Back to the Past II


Escrita por: Camis e Stef
Betada por: Vanessa




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Capítulo 1


As meninas estavam sentadas no sofá olhando para os seus pés e morrendo de vergonha para falar qualquer coisa. Harry e Tom estavam sentados no outro sofá de frente para elas, e Dougie e Danny estavam sentados no chão em frente ao sofá dos meninos.
- Hum, então... - Tom se arriscou a quebrar o silêncio constrangedor que estava ali.
- Er... Vocês se lembram de alguma coisa? - perguntou ainda olhando para seu pé que parecia extremamente interessante. - Quer dizer, vocês sabem por que estamos aqui, certo? - Ela arriscou uma olhada rápida para os meninos. "Só falta eles não se lembrarem de nada, e pensarem que a gente invadiu.", pensou.
- Puts, é verdade! - comentou, batendo com a palma da mão na própria testa, e em seguida reclamando de dor, fazendo todos disfarçarem as risadas. - Imagina só, depois daqueles ataques no camarim, se eles pensarem que a gente invadiu a casa, vamos ser presas. - Ela falou, olhando para as amigas, como se eles não estivessem ali, e massageando a testa.
- , cala a boca. - falou baixo para a amiga, fazendo os meninos segurarem mais ainda o riso.
- Não se preocupem. - Harry falou, sorrindo, e fazendo suspirar involuntariamente. - Nós nos lembramos de tudo.
- Tudo engloba...? - levantou o rosto para olhar Harry.
- Tudo. - Os quatro responderam sorrindo de lado, fazendo as meninas corarem e olharem para outro lugar que não fosse os olhos deles.
- E sobre o que aconteceu no camarim... - Tom começou e todos olharam para ele, que parecia sem graça. - Nós gostaríamos de pedir desculpas. - Ele falou e as meninas abaixaram a cabeça, ainda meio magoadas. - Nós fomos muito estúpidos e não devíamos tê-las tratado daquela maneira.
- Vocês foram rudes. - se pronunciou, olhando para eles, com um olhar triste. - Nós não merecíamos. Nem nós, nem nenhuma outra fã, afinal, vocês dependem de nós para fazer sucesso.
- Sim, você está certa. - Tom abaixou a cabeça. - É que fomos influenciados por uma experiência muito ruim com fãs que tivemos há um tempo, e ficamos com medo de que pudesse acontecer novamente.
- Mas, depois que conhecemos vocês de verdade, vimos o quanto fomos idiotas e estamos arrependidos. - Dougie falou e olhou para ele rapidamente. Percebeu que ele a olhava, e sorriu sem graça, baixando a cabeça novamente.
- Definitivamente, estamos arrependidos. - Danny concordou, balançando a cabeça e passando os olhos pelas meninas, parando em .
- Mas, por outro lado, agradecemos muito que tenhamos feito isso. - Harry começou a dizer, e as meninas o olharam intrigadas, meio com raiva. - Se não tivéssemos agido mal, nada disso teria acontecido, não conheceríamos vocês de verdade. Vocês teriam ido embora naquele dia, magoadas, talvez somente com um autógrafo, ou uma foto. E essa semana foi maravilhosa.
As meninas sorriram para ele ao ouvir o que tinha dito e se entreolharam.
- Aliás, queria agradecer a todas pela festa surpresa que vocês fizeram para mim no meu aniversário. Foi a melhor festa que já tive em toda minha vida. - Harry sorriu abertamente para as meninas, enquanto passava a mão pelos cabelos, bagunçando-os mais ainda.
- Ahh... De nada. - disse, hipnotizada pelos movimentos do menino. - Foi divertido.
- E o garotão aqui quase enfartou pensando que vocês tinham se esquecido do aniversário dele. - Danny riu, batendo no joelho de Harry, fazendo-o ficar vermelho.
- Oh... Não. Jamais esqueceríamos! - falou, fazendo uma cara de espantada, arrancando risadas das meninas, afinal, ela havia esquecido e estava mentindo descaradamente.
- Espera um momento. - parou de rir e pareceu lembrar-se de alguma coisa. - Como você sabia que ele estava chateado pensando que havíamos nos esquecido do aniversário dele? - apontou de Danny para Harry.
Os meninos sorriram trocando olhares cúmplices.
- Nós podíamos nos comunicar por pensamento, mas somente entre nós. – Dougie explicou, sorrindo.
As meninas abriram a boca, espantadas.
- Meu Deus! - falou de olhos arregalados. - QUE MÁGICO! - Ela sorriu, fazendo os meninos sorrirem também.
- Por isso que vocês agiam como se estivessem conversando mesmo. - lembrou. - De fato, vocês estavam.
- Sim. - Tom concordou. - Ainda bem. Senão iríamos entrar em parafuso. Imagina? Presos num corpo de bebê sem comunicação nenhuma. Nós já não podíamos falar.
- É verdade. - concordou. - Vocês chegaram a tentar falar, né?
- Sim, mas pelo visto a velhota lá pensou nisso também. - Harry falou, rolando os olhos. - Só para dificultar nossas vidas.
- É verdade. - concordou e todos riram.
Um silêncio se formou novamente entre eles. Tinham tanta coisa para falar, lembranças e comentários daquela semana, mas não sabiam por onde começar. Estavam encabulados e um pouco apreensivos.
- Hum... Então, parece que tudo voltou ao que era antes, não é mesmo? - comentou dando uma rápida olhada nos meninos e sorrindo fracamente.
- Sim. - Danny sorriu abobado para ela.
- Bem, finalmente voltamos ao nosso tamanho normal. - Harry comentou, sorrindo para , que ficou sem graça e sorriu amarelo.
- Para o Dougie não mudou muita coisa. - deixou escapar, tampando a boca rapidamente, tentando não rir da cara do menino. Todos riram da cara de Dougie, que sorriu de lado para .
- Menina da maçã, vou fingir que não ouvi o que você disse. - Dougie sorriu, piscando para ela, que riu.
- Menina da maçã? - Ela estranhou o apelido.
- Ela não sabe que a gente a chamava assim, Dougie. - Tom lembrou.
- Ah, é verdade. - Dougie riu. - Nós chamávamos você assim, às vezes.
- Por quê? - ficou curiosa e perguntou.
- Ah, bobagem. - Harry falou, balançando a mão. - Só porque ela queria comer a maçã que estava no cesto do camarim. E, como não sabíamos os nomes de vocês no início, chamávamos ela assim, aí pegou.
ficou vermelha e riu.
- Viu? - olhou para ela. - Quem manda ser sempre esfomeada?
- Ahh, poxa. - fez biquinho, fazendo Dougie sorrir automaticamente. - É só que comer é bom demais.
- Concordo. - Danny e Dougie falaram ao mesmo tempo e riram.
- Mas, então... - tentou retomar o tópico. - Agora que tudo voltou ao normal... A gente precisa ir embora.
Os meninos arregalaram os olhos e tentaram abrir a boca para falar, mas não conseguiram.
- Sim, e queríamos pedir um favor. - continuou o que a amiga falava, sabendo onde ela queria chegar. - Como precisamos voltar para casa, e não temos a passagem, e nem onde ficar, queríamos saber se tem problema a gente ficar aqui mais um dia ou dois, até conseguirmos comprar as passagens de volta. - Ela terminou de falar, sentindo suas bochechas esquentarem.
- NÃO! - Danny gritou e as meninas se assustaram. - Quer dizer, não, vocês não podem ir embora.
A cara de assustadas deu lugar às feições intrigadas.
- Perdão, como é? - perguntou, sem entender.
- É. O Danny está certo. Vocês não podem ir embora. - Harry concordou, afirmando com a cabeça.
- Por que não? - ergueu a sobrancelha curiosa.
- Porque... Simplesmente não podem, ué. - Tom respondeu olhando a menina nos olhos.
- Tem que ter um motivo, oras. - falou batendo de leve as mãos no joelho. - Quero dizer, vocês não podem dizer que a gente tem que ficar sem ter um motivo. É... Estranho. - completou incerta e suspirou.

