Era um dia ensolarado e frio em Londres, o branco da neve preenchia o chão das ruas londrinas, os carros transitavam com cuidado para não terem perigo de deslizar e se acidentar. null, uma garota de vinte e quatro anos, andava pelo bairro onde morava fazia três meses, com seu namorado.
Enquanto observava os jardins bem cuidados das casas, ela começou a relembrar os momentos que eles já haviam passado juntos, desde que ele a pediu em namoro, há dois anos. Sorriu ao lembrar-se do dia em que ele a pedira em namoro, momento que ela pensou que seria o melhor de sua pacata vida. Enganou-se. Na manhã em que fizeram dois anos de namoro ele a acordou com café na cama e uma rosa branca posta ao lado da xícara.

~~ Flashback On ~~

- null? – null passou a mão pelo rosto de null, que ainda dormia.
null a observava abrindo lentamente os olhos e sentia o coração acelerar quando ela olhou para ele e sorriu.
- null? – null chamou com a voz baixa se espreguiçando na cama.
- Bom dia meu amor! – null beijou a testa dela, que fechava os olhos novamente por causa da claridade que penetrava o quarto.
- Bom dia. – null levantou e encostou-se na cabeceira da cama.
- Seu café. – Ele colou entre as pernas dela a bandeja, ela viu aquilo e sorriu.
- Ai que lindo null! – Ela beijou os lábios do garoto, que estava agora sentado ao seu lado.
- Eu preciso falar com você null. – null disse enquanto null comia os biscoitos, molhando eles no leite.
- Pode falar. – Ela falou despreocupada, não notando o nervosismo que percorria ele.
null pegou uma das mãos da namorada, ela sentiu que ele estava suando frio e olhou pra ele.
- Porque você ta assim? – Ela perguntou fixando o olhar nele.
- null, eu tenho que falar tudo agora, portanto, não me interrompa. – null disse conhecendo a namorada que tinha, ela gostava de interromper a fala das pessoas.
- Ta, mas diz logo, eu to ficando assustada. – Ela colocou a bandeja de lado e sentou-se de frente pra ele.
null olhou no fundo dos olhos dela e, quando fez isso, sentiu que ela era quem ele sempre quis ter, era simplesmente perfeita com todos os seus defeitos.
- Faz exatamente dois anos que a gente começou a namorar. – null pegou na mão dela, que começava a tremer. – E tem sido os melhores dois anos da minha vida. – Ele continuou.
- Mas quando eu estou viajando eu não paro de pensar em você e nas palavras que só você sabe que eu preciso ouvir. E quando eu penso nisso eu só precisaria chegar em casa e encontrar você lá. – null notou que null estava com os olhos cheios de lágrimas.
- Poder ter você a todo o momento, sem ter que acordar no outro dia e encontrar a cama vazia com o seu perfume e as suas roupas esquecidas no chão. – null continuou e apanhou o rosto da garota com as duas mãos. – null, eu ficaria honrado em você querer morar comigo.
null ficou estática, não estava esperando por aquilo, ela sabia que ele a amava, mas não a ponto de pedir pra ela morar com ele. Ele tinha uma vida cheia de entrevistas, ensaios, shows, talvez ela não agüentasse. Mas valia a pena tentar.
- Claro! – Ela jogou-se nos braços dele e beijaram-se docemente, aquele era um grande passo na vida deles. null chorava de felicidade.
- Não chora meu amor! – null limpava as lágrimas que desciam pelo rosto dela.
- Mas eu estou tão, tão feliz! – Ela jogava-se novamente em cima.
Eles deitaram novamente na cama e null encostou a cabeça dela no peito dele, beijou o topo da cabeça da namorada e ela o abraçou forte.
- Te amo null. – Ela falou olhando pra cima, ele sorriu e a beijou com todo amor que ele poderia sentir por alguém.
- Também te amo.

~~ Flashback Off ~~


null chegou à porta da sua casa, abriu-a e subiu até o quarto, precisava descansar um pouco, seu trabalho estava exigindo muito esforço e tempo. Sorte que null não havia chegado do ensaio, porque senão ela receberia um sermão, ele era preocupado demais com ela.
Foi até o banheiro ligou a torneira da pia, juntou as duas mãos formando uma concha e encheu de água, despejando sobre seu rosto, a água escorria delicadamente por sua face corada. Secou o rosto com uma toalha macia e foi até o quarto e deitou-se na cama. Abraçou o travesseiro que pertencia a null e adormeceu.

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Eram cinco e meia da tarde e null despertou, ficou mais um tempo na cama e observou uma foto dela e null no criado mudo ao lado de sua cama, ele a segurava na garupa e os dois sorriam felizes. A menina levantou-se calmamente da cama e foi descer a escada, mas sentiu-se tonta e escorou-se na parede ao lado.
Por um momento achou que iria cair, mas escorregou até o chão e ali ficou por um tempo, até achar que estava em condições de levantar sem perigo de cair. O cansaço estava tomando conta dela. Desceu a escada e dirigiu-se até a cozinha, null convidara null e null para jantarem em casa e ela precisava preparar algo que fosse bom para eles comerem.
Abriu a geladeira e não encontrou nada que lhe agradasse, decidiu ir ao supermercado que ficava a uma quadra dali. Colocou um tênis e o casaco que estavam ali perto e pegou sua bolsa que havia deixado em cima do sofá. Trancou a porta e saiu cuidadosamente pelo jardim coberto de neve.

- Bom dia Srtª. null! – O vizinho já de idade a cumprimentou do outro lado da rua.
- Bom dia Sr. Poole! – null o cumprimentou também.

Ela seguiu um pouco pela rua e avistou o mercado, olhou para a direita e decidiu atravessar a rua. Mas seu percurso não pode ser concluído, ela sentiu um baque na cintura e a escuridão tomou conta de seus pensamentos. null caiu desacordada no meio da rua, um carro em alta velocidade tinha atropelado ela, que foi acudida pelo vizinho que corria em direção a ela.

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null e a banda estavam gravando novas músicas para o single quando o celular do garoto vibrou no interior do bolso dele. Ele visualizou de quem era a chamada, reconheceu o número, era de null.
- Alô?
- É o senhor null? – Alguém que ele não identificou falou ao telefone.
- Sim, é ele, quem fala? – null perguntou preocupado.
- Sou o vizinho do senhor. Senhor null, eu não sei como te dizer isso, mas a sua namorada sofreu um acidente agora pouco. - Ele completou, fazendo null se desesperar.
- ONDE ELA ESTÁ? – null gritou ficando cada vez mais nervoso. O homem disse em que hospital era, e null saiu correndo do estúdio, sem dar qualquer explicação.

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O hospital estava calmo aquela noite, fazendo com que null conseguisse passar sem nenhuma dificuldade pelos corredores, seguiu até o pronto socorro e encontrou uma enfermeira na recepção.
- Você sabe me informar onde a null null está? – null pediu apreensivo, não podia perder a única pessoa que fazia a vida dele valer a pena.
- Você é parente da paciente? – A enfermeira de aparência calma perguntou.
- Sou namorado dela. – Ele falou rapidamente.
- Lamento senhor, mas só familiares podem entrar no quarto até a médica chegar. – Ela falou parecendo sentir pena dele.
- Mas, mas ela é TUDO pra mim! – null berrou e uma lágrima caiu dos olhos vermelhos dele.
- Se o senhor se acalmar eu o deixo entrar, mas, por favor, contenha-se, o senhor está em um hospital. – Ela falou em voz baixa.
- Ela está bem? – null perguntou já calmo.
- Isso só a doutora pode lhe dizer, ela chega daqui alguns minutos.
- Quando eu posso vê-la?
- Quarto 604. – Ela disse, null caminhou rápido até chegar à porta com os números que a enfermeira havia dito. Abriu a porta com cuidado, não queria acordar ela.

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O quarto do hospital estava escuro, com apenas uma luminária acesa. null observou null deitada naquela cama e sentiu uma pontada no peito, aquilo era dolorido demais pra ele. Chegou mais perto dela e notou que ela estava com um rosto tranqüilo, pegou a mão dela, que estava sobre as cobertas e segurou firme. null puxou uma cadeira que estava próxima à cama e sentou-se nela, debruçando-se na cama, ainda segurando a mão da garota.
Os minutos pareciam passar devagar e null estava angustiado, não sabia o que tinha acontecido com null, ela estava bem de manhã e agora estava numa cama de hospital, com ferimentos nos braços e um corte pequeno no rosto.
- Desculpa eu ter que trabalhar tanto, meu amor. – Ele sussurrou com a voz embargada.
- Desculpa não poder te cuidar e ter de deixar você sozinha em casa. – null beijava a mão dela. Uma lágrima desceu pelo rosto dele, que já estava inchado.
- Eu te amo tanto. – Ele desabafava.
- Eu também. – null falou com a voz fraca.
- null! – null pulou da cadeira. Ele colocou as duas mãos no rosto dela e ela sentiu uma lágrima dele cair sobre o rosto dela.
- Porque você está assim? – null não estava entendendo nada. null deu espaço pra ela ver onde ela se encontrava. Ela arregalou os olhos. – O que eu estou fazendo em um hospital?
- Você sofreu um acidente. – null falou acariciando o cabelo dela, isso era tudo que ele sabia. null lembrou-se do fato.
- Eu estava atravessando a rua e um carro veio com tudo pra cima de mim.
- Você está se sentindo bem? – Ele perguntou preocupado.
- Acho que sim.
Ouviram a porta abrindo e revelando uma mulher alta e com um jaleco, devia ser a médica. Ela sorriu para os dois, e se aproximou de null pelo outro lado da cama.
- Vejo que a mocinha acordou. – Ela examinou null atentamente. – Dra. Abbot. – Ela estendeu a mão para cumprimentar null e logo depois acenou com a cabeça para null.
- Ela está bem doutora? – null perguntou ansioso. A médica sorriu.
- A sua esposa teve sorte, teve só umas escoriações. Ela e o bebê estão bem. – Dra. Abbot disse satisfeita.
null e null se olharam sem compreender nada. Não podia ser. A médica notou a expressão deles e sorriu mais uma vez.
- Vejo que vocês não sabiam desse pequeno detalhe. – Ela falou colocando a mão sobre a barriga de null. – O bebê tem seis semanas aproximadamente. - As caras dos dois eram cada vez mais chocadas. – Vou deixar vocês sozinhos, volto mais tarde.
A médica encostou a porta e o silêncio permaneceu por alguns instantes. Nem null nem null tinham absorvido a idéia de terem um filho. Não que eles não tivessem idade, null estava com trinta anos, seis anos mais velho que null. Eles nunca tinham pensado naquilo. null desprendeu-se dos pensamentos e sorriu.

