Escrita por: Gabriela Martin
Betada por: Lara C.




Era talvez a décima vez que eu me levantava para jogar uma água no rosto. Não conseguia esquecer aquela discussão, que não foi tão grande... Na verdade, já haviam passado mais de três dias desde o acontecido, mas meu coração ainda estava apertado como se eu estivesse parada naquele momento.
Eu tinha tido sim, muita paciência com ele, eu sabia de suas turnês cansativas e que ele não estaria cem por cento meu o tempo todo. Eu a usava muito com ele ultimamente, só que não estava mais aguentando.
Voltei a me deitar, enrolando-me no edredom, não era normal estar sem ele. Senti um nó na garganta assim que me lembrei de seu sorriso, eu senti falta. Estava de saco cheio daquela sensação nojenta que estava enfrentando nos últimos três dias. Deveria estar feliz, precisava dormir, era o casamento da minha irmã mais nova no outro dia. Pisquei mais algumas vezes desbloqueando a tela do meu celular, que ainda estava vazia, e suspirei mais uma vez. Eu só podia estar idiota mesmo.

Flashback on

Vi bater a porta com mais força que o normal me fazendo virar para olhá-lo. Ele estava nitidamente incomodado com algo, apertei os olhos para tentar entender sua expressão, que no fundo, me deu um pouco de medo. passou a mão no rosto e depois limpou o nariz reparando depois no ato que eu o olhava fixamente. E assim ficamos por um bom tempinho.
- O que foi? – ele perguntou rude, jogando os ombros, e aquilo me irritou muito.
- Eu que te pergunto, o que foi? – falei colocando as mãos na cintura.
- Não sei... Talvez, o Chris possa responder essa pra você.
- O que? – arqueei a sobrancelha vendo andar até a cozinha e, é claro, fui até ele.
- Não se faça de idiota, meu amor – realmente, aquilo fez meu sangue ferver. era um amor quando queria, mas quando queria ser um idiota, ele era mil vezes pior.
- Eu não estou me fazendo de idiota – falei trincando os dentes. virou-se pra mim me desafiando com o olhar, seu olhar idiota e irritante. Ele tinha o poder de me tirar do sério, e então respirou fundo apertando os olhos.
- Tem certeza?
- , eu juro que vou te bater se você não parar com esse seu sarcasmo.
- Sério?
- Isso tudo é ciúmes do seu amigo Chris? – parecia que eu havia cutucado de uma maneira bem funda, pois ele me metralhou com os olhos como se quisesse me matar, ou talvez estivesse lembrando de algo, e no mesmo momento eu notei que era esse o problema.
- Ciúmes... – ele riu passando a língua nos dentes. – Acho que eu estou no direito, já que minha namorada passa metade da noite rindo pro cachinhos dourados.
- Você está sendo um babaca.
- É , talvez eu realmente esteja sendo um babaca, um grande babaca, mas porque você não vai descontar sua frustração por mim no Chris?
- Eu odeio quando você faz isso, – falei voltando meus passos para a cozinha.
- Só porque é a grande verdade... Porque você não parava de flertar com a porra do cara na minha frente – o ouvi em meu encalço.
- EU NÃO ESTAVA FLERTANDO COM NÍNGUEM – gritei dando um passo até ele.
- Se seu flerte não era aquele eu não quero nem imaginar como você faz isso – eu jurava, com todas a minhas forças, que eu podia esmurrar naquele momento, apertei minhas mãos sentindo uma enorme raiva dentro de mim, e um inicio de um nó começar a se formar na minha garganta.
- Aonde você quer chegar com isso? – cruzei os braços, olhando diretamente nos seus olhos. Um calafrio passou pela minha espinha ao ver que em algum tempo, aquela era talvez a segunda briga séria que estávamos tendo, e eu odiava isso.
- Que eu cheguei ao meu limite, – ele deu um passo até mim me olhando fixamente,um olhar louco e cortante, tão cortante que eu pude sentir algo dentro de mim sair fora do lugar; o que causou um desconforto, como se o nó fosse desatado e minha vontade pequena de chorar, tivesse passado a um patamar súbito. Fiquei parada por meio segundo sentindo meus olhos lacrimejarem, assim, com olhar dele ainda parado sobre mim, cheio de raiva, o que me fez sentir ainda pior.
- Seu limite? – passei a língua nos lábios. – Que porra de limite é esse? EU é quem cheguei ao meu limite, . Eu estou aqui, cheia de paciência pra você, por todas as vezes que você chega estressado das suas turnês, porque eu te entendendo, e quem chega no limite aqui, é você? – ri sarcástica, sentindo meu coração bater forte. – Talvez você tenha chegado ao seu limite pessoal, , mas na nossa relação, isso aqui, sou eu quem cheguei – trinquei os dentes, sentindo lágrimas escorrerem por meu rosto.
- O que você quer de mim? Diz – ele falou alto e com raiva, abrindo os braços me olhando sério. alterado era assustador, então recuei dois passos só por segurança. – Porque quando começou a namorar comigo sabia de tudo isso, sabia da minha vida.
- Isso não tem a ver com sua carreira, – falei também alto, e ele novamente riu dando um giro por si próprio.
- Então é o que, ? – ele perguntou num berro, fechei os olhos engolindo seco, sentindo meu coração martelar.
- É você, não é sua carreira, é você! – gritei.
- Se não tá feliz, porque tá aqui então!? – chegou de súbito para perto de mim, me fazendo recuar um pouco. Seu berro me assustou, fazendo, por um segundo, meu choro travar na garganta.
- Sabe que, eu não sei – falei, irritada, o empurrando com uma mão para se afastar de mim, limpei minhas lágrimas com brutalidade indo até sala em passos duros e pegando bolsa e casaco na mesma velocidade.
- ISSO, APROVEITA E PASSA NA CASA DO CHRIS, ELE TE CONSOLA – ouvi antes de bater a porta, comecei a chorar freneticamente dentro do elevador, vendo meu peito inflar-se de tantos soluços.
era um idiota, era única coisa que eu conseguia pensar.

