Starring out at the rain with a heavy heart (Olhando a chuva com seu pesado coração)
It's the end of the world in my mind (É o fim do mundo na minha mente)
Then your voice pulls me back (Então sua voz me trás de volta)
Like a wake-up call (Como um despertador)
I've been looking for the answer (Estive procurando pela resposta em)
Somewhere (algum lugar)
I couldn't see that it was right there (Eu não podia ver que estava bem ali)
But now I know, what I didn't know (Mas agora sei o que não sabia antes)
- Tudo bem, eu te ligo quando acordar... Valeu cara. – desliguei o celular e me joguei na cama, meus amigos estavam preocupados comigo porque há dias eu não dava sinal de vida.
A vida agora é assim: Trancado nesse apartamento onde tudo me lembra ela... Nunca sinto fome, estou vivendo de calmantes, acho que até parei de tomar banho. Crise de abstinência, depressão, sei lá o nome que dão para isso, eu só digo uma coisa: Saudade de quem eu amei e agora perdi. Mas eu não perdi para outro rapaz nem nada do tipo, eu perdi para Deus, sim, ele me tirou a minha namorada... Nunca havia perdido ninguém da família nem ninguém que fosse próximo a mim e eu não estava preparado para isso, assim como eu acho que nunca estamos preparados para coisas desse tipo.
foi minha namorada durante dois anos, ela que me apoiou no começo da carreira, tudo era sempre ela, confesso que muitas vezes eu não dei o amor e carinho que ela merecia, a banda ocupava o meu dia e eram raros os momentos de amor com . Eu nunca mais quero me envolver com outra pessoa e não quero sair desse apartamento.
Sou um homem confuso desde sempre, indeciso, tenho uma banda, tenho os melhores amigos e isso é fato. Esses dias lembrei dos meus fãs, devem estar preocupados, assim como meus amigos e familiares, mas com a morte recente de eu ainda não tenho coragem para entrevistas, shows nem nada relacionado a isso.
- Eu me empolguei com os países da nova turnê! – vibrou após brindarmos, era uma reunião informal na casa dele, só nós quatro e eu estava com saudade daquilo, amigos são a melhor coisa. Se fosse alguns anos atrás nós estaríamos entupidos de pizza e cerveja, correndo pelados pela casa... Ou talvez eu nem tivesse ido. Mas o tempo passou e nós crescemos tanto fisicamente como mentalmente (exceto Danny), nossa banda estava no auge, o mundo inteiro nos ouvia e isso é pra deixar qualquer pessoa feliz. Sim, eu estava feliz, após três anos da morte de , eu consegui colocar em minha cabeça que ela se foi e agora não está mais aqui. Eu não posso me prender ao passado e deixar as outras coisas de lado por causa dela, vi na morte dela um motivo a mais para me dedicar diariamente a minha banda (isso na teoria até parece fácil), já citei o nome? Não? Poxa, mais você deve conhecer, tenho certeza! McFly. E me dedicar exclusivamente à banda estava me fazendo bem.
- Eu também, são lugares que ainda não conheço. – também vibrou.
- Meu cigarro acabou, , vamos comigo comprar mais? – perguntou, ele tem mania disso: deixar o cigarro acabar e me chamar pra comprar. É bem estranho.
- Eu vou... – respondi sarcástico, me levantando do sofá.
- Eu acho que vocês têm um caso, sempre saem discretamente. – zombou da gente e lhe mostrou o dedo do meio, peguei a chave do meu carro e fechei a porta do apartamento de .
- Põe o cinto hein! – adverti , além de ser o caçula é normalmente o mais irresponsável.
- Aham. – ele murmurou e prendeu o cinto. – E aí cara, como você tá? – perguntou quando liguei o carro.
- Eu vou bem, por que a pergunta? – olhei pra ele.
- Sei lá. – olhava para fora e pela primeira vez o silêncio entre nós me incomodou.
- É sério, por que você perguntou isso? – fiquei tenso.
- Eu e os caras estamos preocupados com você, nunca mais saiu com ninguém, até onde eu sei nunca mais beijou outra mulher, parece até ficou com medo delas... – disse num tom sério e isso é raro. - Sabe, já faz quase quatro anos que ela morreu, você não pode se prender nesse medo pro resto da vida. Viva intensamente, beije quem você quiser, transe, você não vai ter vinte e poucos anos por toda a eternidade! Sei lá meu amigo! – deu um soco na própria perna. Ele não tinha razão nem noção do que estava falando.