e as meninas ficaram sem resposta, pois antes que os quatro pudessem pensar em alguma desculpa que as convencesse a permanecer em Londres, a porta se abriu e James entrou assobiando, sem perceber que todos prestavam atenção aos seus movimentos. Quando este terminou de fechar a porta, colocou o casaco em cima da cômoda ao lado, se virou para o centro da sala e só então percebeu que era atentamente observado. Ficou um pouco vermelho, mas logo sua cara de levemente envergonhado deu lugar à um grande sorriso.

- Vocês voltaram ao normal. - James falou, sorrindo mais e abrindo os braços, andando em direção ao sofá que os meninos estavam.
- Sim. - Tom sorriu e levantou-se para dar um abraço em James. Os outros fizeram o mesmo, até Danny, embora tenha sido menos caloroso, o que passou despercebido para James, de qualquer maneira. As meninas somente observavam eles se cumprimentarem, sorrindo e vendo James, logo depois, sentando-se entre Harry e Tom, no sofá.
"Queria poder ler os pensamentos do Danny agora.", Dougie pensou, disfarçando uma pequena risada.
- Então, como isso aconteceu? - James perguntou observando as feições felizes de todos sendo substituídas por bochechas mais do que rosadas e ficou curioso. - O que aconteceu?
- Nada. - Harry se manifestou, pois ninguém parecia querer responder. – Hum... Simplesmente acordamos grandes. Só isso.
- Só isso? - James perguntou, apertando os olhos para Harry.
- Só, dude. - Harry riu. - Te juro.
- Aham. - James concordou olhando de novo para todas aquelas caras suspeitas. - Então ‘ta, vamos fingir que vocês me enganam e eu vou fingir que acredito. - James encostou-se ao sofá, ainda intrigado.
- James, você já tomou café da manhã? - perguntou, para cortar o clima, enquanto levantava-se para preparar o café deles.
- Já, obrigada. - James sorriu para ela.
- Então ‘ta, vou arrumar o nosso café então, pois nós não tomamos. - se dirigiu para a cozinha e acabou sendo seguida por todos.
As meninas ajudaram e os meninos até ofereceram ajuda, só para não dizer que não faziam nada enquanto elas trabalhavam, mas elas negaram, alegando que só iam atrapalhar.
- Ahh, gente. - James falou de repente, batendo a mão na mesa e assustando , que estava a meio caminho de colocar o pó de café na cafeteira e acabou derrubando a colherada na pia.
- , não vai começar a sujar a cozinha da , né? - Dougie falou, tentando ficar sério.
olhou para trás e viu se virar na direção de Dougie com uma colherzinha de café apontada para ele.
- Fica na tua, aí, ô anão de jardim. - o ameaçou, fazendo todo mundo rir, inclusive ele. o olhou e ele sorriu para ela, ela sorriu e deu de ombros, voltando-se para o café.
- Fala o que você ia falar, James. - pediu. - Antes de assustar a gente.
- Ah, é. - James sorriu, lembrando-se. - É que como vocês estavam com eles aqui, pequenos e não podiam sair, eu não comentei nada. Mas já que eles voltaram ao normal, vocês poderão ir. Na virada do ano, lá em casa, vai ter uma festa. E eu exijo a presença de todos vocês.
As meninas se entreolharam e os meninos disfarçaram um sorriso. Já tinham um motivo para elas ficarem por, pelo menos, mais uma semana.
- Sabe o que é, James? - começou, virando-se e ficando encostada na pia.
- Elas estão querendo ir embora. - Danny falou, antes que elas tivessem oportunidade.
- Ir embora? - O sorriso de James sumiu. - Mas por quê?
- Ora, é óbvio. - falou, fechando a geladeira, sem querer olhar para trás. - Os meninos voltaram ao normal, não somos mais necessárias aqui, temos que ir embora.
- Droga. - James bateu de novo na mesa, mas dessa vez ninguém se assustou. - Eu não tinha parado para pensar que no dia que eles voltassem vocês iriam embora.
- Nem nós. - Harry disse baixo, olhando fixamente para um copo que estava na mesa.
- Por que vocês tinham que voltar ao normal, hein? - James perguntou como se a culpa fosse deles.
- Nós pedimos para elas ficarem, mas elas não querem. - Tom falou, levantando a cabeça, passando rapidamente os olhos por elas, e parando em James. - Querem que a gente dê um motivo para elas ficarem. E precisa?
