Era um dia ensolarado e frio em Londres, o branco da neve preenchia o chão das ruas londrinas, os carros transitavam com cuidado para não terem perigo de deslizar e se acidentar. , uma garota de vinte e quatro anos, andava pelo bairro onde morava fazia três meses, com seu namorado.
Enquanto observava os jardins bem cuidados das casas, ela começou a relembrar os momentos que eles já haviam passado juntos, desde que ele a pediu em namoro, há dois anos. Sorriu ao lembrar-se do dia em que ele a pedira em namoro, momento que ela pensou que seria o melhor de sua pacata vida. Enganou-se. Na manhã em que fizeram dois anos de namoro ele a acordou com café na cama e uma rosa branca posta ao lado da xícara.

~~ Flashback On ~~

- ? – passou a mão pelo rosto de , que ainda dormia.
a observava abrindo lentamente os olhos e sentia o coração acelerar quando ela olhou para ele e sorriu.
- ? – chamou com a voz baixa se espreguiçando na cama.
- Bom dia meu amor! – beijou a testa dela, que fechava os olhos novamente por causa da claridade que penetrava o quarto.
- Bom dia. – levantou e encostou-se na cabeceira da cama.
- Seu café. – Ele colou entre as pernas dela a bandeja, ela viu aquilo e sorriu.
- Ai que lindo ! – Ela beijou os lábios do garoto, que estava agora sentado ao seu lado.
- Eu preciso falar com você . – disse enquanto comia os biscoitos, molhando eles no leite.
- Pode falar. – Ela falou despreocupada, não notando o nervosismo que percorria ele.
pegou uma das mãos da namorada, ela sentiu que ele estava suando frio e olhou pra ele.
- Porque você ta assim? – Ela perguntou fixando o olhar nele.
- , eu tenho que falar tudo agora, portanto, não me interrompa. – disse conhecendo a namorada que tinha, ela gostava de interromper a fala das pessoas.
- Ta, mas diz logo, eu to ficando assustada. – Ela colocou a bandeja de lado e sentou-se de frente pra ele.
olhou no fundo dos olhos dela e, quando fez isso, sentiu que ela era quem ele sempre quis ter, era simplesmente perfeita com todos os seus defeitos.
- Faz exatamente dois anos que a gente começou a namorar. – pegou na mão dela, que começava a tremer. – E tem sido os melhores dois anos da minha vida. – Ele continuou.
- Mas quando eu estou viajando eu não paro de pensar em você e nas palavras que só você sabe que eu preciso ouvir. E quando eu penso nisso eu só precisaria chegar em casa e encontrar você lá. – notou que estava com os olhos cheios de lágrimas.
- Poder ter você a todo o momento, sem ter que acordar no outro dia e encontrar a cama vazia com o seu perfume e as suas roupas esquecidas no chão. – continuou e apanhou o rosto da garota com as duas mãos. – , eu ficaria honrado em você querer morar comigo.
ficou estática, não estava esperando por aquilo, ela sabia que ele a amava, mas não a ponto de pedir pra ela morar com ele. Ele tinha uma vida cheia de entrevistas, ensaios, shows, talvez ela não agüentasse. Mas valia a pena tentar.
- Claro! – Ela jogou-se nos braços dele e beijaram-se docemente, aquele era um grande passo na vida deles. chorava de felicidade.
- Não chora meu amor! – limpava as lágrimas que desciam pelo rosto dela.
- Mas eu estou tão, tão feliz! – Ela jogava-se novamente em cima.
Eles deitaram novamente na cama e encostou a cabeça dela no peito dele, beijou o topo da cabeça da namorada e ela o abraçou forte.
- Te amo . – Ela falou olhando pra cima, ele sorriu e a beijou com todo amor que ele poderia sentir por alguém.
- Também te amo.

~~ Flashback Off ~~


chegou à porta da sua casa, abriu-a e subiu até o quarto, precisava descansar um pouco, seu trabalho estava exigindo muito esforço e tempo. Sorte que não havia chegado do ensaio, porque senão ela receberia um sermão, ele era preocupado demais com ela.
Foi até o banheiro ligou a torneira da pia, juntou as duas mãos formando uma concha e encheu de água, despejando sobre seu rosto, a água escorria delicadamente por sua face corada. Secou o rosto com uma toalha macia e foi até o quarto e deitou-se na cama. Abraçou o travesseiro que pertencia a e adormeceu.

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Eram cinco e meia da tarde e despertou, ficou mais um tempo na cama e observou uma foto dela e no criado mudo ao lado de sua cama, ele a segurava na garupa e os dois sorriam felizes. A menina levantou-se calmamente da cama e foi descer a escada, mas sentiu-se tonta e escorou-se na parede ao lado.
Por um momento achou que iria cair, mas escorregou até o chão e ali ficou por um tempo, até achar que estava em condições de levantar sem perigo de cair. O cansaço estava tomando conta dela. Desceu a escada e dirigiu-se até a cozinha, convidara e para jantarem em casa e ela precisava preparar algo que fosse bom para eles comerem.
Abriu a geladeira e não encontrou nada que lhe agradasse, decidiu ir ao supermercado que ficava a uma quadra dali. Colocou um tênis e o casaco que estavam ali perto e pegou sua bolsa que havia deixado em cima do sofá. Trancou a porta e saiu cuidadosamente pelo jardim coberto de neve.

- Bom dia Srtª. ! – O vizinho já de idade a cumprimentou do outro lado da rua.
- Bom dia Sr. Poole! – o cumprimentou também.

Ela seguiu um pouco pela rua e avistou o mercado, olhou para a direita e decidiu atravessar a rua. Mas seu percurso não pode ser concluído, ela sentiu um baque na cintura e a escuridão tomou conta de seus pensamentos. caiu desacordada no meio da rua, um carro em alta velocidade tinha atropelado ela, que foi acudida pelo vizinho que corria em direção a ela.

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e a banda estavam gravando novas músicas para o single quando o celular do garoto vibrou no interior do bolso dele. Ele visualizou de quem era a chamada, reconheceu o número, era de .
- Alô?
- É o senhor ? – Alguém que ele não identificou falou ao telefone.
- Sim, é ele, quem fala? – perguntou preocupado.
- Sou o vizinho do senhor. Senhor , eu não sei como te dizer isso, mas a sua namorada sofreu um acidente agora pouco. - Ele completou, fazendo se desesperar.
- ONDE ELA ESTÁ? – gritou ficando cada vez mais nervoso. O homem disse em que hospital era, e saiu correndo do estúdio, sem dar qualquer explicação.

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O hospital estava calmo aquela noite, fazendo com que conseguisse passar sem nenhuma dificuldade pelos corredores, seguiu até o pronto socorro e encontrou uma enfermeira na recepção.
- Você sabe me informar onde a está? – pediu apreensivo, não podia perder a única pessoa que fazia a vida dele valer a pena.
- Você é parente da paciente? – A enfermeira de aparência calma perguntou.
- Sou namorado dela. – Ele falou rapidamente.
- Lamento senhor, mas só familiares podem entrar no quarto até a médica chegar. – Ela falou parecendo sentir pena dele.
- Mas, mas ela é TUDO pra mim! – berrou e uma lágrima caiu dos olhos vermelhos dele.
- Se o senhor se acalmar eu o deixo entrar, mas, por favor, contenha-se, o senhor está em um hospital. – Ela falou em voz baixa.
- Ela está bem? – perguntou já calmo.
- Isso só a doutora pode lhe dizer, ela chega daqui alguns minutos.
- Quando eu posso vê-la?
- Quarto 604. – Ela disse, caminhou rápido até chegar à porta com os números que a enfermeira havia dito. Abriu a porta com cuidado, não queria acordar ela.

