“null,
se levante! Não acredito que você vai chegar atrasada logo no primeiro dia de aulas!” dizia mãe desta da cozinha.
Ela abriu os olhos e olhou em volta. Um raio de sol penetrava pelo quarto e a fez acordar.
“Droga, é segunda-feira!” pensou ela e se levantou toda murcha. Foi ao banheiro, lavou a cara, vestiu-se e foi para a cozinha.
“Ainda está aqui?” perguntou a mãe. “Faltam dez minutos para as suas começarem!”
“Eu apanho boleia do Mark” desculpou-se.
“Pois mas o seu irmão já foi...”
“O Mark já foi? Parvo...” disse ela. “Bem, vou andando, então. Beijo.” E saiu de casa. Encontrou o skate no jardim ao pé da caixa do correio e pensou em levá-lo. E lá foi ela rua abaixo.
Era mais um dia. Mais um dia de diversão. Todos eram assim: ela se divertia. Não era certinha, mas também não era completamente endiabrada. Tinha sentido de humor e fazia partidas muito maneiras. Ela não era miúda popular, que se vestia de saia e calçava salto alto, mas também não era revoltada com a vida, vestida de preto, sempre de mau humor. Era normal, era ela própria. E todo o mundo a conhecia assim.
null
estava em cima do skate quando se sentiu insegura em cima dele e saiu. Verificou que uma roda se partiu. E agora? Como iria para a escola?
“Bom dia,
null” disse alegremente um garoto dentro do carro que acabara de parar ao lado dela.
“Hey,
null! Bom dia também para si!” respondeu ela.
null
era um amigo do seu amigo de infância, o
null. Ela e
null
eram como irmãos.
“Algum problema?” perguntou ele.
“Parece que o skate quebrou. À tarde, vou ter de ir à loja do Paul para comprar uma roda nova.”
“Vem que eu te dou carona para a escola.”
“Obrigada,
null.” E entrou dentro do carro.
“Como foi o seu verão?” perguntou ele.
“Tá fazendo piadinha, não?”
“Por que pergunta isso?”
“Porque eu passei o verão todo com você e os seus amigos.”
“Isso? Isso foi a uma semana atrás!”
“E acha que não o suficiente para você saber o que eu fiz o verão todo?”
“Não!”
“Bobo.” E riram-se.
“Mais um ano...” pensava ele.
“Parece que sim! Já estou farta de aturar a professora de francês! Odeio-a mesmo!”
“Você também não facilita...”
“Ela é que não facilita. É apaixonada pelo estudo!”
“Ela é doida da cabeça. Vive chateando a mim e a eles.”
“Vocês também não facilitam” disse ela, e ele sorriu.
“Entregue à escola” ele falou, estacionando o carro...
“Oh... estou tão ansiosa!” zoou ela.
Cap.2
“Hey,
null! Bom dia,
null!” cumprimentou
null
ao vê-los saírem do carro.
“HEY, AMIGA!” disse
null,
abrançando-a fortemente.
“Caraca, vocês já não vêem a quanto tempo?” perguntou
null.
“Desde ontem...” disse
null,
e as duas riram.
“Bom dia, ladies!” cumprimentou
null.
“Hey, irmãozinho! Tudo bem com você?” null
deu beijo na bochecha dele.
“Tô e a minha irmã? Dê uma voltinha para eu ver o seu look...” zoou ele, mas ela lá deu a voltinha toda sorridente.
null
apenas ficou admirando.
“Hum... Calça com dobras, t-shirt dos Blink 182, e all star preto... Você está evoluindo!” E levou soco da irmã.
“Que tá rolando, gente?” perguntou
null,
chegando.
“Hey, bom dia! Nada, estávamos só batendo o papo de início do ano” esclareceu
null.
“Olha, a
null
vem ai, com a
null
e o
null!” apontou.
“Onde?” perguntou
null
aflito.
“Se acalme, tá? Ela não come...” disse
null.
“Estou bem assim?” perguntou
null,
tentando ajeitar o cabelo, olhando para o espelho do carro de
null.
“Sim, deixa estar. Ela vai gostar!” reconfortou
null.
“Bom dia, meus amores!” gritou
null.
“Mas eu não sou o seu único amor?” perguntou
null
à namorada.
“Não, eles são os meus amores, você é o meu amorzinho” disse, dando beijo na bochecha dele, fazendo todo o mundo rir.
“Bom dia, pessoal! Preparados para mais um ano?” perguntou
null,
chegando.
“Eu, não! Odeio aulas! Se fossem aulas em que fosse para discutir quem era a mulher mais gostosa do mundo, as aulas seriam bem mais interessantes!” disse
null,
provocando gargalhada geral.
“Eu gostava mesmo que fosse mesmo sobre os meninos da Top Of The Pops” comentava
null.
“Você só pensa em garotos, não? Para mim, as aulas seriam recheadas de bandas de rock ao vivo e de manobras de skate!”
null
sonhava alto.
Sim, é isso mesmo.
null
era uma certa maria-rapaz. Mas tinha o seu toque pessoal feminino.
“Eu apoio a ideia da Rita!” disse
null.
“E você, null? Como seria a sua aula ideal?” perguntou
null.
“A minha aula ideal... seria... seria...” gaguejou ele, mas foi interrompido pelo toque de entrada.
“Bem, vamos?” chamou
null,
e foram todos atrás.
“Droga!” disse
null.
“É, eu sei! Você mandou mal, cara!” disse
null.
“Eu gaguejei, dude! GAGUJEI! Que loser que eu sou!”
“Relaxa! É o inicio do ano! Você vai ver daqui a uns meses! Aposto que ela já está derretidinha por você!”
“Bem queria que isso acontecesse...” pensou ele tristonho, e foram para a aula.
“Oi, null!” disse uma voz masculina.
“Ah, é você, John!” disse ela e deu sorriso amarelo.
“Então, que está pensando fazer hoje à tarde?”
“Ahm... nada em especial, vou estar com as meninas no skate parque. Por que pergunta?”
“Porque eu queria que nós dois fizéssemos um programa bem diferente...” disse ele, aproximando-se dela.
“Programa? Que programa?”
“Tá afim de ir comigo dar uma volta pela vila?”
“Ahm... não sei, acho que não vai dar...”
“Não me diga que você não arranja um tempo para mim?” E foi se aproximando cada vez mais dela, e ela se afastando.
Estavam muito próximos, até que ele levou um empurrão e caiu no chão. Todo o mundo à volta se virou para ver a cena e riram.
“Oh, desculpa, não foi de propósito...” o menino desculpou-se.
“Veja por onde anda garoto! Loser... Onde é que eu ia? Ah, sim,
null...” virou-se para ela mas ela já não estava a seu lado.
“null,
você me salvou!” agradeceu ao rapaz do empurrão.
“Por que diz isso?”
“Porque aquele bruta montes estava a ver se saia comigo esta noite.”
“Ele o QUÊ?”
“Isso mesmo... Estranho, não? Eu a sair com um garoto... Nem daqui a mil anos. Bem, mas obrigada na mesma, você me salvou. Até logo.” Deu beijo na bochecha dela e seguiu o seu caminho.
“É, acho que nem daqui a mil anos eu te vou conquistar” disse
null
baixinho com ar tristonho.
Cap.3
“Que aula chata! Odeio aquele discurso do ‘trabalhem para ter um futuro na vida’” reclamava
null.
“Você fala isso porque sabe que não tem futuro.” null
levou soco da amiga.
“Por falar em trabalho, você se lembram daqueles textos de blogs que a professora Isabel pediu?” perguntou
null. “Era para hoje!”
“Lembro-me, sim, e vou imprimir isso agora na sala de computadores!” disse
null,
tirando o CD da malinha pequena.
“Como é que você vai imprimir isso na sala de computadores? Ela só abre ao meio dia e são dez e meia!” disse
null,
olhando para o relógio.
“Observem e aprendam, que eu não duro para sempre!” E foi ter com a contina.
“Oi, tia Lurdes! Como vai?”
“Oi,
null. O que quer desta vez?” respondeu a contina.
“Credo, já não posso cumprimentar a minha tia emprestada que ela fica logo pensando mau de mim!”
“Minha querida, eu conheço a senhora há mais de dez anos. Não me venha com histórias de tia!”
Era verdade. A escola era a vida de
null, já estava lá a imenso tempo e só queria sair dali, mas a idéia de abandonar a escola não era lá muito agradável. Conhecia a escola com uma palma da sua mão, sabia os truques, tradições, passagens secretas e tudo mais.
“Ah, tá bem, eu paro com a conversa fiada! Mas preciso de um favorzinho pequenino!”
“Logo no primeiro dia de aulas! Você nunca para de pedir, pois não?”
“Pau que nasce torto nunca se indireita!”
“Mas você não nasceu torta! Você é a minha bebê! E sempre será! Nem o facto de já ter dezessete aninhos!”
“E você é a tia mais fofa do mundo!” Ela a abraçou.
“Ohhh,
null
do meu coração! Mas fala lá, o que precisa?”
“Eu preciso de ir à sala de computadores para imprimir um pequeno trabalho de férias!” E fez o melhor sorriso que pôde.
“Hum, tá bem, vai lá. É a segunda chave.” E tirou do bolso as chaves e deu à menina, que agradeceu com um beijo.
“Sua safada!” disse
null,
quando passou pelas amigas, em direcção à sala de computadores.
“Dude, me esqueci do trabalho de verão!” null
bateu na sua testa.
“Ah, o
null
se ferrou logo no primeiro dia de aulas!” zombou
null.
“Se cala,
null! Eu ainda vou fazer esse mini trabalho.”
“Como? Você vai para casa, ligar seu computador e voltar, e tudo isso você vai fazer em... dez minutos?” null
olhou para o relógio.
“Para que ir tão longe, cara? Posso ir à sala de computadores aqui da escola.”
“Você é mesmo loser,
null! A sala só abre ao meio-dia!” avisou
null,
e deu tapinha no amigo
“Quem disse?”
“O nosso querido director!” disse, meio brincando,
null.
“Você vai ver se eu não vou fazer esse trabalho!”
E
null
saiu de perto dos amigos.
“Ui mas deixe-me lá ver quem é esta senhora! Senhora Lurdes, essa saia vermelha lhe tira uns bons anos!” disse
null
“Ai,
null,
é você!” disse ela.
“Queria que fosse quem? Digo-lhe uma coisa, Sra. Lurdes, se eu fosse uns anitos mais velho, você não me escapava.” E
null
piscou o olho à contina.
“Sempre com cara de safado e ar maroto você! Quer o que desta vez?”
“Que pergunta foi essa? Já não posso elogiar a melhor senhora com mais de vinte anos nesta escola?” perguntou indignado. “Quero ir à sala de computadores!”
“Veja como eu te conheço! Uma menina foi lá à alguns minutos e deixou as chaves na porta. Pode ir. Acho que você sabe o caminho.”
null
mandou um beijo a ela e seguiu o seu caminho.
Cap.4
“Então, safadinha? Sempre conseguiu fazer o trabalhinho?” perguntou
null
a
null.
“Você duvida das minhas capacidades?” perguntou a amiga.
“Duvidar? De você, null? Puxa, nunca na vida!” zombou
null,
e levou tapinha.
“Gente, nem sabem, os Skaters se juntaram na entrada da escola, puzeram uns caixotes no chão e estão fazendo manobra. Vamos ver?” veio
null
a correr.
“Vamos, não quero perder isso!” E
null
deixou as suas coisas no parapeito das escadas de entrada para o edifício.
“Hey, Stacey, veja só essa capa aí!” avisou a amiga.
“Diga, Lala? Ah, pois é da skater ranhosa da
null!” E olhou com nojo.
“Stacey, que tal você fazer assim uma coisinha, sei lá, má a essa mesquinha?” perguntou Lelé, outra amiga.
“Até dá jeito ser sua amiga!” reconheceu Stacey e olhou malevolamente para todo o lado.
“Que manobras, cara! Eram demais mesmo!” comentava
null.
“Sim, mas você olhou para aquele de camisola vermelha? Era muito giro!” E os olhos de
null
brilharam.
“Sempre pensando em garoto...” comentou
null,
e provocou risada geral.
“Meninas, não viram minhas coisas, não?” perguntou
null
intrigada.
“Você não deixou aí?” perguntou
null.
“Deixei, mas, como você vê, não estão cá! Ah, minha cabeça! Devo ter deixado na sala!” E voltaram despreocupadas para a sala de aula. Foram para os seus lugares.
“Meninas!” chamou
null
preocupada.
“Que foi, amor?” perguntou
null.
“MINHA PASTA NÃO ESTÁ AQUI!” disse ela.
“Não está? Então onde é que você a meteu?” perguntou
null.
“Não sei, eu vou procurar.” E saiu da sala, mas chocou contra a professora.
“Menina
null, onde pensa que vai?” perguntou ela.
“Professora, eu preciso de ir buscar minha pasta. Deixei-a na WC.”
“Sempre com as mesmas desculpas! Francamente, menina
null! Pensei que as suas desculpas fossem mais criativas!”
“Mas é verdade, professora...”
“Chega! Vá já para o seu lugar!” E
null
viu o sorriso maldoso de Stacey atrás da professora. Mandou o dedo sem a professora ver.
“Bem, vamos agora começar a aula. Entre!” Bateram à porta e veio a contina.
“Professora, encontrei isto nas mãos da Stacey McWillow.”
“Isso é a minha pasta!” disse
null.
“Desculpe, menina
null. Deveria ter-lhe dado o benefício da dúvida. Aceita as minhas desculpas?” perguntou a professora.
“Sem problema. Todos nós erramos. Obrigada.” E recebeu a capa.
Ela era assim: boa onda, descontraída, no relax. Não queria que os problemas de repente se virassem para o seu lado. Quanto menos discussões, melhor. Mas quando era para implicar com garotas fúteis como a Stacey, então aí ela ficava sem papas na língua!
“Bem, obrigada! E agora vamos continuar a aula. Como eu estava dizendo...” E continuou a professora, enquanto a contina saía da sala.
null
abriu sua pasta e viu lá um bilhetinho. ‘Veja onde mete as coisas, sua despeçarada ;)’. Quem seria o autor daquele ‘comentário’? Ficou um tempinho pensando naquilo, mas depois, sendo garota lógica como ela é, não prestou mais atenção.
Cap.5
“Logo, esta equação aqui...” A professora foi interrompida pelo bater da porta. “Sim?”
“Posso entrar?” perguntou
null.
“Sim,
null,
entre lá. Mas veja lá, estamos logo no primeiro dia e você já me faz estas coisas?”
“Não se vai tornar hábito, professora, prometo.”
“Vá para o seu lugar.”
“Então dude? Onde é que você se meteu?” perguntou
null.
“Senhor
null, pare de cochichar com as madames aí atrás e preste atenção à aula” chamou a atenção a professora.
“Sim, professora. Desculpe.”
“A gente te chamou e você só chega agora?” perguntou
null,
quando a professora se virou para o quadro.
“Senhor
null, com tanta conversa aí atrás, suponho que já tenha resolvido o exercício dois. Estou certa?” desafiou a professora.
“Pois mas ainda não fiz” respondeu ele.
“Então vai começar por fazê-lo, no quadro, JÁ!” E ela apontou para o quadro.
null
se levantou, pegou no giz e recebeu um olhar gozão de
null,
mas rapidamente se entreteu com a folha do livro, vendo o olhar furtivo da professora.
null
estava apontando o ‘bom exercício’ de
null
quando recebe uma cotovelada e depois um papel.
‘Onde você estava?
null’
‘Tratando da Angel.
null’
‘Outra vez essa história,
null?
null’
‘Só ajudei! Mais nada!
null’
‘Mas acho que ela não vai gostar nada.
null’
‘Ela não necessita de saber nada! E você não vai contar nada!
null’
‘Eu nem me vou meter! Não sei como é que esse esquema todo dura tanto tempo!
null’
“Estranho essa coisa da pasta!” comentava
null,
enquanto saiam da aula.
“Eu sei que é! Mas não vou ficar matando meus neurônios por causa de um papelinho, não! E aí? Tão afim de um sorvete?” perguntou
null.
“EU ESTOU!” disse
null, e
saiu correndo.
“Você ainda não explicou porque é que chegou atrasado,
null!” insistiu
null.
“Pára com isso! Já deu! Ele chegou atrasado porque chegou! Ponto, final da história! Todo o mundo fica feliz! Nem sei como é que você os atura,
null!” dizia
null.
“É muito ano junto, meu amigo!” disse
null,
e
null
começou a andar para o carro.
“null,
tá fugindo da gente?” perguntou
null.
“Depois do que você fez, eu não me admirava nada!” comentou
null,
e
null
deu de língua.
“Não, eu vou para casa” respondeu
null.
“Você vai onde? Para casa? Nem pense! Você vai ficar aqui com a gente. Vamos dar ai umas voltinhas pela cidade, ver as vistas...” disse
null
com olhar malicioso.
“E a
null? Você tem de ser fiel.” null
levou com
null
nas suas costas.
“Venha, meu amigo, vamos deixar os losers se divertindo que a gente vai fazer coisa de gente.” E
null
‘buscou’ null
para o seu lado, continuando o caminho, mas foram apanhados.
“EI,
null! Não pense que o
null
é só seu!” e
null
puxou
null.
“Ai,
null, não magoa meu bebê” null
fez a voz mais gay que podia.
“Me soltem, gays!” null
se defendeu, mas em vez deles se afastarem, levou um abraço colectivo.
“Não nos trate assim,
null! Nós somos seus amigos!” fingia
null
chorar.
“Sim, eu te adoro, bombomzinho!” brincou
null.
“Dude, você não se vê livre de nós assim tão facilmente!” E
null
apertou mais
null.
“SE VOCÊS ME ADORAM TANTO, PAREM DE ME SUFOCAR!” null
estava sem respirar e os amigos ficaram, mas ele fez cara de zangado e largaram.
“Pô,
null,
era brincadeirinha!” dizia
null.
“VAMOS COMER!” null
estava faminto.
“Sempre pensando em comida...” comentou
null.
“E você? Sempre pensando em garota!” null
acusou
null.
“Melhor garota que comida” null
e os outros seguiram o seu caminho.
Cap.6
“Já pensou no que vai pedir?” perguntou
null
a
null.
“O habitual obvio! KURT!” chamou ela.
