You're still holding all of my heart

By Mary
Betagem by: Cáh;;


Ele estava sentado em um dos bancos daquele pequeno parque, que ficava o mais longe possível dela. Da pessoa a qual ele mais amava. Decidiu atender ao seu pedido pela primeira vez: Ficaria longe. Usando as palavras de . “Acabou , fique o mais longe possível de mim que eu ficarei ótima!".
Pareciam palavras duras e frias, mas eram verdadeiras. Atingiram-no de uma forma inesperada. Com todas as brigas e discussões que tiveram nenhuma tinha chegado a esse ponto. Alguns dias sem se falar eram normais, até que ele a reconquistava. Mais uma vez. Mesmo assim, foram tantas as brigas, que ela não agüentou. E dessa vez não pretendia dar uma segunda chance a ele. E não seria a segunda.
Depois daquela noite, ela não agüentou mais as perseguições e a pressão que lhe eram impostas. Algumas verdades escaparam, e mesmo o amando, pegou o primeiro táxi que passava na rua, desviando dos flashes que persistiam. Ele não pode fazer nada; ela já tinha ido.
Ele ainda continuava sozinho naquele banco. conferiu o celular mais uma vez, como tinha feito nos últimos meses. Sem mensagens, sem ligações. Dois meses sem noticia dela. Não podia aparecer no seu apartamento porque a entrada dele havia sido proibida. Já ficou um dia inteiro esperando por ela no lado de fora do edifício, mas nada conseguiu. nunca atendia suas ligações, mas ele não cansava de deixar mensagens. Até mesmo os amigos que eles tinham em comum, não tinham muitas notícias dela.
- Desculpa , eu não posso te ajudar mesmo.