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O quarto do hospital estava escuro, com apenas uma luminária acesa. observou deitada naquela cama e sentiu uma pontada no peito, aquilo era dolorido demais pra ele. Chegou mais perto dela e notou que ela estava com um rosto tranqüilo, pegou a mão dela, que estava sobre as cobertas e segurou firme. puxou uma cadeira que estava próxima à cama e sentou-se nela, debruçando-se na cama, ainda segurando a mão da garota.
Os minutos pareciam passar devagar e estava angustiado, não sabia o que tinha acontecido com , ela estava bem de manhã e agora estava numa cama de hospital, com ferimentos nos braços e um corte pequeno no rosto.
- Desculpa eu ter que trabalhar tanto, meu amor. – Ele sussurrou com a voz embargada.
- Desculpa não poder te cuidar e ter de deixar você sozinha em casa. – beijava a mão dela. Uma lágrima desceu pelo rosto dele, que já estava inchado.
- Eu te amo tanto. – Ele desabafava.
- Eu também. – falou com a voz fraca.
- ! – pulou da cadeira. Ele colocou as duas mãos no rosto dela e ela sentiu uma lágrima dele cair sobre o rosto dela.
- Porque você está assim? – não estava entendendo nada. deu espaço pra ela ver onde ela se encontrava. Ela arregalou os olhos. – O que eu estou fazendo em um hospital?
- Você sofreu um acidente. – falou acariciando o cabelo dela, isso era tudo que ele sabia. lembrou-se do fato.
- Eu estava atravessando a rua e um carro veio com tudo pra cima de mim.
- Você está se sentindo bem? – Ele perguntou preocupado.
- Acho que sim.
Ouviram a porta abrindo e revelando uma mulher alta e com um jaleco, devia ser a médica. Ela sorriu para os dois, e se aproximou de pelo outro lado da cama.
- Vejo que a mocinha acordou. – Ela examinou atentamente. – Dra. Abbot. – Ela estendeu a mão para cumprimentar e logo depois acenou com a cabeça para .
- Ela está bem doutora? – perguntou ansioso. A médica sorriu.
- A sua esposa teve sorte, teve só umas escoriações. Ela e o bebê estão bem. – Dra. Abbot disse satisfeita.
e se olharam sem compreender nada. Não podia ser. A médica notou a expressão deles e sorriu mais uma vez.
- Vejo que vocês não sabiam desse pequeno detalhe. – Ela falou colocando a mão sobre a barriga de . – O bebê tem seis semanas aproximadamente. - As caras dos dois eram cada vez mais chocadas. – Vou deixar vocês sozinhos, volto mais tarde.
A médica encostou a porta e o silêncio permaneceu por alguns instantes. Nem nem tinham absorvido a idéia de terem um filho. Não que eles não tivessem idade, estava com trinta anos, seis anos mais velho que . Eles nunca tinham pensado naquilo. desprendeu-se dos pensamentos e sorriu.

- Era disso que a gente precisava, . – falou pra ela que despertara dos pensamentos com ele falando.
- Desculpa , eu não sabia. – começou a chorar, ela não queria pressionar ele a nada.
Ele chegou mais perto dela e puxou lentamente o rosto dela para que eles pudessem se encarar. Olhou nos olhos dela marejados e secou as lágrimas caídas pelo rosto.
- Eu não podia imaginar que eu teria a honra de ter um filho seu. – falou encostando a testa dele contra a dela. Ela fechou os olhos e sorriu.
a puxou para mais perto e tocou os lábios levemente sobre os dela. Ela inclinou a cabeça e se beijaram calmamente, havia um amor entre eles que eles não conseguiam explicar como era sentir aquilo. E a prova mais valiosa que eles poderiam ter desse amor era um ser que estava se formando.
Ao final do beijo, descobriu , ela só observava com os olhos novamente cheios de lágrima, mas agora de felicidade. Ele levantou a blusa que ela vestia até o peito e observou a barriga dela. Pousou a mão sobre ela e a acariciou. Debruçou-se sobre e beijou a barriga.

- Oi filho! – brincava com a barriga pouco visível de , enquanto ela ria alto.
- Mais oito meses assim? – perguntou em meio a sorrisos.
- Todos os dias. – Ele completou dando um beijo nela.
Eles permaneceram assim até a médica chegar e falar que teria que dormir no hospital aquela noite para ficar sob observação.
ligou para , para avisar que a janta não iria sair, deixando o rapaz muito decepcionado.

- Pede o que aconteceu, ! – escutou no outro lado da linha.
- O que aconteceu ? perguntou.
- A foi atropelada, mas está tudo bem. – disse rapidamente.
- COMO VOCÊ NÃO NOS AVISA? berrou no telefone.
- Não queria ficar surdo tão jovem. – falou. Explicou pra ela onde era o hospital e em que quarto ela estava.
- Já estamos indo! falou.

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entrou devagar no quarto arrastando com ela. Cumprimentaram e depois que estava sonolenta.
- Como você está? – perguntou para .
- Estamos bem. – respondeu tranqüila. e não entenderam o que ela quis dizer com ‘estamos’.
- Você também foi atropelado ? – perguntou ao amigo. riu e fez sinal para que continuasse.
- e , vocês aceitam serem padrinhos do nosso filho ou filha? – perguntou sorrindo, segurava a mão dela ao lado da cama.
- AI MEU DEUS! SÉRIO? – não controlava o tom da sua voz.
- Sim, sério. – falou.
- Claro que sim ! Claro que sim! – abraçou a amiga.
Elas ficaram discutindo detalhes do quarto do bebê enquanto e discutiam sobre o campeonato de futebol. Ficaram conversando até o horário de visitas acabar. e saíram do quarto e foram para casa, e esperou até adormecer para ele poder ir para casa, tomar banho e voltar para ficar com ela.

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Duas semanas se passaram do após incidente e , desde o dia em que voltou do hospital, chegava mais cedo em casa para cuidar dela, que ainda estava com alguns ferimentos. Marcaram uma consulta com o obstetra, para começarem a fazer o pré-natal.
- vamos! A consulta é daqui a meia hora e temos uma Londres inteira para atravessar! – chamava , que estava se arrumando.
- Calma amor! – Ela gritou de volta.
- , é a nossa primeira consulta! - argumentava.
apareceu na escada e desceu alguns degraus, nos dois últimos ela pulou e sorriu.
- Você é maluca de ficar pulando assim? – disse preocupado pegando a bolsa dela.
- Eu estou grávida ! Não aleijada!- retrucou e fez cara feia.
- Desculpa meu amor, eu só me preocupo com vocês. – a agarrou pela cintura.
- Demais. Você se preocupa demais. - Ela disse olhando feio pra ele.
- Peça o que quiser, eu faço! – O garoto falou arrependido.
- Ainda não quero nada, mas me aguarde ! – Ela roubou um beijo dele e saiu correndo pela porta até a porta do carro, que foi aberta por .

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Eles atravessaram todo trânsito de Londres, que já estava menos branca, a primavera já estava chegando. Abril chegara e as árvores já estavam formando novas folhas, os parques estavam ficando mais coloridos. estacionou em frente a um prédio enorme.
- É aqui. – Ele falou tirando o cinto e saindo rápido para poder abrir a porta pra namorada.
- Estou com medo . – falou quando ele ofereceu a mão a ela.
- Vai dar tudo certo querida. – segurou firme a mão dela.
Chegaram ao saguão do prédio e pediu informação de qual era o andar do médico. Aguardaram o elevador chegar e subiram até o sétimo andar.

- Bom dia, qual é o nome da paciente? – A recepcionista perguntou a eles.
- . – respondeu, sentava no sofá da sala de espera e folhava uma revista de fofocas.
- O médico está um pouco atrasado. – disse sentando ao lado dela, que olhou pra ele.
- Viu apressadinho? – Ela riu e deu um beijo curto nele.
riu do comentário, era melhor não contrariar uma mulher grávida, pois os hormônios as afetavam ainda mais quando estavam nessa situação. Sim, ele andou pesquisando.
- ? – A secretária chamou. e levantaram e foram até a porta onde a mulher os esperava. – O médico já os aguarda. – Ela falou e abriu a porta para que eles entrassem.
deu espaço pra entrar primeiro no consultório. Ela sorriu pra ele e logo que ele entrou, ela pegou na mão dele, sentaram nas duas poltronas de frente para mesa do médico, que não estava presente. O médico saiu de uma salinha e cumprimentou . levantou-se e estendeu a mão para o médico, que apertou firme.
- Dr. Priestly. – Um senhor de cabelos brancos disse sorrindo. Ele passou imediatamente segurança para os dois. – Vejo aqui futuros papais? – O médico perguntou.
olhou para que olhava pra ela também. Eles sorriram. Ele brincou com os dedos da mão dela e sorriu para o médico.
- Sim, daqui alguns meses vou ver nosso filho sorrindo pra mamãe mais linda do mundo. – falou feliz.
- Fico feliz em ter pais responsáveis, tudo está mudando ultimamente. – Dr. Priestly disse sentando na sua cadeira. - Quantas semanas querida? – Ele perguntou para com um olhar fraternal.
- Oito semanas, doutor. – Ela respondeu confiante.
- Ótimo vocês já terem vindo aqui, assim, peço exames, para que você e seu bebê tenham uma gestação saudável. – O médico falava.
- Que tipos de exame doutor? – perguntou, ele queria fazer tudo certinho, para que e o bebê ficassem seguros.
- Primeiramente a senhora vai deitar naquela maca. – Dr. Priestly indicou uma maca por trás de um biombo.
- Agora? – perguntou ficando nervosa.
- Quando a senhora quiser. – O médico de barbas brancas disse com um sorriso.
olhou para e apertou a mão dela, para que ela se sentisse segura. Ela olhou apreensiva para ele, e levantou-se seguindo até a maca. Subiu os degraus da escadinha que ficava sob a maca e sentou nela, viu o vulto do médico se aproximar e de sentado na cadeira. Quando o médico chegou, ela continuou sentada.
- Ele pode ficar junto? – perguntou ao médico.
- Claro que pode. – O médico falou e chamou , que veio depressa para ficar ao lado de , que deitou na maca.