“Diga, minha flor!” disse o garçom.
“Ai, chega para lá! Quatro ChocoXplosion, se fizer o favor!” pediu
null.
“Para a minha flor, tudo!” E foi para a cozinha.
“Garoto parvo” comentou
null.
“Tá xateada com ele, florzinha?” zombou
null,
e levou soco da amiga.
“Ele é muito fofo para você e manda para trás!” disse
null.
“Porque eu não gosto dele!”
“Sim, você é o
null!” confessou
null.
“Não gosto nada!” E ficou bem vermelha.
“Ah, olhe a sua cara!” chamou a atenção
null,
e todas se riram, mas
null
as parou, vendo que os meninos chegavam ao sítio.
“Oi, maninha!” cumprimentou
null
a
null
e olhou para
null, dando-lhe um sorriso.
“Oi. Oi para todo o mundo!” null
cumprimentou os outros.
“Que as garotas mais lindas da cidade estão aqui a fazer?” perguntou Tom, sentando-se ao lado de
null
e beijando-a na cara.
“A gente tava com fome e nada melhor que vir ao Parker’s tomar um ChocXplosion!” disse
null,
metendo a mão na barriga e sorrindo.
“Com lincença, garotos, aqui têm os ChocXplosion!” disse Kurt e piscou o olho a
null,
que se escondeu.
“Foi impressão minha ou o Kurt estava tentando engatar a
null?” perguntou
null,
puxando uma cadeira.
“Deve ter sido impressão sua,
null. A sua cabeça é do piorio!” null
deu tapa no amigo.
“Por acaso eu acho que o
null
tem razão! O Kurt sempre teve aquela quedazinha pela
null!”
null
queria alimentar aquela discussão, vendo que a reacção de
null
fora positiva.
null
percebeu e apoiou.
“Pois até pode ter. Não sei... nunca notei” desviou
null.
null
deu cotovelada a
null,
chamando a atenção à cara que
null
fazia a Kurt. Ela ficou sorridente.
“Vocês viram o garoto de camisola vermelha do skate? Ele era tão lindo...” comentou
null,
e
null
fez cara triste.
null
percebeu e
null
captou algo estranho em
null.
“Eu prefiro o de camisola verde, o grande” disse
null.
“Você preferiu quem? Você não preferiu ninguém!” reclamou
null, quebrando o clima pesado.
“Ai, amor, não seja assim! ALIÁS, você também mete olho em outras garotas. Pensa que eu não te vejo todo o dia a olhar para aquela ruiva do terceiro ano?”
“Oh, xuxu, não fica assim, não, eu te adoro!” disse
null,
mas ela virou a cara. “Até tava pensando ir a um cineminha hoje, só nós dois, eu até comprava pipoquinha pra você...” E a abraçou ainda mais.
“Pronto, eu te perdôo.” E o beijou, e todo o mundo se riu da cena cômica.
“Que dois que nós temos de aturar!” disse
null.
“Esse dois são os menos orgulhosos. Assumem aquilo que sentem!” null
mandou indirecta a
null,
que não gostou nada.
“Concordo com você, null. Há gente que não consegue dizer na cara o que sente..."
“E ainda faz pior, mentindo”
null
e
null
estavam a fazer um jogo de indirecta para
null
e
null. Apesar de eles os dois perceberem que eram para eles, não percebiam se o outro estava a perceber ou não.
“O que mais me irrita é quando alguém quer conquistar outra e não investe!” Agora
null
virava-se para outro campo.
“É mesmo. Deve pensar que as coisas caem do céu!” null
não percebeu que era para
null,
mas desconfiava.
“null,
posso falar contigo?” perguntou
null
irritada.
“Ok, vamos lá.” E dirigiram-se para a parte de trás do café.
null
não percebeu o porquê da conversa.
Cap.7
“O que te deu? Você pirou foi? Eu sabia que eu tinha uma amiga assim meio maluquinha, mas nunca pensei que fosse tão assim!”
“Que fiz eu?”
“Você ainda pergunta?”
“Sim ainda pergunto. Eu só estava a falar com o
null
sobre a
null
e o
null. Estávamos a mandar indirectas aqueles dois!” Ela riu, mas depois percebeu a cara da amiga. “As outras indirectas era para você?”
“O que acha?”
“Sei lá! O
null
apenas começou a falar de pessoas que...” E olhou para amiga, cada vez mais irritada e nervosa. “Você... você gosta do
null?”
“Ai, amiga, eu já nem sei! Ele nem olha para mim!” E sentou-se no passeio e fez voz de choro.
null
parou de rir e percebeu. O objectivo de
null
fora alcançado. Ele queria provocar
null
e null.
“Eu acho... acho que o motivo para null mandar aquelas coisas é porque deve ter uma razão muito forte” disse ela, introduzindo a conversa.
“O
null
é um idiota! Ele apenas diria isso se o
null
gostasse de mim, e aí ele ia ser tocado e ia perceber que tinha de lutar pela sua garota...” null
começou a pensar nas suas palavras e olhou para a amiga, à procura de apoio.
“Veja o que você disse...” encorajou-a.
“Você acha mesmo que eu tenho alguma hipótese com ele? Olhe para mim! Você acha mesmo?”
“Claro que você tem chance. Quer dizer, se tirar essa cara triste e de enterro, talvez a sua conquista goste mais” disse
null,
fazendo-a rir.
“Eu te adoro, viu?”
“Não me diga isso a mim! Diga ao
null!” E foram as duas para o café bem contentes.
Deparam-se com uma cena um tanto esquisita: Estavam todos em pé, saltando e dançando. Não havia ninguém àquela hora no café.
null
fazia macacadas e
null
ria muito delas, fazendo o garoto muito feliz.
null
mal chegou meteu-se com
null
e dançaram com toda a energia que tinham.
null
mostrava a
null
como abanar as ancas e ele fazia o papel mais cômico a tentar aprender.
null
foi para o pé de
null.
“Parece que tenho de conversar com você, null” disse ela
“Tenho de conversar com você? Poxa! Tem mesmo de ser? Não tem aqui mais ninguém?” E começou a olhar.
“Ah, você é assim para mim?” disse divertida meio indignada.
“Sou, queria que eu fosse como?”
“Se é assim, então eu me vou.”
Mas
null
a agarrou pela mão. O tempo parou, o mundo congelou. Eles se olharam. O olhar dele era limpo, cristalino. Os olhos dela estavam brilhantes, mais brilhantes que o sol. A mão dela estava fria por ter ido lá fora, e sentiu-se reconfortada quando a mão quente dele pegou na dela.
“Fica aqui comigo.”
A expressão dele mudou completamente. Já não era um pedido de brincadeira, mas sim um pedido sério. Ela apenas sorriu e começaram a dançar. Eles aproveitaram o resto do dia da melhor forma.
Cap.8
“Oh, bonito, vou chegar atrasada!” dizia
null
para si mesma, enquanto se vestia à pressa. Saiu de casa a correr e o seu celular começou tocando.
“Alô?”
“null,
onde é que você se meteu? Faltam cinco minutos para o segundo toque!” berrava
null
do outro lado.
“Eu adormeci! Eu tô indo!” dizia a menina, correndo muito depressa.
“Se despacha viu? Se você chegar atrasada, a Mrs. London *(nome estúpido eu sei)* te mete uma participação em cima!”
“Por quê?”
“Você não leu o papelinho de onde?”
“Acha mesmo?”
“Whatever, o papelinho dizia que quem chegasse atrasado duas vezes, a terceira era participação! E já estamos na segunda semana de aulas e você já chegou duas vezes! Ainda por cima, você apanhou a pior professora!”
“Ai, nem fale,
null! Vá, beijo. tenho de me despachar!” E desligou o telefone.
Continuou a correr. Ainda bem que estava de All Star, porque senão seria bem pior se tivesse de salto alto. Continuou, até que viu que a estrada estava cortada. Dois carros tinham batido mesmo no meio da estrada e estava lá a polícia. ‘Oh bonito! Só faltava mesmo isto!’
Ela entrou numa estrada por entre duas casas, saltou os jardins de todas as casas até ao fundo da rua e foi para a escola.
“null,
você viu a
null?” perguntou
null.
“Quem falou em minha irmãzinha?” perguntou
null.
“O
null! Por que perguntou?” disse
null.
“Eu? Por nada, não a vi com as meninas...” disfarçou ele. Nesse momento, as meninas passaram.
“Bom dia!” cumprimentou
null
a elas.
null
e
null
olharam-se apaixonadamente. Estavam envergonhados.
“Bom dia,
null! Oi, amor!” cumprimentou
null
e deu beijo em
null.
“Oi, amor. Você viu a
null
por aí?” perguntou
null.
“Ela está atrasadíssima! E vai levar participação!” avisou impaciente
null.
“Participação? Por quê?” perguntou
null.
“Ela já chegou duas vezes atrasada, e se ela chegar hoje, leva participação!”
“Ai, que colégio parvo!” disse
null, falando pela primeira vez.
null
se riu da piada, fazendo a menina feliz.
O sinal tocou e
null
entrou em parafuso.
“Temos de ir!” disse
null.
“Eu fico!” disse
null.
“Nem pense! Já chega uma de nós com participação!” justificou
null,
e a levou para a sala.
“Que estresse!” falou
null.
“Ela vai levar participação!” falou
null.
“Pois qual é o estresse?” perguntou de novo;
“Ué, ela vai apanhar participação! Você só não está preocupado porque já levou três esta semana e já está chumbado!” falou
null,
e os garotos decidiram entrar.
“Dude, você não vem?” perguntou
null
a
null.
“Eu... Ah, sim, eu vou... mas vou ao banheiro primeiro...” desculpou-se.
“Cara, a gente teve meia hora aqui e só agora você se lembra de ir ao banheiro?”
“É... Minha cabeça de manhã não regula. Até já!” saiu
null.
“Merda, já tocou!”
null
ainda corria e olhou para o relógio. De fato, já tinha tocado e ainda faltava um bocadinho para chegar ao colégio.
null
olhou no corredor à procura da sala de
null. Viu os horários e foi à procura da sala ao fundo do corredor. Correu e viu que a professora estava a falar com um outro professor, mas que ia a entrar para a sala. Correu tanto e parou a frente dela.
“PROFESSORA!” gritou ele.
“Ai, senhor
null! Que pressa! Que foi?” perguntou ela. Oh bonito! E agora? O que iria inventar?
“Ahm... professora London...”
“Diga,
null! Tenho uma aula para dar!” Ele estava perdido. Teria de inventar a melhor desculpa possível!
“Oseucarronãoestánoestacionamentodocolégio!” falou ele muito depressa;
“Senhor
null, estou perdendo a paciência com o senhor! Fale pausadamente.”
“O seu carro não está no estacionamento do colégio!” falou ele.
“Ai, sim? E onde está?”
“Não sei, professora. Vi uns matulões vigiando-o de manhã...”
“Ai, MEU DEUS! Devem ser aqueles grosseiros do último ano! Meu carro! Saia da frente,
null!” disse ela muito apressada.
Cap.9
null
chegou finalmente ao portão da escola.
Pediu ao porteiro que o abriu. Continuou correndo *(possa, a menina não se cansa não? Ahahhaha)* e chegou ao corredor. Viu a sua professora correndo em sua direcção e se escondeu atrás de um cacifo. Quando ela passou,
null
respirou fundo e abrandou o passo. Encontrou
null
no corredor.
“null? QUE você faz aqui?” perguntou ela.
“Eu... eu vim ao banheiro!”
“Mas o banheiro é do outro lado do corredor...” Ela apontou.
“Ah, é? Parvo do
null! Vou matá-lo!” disse brincando. “ É aí, menina? Não devia estar na sala?”
“Devia! Mas a professora passou por ai a correr feita doida. Não percebi... você não a viu?”
“Não, acabei de chegar.”
“Ah, bom... Bem, tenho de ir! Adeus,
null...” Ela se desviou para um lado e
null
também e os dois chocaram.
“AI, desculpa!” disse ela.
“Culpa minha! Sou mesmo lerda!” disse ele brincando, e os dois riram.
As coisas dela estavam espalhas pelo chão. Ele apanhou algumas fichas e ela o seu estojo e uns livros. Faltava um teste e os dois decidiram apanhá-lo. A mão dela estava por baixo da dele. Olharam-se.
Eles não conseguiam falar, o seu estômago dava muitas voltas, e, apesar de estarem em equilíbrio de joelhos, as pernas tremiam descontroladamente.
“Ahm... obrigada,
null” disse ela e ele se levantou.
Estendeu a mão para ajudá-la e ela o olhou. Estava com uns olhos tão brilhantes como a luz lá de fora. Ela aceitou e deram as mãos. Ele a puxou para perto de si. Seus narizes estavam juntos. Podiam sentir a respiração e ouvir o batimento rápido e descontrolado do coração um do outro.
“null!” chamou um garoto.
Ela rapidamente se separou de
null. John tinha a chamado.
“Onde você se meteu?” perguntou ele, aproximando-se deles dois.
null
mostrava uma cara visivelmente triste misturada com raiva.
“Me atrasei!” respondeu ela.
“Que estava fazendo com este loser aqui?” perguntou ele.
“Tá chamando loser a quem? Se olhe ao espelho!” respondeu
null.
“null!” chamou ela.
“Você é mesmo cara de pau! Sendo grosseiro ao pé de um dama!” disse John.
“Pelo menos não sou gay suficiente para andar no time de golfe do colégio!” null
achou piada ,mas se calou.
“Canalha!” E John ia batendo em
null,
mas ele se defendeu.
“Então? Não tem resposta para isso, não?” provocou
null.
“Largue-o,
null!” E ele largou. John se indireitou.
“É preciso garota te defender...” disse
null.
“Chega,
null! Vá para a sua sala!”
“Mas, null...”
“Chega,
null! VAI!” gritou ela com ele. Ele se foi, cabisbaixo.
“Agora nós, santinho! Porque foi isso? Ele é meu amigo!”
“Acho que você devia arranjar amigos decentes!”
“Se cala, garoto! Você não escolhe meus amigos. Adeus!”
“Isso, vá ter com os seus amigos broncos! Você é tão pior quanto eles!”
“Adeus, golfista!” zombou ela, dirigindo-se para a sala.
Cap.10
“null! Santo Deus!” disse
null,
e abraçou a amiga que chegava à sala.
“Onde você se meteu? Tem sorte que a professora ainda não chegou. Meio estranho isso, mas passando a frente...” comentou
null.
“Bom dia, alunos! Sentem-se rapidamente que já perdemos muito tempo!” disse a professora, e elas pararam de conversar. Mas
null
logo recebeu um bilhetinho.
‘Você está bem, xuxu? null’
‘Não sei, gritei com o
null... null’
‘Com o
null? Você o encontrou?’
‘Sim, qual é o estranho?’
‘É que ele já devia estar com os meninos...’
‘Estranho agora...’
‘Mas por que você gritou com ele? Ele é o seu melhor amigo...’
‘O John se meteu pelo meio...’
‘O parvalhão do último ano? Canalha. Mas ele se meteu no meio de quê?’
‘Eu e o
null’
‘Você estava com o
null?’
‘Sim, estava... Quero dizer, eu o encontrei no caminho para a sala. Eu estava falando com ele e depois apareceu o John, insultou o
null, o
null
o insultou, o John ia batendo nele, o
null
se defendeu e gozou com ele, mas eu o mandei embora. Ele foi triste...’
‘Essa foi mau, amiga. Devia ter mandado o John embora, afinal, ele não é seu amigo’
‘Eu sei, eu tenho de ir falar com o
null’
“Menina
null, me diga a resposta à pergunta cinco” disse a professora e elas pararam com os papelinhos.
Ela respondeu vendo a ficha do companheiro de carteira e depois tirou a sua.
Em cima, estava um pequeno bilhetinho. Ela olhou intrigada. ‘Mais um?’ perguntou ela a si própria.
“Aposto que se atrasou por ter ficado na cama... sua dorminhoca!” Wla apenas sorriu. Aquele que lhe mandava as cartas era atencioso com ela. Ela não sabia quem era, mas gostava da atenção que a pessoa das cartas lhe dava.
“OH, senhor
null!” disse um professor para
null.
“Professor, entre!” disse ele.
“Entre você que já estamos perdendo a aula!”
“Obrigado, professor.” E
null
entrou e foi se sentar ao lado de
null.
“Dude, estava com diarreia?” perguntou
null
baixinho.
“Hã?”
“SIM, você não foi ao banheiro?”
“Ao banheiro? Ah, sim, claro que fui, mas me enganei no caminho!” Ele se lembrou finalmente da desculpa que tinha dado aos amigos.
“Pare com as tretas, dude! Eu te conheço, cara! Eu sei muito bem o que você foi fazer e te aviso que não é nada bom!”
“null,
não vai começar com essa história de novo, pois não?”
“Vou, sim! E vou continuar até você perceber que se ela suspeita disso...”
“Ela não suspeita de nada, dude! Ela pensa que é sorte, mais nada! Eu ia beijando-a, cara...” E
null
fez cara de sonhador.
“Você o quê? E porque não a beijou?” Agora
null
estava interessado na história. Nunca acho muito bem esses ‘planos’ do amigo, mas queria que ele conquistasse a garota que ele gostava.
“Um gayzinho do último ano apareceu. Um tal de John...”
“Ah, esse! E depois?”
“Depois nada. Ela me mandou embora!”
“Te mandou? E não mandou a ele?”
“Não!”
“Ta vendo como seus planos não dão bem? Abra os olhos, cara! Não é desse jeito que você vai consegui-la! Pare de andar na sombra e conta para ela!”
“Se toca, dude! Ela não iria aguentar. Nem eu, se ela me renegasse...”
“Você é que sabe... mas não diga que eu não te avisei!” E prestaram atenção à aula.
Cap.11
“null, que te deu, dude?” perguntou
null, sentando-se no mesmo lugar de sempre, no pátio do colégio. Eles se sentavam nos muros mais altos e isolados.
“Sim, desde que voltaste para a aula que estás assim. Eu sei que o professor é um cabrão, mas não é preciso ficar assim.” null
provocou risada em
null.
“Oi, garotos lindos!” disse
null,
aproximando-se com todas.
“Oi linda...” disse
null
envergonhado.
null
estava um pouco chateado/triste com a sua melhor amiga e não olhava para ela. Apenas a encarava com cara de bravo.