- Era disso que a gente precisava, null. – null falou pra ela que despertara dos pensamentos com ele falando.
- Desculpa null, eu não sabia. – null começou a chorar, ela não queria pressionar ele a nada.
Ele chegou mais perto dela e puxou lentamente o rosto dela para que eles pudessem se encarar. Olhou nos olhos dela marejados e secou as lágrimas caídas pelo rosto.
- Eu não podia imaginar que eu teria a honra de ter um filho seu. – null falou encostando a testa dele contra a dela. Ela fechou os olhos e sorriu.
null a puxou para mais perto e tocou os lábios levemente sobre os dela. Ela inclinou a cabeça e se beijaram calmamente, havia um amor entre eles que eles não conseguiam explicar como era sentir aquilo. E a prova mais valiosa que eles poderiam ter desse amor era um ser que estava se formando.
Ao final do beijo, null descobriu null, ela só observava com os olhos novamente cheios de lágrima, mas agora de felicidade. Ele levantou a blusa que ela vestia até o peito e observou a barriga dela. Pousou a mão sobre ela e a acariciou. Debruçou-se sobre null e beijou a barriga.

- Oi filho! – null brincava com a barriga pouco visível de null, enquanto ela ria alto.
- Mais oito meses assim? – null perguntou em meio a sorrisos.
- Todos os dias. – Ele completou dando um beijo nela.
Eles permaneceram assim até a médica chegar e falar que null teria que dormir no hospital aquela noite para ficar sob observação.
null ligou para null, para avisar que a janta não iria sair, deixando o rapaz muito decepcionado.

- Pede o que aconteceu, null! – null escutou null no outro lado da linha.
- O que aconteceu null? null perguntou.
- A null foi atropelada, mas está tudo bem. – null disse rapidamente.
- COMO VOCÊ NÃO NOS AVISA?null berrou no telefone.
- Não queria ficar surdo tão jovem. – null falou. Explicou pra ela onde era o hospital e em que quarto ela estava.
- Já estamos indo! null falou.

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null entrou devagar no quarto arrastando null com ela. Cumprimentaram null e depois null que estava sonolenta.
- Como você está? – null perguntou para null.
- Estamos bem. – null respondeu tranqüila. null e null não entenderam o que ela quis dizer com ‘estamos’.
- Você também foi atropelado null? – null perguntou ao amigo. null riu e fez sinal para que null continuasse.
- null e null, vocês aceitam serem padrinhos do nosso filho ou filha? –null perguntou sorrindo, null segurava a mão dela ao lado da cama.
- AI MEU DEUS! SÉRIO? – null não controlava o tom da sua voz.
- Sim, sério. – null falou.
- Claro que sim null! Claro que sim! – null abraçou a amiga.
Elas ficaram discutindo detalhes do quarto do bebê enquanto null e null discutiam sobre o campeonato de futebol. Ficaram conversando até o horário de visitas acabar. null e null saíram do quarto e foram para casa, e null esperou até null adormecer para ele poder ir para casa, tomar banho e voltar para ficar com ela.

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Duas semanas se passaram do após incidente e null, desde o dia em que null voltou do hospital, chegava mais cedo em casa para cuidar dela, que ainda estava com alguns ferimentos. Marcaram uma consulta com o obstetra, para começarem a fazer o pré-natal.
- null vamos! A consulta é daqui a meia hora e temos uma Londres inteira para atravessar! – null chamava null, que estava se arrumando.
- Calma amor! – Ela gritou de volta.
- null, é a nossa primeira consulta! - null argumentava.
null apareceu na escada e desceu alguns degraus, nos dois últimos ela pulou e sorriu.
- Você é maluca de ficar pulando assim? – null disse preocupado pegando a bolsa dela.
- Eu estou grávida null! Não aleijada!- null retrucou e fez cara feia.
- Desculpa meu amor, eu só me preocupo com vocês. – null a agarrou pela cintura.
- Demais. Você se preocupa demais. - Ela disse olhando feio pra ele.
- Peça o que quiser, eu faço! – O garoto falou arrependido.
- Ainda não quero nada, mas me aguarde null! – Ela roubou um beijo dele e saiu correndo pela porta até a porta do carro, que foi aberta por null.

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Eles atravessaram todo trânsito de Londres, que já estava menos branca, a primavera já estava chegando. Abril chegara e as árvores já estavam formando novas folhas, os parques estavam ficando mais coloridos. null estacionou em frente a um prédio enorme.
- É aqui. – Ele falou tirando o cinto e saindo rápido para poder abrir a porta pra namorada.
- Estou com medo null. – null falou quando ele ofereceu a mão a ela.
- Vai dar tudo certo querida. – null segurou firme a mão dela.
Chegaram ao saguão do prédio e null pediu informação de qual era o andar do médico. Aguardaram o elevador chegar e subiram até o sétimo andar.

- Bom dia, qual é o nome da paciente? – A recepcionista perguntou a eles.
- null null. – null respondeu, null sentava no sofá da sala de espera e folhava uma revista de fofocas.
- O médico está um pouco atrasado. – null disse sentando ao lado dela, que olhou pra ele.
- Viu apressadinho? – Ela riu e deu um beijo curto nele.
null riu do comentário, era melhor não contrariar uma mulher grávida, pois os hormônios as afetavam ainda mais quando estavam nessa situação. Sim, ele andou pesquisando.
- null null? – A secretária chamou. null e null levantaram e foram até a porta onde a mulher os esperava. – O médico já os aguarda. – Ela falou e abriu a porta para que eles entrassem.
null deu espaço pra null entrar primeiro no consultório. Ela sorriu pra ele e logo que ele entrou, ela pegou na mão dele, sentaram nas duas poltronas de frente para mesa do médico, que não estava presente. O médico saiu de uma salinha e cumprimentou null. null levantou-se e estendeu a mão para o médico, que apertou firme.
- Dr. Priestly. – Um senhor de cabelos brancos disse sorrindo. Ele passou imediatamente segurança para os dois. – Vejo aqui futuros papais? – O médico perguntou.
null olhou para null que olhava pra ela também. Eles sorriram. Ele brincou com os dedos da mão dela e sorriu para o médico.
- Sim, daqui alguns meses vou ver nosso filho sorrindo pra mamãe mais linda do mundo. – null falou feliz.
- Fico feliz em ter pais responsáveis, tudo está mudando ultimamente. – Dr. Priestly disse sentando na sua cadeira. - Quantas semanas querida? – Ele perguntou para null com um olhar fraternal.
- Oito semanas, doutor. – Ela respondeu confiante.
- Ótimo vocês já terem vindo aqui, assim, peço exames, para que você e seu bebê tenham uma gestação saudável. – O médico falava.
- Que tipos de exame doutor? – null perguntou, ele queria fazer tudo certinho, para que null e o bebê ficassem seguros.
- Primeiramente a senhora vai deitar naquela maca. – Dr. Priestly indicou uma maca por trás de um biombo.
- Agora? – null perguntou ficando nervosa.
- Quando a senhora quiser. – O médico de barbas brancas disse com um sorriso.
null olhou para null e apertou a mão dela, para que ela se sentisse segura. Ela olhou apreensiva para ele, e levantou-se seguindo até a maca. Subiu os degraus da escadinha que ficava sob a maca e sentou nela, viu o vulto do médico se aproximar e de null sentado na cadeira. Quando o médico chegou, ela continuou sentada.
- Ele pode ficar junto? – null perguntou ao médico.
- Claro que pode. – O médico falou e chamou null, que veio depressa para ficar ao lado de null, que deitou na maca.