Dois meses. Os mais longos de toda a sua vida. Ele não pensava nem mais nada. Sua carreira, seus amigos e seus compromissos tinham sido esquecidos. Só pensava nos momentos que passou com ela. Reviveu todos como se fosse um filme, que sempre voltava ao primeiro beijo. Só mesmo com toda essa reflexão, ele entendeu tudo que ela tinha falado; toda a paciência que ela tinha em lidar com algumas das situações mais complicadas. E ele tinha colocado tudo a perder. Só agora ele entendeu, sentado ali, sozinho, olhando para os pés tentando não pensar nela. Como se aquele momento tivesse predestinado, ele levantou a cabeça e viu em uma lufada de cabelos castanhos e um perfume doce; . Ela passou na sua frente e não o notou. Estava com roupa de ginástica, correndo pelo parque. sentiu um aperto na garganta, como se alguém o tivesse sufocando. Piscou uma vez? “Seria ela mesma?” Com toda a certeza. A única coisa diferente era a cor do seu cabelo. Estava mais brilhoso do que o normal. Mas também poderia ser que nunca tivesse reparado no que causava agora. Levantou sem hesitar. Começou a correr na direção dela. Sentia uma sensação estranha. Ele precisava dela. O que seria aquilo? Culpa? Carência? Saudade...
Já estava a poucos metros dela. Antes que pudesse chegar a ela, parou, de repente, assustada. Percebeu que estava sendo seguida, mas não sabia que era por ele. Logo ele. não conseguiu impedir de trombar com ela. Os dois caíram do chão, lado a lado.
- O que você acha que está fazen ... ? – não conseguiu terminar. Virou para o lado, pronta para dá um soco no idiota que a tinha atacado, quando o reconheceu. Não sabia o que dizer. Sofreu muito para esquecê-lo e agora ele surgiu assim. - ... – ela sussurrou, olhando para ele.
- Oi . – sorriu, colocando a mão sobre o rosto dela.
Ela fechou os olhos, sentindo o toque suave dele em sua pele. Logo se lembrou do passado, que esteve com ele e o quanto a fez sofrer, mesmo não pretendendo fazê-lo.
Tirou a mão dele de seu rosto, e levantou, já correndo. Não podia vê-lo, não podia sequer pensar nele, pois tudo ainda estava muito vivo dentro dela. Tanto as boas quantas as péssimas lembranças. Voltou a correr pelo parque, com mais velocidade. Sabia que ele continuava a segui-la. não desistiu de ir atrás dela. Não a deixariam fugir, novamente. Determinado, passou por ela, entrando na sua frente. Ele a segurou para que não caísse. respirava com dificuldade e não tinha mais força para voltar a correr.
- , precisamos conversar – disse, pegando uma das mãos dela.
- Não, não... – ela respondeu, sem tirar os olhos do chão. Ele brincava com os dedos dela enquanto repetiu para si mesma “Não volte para ele, não se apaixone por ele mais uma vez”.
- Por favor – pediu mais uma vez, levando a mão ao queixo dela, levantando-o.
Conseguiu ver os olhos dela beirando lagrimas que ela teimava em segurar. Ela não podia se permitir fazer isso. Mas quando caiu em si, ele já a conduzia a um dos bancos do parque.
Não teria saído de casa se soubesse que iria se encontrar com ele. Depois de evitá-lo ao máximo, ela estava bem ao lado dele. percebeu que ela estava estática, sentindo desconfortável com a situação. Talvez ele nem devesse tentar de novo. Só de olhar para sabia que suas chances eram mínimas. Devia encarar os fatos e seguir sua vida sem grandes mudanças. Por via das duvidas, pegou sua mão novamente.
Sentindo sua mão, pensou em tirá-la de lá, mas entrelaçou seus dedos com os dele. Estava nervosa, mas o toque dele parecia acalmar de uma maneira inexplicável. sorriu com o gesto dela, apertando forte sua mão. Ficaram em silencio por alguns instantes com ela olhando para frente e ele sem desviar sua atenção. havia ensaiado o que dizer nesse momento uma dezena de vezes, mas todas as palavras fugiram. Ao menos, não teria com mentir.
- Ei, - ele chamou, afagando a mão dela – a gente tem que conversar. Ela desviou o olhar para as mãos deles que ainda estavam com os dedos entrelaçados.
- Pode falar – ela disse, voltando a olhar para o horizonte. pediu que ela olhasse para ele mas permaneceu em silencio. Não querendo criar mais intriga, se ajeitou no banco e começou a falar.
- , então pelo menos me escuta. Nesses meses eu corri atrás de você ou de pelo menos noticias suas. Entendi o que você queria dizer. De verdade. Toda a pressão que gerava brigas ou coisas do tipo estava se tornando rotina e realmente era insuportável continuar daquele jeito. – ele parou um pouco para respirar, apertando a mão dela. – Tudo que você tinha dito sobre mim ou nosso, hã, relacionamento era verdade. A única mentira era que eu não iria sentir sua falta. Levei nosso ultimo ano aos trancos e barrancos e nem reparei o quanto você me ajudava a tomar a decisões certas. Me apoiava nas horas que ninguém mais fazia. Só na hora que você entrou naquele táxi que eu percebi que esperei tempo demais pra reconhecer isso. – ele terminou, colocando a mão sobre o joelho dela. – , fala alguma coisa. – ele pediu.
Ela continuava em silencio, mas não controlava mais nada. Ele viu uma lágrima caindo na bochecha dela silenciosamente. esperou que ela falasse alguma coisa, mas nada disse; só suas bochechas ficando cada vez mais úmidas a cada minuto que passava. Ele soltou sua mão e plantou um beijo no rosto dela, livrando-se das ultimas lagrimas que teimavam a cair. Percebendo que ela não diria nada, se levantou. Talvez um dia ela o perdoasse e ele ficaria satisfeito em pelo menos ter sua amizade volta.
- Até mais . Eu te amo – ele disse, virando em direção ao portão que levava ao fim do parque.
ficou observando ele se distanciar cada vez mais. Ela estava vendo o que ele viu dois meses atrás. Partindo. Sua visão ficava mais turva a cada momento; mal conseguia vê-lo. Esfregou os olhos se livrando das últimas lágrimas. Sentiu seus pés grudados no chão. Parte dela não queria correr até ele, mas sentia uma necessidade de fazê-lo.Talvez o orgulho não a deixasse levantar. Mas não estava preocupada com seu orgulho nem com mais nada. Se não o fizesse agora talvez não tivesse outra oportunidade.
Tomou impulso e começou a correr na direção de . Ele já estava na rua, procurando por um táxi, quando ouviu passos apressados atrás dele. Não foi necessário virar quando uma voz familiar gritou seu nome, já tirando sua dúvida. No exato momento que ele virou sorrindo, chegou até ele o abraçando forte.
- , não vai – ela pediu, sentindo os braços dele a envolverem. Um abraço tão apertando para terem certeza que nunca mais se separariam.
- Você me perdoa? – ele sussurrou no ouvido dela. soltou o abraço, e sorriu para . Ele retribuiu o sorriso. Era uma das coisas que ele mais adorava. Seu sorriso.
- Sempre – ela respondeu, vendo ele se aproximar, beijando-a. Provavelmente o melhor beijo que os dois já haviam provado. Ele sorria ao lembrar que não quase tinha desistido, e agora eles estavam lá. Juntos. Percebeu que ela chorava durante ao beijo.
- O que foi amor? – ele perguntou, dando um selinho nela. ficou o olhando. Poderia ter atendido alguma das ligações dele, assim teria voltado antes. Mas o receio foi maior. estava sendo sincero agora. Já tinha visto ele assim há muito tempo. As pessoas mudam sim!
- Senti sua falta – ela disse, corando.
Ele sorriu e a abraçou.
- Você sempre me fez falta – disse confessando o que estava aguardado esse tempo todo. Acenou para o primeiro táxi que passou ali.
Entraram no táxi e ela ouviu ditar um endereço para o táxi no qual ela não ia ha tempos. Encostou a cabeça em seu ombro e ficou brincando com as pontas dos dedos dele. Ele passou parte do seu casaco em volta do corpo de na intenção de aquecê-la. Chegando ao apartamento de , ele pagou ao motorista e entregou seu casaco a . Foi guiando seu corpo até o elevador onde primeiro, passaram pelo porteiro que já a conhecia. Pareceu surpreso em revê-la.
- Olá Stra . - ele disse
Ela corou e só acenou a ele, quando viu o olhar de repreensão de . Não mudou nada. Ele afagou seus ombros enquanto observavam os números decrescendo a cada segundo ate a porta do elevador se abrir.Entram e ele pressionou o botão correspondente ao nono andar. Era tempo demais para ficar esperando sem fazer nada.
E pareceu ler a mente dela; encostou no espelho do elevador e começou a beija-la. Ela correspondeu colocando as mãos em seu peito e o empurrando assim que a porta do elevador decidiu abrir. Aos tropeços, chegaram até a porta do apartamento dele. tentava abrir a porta sem sucesso.
- Calma ! Assim eu não abro essa porta nunca! - ele disse, se soltando da menina. tomou a chave da mão dele e colocou mais uma vez na fechadura da porta. Ele riu da impaciência e do desespero da garota. Ou do próprio.
a abraçou por trás quando ela conseguiu abrir a porta, que bateu com força contra a parede. E como se a parede já não tivesse sofrido o suficiente, o puxa para dentro do apartamento. fecha a porta e a encosta na mesma. A respiração dos dois já não era considerada a mais equilibrada.
Ela puxava seus cabelos, enquanto ele tentava se livrar do casaco que ela ainda vestia.
tirou os tênis e ele a pegou no colo. sentiu ela deixando marcas no seu pescoço que não sairiam tão cedo.
percebeu que nada havia mudado naquele apartamento. Suas fotos permaneciam ali, como se nunca tivesse acabado. As fotos mais problemáticas e as mais fofas, ele não tinha tirado nenhuma delas. Sorriu. Chegaram no quarto, e caíram na cama. sorriu tímida, como se perguntasse se ele queria mesmo fazer isso. Apromixou-se dela e sussurou no seu ouvido.
- Só estava esperando por você... - disse, beijando-o seu pescoço.
Ela envolveu seus braços no seu pescoço, e sorriu.
- Obrigada por me esperar.
E essas foram as ultimas palavras pronunciadas naquela noite.