“Hey,
null,
que cara é essa?” perguntou
null.
“Nada” respondeu ele, sem olhar para
null.
null
não estava a gostar nada da idéia desses dois não se falarem.
“Que estão pensando fazer hoje?” interrompeu
null
o silêncio.
“É verdade, gente! Esqueci de vos avisar!” disse
null,
batendo com a mão na testa.
“Sempre de cabeça no ar...” comentou
null,
e levou tapa dela no braço.
“Sim, mas você gosta!” E todo o mundo se riu, menos
null
e
null,
que trocaram olhar furtivos.
“É verdade, mas você tava dizendo o quê?” disse
null.
“Hoje há festa!” null
começou a dar pulinho, mesmo estando presa por
null.
“TÁ BRINCANDO, NÃO?” disse
null,
que também explodiu.
null
abanou a cabeça freneticamente e as duas saltaram, gritaram, riram.
“Qual é a felicidade?” perguntou
null.
“Ai, você nunca percebe nada!” disse
null,
e ele levou na maior ofensa e baixou a cabeça.
null
deu tapas no ombro do amigo. “As garotas só nos fazem problemas!” disse
null
baixo. Mas foi ‘tão baixo’ que
null
ouviu e eles dois trocaram olhares furiosos.
“Quando é a festa?” perguntou
null.
“Amanhã à noite!” disse
null, acalmando-se.
“Eu vou!” disse
null.
“E vai com quem, irmãzinha?” perguntou
null.
“Ué, agora você tá me controlando?”
“Ai, maninha, não! Você sabe que não! Curiosidade apenas...”
“Desculpa, maninho, certas pessoas me tiram do sério...” null
entendeu perfeitamente a indirecta.
Estava um clima bem pesado. mas ninguém queria tentar resolvê-lo. Mas nunca ninguém tinha visto uma coisa assim.
null
e
null
nunca se chateavam. Só uma única vez ele se chatearam, quando ela pediu para ele a levar ao shooping e ele preferiu ficar bem aconchegado em sua casa. Mas a zanga durou três horas. Aquilo já era demais.
‘Por que é que ela não me pede desculpas?’ pensou
null.
‘Por que ele tá agindo assim comigo? Eu queria falar com ele, mas ele está de tromba e se armando em bêbê amuado! pensava ela.
“Bem, gente, eu vou andando! Quem tem literatura agora?” perguntou
null.
“Eu tenho!” disse
null,
e se levantou com a namorada.
“null,
o que você vai ter?” perguntou
null.
“Educação física!” disse
null
sem grande empolgação.
“Eu também, eu te acompanho, ladie!” disse
null
e deu o braço. A garota aceitou, e foram os dois rindo.
“null, a sua sala fica ao lado da minha...” null
começou e
null
deu um olhar de encorajamento. “Eu te posso acompanhar!”
“Ah, que bom,
null! Eu também não quero ir sozinha!” disse ela sorridente, o que deixou
null
melhor.
“Vamos,
null?” perguntou
null
furiosa.
“Tem mesmo de ser, né?”
Cap.12
(No corredor mágico…)
“null?” perguntou
null,
enquanto andaram pelo corredor. “Você anda de olho em alguém?”
“Alguém? Você quer saber um garoto?” Ele afirmou. “Ahm... sim... sim, estou de olhou num garoto!”
“Oh... quem é ele?”
“Hum... não te posso dizer” desafiou ela.
“Ah, não! Agora você vai falar...”
“Hum... Vou te dar pistas. Ele é lindo, simpático...”
“null, essa do Jesse Mccartney já não cola comigo!”
“Bobo!” Deu tapa no braço dele, e riram.
“Ná, agora a sério, quem é ele?” Ele agora estava sério.
“Última pista, ele é o meu melhor amigo!”
“Já não adivinho!” E chegaram à sala dela.
“Bem tenho de ir! Até logo!” E entrou na sala e ele continuou.
“null!”
“Diz, null”
“Você é simplesmente o meu melhor amigo!”
“Bom saber...”
Ele a viu entrar na sala dela. Mas depois parou para pensar nas palavras da garota: ela gostava do seu melhor amigo, e o melhor amigo era ele, logo, ELA GOSTAVA DELE!
null
correu para a sala ao lado e se dirigiu à garota.
“null? O que tá fazend...”
Mas ela foi calada pelo beijo do garoto. Ela não pôde resistir. Ele a abraçou e ela brincava com o cabelo do garoto. Depois, partiram o beijo e sorriram um para o outro.
“Sabia que eu sonhava com esse momento há muito tempo?” perguntou ele.
“Não, não sabia. Mas o que importa é que agora estamos juntos!” O sorriso dela ia de orelha a orelha.
“Eu te amo, viu?”
“Eu também,
null!”
null
teve de dar um beijo rápido a ela e foi para a sua sala.
null
foi assediada por várias garotas que viram a cena, mas ela não se importava minimamente com aquilo.
“Aim
null
para de fazer isso senão eu choro de rir!” dizia
null,
que se ria muito das caretas e figuras de
null. Ele rapidamente parou de fazer qualquer coisa.
“null, por que você parou de fazer coisa fofa?”
“Porque você disse que ia chorar de rir...”
“E isso não é bom?”
“Não, não é!” disse ele triste.
“null
não te tô entendendo! Você não me quer ver feliz?”
“Claro que quero, tudo o que eu mais quero é te ver feliz...” disse envergonhado e ela esboçou um sorriso.
“Então por que você parou?”
“Porque eu não te quero ver chorar...” disse ele cada vez mais escondido.
“Oh,
null, que fofo que você é!” disse ela, levando a sua mão à boca.
“Acha mesmo?”
“Você é lindo eu te adoro muito!”
A garota não se conteve de tanta demonstração carinhosa e o abraçou. Ele ficou em estado de choque, mas gostou.
Eles se separam e se olharam e, ‘inexplicavelmente’ e inesperadamente, os lábios dele foram ao encontro dos dela.
“Ahm...
null...”
“Sim, fofo...” Ela brincava com o cabelo do garoto.
“Vocêquernamorarcomigo?”
“É, se acalma
null!”
“Você quer namorar comigo?” Ela simplesmente levou a mão à boca de tanto espanto.
“Então, ficou sem fala?” perguntou ele, zoando com ela.
“Para de gozar! Eu não tô habituada a esse tipo de tratamento...”
“Então é melhor você se habituar... Quero dizer, se você aceitar o meu pedido...”
“Claro que aceito!” Ela o beijou e foram para a sala todos contentes.
“Hey,
nullzinho, olha para ali!” apontou
null
para
null
e
null
a entrarem na sala de mãos dadas e se beijando.
“Finalmente esses dois!”
“Ai, que lindos! Ela já andava desesperada com tanta coisa dele não notar nela!”
“Amor, olha ali!”
Era a vez de
null
apontar para dentro da sala, onde
null
estava e
null
se estavam beijando [N/A: acho que já deu para parecer que este acontecimentos todos estão ligados e são ao mesmo tempo]
“Meu Deus! Será que todo mundo tá se apaixonando? Loucos amores!”
“null! você também gosta de mim!”
“Amor, isso é diferente, eu sempre fui louco por você. Mas admiti desde o primeiro minuto... Estes todos demoraram dois anos!”
“É, nisso você é bom!” E o beijou na bochecha.
“Só faltava o
null
e a
null...” soltou
null.
“Acha mesmo?”
“Sei lá, isto anda tudo maluco! Eu já nem sei de nada!” E foram para a sua sala.
null
estava com
null,
caminhando para a sala dos dois. Não se encaravam, nem falavam, e quando dirigiam a palavra um ao outro, saia tudo ao contrário.
“null,
olha para mim!” E ele olhou.
“Que foi?”
“Por que você tá me tratando desse jeito?”
“De que jeito?”
“Você está me ignorando, e quando fala para mim, é grosso...”
“É, parece que o seu amiguinho John tinha razão quando disse que eu sou grosseiro...” disse rude.
“Você não tá chateado por causa do John, pois não?” Ela percebeu que tinha tocado no ponto fraco.
“Você acha o quê? Eu simplesmente não gostei de ver minha melhor amiga me mandando embora e ficar com aquele...”
“null!” chamou ela a atenção ao palavrão que ele poderia dizer.
“Aquele... tá vendo? Você até o fica defendendo!” Ele continuou o seu caminho.
“null!” ela ainda tentou chamá-lo. ‘Ah, não vale a pena mesmo’ pensou ela.
Ela foi para dentro da sala de aula e ignorou
null. Não sabia o porquê esse comportamento ridículo dele.
Cap.13
“E aí, sempre falou com o
null?” perguntou
null
a
null, quando saiam do colégio.
“Não, nem vou falar!”
“Por que não?”
“Ele foi grosseiro comigo... Não, ele É grosseiro, afinal, o John tinha razão em relação ao
null...”
“Tá vendo o que você tá dizendo? O
null
e você se conhecem desde a era dos dinossauros e são amigos desde esse tempo. E vão se zangar porque um parvalhão...”
“null!”
“Tá vendo? Você tá o defendendo!”
“Não é a primeira vez que ouço isso hoje...” disse cabisbaixa.
“Sim, aposto de quem ouviu isso! Vai falar com ele! Pede desculpas, fala com ele, tanto dá! Mas resolve isso com ele...”
“Obrigada, amiga! Vou agora!” Mas parou para cumprimentar
null,
que vinha em direcção a elas.
“Oi, linda!” null
beijou
null.
“Maninho, há alguma coisa de que eu não tô sabendo?” perguntou
null
com as mãos na cintura.
“Do quê?” perguntou ele, pondo o braço nos ombros da recente namorada.
“Disso aí! Que vos deu?”
“Nada, não! Nós só estamos namorando!” respondeu a amiga.
“Namorando? AHAH! Gente, que bom!” Ela deu pulinhos. “Tava vendo que nunca mais! Cabeças duras vocês dois! Bem, gente, tenho de ir!”
“Onde você vai?” perguntou
null.
“Falar com o
null” respondeu a amiga.
“Com o seu príncipe?” perguntou
null.
“Se liga,
null! Beijo!” E mandou beijo pelo ar.
“Seu maroto!” Deu tapa nele.
“Que fiz eu?” perguntou a
null.
“Que história é essa do
null
e a
null?”
“Vai me dizer que não sabia?”
“Sabia do quê?”
“Que o
null
tá doido pela
null!”
“Isso eu não sabia, não...”
“UÉ, todo o mundo sabe...”
“Não sabe, não...”
“Ah, pois, mas ele dá tanta cana, não percebo como nunca ninguém notou naquela história do
null
ter pintado o cabelo de verde, tal como aquele cara da revista, há três anos atrás...”
“Pois eu nunca percebi muit... O QUÊ? Ele pintou o cabelo como aquele cara da revista? Aquele cara que a
null
se babava todo o dia? Aquele que estava no caderno?”
“Esse mesmo!”
“Então por que o
null
pintou o cabel... AH, NÃO! Só faltava dizer que foi ele que reconstruiu a árvore de Natal que ela fez e foi destruída pelo John e companhia há dois anos!”
“Bem, pode acreditar, amor! Foi ele mesmo! Ainda me lembro, ele demorou três horas no colégio e só voltou a casa a uma da manhã, com as mãos cheias de cola...”
“Foi por isso que ele nesse dia levou aquelas luvas berrantes!”
“Para ninguém notar e desconfiar...”
“Ela amou o presente! Mas quer dizer que o
null
está por trás de todos essas situações bizzaras que aconteceram com ela?”
“Isso. Durante estes cinco anos, o
null
não tem feito outra coisa senão fazer os trabalhos, levar as coisas perdidas, safá-la de encrencas! É a única coisa que ele faz! Como você acha que ela não levou falta hoje de manhã? Foi o
null
que empatou a professora, para a
null
ter tempo para se demorar mais!”
“Caraca, ele tem feito isso tudo? Durante cinco anos?” null
afirmou com a cabeça. “Mas ela não nota?”
“Não percebo como não! Ele dá tanta cana! Mas deve ser amor!”
“E que amor! Nunca vi interesse dela pelo
null. Quero dizer, eles são melhores amigos, mais nada...”
“Talvez...”
“A única vez que ela demonstrou interesse foi quando ficou vermelha quando ele lhe disse que a amava no primeiro dia de aula do ano passado, e quando ela ficou com ciúmes da Stacey. Ah, e também quando ela ficou incomodada de vê-lo sem blusa... e... e... e quando ele...” Ela já estava a contar pelos dedos e depois olhou para o namorado com cara espantada. “Será?”
“Não sei, não! Isso tá ficando meio estranho! Vamos comer para aliviar! Falar desses dois cansa!”
“É, falar de você é melhor!” E o beijou.
Cap.14
“Oi,
null!” chamou John.
“Que você ainda está fazendo a minha frente? Desapareça!”
“Pega leve! Eu vim pedir desculpa!”
“Pois mas não serão aceites! Some logo!” E se desviou dele, mas ele a parou.
“Tô sendo sincero!”
“E eu sou a Madre Teresa de Calcutá! Não me encha o saco!”
“Você vai ficar aqui!”
“null,
olha ele ali!” null
observava tudo e não estava a gostar muito da idéia.
“Por que você não vai logo?” perguntou
null.
“Porque ela está zangada comigo e se me vê de novo com o John...”
“Ok, eu vou lá!”
“SOME DE UMA VEZ!” gritava ela.
“Oi, irmãzinha, tudo bom?”null
entrara na conversa.
“null, que tá passando com o meu boneco de pelúcia?” perguntou
null.
“Boneco de pelúcia?!” perguntou
null,
levantando a sobrancelha.
“É, o
null! Ele é o melhor namorado do mundo!”
“Namorado? Parabéns!”
“Obrigada,
null!” E o beijou na bochecha “Mas que tá acontecendo ali?”
“A
null
foi incomodada pelo cafajeste do John!”
“Aquele metido? Eu o odeio! Não sei porque ela vive defendendo-o!”
“Sabe como ela é, sempre defendendo os outros... mas isso é DEMAIS!!” null
estava furioso.
“Por que você não foi lá, null?”
“Ela ainda me mandava embora!”
“Sim, conte-me histórias! Vai amanhã à festa?”
“Vou, sim!”
“Oi, irmão da minha vida!” cumprimentou
null.
“É melhor você correr como nunca correu na vida, senão...” John mostrou o punho a
null.
“Tchi, tá me mostrando o punho? Criatura mais mal educada! Não deveria estar no time de golfe da escola!” zoou
null,
e levou
null
dali.
“Obrigada, irmão!”
“Não agradeça a mim! Agradeça a quem notou em você!” E fez sinal para
null, que a olhou meio triste.
“Foi o
null?”
“Foi, ele é que viu que ele estava te chateando o saco...
null, dá para fazer as pazes com o
null?”
Ela se manteve calada “É, você tem razão... Dá, sim, e é agora!”
null
decidida resolveu ir falar com
null. Iria ter o seu melhor amigo de volta! Como ela gostava dele! Não é esse gostar! Apenas gostava dele! Mais nada! Será?
Ela o encontrou a falar com uma garota, a pior da turma: Stacey! Sim, essa mesmo, Stacey estava falando com o
null!
“null,
dá para falar com você?” pediu
null. Ele olhou para ela, mas continuou conversando.
“null, posso falar consigo?” Mas ele simplesmente a ignorou. Sem grande paciência, meteu-se entre os dois.
“Dá licença... Dá para falar consigo,
null
null?” perguntou ela cheia de lata.
“Agora não,
null!” disse ele entre dentes e a puxou para o lado, continuando a conversar;
Ela não estava para meias medidas: era agora ou nunca!
“null!” gritou ela.
“Que foi?” ele perguntou bravo.
“Posso falar consigo? É urgente!”
“Não dá agora! Fica para outra altura!”
“MAS É URGENTE!” insistiu ela.
“PÔ. PARA DE ME ENCHER O SACO!” disse ele finalmente e lágrimas grossas começaram a cair sobre a cara dela.
“Eu te odeio,
null
null!” disse ela, antes de largar fugindo.
null
percebeu finalmente o que tinha feito. Como poderia ter feito isso? Como? Gostava tanto dela, queria tê-la ao seu lado e agora isto? Que besta!
“Sua amiga é bem estressadinha! Put...”
“Morda a língua, Stacey!” disse
null
ainda mais bravo.
“O quê? Agora tá defendendo-a?”
“Morra longe!” disse ele, e largou fugindo também.
null
tentou procurá-la até no átrio do colégio, mas nada.
null
chegou à aula com cara luminosa das lágrimas que ainda estavam na sua cara.
“Oi, amiga. Você tá bem?” perguntou
null
lentamente.
“É, estou bem mesmo! Quando é mesmo essa festa,
null?” perguntou
null.
“É isso aí!” disse
null,
levantando o tom de voz, mas foi calada pelo colega nerd ao seu lado, e se encolheu toda.
“Essa sim é a minha garota!” disse
null,
dando tapas no ombro dela.
“É A NOSSA GAROTA!” acabou
null
em beleza, e riram.
“Então, dude, falou com ela?” null
mal deu tempo para
null
respirar. Mal ele entrou,
null
o bombardeou.
“Não!”
“Por que não cara?”
“Porque... porque eu fui burro, cara! Pensei que se eu fizesse o mesmo que ela fez a mim. ela entendesse o quanto me magoou, mas não, acabei magoando-a! Que burro!”
“Que burro mesmo,
null! Ainda não percebeu que esse plano de fazer tudo para ela e ficar na sombra não resolve de nada? Cara, você tem de arriscar, de contar para ela!” aconselhou
null,
mas
null
ficou em silêncio.
“Vou pensar!”
“Pense bem!”
Cap.15
“Ai, que aula, gente!” falava
null,
de mão dada com
null.
null
estava com o casal.
“Vocês viram o resto?” perguntou ela.
“O resto? O resto deve estar se comendo!” comentou
null,
e eles dois riram.
“Hã? Se comendo?”
“Oi, gente!” disse
null vinha com
null.
“Ué, acho que não estou sabendo das novidades!” disse
null,
e se riu.
“Ah, isso! Eu e o ursinho de pelúcia namoramos!” disse
null
toda contente.
“Ursinho de pelúcia?” perguntou
null
“Sim, você é tão fofo!” E ele a beijou. Todo o mundo gritou ‘Eee’.