Flashback off

Talvez minha maior frustração fosse que ele tivesse me deixado ir tão fácil. Eu fantasiava aquele tipo de briga que depois de uma grande discussão, mesmo muito puto, ele iria me puxar pelo braço e não me deixar ir, mas não foi isso que aconteceu. Depois que saí de lá, desabei. Eu o amava. E nós sempre arrumávamos um jeito de não nos deixarmos depois de uma briga, mas, fazia exatamente um mês e dois dias que eu não o via, que eu não sentia seu cheiro; eu não era grudada nele, mas quando podíamos estar juntos, estávamos sempre juntos. Suas turnês, de certa forma, aumentavam nossa paixão, e assim foi por três anos, três anos namorando. E aquilo estava me matando, não era possível que eu e ele fossemos deixar isso tudo acabar por causa de um ciúmes besta, um chilique idiota, por um cara que provavelmente eu nunca mais vá ver na vida, e por um mau dia de . Isso me machucava. A forma como foi tão fácil acabar com tudo em segundos, por um motivo fútil.
Deslizei as mãos sobre meu vestido rosa bebe, colado ao meu corpo com um detalhe extra de se soltar em pregas na altura das coxas e uma abertura lateral, do qual adorou, deixando meu scarpin preto a mostra; Pensando seriamente se deveria comparecer aquela festa. No fundo eu tinha certeza que deveria. Mas a confusão da minha mente e aquele vazio que eu estava sentindo me faziam querer desistir de tudo. O que iriam dizer dessa vez? Minha irmã mais nova estava se casando e não me acompanharia. Minha família era de longe perfeita e havia poucas pessoas que se salvavam nela. De resto, eles só sabiam falar e se perguntar em cochichos o que eu havia feito para “fisgar” o pop pra mim; Porque a resposta amor não era o suficiente pra eles. E quer saber? Ultimamente, eu estava em duvida se para nós, era.
- , estamos indo pra Igreja – deu dois toques na minha porta, me olhando dos pés a cabeça, era o futuro marido da minha irmã, e melhor amigo do . – Você está linda.
- Obrigada, – falei, caminhando até ele.
- Você está bem? – ele perguntou enquanto descíamos as escadas.
- Melhor, impossível – sorri, na minha possível mentira, mas realmente, “melhor” do que eu estava, não ia ser possível. – E você? Pronto pra assumir a dama de branco?
- Estou nervoso – ele falou, abrindo a porta do carro rindo. Eu sorri junto, porque achei mega fofo. Estava nos auge dos meus 24 anos e me sentia mais adolescente do que minha irmã de 20, ela era mais centrada que eu, e muito mais cabeça, como diz, eu era a irmã dissimulada.
- Ela não vai sumir, – Falei, ajeitando meu cabelo.
- Ela é sua irmã, então eu espero de tudo – ele falou, me fazendo lhe dar um tapa em seu ombro.
Eu sabia que havia uma pequena tensão quando ele me olhava. não sabia esconder quando queria falar algo, ou perguntar algo, ele me conhecia muito bem pra não saber que eu estava num porre por causa de , e talvez só não quisesse piorar mais a situação, afinal, estávamos indo para a igreja. Então ele só suspirou, acariciando de leve de uma forma amigável as costas da minha mão.
- Eu acho que vocês deveriam conversar – ouvi, assim que parou em frente à Igreja. Sorri sem olhá-lo, triste, sentindo meu peito apertar novamente.
- Não acho que vá mudar alguma coisa, , já não estávamos bem há um tempo, talvez fosse... A distância. Eu não sei dizer, não quero falar sobre isso hoje, tudo bem? – falei rápida, sorrindo com os olhos marejados para ele, e logo sai do carro.
caminhou comigo até a porta da Igreja, parando em frente a porta de vidro com um insulfilm preto, ninguém podia nos ver, mas aquilo não importava, antes que eu tomasse rumo pro meu lugar de madrinha, me virei para , para lhe dar um abraço.
- Eu nunca o vi amar alguém como ele te ama disse no abraço. – E eu não acho que isso deva ser jogado fora, tão fácil - quebrei meu abraço e de e o olhei nos olhos, reparando na profunda ternura da qual ela transpassava. Eu estava me segurando literalmente para não chorar, mas naquele momento, uma lágrima quase escapou, consegui limpá-la antes.
- Eu não posso amar por nós dois, – falei, arrumando a gravata dele, acariciei seus ombros e lhe dei um ultimo sorriso antes de sair. – Boa sorte.