O médico levantou a blusa dela até a altura do peito e começou a apalpar o abdômen dela, depois de auscultar seu coração ele sorriu.
- Hora da balança mamãe! – Ele disse. levantou com ajuda de .
- Não, balança, não. – Ela resmungou, mas a puxou.
O médico a subiu na balança e a pesou e mediu a altura. começou a ter um chilique por causa do peso. Eles sentaram novamente de frente para o médico e esse explicou tudo que tinham que saber. Daqui um mês voltariam com exames técnicos para que tivessem um controle de tudo.
- Até daqui uns dias! – O médico se despediu.
Eles marcaram a próxima consulta e saíram do consultório. chamou o elevador e abriu a porta quando chegou. Os dois foram até onde havia estacionado o carro e entraram nele.
- Meu Deus! Imagina quando eu estiver com aquele barrigão? – Ela falou colocando o cinto de segurança.
- Você vai continuar linda. – disse olhando pra ela.
ficou com os olhos cheios de lágrimas, abraçou com todo amor, que era totalmente recíproco. Ele beijou os lábios dela.
- Vamos ao McDonalds? – disse se empolgando.
- Seja feita sua vontade. – ligou o carro e foram até o Drive-thru mais próximo.
Viram que tinha muita gente lá, e não seria legal ficar distribuindo autógrafo e, deixar de lado. Pagou tudo que a garota queria e foram pra casa.
- Você vai continuar saindo comigo com aquela barriga enorme? – pediu comendo um hambúrguer.
- Todos os dias, se possível. – Ele falou.
- Você não vai ter vergonha de mim?
- como eu vou ter vergonha de sair com a mulher que eu amo e que vai ser mãe do meu filho? – Ele segurou o rosto dela.
- Mas... – Ela continuou.
- Eu tenho orgulho de mostrar pra todo mundo que eu amo você. – disse sério. – Tá bom?
- Tá. – ficou quieta até convidar ela para assistir um filme com ele.
- Falando nisso, me esqueci de te avisar que amanhã você tem consulta com uma nutricionista. – falou e deu um selinho na namorada.
ficou boquiaberta. Mas sabia que ele só queria o bem para ela e o bebê.

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Maio chegou e as flores começavam a florescer mais do que nunca, deixando os parques londrinos com festivais de cores e perfumes. estava almoçando em um shopping com sua melhor amiga, .
- Quando você vai ficar sabendo que sexo é? – perguntou, logo depois dando uma abocanhada em um hambúrguer.
- Daqui quatro semanas, amanhã eu tenho a segunda consulta. – afirmou, ela comia um prato de arroz integral com cenouras, ervilhas e brócolis.
- Nossa como o tempo passa devagar. – disse.
- Demais, vamos comprar fraldas? – perguntou.
- Já? Mas faltam seis meses! – A amiga falou surpresa.
- andou pesquisando e achou que é melhor ir armazenando fraldas, para que não falte quando mais precise. – falou rindo.
- Só ele mesmo. – riu.
Elas seguiram até uma farmácia e saíram de lá com cinco pacotes de fraldas, pomada para assaduras, talco e outras coisas para bebês.
- Vocês vão jantar lá em casa hoje? – perguntou.
- Sim, sai do ensaio mais cedo e depois nós vamos. – Ela respondeu. – Tenho que ir, estou atrasada para o trabalho.
- Tchau, até mais. – despediu-se da amiga.

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A noite chegou e e estavam tocando a campainha da casa de e , quando passou a mão em uma mecha de cabelo dela, fazendo-a olhar pra ele.
- Eu já te disse que te amo hoje? – Ele perguntou.
- Não. – Ela fez cara de desentendida e ergueu-se nas pontas dos pés.
- Então... – Ele deu um selinho nela. – Te amo. – Falou no topo do ouvido dela.
- , querido, a gente termina depois isso. – sorriu e deu uma piscadela.
- A gente tem que jantar hoje mesmo? – Ele perguntou ficando aflito.
- Boa noite! – abriu a porta na hora que ia responder.
- Oi. – respondeu e entrou na casa.
- O que deu nele? – perguntou.
- Boa pergunta. Como você está? – perguntou fugindo do assunto.
- Muito bem. – Elas entraram e as encontrou na sala.
- Oi ! – Ele deu um beijo na testa dela. Abaixou-se e abanou para a barriga. – Oi bebê do dindo! – falou sorrindo bobo.
- Oi . – sorriu.
- A gente tem que providenciar o nosso , minha querida esposa! – falou.
- Calma , a gente tem muita coisa pela frente. – disse e recebeu um beijo dele.
- Vou lá com os garotos. – saiu de onde elas estavam.
- Vamos, tenho uma coisa pra te mostrar. – pegou a mão da amiga.
- O que é? – Ela andava devagar, sendo arrastada por .
- Calma!
Entraram no quarto de hóspedes da casa e viu em cima da cama uma roupinha branquinha. Ela abraçou a amiga de repente e começou a chorar.
- Eu ainda não acredito que eu esteja vivendo isso! – disse entre soluços.
- Você vai ser uma super mamãe, . – falou baixinho, ainda abraçando a amiga.
- Está tudo tão bem que eu fico com medo. – Ela continuou.
- Isso é ótimo, o te ama e vocês vão ter um filho ! Vocês vão ser muito felizes. – disse.
- Eu sou uma boba mesmo. – disse se recuperando e limpando as lágrimas.
- Vai dar tudo certo. – finalizou e elas sentaram na cama e pegou a roupinha.
- É linda . – falou.
- Pro meu afilhado ou afilhada tem que ser tudo lindo.
- Vem, vamos mostrar para o ! – Agora foi a vez de arrastar com ela.

Entraram na sala de televisão e deram de cara com quatro marmanjos jogando vídeo game. Jogando não, brigando pelo controle dele. pigarreou e olhou pra ela e caminhou até ela sorridente.
- Oi amor! – Ele falou dando um beijinho nela.
- Oi! – Ela sorriu. notou que ela havia chorado e olhou aflito pra ela.
- Tudo bem? – Perguntou preocupado.
- Ótimo! – Ela respondeu e tirou de trás das costas a roupinha de bebê, que mais parecia roupa de boneca.
pegou aquele macacão branco com alguns detalhes em azul, sentiu uma lágrima brotar nos olhos, mas logo a secou. Viu sorrir um sorriso como se estivesse prestes a chorar. Abraçou-a e sentiu-a afundar o rosto no peito dele.
- Eu nunca me senti tão feliz em toda minha vida. – Ele falou no topo do ouvido dela.
- Nem eu. – Ela sussurrou.
- Te amo .
- Te amo .

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Chegaram em casa e já passava da meia noite, por poderiam ter ficado um pouco mais lá, mas falou que ela tinha que descansar para ir ao médico no outro dia. Ela decidiu não contrariar.
- vem aqui, vem. - a chamava.
- É isso que você quer né? – Ela o abraçou pela cintura.
a pegou no colo e subiu as escadas com cuidado, abriu a porta do quarto e colocou deitada na cama. Ficou a olhando de cima, ela sorria pra ele. Aproximou-se dela e a beijou. deu espaço para que ele pudesse deitar a seu lado. Foi o que ele fez.
- O médico disse que pode né? – interrompeu o beijo, sua respiração era profunda.
- Pode claro que pode! - disse tirando o moletom que vestia. puxou pra mais perto e começou beijando o pescoço dela.

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Os dois levantaram às oito da manhã, já que a consulta era às nove e meia, e tinha que tomar seu banho demorado. ligou para o empresário da banda e falou que se atrasaria para o ensaio por causa da consulta, ajeitou um pouco a casa, enquanto estava meia hora no banho.
- , eu também tenho que tomar banho! – Ele a chamou na porta.
Ela saiu e foi se vestir enquanto ele tomava banho rapidamente. vestiu um moletom de , o mais confortável dele e colocou um tênis. Foi até a cozinha e tirou da geladeira um iogurte de morango. abriu a embalagem, mas o largou na hora, correu para o banheiro do andar debaixo e abriu a tampa do vaso.

- , vamos! – descia as escadas penteando os cabelos.
Ele viu um copo de iogurte atirado no meio da sala e correu em busca de , que estava vomitando no banheiro. Ele escutou engasgos.
- ! – se agachou perto dela e agarrou os cabelos dela para cima, de modo que não sujassem eles.
- Que iogurte horrível! – Ela falou limpando a boca.
- Você está melhor? – Disse ajudando ela a levantar e lavar o rosto.
- Eu só fiquei enjoada , estou melhor. – respondeu sorrindo pra ele.
- Bom, então vamos.

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e entraram no consultório e o Dr. Priestly pediu para que ela deitasse na maca, atrás do biombo. Ela retirou a blusa e deitou sobre a maca, enquanto o médico e chegavam.
- Hoje vou medir sua pressão, medir seu abdômen e o mais importante – Ele parou e olhou por cima dos óculos para os dois – ouvir os batimentos cardíacos do bebê.
e sorriram, cada vez estava mais real a idéia que eles teriam um filho, ou filha. E que a vida deles mudaria completamente, mas estavam felizes de qualquer forma. Muito felizes.
- Tudo certo, marquem para daqui um mês o ultra-som. – o médico pediu a eles.
- Obrigado Doutor. – despediu-se.
- Até logo.

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Quatro semanas se passaram e os dois estavam indo novamente ao médico. já estava exibindo sua pequena barriga, ela usava batinhas que combinavam com a estação e com a gestação.

