•And everything I feel to you I wrote in one peace of paper•
- O que você vai querer de aniversário?
Ah, ela odiava essas perguntas que toda a sua família e amigos perguntavam quando seu aniversário estava chegando. Por isso, seu organismo resolveu agir de forma mais inteligente e formulou uma resposta própria pra todas essas perguntas: dinheiro.
Oras, dinheiro era uma coisa maravilhosa! Sem contar que ela poderia comprar o que quisesse e não teria que forçar o sorriso quando ganhasse aquela blusa horrível da sua tia-avó, estilo anos 20 (?) e, principalmente, não teria que usá-la em todas as reuniões de família.
Com dinheiro ela poderia comprar CDs do McFLY novos, já que os seus já estavam velhos demais, e ela poderia escutá-los e conservar os novos bem bonitinhos na sua estante.
Mas, esse ano, ela tomou uma decisão totalmente drástica. Fez um bilhetinho e colocou em seu armário da escola, bem na frente, pra todos lerem e não ficarem repetindo a pergunta idiota e insistente.
Leu suas palavras no bilhetinho em voz alta e gravou na secretária eletrônica de sua casa. Era tudo o que queria e quem sabe, se pedisse pra um grande número de pessoas, as probabilidades de ganhar seriam maiores?
Todos vocês sabem que meu aniversário está chegando!
Não estou querendo ser prepotente, nem nada do tipo, mas eu apenas coloquei esse bilhetinho aqui para evitar perguntas insistentes de “o que você vai querer de aniversário?”.
E eu respondo pra todos de uma vez só...
Espero receber um presente, mas um presente diferente dos outros. Um presente que cabe facilmente em uma caixa com pouco mais de 1,80 de altura. E sim... eu faria as mesmas coisas. Eu acordaria de manhã... correria para a sala e lá estaria a minha tão esperada... caixa. O melhor presente do mundo. Então, eu abriria a caixa e de lá sairia, com um sorriso meigo e tímido, o meu presente. O melhor de todos. E com uma voz inconfundível e um jeito fofo, ele olharia para mim e diria 'I wish you a happy birthday, !' e então sim.. eu teria o melhor aniversário de todos...
Presente: . *-*
Obrigada a todos!
.
Terminou de colar o bilhete em frente ao seu armário e suspirou. Esperança é a última que morre, certo?
Mas, quando foi virar a fim de seguir em frente pra uma tediosa aula de química, ficou cega e não sentiu mais o seu corpo inteiro. Ficou surda também depois de ouvir em sonoro grito:
- !
Agora, sua mente clareou e percebeu que sua amiga, , tinha apenas se jogado em cima dela, de novo.
e se conheciam desde pequenas, quando a mãe de tinha se mudado pra rua de e elas tinham apenas dois anos. Desde essa época, elas nunca mais tinham se separado.
se levantou e começou a ler o bilhete da amiga, em frente ao armário.
- ‘I wish you a happy birthday, ’, hey! Eu posso sair de uma caixa e falar isso pra você! – disse ela, dando a mão pra se levantar.
- Não seja tão iludida, , – ela passou as mãos em suas roupas, para tentar desamassar - você nunca caberia numa caixa tão pequena!
- EPA! Eu sou mais baixinha que o , oks? – elas começaram a andar em direção a sala de química.
- Eu não estou falando da altura, querida. – e saiu correndo, deixando parada no corredor, sozinha, caminhando... e cantando e seguindo a canção. (?)
• Don't wake me up, baby, I'm in love •
Três Dias Depois
Ela entrou em um quarto escuro e frio. Tudo o que se podia ver era o breu. Sem janelas, sem objetos, sem luz. Não se podia ver aonde o quarto terminava. As paredes estavam cada vez mais longe e atrás não havia mais porta alguma. Era um túnel sem fim.
De repente, ela viu. Uma luz no fim do túnel. O escuro estava sendo engolido por todo aquele brilho. As paredes iam se afastando, ofuscadas pela claridade. Era como se uma janela estivesse sendo aberta. E, lá no fundo, vinha alguém. Alguém que saía da luz.