E notícia alguma de .
Vi várias pessoas andando de um lado para o outro, dando parabéns a pelo seu casamento e seu sorriso mais que satisfatório para todos que iam até ela. Sentia-me feliz por ela, me lembrando instintivamente de . Ele costumava ser o rei da simpatia com a minha família, driblando os comentários idiotas e até meus primos bestas que nem eu mesma conseguia aguentar, parecia ser feito na medida certa pra mim, e realmente, eu nunca havia me apaixonado da forma como me apaixonei, e como me sentia toda vez que ele chegava perto de mim, talvez fosse a forma épica de cantadas que ele me deu até que eu aceitasse sair com ele, escondidinho do mundo, um mundo que tinha medo de expor por causa da pressão. Ele era o bom senso, e eu o impulso mal pensado, entende? E era por isso que eu era apaixonada por ele, não porque ele era o gostoso da capa da revista teen, mas era meu , no mundo em que eu só eu conhecia. Ele era só o , meu namorado que tinha um gigante dom de me fazer amá-lo mesmo ele sendo um idiota.

***

- ! – ouvi uma voz gritar e ri, parando de andar no meio do corredor.
- – ele não desistia. Me deparei com seu sorriso, me olhando da forma mais sedutora, pra mim, pelo menos.
- Fugindo de mim? – ele falou andando em passos lentos até mim e, assim, fui na mesma direção.
- Eu nunca faria isso com – sorri. Eu havia ficado com algumas vezes, totalmente contra as regras do meu estágio, que foi onde eu o conheci, e por mais que eu quisesse não querer... Foi quase impossível.
- Eu já falei que amo seu sarcasmo? Te deixa sexy – ele falou se aproximando de mim, mas assim o parei, botando uma das minhas mãos em seu peito.
- Aqui não, – sussurrei o vendo bufar e se afastar cruzando os braços.
- Eu não aguento ficar escondendo isso, Meu amor – senti um friozinho na barriga, e algo embaralhar meu cérebro. Eu não sei, mas eu li uma vez que os sintomas da paixão eram semelhantes, o que me deixou nos nervos.
- Isso o quê? – sorri, o vendo sorrir junto e gradativamente começar a gargalhar.
- – ele se aproximou de mim, ignorando todos os professores e pessoas que saiam de suas respectivas salas, segurando meu rosto; Eu sabia que iria ser o erro da história, mas, ele havia me paralisado de tal forma que eu jamais me senti igual. – Eu estou oficialmente louco por você.
O ouvir dizer aquilo havia feito borboletas despertarem dentro de mim, um fogo fora do normal, não de uma forma sexual, mas sim... Felicidade! Eu queria rir, eu queria gargalhar, senti todos os meus músculos se enrijecerem só pelo seu sorriso, e seu olhar fitando o fundo dos meus olhos como se quisesse tatuar ali que era do fundo da sua alma que ele sentia aquilo. E o melhor, eu sentia o mesmo. Me sentia plena. Numa sensação única de estar sendo vista e valorizada por alguém.
Seus lábios fizeram caminho rápido para os meus me beijando com delicadeza, e logo sua língua fez a mesma gentileza, nada muito explicito, já que havia varias pessoas nos olhando, assim como os olhos das câmeras dos celulares. beijou minha testa e entrelaçou nossas mãos me puxando da li pra fora; Caminhando como se fosse o dono do mundo, colocando seus óculos e olhando com um sorriso interior logo depois. E se me perguntassem o porquê de estar apaixonada por ele, eu iria dizer que era pelo que eu era com ele. Confiante. E como aquela maldita frase clichê, eu era uma pessoa melhor quando estava com ele.