- Você sabe que eu não sou assim e eu não estou procurando ninguém, o que me importa agora é somente a banda. – disse enquanto olhava atentamente para o sinal vermelho.
- Coitada... – disse baixinho.
- Hãm? – perguntei passando a mão pelo vidro embaçado.
- Aquela garota, trocando pneu nessa chuva... Tadinha! – ele balançou a cabeça negativamente.
- Eu tenho dó da sua futura esposa, quando o sinal abrir você pergunta se ela precisa de ajuda já que ela está do seu lado. – disse e me olhou assustado. O sinal abriu e eu encostei o carro próximo à garota, abriu o vidro.
- Precisa de ajuda? – ele perguntou, estiquei meu pescoço para ver a mulher mas não consegui. – Ela precisa! – se virou para mim com pena.
- E? – perguntei curioso.
- Eu não sei trocar pneu... – ele disse com a voz baixa.
- É uma franga mesmo! – estacionei o carro, peguei meu casaco que estava no banco de trás e desci para ajudá-la.
- Obrigada! – a mulher se levantou do chão já me agradecendo. – ? ? Calma, ? – ela perguntou agitada.
- Eu mesmo. – sorri simpático e eu vi a hora dela ter um treco ali mesmo. A mulher ficou me olhando... – Pneu furado, é isso? – perguntei apontando para o carro.
- Aham. – ela disse com as mãos na cintura, respirou fundo e sorriu. – Não é a primeira vez que isso acontece. – num ato revoltante ela chutou o carro e eu sorri.
- Eu resolvo isso. – me agachei e em poucos minutos troquei o pneu.
- Obrigada mesmo. – ela apertou minha mão. Eu sorri.
- Não foi nada. – olhei para o céu escuro e agradeci mentalmente pela chuva que havia parado de cair.
- Olha, foi... Foi maravilhoso te conhecer pessoalmente! – a mulher tinha luz nos olhos e eu fiquei entusiasmado com a alegria dela.
- Fico feliz com isso. – sorri verdadeiramente, acenei e entrei no carro.
- Mulherão! – estava impressionado.
- Verdade! – concordei e dirigi até o posto mais próximo para que comprasse seu querido cigarro. No caminho de volta para casa não parava de falar na mulher, até me irritei.
- A mulher era linda e esse idiota nem perguntou o nome dela! – ele comentava com os outros caras, todos me olhavam surpresos.
- Você foi gentil em trocar o pneu, mas não perguntar o nome de uma pessoa que pelo jeito te admira foi falta de desconfiômetro! – disse.
- Toda mulher nesse mundo nos admira! – disse convencido, até estufou o peito para falar.
- A humildade ficou embaixo da cama hoje? – olhou feio para que perdeu a pose.
- Vou voltar lá só pra perguntar o nome da garota. – disse um pouco alterado, aquela pressão toda estava me deixando de mau humor.
- Agora já foi né... – disse baixinho.
- Será que é muito difícil entender que eu não quero mulher nenhuma na minha vida? – várias lembranças antigas invadiram minha mente e eu expressei minha raiva, quebrei o copo que estava em minhas mãos e meus amigos me olharam com pena. Eu odeio quando sentem pena de mim.
- Desculpa aí cara. – veio até mim e me abraçou.
- A gente se vê amanha no estúdio. – peguei minha chave e bati a porta do apartamento, caminhei até o estacionamento com passos rápidos e pesados, entrei no carro e apoiei minha cabeça no volante. Até quando eu vou sentir medo de me envolver com outra pessoa? Até quando eu vou ter medo de perder quem eu amo? Isso é bem broxante e aos poucos vem acabando comigo.
It's all right. I survived. I'm alive again. (Está tudo certo, eu sobrevivi, estou vivo novamente)
Cause of you, made it through every storm. (Por sua causa, eu superei cada tempestade)
What is life? What's the use? (O que é a vida, qual é o sentido de tudo?)
If you're killing time. (Se você está matando o tempo)
I'm so glad I found an angel (Estou muito feliz pois achei um anjo)
Someone... (Alguém…)
Who was there when all my hopes fell (Que estava lá quando não tinha mais esperanças)
I wanna fly looking in your eyes (Eu quero voar olhando nos seus olhos)
Eu estava numa cidade pequena no interior da Inglaterra, resolvi sair um pouco de Londres, peguei o carro e sai sem rumo, dirigir me acalma (mesmo quando tem algum paparazzi atrás de mim). Parei num posto de gasolina com uma aparência muito feia e o frentista me reconheceu, pediu autógrafo pra filha e tudo mais. Enquanto ele limpava o vidro do carro eu fui até a lanchonete comprar alguma porcaria pra me manter em pé, pelo menos agora eu tenho consciência de que sem comida eu não duro muito tempo.
