All The Things She Said
Por Vic


Todas as coisas que ela disse
Passando pela minha cabeça
Todas as coisas que ela disse
Passando pela minha cabeça
Isso não é o bastante


- Eu acho que não posso, você não entende? – ela dizia, se segurando para não chorar.
- Mas por quê? Deve ter um jeito, eu sei que tem! – ele tentava convencê-la de qualquer jeito, não podia perdê-la assim.
e estavam namorando há alguns meses, mesmo a família de ambos sendo contra. Os dois não sabiam ao certo o porquê, mas decidiram que não se separariam por causa disso. Apesar de estarem juntos há poucos meses, eles se amavam muito, e todo o problema com a família deles só contribuiu para que esse sentimento crescesse. Eles davam desculpas aos pais quando saíam juntos, mas um dia o pai de descobriu.
Não admitiu que ela namorasse com , mesmo que ela tivesse implorado. Seu pai decidiu que se mudariam para longe da família de , queria separá-los a todo custo.
- Mas eu vou tentar convencer seu pai... De novo. Eu faço qualquer coisa... – ele dizia, sem conseguir conter algumas lágrimas, que rolaram pelo seu rosto.
- Isso não é o bastante, . – ela disse, antes de soltar as mãos dele e ir embora. Já não se preocupava em não chorar, as lágrimas saíam sem que ela pudesse controlar.

Eu estou numa séria encrenca,
Eu me sinto totalmente perdida
Se estou pedindo ajuda, é apenas porque
Estar com você abriu meus olhos
Eu poderia acreditar
Em uma surpresa tão perfeita?


- Você tem que arrumar suas coisas, vamos embora depois de amanhã. – o pai de disse, sem tirar os olhos do jornal que lia.
- Eu não vou... – ela disse, encarando-o com raiva.
- VOCÊ VAI! – ele já gritava. Tinha jogado o jornal que lia no chão e levantado-se bruscamente da cadeira onde estava sentado.
- Não vou, não adianta me obrigar. Eu não vou. – ela dizia calmamente, mas por dentro sentia vontade de sair chutando tudo que visse pela frente. – É tão ruim isso? O que eu e fizemos? Se você e os pais deles têm algum problema, nós não temos nada a ver com isso, entendeu? Nada.
- Você não pode me dizer o que fazer. Depois de amanhã vamos embora e ponto final.
Ela não podia acreditar, subiu as escadas rapidamente e se trancou em seu quarto, onde passou o resto do dia.

Eu continuo me perguntando, imaginando como
Eu continuo fechando meus olhos
Mas não consigo tirar você da minha cabeça
Quero voar para um lugar
Onde haja somente você e eu
E ninguém mais, para que possamos ser livres


teve uma idéia repentinamente, tinha que ligar para ela e dizer. Mas na casa dela não poderia ligar, os pais dela atenderiam.
Ele discou o número do celular de rapidamente, estava nervoso.
- Alô? – ela disse meio sonolenta; a tinha acordado.
- , desculpa te acordar, meu anjo. Tudo bem?
- Tudo sim, mas ... Por que tá me ligando a essa hora? – ela parecia preocupada.
- Eu tenho uma idéia. – ele estava orgulhoso de si mesmo. – Nós vamos fugir.
- Fugir? Como assim fugir... Eu não posso...
- A gente pode, eu sei que pode parecer meio estranho, mas , vamos conseguir!
- Como? A gente não tem dinheiro. Quer dizer... – ela pensava. As famílias deles eram ricas, mas ela não podia chegar dizendo ‘Oi, pai. Me dá dinheiro para fugir com meu namorado?’.
- Você não tem, sei lá... Poupança ou algo assim? – ele perguntava, aflito.
- Tenho.
- Eu também. Nós pegamos todo o dinheiro amanhã e, bom... Não sei, a gente aluga um apartamento ou algo assim. O que você acha?
Ela pensou por uns instantes. Apesar de deixar seus pais não ser a coisa mais animadora do mundo, não deixaria de jeito nenhum. E, realmente, tinha bastante dinheiro guardado no banco.
- Eu topo. – ela sorriu, animada.
- Eu te amo, .
- Eu também. – desligaram, ansiosos e ao mesmo tempo com medo.