- Claro que não. - James falou, olhando para elas novamente. - Não precisamos de motivos para querer vocês aqui.
Elas suspiraram meio impacientes. Tinha que haver um motivo. Não iam querer que elas ficassem ali, sem mais nem menos. E se por acaso, era por gostarem da companhia delas, era mais fácil falar, não? Pelo visto, não.
- Mas se vocês queriam um motivo, agora tem. - James sorriu, estufando o peito. - A minha festa.
- Isso, a festa do James. - Dougie sorriu, apontando para James.
- E se vocês quiserem podem ficar lá em casa, caso não queiram ficar aqui. - James ofereceu gentilmente.
- Isso, vocês podem... - Danny ia concordar, quando parou para pensar. – Espera aí, podem não! Vocês vão ficar aqui.
As meninas ergueram as sobrancelhas, observando a pequena discussão que começava a se formar entre os garotos.
- É impressão minha, ou os McGuys e James Bourne estão disputando a nossa companhia? - falou no ouvido de que estava ao seu lado. A menina sorriu e deu de ombros.
- O que vocês acham? - se aproximou e perguntou, enquanto os meninos ainda falavam sobre em que casa elas iam ficar, sem nem saber se elas iriam, de fato, ficar.
- Acho que a gente pode esperar mais um pouquinho para voltar para casa. - falou, sorrindo e se juntando às amigas. - Quem fica uma semana fora de casa, fica duas.
- Certo, e na casa de quem? - perguntou, em um tom de voz baixo ainda.
- Ah, já estamos aqui, ficamos aqui mesmo. - falou para encerrar e elas concordaram.
- CHEGA! - gritou, ao mesmo tempo em que ria, batendo com a mão no centro da mesa e assustando os meninos que logo pararam de discutir.
- Hum... Que moral é essa, hein, amiga? - brincou, fazendo sorrir com uma cara de convencida.
- É, ‘to percebendo. - disse para a amiga, enquanto os meninos observavam as duas conversarem, se esquecendo deles. - Acho que já sei quem manda nessa casa.
- Pois eu acho que eles têm é medo de você. - comentou, fazendo fechar a cara e dar língua para ela.
- Er, com licença. - Tom cutucou a mão de que ainda estava no centro da mesa, fazendo a menina olhar para ele.
- Pois não? - Ela perguntou calma.
- Ainda estamos aqui. - Harry deu um “tchauzinho” para ela, sorrindo.
- E daí? - perguntou, enquanto levava o bule de café para a mesa, sentando-se entre Dougie e Danny.
- Como assim e daí? - Danny perguntou olhando para a menina ao seu lado, que ergueu uma sobrancelha para ele. - Vocês interromperam uma discussão muito importante.
- Ah é? - perguntou, sentando-se, após levar os pães e biscoitos para a mesa. Logo e já haviam se juntado e todos começaram a comer.
- Sim, é. - Tom disse concordando com Danny.
- Pois não precisam mais discutir. - disse, enquanto pegava um biscoito recheado e abria, comendo primeiro a parte sem recheio.
- Não? - James perguntou, observando a menina mastigar devagar, enquanto segurava na mão a segunda parte do biscoito.
- Não, já nos decidimos. - disse, bebendo um gole de café.
- E o que decidiram? - Harry perguntou, cheio de expectativas, olhando para a menina.
- Bem... - começou. - Precisamos voltar para casa. - Os meninos abaixaram a cabeça, ouvindo.
- Nossos pais vão querer matar a gente. - continuou concordando com a amiga.
- Não temos condições financeiras para permanecer aqui. - lembrou.
- Mas... - James tentou falar, mas parou ao ver levantar a mão, indicando que era sua vez.
- Mas... Nós vamos ficar mais uma semaninha. - Ela sorriu e as amigas a acompanharam.
- Como é? - Dougie perguntou, erguendo a cabeça e olhando diretamente para .
- É. - Ela sorriu para ele. - Já que vocês insistem, a gente fica mais um pouquinho.
Os meninos as encararam com feições meio abobalhadas e sorridentes, mal podiam acreditar que as tinham convencido.
- Mas só mais uma semana. Nem mais, nem menos. - falou, enquanto assoprava seu café.
“Pelo menos elas vão ficar mais um pouco.“ - Tom sorria, olhando de rabo de olho para , que ficou imediatamente vermelha.