Era um homem, ela pôde ver. Usava uma camiseta larga e calças caindo, deixando a vista a boxer. Era de lá que vinha a luz. Da boxer amarela do homem. Conforme ia andando, a luz se dissipava ao seu redor, formando um circulo entre ela e o homem.
Já sabia quem era. Já podia ver o brilho de seus olhos, refletindo a luz. O sorriso maravilhoso dele, dirigido a ela. Ele pegou sua mão.
E, foi quando ele disse. Disse tudo o que ela sempre quis ouvir:
- I wish you a happy birthday, !
Ela sorriu. Era ele, claro que era. O homem da sua vida! Ela viu que ele queria dizer mais alguma coisa e acenou afirmativamente, ele então prosseguiu:
- ACORDA, ! EU NÃO TENHO O DIA TODO, MULHER!
O quê? Essa voz não era de . Era a voz da...
- ! Sempre ela que tem que acordar a preguiçosa! Poderia ser a , mas não, eles tinham que mandar a santa da ! faz isso, faz aquilo! Eu sou uma santa mesmo!
Bufou baixinho. Sorte de que ela amava muito a amiga, porque se não, ela já seria um corpo jogado no Rio Tâmisa.
- Cala a boca, ! Eu vou tentar dormir de novo. Peça aos deuses que o meu sonho seja o mesmo, senão você está morta!
Silêncio.
Será que ela finalmente tinha levado suas ameaças a sério?
Sim, porque é daquele tipo de pessoa chata que implica com você pra caramba e quando você diz que vai arrancar seus membros, ela ri. Mas também era legal. É claro, não iria fazer amizade com pessoas chatas.
Suspirou fundo e virou pro outro lado. Já podia ver a luz da boxer de de novo, quando...
- PEOPLE MARCHING TO THE DRUMS, EVERYBODY'S HAVING FUN TO THE SOUND OF LOOOOOOOOOOVE!
Ah, era, definitivamente, uma menina morta.
- UGLY IS THE WORLD WE’RE ON, IF I’M RIGHT THEN PROVE ME WRONG...
Onde estava sua mãe numa hora dessas? Onde estava a voz irritante dela falando: "desliga essa meleca de música, . Esses garotos só sabem gritar!"?
- I’M STUNNED TO FIND A PLACE WE BELONG!
Ah, fala sério! Era o seu aniversário! Elas não poderiam dar um desconto?
- WHOOOOOOOO IS YOUR LOVER?
Tudo bem, ela tinha que admitir que acordar ouvindo as vozes de Douglas Poynter, Daniel Jones e Thomas Fletcher não era uma coisa... abominável. O problema em si era acordar.
- I COULDN’T TELL!
Principalmente se o maior sonho da sua vida estivesse se tornando realidade... em seus sonhos.
- WHEN HELL FREEZES OVER?
- !
• I’ll be there, yeah, yeah, yeah. You’ve got a friend •
- Então, você acordou nesta bela manhã de sábado, meu aniversário, by the way, às oito horas e disse: "vamos acabar com os sonhos da minha amiga"?
Elas andavam por Knightsbridge em direção à Harrods. Era pouco mais de onze horas.
- Já disse, ! Eu não sabia que você estava sonhando o seu sonho! – ela parou e virou pra amiga – Eu só queria tirar você de casa! Se eu não fosse te acordar...
- Eu estaria beijando o ! – suspirou , e voltaram a andar.
ficou quieta por um tempo. Ela tinha que inventar uma desculpa o mais rápido possível. Do jeito que era irritantemente inteligente, era iria descobrir tudo.
- Olha, , desculpa, tá? Eu não fiz por mal. Você sabe que eu sou assim, meio sem...
- Noção. – completou .
- É! – parou e virou-se pra amiga de novo – Me perdoa?
fez o biquinho mais fofo do mundo e depois sorriu.
- Oh, não! – gritou – eu não posso ficar brava com o biquinho + sorriso!
- Yeaaaah! – abraçou a amiga. – Você realmente não pode!
- Maldita hora que eu te disse que seus dentes eram iguais ao do !