O médico levantou a blusa dela até a altura do peito e começou a apalpar o abdômen dela, depois de auscultar seu coração ele sorriu.
- Hora da balança mamãe! – Ele disse. null levantou com ajuda de null.
- Não, balança, não. – Ela resmungou, mas null a puxou.
O médico a subiu na balança e a pesou e mediu a altura. null começou a ter um chilique por causa do peso. Eles sentaram novamente de frente para o médico e esse explicou tudo que tinham que saber. Daqui um mês voltariam com exames técnicos para que tivessem um controle de tudo.
- Até daqui uns dias! – O médico se despediu.
Eles marcaram a próxima consulta e saíram do consultório. null chamou o elevador e abriu a porta quando chegou. Os dois foram até onde havia estacionado o carro e entraram nele.
- Meu Deus! Imagina quando eu estiver com aquele barrigão? – Ela falou colocando o cinto de segurança.
- Você vai continuar linda. – null disse olhando pra ela.
null ficou com os olhos cheios de lágrimas, abraçou null com todo amor, que era totalmente recíproco. Ele beijou os lábios dela.
- Vamos ao McDonalds? – null disse se empolgando.
- Seja feita sua vontade. – null ligou o carro e foram até o Drive-thru mais próximo.
Viram que tinha muita gente lá, e não seria legal null ficar distribuindo autógrafo e, deixar null de lado. Pagou tudo que a garota queria e foram pra casa.
- Você vai continuar saindo comigo com aquela barriga enorme? – null pediu comendo um hambúrguer.
- Todos os dias, se possível. – Ele falou.
- Você não vai ter vergonha de mim?
- null como eu vou ter vergonha de sair com a mulher que eu amo e que vai ser mãe do meu filho? – Ele segurou o rosto dela.
- Mas... – Ela continuou.
- Eu tenho orgulho de mostrar pra todo mundo que eu amo você. – null disse sério. – Tá bom?
- Tá. – null ficou quieta até null convidar ela para assistir um filme com ele.
- Falando nisso, me esqueci de te avisar que amanhã você tem consulta com uma nutricionista. – null falou e deu um selinho na namorada.
null ficou boquiaberta. Mas sabia que ele só queria o bem para ela e o bebê.

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Maio chegou e as flores começavam a florescer mais do que nunca, deixando os parques londrinos com festivais de cores e perfumes. null estava almoçando em um shopping com sua melhor amiga, null.
- Quando você vai ficar sabendo que sexo é? – null perguntou, logo depois dando uma abocanhada em um hambúrguer.
- Daqui quatro semanas, amanhã eu tenho a segunda consulta. – null afirmou, ela comia um prato de arroz integral com cenouras, ervilhas e brócolis.
- Nossa como o tempo passa devagar. – null disse.
- Demais, vamos comprar fraldas? – null perguntou.
- Já? Mas faltam seis meses! – A amiga falou surpresa.
- null andou pesquisando e achou que é melhor ir armazenando fraldas, para que não falte quando mais precise. – null falou rindo.
- Só ele mesmo. – null riu.
Elas seguiram até uma farmácia e saíram de lá com cinco pacotes de fraldas, pomada para assaduras, talco e outras coisas para bebês.
- Vocês vão jantar lá em casa hoje? – null perguntou.
- Sim, null sai do ensaio mais cedo e depois nós vamos. – Ela respondeu. – Tenho que ir, estou atrasada para o trabalho.
- Tchau, até mais. – null despediu-se da amiga.

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A noite chegou e null e null estavam tocando a campainha da casa de null e null, quando null passou a mão em uma mecha de cabelo dela, fazendo-a olhar pra ele.
- Eu já te disse que te amo hoje? – Ele perguntou.
- Não. – Ela fez cara de desentendida e ergueu-se nas pontas dos pés.
- Então... – Ele deu um selinho nela. – Te amo. – Falou no topo do ouvido dela.
- null, querido, a gente termina depois isso. – null sorriu e deu uma piscadela.
- A gente tem que jantar hoje mesmo? – Ele perguntou ficando aflito.
- Boa noite! – null abriu a porta na hora que null ia responder.
- Oi. – null respondeu e entrou na casa.
- O que deu nele? – null perguntou.
- Boa pergunta. Como você está? – null perguntou fugindo do assunto.
- Muito bem. – Elas entraram e null as encontrou na sala.
- Oi null! – Ele deu um beijo na testa dela. Abaixou-se e abanou para a barriga. – Oi bebê do dindo! – null falou sorrindo bobo.
- Oi null. – null sorriu.
- A gente tem que providenciar o nosso null, minha querida esposa! – null falou.
- Calma null, a gente tem muita coisa pela frente. – null disse e recebeu um beijo dele.
- Vou lá com os garotos. – null saiu de onde elas estavam.
- Vamos, tenho uma coisa pra te mostrar. – null pegou a mão da amiga.
- O que é? – Ela andava devagar, sendo arrastada por null.
- Calma!
Entraram no quarto de hóspedes da casa e null viu em cima da cama uma roupinha branquinha. Ela abraçou a amiga de repente e começou a chorar.
- Eu ainda não acredito que eu esteja vivendo isso! – null disse entre soluços.
- Você vai ser uma super mamãe, null. – null falou baixinho, ainda abraçando a amiga.
- Está tudo tão bem que eu fico com medo. – Ela continuou.
- Isso é ótimo, o null te ama e vocês vão ter um filho null! Vocês vão ser muito felizes. – null disse.
- Eu sou uma boba mesmo. – null disse se recuperando e limpando as lágrimas.
- Vai dar tudo certo. – null finalizou e elas sentaram na cama e null pegou a roupinha.
- É linda null. – null falou.
- Pro meu afilhado ou afilhada tem que ser tudo lindo.
- Vem, vamos mostrar para o null! – Agora foi a vez de null arrastar null com ela.

Entraram na sala de televisão e deram de cara com quatro marmanjos jogando vídeo game. Jogando não, brigando pelo controle dele. null pigarreou e null olhou pra ela e caminhou até ela sorridente.
- Oi amor! – Ele falou dando um beijinho nela.
- Oi! – Ela sorriu. null notou que ela havia chorado e olhou aflito pra ela.
- Tudo bem? – Perguntou preocupado.
- Ótimo! – Ela respondeu e tirou de trás das costas a roupinha de bebê, que mais parecia roupa de boneca.
null pegou aquele macacão branco com alguns detalhes em azul, sentiu uma lágrima brotar nos olhos, mas logo a secou. Viu null sorrir um sorriso como se estivesse prestes a chorar. Abraçou-a e sentiu-a afundar o rosto no peito dele.
- Eu nunca me senti tão feliz em toda minha vida. – Ele falou no topo do ouvido dela.
- Nem eu. – Ela sussurrou.
- Te amo null.
- Te amo null.

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Chegaram em casa e já passava da meia noite, por null poderiam ter ficado um pouco mais lá, mas null falou que ela tinha que descansar para ir ao médico no outro dia. Ela decidiu não contrariar.
- null vem aqui, vem. - null a chamava.
- É isso que você quer né? – Ela o abraçou pela cintura.
null a pegou no colo e subiu as escadas com cuidado, abriu a porta do quarto e colocou null deitada na cama. Ficou a olhando de cima, ela sorria pra ele. Aproximou-se dela e a beijou. null deu espaço para que ele pudesse deitar a seu lado. Foi o que ele fez.
- O médico disse que pode né? – null interrompeu o beijo, sua respiração era profunda.
- Pode claro que pode! - null disse tirando o moletom que null vestia. null puxou null pra mais perto e começou beijando o pescoço dela.

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Os dois levantaram às oito da manhã, já que a consulta era às nove e meia, e null tinha que tomar seu banho demorado. null ligou para o empresário da banda e falou que se atrasaria para o ensaio por causa da consulta, ajeitou um pouco a casa, enquanto null estava meia hora no banho.
- null, eu também tenho que tomar banho! – Ele a chamou na porta.
Ela saiu e foi se vestir enquanto ele tomava banho rapidamente. null vestiu um moletom de null, o mais confortável dele e colocou um tênis. Foi até a cozinha e tirou da geladeira um iogurte de morango. null abriu a embalagem, mas o largou na hora, correu para o banheiro do andar debaixo e abriu a tampa do vaso.

- null, vamos! – null descia as escadas penteando os cabelos.
Ele viu um copo de iogurte atirado no meio da sala e correu em busca de null, que estava vomitando no banheiro. Ele escutou engasgos.
- null! – null se agachou perto dela e agarrou os cabelos dela para cima, de modo que não sujassem eles.
- Que iogurte horrível! – Ela falou limpando a boca.
- Você está melhor? – Disse null ajudando ela a levantar e lavar o rosto.
- Eu só fiquei enjoada null, estou melhor. – null respondeu sorrindo pra ele.
- Bom, então vamos.

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null e null entraram no consultório e o Dr. Priestly pediu para que ela deitasse na maca, atrás do biombo. Ela retirou a blusa e deitou sobre a maca, enquanto o médico e null chegavam.
- Hoje vou medir sua pressão, medir seu abdômen e o mais importante – Ele parou e olhou por cima dos óculos para os dois – ouvir os batimentos cardíacos do bebê.
null e null sorriram, cada vez estava mais real a idéia que eles teriam um filho, ou filha. E que a vida deles mudaria completamente, mas estavam felizes de qualquer forma. Muito felizes.
- Tudo certo, marquem para daqui um mês o ultra-som. – o médico pediu a eles.
- Obrigado Doutor. – null despediu-se.
- Até logo.

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Quatro semanas se passaram e os dois estavam indo novamente ao médico. null já estava exibindo sua pequena barriga, ela usava batinhas que combinavam com a estação e com a gestação.