- [...] Era questão de tempo, quem não sabia que o mocinho iria cansar da vidinha com ela? é um doce, mas ele pode ter qualquer uma. – Ouvi uma das minhas tias comentar com a outra, um pouco a minha frente.
Bufei sentindo meu coração arder, eu acho que me recusava a acreditar que havia sido um simples conforto para estar comigo, eu não podia ter simplesmente imaginado sentir sua paixão por mim toda que vez que nos beijávamos. Virei o copo de champagne na minha mão, pegando logo outro em seguida assim que o garçom passou, levantei a barra do meu vestido saindo do lugar, e olhando diretamente para as cobras que eu tinha a infelicidade de chamar de tias; Vendo-as retribuírem o olhar para mim. Comecei a andar em passos largos pelas pessoas, eu já tinha ido ao casamento, e já presenciei a merda de uma festa que todos comentavam sobre mim, já podia ir embora, não?
- ? – ouvi meu nome ecoar no microfone, fazendo todos ao meu redor me olharem. A voz era conhecida, mas pelo tempo de depressão pós briga, eu podia estar tendo devaneios. – ?
Assim que tomei noção de que era a voz de me chamando, senti meu coração começar a bater a milésimos, e logo uma mão me empurrar até o meio da pista, vulgo, . Podendo ver , de smoking, com os cabelos bagunçados, olhando diretamente para mim.
- Desculpa por infringir suas leis,. Mas eu tinha que falar com sua irmã, e essa era a minha única ideia – ele falou trocando olhares com que balançou a cabeça num gesto negativo. – Eu gostaria de dizer que foi um erro te deixar sair daquele apartamento, e que no mesmo momento eu me arrependi – começou, pulando do palco, dando passos lentos em minha direção. – E que eu não parei de pensar um segundo em você nesse mês, mas isso você já deve ter percebido né? – ele fez um gesto com a cabeça, observei suas olheiras e seu cabelo desgrenhado, pra mim aquilo era de praxe, sempre fora lindo de todos os jeitos possíveis, meu coração bateu rápido, e então abaixei a cabeça, quebrando nosso contato visual – Você é um tiro na minha sanidade, .
Ouvimos um coro de “awn” se formar em nossa volta e lentamente, meus olhos começaram a se avermelhar, já que eu sentia as lágrimas se formarem.
- É porque você me tira do sério que eu te amo mais do que deveria. Você é um pedaço de mim, aquele pedaço que te tira do sério, e te faz pensar por que precisa tanto de uma pessoa como eu preciso de você, e de como eu não havia percebido isso ainda, até agora.
Nesse instante, havia chegado perto de mim o suficiente para supostamente ver o quanto meus olhos estavam encharcados. Havia uma roda em volta de nós seu sorriso estava tão bonito, mas um pouco cansado, os olhos um pouco avermelhados, eu podia pular nele e dizer que eu havia sentindo exatamente o mesmo, mas, eu queria bater nele, por ser tão idiota, a ponto de não me procurar dentro de um mês.
- Me desculpa – ele sussurrou tirando o microfone da boca, fazendo minhas pernas começarem a tremer.
- Não é assim que as coisas rolam, – falei baixo, acenando negativamente, fungando alto, e depois o encarei, mas ele não parecia abalado com aquilo.
– Eu não fiz essa cena toda só pra você me desculpar – o olhei sem entender, girando a cabeça. – Porque você sabe que eu ia até sua casa e não sairia de lá até você me atender – ouvi alguns risos, mas ainda continuei o olhando séria. – Eu acho que minha futura esposa merece um pedido de casamento digno, então, casa comigo? – ele ajoelhou, me deixando estática.
Mais uma vez ouvimos um coro de “awn” no ar; troquei olhares com , que abraçou de lado, notando que ela também estava emocionada. E depois voltei a olhar , na mesma posição.
- Eu vou te matar, – falei olhando diretamente em seus olhos, por um segundo os mesmos pareciam ter perdido todo o brilho. – Mas, antes, eu também te amo – sussurrei, olhando para ele sorrindo.
levantou rapidamente me abraçando pela cintura, tomando conta do meu corpo enquanto cheirava meu pescoço parecendo não se conter de tanta felicidade. Senti toda minha ruindade se esvair no momento em que senti seu corpo no meu, e seus braços me abraçando, e seu cheiro, o ouvi sussurrar “desculpa não ter planejado o anel”... Mas pra mim pouco importava, eu não queria mais soltar dele, mas soltei, apenas para lhe dar um selinho demorado e molhado.
Não havia notado o quanto a galera gritava em nossa volta. Sorri voltando a abraçá-lo, vendo que a música havia voltado a ser solta, e as pessoas já se dispersavam; Finalmente os holofotes não estavam mais em nós.
- Me desculpa – ele falou, roubando um selinho. – Eu não sabia o que fazer.
- Eu to tentando raciocinar ainda – falei sendo abraçada por ele. – O que foi isso?
- Eu não consegui fazer nada sem você. E uma vez meu pai me disse que quando isso acontecesse, eu tinha que fazer algo a respeito – ele me olhou. – Eu quero você pro resto da minha vida, .
- Isso é muito fofo pra você. – falei lhe dando um tapinha no rosto vendo-o balbuciar um “au”.
- Você sabe, você sempre fez a garotinha de boa fé e eu o seu par perfeito, porque não se casar? – ele falou exprimindo os olhos. Naquele momento eu me apaixonei muito mais, se é que é possível isso acontecer. Eu poderia cair de amores por ele. – E aliás, aquilo foi um sim?
- No nosso casamento, seria muita maldade eu não convidar algumas tias? – sorriu de orelha a orelha assim que ouviu ‘’ nosso casamento’’, começando a caminhar novamente comigo, passando um dos braços pelos meus ombros, me dirigindo até a saída da festa, senti todos os olhares sobre nós e sinceramente? Eu estava adorando aquilo e não ligando pra nada ao mesmo tempo.
- Você é quem manda, princesa – ele disse, beijando meus cabelos. Empurrando a porta com a outra mão desocupada.
Ele dirigiu comigo boa parte do caminho em silêncio, apenas escutando uma música qualquer no som. Já era por volta de uma da manhã, é, eu havia aguentado um bom tempo o falatório no casamento. Meu cérebro ainda estava em choque por estar com ao meu lado, e como tudo aconteceu tão rápido, como nós noivamos com tanta rapidez depois de uma briga. Então eu parei para pensar por um segundo;imaginava que talvez isso fosse completamente impulsivo e errado da nossa parte, afinal, eu sabia e tinha consciência de que nós éramos jovens e que tudo parecia ser muito mais do que aparentava.
Olhei para cantarolando uma das músicas que tocava no radio, ele balbuciava algumas coisas e depois batucava os dedos no volante, aquilo me fez lembrar da primeira vez que eu e estivemos juntos, juntos literalmente; Não foi a primeira vez dele com toda a total certeza, ele já era mais velho e cheio de marra, eu só era mais uma estudante estagiando jornalismo, que se apaixonou por seu trabalho, e quando digo trabalho, me refiro a ele; Mas isso me fez lembrar que havíamos esperado um bom tempo para que eu estivesse pronta praquilo, e de certa forma, se tratava de algo muito importante, como um casamento, mas que no momento em que resolvi me entregar a ele, não houve arrependimento, e eu não queria que houvesse qualquer duvidas sobre me casar com ele, como estava havendo agora. Minha mente voava a mil pensamentos, eu podia estar cometendo um erro realmente, mas estávamos a tanto tempo juntos apesar de sermos jovens, isso que eu sentia por ele, isso de querer ser e querer sentir-me cada vez mais viva por ele, já teria passado, não? Afinal, amor adolescente sempre dura por pelo menos dois anos, só que, se tratava do meu primeiro homem de verdade;