- , eu quero cookies! – Ela viu uma confeitaria. parou na hora em uma vaga no estacionamento.
- Só isso amor? – Ele perguntou tirando dinheiro da carteira.
- Água. – Ela sorriu e ele deu um beijo nela.
- Já volto.
voltou com uma caixinha cheia de cookies, com o primeiro escrito em letras de glacê branco ‘Te amo’. sorriu e deu um beijão nele, o fazendo ficar completamente vermelho, não de vergonha.
Eles comeram todos os cookies no caminho para o médico, chegaram a frente ao prédio e subiram de elevador até o sétimo andar. Cumprimentaram a recepcionista que logo os encaminhou para uma sala diferente da qual estavam acostumados.

- Bom dia, papais! – Dr. Priestly os cumprimentou com o mesmo sorriso de sempre.
- Bom dia! – Eles responderam em coro.
- Meu querido papai e minha querida mamãe, hoje vocês vão poder escutar pela primeira vez o coraçãozinho do bebê. – Ele falou sereno.
- Ai meu Deus! – enfraqueceu os joelhos, sendo apoiada por .
- ? Você ta bem? – Ele perguntou preocupado.
- Momento de bobeira. – Ela respondeu deitando numa cama, onde faria o ultra-som.
- Vamos ver essa barriguinha. - Dr. Priestly levantava a blusa de .
- Linda né doutor? – falou segurando a mão de , que sorria com o comentário.
- Ele vai ser um pai muito bobo, doutor. – falou, enquanto o médico passava um gel sobre a barriga de quatro meses dela.
- Mas você é uma mamãe muito bonita, se permite o elogio. – O médico sorriu e colocou o aparelho sobre o abdômen dela.
Ele pressionou o aparelho sobre o abdômen dela, fazendo algumas imagens aparecerem na tela de um computador, de onde não desgrudava os olhos.
- Eu vou aumentar o volume e vocês vão poder ouvir. – O médico disse.
Ele foi aumentando e, enquanto isso, apertava a mão de , era um som tranqüilizante e emocionante. Eram batimentos em compassos perfeitamente alinhados. viu colocando uma das mãos no olho.
- Um cisco. – Ele falou baixinho.
- Estranho né? – Ela sorriu e voltou a consultar a tela.
O médico digitava algumas coisas e pressionava o aparelho novamente, passava por toda superfície, ele estava tentando procurar alguma coisa.
- Pronto. – Ele falou.
- O que houve doutor? – perguntou levantando a cabeça para ver melhor a imagem.
- Vocês querem saber se é menino ou menina? – O médico perguntou ansioso.
olhou para , que estava boquiaberta, eles não esperavam por isso, não tinham noção de quando eles iriam ficar sabendo. afirmou com a cabeça. Agora foi a vez de apertar a mão de .
- Pode dizer doutor. – falou nervoso e ansioso ao mesmo tempo.
- Vocês têm muitas cuequinhas pra comprar a partir de hoje. – O doutor falou com um sorriso no rosto.
- Não acredito! – caiu de joelhos no chão, ainda de mãos com . – Sério doutor?
- Você quer ver? Vem mais perto. – Dr. Priestly chamou ele, que levantou e ficou ao lado do médico. – Está vendo esse pontinho mais claro aqui? É menino, se é que me entende. – O médico falou rindo.
afirmou com a cabeça e de repente sentiu uma lágrima verter de seus olhos e olhou para , que estava com os olhos já molhados e vermelhos.
- Bom, se já com quatro meses ele já ta com esse tamanho, se é que me entende, imagina quando crescer! Vai puxar ao pai. – falou orgulhoso do filho, que ainda nem tinha nascido.
- Ele se acha demais, doutor, demais. – falou com um sorriso no rosto.
O doutor riu e começou a limpar o gel que havia na barriga de . Eles saíram do consultório radiantes com a nova notícia. Entraram no elevador e já estava no celular na mão, ligando para os padrinhos do filho dele.

- ! É o . – Ele dizia sorrindo. estava de mãos dadas com ele e tentando escutar o telefonema.
- Oi compadre, como foi a consulta? perguntou. estava ao seu lado, grudada na extensão.
- Temos uma notícia pra vocês dois. – não conseguia parar de sorrir.
- Fala logo ! se intrometeu.
- Vocês vão ser padrinhos de um garotão. – disse isso e abraçou pela cintura. – Nosso garotão.
- SÉRIO? deu um berro ao telefone, juntamente com os gritos agudos de que pulava.
- Sim, eu e a vamos comprar a primeira cueca dele. – falou orgulhoso.
- Eu vou comprar alguns CDs pra criança pequena, uns de rock também, o cara vai ser macho, né! falava empolgado.

Desligaram o telefone e acompanhou até a Harrod’s, que naquela hora da manhã não costumava ser muito movimentada. Entraram na loja, usava um boné e um óculos escuro, não queria ser incomodado por fãs naquele momento. e andavam de mãos dadas radiantes pela loja, quando acharam à sessão de roupas infantis simplesmente pirou.
Compraram sapatinhos, cuequinhas, meias, toucas, moletons, tudo para que o bebê ficasse confortável e estiloso, como dissera.