- null, eu quero cookies! – Ela viu uma confeitaria. null parou na hora em uma vaga no estacionamento.
- Só isso amor? – Ele perguntou tirando dinheiro da carteira.
- Água. – Ela sorriu e ele deu um beijo nela.
- Já volto.
null voltou com uma caixinha cheia de cookies, com o primeiro escrito em letras de glacê branco ‘Te amo’. null sorriu e deu um beijão nele, o fazendo ficar completamente vermelho, não de vergonha.
Eles comeram todos os cookies no caminho para o médico, chegaram a frente ao prédio e subiram de elevador até o sétimo andar. Cumprimentaram a recepcionista que logo os encaminhou para uma sala diferente da qual estavam acostumados.

- Bom dia, papais! – Dr. Priestly os cumprimentou com o mesmo sorriso de sempre.
- Bom dia! – Eles responderam em coro.
- Meu querido papai e minha querida mamãe, hoje vocês vão poder escutar pela primeira vez o coraçãozinho do bebê. – Ele falou sereno.
- Ai meu Deus! – null enfraqueceu os joelhos, sendo apoiada por null.
- null? Você ta bem? – Ele perguntou preocupado.
- Momento de bobeira. – Ela respondeu deitando numa cama, onde faria o ultra-som.
- Vamos ver essa barriguinha. - Dr. Priestly levantava a blusa de null.
- Linda né doutor? – null falou segurando a mão de null, que sorria com o comentário.
- Ele vai ser um pai muito bobo, doutor. – null falou, enquanto o médico passava um gel sobre a barriga de quatro meses dela.
- Mas você é uma mamãe muito bonita, se permite o elogio. – O médico sorriu e colocou o aparelho sobre o abdômen dela.
Ele pressionou o aparelho sobre o abdômen dela, fazendo algumas imagens aparecerem na tela de um computador, de onde null não desgrudava os olhos.
- Eu vou aumentar o volume e vocês vão poder ouvir. – O médico disse.
Ele foi aumentando e, enquanto isso, null apertava a mão de null, era um som tranqüilizante e emocionante. Eram batimentos em compassos perfeitamente alinhados. null viu null colocando uma das mãos no olho.
- Um cisco. – Ele falou baixinho.
- Estranho né? – Ela sorriu e voltou a consultar a tela.
O médico digitava algumas coisas e pressionava o aparelho novamente, passava por toda superfície, ele estava tentando procurar alguma coisa.
- Pronto. – Ele falou.
- O que houve doutor? – null perguntou levantando a cabeça para ver melhor a imagem.
- Vocês querem saber se é menino ou menina? – O médico perguntou ansioso.
null olhou para null, que estava boquiaberta, eles não esperavam por isso, não tinham noção de quando eles iriam ficar sabendo. null afirmou com a cabeça. Agora foi a vez de null apertar a mão de null.
- Pode dizer doutor. – null falou nervoso e ansioso ao mesmo tempo.
- Vocês têm muitas cuequinhas pra comprar a partir de hoje. – O doutor falou com um sorriso no rosto.
- Não acredito! – null caiu de joelhos no chão, ainda de mãos com null. – Sério doutor?
- Você quer ver? Vem mais perto. – Dr. Priestly chamou ele, que levantou e ficou ao lado do médico. – Está vendo esse pontinho mais claro aqui? É menino, se é que me entende. – O médico falou rindo.
null afirmou com a cabeça e de repente sentiu uma lágrima verter de seus olhos e olhou para null, que estava com os olhos já molhados e vermelhos.
- Bom, se já com quatro meses ele já ta com esse tamanho, se é que me entende, imagina quando crescer! Vai puxar ao pai. – null falou orgulhoso do filho, que ainda nem tinha nascido.
- Ele se acha demais, doutor, demais. – null falou com um sorriso no rosto.
O doutor riu e começou a limpar o gel que havia na barriga de null. Eles saíram do consultório radiantes com a nova notícia. Entraram no elevador e null já estava no celular na mão, ligando para os padrinhos do filho dele.

- null! É o null. – Ele dizia sorrindo. null estava de mãos dadas com ele e tentando escutar o telefonema.
- Oi compadre, como foi a consulta?null perguntou. null estava ao seu lado, grudada na extensão.
- Temos uma notícia pra vocês dois. – null não conseguia parar de sorrir.
- Fala logo null! null se intrometeu.
- Vocês vão ser padrinhos de um garotão. – null disse isso e abraçou null pela cintura. – Nosso garotão.
- SÉRIO?null deu um berro ao telefone, juntamente com os gritos agudos de null que pulava.
- Sim, eu e a null vamos comprar a primeira cueca dele. – null falou orgulhoso.
- Eu vou comprar alguns CDs pra criança pequena, uns de rock também, o cara vai ser macho, né!null falava empolgado.

Desligaram o telefone e null acompanhou null até a Harrod’s, que naquela hora da manhã não costumava ser muito movimentada. Entraram na loja, null usava um boné e um óculos escuro, não queria ser incomodado por fãs naquele momento. null e null andavam de mãos dadas radiantes pela loja, quando acharam à sessão de roupas infantis null simplesmente pirou.
Compraram sapatinhos, cuequinhas, meias, toucas, moletons, tudo para que o bebê ficasse confortável e estiloso, como null dissera.