Capítulo 2


- Então vocês vão à festa, né? - James arrancou um biscoito da mão de , fazendo Danny olhar torto para o menino.
- James! Meu biscoito. - tentava pegar o biscoito inutilmente, enquanto o menino ria.
- Vem pegar, então. - James deu um dos seus sorrisos, fazendo a menina ficar vermelha.
- Hum... Toma , pode ficar com o meu. - Danny pegou o biscoito do seu prato e entregou para a menina, que o olhou surpresa, e aceitou, dando um pequeno sorriso de agradecimento.
- Obrigada. - Ela falou, enquanto bagunçava o cabelo de Danny, que imediatamente sorriu.
- Sim, James, vamos à sua festa. - falava meio rindo, enquanto acabava de preparar um pão para Dougie. - Toma. - A menina colocou no prato dele.
- O que é isso, ? - Dougie olhava sorrindo para seu pão com presunto e queijo.
- Opa! Força de hábito. - A menina riu sem graça, arrancando risadinhas dos outros e levando sua mão em direção ao sanduíche no prato de Dougie, para pegar de volta. Dougie colocou os dedos em cima do pão, para segurá-lo e olhou sério para .
- É o meu sanduíche.
- Não é, não! - tentou ficar séria também, enquanto todos riam. - Fui eu quem fez.
- Para mim.
- Por engano.
- Mas agora é meu.
- Nada disso. - tentou tirar a mão de Dougie de cima do sanduíche, mas Dougie foi mais rápido e afastou-o com a mão, fingindo que iria morder a mão de que havia ficado perto de seu rosto, enquanto ela fazia o caminho até o sanduíche. o olhou com os olhos semicerrados e apertou o nariz dele, começando a rir da cara fofa que ele tinha feito. Todos observavam as duas crianças se divertirem, enquanto comiam. Dougie repôs o pão no prato, pegou uma faca, dividindo-o em dois e dando uma metade para , que sorriu feliz para ele.
- E você, não vai preparar meu café da manhã, não? - Harry falou com uma voz rouca perto do ouvido de , fazendo a menina se engasgar com seu café. teve que dar um tapinha nas costas dela, enquanto Harry sorria de lado. Tom preparava um pão com manteiga animadamente, enquanto via voltar ao seu lugar, já que havia voltado ao normal.
- Toma, para você. - O menino sorriu para , mostrando aquela covinha que a fazia delirar.
- Nossa, Tom, obrigada. - piscou para o menino, que ficou um pouco corado, mas não deixou de sorrir.
- Que bom, então. Finalmente vão poder ir à minha casa e conhecer o resto dos meninos. - James esticava a mão sorrateiramente para o prato de , que ao perceber, deu um tapinha de leve na mão dele, imediatamente ele fez um biquinho, fazendo as quatro meninas suspiraram.
- Calma aí. Pára tudo! - voltou à realidade, fazendo todos olharem para ela. - Por acaso os outros meninos seriam...
- Os outros Dorks? - , e completaram a amiga, surpresas.
- Claro. Por quê? - James olhava para elas, curioso.
- Nada, nada... - sorria olhando para a xícara de café, coisa que não passou despercebida por Dougie, que a olhava sério.
dava um sorriso cúmplice para , que começou a cantarolar baixinho, fazendo Harry revirar os olhos e Tom balançar a cabeça.
O celular de James começou a tocar e o menino atendeu. Falava animadamente com a pessoa que estava do outro lado da linha.
- Hey! - falou, olhando os meninos comendo, atraindo a atenção deles. - O mundo não vai acabar hoje. - Ela riu para eles.
- Mas é porque isso aqui está muito bom. - Dougie falou de boca aberta, fazendo Tom dar um pedala nele.
- Pelo menos agora ele tem dentes. - Harry murmurou, enquanto engolia seu pão e atacava um biscoitinho.
- Uma pena mesmo. Minhas piadinhas não terão mais graça. - Danny fez uma expressão triste, enquanto colocava um biscoito na boca.
- E quando é que elas tiveram graça? - Tom levantou uma sobrancelha para o menino, que mandou língua.
- Ai... Mastiga esse biscoito primeiro, Danny. - riu, colocando a mão no rosto, tampando a visão.
- Hey, o que vocês farão amanhã de noite? - James perguntou para todos, enquanto desligava o celular.