“Que gritaria! Que tá havendo?” Era a vez de
null
falar com
null
ao lado.
“O
null
e a
null
namoram! Que mundo louco! Só faltava você namorar com o
null!” disse
null
sarcasticamente.
null, que vinha com os outros dois, riu.
“Ahm...
null? Eles namoram mesmo!” chamou
null a atenção
“ AI, GENTE, DESCULPA! Que bom! Tava a ver que vocês não se entendiam!” disse ela, dando pulinhos e abraçando o recente casal.
“É, custou para o
null
abrir o olho mesmo!” zombou
null.
“Eu pensava que você é que não tinha aberto o olho!” reclamou ele, abraçando-a por trás.
“Bobo, como é que você pensou isso?” E o beijou.
null
estava sentada, e, no mesmo banco, mas mais longe, estava
null.
“Ah, bonito panorama! Todo o mundo feito casal menos eu!” disse
null.
“Por que você não vai chamar seu amiguinho John e forma logo casal com ele?” null
falou pela primeira vez.
“Tá fazendo-se de engraçado,
null? Que tal se juntar à zona dos casais com a Stacey?”
null
não estava para brincadeiras. Quando provocavam, levavam resposta. Os ‘casais’ pararam.
null
e
null
discutindo?
“A Stacey não é minha namorada! Eu nem gosto dela! Já você pelo John...” null
disse aquilo cabisbaixo.
“Eu não goste daquele...”
“Daquele canalha!” interrompeu
null.
“null!” disse
null.
“QUÊ? Não vai ficando o defendendo, pois não?”
“Talvez, ele é seu namorado” provocou
null.
“Ele não é meu namorado! Você hoje está insuportável,
null! Como eu te aturei esses anos todos?”
null
não pegou leve. Todos os outros ficaram espantados! Pergunta idiota. Mas ela não voltou atrás.
“Você esta falando sério?” null
agora estava com um misto de tristeza e admiração.
“É... é, sim!
null,
você pirou? Esse não foi o
null
null
que eu conheci quando era pequena!”
“E essa não era a amiga que eu costumava conhecer!” null
abandonou o resto do grupo.
Como é que o
null
conseguia fazê-la sentir assim? Tão culpada e insegura? Ela apenas ficou cabisbaixa.
“null...” começou
null.
“Não, gente, pára! Isto há de passar! Eu não vou ficar esperando por ele!”
“null,
não seja teimosa! Vocês que se entendam!” disse
null.
O sinal tocou. ‘Salva pelo gongo!’ pensou ela, e entrou na sala. Lá estava
null, sentado numa cadeira longe de tudo, com a pior cara do mundo. Como era possível?
Como é que ela conseguia dexiá-lo tão triste e desanimado? Ela não é a única rapariga na face deste planeta! Mas também não queria gostar de uma aiíen, como o
null
sonhara.
null
se achava uma alien, mas logo
null
a convencera que não era. Mas, sem dúvida, era aquela que ele queria. Não era a Rachel McAdams (apesar de ser uma boa posse), não era a Stacey, mas sim
null.
null
se sentou no seu lugar e abriu o seu caderno. Mas um bilhetinho cor-de-rosa! ‘Sei que você nunca olhará para mim, mas eu sempre olharei por você’. Que bilhete tão sincero! Ela precisava de alguém assim mesmo! Alguém que cuidasse dela, alguém que fizesse ela sentir bem. Mas quem seria ele? Quem?
Cap.16
“MENINAS, SE DESPACHEM!” Era a terceira vez que
null as
chamava de fora de casa,
“Meninas, meu boneco de pelúcia não pára de nos chamar!” disse
null. Era o dia da tal festa.
“Ai, se cala com essa coisa do boneco de pelúcia! Me faz confusão com o Mr. Cool!” confessou
null.
“Quem?” perguntou
null.
“Mr. Cool, o meu boneco de pelúcia! Amo-o!”
null
e
null
ficaram olhando para
null.
“Ei, vamos!
null,
se despacha!”
Ela desceu as escadas. Estava bem simples: camisola larga, calças à boca de sino pouco estreitas e All Star.
“VOCÊ PIROU?” quase gritou
null.
“Que foi?”
null
percebeu: suas amigas estavam altamente produzidas.
null
estava com uma saia de ganga curta, top, cabelo amarrado, olhos brilhantes e sandálias,
null
não estava muito diferente e
null
estava com bermuda de ganga, top e sandália.
“Tem certeza que não se esqueceu de nada?” perguntou
null.
“AH, SIM! Volto já!” null
correu escadas acima.
“Eu disse! Ela se vai produzir!” disse
null
triunfante.
“Bora, gente! Tamos no ir!” null
agora estava com o cabelo atado. segurando por um boné com camuflado de tropa. Colocava a carteira no cós das calças;
“Que podemos fazer?” pergunto
null
às outras .que deram de ombros e seguiram o seu caminho.
null
estava ao volante de uma grande carrinha.
“Pediu ao tio
null
para te liberar o carro?” perguntou
null.
“Ele é tão bom papai” comentou
null,
e todos riram.
null
olhava tristonho para
null. Como ela estava bonita! Adorava aquele seu jeito descontraído, simples e lindo dela se vestir. Fogo, mesmo que ela estivesse feia, ele continuava amando-a.
“Ai, mas que dama tão linda!” comentou
null,
e
null
se sentou ao lado dele, dando um beijo rápido.
“Oi, gente!”
null
não se importou de ficar ao lado de
null
a frente. Saiu do carro, abraçou a sua namorada e voltou para dentro.
“Entre na carruagem!” null
fez a sua melhor vénia e entrou com
null. Ela sorriu para ele.
“null, você vai com o
null
atrás, ok?” disse
null
e deu um sorriso encorajador à amiga.
Ela apenas aceitou e ficou ao lado de
null, atrás, sozinhos os dois. Apenas trocaram olhares intensos.
“Vá, saiam!” disse
null,
e foi estacionar o carro.
“Vamos?” E
null
liderou o grupo.
Lá dentro, havia não muita gente nem pouca gente: estava agradável.
“Gente, eu vou arranjar mesa!” gritava
null,
e
null
foi com ele.
Estava tudo muito movimentado e a música estava alta.
“Eu vou buscar bebidas!” disse
null,
e
null
foi com ele.
“Eu vou ficar esperando o
null!” disse
null.
“Eu estou aqui!” disse ele, abraçando-a por trás.
“Bora, vem comigo dançar que eu quero aproveitar essa música!” E puxou
null
para o meio da multidão.
null
e
null
ficaram sozinhos.
“Bem eu vou ver deles!” disse ela.
“De quem?”
“Deles!”
“Mas qual eles? Cada um foi em sua direcção!”
“Pois... ahm... eu vou ter com o
null
e o
null!”
“Eles foram em direcções opostas...” disse
null.
“Ah, foram?” E eles se riram por alguns segundos.
“Eu vou à procura...”
“Fica aqui!” pediu ele e segurou na mão dela.
Seus olhos se cruzaram com os dele. No meio daquele barulho todo, parecia que alguém tinha congelado o momento. Ela apenas o via, ele apenas a via. Ele olhou profundamente nos olhos dela. Ela sentiu o caloroso olhar dele percorrer o seu corpo.
“null!” Não era
null
que o chamava. Era Stacey. “Que você está aqui fazendo, garota? Não vê que está atrapalhando?”
“Desculpa gente!” disse ela, e correu para fora daquele sítio. Por que é que vê-lo com Stacey doía tanto no seu coração?
“Stacey, me faz um favor?” pediu
null.
“Me diga”
“Desaparece da minha vista! Se ferre! Morra longe! Pare de me encher o saco!” E
null
foi à procura dos outros.
“Oi,
null!” Ela estava no bar e uma voz masculina a incomodou.
“Olhem quem é ele! O Canalha do John! Você não se lembra do que eu lhe disse?” [garoto meio chato]
“Eu me lembro, sim, mas e não consigo ficar longe de você mesmo!” E aproximou-se dela.
“Pois mas desta vez vai ter de ficar mesmo!” disse brutamente.
“Ai, garota, deixe-se levar!” E colocou a mão na cintura dela.
“Se liga!” E deu tapa forte e rápida na mão dele.
“Não é preciso me bater para me mostrar que você gosta de mim!”
“Você tem veia de engraçadinho, não tem?”
“Não resista! Não dá mesmo...”
“Morre longe!” disse ela e saiu, mas ele puxou por ela.
“Você vai ficar aqui comigo!” E puxou forte.
“Me solta!” disse um pouco alto.
“Só um beijinho, que te custa?”
“Me larga!” falou mais alto.
“Hey, você não a ouviu?” null
entrou em cena [My Names is
null,
null
null
xD].
“Ah, você de novo! Você já viu que você atrapalha sempre tudo?”
“Eu acho que você é que está a mais!” respondeu
null
a John.
“Tem certeza? É que podemos resolver isso!” E mostrou o punho.
“Vocês caras do time de golfe só conseguem resolver as coisas à pancada! Pois o que se pode esperar de gente sem cérebro, né?” disse
null,
e levou com um grande murro de John mesmo na cara.
null
ficou impressionada.
null
não o deixou ficar-se a rir e deu um murro no estômago de John. Ele ficou à nora e
null
lhe deu alguns pontapés.
A briga se tinha instalado. Em poucos minutos, já estava tudo a tentar separar aqueles dois, mas nada. Já tinham mandado duas mesas ao chão, e agora estavam lutando, socando um ao outro no chão.
null
tentava os separar, mas nada.
“Que tá acontecendo?” perguntou
null,
agarradinha a
null
dançando.
“Não sei, vamos lá ver!” Mas uma mão no ombro o parou.
“Dude, temos de ir lá!” disse
null
preocupado com
null,
null,
null
atrás.
“null, você já quer se meter em pancadaria logo no princípio do ano?” zoou
null.
“Você às vezes é tão tapado,
null! O
null
tá levando daquele canalha do John e você aí zoando! Vamos, gente! Meninas, ocupem-se da
null,
null
pega no carro” null
deu tapa a
null
e depois instruções a elas.
“Está no final da rua!” indicou
null
a
null.
“Vamos,
null!” chamou
null,
e foram acabar com a briga.
Cap.17
“null, querida, você está bem?”
null
encontrou uma
null
choramingando.
“Separem aqueles dois! PAREM!” null
gritava com todas as suas forças.
null
estava levando tanto.
“ENTÃO, GENTE? VOCÊS PIRARAM?” A anfitriã da festa chegava ao local.
null
e
null
seguravam
null, enquanto
null, com algum nojo, segurava John com
outro garoto.
“Ele é que começou!” John tinha mais força que
null.
null
estava completamente morto mesmo. Tinha lábio rasgado, sobrancelha sangrenta
e nariz cortado.
“VOCÊS QUEREM ARRANJAR PROBLEMAS? VOCÊS QUEREM QUE CHEGUE AÍ A POLÍCIA? A
festa está encerrada!”
A anfitriã estava furiosa. Todo o mundo ficou dispersando. John se soltou de
null
e do outro garoto forte e rudemente.
Ajeitou-se e fugiu. Ainda deu pontapé em
null,
mas levou empurrão forte de
null.
“Vamos,
null, vamos para casa!” disse
null,
e, com
null, levaram-no.
null
ainda chorava.
“Vem cá, amiga!” disse
null, abraçando a amiga.
“Vem, gente!” null
chegou na hora certa.
“Minha namorada chega sempre na hora H!” disse
null.
“Deixe de brincadeirinha e ajude-o!” disse
null,
que estava ao lado de
null.
“null, ajeita aí umas coisinhas para o
null
aí atrás” pediu
null,
e a garota entrou e tirou alguns casacos e algumas coisas, abrindo espaço
para ele.
“null, amiga, entre!” disse
null,
e levou a amiga ao lugar da janela.
“Gente, eu e a
null
vamos a pé!” disse
null
“Por quê?” perguntou
null
“Porque o
null
precisa de espaço e não há lugar para nós. O
null
e a
null
vão na frente com o
null...” disse
null
“Amor, eu também vou com eles! Minha casa é no caminho! Até manhã, gente!”
null
beijou
null
e ficou esperando os meninos meterem
null
no carro.
“Deita o
null
aqui” disse
null,
tentando ajudar.
“Você não se impor... au... importa?” disse
null,
tentando mexer o lábio ferido.
“Shiu, se cala
null!” disse
null,
e viu a cabeça de
null
parar no seu colo.
“Até logo, gente! Melhora,
null!” disse
null,
e
null
e
null
foram atrás dele.
null
não conseguia encará-lo. Só de vê-lo machucado a fazia sofrer tanto.
“null” chamou ele.
“Sim?”
“O que você tem?” perguntou
null
com algum esforço.
Ela não conteve e começou a chorar.
“Desculpa,
null! Desculpa tanto isso! É por minha
culpa que você está nesse estado! Me desculpe! Você sempre foi o meu melhor
amigo e eu fui besta com você...” E continuou chorando.
“Hey, não chore, não! Eu te odeio ver chorar” disse ele carinhosamente, e
sua mão passou pelo rosto dela, limpando as lágrimas. Ela agarrou na mão
dele e a beijou.
“Eu te adoro, amigão.”
“Eu te adoro,
null.”
“Eu prometo que vou cuidar de você” disse ela, mexendo no cabelo dele.
“Não precisa... eu estou óptimo.” E tentou se mexer, mas gemeu.
“null, seu canalha, cala a boca! É uma da
manhã e se minha mãe sabe pelo barulho que você faz, me mata!” disse
null.
“Tadinho! Não fala assim com ele! Ele já levou muito hoje!” reclamou
null,
e ele imediatamente se calou.
“Obrigado” disse
null,
e deu aquele sorriso quente que
null
conhecia desde pequena.
“Deitem-no aí.”
null
entrava em casa e pedia a
null,
null,
null
que pousassem
null
no sofá dela.
“Tem certeza de que não precisa de ajuda?” perguntou
null
visivelmente preocupado.
“Não, mas obrigada na mesma, irmão!” disse
null,
e deu beijo na bochecha do garoto.
“Tem certeza? Eu posso ficar cuidando do
null
com você!” null
insistiu.
“Dude...” disse
null
baixinho. “Vá cuidar da sua namorada que a sua irmã sabe cuidar de mim! Me
manteve vivo durante estes anos todos... cof... Não será agora que não vai
conseguir me sustentar...”
null
apenas abriu um grande sorriso. Esse era o
null
que ela conhecia.
“Vamos, gente! Se cuide,
null!” despediu-se
null,
e ouviu-se a porta fechar.
Cap.18
“Vá, se deite aí” disse ela.
“Nem quando estou machucado você pára de mandar em mim!” reclamou
null.
“null, se deite enquanto eu vou buscar a
mala de primeiros-socorros” disse, ainda rindo do que o seu amigo
falara.
“Vai me abandonar?” perguntou ele, vendo-a sair do seu ângulo de visão.
“Eu nunca te abandonaria.”
null
apenas abriu um largo sorriso, o mais que conseguiu. Ela foi toda contente
buscar a tal mala. Estava feliz de se ter reconciliado com o seu amigo e,
mais que tudo, ele esboçava sempre aquele sorriso que ela tanto gostava.
Isso mexia com ela.
“Prontinho. Olhe para mim” pediu ela e os olhos brilhantes, suaves, limpos
dele olharam nela. Que sensação estranha! Parecia que, com apenas aquele
olhar, ela se sentia diferente, completamente diferente.
“Me diga, o que te deu para fazer isso?” perguntou ela.
“Eu... eu... eu apenas te quis proteger daquele... é melhor não dizer o nome
mesmo, né? Você vai vir para cima de mim.”
“Não, agora você pode mesmo chamá-lo de canalha!” brincou ela, e o fez rir,
mas doeu o lábio.
“Ai, desculpa!” Ela ia começando a chorar, mas
null
a parou, acariciando o cabelo dela.
“Não chore, eu odeio te ver chorar. Prefiro que você se ria e eu rasgar
ainda mais esse lábio” disse com carinho.
“Ai, meu deus, seu braço!” Ela levou a mão à boca quando viu um braço com um
buraco escorrendo sangue.
“É, ele dói um pouco.”
Ela foi tratando dele carinhosamente. Ela apenas recebia olhares apaixonados
e sorrisos brilhantes dele.
“Bem acho que você está prontinho… MEU DEUS! ME ESQUECI!” disse ela e foi
correndo buscar o telecomando.
“Ahm...
null... o que você esqueceu as três da
manhã?” null
não estava percebendo.
“Minha série favorita, dá um novo episódio a essa hora” e foi rapidamente à
cozinha buscar batata frita.
“Mas não repete no dia seguinte?”
“Não, estúpido canal. Quer ficar a ver?” perguntou ele e estendeu o pacote
para ele.
“Se você deixar...” Ela se sentou ao lado dele e estendeu um cobertor nas
pernas dos dois, mas rapidamente ela se encolheu.
“Vem cá, eu te protejo” Ele tentou estender o braço, tentando abraçá-la, mas
este lhe doía. Vendo o gesto dele, pegou com jeitinho no braço dele e
colocou ela própria à volta do seu pescoço. E colocou a sua cabeça no ombro
do garoto.
“Você não vai adormecer, pois não? É que eu não tenho jeitinho nenhum para
servir de travesseiro...” disse ele e levou tapa dela na cara.
“Ai, desculpa
null! Mil desculpas, mas você mereceu.”
Começou a dar muitos beijinhos na cara dele. Ele ficou meio atordoado, mas
se recompôs.
“Não tem problema, adormece que eu vou ficar aqui te protegendo de todos os
John’s possíveis.”
“Obrigada, amigo! Obrigada mesmo! Não sei o que seria de mim sem você.” E se
virou para a televisão.
“Nem eu sei o que seria de mim se você não existisse na minha vida”
sussurrou
null.
Pouco tempo depois,
null
já tinha adormecido nos braços de
null,
e ele desligou a televisão.
null
tentou se mover, mas viu que ela estava tão colada a ele que não queria
acordá-la. Vinte minutos depois,
null
já estava livre dela, mas a pegou no colo e a colocou na sua cama. Cobriu-a
e, quando se foi embora, começou olhando para o quarto dela.