- Olha esse All Star! – null chamou null que estava na prateleira de pijaminhas azuis.
- Ai null! Que lindos! – Ela respondeu levando dois pijamas, um com listras azuis claros e outra em xadrez todo colorido.
- O nosso garoto vai ser que nem o pai! – Ele falou escolhendo um par de All Star azul marinho.
- Você é muito convencido! – null riu e colocou os pijamas no carrinho, sendo abraçada por null.
- Mas vais ser lindo que nem a mãe. – Ele disse beijando o pescoço dela, que se arrepiara toda.
null sorriu e percebeu naquele instante que a sua vida estava mudando de uma maneira muito rápida, mas de um jeito completamente encantador, como nunca imaginara. null não se imaginava com outra mulher, sem ser null.

~~~~

null estava ainda deitada na cama, já que null pediu demissão por ela, segundo ele, null não precisava daquele salário e estava ficando cansada demais. Ela não reclamou, não adiantaria nada.
Era uma manhã de quinta feira e o sol de verão inundava o quarto dela e de null, que já havia saído para uma turnê curta, duas semanas. null sentia falta dele. O telefone tocou e null foi atender, já podia imaginar quem era.

- null, meu amor! – null falava ao telefone.
- Meu amor, esses dez dias tem sido terríveis sem você ao meu lado. – Ele falou com a voz estranha.
- Que voz é essa null? – null perguntou preocupada, ela sentava na cama enquanto ajeitava sua barriga de seis meses e meio.
- Nada, null não se preocupe comigo. – Ele falou ainda estranho.
- Eu tenho que me preocupar com você! – Ela disse meio alto. – null, você é pai desse filho que eu carrego e também eu te amo, poxa, acho que eu mereço saber! – null estava chateada.
- Eu sinto sua falta. null disse e null ouviu um soluço no telefone. – Eu sinto muito sua falta, queria estar aí com você, mas eu não posso! – Ele finalmente conseguiu falar, como se um nó na garganta estivesse se desfazendo.
- null, você está chorando? – null perguntou.
- Vai passar. – Ele pareceu tentar se recuperar.
- Você está no hotel? – Ela perguntou.
- Sim, estou deitado na cama, não durmo desde ontem.null respondeu.
- Daqui quatro dias você está de volta.
- null, fica falando comigo? Eu preciso escutar a tua voz. – Ele falou sonolento.
- Claro meu amor. – null sorriu compreensiva.
- Como está nosso garotão?null perguntou sorrindo fraco.
- Está muito bem segundo Dr. Priestly, está com um quilo, está ficando fortinho. – null acariciava a barriga sorrindo.
- E a mamãe?null perguntou baixinho, já estava quase dormindo.
- A mamãe está com saudades do papai, mas está bem. – null falava baixinho, pra embalar o sono de null.
null ouviu um suspiro de null, conhecia bem ele pra saber que estava adormecido. Desligou o celular e levantou, almoçaria com null. Colocou um vestido leve e saiu de casa.

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null e null almoçaram e foram em uma loja de tintas comprarem algumas para pintar o quarto do bebê, que ainda não tinha nome definido.
- Mas porque vocês não tiram par ou ímpar? – null perguntou enquanto via algumas amostras de cores.
- Vai ser null e pronto, ele vai ter que ceder. - null respondeu escolhendo um azul claro.
- Bom, pelo menos tu já vai ter o filho, agora o null não pára de me encher o saco! – null decidiu por um azul esverdeado.
- Mas vocês estão casados faz dois anos! Ele merece isso. – null falou e chamou o atendente.
- Eu sei, mas eu tenho medo de ele não estar preparado! – null disse e entregou a cor escolhida para o moço.
- Duas latas de cada! – null pediu ao atendente. – Como você sabe disso? Ele te ama null, vocês se amam! Quer prova maior que essa? – null olhou pra amiga, séria.
- Não sei, não. – null falou e foi em direção ao caixa.
- Deixa que eu pago. – null se intrometeu e pagou as tintas. – Vocês podem levar até o carro, por favor? – Ela pediu.
- Claro senhora. – O moço respondeu.
- Pense melhor null, ele merece isso e você vai ver como eles ficam bobões. – null disse rindo.
- Mais bobão? Ah não! – null riu junto com a amiga.

As duas saíram da loja com o rapaz as acompanhando, ele colocou as latas de tinta no porta malas e elas deram uma gorjeta pela atenção que ele deu a elas. De repente, quando null entrava no carro, no lado da carona, dois fotógrafos apareceram do nada e batiam fotos enlouquecidos.

- Sai! Sai! – null tentava ajudar a tirar eles de lá, sem sucesso.
- Você é a namorada de null null não é? – Uma mulher apareceu com um gravador em mãos, e indagava null que tentava fechar a porta.
- Por favor, a deixem em paz! – null os empurrava.
- Você está grávida dele? – A mulher perguntava sem se deixar empurrar. null finalmente conseguiu fechar a porta e null entrou.
- Vamos pra minha casa, você dorme lá hoje, caso sigam nós. – null falou dando ré.
- Como eles ficaram sabendo? – null pediu, ela estava assustada.
- Ai calma null. – Ela tentava acalmar a amiga, que estava em prantos.
- Eu quero. Falar. Com. O null, eu preciso. Escutar. A voz. Dele. – null falava entre soluços.
- Ta, espera um pouco, já chegamos em casa daí você liga. – null acelerava embora nenhuma moto ou carro seguissem elas.
null estacionou o carro rapidamente e abriu a porta pra amiga, que estava tremendo dos pés à cabeça. Deu a mão a ela e a conduziu até a entrada da casa.
- Vem eu vou fazer um chá pra você. – null disse ao sentar null no sofá aconchegante.
- Eu só preciso dele null, da voz dele. – null falava chorosa.
null pegou o telefone sem fio e alcançou pra null, que estava deitada no sofá, e foi preparam um chá pra ela. null derramou algumas lágrimas enquanto o telefone chamava, estava desesperada pela voz de null.

- Alô? – Uma voz masculina atendeu, mas não era seu null.
- Oi, o null está por aí? – null tentava conter as lágrimas.
- Ele está no meio do ensaio geral, quem gostaria?– O homem desconhecido falou.
- É a namorada dele. – null disse.
- A senhorita está bem? – O homem perguntou.
- Desculpa, mas eu precisava falar com ele. – null começou a chorar de novo, seu estado não estava nada bom, e ainda com a gravidez se agravava a cada instante.
- Eu vou chamá-lo pra você, ordens dele. – O rapaz pareceu simpático e ela respirou aliviada.
null ouvia alguns barulhos de guitarra e bateria ao fundo, logo ouviu passos, como alguém estivesse correndo.

- null, você está bem?null perguntou com a voz falha. – Você está chorando, meu amor? – Ele quis saber a ouvindo soluçar ao telefone.
- Ai, null foi horrível! – Ela desabou novamente no choro. – Desculpa, eu não consegui mandar eles embora e eles tiraram fotos e vai estragar toda sua vida, desculpa, prometo que eu não saio mais de casa. – null desabafou.
- Fotógrafos? Eles fizeram alguma coisa com você? E com o nosso filho?null estava nervoso, nunca deixou uma situação de essas acontecerem com null, ela nunca havia passado por isso.
- Eles me perguntaram se era teu o filho e não paravam de tirar fotos, eu estraguei tudo né? – Ela pediu.
- Claro que não, meu amor! Você não estragou nada! Desculpa te fazer passar por isso. Agora se acalma ta bom? null tentava acalmar ela. – Onde você está? Você está sozinha?– Ele perguntou, tentando fugir do assunto, para distraí-la.
- Eu estou aqui na null, ela achou melhor. – null começava a se acalmar.
- Ótimo, fica aí até eu chegar ok? Não quero você sozinha. – null falou, teria que dar um jeito de voltar mais cedo.
- Eu queria você aqui. – null disse deitando a cabeça nas almofadas do sofá.
- Me dói o coração eu estar aqui e você chorando aí. – Ele falou. – Te amo null.
- Volta logo? – Ela perguntou.
- O mais rápido que eu puder.
- Desculpa te atrapalhar, mas eu precisava falar com você. – null falou baixinho.
- Você nunca vai me atrapalhar, você faz parte da minha vida.null disse.
- Agora eu vou dormir, eu e o null. – Ela falou bocejando, não sabia o que ela tava falando.
- null?null falou com ele mesmo. – Diz pra ele que o papai ama ele. – Disse pra null, que arregalou os olhos.
- Sério? Pode ser esse nome? – Ela despertou.
- Claro, o nome do nosso filho vai ser null.null falou sorrindo.
- Te amo null.
- Amo vocês dois.

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null acordou sábado pela manhã toda suada, acabara de ter um pesadelo terrível, levantou da cama e foi tomar um banho. Ainda faltavam dois dias para null voltar. Desceu as escadas com cuidado e encontrou null e null se abraçando.
- E o null? – Ela perguntou a eles que estavam se beijando.
null virou a cabeça e olhou em direção a porta. null virou e não encontrou ninguém, abriu a porta e encontrou null sentado na escadinha que tinha ali. Ele a viu sair da casa e levantou-se na hora.
Era difícil pra null pular no colo dele e abraçá-lo, mas essa era à vontade. null pegou o rosto dela, e encostou as duas testas, fazendo com que ficassem próximos um do outro. Ele a beijou docemente, um beijo de saudade.

- Saudade de vocês. – null interrompeu o beijo e ficou de joelhos no chão e beijou a barriga de null que deixou uma lágrima de felicidade escorrer livremente por sua face corada.
- Vamos pra casa? – null pediu não que não estivesse bem ali, mas ela queria ficar com o null agora.
- Eu ia pedir isso agora. – Ele falou sorrindo e pegando na mão dela, a levando para dentro de casa.
- Vocês vão ir embora? – null perguntou a eles, que entravam.
- Hm, sim, eu vou cuidar dela agora. – null disse e deu um beijo na testa de null.
- Porque a pressa, null? – null cutucava o marido, que sorria malicioso pra ela.
- É que o null tem que descansar, é descansar. – null disse rápido, evitando mais cutucões.
- Uhum, depois a gente conversa. – null falou em tom mandão.
- Bom, é melhor a gente ir, tem gente que precisa... - null começou, mas viu a cara de reprovação da amiga e se calou. –... descansar.
- Onde estão as coisas da null? – null perguntou.
- Vem eu te mostro. – null chamou null que a seguiu até o quarto de hóspedes. Pegaram a bolsa e uma frasqueira.
- Vamos? – null entrelaçou uma das mãos livres com a da null.
- Sim. – Ela despediu-se de null e null e foram.
- As mulheres ficam mais bonitas grávidas. – null falou em voz alta, enquanto viam null abrir o carro para null entrar.
- null! Não começa! – null disse virando-se pra ele.
- null eu vou roubar sua cartelinha, só assim pra você conceber um bebê. – Ele falou encarando ela.
- Mas null, e se a gente não estiver pronto? – Ela perguntou.
- A gente está, e se não tiver nos preparamos. – null falou pegando nas mãos dela.
- Mas... – null tentava argumentar, mas não conseguia mais achar desculpas para isso.
- null! É pecado eu te amar e querer um filho seu? – null falou alto e logo passou a mão pelo cabelo dela.
- null... – Ela sabia que ele estava certo, uma lágrima caiu e ele a secou.
- Vamos tentar? Não vai ser tão chato assim. – null deu um beijo suave nela.
- Vamos descansar?null pegou a mão dele e sorriu. Subiram as escadas em silêncio, mas rapidamente.

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null acordou na primeira manhã de agosto e o sol tocava a pele macia e suave de null, que ainda adormecia a seu lado. Levantou e foi preparar o café. Passou pelo corredor e parou em frente ao quarto que seria do bebê. Ele já estava todo pintado, uma parede com listras azul esverdeado e azul claras. Os móveis estavam embalados no canto do quarto.

- Ta lindo né? – null sussurrou abraçando null.
- Acordou meu amor? – null virou-se pra ela.
- Uhum, eu estou com um desejo, sabe. – null resmungou.
- Qual seria ele? – Ele colocou a mão na barriga dela. – Bom dia filho. – E deu um beijo.
- Quero suco de laranja com hortelã e algumas jujubas vermelhas. – Ela falou sorrindo.
- Seu desejo é uma ordem. – null curvou-se em reverência.

Ele saiu de casa logo e foi buscar as tais jujubas vermelhas e o suco de laranja com hortelã. null nesse meio tempo começou a desembrulhar o berço do bebê, que já estava com sete meses e uma semana. Ela apertava as bolinhas que tinha no plástico que envolvia o berço, que era branco.
null retirou uma das grades do berço e colocou escorada na parede, e tentou empurrar o berço, com as costas. Nem ouviu a porta da casa batendo e null subindo as escadas.
- null! O que você pensa que está fazendo? – Ele gritou com ela, que se assustou.
- Não me assusta assim null! – null falou se recuperando do susto. – Só estava colocando o berço no lugar.
- Mas eu já não te disse pra não fazer esforço? – null continuava gritando com ela, que estava ficando braba.
- Mas você não me deixa fazer nada! NADA! – Ela gritava também.
- E não é pra fazer mesmo! Você está GRÁVIDA! – Ele estava começando a perder o controle.