me pegou as oito, como sempre fazia nos jantares sucedidos depois de seis meses juntos, sempre saímos meio escondidos, apesar de ele querer privacidade, sempre saiam novas fotos nossas juntas. Aquele não era o assunto principal da situação, eu estava tensa, muito tensa naquele jantar, falava e falava sem parar, contando sempre suas turnês e sobre como queria me mostrar tudo isso, ou eu nunca havia percebido que ele falava demais, já que eu costumo falar com ele, sinceramente eu não sabia como ele ainda não havia percebido.
A tensão era causada por um único motivo: minha virgindade.
Não que ele houvesse realmente marcado aquele jantar com os dizeres ‘’ Venha preparada porque hoje tem’’ Mas porque, o ar havia esquentado nos últimos dois encontros sobre isso, e eu não sabia como reagir aquilo, tinha uma vontade imensa de retribuir e dar o que ele queria, afinal, isso é normal em relacionamentos, mas, mesmo assim, meu medo de ele conseguir o que quer e depois ir embora latejava em minha mente, meu medo de doer, meu medo de não fazer a coisa certa.
Suspirei fundo na mesa me lembrando dos nossos corpos se roçando no sofá do meu apartamento, estávamos vestidos, é claro, mas aquilo me deixou tensa pra encontrá-lo de novo e dês de então, eu não paro de pensar que, isso não vai demorar pra acontece e que quando acontecer eu preciso estar preparada.
Vesti meu melhor vestido tubinho azul escuro, me produzi digna de uma rainha, com a melhor lingerie que eu encontrei guardada, era claro que ele não sabia daquilo, mas eu havia vindo me preparando dês de então, senti mais uma vez meu coração bater forte, soltando mais um suspiro; Depois do jantar, eu iria pra casa dele, como sempre fazíamos, por um segundo me achei ridícula por pensar que realmente iria tentar algo comigo, como se eu fosse tudo aquilo, me senti envergonhada, o que eu estava fazendo? Eu queria é correr dali.
- ?! – ouvi estalar os dedos em frente ao meu rosto, assim o olhei e sorri, me debruçando na mesa.
- Oi! – respondi, entusiasmada.
- Você ouviu o que eu falei nas ultimas duas horas?
- É claro que eu ouvi – falei botando uma mecha de cabelo para trás.
- Então o que eu perguntei? – ele se debruçou da mesma forma que eu estava.
- Você não confia em mim? – perguntei, ele revirou os olhos se jogando para trás, encostando-se na cadeira.
- Você e esses seus joguinhos. – ele disse levantando-se da mesa, e se espreguiçando logo sem seguida, senti faltar ar por um segundo, é iríamos embora, fala sério , você tem 20 anos, levantei ajeitando meu vestido, meio paralisada.
- ? Você tá bem hoje? – perguntou, inclinando-se para me olhar, respirei fundo entrelaçando nossas mãos, era nítida a minha estatura de pedra ali, era como se eu andasse duro, e falasse duro, morrendo de medo. Isso era ridículo de verdade, não era possível, era claro que tudo poderia acontecer naquela noite, também como não poderia acontecer então eu não deveria estar maluca.
Ele sorriu para o garçom, me entregou meu casaco vermelho, e passou os braços por meu corpo para tentar me proteger dos paparazzi. Eu não havia me acostumado com aquilo ainda, mas tentava. Estavamos a seis meses juntos, mas dos últimos meses pra cá, com o ultimo álbum lançado, a banda deles só tinha aumentado de reconhecimento então...
De longe ele era o cara mais carinhoso que eu já havia conhecido, atencioso, me perguntava a todo momento se eu estava bem, e era bem calmo em vista da explosão que era; Não irei dizer que eu não era tudo aquilo para um me olhar, porque eu não era mal arrumada ou aos trapilhos, eu era apenas, normal, e o melhor de tudo é que, quando eu o conheci, ele sabia disso, ele sabia que eu sabia meu valor, ele sabia e estava super afim de cair dentro do meu furacão de problemas. E era por isso que eu me apaixonava cada dia mais por ele; Sentir-me a vontade com alguém não era natural, uma jovem, insegura, e inocente, em certos pontos, não que eu não soubesse o que acontecia quando as pessoas namoravam, mas eu nunca tinha pensado naquilo com verdade e intensidade, até aparecer.
Ele abriu a porta e eu entrei, me olhou estranho afinal, eu já havia dito isso, estava andando como um robô, parecendo não conhecer ou saber que ele me namorava a seis meses.
- ? Tem algo acontecendo? – ele me chamou, olhando-me receoso, neguei com a cabeça entrando em passos lentos no apartamento e logo decidi que iria relaxar, porque meu nervosismo estava passando dos limites.
Ele andou até o quarto dele, tirou os sapatos como sempre fazia, o paletó informal preto, e eu o segui em passos lentos pelo corredor. Normalmente eu ia junto, tirava meus sapatos e deixava minhas coisas em seu quarto e depois íamos para sala assistir qualquer filme; o vi desabotoar os dois primeiros botões da camisa e sorrir pra mim, sorri de volta; Caminhei até ele tirando meus sapatos no caminho, e depois meu casaco, virando-me de costas para jogá-lo em cima da poltrona, até que senti suas mãos se arrastarem por minha cintura, até se espalmarem no meu abdômen, e começarem a fazer caricias ali, sorri de lado, tombando minha cabeça para o lado, cheirou aquela parte, me causando arrepios, e depois a beijou. Me senti a vontade naquele momento, e por um segundo eu pensei, não vai ser tão ruim assim, mas acabou ali, já que ele não continuou nada, nem fez nada, só perguntou:
- Que filme vamos assistir hoje?
Talvez não houvesse frustração maior, do que sentir-se preparada e não acontecer nada. Mordi meu lábio encarando me largar e ir até a porta, ele parou quando notou que eu não havia o seguido, e sim o olhava com uma certa duvida, ou com uma cara de quem fora realmente ridícula.