- Olha esse All Star! – chamou que estava na prateleira de pijaminhas azuis.
- Ai ! Que lindos! – Ela respondeu levando dois pijamas, um com listras azuis claros e outra em xadrez todo colorido.
- O nosso garoto vai ser que nem o pai! – Ele falou escolhendo um par de All Star azul marinho.
- Você é muito convencido! – riu e colocou os pijamas no carrinho, sendo abraçada por .
- Mas vais ser lindo que nem a mãe. – Ele disse beijando o pescoço dela, que se arrepiara toda.
sorriu e percebeu naquele instante que a sua vida estava mudando de uma maneira muito rápida, mas de um jeito completamente encantador, como nunca imaginara. não se imaginava com outra mulher, sem ser .

~~~~

estava ainda deitada na cama, já que pediu demissão por ela, segundo ele, não precisava daquele salário e estava ficando cansada demais. Ela não reclamou, não adiantaria nada.
Era uma manhã de quinta feira e o sol de verão inundava o quarto dela e de , que já havia saído para uma turnê curta, duas semanas. sentia falta dele. O telefone tocou e foi atender, já podia imaginar quem era.

- , meu amor! – falava ao telefone.
- Meu amor, esses dez dias tem sido terríveis sem você ao meu lado. – Ele falou com a voz estranha.
- Que voz é essa ? – perguntou preocupada, ela sentava na cama enquanto ajeitava sua barriga de seis meses e meio.
- Nada, não se preocupe comigo. – Ele falou ainda estranho.
- Eu tenho que me preocupar com você! – Ela disse meio alto. – , você é pai desse filho que eu carrego e também eu te amo, poxa, acho que eu mereço saber! – estava chateada.
- Eu sinto sua falta. disse e ouviu um soluço no telefone. – Eu sinto muito sua falta, queria estar aí com você, mas eu não posso! – Ele finalmente conseguiu falar, como se um nó na garganta estivesse se desfazendo.
- , você está chorando? – perguntou.
- Vai passar. – Ele pareceu tentar se recuperar.
- Você está no hotel? – Ela perguntou.
- Sim, estou deitado na cama, não durmo desde ontem. respondeu.
- Daqui quatro dias você está de volta.
- , fica falando comigo? Eu preciso escutar a tua voz. – Ele falou sonolento.
- Claro meu amor. – sorriu compreensiva.
- Como está nosso garotão? perguntou sorrindo fraco.
- Está muito bem segundo Dr. Priestly, está com um quilo, está ficando fortinho. – acariciava a barriga sorrindo.
- E a mamãe? perguntou baixinho, já estava quase dormindo.
- A mamãe está com saudades do papai, mas está bem. – falava baixinho, pra embalar o sono de .
ouviu um suspiro de , conhecia bem ele pra saber que estava adormecido. Desligou o celular e levantou, almoçaria com . Colocou um vestido leve e saiu de casa.

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e almoçaram e foram em uma loja de tintas comprarem algumas para pintar o quarto do bebê, que ainda não tinha nome definido.
- Mas porque vocês não tiram par ou ímpar? – perguntou enquanto via algumas amostras de cores.
- Vai ser e pronto, ele vai ter que ceder. - respondeu escolhendo um azul claro.
- Bom, pelo menos tu já vai ter o filho, agora o não pára de me encher o saco! – decidiu por um azul esverdeado.
- Mas vocês estão casados faz dois anos! Ele merece isso. – falou e chamou o atendente.
- Eu sei, mas eu tenho medo de ele não estar preparado! – disse e entregou a cor escolhida para o moço.
- Duas latas de cada! – pediu ao atendente. – Como você sabe disso? Ele te ama , vocês se amam! Quer prova maior que essa? – olhou pra amiga, séria.
- Não sei, não. – falou e foi em direção ao caixa.
- Deixa que eu pago. – se intrometeu e pagou as tintas. – Vocês podem levar até o carro, por favor? – Ela pediu.
- Claro senhora. – O moço respondeu.
- Pense melhor , ele merece isso e você vai ver como eles ficam bobões. – disse rindo.
- Mais bobão? Ah não! – riu junto com a amiga.

As duas saíram da loja com o rapaz as acompanhando, ele colocou as latas de tinta no porta malas e elas deram uma gorjeta pela atenção que ele deu a elas. De repente, quando entrava no carro, no lado da carona, dois fotógrafos apareceram do nada e batiam fotos enlouquecidos.

- Sai! Sai! – tentava ajudar a tirar eles de lá, sem sucesso.
- Você é a namorada de não é? – Uma mulher apareceu com um gravador em mãos, e indagava que tentava fechar a porta.
- Por favor, a deixem em paz! – os empurrava.
- Você está grávida dele? – A mulher perguntava sem se deixar empurrar. finalmente conseguiu fechar a porta e entrou.
- Vamos pra minha casa, você dorme lá hoje, caso sigam nós. – falou dando ré.
- Como eles ficaram sabendo? – pediu, ela estava assustada.
- Ai calma . – Ela tentava acalmar a amiga, que estava em prantos.
- Eu quero. Falar. Com. O , eu preciso. Escutar. A voz. Dele. – falava entre soluços.
- Ta, espera um pouco, já chegamos em casa daí você liga. – acelerava embora nenhuma moto ou carro seguissem elas.
estacionou o carro rapidamente e abriu a porta pra amiga, que estava tremendo dos pés à cabeça. Deu a mão a ela e a conduziu até a entrada da casa.
- Vem eu vou fazer um chá pra você. – disse ao sentar no sofá aconchegante.
- Eu só preciso dele , da voz dele. – falava chorosa.
pegou o telefone sem fio e alcançou pra , que estava deitada no sofá, e foi preparam um chá pra ela. derramou algumas lágrimas enquanto o telefone chamava, estava desesperada pela voz de .

- Alô? – Uma voz masculina atendeu, mas não era seu .
- Oi, o está por aí? – tentava conter as lágrimas.
- Ele está no meio do ensaio geral, quem gostaria?– O homem desconhecido falou.
- É a namorada dele. – disse.
- A senhorita está bem? – O homem perguntou.
- Desculpa, mas eu precisava falar com ele. – começou a chorar de novo, seu estado não estava nada bom, e ainda com a gravidez se agravava a cada instante.
- Eu vou chamá-lo pra você, ordens dele. – O rapaz pareceu simpático e ela respirou aliviada.
ouvia alguns barulhos de guitarra e bateria ao fundo, logo ouviu passos, como alguém estivesse correndo.

- , você está bem? perguntou com a voz falha. – Você está chorando, meu amor? – Ele quis saber a ouvindo soluçar ao telefone.
- Ai, foi horrível! – Ela desabou novamente no choro. – Desculpa, eu não consegui mandar eles embora e eles tiraram fotos e vai estragar toda sua vida, desculpa, prometo que eu não saio mais de casa. – desabafou.
- Fotógrafos? Eles fizeram alguma coisa com você? E com o nosso filho? estava nervoso, nunca deixou uma situação de essas acontecerem com , ela nunca havia passado por isso.
- Eles me perguntaram se era teu o filho e não paravam de tirar fotos, eu estraguei tudo né? – Ela pediu.
- Claro que não, meu amor! Você não estragou nada! Desculpa te fazer passar por isso. Agora se acalma ta bom? tentava acalmar ela. – Onde você está? Você está sozinha?– Ele perguntou, tentando fugir do assunto, para distraí-la.
- Eu estou aqui na , ela achou melhor. – começava a se acalmar.
- Ótimo, fica aí até eu chegar ok? Não quero você sozinha. – falou, teria que dar um jeito de voltar mais cedo.
- Eu queria você aqui. – disse deitando a cabeça nas almofadas do sofá.
- Me dói o coração eu estar aqui e você chorando aí. – Ele falou. – Te amo .
- Volta logo? – Ela perguntou.
- O mais rápido que eu puder.
- Desculpa te atrapalhar, mas eu precisava falar com você. – falou baixinho.
- Você nunca vai me atrapalhar, você faz parte da minha vida. disse.
- Agora eu vou dormir, eu e o . – Ela falou bocejando, não sabia o que ela tava falando.
- ? falou com ele mesmo. – Diz pra ele que o papai ama ele. – Disse pra , que arregalou os olhos.
- Sério? Pode ser esse nome? – Ela despertou.
- Claro, o nome do nosso filho vai ser . falou sorrindo.
- Te amo .
- Amo vocês dois.

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acordou sábado pela manhã toda suada, acabara de ter um pesadelo terrível, levantou da cama e foi tomar um banho. Ainda faltavam dois dias para voltar. Desceu as escadas com cuidado e encontrou e se abraçando.
- E o ? – Ela perguntou a eles que estavam se beijando.
virou a cabeça e olhou em direção a porta. virou e não encontrou ninguém, abriu a porta e encontrou sentado na escadinha que tinha ali. Ele a viu sair da casa e levantou-se na hora.
Era difícil pra pular no colo dele e abraçá-lo, mas essa era à vontade. pegou o rosto dela, e encostou as duas testas, fazendo com que ficassem próximos um do outro. Ele a beijou docemente, um beijo de saudade.

- Saudade de vocês. – interrompeu o beijo e ficou de joelhos no chão e beijou a barriga de que deixou uma lágrima de felicidade escorrer livremente por sua face corada.
- Vamos pra casa? – pediu não que não estivesse bem ali, mas ela queria ficar com o agora.
- Eu ia pedir isso agora. – Ele falou sorrindo e pegando na mão dela, a levando para dentro de casa.
- Vocês vão ir embora? – perguntou a eles, que entravam.
- Hm, sim, eu vou cuidar dela agora. – disse e deu um beijo na testa de .
- Porque a pressa, ? – cutucava o marido, que sorria malicioso pra ela.
- É que o tem que descansar, é descansar. – disse rápido, evitando mais cutucões.
- Uhum, depois a gente conversa. – falou em tom mandão.
- Bom, é melhor a gente ir, tem gente que precisa... - começou, mas viu a cara de reprovação da amiga e se calou. –... descansar.
- Onde estão as coisas da ? – perguntou.
- Vem eu te mostro. – chamou que a seguiu até o quarto de hóspedes. Pegaram a bolsa e uma frasqueira.
- Vamos? – entrelaçou uma das mãos livres com a da .
- Sim. – Ela despediu-se de e e foram.
- As mulheres ficam mais bonitas grávidas. – falou em voz alta, enquanto viam abrir o carro para entrar.
- ! Não começa! – disse virando-se pra ele.
- eu vou roubar sua cartelinha, só assim pra você conceber um bebê. – Ele falou encarando ela.
- Mas , e se a gente não estiver pronto? – Ela perguntou.
- A gente está, e se não tiver nos preparamos. – falou pegando nas mãos dela.
- Mas... – tentava argumentar, mas não conseguia mais achar desculpas para isso.
- ! É pecado eu te amar e querer um filho seu? – falou alto e logo passou a mão pelo cabelo dela.
- ... – Ela sabia que ele estava certo, uma lágrima caiu e ele a secou.
- Vamos tentar? Não vai ser tão chato assim. – deu um beijo suave nela.
- Vamos descansar? pegou a mão dele e sorriu. Subiram as escadas em silêncio, mas rapidamente.

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acordou na primeira manhã de agosto e o sol tocava a pele macia e suave de , que ainda adormecia a seu lado. Levantou e foi preparar o café. Passou pelo corredor e parou em frente ao quarto que seria do bebê. Ele já estava todo pintado, uma parede com listras azul esverdeado e azul claras. Os móveis estavam embalados no canto do quarto.

- Ta lindo né? – sussurrou abraçando .
- Acordou meu amor? – virou-se pra ela.
- Uhum, eu estou com um desejo, sabe. – resmungou.
- Qual seria ele? – Ele colocou a mão na barriga dela. – Bom dia filho. – E deu um beijo.
- Quero suco de laranja com hortelã e algumas jujubas vermelhas. – Ela falou sorrindo.
- Seu desejo é uma ordem. – curvou-se em reverência.

Ele saiu de casa logo e foi buscar as tais jujubas vermelhas e o suco de laranja com hortelã. nesse meio tempo começou a desembrulhar o berço do bebê, que já estava com sete meses e uma semana. Ela apertava as bolinhas que tinha no plástico que envolvia o berço, que era branco.