- Não sei. - falou, enquanto se levantava da mesa e colocava a louça na pia.
- Ainda não tivemos tempo de pensar em nada. - Tom terminava de engolir seu café e foi ajudar .
- O que vocês acham de ir a um pub amanhã? Vai ser bom, pois todos agora podem ir e é um jeito das meninas descansarem um pouco. - James se postou atrás do banco em que estava sentada e colocou as duas mãos no ombro da menina.
- É uma boa idéia. - Harry se espreguiçou na cadeira, fazendo prender a respiração.
- Hum, James! Me ajuda aqui com a louça, dude. - Danny havia se levantado rapidamente, arrancando Bourne de perto de .
“Ajudar com a louça?“ - Dougie, Tom e Harry olharam espantados para o amigo, que colocava uma esponja na mão de James.
- Você lava e eu enxugo. - Falou dando um tapinha no ombro de James que não entendeu nada, mas começou a lavar a louça.
As meninas olhavam para os dois com as sobrancelhas levantadas, enquanto os meninos davam sorrisinhos de lado.
- James? - perguntou, ouvindo um murmúrio de concordância vindo de James, indicando que ele estava escutando. - O que você veio fazer aqui hoje? É Natal. - Ela sorriu fracamente, observando as costas do menino que passava a esponja calmamente em um pratinho.
- É verdade. - falou, sentada novamente em seu lugar. - Você não deveria estar com sua família?
- Ah, sim. - James olhou rapidamente para trás, sorrindo e concordou, passando o pratinho para Danny enxugar. - Eu vou almoçar com minha mãe, mas quis passar aqui para desejar Feliz Natal antes. E acabei ficando. - Ele riu. - Mas já vou embora daqui a pouco.
- E vocês? - falou apontando para os meninos. - Não vão para casa? Já que vocês voltaram ao normal, podem ir passar o Natal em casa, não?
- E deixar vocês aqui sozinhas? - Danny respondeu, olhando diretamente para . - De maneira nenhuma.
- Não vamos destruir a casa de vocês. - falou. - Vocês já fazem isso sozinhos. - E todos riram.
- Não foi isso que Danny quis dizer. - Tom falou, ainda rindo do que ela havia dito. - Ele quis dizer que não deixaríamos vocês passando o Natal aqui sozinhas, enquanto a gente estaria com nossas famílias.
- Sim, vamos ficar com vocês. - Harry sorriu, enquanto brincava com um guardanapo.
- Oh, vocês não precisam. - falou, ficando vermelha como as meninas já estavam.
- Não precisamos, mas queremos. - Dougie deu de ombros e sorriu para ela, que ficou mais vermelha ainda.
- Está tudo muito lindo. Estou emocionado com a cena, mas preciso ir embora. - James falou, colocando um prato ensaboado nas mãos de Danny, lavando suas mãos e secando na roupa. - Senão, não chego a Southend para o almoço e minha mãe vai reclamar muito.
- Está bem, James. - concordou sorrindo para o menino que andava em direção à porta.
- Boa viagem. - disse acenando.
- E feliz Natal. - sorriu completando.
- Obrigado, meninas. - James sorriu pra elas e olhou pra esperando uma reação. A menina sorriu para ele e mandou um beijo pelo ar de brincadeira. Danny estreitou os olhos para os dois e bufou.
- A gente se fala, dudes. Ligo amanhã para combinar sobre o pub.
- Falou, Jimmy. Tchau. - Tom respondeu e os outros meninos falaram tchau também, enquanto James já abria a porta da sala para sair. Todos começaram a se retirar em direção ao sofá e Danny olhou para porta vendo todos saírem deixando-o sozinho com a louça e a cozinha para arrumar.
- Ei! Qual é? Não vou fazer isso tudo sozinho.
- Foi você quem se ofereceu. - Dougie sorriu sarcástico e recebeu um dedo do meio sujo de sabão.
- Está bem, eu te ajudo, Danny boy. - suspirou voltando para dentro da cozinha e sorrindo ao ver Danny sorrir como as bochechas levemente coradas. - Mas não precisa mudar de cor. - riu empurrando o ombro de Danny levemente com seu ombro ao se posicionar do lado dele na pia.
- Hum... - Danny ficou sem graça. - Você enxuga, ‘ta? - riu novamente e balançou a cabeça, pegando o pano de pratos e esperando o objeto que iria secar.
- Certo, certo, capitão.