Fingi boa parte da noite que nada tinha acontecido e que eu não tinha sentido vontade de tirar minha roupa na primeira oportunidade que tive com ele; No fim, não era ele quem estava morrendo de vontade de fazer aquilo, era eu. Eu estava querendo que ele fosse pra cima de mim, mesmo morrendo de medo, eu estava me sentindo segura, mas com medo. Ele ria e dizia o quanto o filme era super nada a ver, se jogando no meu colo e agarrando minhas coxas desnudas – Sempre fazia isso. – E depois me beijou, um tipo de beijásso, que até me inclinei no sofá para conter o peso dele sobre mim, desceu uma das mãos das minhas costelas até, fazendo caminho pela lateral do meu corpo, passou pela cintura, coxas, e a puxou para ele, ainda me beijando com delicadeza, mas muito mais intensidade, eu ofeguei, estava nervosa, estava extasiada, estava concordando com aquilo; Eu não sabia se sabia que eu era virgem, mas se ele não soubesse, tinha alguma coisa muito errada ali.
Do nada, assim, de repente, ele parou de me beijar ofegando, e ajeitou o corpo no sofá novamente, sorriu e me deu um ultimo selinho. Naquele instante, e estado do qual me deixou, eu fiquei realmente maluca, porque não podia me dar indícios e me deixar louca de tesão e depois relaxar e fingir que nada aconteceu; Ele começou a mudar de canal freneticamente mexendo nos cabelos, eu realmente estava perplexa.
- Você não pode fazer isso! – eu soltei, voltando a me sentar, me olhou de lado, ainda com a respiração descompassada, e por instantes não falou nada.
- O que? – ele perguntou, ajeitando o corpo para minha direção.
- Eu não posso fazer isso – balbuciei, pra mim mesma, também estava ofegante, meu peito subia e descia rápido, e eu percebi o olhar dele praquilo.
- O que você não pode fazer, ?
- Eu não consigo fazer isso – disse de novo, bufou, depositando uma das mãos nas minhas coxas.
- Se você me explicasse eu iria poder dizer algo legal, – seu tom era um pouco irritado.
- Eu sou virgem, , e eu não consigo fazer isso, apesar de eu querer, e você sempre me deixar na vontade, na real, eu achei que iria acontecer, e achei que eu estava pronta, mas eu acho que devo ter feito algo errado e bom, você não quis, eu sou ridícula falando isso, me desculpa – passei as mãos no rosto. – Eu venho pensando nisso há tanto tempo que eu me preocupei tanto, e aí... – ouvi gargalhar na minha frente, me deixando mais nervosa, não era brincadeira, nem piada.
- Você achou que eu ia te agarrar hoje? – ele me perguntou, e eu fiquei estática, só o fitei, ajeitando-me no sofá. – Por causa dos encontros anteriores? – ele abaixou a voz, voltando a sua pose normal.
- Desculpa, eu sou...
- Não, eu não quis dizer que não queria, eu só... Sabia que iria ser na sua hora , eu também fiquei nervoso com isso só que... Hoje, com todo o seu nervosismo no jantar, depois do nosso ultimo encontro na sua casa, em que eu fui pra cima e... – ele hesitou. – Eu percebi que eu não ia mais passar dos limites porque não quero assustar você – meu coração palpitou por segundos, me fazendo o olhar como um ponto fixo; senti vontade de rir, ou de chorar, eu não sei, porque estava nervosa e ao mesmo tempo queria aquilo, eu queria e estava cagando de medo.
- Eu, isso não tá certo, devia só acontecer né? Meu Deus, eu não sei o que fazer! Isso porque tenho 20 anos de idade, me desculpa mesmo, ...
Eu fui cortada por ele, me beijando bem aos poucos, no canto da boca, e depois no queixo, e finalmente nos meus lábios, devia ter tomado aquilo como um sim, pra que finalmente fosse mais alem do que nossos amassos, e realmente, aquilo fora um sim, porque eu estava possessa de desejo por ele. Eu sorri de lado, o sentindo me puxar para que eu sentasse em seu colo, me agarrei em volta de seu pescoço, começando a beijá-lo lentamente, enquanto ele delineava com uma das mãos, a alça do meu vestido, a puxando para baixo, beijando meus ombros.
Aumentei a intensidade do beijo, mordendo o lábio inferior dele, vendo-o apertar minha cintura com força, ofegando pela primeira vez, meu coração foi parar na boca com a sensação, foi então que se levantou do sofá, comigo no colo, ainda sem parar de me beijar, e com rapidez, chegamos ao seu quarto, onde ele me colocou na cama com delicadeza, já desabotoando a camisa, deitando-se em cima de mim fazendo seu abdômen roçar por cima do meu vestido; o puxou com força para baixo, o tirando quase que por inteiro, tirei o resto com os pés, ficando apenas com aquela lingerie que eu demorei horas para escolher e o vi sorrir durando o beijo, ele devia ter notado que eu realmente havia me preparado.
Em minutos eu havia esquecido meu nervosismo e medo, porque aquela sensação distinta pra mim, havia mudado tudo que eu estava pensando o tempo todo antes de faze-lo. deslizou as mãos sobre minhas coxas, e depois a apertou me fazendo ofegar baixo, e desenhou uma trilha de chupões do meu pescoço á cova do mesmo, enquanto eu desabotoava sua calça, o deixando somente de cueca Box.
Eu realmente nunca pensei que ele ficaria muito mais gostoso do que já era, apesar de ter imaginado algumas vezes, mas ficava com vergonha de mim mesma quando pensava sobre aquilo. Mas enfim, ele era, ele era mais lindo, e mais gostoso, e mais tudo do que eu podia imaginar, daquele forma, não sei se só porque eu havia tido certeza de que o amava para fazer aquilo, mas porque ele era mesmo. Eu não havia pensado que tinha sido um erro depois que finalmente fizemos sexo. Eu só me senti, completamente bem, e feliz. Deitada em seu peito.
Mas de uma coisa eu tinha certeza: Eu queria muito mais.