retirou uma das grades do berço e colocou escorada na parede, e tentou empurrar o berço, com as costas. Nem ouviu a porta da casa batendo e subindo as escadas.
- ! O que você pensa que está fazendo? – Ele gritou com ela, que se assustou.
- Não me assusta assim ! – falou se recuperando do susto. – Só estava colocando o berço no lugar.
- Mas eu já não te disse pra não fazer esforço? – continuava gritando com ela, que estava ficando braba.
- Mas você não me deixa fazer nada! NADA! – Ela gritava também.
- E não é pra fazer mesmo! Você está GRÁVIDA! – Ele estava começando a perder o controle.
- Muito bem falado , GRÁVIDA! Não DOENTE! EU ESTOU GRÁVIDA! Não você! – também perdeu o controle e saiu caminhando depressa, passando rápido por , que a seguia com o olhar.

entrou no quarto chorando, segurava a barriga e procurava alguma calça que servisse nela e uma blusa qualquer. Por fim acabou achando um vestido preto e o vestiu o mais rápido que conseguiu, apanhou sua bolsa e saiu do quarto.
- Aonde você vai? – perguntou encontrando com ela no corredor.
- NÃO TE INTERESSA! – Ela berrou descendo as escadas.
- CLARO QUE ME INTERESSA! – Ele gritou e seguiu ela.
- Para o seu bem, NÃO me siga! – apontou o dedo pra ele, ela estava nervosa demais.
Os olhares se encontraram e viu que ela estava chorando. Tentou se aproximar dela, sabia que tinha cometido um erro, mas ela se afastou bruscamente, saindo e fechou a porta na cara dele. Ele sentiu um aperto no coração, não devia ter feito aquele escândalo.

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entrou no carro rapidamente e, encaixou a chave e saiu dirigindo sem destino. Pensou em ir até , mas esse seria o primeiro lugar que iria procurá-la. Ela não queria encontrar com ele, não agora. Estacionou o carro e desceu, indo em direção ao parque.
Sentou em um dos bancos, que ainda estavam úmidos do orvalho da manhã, não se importou com aquilo. Ela apenas olhou para baixo, onde se encontrava uma enorme barriga de sete meses. Aquilo não podia ter acontecido, não agora.
Sentiu uma dor tomar conta na região da barriga, percebeu que o bebê acabara de chutar e uma lágrima caiu insistentemente. não sabia por que daquilo tudo, mas cansou de não poder fazer nada e ser controlada vinte e quatro oras por dia, mas ele apenas se preocupava com ela e o filho.

- Alô? – atendeu o celular quando viu que era .
- Onde você está? O ta que nem um maluco atrás de você! – dizia ao telefone.
- Estou no Hyde Park, em frente à fonte. - disse observando um pai brincando com o filho próximo a fonte, e outra lágrima verteu de seus olhos.
- Eu vou até aí, me espera. – disse isso e desligou o telefone.

sentiu uma mão no seu ombro e desejou que fosse , mas não era apenas uma senhora, que sorria pra ela com os olhos brilhantes. Ela sentou-se ao lado de , que forçou um sorriso simpático.
- Menino ou menina? – A senhora de cabelos brancos e curtos perguntou apoiando a mão na barriga de .
- Menino. – disse, e a senhora soltou um risinho fraco.
- Me permite pedir o nome do garotinho? – Ela sorriu, tirando a mão da barriga de .
- . – disse. Aquela senhora conseguiu distrair seus pensamentos.
- Ele vai ser um rapaz conservador, vai ser totalmente do contra, sapeca, mas vai ser vitorioso. Vai viver de aventuras. Vai ser um bom garoto. – A senhora falou sorrindo, os olhos brilhavam por trás dos óculos cor madre-pérola.
estava sensível demais para aquilo e começou a chorar novamente. O pai e a criança ainda brincavam perto da fonte e aquela senhora falara tudo do seu filho que ainda não tinha nascido não estava ali com ela.
- Minha jovem, o tempo é muito curto. – Sua companhia disse se levantando. – Não perca tempo. – E saiu.

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estava sentado no chão do quarto bebê. Com seu primeiro presente em mãos, abraçava o macacão como se estivesse com seu filho no colo. Já eram quatro horas da tarde e ele não tivera notícias de .
Depois que ela saiu ele desembalara a cômoda, que combinava com o berço, o baú de brinquedos que tinha vários tons de azul, a poltrona azul Royal, e terminou de organizar todo quarto de seu filho, colocando por final um quadro na porta, escrito ‘’ em letras azuis.

- ? – atendeu o celular.
- A achou a , mas ela saiu sem dizer nada. – falou apreensivo.
- Porque eu fiz isso ? Me diz? Eu sou tão estúpido! Eu tenho uma mulher linda, que me ama e ta esperando um filho meu e eu faço isso com ela! Eu mereço sofrer. – estava desesperado.
- Calma vocês dois estão cheios de preocupações, é normal tudo isso. – tentava acalmar os ânimos de .
- Não ! Não é normal! Eu A AMO! – baixou a cabeça, ainda sentado no chão, com a roupinha branca esticada em seu colo.
- Vai ficar tudo bem, seu eu souber algo, eu ligo. – falou.
- Por favor, . Obrigada pelo apoio. – disse em desabafo.

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chegou ao parque e encontrou sentada em um banco, o olhar dela era vago. Sentou ao seu lado e a amiga simplesmente a olhou e a abraçou. sentia as lágrimas de pingarem em sua blusa, mas isso não importava.

- Quer ir lá pra casa? – falava baixinho, enquanto ainda estavam abraçadas.
- O ta lá? – perguntou do mesmo jeito. largou o abraço e pegou as duas mãos de .
- Não, mas você não pode fugir dele assim. – disse à amiga.
- Eu sei, não quero fugir, só quero saber o que falar quando encontrar com ele. – limpou as últimas lágrimas e tentou ser forte.

Ela sentiu uma contração forte e se contorceu de dor, fazendo se assustar. Ela sentiu outro chute forte e apertou as mãos contra a barriga. fez o mesmo, estava com os olhos arregalados.
- Vamos logo, você precisa descansar. – falou e deu a mão para levantar , que tinha uma das mãos apoiando as costas, que estavam cada vez mais doloridas, pelo peso de carregar uma barriga daquele tamanho.

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deitou na cama do quarto de hóspedes, que ficava no andar abaixo. trouxe uma sopa pra alimentá-la, já que ela estava enjoada. Ela comeu a sopa devagar e olhava televisão, e faziam companhia a ela.

- Eu comprei alguns CDs para o . – falava empolgado.
- Ótimo, tenho certeza que ele vai gostar. – tentava sorrir, mas o sorriso saia muito forçado, então decidiu não tentar sorrir.
- Vamos deixar você descansar agora. – levantou, juntamente com ela, também levantou.
- Com o chá que a fez você vai se sentir mais relaxada. – falou. – Agora descanse querida. – Ele colocou uma das mãos na barriga dela e beijou sua testa, fez o mesmo.
saiu por último, fechando a porta e desligando a luz. deitou a cabeça nos travesseiros e cobriu a barriga, segurou-a por baixo, tentando sentir onde seu filho estaria e se estaria bem. Começou a enxergar tudo embaçado e seus olhos fecharam.

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- Ela está aqui em casa . – falou ao telefone.
- Ela está bem? – perguntou logo.
- Estava nervosa quando chegou, comeu e agora ela pegou no sono. – falou resumidamente, sabia que o amigo não estava nada bem.
- Eu não vou conseguir dormir essa noite. – falou cabisbaixo.
- Você está bem? – perguntou.
- Não, eu não estou nada bem. Eu não sei viver sem ela do meu lado. – disse atormentado.
- Você comeu alguma coisa?
- Eu não sinto fome, eu já arrumei todo o quarto do bebê e não sei mais o que fazer sem ela aqui.
- Tenta dormir pelo menos. – falou.
- Vou tentar, mas aposto que eu consiga dormir, eu fui tão arrogante com ela. – culpava-se.
- Se cuida, dude. Você tem um filho pra ver nascer e crescer ainda. – tentava lembrar que nem tudo estava perdido.

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levantou-se do chão gelado e guardou a roupinha do filho no armário, fechou a porta e foi até o quarto. Deitou na cama, mas não conseguia cerrar os olhos, lembrava do olhar magoado que lhe lançara mais cedo, e essa imagem o deixava atormentado.

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levantou de madrugada e silenciosamente foi até a cozinha tomar um copo de água, o relógio marcava três e meia da manhã. Seu bebê não parou de chutar o caminho inteiro, ela sentiu uma contração que a fez largar o copo no chão e gemer de dor.
- O que houve ? – acendeu a luz da cozinha, que ficou clara de repente, fazendo ambas fecharem os olhos.
- Contrações seguidas. – tentava se firmar em algum lugar. – Eu preciso tomar um banho.
- Vamos, eu te levo até o banheiro. – disse segurando as mãos de .

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despiu seu pijama, que tinha pegado emprestado de e entrou embaixo do chuveiro quente. Rapidamente o banheiro ficou embaçado. Enquanto ela lavava o cabelo sentiu algo estranho escorrer por suas pernas. Sangue.
- ! ! ME AJUDA! ME AJUDA! – gritava desesperada.
A porta do banheiro escancarou-se e apareceu por ela atordoada. chorava e soluçava, enquanto a amiga a tirava debaixo do chuveiro e o desligava. Secou ela com a toalha e a vestiu com o mesmo pijama.
- ! ! – Ela gritava pelo marido.
desceu as escadas rapidamente e encontrou com pingos de sangue em seu pijama, a pegou no colo e saiu de boxers e camiseta até o carro. fechou a casa e seguiu eles. Ela entrou no banco de trás, para apoiar que estava deitada.
- Filho, fica bem aí? – acariciava a barriga, esperando que nada de ruim acontecesse a seu filho e de .
- Vai para o St Mary. – guiava .
- Sim, é mais perto. – dirigia em uma velocidade média.
- MAIS RÁPIDO! – gritou de trás do carro.
- COMO EU VOU ANDAR MAIS RÁPIDO COM UMA GRÁVIDA AÍ ATRÁS? – retrucou. calou-se.

Chegaram até a frente do hospital e pulou do carro, chamando dois enfermeiros de plantão. Eles pegaram uma maca e trouxeram até onde estava o carro, retiraram de lá e a deitaram na maca.
- Você vai ficar bem. – falava segurando a mão de , que estava sendo levada para a emergência.
- Se o meu filho ficar bem eu fico feliz. – disse com as lágrimas secas em seus olhos. Não se importava mais com a sua saúde, mas com a de seu bebê.

Um médico os encontrou e os dois enfermeiros e ele entraram em um bloco que não era permitido pessoas não autorizadas. e sentaram apreensivos na sala de espera, depois de fazerem a ficha de .
decidiu ligar para , que não o perdoaria se o deixasse de fora disso. Na primeira chamada já atendeu ao telefone, como se esperasse por notícias.

- Aconteceu alguma coisa com a ? – Ele foi direto, não deixando opções para ser razoável.
- Ela está sendo atendida aqui no St. Mary. – falou calmo.
Ele ouviu um barulho de telefone sendo desligado, sabia que devia estar correndo para chegar o mais rápido possível ali. abraçou , que fez carinho em sua esposa.

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- Vocês são os amigos da ? – Uma enfermeira perguntou consultando uma folha.
- Sim, somos. – respondeu.
- Ela já está no quarto, mas ainda não podemos liberar mais informações, até que saia o laudo do médico. – Ela os informou.
- Demora muito? – perguntou.
- Não sei, depende do caso. – A enfermeira disse.
- Não dá pra nós entrarmos no quarto dela? – perguntou à enfermeira.
- Desculpa, mas eu não estou autorizada. – Ela falou e saiu com a prancheta na mão.