estranhou o fato de que durante todo o tempo Danny manteve-se calado. Ela imaginara que após tudo que haviam passado ele iria, no mínimo querer conversar sobre os acontecimentos, mas parece que enganara-se. Preferiu não puxar nenhum assunto também, achando que ele não estava interessado. Danny pensava o mesmo. Estava um pouco inibido para iniciar alguma conversa e pensava que, se ela não havia puxado assunto, era porque não queria conversar com ele. Os dois estavam agoniados para acabar com aquela tarefa logo, de modo que pudessem se juntar aos demais na sala e darem um fim àquele ambiente chato que estava na cozinha. Quando não tinha mais nenhuma louça para enxugar, rapidamente colocou o pano em cima do escorredor e deixou Danny terminando de lavar a pia. Ao se aproximar da porta que dava para a sala, Danny a chamou e ela virou-se o olhando.

- Me responde uma coisa? - Ele parecia um pouco preocupado.
- Se eu puder, respondo. - Ela deu de ombros, encostando-se no batente da porta.
- Você me odeia? - arregalou os olhos e não conseguiu segurar uma gargalhada gostosa que só serviu para deixar Danny mais chateado.
- Você ‘ta brincando, né, Jones? - Ela levantou uma sobrancelha esperando Danny começar a rir também, confirmando que havia sido uma piada. Foi então que notou que ele falara sério. - Você inalou o sabão todo dos pratos? Essa é a coisa mais estúpida que escutei esses dias. - Saiu da cozinha balançando a cabeça e pensando como Danny Jones podia ser realmente retardado quando queria. Ela odiando ele? Só em pesadelos!
Ao chegar à sala, encontrou todos jogados pelo sofá e pelo chão, conversando sobre tudo que havia acontecido. Muitas risadas, muitas coisas esclarecidas, se alguém visse de fora, não diria que mal se conheciam.
- Parece que perdi alguma coisa. - sentou-se numa pontinha que restava de sofá, pois e ocupavam todo ele.
- Estávamos comentando o episódio da farinha. - ria junto com Dougie, sentados no chão, perto da televisão.
- Nem me fale! - revirou os olhos.
- , minha amiga, você disse que perdoava. - Dougie disse, ainda rindo.
- Bom, eu perdoei bebês, agora vocês tão grandinhos eu já posso brigar, não? - Ela ergueu uma sobrancelha irônica.
- EU JURO QUE NÃO FOI CULPA MINHA. - Tom berrou do outro sofá, que dividia com Harry.
- NEM MINHA. - Harry concordou balançando a cabeça.
- Agora a culpa não é de ninguém, né? - comentou divertida.
- Mas é verdade. - Harry disse rindo. Danny finalmente juntou-se a eles, sentando-se perto de Dougie e , evitando olhar para .
- A culpa foi toda deles dois. - Tom apontou para Dougie e Danny.
- Culpa de quê? - Danny perguntou sem se importar muito, nem sequer sabia sobre o que conversavam.
- Olha Danny! Estão acusando a gente de termos tido a idéia de jogar a farinha. - Dougie falou para Danny parecendo absurdamente ofendido.
- Hum... - Danny concordou com a cabeça e não falou mais nada.
- Não vai se defender? - Dougie perguntou estranhando o amigo não entrar na palhaçada.
- Hum, não?! - Danny olhou para ele, erguendo uma sobrancelha. - A idéia foi minha, não foi?
- PUUUUTZ! Muito lerdo. Só ele mesmo pra se entregar assim. - Harry riu junto com os outros.
- Então a idéia foi do Danny? - perguntou, olhando para o menino.
- Bem, mais ou menos. Quer dizer, a idéia foi dele, mas eu topei na mesma hora. - Dougie se enrolava, mas assumiu sua culpa.
- É. E eu e o Harry tentamos impedir. - Tom prosseguiu.
- Ahh, claro, nós vimos como vocês estavam tentando impedir. - concordou ironicamente.
- Não, é que a gente estava tentando tirar a tigela da mão deles, e eles tentando tirar da nossa. - Harry continuou.
- Lógico, era uma idéia muito inteligente. - , assim como , concordou ironicamente.
- Vocês duas querem parar de zoar a gente? - Tom pediu rindo. - Nós não tínhamos nenhum outro modo, estando daquele tamanho.
- Ahh, que graça. Como fomos cruéis os acusando, não é mesmo? - perguntou olhando para as meninas.
- Demais! - riu. - Estou tão arrependida.
- Você não se mete, pentelha. - apontou o dedo pra amiga. - Você tava adorando.
- Que calúnia... - reclamou.
- Na próxima vez ela vai se juntar a nós. - Dougie riu e levou um beliscão de , que o mandou ficar calado.
- Sim, e nessa próxima vez vocês serão grandes o suficiente para limparem sozinhos. - respondeu.
- Aí não vai ter graça. - Danny completou.
- Bom... Pra vocês não. - disse. - Mas a gente vai se divertir um bocado vendo vocês tentando limpar tudo.
- Acho que não quero mais brincar não, Dougie. - olhou para o menino ao seu lado fazendo bico.
- Engraçado que minha vontade passou também. - Dougie concordou, enquanto os demais reviravam os olhos, rindo deles.

