. – assim nos abraçamos.
Levantei a cabeça para vê-lo, pois estava sem o salto. Então sorri.
Ele percebeu que aquilo era um sim, então nos beijamos... Como eu esperei por aquilo, por um eu e ele, pelo meu final feliz. Separei nossos lábios e soltei um eu te amo, baixo para que só ele escutasse.
- Te amo mais minha baixinha.
Assim voltamos a nos beijar. E naquele momento eu percebi que ele era quem eu mais queria e quem eu mais quero.
Finalmente eu e a null ficamos com quem nós amamos...
Fim
Nota da Beta: Qualquer erro de português e/ou html/script, me informe pelo e-mail.