Me sentei num banco próximo ao balcão e apoiei os braços, esperando para ser atendido.
- . – uma mulher muito bonita me chamou pelo sobrenome, uma voz bem sexy, usava um Ray Ban com o cabelo preso e tinha lábios finos, incrível eu conseguir reparar em tantos detalhes em tão pouco tempo.
- Oi? – com uma expressão confusa tirei meus óculos, a mulher deu um gole na sua coca-cola.
- Tudo bem? – ela me olhou, e depois de muito tempo eu fiquei curioso em falar com uma mulher, eu sabia que a conhecia, tinha mistério ali.
- Estou bem e você? – decidi responder somente o que ela perguntasse.
Ela tirou os óculos e então eu me lembrei de onde a conhecia. Era a mulher que eu troquei o pneu alguns dias atrás.
- Bem... – ela me disse séria e respirou fundo. Um senhor velho e com aparência acabada veio até mim e anotou meu pedido, me senti incomodado porque eu queria ter assunto com aquela mulher que eu nem sabia o nome, olhava para ela pelo canto do olho com medo que percebesse.
- Teve mais problemas com o pneu depois daquele dia? – odeio ficar com vontade de alguma coisa, então resolvi puxar assunto.
- Graças a você não. Se dependesse de mim eu nunca mais usaria o carro. – ela estava um pouco nervosa, percebi isso por causa de sua respiração profunda, quem costuma respirar assim quando fica nervosa é minha mãe.
- Que bom. – sorri de leve. – Eu sou o e você? – estendi minha mão e quis fazer uma apresentação normal e saber de uma vez o nome dela. Não saber o nome das pessoas também me deixa irritado.
- ! – de leve, ela apertou minha mão e eu adorei o nome diferente dela.
- Você não é inglesa. – fiquei desconfiado, tanto pelo nome e sotaque. Ela negou com a cabeça. – Americana? Não... Italiana? Não... Francesa? Acho que não... – desapontado, olhei para os lados e até agora ninguém ali havia me reconhecido, isso até é gostoso.
- Brasileira. – sorriu e começou a mexer em sua bolsa.
- Eu nunca iria adivinhar... Já fiz show no Brasil, país lindo! – disse contente ao me lembrar dos shows que fiz por lá.
- Eu fui. – ela disse sem olhar para mim, ainda revirando sua bolsa (bem que já me falaram: da bolsa de uma mulher pode sair até jacaré).
- Sério? – perguntei agitado. tirou uma câmera digital de sua bolsa.
- E eu não consegui tirar uma foto com você porque nenhuma fã consegue entrar no camarim e também não consegui ver vocês no hotel, foi bem broxante... Enfim, agora eu quero uma foto! – ela me disse rindo e ao mesmo tempo com autoridade, me aproximei e ela mesma tirou a foto. – Ficou boa. – não parava de olhar para o visor da câmera, era como se ela estivesse totalmente aérea. – Isso alguns anos atrás parecia bem impossível e agora eu tenho uma foto com o meu integrante favorito da McFly! – me abraçou forte, fiquei feliz e senti um cheiro gostoso que vinha do cabelo dela e naquele abraço eu percebi que fazia muito tempo que eu não abraçava uma pessoa daquele jeito.
- Poxa, que legal! – ao soltarmos do abraço eu fiquei com vergonha de olhá-la nos olhos, isso deve ter acontecido pelo simples fato de que há quase quatro anos eu não tenho um contato físico com mulheres além da minha mãe e algumas amigas.
- O novo CD ficou tão bom! – ela guardou a câmera e me olhou, eu sorri. – Vamos tirar outra? – ela me pediu mordendo o lábio.
- Claro! – desde quando eu nego uma foto? Dessa vez ela fez sinal para eu tirar, bati a foto e quando olhamos eu havia cortado nossas cabeças, gargalhou.
- Eu sou muito bom! – estufei o peito e tirei outra que agora havia cortado somente minha cabeça.
- Sim, você é muito bom... – suspirou e eu tirei outra foto que saiu perfeitamente boa.