- Muito bem falado null, GRÁVIDA! Não DOENTE! EU ESTOU GRÁVIDA! Não você! – null também perdeu o controle e saiu caminhando depressa, passando rápido por null, que a seguia com o olhar.

null entrou no quarto chorando, segurava a barriga e procurava alguma calça que servisse nela e uma blusa qualquer. Por fim acabou achando um vestido preto e o vestiu o mais rápido que conseguiu, apanhou sua bolsa e saiu do quarto.
- Aonde você vai? – null perguntou encontrando com ela no corredor.
- NÃO TE INTERESSA! – Ela berrou descendo as escadas.
- CLARO QUE ME INTERESSA! – Ele gritou e seguiu ela.
- Para o seu bem, NÃO me siga! – null apontou o dedo pra ele, ela estava nervosa demais.
Os olhares se encontraram e null viu que ela estava chorando. Tentou se aproximar dela, sabia que tinha cometido um erro, mas ela se afastou bruscamente, saindo e fechou a porta na cara dele. Ele sentiu um aperto no coração, não devia ter feito aquele escândalo.

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null entrou no carro rapidamente e, encaixou a chave e saiu dirigindo sem destino. Pensou em ir até null, mas esse seria o primeiro lugar que null iria procurá-la. Ela não queria encontrar com ele, não agora. Estacionou o carro e desceu, indo em direção ao parque.
Sentou em um dos bancos, que ainda estavam úmidos do orvalho da manhã, não se importou com aquilo. Ela apenas olhou para baixo, onde se encontrava uma enorme barriga de sete meses. Aquilo não podia ter acontecido, não agora.
Sentiu uma dor tomar conta na região da barriga, percebeu que o bebê acabara de chutar e uma lágrima caiu insistentemente. null não sabia por que daquilo tudo, mas cansou de não poder fazer nada e ser controlada vinte e quatro oras por dia, mas ele apenas se preocupava com ela e o filho.

- Alô? – null atendeu o celular quando viu que era null.
- Onde você está? O null ta que nem um maluco atrás de você! – null dizia ao telefone.
- Estou no Hyde Park, em frente à fonte. - null disse observando um pai brincando com o filho próximo a fonte, e outra lágrima verteu de seus olhos.
- Eu vou até aí, me espera. – null disse isso e desligou o telefone.

null sentiu uma mão no seu ombro e desejou que fosse null, mas não era apenas uma senhora, que sorria pra ela com os olhos brilhantes. Ela sentou-se ao lado de null, que forçou um sorriso simpático.
- Menino ou menina? – A senhora de cabelos brancos e curtos perguntou apoiando a mão na barriga de null.
- Menino. – null disse, e a senhora soltou um risinho fraco.
- Me permite pedir o nome do garotinho? – Ela sorriu, tirando a mão da barriga de null.
- null. – null disse. Aquela senhora conseguiu distrair seus pensamentos.
- Ele vai ser um rapaz conservador, vai ser totalmente do contra, sapeca, mas vai ser vitorioso. Vai viver de aventuras. Vai ser um bom garoto. – A senhora falou sorrindo, os olhos brilhavam por trás dos óculos cor madre-pérola.
null estava sensível demais para aquilo e começou a chorar novamente. O pai e a criança ainda brincavam perto da fonte e aquela senhora falara tudo do seu filho que ainda não tinha nascido null não estava ali com ela.
- Minha jovem, o tempo é muito curto. – Sua companhia disse se levantando. – Não perca tempo. – E saiu.

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null estava sentado no chão do quarto bebê. Com seu primeiro presente em mãos, abraçava o macacão como se estivesse com seu filho no colo. Já eram quatro horas da tarde e ele não tivera notícias de null.
Depois que ela saiu ele desembalara a cômoda, que combinava com o berço, o baú de brinquedos que tinha vários tons de azul, a poltrona azul Royal, e terminou de organizar todo quarto de seu filho, colocando por final um quadro na porta, escrito ‘null’ em letras azuis.

- null? – null atendeu o celular.
- A null achou a null, mas ela saiu sem dizer nada. – null falou apreensivo.
- Porque eu fiz isso null? Me diz? Eu sou tão estúpido! Eu tenho uma mulher linda, que me ama e ta esperando um filho meu e eu faço isso com ela! Eu mereço sofrer. – null estava desesperado.
- Calma vocês dois estão cheios de preocupações, é normal tudo isso. – null tentava acalmar os ânimos de null.
- Não null! Não é normal! Eu A AMO! – null baixou a cabeça, ainda sentado no chão, com a roupinha branca esticada em seu colo.
- Vai ficar tudo bem, seu eu souber algo, eu ligo. – null falou.
- Por favor, null. Obrigada pelo apoio. – null disse em desabafo.

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null chegou ao parque e encontrou null sentada em um banco, o olhar dela era vago. Sentou ao seu lado e a amiga simplesmente a olhou e a abraçou. null sentia as lágrimas de null pingarem em sua blusa, mas isso não importava.

- Quer ir lá pra casa? – null falava baixinho, enquanto ainda estavam abraçadas.
- O null ta lá? – null perguntou do mesmo jeito. null largou o abraço e pegou as duas mãos de null.
- Não, mas você não pode fugir dele assim. – null disse à amiga.
- Eu sei, não quero fugir, só quero saber o que falar quando encontrar com ele. – null limpou as últimas lágrimas e tentou ser forte.

Ela sentiu uma contração forte e se contorceu de dor, fazendo null se assustar. Ela sentiu outro chute forte e apertou as mãos contra a barriga. null fez o mesmo, estava com os olhos arregalados.
- Vamos logo, você precisa descansar. – null falou e deu a mão para levantar null, que tinha uma das mãos apoiando as costas, que estavam cada vez mais doloridas, pelo peso de carregar uma barriga daquele tamanho.

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null deitou na cama do quarto de hóspedes, que ficava no andar abaixo. null trouxe uma sopa pra alimentá-la, já que ela estava enjoada. Ela comeu a sopa devagar e olhava televisão, null e null faziam companhia a ela.

- Eu comprei alguns CDs para o null. – null falava empolgado.
- Ótimo, tenho certeza que ele vai gostar. – null tentava sorrir, mas o sorriso saia muito forçado, então decidiu não tentar sorrir.
- Vamos deixar você descansar agora. – null levantou, juntamente com ela, null também levantou.
- Com o chá que a null fez você vai se sentir mais relaxada. – null falou. – Agora descanse querida. – Ele colocou uma das mãos na barriga dela e beijou sua testa, null fez o mesmo.
null saiu por último, fechando a porta e desligando a luz. null deitou a cabeça nos travesseiros e cobriu a barriga, segurou-a por baixo, tentando sentir onde seu filho estaria e se estaria bem. Começou a enxergar tudo embaçado e seus olhos fecharam.

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- Ela está aqui em casa null. – null falou ao telefone.
- Ela está bem? – null perguntou logo.
- Estava nervosa quando chegou, comeu e agora ela pegou no sono. – null falou resumidamente, sabia que o amigo não estava nada bem.
- Eu não vou conseguir dormir essa noite. – null falou cabisbaixo.
- Você está bem? – null perguntou.
- Não, eu não estou nada bem. Eu não sei viver sem ela do meu lado. – null disse atormentado.
- Você comeu alguma coisa?
- Eu não sinto fome, eu já arrumei todo o quarto do bebê e não sei mais o que fazer sem ela aqui.
- Tenta dormir pelo menos. – null falou.
- Vou tentar, mas aposto que eu consiga dormir, eu fui tão arrogante com ela. – null culpava-se.
- Se cuida, dude. Você tem um filho pra ver nascer e crescer ainda. – null tentava lembrar null que nem tudo estava perdido.

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null levantou-se do chão gelado e guardou a roupinha do filho no armário, fechou a porta e foi até o quarto. Deitou na cama, mas não conseguia cerrar os olhos, lembrava do olhar magoado que null lhe lançara mais cedo, e essa imagem o deixava atormentado.

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null levantou de madrugada e silenciosamente foi até a cozinha tomar um copo de água, o relógio marcava três e meia da manhã. Seu bebê não parou de chutar o caminho inteiro, ela sentiu uma contração que a fez largar o copo no chão e gemer de dor.
- O que houve null? – null acendeu a luz da cozinha, que ficou clara de repente, fazendo ambas fecharem os olhos.
- Contrações seguidas. – null tentava se firmar em algum lugar. – Eu preciso tomar um banho.
- Vamos, eu te levo até o banheiro. – null disse segurando as mãos de null.

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null despiu seu pijama, que tinha pegado emprestado de null e entrou embaixo do chuveiro quente. Rapidamente o banheiro ficou embaçado. Enquanto ela lavava o cabelo sentiu algo estranho escorrer por suas pernas. Sangue.
- null! null! ME AJUDA! ME AJUDA! – null gritava desesperada.
A porta do banheiro escancarou-se e null apareceu por ela atordoada. null chorava e soluçava, enquanto a amiga a tirava debaixo do chuveiro e o desligava. Secou ela com a toalha e a vestiu com o mesmo pijama.
- null! null! – Ela gritava pelo marido.
null desceu as escadas rapidamente e encontrou null com pingos de sangue em seu pijama, a pegou no colo e saiu de boxers e camiseta até o carro. null fechou a casa e seguiu eles. Ela entrou no banco de trás, para apoiar null que estava deitada.
- Filho, fica bem aí? – null acariciava a barriga, esperando que nada de ruim acontecesse a seu filho e de null.
- Vai para o St Mary. – null guiava null.
- Sim, é mais perto. – null dirigia em uma velocidade média.
- MAIS RÁPIDO! – null gritou de trás do carro.
- COMO EU VOU ANDAR MAIS RÁPIDO COM UMA GRÁVIDA AÍ ATRÁS? – null retrucou. null calou-se.

Chegaram até a frente do hospital e null pulou do carro, chamando dois enfermeiros de plantão. Eles pegaram uma maca e trouxeram até onde estava o carro, retiraram null de lá e a deitaram na maca.
- Você vai ficar bem. – null falava segurando a mão de null, que estava sendo levada para a emergência.
- Se o meu filho ficar bem eu fico feliz. – null disse com as lágrimas secas em seus olhos. Não se importava mais com a sua saúde, mas com a de seu bebê.

Um médico os encontrou e os dois enfermeiros e ele entraram em um bloco que não era permitido pessoas não autorizadas. null e null sentaram apreensivos na sala de espera, depois de fazerem a ficha de null.
null decidiu ligar para null, que não o perdoaria se o deixasse de fora disso. Na primeira chamada null já atendeu ao telefone, como se esperasse por notícias.

- Aconteceu alguma coisa com a null? – Ele foi direto, não deixando opções para null ser razoável.
- Ela está sendo atendida aqui no St. Mary. – null falou calmo.
Ele ouviu um barulho de telefone sendo desligado, sabia que null devia estar correndo para chegar o mais rápido possível ali. null abraçou null, que fez carinho em sua esposa.

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- Vocês são os amigos da null null? – Uma enfermeira perguntou consultando uma folha.
- Sim, somos. – null respondeu.
- Ela já está no quarto, mas ainda não podemos liberar mais informações, até que saia o laudo do médico. – Ela os informou.
- Demora muito? – null perguntou.
- Não sei, depende do caso. – A enfermeira disse.
- Não dá pra nós entrarmos no quarto dela? – null perguntou à enfermeira.
- Desculpa, mas eu não estou autorizada. – Ela falou e saiu com a prancheta na mão.

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null chamou um táxi, já que null estava com o carro, chegou em frente ao hospital e correu pelos corredores cheios, não encontrava nenhuma pessoa conhecida, até chegar na sala de espera da emergência.
- null! – null levantou e encontrou com o amigo, que estava transtornado.
- Como ela está? – null passava as mãos pelos cabelos suados.
- Não temos notícias dela. – null falou com a mão dos bolsos.
- Vocês já viram ela? E o meu filho? – Ela não sabia.
Uma outra enfermeira parou em frente a eles e engoliu em seco. null amoleceu os joelhos, quase caindo no chão.

- Sinto muito, ela não resistiu. – A enfermeira disse.
- NÃO! NÃO PODE! NÃÃO! – null chorava um choro alto e desesperado.
null levantou e abraçou null, ela chorava enquanto null continha suas lágrimas.
- O quarto foi liberado. – A primeira enfermeira os informou.
- NÃO PODE! – null sentou em uma das cadeiras da sala de espera.
- Pode sim, só que ela ainda está sedada e recebendo soro. Quarto 205. – A enfermeira disse não entendendo o escândalo.
- Eu não estou entendendo nada, vocês não são a família da Kelly Tooling? – A enfermeira que dera a notícia perguntou.
null levantou e correu pelo corredor procurando o quarto onde null estava. Encontrou a porta e enxergou pelo vidro null deitada com os olhos fechados. Entrou em silêncio e encostou a porta. O relógio no canto do quarto marcava quatro e meia da manhã.