Interessante! Estava cheio de fotos deles os dois: num canto, umas quatro
fotos deles bebês; numa moldura, uma foto tirada naquelas câmeras de feira
popular; no computador, o fundo era uma grande colagem de milhares de fotos
com ele, ela e o resto do grupinho. Viu em cima da mesa uma espécie de bloco
aberto onde estava escrito: ‘Hoje o
null
mal falou comigo. Me sinto perdida sem ele. Ele é o meu melhor amigo. O
null
é diferente: o
null
é o meu irmão, é diferente. Com o
null
posso contar para todos os assuntos de amizade, com o
null
é diferente, não percebo. Me sinto apenas feliz de saber que ele abriu a
boca dele e me mostrou aquele seu sorriso.’
null
apenas mostrou aquele tal sorriso. Tão amiga, tão verdadeira, tão perfeita
que ela era!
Depois, olhou para o lado e viu umas três folhas soltas, escritas com lápis
de cor, coisa de criança, com frases simples e desenhos de castelo e
cavalos.
‘O meu melhor amigo é o
null’ dizia a primeira folha. ‘O
null
é muito lindo.’ A segunda folha era acompanhada com um desenho bem simples
de
null.
‘O
null
é muito bom amigo e bom cara!’
Que surpresa! Como aquela amizade sobrevivera! Eles nunca tinham pensado em
gostar um do outro. Apenas quando as hormonas de
null
se activaram é que ele percebeu que realmente gostava dela e andava quatro
anos lutando por isso! QUATRO ANOS! Era muito tempo!
“Boa noite! Te adoro tanto!” sussurrou ao ouvido dela e se foi deitar no
sofá da sala.
Cap.19
null acordou de manhã com os raios de sol penetrando no seu quarto. Foi tomar banho, vestiu-se e desceu para o pequeno-almoço.
“null, que você fez?” Sua mesa da cozinha estava recheada de boa comida: torradas, mel, manteiga, compotas de doces, bolachas, cereais.
“Oi, bom dia” disse ele e a beijou na cabeça.
“Bom dia! Que pequeno-almoço!” Sentou-se e tirou cereais e leite.
“Dormiu bem?”
“Isso pergunto eu. Você está melhor?” perguntou ela.
“Bem, minhas costas ainda doem, e minha cara não é das melhoras, mas estou melhorando” disse ele, tentando esboçar um sorriso, mas seus lábios rasgados não o deixavam.
“null, desculpa por isso tudo! A culpa é toda minha!” Ela começou chorando.
“Hey, você não tem culpa de nada” disse ele e se aproximou dela.
“Tenho, sim! Se eu tivesse acreditado em você, se eu tivesse te escutado, se eu tivesse...” Mas não conseguiu acabar a frase,
null
a abraçou. Ela se viu envolvida naqueles braços protectores.
“Não chora. A culpa não é sua! Eu só estava te protegendo. Eu... eu... eu te adoro” disse ele.
“É, você é o meu melhor amigo” disse choramingando.
Uma pequena lágrima caiu sobre o rosto de
null. Melhor amigo. Tinha ouvido tanta vez essa frase nesses últimos quatro anos, e todas as vezes aquilo doía-lhe no coração. Melhor amigo e nada mais que isso.
“Vem, come que a gente tem de ir para a escola. Não quero que você vá para a escola sem comer.” Os dois riram.
========
“Oi, gente. Então,
null,
você está melhor?” perguntou
null.
“É, a
null
cuidou de mim.” Ele a beijou na cabeça. Como ela gostava disso!
“Minha irmã é a melhor” disse
null,
e todos riram.
“Eu sempre soube que era uma boa enfermeira” gabou-se um pouco.
“Melhor enfermeira, não sei, mas a maior garota gabona do mundo lá isso é” zoou
null,
e a outra deu de língua.
“Vamos para a sala?” perguntou
null,
e o resto o seguiu.
“Eu te ajudo,
null” disse
null,
e ele agradeceu com um sorriso.
Puxou a cadeira e ele se sentou.
“Acho que eu é que devia estar fazendo isso para você, né? Eu é que sou cavalheiro” disse ele, quando ela se sentava a seu lado.
“Você sonha muito,
null!”
‘É, sonho muito’ pensou para si próprio.
Durante duas semanas,
null
tornou-se quase o anjo da guarda de
null, apesar de ele já ser o dela. Ela tratava dele com todo o cuidado, não deixando as gargalhadas, os momentos de diversão e amizade de lado.
“Bom dia!”
Mais um dia que
null
chegava ao carro de
null. Como sempre, ele a cumprimentou com um beijo na testa, aquele beijo que ela conhecera desde sempre.
“Bom dia, grandão.”
“Olha, eu hoje preciso muito da sua ajuda...” pediu ele, fazendo bico.
“Você sempre precisa de mim! Mas vá, que você quer dessa vez?”
“Eu preciso de ajuda para o teste de química!” disse rápido.
“Hum... tá bem.” Ela sorriu.
“Em minha casa, as cinco.”
“Combinado!”
“Ué, Senhorita
null,
onde você vai?” null
chamou-a. As aulas tinham acabado e ela estava saindo para casa de
null.
“Eu vou estudar com o
null.”
“Ui, isso vai dar coisa!” comentou
null.
“Vai dar o quê? Vocês, às vezes, tem piada!” E riu sozinha.
“O riso estúpido dos apaixonados! Não liguem!” disse
null.
“Apaixonados? Eu e o
null?” gargalhou ainda mais.
“null, xuxu, não é preciso negar, tá? Todo mundo aqui sabe que você e o
null
se gostam faz tempo! Essa coisa do melhor amigo é treta!” disse
null.
“Melhor amigo! Puf, essa história já deu. Quando vocês tinham doze anos, pronto, aí vocês ainda se safavam. Agora? Por amor de Deus, vocês tão em plena adolescência, hormonas começam a agitar. Não há modo que negar!” disse
null.
“Sério, gente, eu não gosto nem nunca gostarei do
null! Vocês sabem, era a mesma coisa que eu PODER namorar com o
null! Não dava! Ele é como meu irmão!”
“Primeiro, você não namora o
null
porque a
null
namora ele, e se namorasse, ela te matava. Segundo, o
null
sempre foi teu irmão, brincadeirinha de criancinha. Terceiro, tá na cara que você gosta do
null! Você fica vermelha quando ele te manda comentário, fica triste quando vocês discutem, fica com ciúme se alguma garota fala com ele, menos nós, né? Logo são sintomas tipicamente de apaixonados!” disse
null.
“Bem, o que vocês beberam hoje?” perguntou ela sem perceber.
“Tão vendo? Eu tinha razão! Negação: sintoma típico!” disse
null
triunfante, e riram.
“Bem, me vou.”
Ela parecia uma maluca rindo durante o caminho. Que babozeira! Gostar do
null! Era a mesma coisa que a Bela gostar da Fera! Pera aí, no clássico da Disney, eles se gostam! Nah, ele e ela não são como esse clássico. É mais como... Nenhum filme surgia na cabeça dela para explicar a relação dela e do
null. Será? Será que a baboseira delas estava certa? Quer dizer, ela sempre ficava com ciúmes, mas era porque o seu melhor amigo estava dando atenção a outra garota, e não a ela! OH, MEU DEUS! Que pensamentos! Ela desligou-se completamente deles.
Cap.20
“Sempre pontual, como sempre!” disse ele, abrindo-lhe a porta.
“Você precisa rever o seu português!” entrou rindo.
“Química! A gente vai estudar Química!” disse ele.
“Bem, trouxe livros, resumos, coisas assim.” Mas ela só o viu se aproximar dela. “null... ahm... que tal a gente começar?”
“É, vamos começar” disse, desistindo, vendo-a se afastar. “Então um sistema de forças é composto por sempre um par de forças” disse ele triunfante.
“null! Isso é Física! Nós vamos estudar QUÍMICA! Sabe? Aquela coisa que acontece entre dois apaixonados...” Mas ela se calou. Sentiu o seu coração batendo muito depressa. Ficaram-se olhando por alguns segundos. “Então...” E desviou o olhar.
(Umas horas depois)
“Tô farta!” disse ela, e se deitou no sofá.
“Eu também! Como é que você consegue?”
“Consigo o quê?” perguntou ela.
‘Ser tão linda’ pensou ele.
“Consegue... consegue estudar tudo isso! Eu nem tenho paciência para duas páginas!”
“é muito treino, meu amigo! É muito ano nisso! E também muita cabeça!”
“Tá me chamando ignorante?” [se for o Jones a perguntar isso, é obvia a resposta ué! uahahaha]
“Não, acha mesmo? Você só não sabe as coisas!”
“Ah, obrigado!” Ele saltou para cima dela e a olhou.
“Que tal sair de cima de mim?” pediu ela.
“Só se você retirar o que você disse!”
“Não!” desafiou.
“Ah, não? Se é assim...” E começou a fazer cócega nela.
“null!
Hahaha! Pára, por favor! Hahahaha! Minha barriga tá doendo! Hahaha” disse, entre risos.
Ele também ria, todo contente e sorridente.
Ela começou batendo nele, mas ele a parou, segurando nos pulsos. Ficou com o nariz a poucos centímetros do dela. A respiração dela era fraca, o coração batia muito, e não era da agitação, ela estava nervosa.
Ele não perdeu a oportunidade e fechou os olhos, beijando-a suavemente. Ela nem se mexeu, apenas retribuiu. Ele largou as mãos dela e massageou a cara suave da menina, enquanto ela se apoiou nos braços dele.
“Filho, cheguei” disse a Sra.
null.
Os dois deram um pulo. Ajeitaram as roupas, pegaram em alguns cadernos, fingindo estudando, trocando olhares.
“Oi, mãe!” cumprimentou
null.
“Oi Sra.
null”
“null? Que bom vê-la! Que estão fazendo?” perguntou.
Era uma senhora jovem, sorridente, com um óptimo humor. ‘Perfeita sogra’ pensou null,
mas deu uma tapa na sua testa.
“Estudando” respondeu o filho.
“Mas a gente já acabou!” null
olhou para ela.
“Ah, já? Era só isso?” ele tentou convencê-la.
“Já, acho que te expliquei tudo direitinho!”
“Não quer ficar para jantar? Há muita comida e seria uma honra. Ah! E essa conversa do ‘não quero incomodar’ já deu, tá bem, senhorita
null? Você não incomoda nada! Você é praticamente da família” respondeu a Sra.
null.
‘Bem queria que fosse’ pensou
null
com ar tristonho, olhando para ela.
“Fica para outra altura! Minha mãe tá me esperando, e ainda... ainda vou receber uns parentes! Sabe como é, daquelas pessoas que amamos tanto, mas que já não vemos à séculos! É sempre bom rever!” Ela se saía sempre muito bem nas palavras.
“Ta bom, querida! Até sempre.”
Ela agradeceu, cumprimentou-a, e
null
foi guiada para a porta com
null
ao lado.
“Ahm... null... a gente...” disse ela.
“A gente amanhã fala! Beijo grande.” Deu selinho nela, e ela o viu desaparecer por detrás da porta.
Ficou paralisada. Que acabou de acontecer? Ela tinha beijado o seu melhor amigo! Melhor amigo? Será que ele era apenas amigo? Ela não sabia, Apenas tinha... tinha GOSTADO! Aliás, ela tinha ‘sonhado’ na sua cabeça isso faz tempo!
Que tava acontecendo? Naquela mesma tarde tinha dito que apaixonar pelo
null
era missão impossível, e agora o beija, gosta e se sente boba? BOBA? OU NÃO! Isso é sintoma de paixão! NO WAY! Ela não se podia ter apaixonado pelo seu melhor amigo! Ela tocou nos seus lábios e se sentiu confusa. SEU MELHOR AMIGO! Será que a amizade deles seria estragada? Talvez? Não sabia!
Decidiu ir para casa tranqüila.
Chegou a casa, beijou a sua mãe na cara, pousou as coisas no quarto e desceu para comer. Ela, com certeza, comeu com outros modos, mais alegre, mais viva, nem se irritou quando viu a nova música da Fergie coisa licious na televisão. Chegou ao seu quarto e começou a olhar para as suas coisas.
“Droga, não acredito que deixei lá o meu livro de Química!” Começou mexendo na secretária, abrindo as suas pastas, mas nada. Tinha mesmo esquecido. “Vou telefonar para ele. Melhor para casa, ele nunca tem aquele aparelho ligado.” Pegou no seu celular e discou o número.
“Alô?” perguntou a outra voz.
“Alô? Oi? Sra
null?”
“Não, é a Katie!”
“Oi, Katie! Nossa, mal reconheci sua voz! Onde foi parar a bebê que eu conheci, que andava toda contente com dois totós na cabeça?” Ela riu. Katie era a irmã mais nova de
null.
“null, eu sempre soube que você tinha alguns parafusos a menos, mas eu já tenho quinze anos!”
“Tá feita mulher!”
“Você é a única a dizer isso! Todos me acham bebê! Mas vem cá, por que você telefonou?”
“Ué, já não posso telefonar para a irmã do meu melhor amigo?”
“O quê? Eu não acredito! Você ainda não pegou o meu irmão?”
“Que conversa é essa? Esses seus quinze anos te afectaram!”
“Ah,
null,
deixa de conversa fiada! Todo o mundo sabe que o meu irmão gosta de você faz tempo e você não fica indeferente. Eu vos conheço desde bebê!”
“Ah... pois, mas eu queria mesmo era saber se ele tem o meu livro de Química” desviou.
“Ele tem, sim. Tá na sala? O que vocês dois fizeram? Ele não para de tocar nos lábios...” Ela sorriu do outro lado.
“Nada, deve ser panca dele mesmo! Tenho mesmo de ir, manda ele levar isso amanhã, tá? Beijo.”
“Quando falar com você de novo, quero que o meu irmão já esteja pegado, tá?” E desligou.
Só faltava mesmo a Katie vir para cima dela. Pô, será ela estava engonhando o que era óbvio faz tempo? Não sabia, só sabia que adormeceu pensando no beijo, em todos os momentos que esses dois viveram.
Cap.21
"Voce acha mesmo?" perguntava
null
a
null.
"Claro!" E riu.
BIP BIP BIP
“Droga de celular!”
“Alô?”
“null! Que você tá fazendo ainda acordada? São oito da manhã! Você vai chegar atrasada!” null
berrava do outro lado.
“Oito da manhã? Merda! Eu tô indo!”
Deu um pulo da cama, lavou-se, vestiu-se e desceu as escadas rapidamente. Quando chegou lá, estava
null,
null
e
null
vendo televisão, e as meninas conversando, mas
null
não estava lá.
“Bom dia” apareceu o dito cujo.
Passou por ela, beijou-a na testa e sorriu. Ela ficou meio envergonhada, mas deu um pequeno sorriso.
“Por que vocês me fizeram acordar de manhã? SÃO OITO DA MANHÃ!” gritou ela.
“Porque a gente tá te esperando!” respondeu
null.
“É, é melhor irmos para o colégio!” Ela seguiu caminho para a porta, abriu-a, mas viu que ninguém a estava seguindo. “Mexam esses traseiros, que a gente vai chegar atrasado!” Mas eles ficaram olhando para ela.
“Gente, teste de Química!” respondeu ela meio óbvio.
“null...” começou
null.
“APANHADAAAAAAAA” gritaram todos, e depois gargalharam. Ela ficou meio boba e não percebeu.
“Que vocês tão rindo da minha cara?” perguntou ela.
“Ahm,
null
é sábado!”null
dizia, entre risos.
“Eu não acredito que vocês... eu vos mato, gente!” Nem ela conseguia manter o ar sério. Brincadeirinha estúpida!
“É sempre bom enganar um de nós! É óptimo principio de dia!” disse
null,
e
null
sentou no sofá com eles.
Os olhares entre ela e
null
eram obvio, ela não conseguia parar de o encarar por o que aconteceu ontem. Tinha gostado, mas ela não podia se apaixonar por
null.
Porque não podia? SIM, ele era um garoto, ela uma garota, ele parecia gostar dela e ela gostou do beijo que trocaram. Onde está a parte difícil de compreender? ‘Ele é o seu melhor amigo,
null! Se vocês namorarem, não dá! A vossa amizade será arruinada! Vocês são A-MI-GOS, não NA-MO-RA-DOS! Não vai resultar.’
“null?” Ela sentiu
null
muito perto de si, interrompendo os seus pensamentos.
“Ahm... eu vou ao banheiro!” disse ela, desviando-se dele e olhando nos seus olhos brilhantes.
Ela correu para o andar de cima, trancou-se lá dentro, olhou bem para o espelho e começou a falar.
“null,
que tá acontecendo? Você mal consegue falar com o seu melhor amigo! Você gostou do beijo que vocês deram! Que tá acontecendo? NÃO! VOCÊ NÃO PODE! Você não pode gostar dele, ela é o seu melhor amigo! Isso iria arruinar a sua amizade com ele! Sim, foi tudo um simples erro! É isso você vai dizer isso para ele. É isso!” disse determinada, mas, ao sair do banheiro, foi contra
null.
“null,
você me seguiu?”
“Eu... queria conversar com você sobre ontem, é que não deu tempo...” Ele tentava ganhar coragem.
“Ah, sobre isso, não se precisa de explicar. Eu sei que foi tudo um erro!” disse ela corajosa, como se fosse normal.
“um erro?” ele gaguejou.
“É, não é preciso a gente falar mais sobre isso! Foi um erro, estávamos próximos, foi espontâneo! Não se preocupe, isto fica entre nós!” disse ela, e continuou o seu caminho, mas
null
ficou paralisado.
“null,
você tá bem?” perguntou ela.
“Eu? Claro! Ainda bem que resolvemos isso!” disse meio feliz.
Ela desceu e ele ficou pensando. Estava de coração partido! Em quatro anos, ele conseguiu roubar um beijo dela e agora era um erro. UM ERRO! Não tinha significado nada para ela, enquanto para ele significou tudo! Ficou meio abalado.
“null,
vem almoçar!” gritou
null
lá debaixo, e ele seguiu para a sala de jantar.
Todos começaram a comer.
null
e
null
ao lado um do outro,
null
à frente de
null
e ao lado de
null,
null
e
null
do outro lado e ao lado
null,
null
à frente de
null.
Eles não paravam de se olhar. Ele começou a comer freneticamente, sem ligar para ela.
‘Que deu nele? Tá tão estranho comigo!’ pensou ela.