Todas as coisas que ela disse
Passando pela minha cabeça
Todas as coisas que ela disse
Passando pela minha cabeça
Isso não é o bastante
E estou totalmente confusa,
Me sentindo encurralada e acometida
Eles dizem que é minha culpa


- Não precisamos nos mudar... – dizia a mãe de , encarando o marido.
- É culpa dela. – ele se referia a . A mãe dela se virou com um olhar de pena, sabia que o que estava fazendo à filha não era certo, mas ia em frente.
- Não é minha culpa.
- Então nunca mais veja aquele moleque e ficamos aqui. – ele disse, a olhando.
- NÃO! – ela começava a sentir lágrimas escorrendo pelo seu rosto.
- Então nos mudamos. – disse ele, decidido.

Mas eu quero isso tanto
Quero fazê-la voar para longe
Aonde o sol e a chuva
Venham sobre o meu rosto
Lave toda a vergonha


não conseguia controlar a ansiedade, queria que tudo desse certo. Era a garota dele, não a deixaria partir assim.
- Finalmente você vai parar de casinho com aquela garota, não é? Agora que ela e os pais vão se mudar. – a mãe dele disse, com um olhar de desprezo.
- Não é um casinho... – fez aspas com as mãos. – E ela não vai se mudar.
- Como? Eu soube que...
- Não vai. – ele disse, saindo da sala onde estava.

Quando eles param e olham
Eu não me preocupo
Porque estou sentindo por ela
O que ela sente por mim
Eu posso tentar fingir
Eu posso tentar esquecer
Mas isso está me deixando louco
Estou perdendo a cabeça


Eles moravam em uma cidade pequena e, como em todas as cidades pequenas, logo se ficava sabendo de tudo que acontecia. As pessoas ficavam os observando, mas não ligava. Ele a amava e ela também, isso que importava. Todos sabiam da ‘rixa’ que a família deles tinha, então quando os viam juntos na rua sempre comentavam. Foi assim que os pais deles descobriram do namoro escondido.

Os dois já tinham tudo pronto, já tinham as malas com tudo que precisavam e dinheiro suficiente. Planejavam ir para Londres e já não agüentavam mais esperar.
O dia havia chegado. O pai de estava nervoso, podia esperar qualquer coisa dela, já que queria de qualquer jeito ficar. Ela e já estavam prontos.
Os pais dela saíram, precisavam comprar coisas para a mudança. Ela ficou em casa.

Mãe, olha para mim
Diga o que você vê?
Sim, eu perdi minha cabeça
Pai olha pra mim
Algum dia serei livre?
Eu passei do limite?


- , a gente tem que ir logo... Eles vão voltar. – ela parecia desesperada e, mesmo que ele também estivesse, tentava ajudá-la.
- , fica calma, okay? Vai dar tudo certo. – ele disse, meio inseguro.
Ele a abraçou. Por mais estranha que a situação fosse, ela se sentia protegida assim. Ele levantou o rosto dela e a beijou, tentando demonstrar que estaria com ela, e conseguiu.
- Eu te amo, .
- Eu também te amo. – ela sorriu.
Ela pegou as poucas coisas que tinha arrumado, deixaram a casa dela e foram rumo à estação de trem.

Todas as coisas que ela disse
Passando pela minha cabeça
Todas as coisas que ela disse
Passando pela minha cabeça
Isso não é o bastante


Já estavam dentro de uma das cabines, ela encarava seus tênis. Aquilo era realmente esquisito, nunca se imaginara fugindo de casa e ainda estava feliz por isso.
- Acho que podemos comemorar. – ele disse, num sussurro. Estava com um sorriso fraco no rosto. Aproximou-se dela e a beijou.
- Hum... Acho que isso não é o bastante. – ela sorriu, maliciosa.
Já estavam a caminho de Londres e planejavam o que fariam. Realmente, era algo difícil de fazer, mas eles estavam juntos e era o que importava.


N/A: Terminei essa fic *-*
Acho que ela ficou beeem estranha. Mas certo, eu supero. Queria agradecer a todas vocês que agüentaram ler isso aqui até o fim (hehehe), e à Lucy, minha Poynter querida, hahaha.
Também agradecer à Bleine, que me lembrou que essa música existia, e por ser a Jones mais Fletcher que eu conheço... Maya, Juddzinha do coração, a minha beta, Babs... Obrigada a todas vocês *-*
E bom, tem mais uma coisa que eu queria falar. Porque acho que vocês sabem, né... Essa música não tem simplesmente nada a ver com a fic, o clipe então... o.O’... Mas bom, eu tentei. Acho que quase consegui... XD
E se você gostou, se odiou, se você se arrependeu de ter lido, comenta por favor? Vai fazer uma pessoa feliz =D
Beijos, pessoal! =* .

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