Entrei em casa, virando-me de costas para ele enquanto meu coração ainda batia rápido, por toda a trilha de mil pensamentos que eu havia tido no carro. Eu não sabia se era o certo, e não sabia se devia dizer aquilo a , mas era justo, porque se estivesse sendo erro ou não, era claro e obvio que tinha o direito de saber sobre minha duvida. Em toda minha vida eu nunca pensei em fazer uma pessoa feliz, nunca pensei em querer alguém na minha vida todos os dias, porque, era uma pessoa extremamente independente, e de repente, eu me vi sendo dependente dele, todos os dias, dês de que o conheci.
Minha avó tinha uma teoria de que, você pode passar a vida ficando com varias pessoas, pode beijar varias bocas, e pode experimentar variadas sensações, achando aqui e ali, sua pseudo alma gêmea, só porque aprendeu alguma coisa com ela. Mas que, quando você encontra a encontra realmente, sua vida muda, e seu pensamento e até o modo como você enxerga as coisas; É paixão, misturada com amor, e desejo, e a vontade súbita de ficar com ela pra sempre – Acontece muito. – Mas ai que vem o diferencial, a ligação. Aquele pontinho do qual você sempre pensa, eu fui feito pra ficar com ele, e vice e versa.
No momento em que eu vi , eu logo pensei, eu fui feita pra estar com esse cara. Mas, como sou vista de ovelha negra da família, não posso mais fazer nada de errado na minha vida, nem nada impulsivo porque já sou uma pessoa madura e velha, eu ainda ponderava sobre muitas coisas, menos meu amor por ; Porque o fato não era eu não querer casar com ele, ou não amá-lo, mas sim, a rapidez com que isso acontecera.
- , temos que conversar – eu disse rápida, me virando pra ele de súbito, ele parou de andar atrás de mim, e me olhou meio assustado.
- Sobre o quê?
- Sobre esse casamento – falei, cruzou os braços lentamente, arqueando uma das sobrancelhas.
- O que tem o nosso casamento? – ele me perguntou, senti meu estômago embrulhar, porque o olhar dele sobre mim era duro, e a ultima coisa que eu queria era brigar.
- Eu não acho certo que isso seja decidido tão rápido, – disse, abraçando meu próprio corpo, continuava me encarando daquela maneira.
- Como assim?
- Você sabe como nós somos, – comecei, com uma voz meio receosa. – Somos impulsivos desde sempre, sempre fomos assim, só que, casamento é coisa séria! – disse, e ele continuou quieto, me olhando. – Ficamos um mês separados, como nunca aconteceu, e talvez por isso você e eu devemos ter sentindo mais falta do que o normal, o que fez pensar e chegar a conclusão que devíamos...
- Nos casar? – ele me interrompeu, o vi respirar fundo e olhar para o chão por alguns segundos. – Você acha mesmo que eu fiz isso porque eu pensei de última hora e de repente, pronto, eu decidi que eu sinto muita falta de você, e por isso vou me casar... – ele disse num tom perplexo, eu o olhei, ainda abraçando meu corpo.
- Eu não sei...
- Não foi, ! – ele aumentou a voz, dando dois passos até mim. – Estamos a quatro anos juntos, tudo que foi feito por impulso nos trouxe aqui, nos amando, me parecendo ter feito tudo certo, valendo todos os meus “impulsos”! – suspirou e voltou os dois passos, passando a língua nos lábios.
- Eu sei, , eu sei que tudo isso nos trouxe aqui, e que nossos impulsos nos trouxeram aqui, mas, nenhum deles foi relacionado a algo tão serio quanto... Um casamento, um casamento é... Você sabe o que é?! É uma coisa muito séria! – falei nervosa, soltando meus braços para jogar meus cabelos para trás.
- Por ser tão sério, , eu demorei quase um ano pra fazer isso – ele falou, me olhando sério. – Eu não pensei nisso quando eu vi que tinha te perdido... – suspirou fundo, e depois balançou a cabeça novamente passando a língua nos lábios. – Eu pensei nisso quando eu te vi dormindo do meu lado, depois de ter passado uma noite linda, na noite da festa de aniversario do , naquela ilha paradisíaca, e, eu não consegui dormir, porque, você estava tão linda, e tão inacreditável! – ele sorriu, e involuntariamente eu sorri junto, sentindo em milésimos de segundos lágrimas se formarem na borda dos meus olhos.
- Eu bebi demais – ri, e ele riu junto.
- E continuava maravilhosa, confesso que fiquei com ciúmes de você dançando daquela maneira, mas depois daquela noite, eu senti aquela coisa de falta de ar e, enfim – senti meu coração palpitar. – Tirando todas essas coisas, , eu quis me casar com você naquele dia porque, naquele noite, acordado, você estava dormindo no meu peito, eu pensei em tanta coisa... – ele suspirou, rindo de lado. – Porque mesmo sabendo que seus defeitos ainda não tinham vindo a tona, sabendo que eles existiam, e que eu iria ter que aprender a lidar com eles, eu ainda queria você, pro resto da minha vida, eu aguentaria todos os seus dias ruins, e seus dias de TPM, e os dias que você não iria me amar, por um segundo do seu sorriso.
Soltei um riso fraco, vendo minha vista ficar turva, e chorei, realmente chorei, não alto e nem exagerado, mas sim porque meu coração não aguentava imaginar que eu tinha um na minha vida, não aguentava segurar tanto amor, dentro de mim, pensando seriamente em, todos os meus impulsos haviam realmente me levado ao cara certo. Ele andou até mim, me abraçando, colando nossos corpos, me fazendo se inebriar com seu perfume ridiculamente delicioso, meu vicio de todos os dias, e não é porque, é clichê, mas porque, eu estava acostumada a sentir esse cheiro em mim mesma, como se fosse uma parte de mim, e realmente, eu estava tendo certeza que era.
- Você é... – eu funguei, limpando as lágrimas com a ajuda dele.
- Eu passaria por todo esse mar de problemas que você é, só pra ter a recompensa de te ver depois, sorrindo pra mim, desse jeito – ele disse, beijando o canto da minha boca. – É por isso que eu quero me casar com você, - falou segurando meu rosto.
Eu o beijei naquele instante, com todo o amor que eu tinha dentro de mim, e que estava explodindo lá dentro, porque, eu não sabia o que dizer, nunca fui muito boa em palavras; Meu corpo fervia e ardia por ele, mesmo sabendo que, nós teríamos dias ruins sim, mas valeriam a pena se um me fizesse lembrar de todo o amor que eu senti por ele, todos os dias, como hoje.
Fiz impulso com os pés, entrelaçando minhas pernas na cintura dele; Aquele vestido estava me deixando incomodada, senti o afrouxar, ainda me beijando, dando uma serie de selinhos misturados com nossos sorrisos, ele descer lentamente o zíper do vestido; me botou no chão por poucos segundos, vendo o vestido escorregar sobre me corpo, ele sorriu,voltando a me puxar para que eu entrelaçasse as pernas sobre sua cintura, levou suas duas mãos até lá e apertou, caminhando para o quarto.
me botou na cama, tirando a camisa em dois segundos me fazendo olhar para cada parte de seu peitoral, abdômen e todo o resto, cheia de desejo, e então, caiu por cima de mim, com um tanto de delicadeza, começando a me beijar em variadas partes do corpo, dando selinhos atrás da minha orelha, e descendo para o pescoço, e cova dele, segurando-me pelas costelas, e deslizando suas mãos por elas, ofeguei sorrindo, até que ele parou de me beijar, para me olhar, meio distraído, enquanto eu desabotoava sua calça.
- Marrentinha do jeito que você é, vamos discutir e depois tudo vai acabar aqui – ele falou, no meu ouvido, um calafrio passou por todo o meu corpo, o fazendo sorrir mais uma vez.