“Dude, pode comer com mais calma!” disse
null
ao seu amigo do lado.
“Comer rápido faz bem! Faz-nos esquecer coisas indesejáveis.” Ele meio que olhou feio para ela.
“É, você tem toda a razão! Eu também vou comer rápido! Assim, esqueço-me das pessoas estúpidas desse mundo!” disse
null,
e
null
a chamou a atenção, mas não ligou.
Ficaram em silêncio.
null
comia rapidamente sem olhar para ela.
“null
que você tem?” perguntou
null,
não aturando mais ele. Não respondeu.
“Tá fazendo birrinha, é, null?” perguntou ela.
Nenhuma resposta e ela voltou a comer.
Silêncio. Interrompeu
null.
“null, você sabe quando você quer muito uma coisa, você luta por isso, você realmente recebe um sinal, mas depois cortam-te as asas?” perguntou
null,
e olhava para
null.
“Ahm, sim, mais ou menos” respondeu ele.
“O que você sente?”
“Ahm, desanimado, furioso, talvez triste!”
“Resposta dada!” disse para
null,
mas ela se levantou da mesa, deixando todos perplexos.
“null,
que passou entre vocês?” perguntou
null.
“Nada! Foi isso, não se passou nada! Nada aconteceu!” respondeu grosseiramente.
null,
null
e
null
seguiram
null,
enquanto que os garotos ficaram com
null
à mesa. Aí, null
se desbroncou.
“Que te deu, dude?” perguntou
null.
“Que pergunta foi essa que você me fez?” perguntou
null,
não percebendo.
“O que aconteceu? O que aconteceu é que a gente se beijou...”
“Ei, cara! Não era isso que você queria?” interrompeu
null.
“Mas ela hoje me disse que foi um erro! UM ERRO, DUDES!” respondeu
null
nervoso.
“É, acho que ela mandou mal...”null
não sabia que falar.
“Eu esperei quatro anos por um sinal! QUATRO ANOS! Um simples beijo eu esperei por quatro anos! Eu me mantive na minha parte, sempre a ajudei, sempre a protegi, e eu a beijei e ela me diz que é um erro?”
null
estava desesperado. Os garotos não falaram nada e continuaram a comer.
Cap.22
“null, abra essa porta já!” null batia freneticamente.
“Vão se embora!” gritou ela.
“Pára de fazer birra e deixa pelo menos suas amigas entrarem!” falou null.
“Chatas! Se ferrem!”
“Abre logo essa porta, porra! Nós somos chatas porque nos preocupamos com você. Abre logo isso!” gritou null, e a porta abriu-se.
Elas entraram, e null se sentou na cama, tapando a cara com as mãos.
“Que aconteceu lá embaixo?” perguntou null.
“A pergunta é: que aconteceu entre você e o null?” disse null.
“Não fala nele, tá? Grosso!” null respondeu torto.
“null, o que deu em você? Falar mal do null não é seu!” null se sentou ao lado da amiga.
“Eu...ele... Pronto, a gente se beijou ontem!” ela disse rapidamente.
“O quê?” perguntou null.
“É foi isso!”
“Ué, tá assim por quê? Não era isso que você queria?” Era null falando.
“Cala a boca, ! Essa história não tem piadinha nenhuma!” reprovou null.
“Ah, null, pára de mentir! A gente sabe muito bem que você e o null se gostam! É obvio, tá na cara!” disse null.
“Mas se vocês se beijaram, por que é que vocês tão bravos um com o outro?” null não estava percebendo.
“Eu... eu...”
“null, fala logo!” disse null.
“Eu disse hoje que tinha sido tudo um erro!”
“UM ERRO?” gritaram as três, e ela até tapou os ouvidos.
“É, calma! Não é preciso gritar!”
“Como não é preciso? Como não é preciso, null?” disse null.
“Odeio quando você começa repetindo frase!” ela falou.
“null, você disse que tinha sido um erro!” exclamou null.
“E?”
“E... e para você, pode ter sido um erro...” começou null.
“Sim, para mim, foi!”
“Mas, para ele, pode não ter sido!” concluiu null.
“Eu fiz para o bem da humanidade! Eu não queria estragar minha amizade com ele! Eu tô bem assim!” ela se justificou.
“Você tá bem discutindo com ele?” acusou null.
“Não, assim! Assim, como amigos!” E saiu do quarto.
null voltou para a cozinha, cheia de raiva.
“Ai, que ódio! Vida de merda! Por que você tinha de fazer isso comigo?” Ela fechou a porta da cozinha, mas de repente viu null. “Você tava aí?”
“Eu tô saindo!”
“null...” Ela o parou e pegou a mão dele. Ele adorava isso, porque o fazia sentir mais calmo.
“Deixa, null, eu sei porque você tá assim! E eu entendo, a gente é amigo e de repente nossas hormonas estão em agitação. E depois, você é linda e tem um bom porte físico ,logo fica bem difícil estar ao pé de você...” Mas ela deu tapa forte no braço dele, e eles riram.
“Safado!”
“É, mas você gosta!” ele soltou sem querer. Ela o olhou nos olhos. “Eu, afinal, sou o seu melhor amigo, né?”
“É, e você será para sempre!”
E o abraçou, como pequenas crianças. Eles poderiam até gostar, mas, acima de tudo, eles era AMIGOS! Entendiam-se, confessavam as coisas.
“null...” null ia falar, mas o seu celular tocou. “Alô? Oi, Stacey, tudo bom? Se eu tenho algo para fazer? Não, nada mesmo... Quer passar por um clube? Ok, tô passando por sua casa, beijo, até já!” E null desligou.
“Você nos vai abandonar?” ela perguntou indignada. Estava fazendo as pazes com o seu amigo e ,de repente, alguém faz tudo mal.
“Ué, ela me convidou.”
“null, mas a gente tá falando...”
“Deixa estar, tá tudo resolvido mesmo, né?” perguntou com indiferença.
“null...”
“Beijo!” E saiu correndo.
Que ódio dessa garota! Estava falando com ele e ela veio atrapalhar e ele mal se despediu dela! Ué, será que null estava com ciúmes? Nah, não podia ser, não dava! Mas que vê-lo com a Stacey era difícil, lá isso era!
‘Calma garota, recomponha-se e vai para a sala’ ela pensou, e foi ter com os casais.
Dez da noite, dez e meia, dez e quarenta e cinco, onze horas e nenhum sinal de null. Ele tinha saído as cinco da tarde, mas null estava ficando nervosa. Não sabia por que, mas pensar no que ele podia estar fazendo com Stacey não lhe agradava nem um pouquinho.
“null, você tá bem?” null a chamava.
“Oi, mano.” E se sentou no sofá.
“Hum, isso cheira null pelo meio...” confessou ele.
“null, você sabe?”
“Bem eu só sei que você é a melhor amiga dele, mas que para ele, você é mais que isso.”
“Eu tô tão confusa! Ele é o meu melhor amigo!”
“Ué, ainda melhor! É da maneira que vocês se dão melhor!” respondeu ele seguro.
“Quer dizer, é da maneira que a gente se zanga depois se acabar!”
“Ué, null! Você mal começou algo e como você já sabe que vai acabar?” falou ele e ela o olhou.
“É, você tem razão!”
“Que tal lhe dar uma pequena mínima chance? Pelo menos, lembre-se que ele é seu amigo!”
“É por isso, null, e que...” Mas foi interrompida.
“Você gasta meu nome! Se ele é seu amigo logo, por que você não se diverte com ele como amigos? Seria muito mais fácil ao invés de vocês andarem evitando porque deram um beijo!”
“Obrigada, mano, mas tenho de ir. Beijo!”
Recebeu um beijo na sua testa, deu adeus para as amigas e foi para a casa, com uma melhor cara.
Cap.23
“Mas o que deu nessa gente?” null entrava na escola e notou que alguma coisa se passava.
Todos os alunos estavam nos corredores, correndo de um lado para o outro e fixando os seus olhos em vários cartazes espalhados.
“Ah, aqui tá você.” null sentiu-se ser puxada por null, que a levou para a sala e a sentou.
“Que tá acontecendo nesse colégio doido?” null acabara de a sentar e colocou um cartaz na sua frente.
“Que isso?”
“Você ainda pergunta? Que tal sei lá olhar e ler o que tá lá escrito?!” falou null, aparecendo atrás de null.
“FunZone: o Baile do Ano... Isso é já esse sábado?”
“Isso aí! E você sabe o que isso significa?” perguntou null, vindo de trás de null.
“Que vamos ficar em casa fazendo sessão de filmes?” Os olhos de null brilhavam.
“Marou? A gente vai!” falou null.
“Vamos?” perguntou null.
“Claro que vamos! Vocês tão ficando lerdas demais!” disse null.
“Culpa é da null!”
“Por que minha? A culpa é sua ! Se o null não andasse com você, aposto que você não seria tão lerdinha assim!”
“Que tem meu null de mau?” perguntou .
“O problema não é ele, o problema e dos amiguinhos dele que pensam demais em tudo!”
“Tá falando...” null foi interrompida.
“NÃO! Eu não tô falando de ninguém mesmo!” E, para salvação de null, o professor entrou.
“Esses dois vão se falar, nem que seja no baile mesmo!” falou null, e null teve a melhor ideia da sua vida.
“BAILE?!” gritou null.
“Sim, null, vai haver baile” falou null.
“Mas a gente vai tocar lá?”
“É só pedir ao director” disse null.
“Acho que nem vale a pena pedir. Olhem só” falou null e pegou num cartaz e tirou uma lupa.
“Desde quando é que você traz uma lupa para o colégio?” null perguntou.
“Desde que... ah, esqueçam!” disse null e começou virando o cartaz.
“Me dá isso, loser!” falou null. “Bla bla bla, não interessa... hum... exacto! DROGA!”
“Percebi tudo, hein, null?” falou null.
“Deixe-me ler: aviso que apenas será um baile de músicas PASSADAS pelo DJ da escola. Não haverá músicas ao vivo, mediante o que aconteceu no baile passado” null leu.
“Que aconteceu no baile passado?” perguntou null.
“Nada mesmo, apenas uns amigos do John partiram aquilo tudo depois de nós termos tocado” explicou null.
“Quem? O John, o cara da null?” null apenas falava mais alto daquilo que devia.
null fez a pior cara de raiva e saiu disparado para a sua sala. Sentia raiva de tudo o que tinha acontecido entre ele e null. Pensava que depois de tudo, aquele beijo iria levá-lo ao mundo onde ele sempre quisera estar: um mundo ao lado de null, mais do que um simples amigo. Queria odiá-la mas o amor que sentia era bem mais forte que o ódio. Entrou na sala e cruzou-se com ele e apenas deu um sorriso rasgado. null sentiu algo a percorrer-lhe a espinha.
“Bom dia, alunos. Hoje, vamos nos concentrar no Baile FunZone! Quero que façam grupos de trabalho e dentro de cinco minutos atribuirei tarefas” disse Mrs. Quin a todos.
Como sempre, as meninas se reuniram e os McFly conversaram o que iriam fazer.
“Hum... Sra. null, o que o seu grupo quer fazer?”
“Nós queremos ficar com o palco!”
“Hum, professora?”
“Fale, Sr. null.”
“Eu queria pedir para a gente ficar com o palco!” As meninas se impressionaram. Qual era a diferença de elas ou eles ficarem com o palco?
“Por que vocês querem o palco?” null estava preparada para uma ‘mini-guerra’ contra null.
“Porque a gente decora melhor que vocês, que ficam sempre engatando algum panaca no meio dos preparativos.” null entrou no jogo. null gostava de null mesmo assim.
“Mas a gente pelo menos decora alguma coisa, não fica olhando para outras garotas nojentas!”
“Meninos, por favor, parem já com isso!” falou a professora.
“Professora, desculpe o null, mas nos deixe ficar com o palco, por favor! As meninas podem decorar o outro lado do salão!” sugeriu null e fez um ar significativo a , que percebeu.
“Eh, meninas nós ficamos com o outro lado da sala” disse por fim e a profa. consentiu.
“Stacey?”
“Sabe, Mrs. Quin, a sua blusa é fantástica!” falou ela, e as meninas fizeram cara de nojo.
“Stacey, o que o seu grupo vai fazer?” repetiu Mrs. Quin.
“Sabe, professora, a gente tava pensando em não fazer trabalhos pesados...”
“Com medo de partir a unha, é?” perguntou null.
“Sra. null” a professora chamou a atenção.
“E a gente tava pensando fazer uma eleição do Rei FunZone e da Rainha FunZone.”
“Me deixa adivinhar: você vai ser a rainha, não é isso?” perguntou null.
“Sra. null!”
“Como você não oferece competição, óbvio que eu vou ganhar, né?”
null se controlou imenso para não mandar um estalo na cara de Stacey.
“Você gostou da idéia?” disse uma das amigas da Stacey.
“Sim, eu aprovo!”
“YES!” null falou um pouco alto, mas apenas as meninas ouviram.
“Yes? Você marou? Isso é infantilidade americana o que a Stacey tá fazendo!” disse null.
“Eu disse 'yes' por já ter uma idéia para a nossa parte do salão” E começou a ‘vomitar’ alguma idéia idiota que tinha memorizado, enquanto, sem que null notasse, mandou um sorriso a null.
Cap. 24
Faltavam apenas dois dias para a grande festa, e todos os preparativos estavam a ser feitos.
null
e
null
estavam se dando bem e estavam planeando um plano para juntar
null
e
null
.
null
e
null
viviam um belo romance, bem como
null
e
null
.
null
e
null
estavam a milhas de distância. Eles podiam se adorar, se amar, mas quando se zangavam, eram demasiado orgulhosos para admitir o erro, era uma das coisas que tinham em comum.
“Menina
null
, como tá correndo tudo desse lado?” Mrs. Quin fazia uma revisão inteira à sala.
“Vai tudo bem.”null
tinha se tornado a coordenadora de todos eles... menos dos meninos, que fizeram questão de decorar o palco e ninguém poderia ver o que eles estavam preparando.
As arqui-inimigas das meninas, Stacey e companhia, estavam fazendo alguns cartazes de publicidade ao sorteio e a grande caixa rotativa que iria sortear o Rei e a Rainha.
“Michelle, não é essa a cor, é esta!” E entregou um rolo de vermelho a garota.
“Obrigada.”
“
null
, para onde levamos o sistema de som?” perguntaram dois garotos.
“Para a mesa do DJ, ali no canto.” Ela apontou.
“
null
, temos um problema com a água!”
“Chame o técnico Richard. Onde estão os cartazes que eu pedi?” gritou para todos.
“Estão aqui,
null
” falou Katie.
“Obrigada.” Ela sorriu e os observou. Eram amarelados e com uma bonita cor.
Olhou em volta e viu todos a trabalharem. Ela não estava gostando muito da idéia do baile, mas ela sempre gostava de coordenar os outros: era uma maneira de ‘mandar’ e de expressar as suas idéias, pedindo a todos que decorassem a sala como ela queria.
“Então, Stacey, como vai tudo?”null
deu o seu melhor olhar de cínica.
“Larga de ser cínica,
null
! Eu sei que você só tá aqui para zoar com a minha cara.”
“Tenho tido minhas influências quanto a parte cínica, sabe? A loira oxigenada mais popular do colégio tá me dando umas dicas.”
“Ainda bem que você sabe que eu sou popular.”
“Popular só pelo seu dinheiro, porque você é zero!”
“O quê?”
“é isso mesmo que você ouviu! Ou você tá ficando, além de burra, surda também?”
“Algum problemas, meninas?” a professora apareceu por trás.
“Nenhum mesmo! Tava só dizendo à Stacey que os cartazes e a banca de votação estão fantásticas.”null
deu o seu maior sorriso.
“Obrigada.” Stacey entrou no jogo, mas despediu-se com um olhar irado.
null
continuou vigiando toda a sala. Chegou-se ao pé do palco e viu a cortina meio aberta. Estava ansiosa para saber o que os meninos andavam preparando.
Viu uma grande cortina vermelha e decidiu espreitar...
“Hey, sai fora!”
“Eu sou sua coordenadora,
null! Eu preciso de ver como tão as coisas!”
“Que tá acontecendo aqui?” null saiu pela cortina cheio de tinta e com uma camisola branca toda pintada de muitas cores que mal se poderia adivinhar qual era aquela que os garotos estavam utilizando.
“Alguém chamou você, null?” perguntou
null com desdém.
“Não, mas também ninguém chamou você para aqui!”
“Mas acontece que eu sou sua coordenadora!”
“E o que isso me interessa?”
“Interessa que EU tenho de ver as coisas como tão por aí!”
“Entre à vontade!” null deixou-a passar.
“Você tá louco? Ela não entra!” null proibiu.
“Por que não?” null estava quase irada.
“Porque é segredo!”
“Pois para mim não é segredo, porque eu sou sua coordenadora,
null null,
e é melhor você me deixar passar!”
“Você não consegue arranjar uma desculpa melhor, não?! É que essa da coordenadora já passou muita vez pelo meu ouvido, mas também já saiu!”
“Canalha!””
“Garota irritante!”
“Meninos, o que tá acontecendo aqui?!”
“Mrs. Quin, ainda bem que chegou!” null
estava irada, mas agora ia dar uma boa e doce vingança a
null. “A senhora nomeou-me coordenadora dessa gente toda, certo?”
“Certo, Srta. null.”
“E como tal, eu estou supervisionando tudo o que aqui se passa para que tudinho esteja perfeito no dia da festa.”
“E tá fazendo um ótimo trabalho!”
“Obrigada... mas o problema é que o Sr.
null
não tá me deixando supervisionar o palco, não me ajudando a desempenhar o meu trabalho.”
“Mas,
null,
eu te pedi para supervisionar o palco?”
“A senhora pediu-me para cuidar da festa, sim.”
“Mas o palco é com os meninos, e ninguém pode supervisionar senão eu, tornando a informação toda ela confidencial.”
null sorriu para
null com cara de safado vitorioso.
“Isso ainda não acabou,
null null! Anote isso na sua cabeça!” Ela esticou o dedo ao garoto e foi para a entrada da sala ver a faixa.
Cap.25
“null, precisamos da sua ajuda.”
“Diga, Michelle, qual é o problema?”
“É a faixa, nós não sabemos como colocá-la.”