- Sei seus pontos fracos!
- Não se gabe, sou eu que tenho a esperteza de te contá-los!
Elas entraram na loja e foram direto pra parte de comida.
- Por um momento, eu pensei que você tivesse me trazido aqui pra comprar meu presente. – disse , enquanto olhava os diferentes tipos de doce.
- Ah, você sabe que eu amo olhar doces! – pulou igual a uma criança. – E, não se ache demais! Não irei te dar presente esse ano!
- O quê? Por quê?
- Porque não.
- Mas, tia, eu fui uma boa menina o ano todo!
- Não o bastante, pirralha!
Elas se olharam e caíram na gargalhada. Saíram da parte de doces.
- O seu presente é hoje!
- Hoje?
- Sim, o dia de hoje! – ela deu um tapinha amigável em . – Hoje vai ser o dia mais feliz da sua vida, depois do dia em que você conhecer o , claro. – ela completou, sorrindo marota.
- Aiii, amigaaa! – se abraçaram. Elas não cansavam de fazer isso. Se apertavam e esmagavam o dia inteiro. – Não precisa, sério! Você está desperdiçando o seu sábado pra ficar me paparicando.
- Desperdício seria se eu ficasse o sábado no computador, como eu sempre faço, você sabe. – ela jogou os cabelos pra trás - E, além disso, tudo o que você gosta, eu gosto. Então, hoje vai ser o dia mais feliz da minha vida também!
<• Everybody wants to shop on a Saturday afternoon •
- Olha essa boooolsa! – saiu correndo e começou a tocar o objeto possessivamente.
- Não tem nada a ver com você, . – falou quando consegui alcançar a estante de bolsas. – Ela é a cara da ! – disse pegando a bolsa e olhando a etiqueta. – Eu juro que quando eu casar com o e for bem rica, eu compro todas essas coisas que existem em Londres, que são a cara de vocês...
- Ah, , eu te a...
- ... E pego tudo pra mim! – ela emendou e deu um sorrisinho safado pra amiga.
- Sua vaca!
parou um pouco.
- Onde estão elas?
- Elas quem, as bolsas-irmãs? Eles devem ter no estoque, é só chamar a mulherzinha que eu vi passando agora pouco.
- Não, lerda! e as meninas! Por que elas não estão com a gente?
- Porque elas devem estar na casa delas, dormindo ainda.
Pedaaaaaala, !
- E, por que diabos você não chamou elas?
hesitou um pouco. Qualquer resposta pouco convincente iria estragar tudo.
- Porque esse é o meu dia com você, poxa! – ela puxou a mão da amiga e saiu correndo. – Agora, pare de fazer perguntas e vamos sair daqui. Essa loja não faz bem pra pessoas com menos de mil libras na conta bancária.
- Você não tem conta bancária, !
- Meus pais têm, o que dá no mesmo – saíram da loja e foram em direção ao metrô – Minha mãe vive dizendo que tem que saber o que eu faço, porque foi ela que me fez, então tudo que é meu é dela!
- Você não tem jeito, !
• Wait. Don’t go away •
- Duas meias, por favor!
- Meias? Vocês duas são crianças?
- É claro que somos, tio!
- Cala a boca, . – disse, empurrando a amiga pra trás e encarando o carinha do balcão. – Eu tenho quinze anos e ela está fazendo quatorze hoje. Ainda somos crianças, senhor!
- Ok, ok... dez libras. Sorte de vocês que hoje não tem fila. Parece que todo mundo quis ficar na cama essa manhã.
- Eu também queria, sabe? – olhou com raiva pra – Sorte dessas pessoas porque elas não têm amigas chatas.
- Liga não, tio! Deixaram eu tirar ela do hospício só hoje, porque é aniversário, saca?
puxou a amiga, ao mesmo tempo em que agradecia ao tio. Elas foram em direção à fila.
- Pensei que você tava feliz pelo seu presente. – disse com uma cara triste.
- Claro que estou! Só acho que ele poderia ter vindo um pouco mais tarde.
- Ok, então... eu te levo pra casa e você volta a dormir e sonhar com o seu . – ela disse, já querendo sair da fila, em direção ao metrô.