****

Cinco meses depois nós nos casamos. Dois anos depois tivemos nossa primeira filha.

Eu tenho a luz do sol num dia nublado
Quando está frio lá fora
Eu tenho o mês de Maio
Eu suponho que você diria
O que pode me fazer sentir deste jeito?


Relembrei da música do nosso casamento assim que vi a cena de dormindo com nossa filha no colo; Sentei-me na poltrona sorrindo com os olhos, o que me podia me fazer sentir deste jeito?... Compreendi que nosso amor crescia a cada dia mais, toda manhã, ou madrugada da qual revezávamos para pegar April, morrendo de sono; Me perguntava todos os dias se minha vida seria assim até ficarmos velhos e April já tivesse seus vinte e pouco os anos como nós, quando nos conhecemos...Que seria exatamente igual a nós, e que ela amaria alguém com tanta intensidade e da mesma maneira, dês o inicio, como eu e , me perguntava se ela iria achar alguém tão maravilhoso e, um amor verdadeiro, se iria durar; Me perguntava, porque durou? Então...
Eu preferia dizer que ele dura porque é verdadeiro. E por se fazer amor verdadeiro, bastava uma palavra, pra mudar todo o nosso destino, um toque, um cheiro pra aflorar todos os meus sentidos, como se fosse da primeira vez. E assim era, todas as manhãs, todos os dias, e que se fazia no resto dos dias.

– ele falou segurando meu rosto. – Eu estou oficialmente louco por você.”

FIM



Nota da autora: Oie!! Eu espero que tenham gostado muito dessa fic, porque, eu demorei muito pra ter essa ideia, afinal, falar de amor é difícil né? Existe uma variedade de tipos de amor, e eu tive que escolher entre uma delas. Enfim, comentem, entrem no grupo do facebook, eu amo vocês, e leiam a fic que eu atualmente escrevo, e que está em andamento no site, mas com muitos capítulos, poooor favor, obrigada dês de já!! Não esqueçam de comentar ein.

Link da fanfic em andamento: http://fanficobsession.com.br/ffobs/s/storyoflove.html
Link do grupo no facebook: https://www.facebook.com/groups/325167227688670/

Beijuxx, entrem no grupo.


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