“Esperem dois segundos.” Ela voltou com null.
“, você sabe como meter a faixa?” ela sussurrou.
“Tá me vendo com cara de colocadora de faixas?”
“Você puderia ajudar no mínimo, não?”
“Desculpe, null, mas ninguém aqui sabe o que tá fazendo. Todos tão colorindo tudo com cores meio bizarras, enquanto os meninos tão ali escondidos no palco e ninguém sabe de nada.”
“Eu aposto que os meninos estão fazendo um ótimo trabalho.” Chegou null por detrás das duas.
“Isso é tudo confiança no null ou você sabe de algo?”
“Eu, null? Acha? Sei tanto como você!”
“Então você sabe que eles são uns idiotas!” soltou null.
“HORA DE IR, GENTE, A ESCOLA VAI FECHAR!”
Eram provavelmente seis da tarde e todo o mundo estava trabalhando para aquela bendita festa. null apenas viu todos saírem.
“null, você vem?” null gritou para ela, arrumando o casaco.
“Vão andando, já vou lá.”
“Até já” falou null, e null subiu um escadote para colocar a faixa.
Subiu um andar e viu-se segura. Pegou na faixa e continuou subindo, mas o escadote foi balançando um pouco. Mesmo assim, ela continuou.
Não sabendo como fazer, ela pegou numa corda, fez um buraco numa extremidade e, não sabendo como, atou à porta [N/A: gente, eu acredito que isto possa ser possível mas tenho 100% certeza q não e mas pronto xD]
Deslocou-se um pouco para trás, perdeu o equilíbrio e caiu... Mas viu-se amparada por um par de braços e agarrou-se ao pescoço do garoto.
“null?” perguntou baixo.
“Não interessa quando ou onde você cair, eu irei sempre te agarrar” ele disse e fixou o seu olhar no dela.
Os olhos dele brilhavam mais do que esperado. null estava respirando apressadamente e o seu coração parecia que ia sair da sua boca. As suas pernas tremiam e algo lhe revirava o estômago. null pegava nela e a sentia só sua. Era o seu momento. Sim, ele queria repetir o ‘erro’. Mas será que ela queria? Não interessava, estava disposto a isso!
Olharam-se fixamente e null aproximou a cara de null, e ambos estavam prontos para fechar os olhos e entregarem-se um ao outro.
“null, se despacha!” null tinha chamado a amiga, e ele a pousou no chão. Ficaram se encarado por alguns momentos.
“Eu tenho...” começou ela.
“Vai, te vejo amanhã.” Ela abandonou o recinto, e null suspirou e passou mão pelos seus cabelos nervoso.
null começou a andar para casa apressadamente, mas não se esqueceu de apertar o casaco contra si para se proteger do vento frio de Londres. Quando o fez, algo fez um barulho de parecer ter sido amaxocado.
Com algum cuidado, abriu o casaco e retirou de lá um pequeno papel: “Não fuja de mim, porque eu nunca fugirei de você.”
Ela fez uma grande bola de papel e deitou no lixo mais próximo. Tudo estava acontecendo muito de repente.
Eles sempre foram melhores amigos, desde os onze anos de idade. null tinha namorado alguns garotos, e null teve algumas paixões, mas esse ano estava sendo bem estranho. Tudo poderia ser explicado por uma ‘pressão-de-casal’, já que os três melhores amigos dele namoravam as grandes amigas de null e isso fazia com que possivelmente ela e null também tivessem de ficar juntos.
Isso até fazia sentido na cabeça dela, senão fosse o fato de os típicos sintomas de paixão estarem presentes nela: pernas a tremerem, nervosismo, coração acelerado, sentindo muito calor e algumas borboletas no estômago.
E se ela tivesse apaixonada? Era o melhor amigo, e depois? null pensou que era melhor esquecer tudo isso.
“null, você está bem?” perguntou null, enquanto as outras duas andavam pela frente.
“Claro, por que não haveria de estar?”
“Você está muito vermelha.” Imediatamente, ela colocou as mãos na cara e a sentiu quente.
“Que calor, hein? Aquela sala estava sem ar condicionado!”
null não quis aprofundar mais o assunto e decidiu ficar assim.
null estava cada vez mais pensativa, mas se esqueceu disso.
As garotas chegaram à casa de null, onde todas tinham planeado ir dormir. A campainha tocou.
“Aiii, é o meu ursinho de pelúcia!” Todas elas riram, e null pensou o que diria null se soubesse que a sua namorada o envergonhava diante de todas as suas amigas.
“Ursiiiiinhooooooooo!” null pulou nele e se beijaram apaixonadamente.
“Oi, amor... tudo bem, meninas?” E cumprimentou-as, mostrando a mão.
“Tudo bem, null” responderam quase em coro.
“Fica aqui que eu já volto!” E null ia desaparecendo, mas null impediu-a.
“Você vai sair?”
“E deixar a casa para nós?” completou null.
“Siiiim, mas não a destruam, tá?” E as três subiram para o quarto para ajudarem null.
“Mana, você tá com má cara” falou ele, enquanto iam para a sala.
“Nota-se assim muito?” Ela colocou de novo as mãos na face.
“Você tá um pouco nervosa... é do null?”
Ela se levantou e começou falando muito rápido, enquanto dava voltas pela sala:
“Eu não gosto dele, eu sei que não, mas quando ele se aproxima de mim, o meu coração parece um tambor muito rápido e as minhas pernas ficam moles e tudo mais. Mas eu também não tenho ciúmes dele, mas eu ODEIO quando aquela Stacey se mete entre mim e ele. E se eu tiver apaixonada? Eu não posso, não posso! Ele é meu amigo...” E exausta se sentou.
“null...” null se concentrou e fechou os olhos. “Se você gosta dele, não tente negar isso, e é ótimo ele ser seu amigo. Quer dizer que você tem grande facilidade em contar-lhe tudo e quando precisar dele, ele está aqui por você.”
“Mas eu não quero magoá-lo...”
Ele interrompeu:
“null, deixa rolar. Se acontecer, aconteceu. Deixa rolar, deixa ver o que acontece.”
E ela assentiu.
“Vamos, ursinho?” apareceu null e as outras duas.
“Vocês vão sair?” falou null.
“Yap” respondeu null.
“E você me vai deixar com essas duas SOZINHA?” falou para null e apontou para null e null.
“Hahaha, vamos comer a null!” E o casal saiu, enquanto as outras três se divertiam numa guerra de travesseiros.
Cap.26
“null, me dá isso!” null corria atrás da menina, pedindo seu celular.
“Deixe-me ler! 'Nós vamos buscar vocês às oito, e leva aquele perfume que eu tanto adoro. Amo você. Douglas.' Ooooow, que coisa fofa!” falou null zoando.
“Já parou o showzinho?” null alcançou o aparelho.
“Já, sim, não se preocupe.” riu com null.
“Onde tá a null?” perguntou null.
“Eu vou procurá-la.” E null desceu.
Ela a encontrou sentada, comendo pipoca, de pijama.
“null” ela disse surpresa.
“Ah, oi, ! Já viu o que tá dando? Back To The Future! [n/a: ja vi 2 vezes *--*] Fantástico, não é? Assim fico entretida enquanto vocês vão ao baile.” Ela apontou para a televisão, sorrindo.
“Você não vai à festa?”
“Ué, obvio que não!”
“O null vai tar lá” falou null, e null calou-se.
“E...?”
“E eu acho que ele gostaria de te ver” ela disse sincera e se sentou ao lado dela no sofá.
A outra encolheu as pernas e desviou o olhar para a televisão, mas a amiga a perseguia.
“Que foi?”
“O null tá completamente esperançoso de te ver.”
“Então que se desespere, porque eu não vou” ela decidiu-se firmemente.
“Por que não?”
“Ele não quer me ver... Estamos zangados, você sabe disso” ela disse amuada e triste.
“null...” A garota colocou a mão sobre as pernas nuas da amiga. “Já faz tempo que você devia seguir o seu coração, e não faça essa cara de ‘você não tá entendendo nada’ porque TODO o mundo já entendeu que você ama o null mais que tudo. Mas sabe qual é o seu problema? Você não se quer machucar e então evita tudo. Mas, null, você já pensou que talvez seja essa a vez que você não sairá machucada e viverá bem para sempre? Quem disse que ele não é o seu príncipe?”
“Você acha?” ela perguntou com receio.
“Acho, e acho que é melhor você despachar, se quer ir à festa e ver o null.” A outra sorriu.
“É, bem que ele deve estar lindão e simples, com casaco de terno e calça de ganga.” null imaginou.
“É, talvez, mas ninguém fica mais lindão que o meu null.” null riu com ela, abraçou-a, e subiram.
“Hey, onde vocês estiveram?” perguntou null.
“Limpando a cozinha” respondeu .
“Mas eu não sei o que vestir” confessou null.
“TCHARAAAAAAAAAM!” null pulou e apareceu com algo nas mãos. “Tome isso e se vista, que eu vou maquiar você. null e , temos apenas quinze minutos!”
E as outras duas viram null e null desaparecerem pela porta do banheiro.
“Despache-se, null!”
null saiu do banheiro pouco minutos depois.
“Preparem-se, vem aí Srta. null!”
null saiu do banheiro com um vestido branco apertando no pescoço, justo, de tecido grosso, marcando as curvas, e com alguns pequenos vincos no final, batendo no joelho.
Seu cabelo estava o mais despenteado possível, mas com um pequeno gancho de uma flor branca e por baixo do vestido. Notava-se a parte de cima de um biquini vermelho chocando com o vestido.
Para não deixar o lado colegial, mas descontraído e atraente, seu pé estava usando [n/a: pé usando xDD] um ténis confortável e azul. A sua cara estava apenas delineada com lápis preto por debaixo dos olhos e um lip gloss rosado.
“null, você é a minha heroína!” disse null agradecendo.
“Você tá dizendo que eu sou sua droga?” A outra arregalou os olhos e todas caíram na risada [n/a: não sei se no Brasil é igual mas heroína é um nome de uma droga].
“Que tal estou?” ela perguntou ao centro das atenções.
“Bem, considerando que eu vou ter de levar uma bata para o null para ele não inundar o ginásio de baba...” null pôs todas rindo.
Uma buzina ecoou no quarto.
“Vamos, meninas” disse null, e desceram as escadas.
Os garotos estavam à frente de uma carrinha velha, mas pintada coloridamente, menos null, que estava do outro lado.
O olhar de null cruzou com o de null, iluminado e mais brilhante que nunca. null não conseguia evitar de deixar um sorriso tímido se formar no seu rosto. Ela estava realmente linda.
Ela olhou para ele, perfeitamente perfeito como sempre: camisa, moletom vermelho, jeans e tênis azul.
Enquanto os outros casais se juntavam, null abriu a porta à null, e ela entrou sorrindo, sendo seguida por ele. Ele fechou a porta, e ficaram no carro.
“Tudo bem, null?”
“Sim, e com você?”
“Também.”
Aquele silêncio perturbador se instalou entre eles, até que o celular de null caiu de um dos seus bolsos. Ela foi logo apanhá-lo, mas chocou com a cabeça de null.
“Au!” Riu ela.
“Desculpa!” Ele também estava rindo, mexendo na cabeça.
“Você continua tendo a cabeça dura” falou ela em gargalhada.
“É, e você continua sendo cabeça dura” disse ele, olhando-a nos olhos.
“Como assim?”
“Você sabe do que eu falo” ele se expressou, e ela corou. “null...” Ele pegou na mão dela sob a sua perna semi-nua, e ela se arrepiou. “Aconteça o que acontecer, eu vou sempre estar aqui quando você precisar.”
Os outros entraram no carro falando, mas o olhar dele fazia com que null fosse para outro mundo, esquecendo o real.
“null, se mude para o lugar de trás.”
null o empurrou e começaram numa brincadeira de murros, enquanto null se sentou ao pé da amiga, paralisada.
“Você tá bem?” null apenas assentiu.
“Espere até ela saber a nossa surpresa” sussurrou null ao ouvido de null.
Cap.27
O ginásio estava verdadeiramente demais. Fitas coloridas pregadas nas paredes, mesas de várias cores e o chão enfeitado com bolas de cada cor e triângulos com padrões.
null sorriu com todo o seu trabalho, e, mal ela entrou, além de os amigos terem começado a dançar, todas as outras pessoas começaram a cumprimentá-la.
“Que festa! Tá tudo demais!”
“Parabéns! A decoração está linda.”
“Que party, hein? Óptimo trabalho seu!”
“Grande coordenadora! Nunca vi nada assim!”
“Você rula” falavam as pessoas, mas alguém a chamou a atenção.
“Como é que está o palco?”
null olhou para o fundo do ginásio e o palco ainda estava tapado. Queria se enraivecer com os meninos, eles estavam escondendo aquilo dela há séculos e nada ainda.
Ela se afastou da multidão, mas um garoto a parou à sua frente.
“Oh, é você, John.”
“É, eu mesmo. Quer dançar?”
“Sinceramente, sim.” O outro sorriu, mas ela passou por ele. “Mas não com você.” E ficou rindo dele, quando chocou com outro garoto.
“E comigo, já quer?” null apareceu com o seu melhor sorriso safado, aquele que null também gostava.
“Hum... não sei se você sabe dançar” ela começou com o jogo de provocação.
“Eu sou o melhor dançarino da região.”
“Sim, e eu sou a Cinderella.” E eles riram.
“Para mim, você é.” Ele a encarou sério.
Uma música lenta começou juntando casais, e null decidiu se juntar a null.
Ele a abraçou pela cintura e ela colocou sua cabeça no peito dele. Ele cheirava aquele perfume que só ela tinha. Óbvio que outras pessoas também o tinham, mas aquilo tinha sido feito por ela.
Ela sorria um pouco por sentir o coração dele acelerado, mas contente por ter algum efeito nele (como se ela já não soubesse, depois de milhares de dias os seus amigos a tivessem dito isso).
Aqueles três minutos de música pareciam intermináveis, mas eles aproveitaram tudo.
“E agora, gente, uma mais mexida para vocês” o DJ falou, e começou a dar uma música rock, mas bem mexida. As garotas adoraram.
Hey, hey! You, you! (Hey, hey! Você, você!) I don't like your girlfriend (Não gosto da sua namorada) No way, no way (De jeito nenhum, de jeito nenhum) I think you need a new one (Acho que você precisa de uma nova) Hey, hey! You, you! (Hey, hey! Você, você!) I could be your girlfriend (Eu podia ser sua namorada)
Hey, hey! You, you! (Hey, hey! Você, você!) I know that you like me (Eu sei que você gosta de mim) No way, no way (De jeito nenhum, de jeito nenhum)
“Não me obrigue a dançar isso” ele pediu.
“Então você não me conhece.” E seguiu a letra, cantando para ele.
You’re so fine (Você é tão bonito) I want you mine (Eu quero você para mim) You’re so delicious (Você é tão delicioso) I think about you all the time (Penso em você o tempo todo) You’re so addictive (vVcê é tão viciante) Don’t you know what I could do to make you feel alright? (Não sabe que eu podia fazer para te fazer sentir bem?)
null se divertia ao ritmo da música, e null apenas a mirava, rindo, e escutando muito bem a mensagem.
Continuaram assim e a música acabou.
“Tô cansada, vamos beber?” perguntou ela;
“Desde que você não se embebeda.” E levou tapa dela no braço.
“A música tem uma mensagem bem divertida” disse null, lançando a afirmação para o ar.
“É, tem mesmo.”
“E você tava falando verdade? Na letra?”
“Descubra por si mesmo.” Ela riu, e ele se aproximou, mas algo puxou o braço dele.
“null.” Stacey, a garota irritante, voltou.
“Stacey, podemos falar depois?”
“Não, eu já tive demasiado tempo sem você.” E tascou um beijo em null.
null parecia chocada com aquilo tudo. Para evitar que alguém a pudesse ver num estado quase de choro histérico, saiu e correu para o banheiro mais próximo. Estava sozinha, e ainda bem que estava.
“Você tá doida, garota? Me larga!”
Ele estava bem zangado e olhou para o seu lado, mas null já não estava lá. Imaginou que ela teria ido embora e correu para fora do ginásio. Deu alguns passos, mas nada, ela não estava lá.
O primeiro dos colegas que avistou foi null.
“null você viu a null?” ele perguntou nervoso.
“Não, não vi.” null estava desesperado. “Que aconteceu, cara?”
“A Stacey me beijou, puta!”
“NA FRENTE DA null?” Algumas pessoas ficaram olhando null, mas ele disfarçou. “Na frente dela, dude?” E o outro assentiu.
“Man, vem, vamos ao banheiro.” Ele puxou null para o toalete mais próximo.
Cap.28
null limpou algumas lágrimas e começou falando para o espelho:
“Desiste dele, ele não te merece. Melhor ficar amigos.”
“Que raiva, dude! Puta essa garota!” Alguém arrombou a porta, e null se escondeu num compartimento.
“Acalma, cara!” Ela ouviu a voz de null acalmar a outra pessoa.
“Como, null? Como? Aquela garota destruiu todas as minhas hipóteses de eu vir a namorar a null! Você acha que ela me vai perdoar?” Ele estava histericamente apressado e descontrolado.
“A null não é burra. Ela sabe que você não gosta da Stacey.”
null mexia descontrolado no cabelo, andando de um lado para o outro. Parou de andar e olhou para o amigo, quase chorando.
“null, você não sabe o quanto eu gosto dela.”
“Sim, eu sei” ele disse sincero.
“Não, null, você não sabe. Eu amo ela demais. Nesses últimos anos, tudo o que eu tenho feito é para ela. Ainda me lembro quando ela chegou lá na escola sem mim, dizendo que estava sofrendo demais. Só de ouvir a voz dela, eu podia ter comprado algum jogo para o PlayStation 2 ou ganho um bilhete qualquer para uma banda, mas aquela voz fez meu dia mal. Se ela está mal, eu também estou.”
“Você não consegue esquece-la, pois não?” arriscou o outro garoto.
“Não. Depois daquele telefonema, eu decidi que ela nunca iria sofrer. Eu iria protegê-la para todo o sempre, ser o anjo da guarda dela, sabe? Nesses últimos quatro anos, ajudei-a em tudo, protegi-a de todo o mal que alguém lhe poderia ter feito.”