- Tô brincando! Eu amei a sua idéia!
...
- VOLTA AQUI, !
...
- EU VOU ENTRAR NO LONDON EYE SOZINHA!
...
- OS HOMENS MAUS VÃO ME PEGAR!
• Every little thing is gonna be alright •
Elas caíram, exaustas, na grama do Green Park.
- Hum... Harrods, London Eye, St. James Park, Madame Tussauds, Oxford Street, Green Park... TUDO EM UM DIA, DUUUDE!
- Esse, definitivamente, foi o melhor dia da minha vida. – disse, jogando todas as sacolas de porcariazinhas que elas compraram no chão. - Eu realmente pensei que você fosse me deixar sozinha na fila, dude!
- HAUSHAUSHAUSHAUSHAUSHAUSHAUSHUASHAUSH! Eu não conseguiria te deixar, meu amor! Nós fomos feitas uma para a outra! Igualzinho o Harry e o Dougie!
- AAAAAAAAH! – elas se abraçaram e saíram rolando pela grama.
Depois de rolarem por uns bons dez minutos, levantou-se:
- Eu vou ali... er... comprar pipoca! – disse ela, apontando pro nada.
- Aonde, ?
- Er... o carrinho já passou! Eu tenho que correr pra alcançar!
- Ah, tá... tudo bem, eu...
Mas, não deu tempo de continuar. já saía correndo em busca do carrinho de pipoca perdido.
Ela andou um bom tempo, sem perder o ângulo que a fazia enxergar . Esgueirou-se por entre duas moitas e sentou no chão, sempre observando a amiga.
Pegou seu celular e discou o número de discagem rápida 3 e esperou durante alguns segundos.
- !
- Diga, querida!
- E ai? Já arranjou a parada?
- Como assim, "já arranjou"? Você que arranjou ela ontem!
- Não, ! Você já deixou tudo pronto?
- Sim, sim, sim! O peixe já está aqui.
- Eu não entendo essa sua mania idiota de chamar você-sabe-quem de peixe!
- Oras, é um bom disfarce... – pausa – não chame ele assim. Me faz pensar em Voldemort!
- Ahn, esquece! – deu uma olhada em , que mexia em suas sacolas – Tá todo mundo aê?
- Sim, senhora!
- Ok, eu vou levar a pra minha casa, vou falar que vamos jantar e ela se arruma. Antes de chegar, eu te ligo e você arruma tudo e...
- , calma! Você já disse isso umas quinhentas vezes! Vai dar tudo certo!
Ou não.
• When you're climbing up a tree and it's running down your knee •
Ele saiu de mansinho da sala, toda arrumada com bolas e faixas de parabéns. Precisava ir ao banheiro urgentemente.
Virou o corredor e viu uma porta nos fundos. Era lá. Quando ia começar a andar, porém, aquela menina louca que primeiro quase agarrou ele e depois ficou gritando ordens a tarde inteira, entrou no corredor.
Ele andou o mais rapida e silenciosamente que pôde. Tudo pra fugir de lá. É claro que não pra sempre, mas ele precisava fazer suas necessidades fisiológicas urgentemente. Depois ele voltaria e obedeceria todas as ordens da maluca.
Saiu pelo jardim enorme da casa e procurou algo que pudesse servir como banheiro. Havia uma casinha um pouco depois da piscina. Ele já ia correr pra lá, quando percebeu que teria que passar pela janela da sala principal da casa, onde a louca estava arrumando tudo.
Sua bexiga estava quase explodindo ali, no meio do quintal da tal garota. Coitada, ela não tinha culpa de ter amigas doidas como aquelas.
Foi quando avistou uma moita, um pouco perto da entrada da casa.
Ele olhou pra moita e a moita olhou pra ele. Ficaram se encarando apaixonadamente e o menino correu pros braços de sua amada moita, abaixou as calças e fez xixi nela.
Romântico, não?
• Ain’t it good to know that you’ve got a friend? •
- , eu ainda não sei por que você fez eu me arrumar tanto e até emprestou seus sapatos favoritos que eu vivo te pedindo desde sempre – ela apontou pra baixo – se só vamos jantar.