~~~~ O sol começava a penetrar por entre as cortinas mal fechadas, despertando null, que sentia dores nas costas e no abdômen. Viu que estava no hospital, ela estaria bem, mas e o bebê? Quando foi colocar a mão na barriga, para sentir o bebê, encontrou outra mão estendida ali.
null estava debruçado sobre a cama adormecido. Uma das mãos estava estendida sobre o bebê e a outra estava entrelaçada com a mão de null, que tinha a agulha com o soro. null sorriu, mesmo sabendo que ele dormiu preocupado com ela.
- Bom dia. – null sussurrou ao ver null abrir os olhos lentamente.
- Bom dia. – Ele falou ainda sonolento. - null! – null levou um susto.
- Oi null. – null abaixou a cabeça, estava envergonhada por dar tantas preocupações.
- null você me perdoa? – Ele beijava sua mão.
- Você que tem que me perdoar, eu fui ridícula. – null disse.
- Eu fui ridículo e estúpido com você, você tem toda razão de me xingar. – Ele falou chegando mais perto dela.
- Eu te perdôo só se você me perdoar. – null segurou ele pela nuca.
- Vamos esquecer isso? – Ele perguntou encostando o nariz no dela.
- Uhum. – null falou e recebeu um beijo de null, que conseguia deixar ela calma, só ele.
- O médico já deve estar chegando. – null disse.
- O nosso filho está bem? – null perguntou passando a mão sobre a barriga.
- Enquanto você dormia, ele deu um chute de jogador de futebol. – null falou sorrindo.
- Bom, então ele deve estar bem. – Ela sorriu ao sentir null beijar toda a barriga dela, que estava enorme.
- Te amo. – null disse olhando pra ela. Sentiram um chute do bebê e riram. - Também te amo garotão.
-Também amo vocês.