- Faz tempo que está aqui? – perguntei quando ela parou de analisar a foto.
- Me mudei para Londres há dois meses e hoje vim parar aqui porque peguei o carro e saí pra relaxar... – ela me respondeu olhando nos olhos, isso é uma qualidade, as pessoas que conversam olhando no olho costumam ser mais sinceras.
- Eu resolvi fazer o mesmo hoje, dirigir e relaxar. – disse e sorriu um belo sorriso.
- Isso é bem engraçado! – ela me deu um tapinha no ombro. – Sou sua fã há anos, sei tanto sobre você, já vi tantos vídeos, tantas fotos, já li tantas fics, fiquei triste com você, fiquei feliz com você e hoje você está na minha frente e eu não sei o que falar! – ela cobriu o rosto com as mãos que tinham as unhas pintadas de vermelho.
- Como assim ficou triste e feliz comigo? – eu estava adorando aquela conversa com uma fã madura e sem crises histéricas.
- Feliz com todo o sucesso da sua carreira, triste com a morte da sua namorada, feliz novamente quando você voltou a tocar. – ela resumiu bem e somente naquele momento passou por minha cabeça e eu nem fiquei triste em lembrar dela.
- Tem horas que eu não sei como agradecer o carinho sabia? – disse sinceramente e sorriu.
- Tenho certeza que você é querido em todos os lugares que vai. - ela respirou fundo de novo.
- Vamos dar uma volta? – fiz o convite como um agradecimento pela pequena conversa, falar com me fez bem.
- Vamos! – ela sorriu, pegou sua bolsa e me acompanhou até o carro.
- Eu sei que está um pouco frio mas eu vou recolher a capota. – disse e ela bateu palminhas.
- Sentir o vento no rosto e tal... – colocou os óculos e entrou no carro.
- Isso mesmo! – liguei o carro e saímos daquele lugar, numa estrada sem limite de velocidade, com nenhum carro na pista, pisei no acelerador e liguei o som.
compulsivamente trocava as musicas, quando começou a tocar o cover que fizemos de You're The One That I Want ela parou e cantava junto comigo.
- Na minha humilde opinião esse foi o melhor cover! – ela me disse com aquela mesma luz no olhar. Sorri envergonhado.
- Obrigado... – olhei para ela, e uma expressão de curiosidade surgiu no rosto de .
- Pelo o que? – ela me perguntou séria.
- Por essa tarde, me fez muito bem conversar com você. – desliguei o som e diminui a velocidade.
- Você sempre me fez bem... – novamente ela respirou fundo. – É sério, eu passei pela mesma coisa que você e na mesma época que você e não foi nada fácil perder quem eu amava, mas tirei força da musica de vocês, dos vídeos engraçados e tantas outras coisas para poder continuar sabe? – ela olhou para mim e eu encostei a cabeça em meu braço.
- Quem você perdeu? – perguntei depois de um silencio.
- Meu namorado também... – ela disse com a voz falha.
- Isso é bem broxante. – sorriu.
- Eu queria voltar pra casa. – ela me pediu depois de andarmos por algum tempo.
- Eu te levo! – sorri, senti que era o começo de alguma coisa boa e dessa vez sem medo algum.
- Meu carro ficou lá no posto esqueceu? – perguntou em tom divertido.
- Eu mando levarem para sua casa. – disse em tom superior e sorriu.
- Ah claro! É sério vai, me leva de volta pro posto... – ela me pediu.
- Tudo bem então. – ergui minha mão direita como rendimento, sou responsável e não iria tirar as duas mãos do volante.
- Valeu. – me deu outro tapinha no ombro e eu sorri. Voltamos para aquele posto, já era noite. desceu do carro com um olhar triste. – Obrigado por essa ‘Uma tarde com seu ídolo’ – ela fez aspas com os dedos e sorriu sem graça.
- Quero te ver mais vezes mocinha! – cruzei meus braços.
- Seria muito bom! – a tristeza e a possível vergonha tinha ido embora, mais uma vez ela sorriu.
- Cuidado no caminho de volta. – me aproximei dela e a abracei bem forte. passou suas mãos pelo meu cabelo e eu gostei daquilo, quando a soltei do abraço vi que ela choraria a qualquer momento.
- Pode deixar. – ela coçou o olho e me beijou no rosto.
- Tchau! – acenei e observei o caminho que ela fazia até chegar em seu carro. Quando deu partida me lembrei que eu nem ao menos tinha seu telefone. Corri até seu carro e bati no vidro, ela me olhou assustada.