- Ai, ! Você tá reclamando muito hoje! E você sabe que eu gosto de me arrumar, só isso!
Eles chegaram em frente à casa de . deu uma olhada pra dentro da casa e avistou fazendo sinais frenéticos com as mãos. Como se fosse um ‘não deixa ela entrar agora!’.
- Ai, Meu Deus! – gemeu frustrada. não ouviu e continuou falando:
- Claro. E, o que você esqueceu de tão importante lá em casa, pra ter esse desespero todo de pegar logo agora?
- Eu já te disse, !
- Não! Você disse que tinha esquecido algo, mas não disse o que era!
- Er... foi a carteira! Eu não posso te pagar o jantar sem a carteira!
- Você usou sua carteira o dia inteiro na minha frente, !
- É a minha outra carteira!
- Você não tem outra carteira, ! E sei tudo sobre você! A gente se conhece há doze anos!
- Eu comprei ontem, oks?
suspirou e observou a amiga. tinha um olhar cansado e triste. Ela chegou perto e a abraçou.
- Esse foi o melhor dia da minha vida, . Eu te amo demais!
a apertou ainda mais e elas ficaram lá, chorando de emoção pela amizade maravilhosa que tinham e, claro, esperando o sinal positivo de .
Após uns cinco minutos...
- Er... , eu vou lá procurar a... eu vou lá procurar, ok? Qualquer coisa eu te chamo...
• I love the way she glows in ultraviolet light •
respirava aliviado, enquanto atingia a moita cruelmente com seu xixi. Estava lá, descansando de todas aquelas ordens que tinha recebido e de todas aquelas meninas que queriam pelo menos encostar nele.
Foi quando ouviu gritos femininos, que vinha na direção da frente da casa.
- Eu já te disse, !
Ele olhou na direção dos gritos e viu aquela menina que tinha falado com ele ontem. . Ela tinha acabado de gritar com a tal de . Pelo que ele sabia ela era aniversariante e era pra ela que essas meninas estavam fazendo tudo aquilo.
A tal virou-se e ele se abaixou imediatamente. Estaria ferrado se ela o visse. Ainda tinha os gritos da menina louca na sua cabeça: "NÃO DEIXE QUE ELA TE VEJA ANTES DE TUDO!"
- Não! Você disse que tinha esquecido algo, mas não disse o que era!
Ok, ela não podia vê-lo, mas ele poderia olhá-la. E foi o que ele fez.
Abriu um buraquinho na moita e olhou pra menina.
Foi como se tudo tivesse parado. Inclusive sua respiração, que ficou falha. Respirou fundo. Não adiantou nada. Seu estômago deu um solavanco e começou a fazer cosquinhas. Seus olhos brilharam e algo dentro de seu peito não parava de dar rápidas e descompassadas batidas.
não conseguia desviar o seu olhar dela. Ela era tudo! Era linda! Era um pouco mais baixa que ele e tinha cabelos compridos e sedosos, tinha olhos alegres e brilhantes e um sorriso magnífico.
- Você não tem outra carteira, ! E sei tudo sobre você! A gente se conhece há doze anos!
Passou a mão levemente sobre sua boca, só pra ter certeza de que não estava babando.
Então, era pra ela que ele tinha que aparecer? Era por ela que ele teria que entrar numa caixa? Porque ele nunca tinha visto uma menina tão linda em toda sua vida.
Meu Deus! Como tinha sorte! Se ele tivesse a visto antes, ele que iria querer ganhá-la de aniversário!
Ele observou quando as meninas se abraçaram e só ai se tocou que tinha que estar lá dentro. Viu quando olhou pela janela, esperando algum sinal, e saiu correndo pra dentro da casa, deixando a moita sozinha novamente.
• So I told you with a smile... •
- ! Você pode vir aqui me ajudar?
gritou, enquanto se escondia atrás do sofá mais próximo, aguardando entrar. Dava pra ter uma boa vista da porta da casa, por onde a amiga acabava de entrar.
entrou na sala de sua própria casa e levou um susto. Os sofás estavam abaixados e atrás de um deles ela pôde ver os pés de uma de suas amigas, com certeza era a .