Capítulo 3


Depois de esclarecerem a história da farinha, eles ainda conversaram sobre a Ceia na noite anterior, onde todos riram da cara de Harry, por causa das azeitonas. Curiosamente, ele foi o único que não achou graça. Falaram sobre a festa de Harry, onde todos se divertiram muito. Os meninos declararam uma recém e arrebatadora paixão por brigadeiro, aquele doce difícil de pronunciar o nome e difícil de parar de comer. Após algum tempo, os assuntos foram morrendo e todos ficaram calados.

- Ei, vamos fazer alguma coisa? - perguntou, cansada de fazer nada.
- O que você sugere? - perguntou, desviando seu olhar de Danny, que ainda evitava olhar em sua direção e mirando .
- Sei lá. Eu só não queria ficar aqui morgando o dia inteiro. - deu de ombros.
- É verdade. Estamos praticamente sem ver luz do dia e ar puro há uma semana. - concordou.
- Mas não seria legal se a gente saísse e algum paparazzo nos visse com os meninos. Já iam começar a inventar besteiras. - lembrou.
- E quem se importa? - Harry ergueu as duas sobrancelhas para .
- Existem lugares que os famosos vão exatamente para serem fotografados. A gente simplesmente sabe que nesses locais sempre tem fotógrafos. Se não quisermos ser clicados... - Tom deixou a frase no ar, que foi logo completada.
- É só evitar esses lugares. - Danny piscou para , com um sorrisinho. Já estava deixando de lado o assunto da , pensaria nisso outra hora. Ficar remoendo e pensando que ela o odiava não iria levar a nada. Que falta de percepção da parte dele, não entender o que se passara na cozinha.
- Maneiro! - se animou, levantando-se. Em seguida sentou novamente. - Mas aonde vamos?
- Onde a gente pode ir com elas, dudes? - Dougie perguntou, tentando pensar em algum lugar.
- Poderíamos ir a algum parque. - Danny sugeriu.
- Descartado. - Harry balançou o dedo negando. - É inverno. Está tudo coberto de neve, Danny. Se fosse outra estação, seria ótimo, porque os parques são realmente lindos e enormes. - Ele terminou olhando para as meninas, como se estivesse querendo contar a elas como era o lugar.
- Eu não me importo de ver mais neve. Quer dizer, a gente quase não conseguiu ver, somente naquele fatídico dia da farinha. - completou dando uma risadinha.
- Vocês nunca haviam visto neve antes? - Danny perguntou espantado.
- Hum... Não! - disse, olhando-o.
- Por isso pareciam tão empolgadas. - Tom comentou com os meninos. - Como crianças.
- Dude, elas agem como crianças quase sempre. - Harry respondeu ao comentário de Tom e as meninas ficaram se entreolhando.
- Parece que ao invés de 19, têm 8 anos. - Dougie se juntou à conversa e esperava Danny soltar alguma piadinha também, mas não deu tempo.
- Ei, estamos aqui ainda. E não ficamos surdas. - reclamou.
- Quem parece que tem 8 anos, Dougie Poynter? - perguntou puxando de leve a orelha dele para que ele a encarasse. Dougie fez uma cara fingida de dor.
- Hum... Você? - Dougie se encolheu quando ela começou a fazer cócegas em sua barriga. - Eu! Eu! Sou eu. Pára, por favor. - ria da cara de Dougie e ele ria por causa das cócegas.
- Quem parece que tem 8 anos? - perguntou para os demais, olhando com a sobrancelha erguida para os dois jogados no chão.
- Eles! - Todos responderam em couro, alguns rindo da cena, outros encarando e o restante zoando.
- Quanto tempo você acha que eles demoram pra se pegar? - Danny perguntou olhando para os meninos.
- Eu não daria três dias. - respondeu rindo.
- Eu diria que de amanhã, eles não passam. - Tom falou analisando a situação. A essa altura já havia parado, pois se continuasse acabaria matando o pobre menino, mas eles dois ainda riam, com falta de ar.
- Vamos fazer um bolão? - sugeriu rindo.
- Bolão de que? - entrou na conversa e todos negaram que estivessem falando sobre algum bolão.
- Mas eu ouvi. - cutucou Dougie deitado no chão, que se encolheu achando que seria massacrado novamente. - Não vou fazer isso. - Riu. - Você os ouviu falando de um bolão?
- Bolão? Falando em bolão, ainda tem aquele bolo delicioso do aniversário do Harry? - Dougie mudou completamente de assunto.
- Hum... Sim. - comentou.
- Que bom! - Dougie comemorou sozinho.
- E o bolão, gente? - parecia não querer desistir.
- Você entendeu mal. O que aconteceu foi que Danny sugeriu que a gente fosse andar de BALÃO! - explicou pausadamente, como se fosse retardada. O que não deixava de ser verdade.
- Nossa, mas o Danny só tem idéia mongol mesmo! Com esse frio?! - Dougie comentou dando um pedala em Danny.
- Sempre sobra pra mim. - O menino suspirou, revirando os olhos e todos riram do balão/bolão, menos Dougie e que obviamente não tinham visto a piada, só riram de Danny mesmo, que acharam ser o motivo dos demais risos. Ingênuos.
- Seguinte, cambada. - Tom começou a falar atraindo a atenção dos outros. - Podemos fazer alguma coisa, que eu ainda não sei o que, e depois passar por algum parque para elas poderem brincar na neve como querem e aí voltamos para casa. Que tal?
- Perfeito. Mas o que vamos fazer? - Dougie riu.
- Grrr... Levanta todo mundo, vamos nos arrumar e quando todo mundo estiver pronto, desce que a gente decide. - falou, sendo a primeira a levantar do sofá. Em seguida todos fizeram o mesmo, rumando para a escada. Os pertences das garotas ainda estavam no quarto de cada garoto, por isso os casais estavam entrando cada um em um quarto. parou no pé da escada que dava para o quarto de Tom e chamou todo mundo de volta para o corredor.
- Galerinha mais ou menos... De noite não vamos dormir assim em casais não, né? - falou, sem mirar Tom, pois ficara com vergonha.
- Poxa, que desfeita. - Tom abaixou a cabeça de brincadeira.
- ‘Ta mal na fita, hein, Tom. Se eu fosse você, até ia embora agora. - Harry deu um tapinha de leve nas costas de Tom.
- Não! - se pronunciou. - Não foi isso que quis dizer, não me leve a mal, Tom. - Ela se enrolava tentando explicar.
- Tudo bem, , eu supero. - Tom fez biquinho.
- Pára! - empurrou Tom pelo ombro, levemente. Depois riu. - Não faz isso. Vocês me entenderam.
- Sim, sim, entendemos. - Danny concordou rindo.
- Podemos fazer o seguinte... - Dougie começou e todos o olharam. - Dois meninos em cada quarto e duas meninas em cada quarto, pode ser?
Todos pareceram achar a idéia razoável e concordaram que assim seria. Tom e Harry ficariam no quarto de Tom, Danny e Dougie, no de Danny, pois eram os menores quartos e eles queriam parecer educados cedendo os maiores quartos para as garotas. e ficariam com o quarto de Harry e e , com o de Dougie.
- Certo. Resolvido então. - encerrou o assunto, empurrando Dougie para dentro do quarto dele para que pudessem se trocar logo. Dougie fechou a porta atrás de si e nem percebeu que todos encaravam a sua porta.
- Eu acho que não vai chegar nem até amanhã. - comentou analisando a situação.
- Tão rápido assim? - pareceu horrorizada. - Credo!
- É o desespero, , é assim. - Tom fingiu consolar a menina, passando a mão em sua cabeça e logo se virando para finalmente subir para o seu quarto com em seu encalço. Os outros quatro entraram nos quartos, também fechando as portas.