~~~~

chamou um táxi, já que estava com o carro, chegou em frente ao hospital e correu pelos corredores cheios, não encontrava nenhuma pessoa conhecida, até chegar na sala de espera da emergência.
- ! – levantou e encontrou com o amigo, que estava transtornado.
- Como ela está? – passava as mãos pelos cabelos suados.
- Não temos notícias dela. – falou com a mão dos bolsos.
- Vocês já viram ela? E o meu filho? – Ela não sabia.
Uma outra enfermeira parou em frente a eles e engoliu em seco. amoleceu os joelhos, quase caindo no chão.

- Sinto muito, ela não resistiu. – A enfermeira disse.
- NÃO! NÃO PODE! NÃÃO! – chorava um choro alto e desesperado.
levantou e abraçou , ela chorava enquanto continha suas lágrimas.
- O quarto foi liberado. – A primeira enfermeira os informou.
- NÃO PODE! – sentou em uma das cadeiras da sala de espera.
- Pode sim, só que ela ainda está sedada e recebendo soro. Quarto 205. – A enfermeira disse não entendendo o escândalo.
- Eu não estou entendendo nada, vocês não são a família da Kelly Tooling? – A enfermeira que dera a notícia perguntou.
levantou e correu pelo corredor procurando o quarto onde estava. Encontrou a porta e enxergou pelo vidro deitada com os olhos fechados. Entrou em silêncio e encostou a porta. O relógio no canto do quarto marcava quatro e meia da manhã.

~~~~ O sol começava a penetrar por entre as cortinas mal fechadas, despertando , que sentia dores nas costas e no abdômen. Viu que estava no hospital, ela estaria bem, mas e o bebê? Quando foi colocar a mão na barriga, para sentir o bebê, encontrou outra mão estendida ali.
estava debruçado sobre a cama adormecido. Uma das mãos estava estendida sobre o bebê e a outra estava entrelaçada com a mão de , que tinha a agulha com o soro. sorriu, mesmo sabendo que ele dormiu preocupado com ela.
- Bom dia. – sussurrou ao ver abrir os olhos lentamente.
- Bom dia. – Ele falou ainda sonolento. - ! – levou um susto.
- Oi . – abaixou a cabeça, estava envergonhada por dar tantas preocupações.
- você me perdoa? – Ele beijava sua mão.
- Você que tem que me perdoar, eu fui ridícula. – disse.
- Eu fui ridículo e estúpido com você, você tem toda razão de me xingar. – Ele falou chegando mais perto dela.
- Eu te perdôo só se você me perdoar. – segurou ele pela nuca.
- Vamos esquecer isso? – Ele perguntou encostando o nariz no dela.
- Uhum. – falou e recebeu um beijo de , que conseguia deixar ela calma, só ele.
- O médico já deve estar chegando. – disse.
- O nosso filho está bem? – perguntou passando a mão sobre a barriga.
- Enquanto você dormia, ele deu um chute de jogador de futebol. – falou sorrindo.
- Bom, então ele deve estar bem. – Ela sorriu ao sentir beijar toda a barriga dela, que estava enorme.
- Te amo. – disse olhando pra ela. Sentiram um chute do bebê e riram. - Também te amo garotão.
-Também amo vocês.

e entraram no quarto juntos, estavam vestidos apropriadamente, e não de pijamas. abraçou desajeitada, logo depois cumprimentou ela com um beijo na sua mão direita.
- Bom dia! – O médico entrou no quarto, não conheciam.
- Bom dia. – Os quatro responderam. O médico chegou mais perto deles.
- Sou o Dr. Stanley, eu atendi à senhora hoje de madrugada. – Ele falou enquanto eles o ouviam.
- Como eles estão doutor? – perguntou apreensivo.
- Você teve um descolamento da placenta, por isso o sangramento, mas está tudo bem com a senhora. – O doutor disse calmamente.
- E o bebê? – perguntou nervosa, ele não havia respondido toda pergunta de .
- A ultra-sonografia não acusou nada, o bebê de vocês não corre riscos. – Dr. Stanley afirmou. Todos respiraram aliviados, o susto passara.
- E quando vamos poder levá-los? – perguntou.
- Nós queremos que eles fiquem mais três dias aqui, para a medicação, vamos ver se vai funcionar. – O médico respondeu. – Vamos observar a reação dela ao remédio e depois liberá-la, mas vai ter que permanecer em repouso até o final da gravidez.
- Que tipo de remédio? – perguntou.
- Vamos dar-lhe anti espasmódicos para evitar a contração uterina. – O médico respondeu novamente. – Agora o café da manhã para a mamãe. – Ele deu espaço para enfermeira colocar a mesinha.