“Mas será que isso não é proteção a mais, null? Ela já não é criança, sabe se defender.”
“Não sei, mas a verdade é que nesses últimos quatro anos eu fiz de tudo: arranjei a árvore de Natal, ela não levava nenhuma reprovação, ela sabia sempre quando levar roupa quando estava a chover, sabia sempre quando a tarifa da cafetaria mudava, tinha o cacifo limpo, nunca apanhava brincadeiras desagradáveis...” A este ponto, ela estava chorando devagar, lembrando-se de todo o momento estranho que null nomeara e que ela, de fato, nunca soube explicar aquilo. “Fui eu, null, era eu que a vigiava.”
Ela abafou um gemido, como se alguém estivesse ouvindo uma má notícia e ia continuar ouvindo.
“Mas você se apaixonou por ela. Vocês apenas eram duas criancinhas, vocês nunca se gostaram, sempre olharam para outras pessoas” exclamou o amigo, demonstrando não perceber o porque daquela missão-proteção de alguém.
“Isso foi o que eu não previa. Um ano depois de eu estar a protegendo, eu comecei falando e nos tornamos melhores amigos. A gente já era, mas sabe aqueles amigos que só tem um ao outro e que confiam tudo um ao outro?”
null se lembrou dos momentos em que eles ficavam horas falando por celular ou num jardim, ao fim da tarde. Também se lembra das conversas de gay que só ele podia ter e eles comentavam tudo, desde garota bonita à feia, da gorda à super esquelética.
“Pouco depois de um ano e meio, eu me apaixonei” ele continuou. “Um dia, nós nos abraçamos na brincadeira e aí que eu soube o que eu sentia.”
null reviveu aquele momento na sua cabeça. Também se tinha sentido estranha nessa tarde.
“Pedimos a vossa atenção a toda a gente” null falou ao micro, e se fez silêncio.
“Anda, vem, esquece isso, você fala com ela depois.”
Eles saíram e deixaram null sozinha. Ela saiu do compartimento e começou a pensar em tudo, desbobinando tudo. Então, ele a amava. Tinha todo esse tempo tentado fingir e impedir isso para não ficar magoada, mas no final, quem estava sendo magoado era null. Ele nunca lhe faria mal. Aliás, nesses últimos quatro anos, ele não tinha feito nada senão afastar o mal dela.
Era ele que arriscava a sua vida [n/a: q dramático ahauhas] para que ela tivesse uma óptima vida. De fato, null já estava ficando desconfiad por não ter sofrido arduamente durante quatro anos, como a vida de adolescente [n/a: nem me fala nisso! - -‘]. Oh, então era ele o admirador secreto, aquele que a protegia de tudo.
Um enorme peso na consciência a atingiu. Parecia que estava carregando a culpa e sofrimento de toda a pessoa do mundo. Lágrimas enormes saíram tal cascata que ela mal pode controlar.
Dois minutos depois (que parecia uma eternidade), ela se decidiu e limpou as lágrimas a outra manga, já que a outra já estava úmida.
“E agora vou pedir à null para retirar um cartão com o nome do rei dessa maravilhosa festa.” Palmas e assobios se ouviram por todo o lado.
null foi ter com null, que não fazia perguntas e fez sinal para null em cima do palco, que fez outro sinal, dizendo que tinha recebido o anterior.
“E o rei é... null null!” null gritou, e todas as garotas deram guinchos.
Sem grande opção, ele subiu ao palco e sorriu para várias pessoas, agradecendo. Nem parecia o null desesperado de há menos de cinco minutos, que a evitava.
“E agora, vamos saber quem vai ser a rainha...” null estava com o sorriso mais malicioso do mundo. Os restantes garotos trocavam olhares duvidosos com as namoradas.
“Uh, parece que temos uma novata.” Todo o mundo ficou espantado com aquela afirmação, mas também ansiosos. “null!” Ficaram todos olhando e não percebendo. “null, você sobe ou não?”
Ela ficou petrificada. Agora, todos os olhares estavam nela, mas o que a mais perturbava era o de null. Ele estava surpreso e nervoso por vir a tê-la perto de si de novo.
Começaram a aplaudir e a assobiar, e ela olhou para , que mostrava um sorriso malicioso.
“Eu não acredito...”
“Vai logo antes que alguém te roube o prémio.”
E null subiu, suspeitosa disso tudo. Ficou a dois metros de null.
“Agora, já sabem o que a tradição diz.”
“O quê?” perguntou ela.
“Você não sabe, null?”
“Me deixa explicar, null. A tradição manda que o rei e a rainha de qualquer festa tem de dançar um com o outro.”
Eles se fitaram. A única coisa da qual eles não estavam gostando era de a tradição mandá-los unirem seus corpos por uns meros três minutos, depois de tudo o que estava acontecendo naquela noite.
“Tem mesmo de ser?” Para surpresa de null, era null que estava a evitando.
“Tem” null interveio maliciosamente. “E todo o mundo dançando.”
Cap.29 (ouçam Shania Twain - You've Got a Way... o capítulo fica bem mais interessante ;D)
Mais uma vez, uma música lenta começou a tocar.
You've got a way with me (você tem um jeito comigo) Somehow you got me to believe (de uma maneira, você me faz acreditar) in everything that I could be (em tudo que eu possa ser) I gotta say, you really got a way (tenho de dizer, você tem mesmo um jeito)
A visão deles era um monte de galera e tudo mais dançando romanticamente, divertindo-se acima de tudo.
You've got a way it seems (você tem um jeito que parece)
A música não poderia fazer mais sentido e isso os perturbava. Cada um mirava o outro. Os olhos de null fixavam os de null, que se sentia hipnotizada com aquele caloroso olhar.
You gave me faith to find my dreams (você me deu fé para encontrar meus sonhos)
“Eu vou de um lado, você vai de outro” disse null decidida.
“O quê?!” null ficou atônita, mas null já estava indo perto de null e a empurrou para a frente.
“Ah, agora entendi!” Toda sabichona e um pouco lerda, ela empurrou null, deixando-o colado a null.
You'll never know just what that means (você nunca saberá o que isso significa)
Eles se abraçaram e se levaram na dança. Can't you see... you got a way with me (você não percebe... que você tem um jeito comigo)
(REFRÃO) It's in the way you want me (é no jeito que você me quer) It's in the way you hold me (é no jeito que você me abraça) The way you show me just what love's made of (o jeito que você me mostra do que o amor é feito) It's in the way we make love (é no jeito que nós fazemos amor)
“null...” começou ele, falando no ouvido dela.
“Me deixa começar primeiro?” arriscou ela, e ele assentiu.
Ela respirou fundo e se deixou levar com o seu discurso.
“Eu... eu nem sei como começar, sabe? Essa noite para mim foi muito intensa, mas vamos começar do princípio. Desde que você se tornou meu melhor amigo, ou seja, há quatro anos, eu quase que me vi abençoada. Eu tinha uma pessoa maravilhosa, perfeita ao meu lado.”
null deu um leve sorriso, e ela também, mas isso se desmanchou, vendo que o de null também se desmanchara.
You've got a way with words (você tem um jeito com as palavras) You get me smiling even when it hurts (você me faz sorrir mesmo quando dói) There's no way to measure what your love is worth (Não há maneira de medir o que o seu amor vale) I can't believe the way you get through to me (Não acredito no jeito que você me entende)
“Mas algo aconteceu um dia” ela continuou. “Depois de você ter dito que ficava a dormir em minha casa porque eu tinha passado o dia chorando por aquele babaca idiota cachorro do Bob...”
“Vamos esquecer isso” ele disse, vendo que ela ia começar a chorar.
“Não, me deixa continuar.” null respirou fundo e não limpou a cara, deixando quase o seu sentimento de culpa a atingir com as lágrimas. “Bem, nessa noite, eu me sentia sozinha e completamente abandonada. E depois eu te vi ao meu lado, dormindo e sorri... e me fui deitar a seu lado.”
“Sério?” Ele estava surpreso.
“Sim, eu senti seu coração perto de mim, eu senti depois seu braço envolto no meu. E foi nesse momento que eu percebi...”
“De quê?” ele perguntou, vendo o silêncio os dominar.
Oh, how I adore you (oh, como eu te adoro) Like no one before you (como ninguém antes de você) I love you just the way you are (eu te amo da maneira que você é)
“Eu percebi que eu me tinha apaixonado pelo meu melhor amigo. Mas eu neguei qualquer sentimento. Porém, depois o ciúme me perseguiu, e as meninas também me faziam perguntas que eu não conseguia mentir. Você sabe o poder de persuasão da null.” E riram.
“Que você quer fazer?”
Ela se afastou e o confrontou.
“Eu não sei, null, mas eu apenas quero você do meu lado. Eu estou farta de querer brigar com você e...”
Ela foi calada pelos doces e suaves lábios do garoto. Ele a pegou pela cintura e a pegou ao colo, fazendo com que os pés de null saíssem do chão.
As lágrimas na cara dela secaram como que por magia e eles estavam se envolvendo em algo mágico, inesquecível e único, só deles.
Como estava no final da música, todo o mundo ficou olhando para o palco e ficou muitíssimo admirado com o resultado final da dança. Muitos aplaudiram, mas nada os fazia voltar ao mundo real
Cap. 30
“Agora, temos uma surpresa para quatro garotas em especial” null roubara o microfone de null, e null e null apareceram do seu lado.
“Ah, eu já volto!” null saiu da frente da amada e se juntou aos meninos.
“Pedimos a null que suba ao palco também.” E assim ela foi.
“Então, a gente, durante essa semana de preparativos, estivémos preparando uma surpresa para vocês todos...” começou null.
“Mas metade da surpresa é para umas pessoas especiais....” disse null.
“Não é nada, null! É noventa por cento para elas” reclamou null.
“Tá, sessenta por cento” retrucou null.
“Oitenta e nove!”
“Ok, setenta.”
“Oitenta e oito.”
“Você alguma vez soube matemática, null?”
“Oitenta e sete vírgula nove!”
“Gente, se acalmem! Essa surpresa é para essas pessoas especiais, logo, é cem por cento para elas” concluiu null.
“Tá vendo como eu estava certo?” vangloriou-se null.
“Você disse noventa por cento” reclamou null.
“Sim, mas noventa fica mais perto que cinqüenta do cem!”
“Bem, afinal, o null foi a pelo menos a uma aula de matemática, a das percentagens” comentou null, e toda a sala caiu na risada.
“Podemos mostrar?” insistiu null, e o pano do palco se mostrou para todo o mundo.
“Espero que gostem” disse null.
As meninas ficaram surpresas e todo o mundo também: Um enorme painel, cerca de cinco por cinco metros, em branco, dizia em letras azuis claras: ‘Parede da Fama de Pessoas Especiais’, e por baixo, mais pequeno: ‘Com amor, de null, null, null e null’, e cada canto (ok, um grande canto) era ocupado por cada garota.
A letras em rosas, via-se uma enorme foto de null, de óculos de sol no verão. E depois várias fotos à volta em pequena, num jardim com amigos, na neve, com null no verão passado, na escola, num chalé, num pub quase todos bêbados, num concerto. E alguns papelinhos de conversas na aula e de mensagens de celular se encontravam coladas lá. Debaixo do nome da garota dizia, ‘null <3 null’.
Em baixo, uma enorme null com pose sexy e bem maquiada se encontrava rodeada de capas de CDs, DVDs, vários violões e também algumas pessoas, como a famosa que circulava toda a escola dela mostrando o dedo do meio e ao lado dizendo ‘fuck you’. Mas o que chamou mais atenção foi abaixo do nome dela escrito em amarelo: ‘do seu ursinho que te adora’.
Do lado esquerdo de null, estava , escondida por entre livros da biblioteca, mas com uns óculos estudiosos e toda sorridente. Espalhados pela foto grande, estavam fotos do mar, conchinhas, fotos de ondas e surfistas, fotos ao pôr-do-sol, brincadeiras na água com os meninos e as meninas. Do seu nome dourado, estava junto um ‘null null te ama’ escrito.
E por fim, acima de null, estava null, escrito a laranja, com uma foto com null em pequenos, com onze anos, com o sol do parque atrás. Junto à foto, estava uma foto dela passeando no campo com um vestido branco, cuidando do cão, null a empurrando num balanço, uma ‘ladies night’ com as meninas, a ser empurrada para uma piscina, e uma foto subaquática. Ao lado da foto principal, algo escrito: ‘Sempre aqui para você’.
“OH, MEU DEUS!” gritou null histérica.
“ESTÁ LINDO!” disse null.
“Eu também te amo, null” null falou, correndo para null, e as outras duas também. null se aproximou de null.
“O que você achou?”
“Hum...” Ele ficou esperançoso pela resposta dela. “Você lembra de eu ter dito que naquele dia que você me beijou foi um erro?”
“É, me lembro” ele disse tristonho.
“Você sabia que eu sou uma garota que gosta de errar?”
Ele riu, pegou no rosto dela e a beijou tão apaixonadamente como sempre quis, mais do que alguma vez sonhou.
Cap.31
“null, você ainda não percebeu que vai perder?”
“Eu posso ser seu ursinho, mas quando se trata de videogame, eu sou feroz!”
“Gente, nossas fotos!” null entrou a correr para a sala, e null a seguiu, enquanto os outros dois casais a seguiram.
Todos se reuniram à frente do bendito cartaz. Depois da festa, eles tinham posto o cartaz em casa de null, mas agora estava numa nona casa que os oito tinham alugado e que, mais tarde, iriam comprar a duas ruas da casa de cada um, muito mais perto da praia e do colégio. De momento, apenas null estava vivendo lá, e null passava algumas (lêem todas) noites lá.
“Olhem o null enterrado!” apontou null.
“Eu nas costas do null!” Riu .
“Beijo da null e do null na toalha” comentou null.
“O pôr-do-sol foi fantástico nesse dia” disse null.
“null abraçando o sol” falou null.
“Eu adorooooo o Sr. Sol!” E todos riram.
“OWWW” disseram as garotas.
“Que foi?” perguntou null.
“Oh, não!” falou null.
“O quê? O quê?” null olhava para todos os lados.
“Que foto mais fofa!” comentou .
“Que linda!” disse null.
null e null não paravam de sorrir. null estava segurando um bebê e sorria abertamente para ele, enquanto null fazia cócega na barriga do recém-nascido.
“Meu primo pequeno é lindo, não é?” comentou a garota.
“Mas nosso filho será melhor” falou null.
“Apressado você, hein?” E ele deu selinho nela. “Bem, vamos colá-las?”
“Claro!”
Seguindo o conselho de null, começaram colando algumas fotos no cartaz, que ainda tinha algum espaço e milhares de memórias para serem preenchidas.
Enquanto colavam tudo, enchiam-se de cola e discutiam onde pôr as fotos, e os meninos discutiam como tinham feito aquilo e o porquê. As meninas explicaram a null como tinham sabotado a escolha da Rainha da festa, metendo apenas um roda com o nome de null. E ainda houve tempo para null explicar algumas das aventuras que teve enquanto ‘cuidava’ da sua namorada.
“Que fome, gente!” disse null.
“Você também tá sempre com fome!” E null levou tapa.
“Eu vou buscar algo no Parker’s e trago a vocês!” null se levantou rapidamente. “Só vou ao quarto e façam uma lista de tudo”
Ela subiu para o quarto. Ouvia os risos e discussões dos amigos. De fato, a sua vida tinha melhorado desde há quatro anos, mas agora estava bem melhor.
O seu quarto também era uma lenda viva dos seus tempos passados com os seus amigos, já que o fundo do computador era null pegando-a no colo e a beijando, tal como fizera na festa, e as prateleiras do seu sistema de estantes que quase batiam no teto estavam enfeitadas de fotos desde os primeiros anos de null até dez minutos atrás, quando null foi buscar mais fotos que tinham sido reveladas.
Arrumou-se e desceu ajeitando o casaco.
“Tá tudo?” null entregou um papel. “Obrigada, mano.” E beijou o alto da cabeça dele;
“Eu não tenho beijo, mamã?” null fez choradinho, e null beijou também o alto da cabeça dela.
“Você tá pronta?” null estava ajeitando o casaco.
“Você também vem?”
“Claro”
“null, eu sei me cuidar!”
“Mas eu não quero nada de mal te aconteça.” Ele a abraçou por trás.
“Venha, seu chato! Até já, gente” ela gritou para a sala, e seguiram rua fora.
“Os anjos da guarda não tiram férias, não?”perguntou ela, rindo.
“Não, nunca. Eles ficam sempre de olho em você”
“Sempre?” Ela o desafiou.
“Sempre e para sempre.” Ele deu um selinho nela, e foram buscar o jantar para todos.
Não se preocupe se algo corre mal, porque alguém tá olhando por você. Porque aquelas pessoas especiais e anjos da guarda são como as estrelas: por vezes não as podemos ver, mas elas estão sempre lá, SEMPRE!
FIM
E pronto chegou ao fim essa fic!
Sinceramente eu queria continuar essa fic, porque acho que ainda podia ter posto mais drama e reconciliação mas eu não tive qualquer ideia para a continuar.
Eu sempre imaginei esse baile e a cena do banheiro foi a primeira cena e aquela que me incentivou a escrever isso tudo.
Mas eu devo dizer que amei escrever a festa porque tanta coisa aconteceu e eu acho que simplesmente ficou muito bom, modéstia à parte ahuahuahs
Não queria que acabasse assim mas acho que acabou com uma mensagem especial.
Bem eu queria pedir obrigada a todas as leitoras, o vosso apoio é demais *--* obrigada
Não sei se voltarei a escrever fic de McFly porque eu sou mais especializada em Son Of Dork mas gostei muito de escrever essa fic
Um obrigada à minha beta, Mariana, porque sem ela essa fic não teria a atualização que teve. Obrigada =)
Também quero agradecer não só ao McFly mas também às pessoas que existem nessa fic que são muito minhas amigas e que apesar de apenas uma não saber qual o seu fav. Dos mcguys (acho que ela também não se interessa por isso), eu amei escrever sobre elas.
Bem se me quiserem contatar, o meu mail ta no meu nome, na descrição da fic, e só me avisar que me vai add e eu te add também ^^
Obrigada por todos os comentários e mais uma vez, por se terem dado ao trabalho de ler apenas uma em milhares fics de McFly, obrigada
Beijo e tudo de bom para vocês todas
x Rita