- Meu telefone! – respirei aliviado e ela sorriu. – Quando tiver livre, me liga e a gente sai pra relaxar juntos. – a beijei no rosto e sem esperar por sua resposta voltei para meu carro.
Because you live... I live (Por que você vive, eu vivo)
Because you live, there's a reason why (Por que você vive, existe uma razão porque)
I carry on when I lose the fight (Eu sigo em frente quando perco a luta)
I want to give what you've given me (Eu quero te dar o que você está sempre me dando)
Always...
- Isso é questão de tempo... – eu caminhava ao lado de , num fim de tarde em algum parque no subúrbio.
- Foi com o tempo que eu me desapeguei as coisas e lembranças que eu tinha dele. – ela continuou a conversa sobre nossos ex’s.
- Eu demorei quase quatro anos pra realmente superar isso sabe? Voltar a olhar outras mulheres, e essas coisas. – disse com timidez porque ninguém além dos meus amigos me ouvia falando desse assunto tão abertamente.
- Eu estou em jejum até hoje acredita? Parece até que eu perdi o gosto pelo amor, não consigo sentir desejo por mais nenhum homem, não que eu virei lésbica... Longe disso, mas espero que um dia esse medo passe e eu volte a amar, porque querendo ou não isso é muito bom! – ela se virou para mim e sorriu.
- Você é linda sabia? Deve ter muito homem atrás de você. – quis descontrair um pouco mais confesso que não sou a melhor pessoa pra isso.
- Obrigada mesmo, mas se tem eu nem percebo, é sério! – ficou vermelha e eu nunca tinha visto ela assim, talvez seja porque eu a elogiei.
Paramos de andar e ficamos apenas observando o lugar, o por do sol. Nem sempre é necessário ter assunto, quando o silêncio não incomoda é um bom sinal, e mesmo com minutos em silêncio eu não ficava constrangido, me fez bem desde aquela vez na lanchonete do posto, isso há dois meses atrás, nos víamos sempre que eu podia, conversávamos sobre tudo e todos. Depois de tanto tempo senti aquele sentimento gostoso do qual eu nem me lembrava mais os sintomas.
- Eu acho que a gente merece ser feliz e passar uma borracha no passado, esquecer o medo da perda... – me aproximei de e ela ficou com uma expressão séria, não gosto de passar vontade e naquela hora eu tinha vontade de ‘’, beijar a , ter , sentir .
Nos beijamos de uma maneira gostosa e eu tinha medo de nem saber mais beijar, mal sabia o que fazer com minha língua ou onde colocar minha mão, eu estava tenso e isso era claro. Percebi que ela também estava nervosa mas aos poucos tudo passou e eu a soltei, ela apoiou sua cabeça em meu ombro e mordeu a unha com um sorriso no canto do lábio. Ao contrario do que eu pensava, eu não senti culpa por beijar outra mulher e nem comparei o beijo dela com o de , era única e eu precisava continuar minha vida aqui apenas com as lembranças bonitas que me deixou.
- Eu sonhava com isso há anos atrás, não agora. – disse baixo e eu sorri. – Mas... Sei lá. – me deu um tapa de leve no ombro e novamente ficou vermelha.
- Relaxa, não custa tentar, vamos brincar de ser feliz e esquecer aqueles que não estão aqui, ok? Eu quero te dar o que você está sempre me dando, alegria sabe? – perguntei e com um sorriso doce concordou.
Voltamos a nos beijar e a timidez deu espaço para a alegria e aquela coisinha gostosa chamada amor. Não me importa quanto tempo vai durar, não me importa os outros (isso inclui minha mãe, amigos e a imprensa), eu só quero ser feliz agora.
Fim!
Agradecimentos.
Minha primeira fic aqui no FFADD, obrigada Juh (minha beta) você é um amor de pessoa. Aham!
História baseada em fatos reais [sentiu a emoção nénão?]
É curtinha e tal, espero que gostem!
Dedico as minhas amigas que são as melhores e todas as meninas que me incentivaram, se não fosse vocês pedindo pra eu mandar logo, as minhas fics ainda estariam mofando aqui! Meninas do fotolog obrigada e você que leu :)
Sim, é verdade que Jesse McCartney me inspira e muito na hora de dar nome as minhas fics.
Proganda básica! Fotolog.
E meu orkut pra quem quiser.