null e null entraram no quarto juntos, estavam vestidos apropriadamente, e não de pijamas. null abraçou null desajeitada, logo depois null cumprimentou ela com um beijo na sua mão direita.
- Bom dia! – O médico entrou no quarto, não conheciam.
- Bom dia. – Os quatro responderam. O médico chegou mais perto deles.
- Sou o Dr. Stanley, eu atendi à senhora hoje de madrugada. – Ele falou enquanto eles o ouviam.
- Como eles estão doutor? – null perguntou apreensivo.
- Você teve um descolamento da placenta, por isso o sangramento, mas está tudo bem com a senhora. – O doutor disse calmamente.
- E o bebê? – null perguntou nervosa, ele não havia respondido toda pergunta de null.
- A ultra-sonografia não acusou nada, o bebê de vocês não corre riscos. – Dr. Stanley afirmou. Todos respiraram aliviados, o susto passara.
- E quando vamos poder levá-los? – null perguntou.
- Nós queremos que eles fiquem mais três dias aqui, para a medicação, vamos ver se vai funcionar. – O médico respondeu. – Vamos observar a reação dela ao remédio e depois liberá-la, mas vai ter que permanecer em repouso até o final da gravidez.
- Que tipo de remédio? – null perguntou.
- Vamos dar-lhe anti espasmódicos para evitar a contração uterina. – O médico respondeu novamente. – Agora o café da manhã para a mamãe. – Ele deu espaço para enfermeira colocar a mesinha.

~~~~

null ficava praticamente todo tempo no hospital, ele saía de lá quando null estava dormindo, tomava banho e ajeitava a casa para que ela chegasse e tudo estivesse em seu lugar. Ajudava ela a tomar banho, juntamente com uma enfermeira, que tinha que cuidar para ver se não havia nenhum sangramento. Foram três dias nessa rotina. Ele tirou folga, já que a turnê havia terminado.
- A paciente está liberada. – A enfermeira disse no batente da porta.
- Vamos pra casa, meu amor. – null falou sorrindo.
- Graças a Deus! – null disse.
Trocaram a camisola listrada em rosa por roupas normais. A enfermeira deixou uma cadeira de rodas perto da cama, era mais seguro null não caminhar caminhos longos.
- Eu vou obedecer você agora. – null sentou e falou a null, que riu baixinho.
- Eu só quero o bem de vocês dois. – null falou abaixando-se para encarar null.
- Eu sei meu amor. – Ela disse dando um selinho nele.
- Agora vamos! – Ela segurou a cadeira de rodas e guiou até a saída do prédio. Abriu a porta do carro.

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Londres estava com o clima mais quente, afinal era verão, pessoas enchiam os parques, se divertiam de várias maneiras. null prestava atenção quando passaram pelo Hyde Park, procurava pela mesma senhora que tinha dito coisas tão bonitas pra ela e para seu filho.
- Sabia que nosso filho vai ser aventureiro? – null perguntou pra ele, que dirigia com cuidado.
- Ah é? Como a senhorita sabe? – null respondeu com outra pergunta. Olhou de canto de olho pra ela, que segurava a barriga.
- Uma senhora no parque me disse. – Ela sorriu ao sentir o calor do Sol aquecer seu rosto.
- Nosso filho vai fazer sucesso. – Ele falou sorrindo.
- Ela disse isso. – null sentiu null pousar uma das mãos na sua barriga.
- A gente vai ser muito feliz.
- Eu sei.
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Chegaram em frente a casa deles e null saiu correndo e fez a volta para abrir a porta para que null pudesse sair. Pegou uma malinha na porta malas e segurou null pela cintura, ela se apoiava nele para subir os poucos degraus que havia na porta de entrada.
null abriu a porta lentamente, deixando null com os olhos marejados com a visão que tivera. Havia flores de todas as cores e perfumes ali na sala. Todas postas em vasos, algumas em buquês pequenos, grandes. null a puxou para dentro, lentamente ela ia observando tudo que ele havia feito para ela.

- null o que é isso? – Ela perguntou embargada.
Ele não falou nada, só a sentou no sofá. Havia milhões de flores, em todos os cantos da casa. null não compreendia nada.
- As floriculturas estão vazias hoje. – null falou pegando alguma coisa por trás de um buquê de copos-de-leite.
- Mas... – null começou, mas se calou quando viu null ajoelhar-se na frente dela.
- null, eu venho tentando ser perfeito pra você, porque você merece isso. – null começou dizendo. Exibia uma pequena caixinha de veludo preta na mão.
– Mas eu não consigo ser eu mesmo sem você ao meu lado. Você faz parte de mim. – null abriu a caixinha que continha dentro um anel com um pequeno diamante. - null null, casa comigo?
null deixou cair algumas lágrimas e um sorriso tomou conta do rosto dela, ele era simplesmente demais.
- Claro null! Claro! – Ela ria e chorava ao mesmo tempo.
null abriu um sorriso de felicidade. Beijou os lábios úmidos de lágrimas de null, que não sabia como podia sentir tanta felicidade. Pegou a pequena mão da sua futura esposa e colocou o anel.
- Você é perfeito pra mim. – null o beijou, ele sentou ao seu lado no sofá.
- Você foi feita pra mim. – null disse beijando o pescoço dela. Sentiram um chute de leve na barriga. Sorriram.

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- null calma! Estamos quase chegando! – null falava alto, tentando acalmar ela.
- Eu estou calma null, você que está maluco. – null disse tranqüila a seu lado no carro.
- Então liga para o Dr. Priestly. – Ele disse ultrapassando um carro que passeava pela rua.
- Chama e ninguém atende! – null começou a se preocupar, faltava uma semana para fechar nove meses de gravidez e seu médico não atendia ao telefone.
- NÃO ACREDITO! – null parava em frente ao hospital e descia para chamar os enfermeiros, já que null estava tendo contrações fortíssimas.
- Calma meu amor, vai dar tudo certo. – Ela disse enquanto ele segurava a mão dela e o enfermeiro a carregava com uma cadeira de rodas.
- Qual é seu médico querida? – Uma enfermeira de idade perguntou a null.
- Dr. Priestly. – null falou, a enfermeira consultou o computador.
- Ele saiu para um congresso em Liverpool. – A enfermeira disse.

null colocou a mão na cabeça e deu um giro, queria poder gritar de raiva, mas não podia. Escorou-se na bancada e pediu para enfermeira checar de novo.
- Sinto muito, senhor, mas ele não está. – Ela disse.
- Mas como ele não está? – null perguntou. null sentiu as contrações aumentarem a intensidade.
- Ta doendo. – null resmungou, null escutou.
- Vamos querida, temos uma médica ótima de plantão. – A enfermeira encaminhou-os até uma salinha.

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- Oi desculpem pela demora. – Uma mulher de óculos entrou na salinha que null e null estavam. – Dra. Motyczka.
- Eu estou sentindo muita dor, doutora. – null falou com a mão na barriga.
- Venha, querida. – A médica de cabelos loiros disse.

null levantou segurando a barriga, sendo auxiliada por null e a médica. Deitou em uma cama, a médica tocou no abdômen de null e auscultou o coração do bebê e da mãe.
- Querida, você está em trabalho de parto. – A médica falou sorrindo. - Trabalho de parto? – null perguntou amedrontado.
- Sim, você está com contrações regulares, não? – Ela perguntou dirigindo-se a null, que afirmou com a cabeça.
- Meu filho vai nascer? – null perguntou. Ele não estava preparado a cesariana estava marcada para daqui sete dias, não hoje.
- Sim, seu filho está pronto para nascer. – A médica falou com um sorriso amável no rosto. – Vocês querem parto normal ou cesariana?
- Cesariana. – null disse.
- Então eu tenho que contatar o anestesista e me preparar. – Ela falou tranqüila, pegou seu Pager.
- Eu vou ligar para o null, já volto. – null disse saindo da saleta.
null saiu do quarto e avisou null que null teria o bebê, pediu pra ele passar na casa deles e pegar a câmera e a bolsa que tinha tudo dentro, preparado. Eles tinham a chave da casa deles, em caso de alguma emergência, null disse que eles já estavam indo.

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null quase desmaiou na sala que iria acontecer o parto, mas a médica lhe deu um tapinha na cara e ele meio que acordou. Anestesiaram null, a médica pegou o bisturi e fez um corte embaixo da barriga. Isso null não filmou, era muito dolorido.
A anestesia passou e null estava com os olhos arregalados, esperando por um som que não demorou a chegar. O choro de um bebê invadiu a sala de cirurgia, fazendo null e ela se encher de lágrimas nos olhos.

- Nasceu! O nosso filho nasceu! – null beijava os lábios de null com amor.
- Mamãe e papai. – A médica colocou o bebê enrolado em um paninho no colo de null.
- Oi filhão. – null falou pegando na mãozinha do bebê, que ainda mantinha os olhos fechados.
- Ele é lindo. – null falou beijando o bebê.
- É nosso filho. – null disse beijando a testa de null e logo depois o nariz pequenino de seu filho, que agora bocejava.

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null e null olhavam através do vidro o afilhado deles, era o mais inquieto de todos os bebês que estavam na sala da maternidade. null abanava para o garoto, como se aquilo adiantasse.
- null, daqui a nove meses o nosso bebê vai estar aí. – null disse pegando na mão dele. null virou-se pra ela. Não podia acreditar nisso. Sorriu.
- Sério? – Ele perguntou com os olhos brilhando.
- Uhum. – null respondeu vermelha.
null mal esperou pela resposta e já girava ela pelos ares do hospital, a felicidade tomara conta do momento.
- Por favor, senhor. – Uma enfermeira o repreendeu.
- Eu vou ser pai! – Ele sorria largamente.
- null! Me larga! – null disse envergonhada.
- Eu te amo. – null disse no ouvido dela.
- Eu te amo. – Ela respondeu da mesma maneira.

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null saia do hospital com null no colo, havia fotógrafos por todos os lados, alguns fãs do McFly também estavam ali. null abraçava null pela cintura e colocava uma mantinha no rosto do seu filho, para que não fosse exposto logo cedo.

- É seu filho null? – Um repórter perguntou.
- Meu e da minha noiva. – null disse. Ouviram vários resmungos de fãs, que mantinham a esperança de um dia casar com ele.

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Primeiras fraldas trocadas, primeiros choros na madrugada, primeira amamentação, tudo foi recebido com um sorriso, afinal, era o filho deles que estava ali.
- O papai vai trocar sua fralda, mas pra isso você tem que parar quieto. – null conversava com o filho de dois meses.
- Precisa de ajuda? – null parava na porta, sonolenta.
- Não precisa meu amor, pode dormir, eu cuido do garotão aqui. – null disse colocando a fralda suja no lixo.
- Ta bom, te amo. – null voltou pra cama.
- A mamãe e a dinda tão preparando o casamento dos seus papais, por isso ela está cansada. – null falava calmo com o filho que ria alto. Fazendo null sorrir.

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Cinco meses se passaram e chegou o grande dia. null tentava acalmar null, que não queria deixar colocar o mini terninho.
- null! Por favor, a dinda só quer deixar você bonito. – null tentava colocar uma das mangas. null ria das tentativas frustradas dela. – null! Vem aqui dar um jeito nesse garoto sapeca! – Ela chamava seu marido.
- Oi garotão! Vem cá, vamos ter uma conversa de homem pra homem. – null pegou null no colo e saiu da sala, onde as mulheres e a noiva se arrumavam.
- Você está tão linda grávida. – null disse observando null, enquanto colocavam o véu nela.
- Você está linda de noiva. – null falou olhando para o espelho, as duas sorriram.

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null esfregava as mãos enquanto esperava null entrar. Os convidados estavam chegando e enchendo o jardim, onde eles se casariam. Era primavera e as flores caídas no chão formavam tapetes coloridos em todo o jardim.
Uma música começou a tocar e null avistou null e null entrarem pelo centro do jardim, onde haviam convidados. null vinha no colo de null, vestia um terninho com um All Star azul marinho, seu primeiro All Star.
Outra música começou a tocar e null apareceu de braços dados com seu pai, ela estava com um vestido salmão bem clarinho, ela caminhava em direção a null, que não podia desejar mais felicidade que aquela. Ela era tudo que ele precisava.
Seu pai a deixou no altar e entregou sua filha à null, que beijou a testa de sua amada. A cerimônia continuou, null segurava as alianças nas mãozinhas pequenas, null ajudou ele a entregar a null, que pegou as alianças e seu filho no colo.

- E eu vos declaro marido e mulher. – O juiz disse em voz alta.

Uma chuva de flores caiu sobre eles, fazendo eles se beijarem e logo beijaram um cada bochecha do filho. Eles se amavam incondicionalmente, era só isso que precisavam para ficarem felizes. Os três agora eram uma família, mal sabiam que a família iria crescer dali alguns meses.





N/A: Eu sou uma pessoa que gosta de escrever PARA os outros, então, Ale...essa é pra ti, sob medida. Te adoro ,viu? Anto e Dani, obrigada pelas dicas :) Sabe o quanto eu gosto de vocês? Um montão. Ciiiine! Obrigada por tudo, não tem beta melhor que você ;*

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