Só acordaram no dia seguinte.Ele acordou com o barulho da rua, e ao abrir os olhos, viu que já tinha acordado. Uma das cenas que ele mais sentia falta: acordar e ver seu sorriso logo cedo.
- Bom dia - disse, puxando o lençol
- Bom dia, linda. - ele respondeu, tímido. Levantou, enrolado no lençol, procurando alguma coisa. Ela sentou na cama, observando a busca dele. Achei sua calça e tirou uma caixinha do bolso. voltou a cama, e os olhos de já começavam a lacrimejar.
Ele sentou perto dele e tomou sua mão.
- , você aceita casar comigo? - ele perguntou
Ela riu de nervoso. Não era um momento que acontecia sempre.
- Aceito, - ela disse, o abraçando. Ele não conseguiu disfarçar a alegria. Depois de tudo que eles haviam passado, estava claro que valeu a pena.
- Então calma. Vamos fazer isso direito. - endireitou o anel que ele sempre usava. O anel da promessa. E colocou na caixinha. Ele fechou e abriu de novo. Ela começou a rir.
- Pronto - ele colocou o anel no dedo dela. - Agora sim, está tudo certo.
Ela olhou o anel em sua mão. Era perfeito demais para acreditar.
- Agora sim. - disse, sorrindo.


FIM *-----------*


Nota da autora:
Aloha people!
Mais uma fic! õ/
É isso ta virando uma mania compulsiva, e a culpa é de vocês! Há há há (6)
Agradacendo a Fran Cunico que deu nome a essa fic =)
A todas que leram e que me apoiaram no tópico da comunidade onde ela já foi postada .
Valeu mesmo gente!
Jonas õ/
Beijonas :*
Mary * Blinka

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