~~~~

ficava praticamente todo tempo no hospital, ele saía de lá quando estava dormindo, tomava banho e ajeitava a casa para que ela chegasse e tudo estivesse em seu lugar. Ajudava ela a tomar banho, juntamente com uma enfermeira, que tinha que cuidar para ver se não havia nenhum sangramento. Foram três dias nessa rotina. Ele tirou folga, já que a turnê havia terminado.
- A paciente está liberada. – A enfermeira disse no batente da porta.
- Vamos pra casa, meu amor. – falou sorrindo.
- Graças a Deus! – disse.
Trocaram a camisola listrada em rosa por roupas normais. A enfermeira deixou uma cadeira de rodas perto da cama, era mais seguro não caminhar caminhos longos.
- Eu vou obedecer você agora. – sentou e falou a , que riu baixinho.
- Eu só quero o bem de vocês dois. – falou abaixando-se para encarar .
- Eu sei meu amor. – Ela disse dando um selinho nele.
- Agora vamos! – Ela segurou a cadeira de rodas e guiou até a saída do prédio. Abriu a porta do carro.

~~~~

Londres estava com o clima mais quente, afinal era verão, pessoas enchiam os parques, se divertiam de várias maneiras. prestava atenção quando passaram pelo Hyde Park, procurava pela mesma senhora que tinha dito coisas tão bonitas pra ela e para seu filho.
- Sabia que nosso filho vai ser aventureiro? – perguntou pra ele, que dirigia com cuidado.
- Ah é? Como a senhorita sabe? – respondeu com outra pergunta. Olhou de canto de olho pra ela, que segurava a barriga.
- Uma senhora no parque me disse. – Ela sorriu ao sentir o calor do Sol aquecer seu rosto.
- Nosso filho vai fazer sucesso. – Ele falou sorrindo.
- Ela disse isso. – sentiu pousar uma das mãos na sua barriga.
- A gente vai ser muito feliz.
- Eu sei.
br> ~~~~

Chegaram em frente a casa deles e saiu correndo e fez a volta para abrir a porta para que pudesse sair. Pegou uma malinha na porta malas e segurou pela cintura, ela se apoiava nele para subir os poucos degraus que havia na porta de entrada.
abriu a porta lentamente, deixando com os olhos marejados com a visão que tivera. Havia flores de todas as cores e perfumes ali na sala. Todas postas em vasos, algumas em buquês pequenos, grandes. a puxou para dentro, lentamente ela ia observando tudo que ele havia feito para ela.

- o que é isso? – Ela perguntou embargada.
Ele não falou nada, só a sentou no sofá. Havia milhões de flores, em todos os cantos da casa. não compreendia nada.
- As floriculturas estão vazias hoje. – falou pegando alguma coisa por trás de um buquê de copos-de-leite.
- Mas... – começou, mas se calou quando viu ajoelhar-se na frente dela.
- , eu venho tentando ser perfeito pra você, porque você merece isso. – começou dizendo. Exibia uma pequena caixinha de veludo preta na mão.
– Mas eu não consigo ser eu mesmo sem você ao meu lado. Você faz parte de mim. – abriu a caixinha que continha dentro um anel com um pequeno diamante. - , casa comigo?
deixou cair algumas lágrimas e um sorriso tomou conta do rosto dela, ele era simplesmente demais.
- Claro ! Claro! – Ela ria e chorava ao mesmo tempo.
abriu um sorriso de felicidade. Beijou os lábios úmidos de lágrimas de , que não sabia como podia sentir tanta felicidade. Pegou a pequena mão da sua futura esposa e colocou o anel.
- Você é perfeito pra mim. – o beijou, ele sentou ao seu lado no sofá.
- Você foi feita pra mim. – disse beijando o pescoço dela. Sentiram um chute de leve na barriga. Sorriram.

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- calma! Estamos quase chegando! – falava alto, tentando acalmar ela.
- Eu estou calma , você que está maluco. – disse tranqüila a seu lado no carro.
- Então liga para o Dr. Priestly. – Ele disse ultrapassando um carro que passeava pela rua.
- Chama e ninguém atende! – começou a se preocupar, faltava uma semana para fechar nove meses de gravidez e seu médico não atendia ao telefone.
- NÃO ACREDITO! – parava em frente ao hospital e descia para chamar os enfermeiros, já que estava tendo contrações fortíssimas.
- Calma meu amor, vai dar tudo certo. – Ela disse enquanto ele segurava a mão dela e o enfermeiro a carregava com uma cadeira de rodas.
- Qual é seu médico querida? – Uma enfermeira de idade perguntou a .
- Dr. Priestly. – falou, a enfermeira consultou o computador.
- Ele saiu para um congresso em Liverpool. – A enfermeira disse.

colocou a mão na cabeça e deu um giro, queria poder gritar de raiva, mas não podia. Escorou-se na bancada e pediu para enfermeira checar de novo.
- Sinto muito, senhor, mas ele não está. – Ela disse.
- Mas como ele não está? – perguntou. sentiu as contrações aumentarem a intensidade.
- Ta doendo. – resmungou, escutou.
- Vamos querida, temos uma médica ótima de plantão. – A enfermeira encaminhou-os até uma salinha.

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- Oi desculpem pela demora. – Uma mulher de óculos entrou na salinha que e estavam. – Dra. Motyczka.
- Eu estou sentindo muita dor, doutora. – falou com a mão na barriga.
- Venha, querida. – A médica de cabelos loiros disse.

levantou segurando a barriga, sendo auxiliada por e a médica. Deitou em uma cama, a médica tocou no abdômen de e auscultou o coração do bebê e da mãe.
- Querida, você está em trabalho de parto. – A médica falou sorrindo. - Trabalho de parto? – perguntou amedrontado.
- Sim, você está com contrações regulares, não? – Ela perguntou dirigindo-se a , que afirmou com a cabeça.
- Meu filho vai nascer? – perguntou. Ele não estava preparado a cesariana estava marcada para daqui sete dias, não hoje.
- Sim, seu filho está pronto para nascer. – A médica falou com um sorriso amável no rosto. – Vocês querem parto normal ou cesariana?
- Cesariana. – disse.
- Então eu tenho que contatar o anestesista e me preparar. – Ela falou tranqüila, pegou seu Pager.
- Eu vou ligar para o , já volto. – disse saindo da saleta.
saiu do quarto e avisou que teria o bebê, pediu pra ele passar na casa deles e pegar a câmera e a bolsa que tinha tudo dentro, preparado. Eles tinham a chave da casa deles, em caso de alguma emergência, disse que eles já estavam indo.

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quase desmaiou na sala que iria acontecer o parto, mas a médica lhe deu um tapinha na cara e ele meio que acordou. Anestesiaram , a médica pegou o bisturi e fez um corte embaixo da barriga. Isso não filmou, era muito dolorido.
A anestesia passou e estava com os olhos arregalados, esperando por um som que não demorou a chegar. O choro de um bebê invadiu a sala de cirurgia, fazendo e ela se encher de lágrimas nos olhos.

- Nasceu! O nosso filho nasceu! – beijava os lábios de com amor.
- Mamãe e papai. – A médica colocou o bebê enrolado em um paninho no colo de .
- Oi filhão. – falou pegando na mãozinha do bebê, que ainda mantinha os olhos fechados.
- Ele é lindo. – falou beijando o bebê.
- É nosso filho. – disse beijando a testa de e logo depois o nariz pequenino de seu filho, que agora bocejava.

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e olhavam através do vidro o afilhado deles, era o mais inquieto de todos os bebês que estavam na sala da maternidade. abanava para o garoto, como se aquilo adiantasse.
- , daqui a nove meses o nosso bebê vai estar aí. – disse pegando na mão dele. virou-se pra ela. Não podia acreditar nisso. Sorriu.
- Sério? – Ele perguntou com os olhos brilhando.
- Uhum. – respondeu vermelha.
mal esperou pela resposta e já girava ela pelos ares do hospital, a felicidade tomara conta do momento.
- Por favor, senhor. – Uma enfermeira o repreendeu.
- Eu vou ser pai! – Ele sorria largamente.
- ! Me larga! – disse envergonhada.
- Eu te amo. – disse no ouvido dela.
- Eu te amo. – Ela respondeu da mesma maneira.

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saia do hospital com no colo, havia fotógrafos por todos os lados, alguns fãs do McFly também estavam ali. abraçava pela cintura e colocava uma mantinha no rosto do seu filho, para que não fosse exposto logo cedo.

- É seu filho ? – Um repórter perguntou.
- Meu e da minha noiva. – disse. Ouviram vários resmungos de fãs, que mantinham a esperança de um dia casar com ele.

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Primeiras fraldas trocadas, primeiros choros na madrugada, primeira amamentação, tudo foi recebido com um sorriso, afinal, era o filho deles que estava ali.
- O papai vai trocar sua fralda, mas pra isso você tem que parar quieto. – conversava com o filho de dois meses.
- Precisa de ajuda? – parava na porta, sonolenta.
- Não precisa meu amor, pode dormir, eu cuido do garotão aqui. – disse colocando a fralda suja no lixo.
- Ta bom, te amo. – voltou pra cama.
- A mamãe e a dinda tão preparando o casamento dos seus papais, por isso ela está cansada. – falava calmo com o filho que ria alto. Fazendo sorrir.

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Cinco meses se passaram e chegou o grande dia. tentava acalmar , que não queria deixar colocar o mini terninho.
- ! Por favor, a dinda só quer deixar você bonito. – tentava colocar uma das mangas. ria das tentativas frustradas dela. – ! Vem aqui dar um jeito nesse garoto sapeca! – Ela chamava seu marido.
- Oi garotão! Vem cá, vamos ter uma conversa de homem pra homem. – pegou no colo e saiu da sala, onde as mulheres e a noiva se arrumavam.
- Você está tão linda grávida. – disse observando , enquanto colocavam o véu nela.
- Você está linda de noiva. – falou olhando para o espelho, as duas sorriram.

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esfregava as mãos enquanto esperava entrar. Os convidados estavam chegando e enchendo o jardim, onde eles se casariam. Era primavera e as flores caídas no chão formavam tapetes coloridos em todo o jardim.
Uma música começou a tocar e avistou e entrarem pelo centro do jardim, onde haviam convidados. vinha no colo de , vestia um terninho com um All Star azul marinho, seu primeiro All Star.
Outra música começou a tocar e apareceu de braços dados com seu pai, ela estava com um vestido salmão bem clarinho, ela caminhava em direção a , que não podia desejar mais felicidade que aquela. Ela era tudo que ele precisava.
Seu pai a deixou no altar e entregou sua filha à , que beijou a testa de sua amada. A cerimônia continuou, segurava as alianças nas mãozinhas pequenas, ajudou ele a entregar a , que pegou as alianças e seu filho no colo.

- E eu vos declaro marido e mulher. – O juiz disse em voz alta.

Uma chuva de flores caiu sobre eles, fazendo eles se beijarem e logo beijaram um cada bochecha do filho. Eles se amavam incondicionalmente, era só isso que precisavam para ficarem felizes. Os três agora eram uma família, mal sabiam que a família iria crescer dali alguns meses.





N/A: Eu sou uma pessoa que gosta de escrever PARA os outros, então, Ale...essa é pra ti, sob medida. Te adoro ,viu? Anto e Dani, obrigada pelas dicas :) Sabe o quanto eu gosto de vocês? Um montão. Ciiiine! Obrigada por tudo, não tem beta melhor que você ;*

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