UAU! Suas amigas tinham feito uma surpresa pra ela!
Penduradas no lustre, no topo da estante e na parede, haviam bolas de todas as cores. Grudadas nas paredes havia faixas e mais faixas desejando parabéns. Em uma mesa encostada na parede, ela pôde ver um bolo lindo, com uma bonequinha igual a ela no topo e quatorze velhinhas acesas. Em volta do bolo, tinham vários docinhos, como brigadeiro, casadinho, beijinho. Na mesinha perto da porta, um chapeuzinho com o rosto do desenhado.
Bem baixinho, uma música tocava no som da casa. All About You.
E, no centro da sala, havia uma caixa.
Uma caixa embrulhada com papéis de diferentes temas, como Meninas Superpoderosas e Snoopy. Todos coloridos.
Era uma caixa enorme, de pouco menos de dois metros de altura.
Seus olhos brilharam com a expectativa. Pensou no seu pedido de aniversário e balançou a cabeça rapidamente. Não, não poderia ser ele.
Ficou triste apenas por um lapso de momento. Não podia pensar em coisas ruins agora. Suas amigas tinham feito uma surpresa linda de aniversário pra ela.
Epa.
Então por que elas não saíam logo de seus esconderijos e gritavam "surpresa!", ou "feliz aniversário, !"?
Foi quando ela ouviu a voz de ao fundo: "JÁ!"
E tudo aconteceu.
A parte da frente da caixa abriu lentamente, como se estivesse sendo empurrada por alguém. Ela observou a ‘tampa’ da caixa terminar de cair no chão. Tudo passou como se estivesse em câmera lenta.
De lá de dentro, ele saiu. Com seus cabelos bagunçados como sempre, as calças caindo e sorrindo pra ela, como ela nunca tinha o visto sorrir pra ninguém!
Era ele! O amor da sua vida! Aquele com quem ela sempre sonhou. E ele estava ali, de carne e osso, ao vivo. Sem luzes estranhas saindo de sua boxer branca.
Ela se beliscou rapidamente. Nunca se sabe, né?
E ai ele disse. Ele disse aquilo que ela sempre esperou e ouviu nos seus sonhos.
E tinha que admitir, os sonhos não eram nada comparados com a realidade da realização de um deles. Do maior deles, do mais desejado!
estava ali, em sua frente, sorrindo pra ela. Só pra ela! Andando em sua direção e fazendo-a sentir o seu cheiro. O cheiro mais maravilhoso do mundo! Ela nunca tinha pensado que o cheiro de seria ainda melhor do que o cheiro que ela tinha imaginado pra ele.
Ele estava ali, em sua frente, tocando o seu rosto. Estava ali, em sua frente, acariciando suas bochechas, com os olhos tão brilhantes quanto os dela, no momento.
Ele estava ali, cada vez mais perto. Tocando seus braços e os arrepiando. Fazendo seu estômago ganhar vida própria. Fazendo borboletas surgirem e fogos explodirem dentro do seu peito.
Ele estava ali, a abraçando bem forte. Aumentando o contado. Fazendo o mais simples dos movimentos, parecer o mais preciso de todos. Parecer o mais vital, o mais bonito, o mais importante.
estava ali, em sua frente, sussurrando com a voz mais doce, sexy, rouca, linda e perfeita do mundo:
- I wish you a Happy Birthday, !
• F I M •
N/A: Essa fic foi feita com o maior amor pra minha fish! De aniversário. Tudo bem que o aniversário dela já passou há um mês, mas é de coração, Tefi. Nunca pensei que pudesse te amar tanto, Stefania! E, sinto muito não poder te dar a caixa que você tanto queria de aniversário. Essa fic foi o máximo que eu pude fazer. Mas, quando eu for rica, eu prometo que te dou o Poynter. (FFF) Fe fisho demais, fão! F2
E, brigada à vocês que leram isso até o finalzinho! Espero que tenham gostado. õ/