****

- Obrigado. - Harry disse para , após fechar a porta atrás de si. , que se encontrava perto de sua mala, virou-se para encarar Harry.
- Pelo quê? - Arqueou a sobrancelha, curiosa.
- Por tudo. - Harry sorriu e se aproximou de . - Por ter cuidado de mim, por ter cuidado das minhas coisas como se fossem suas, pela festa, pelo Natal. Obrigado.

sorriu docemente para ele e no segundo seguinte sentiu um par de braços apertá-la em um abraço. Se fosse há uma semana, ela teria ficado petrificada e histérica ao ser abraçada por Harry Judd, mas naquele momento não passava pela sua cabeça que estava abraçando seu ídolo, e sim uma pessoa que havia se tornado mais importante em sua vida do que ela jamais pensou que seria. Retribuiu o abraço, contente por parecer ser um sentimento recíproco. Quando Harry afrouxou os braços, se afastou um pouco e deu um beijo na bochecha esquerda da menina.

- É verdade que você dorme com minha foto do seu lado na cama? - Ele riu ao ver ficar extremamente sem graça.
- Ahh, Judd. Vou te matar! - empurrou os braços dele, rindo e correndo atrás dele no quarto.
- Você não prefere dormir comigo DE VERDADE ao seu lado na cama, não? - Ele perguntou rindo, a uma distância segura de onde se encontrava.
- Corre. - falou cerrando os olhos e continuou correndo.

****

- A bagunça aqui do lado parece estar boa. - Dougie comentou com , que estava esparramada em sua cama, ouvindo as risadas de Harry e .
- Sim. - riu.
- Você vai ficar aí deitada? - Dougie perguntou, sentando-se na beirada da cama. - Não vai se arrumar?
- Vou. - Ela sorriu ao olhar para ele e depois fechou os olhos. - Vai você primeiro.
- Sabe o que me passou pela cabeça agora? - Dougie comentou, ainda sentado ao lado dela.
- Nada, como sempre. - Ela riu, ainda de olhos fechados.
- Há, há, engraçadona você. ‘Ta muito abusadinha. - não sentiu Dougie se aproximar. – Não... REVANCHE. - E começou a fazer cócegas nela que começou a rir sem parar, tentando afastá-lo.
- Isso... Não... Vale. - Ela tentava falar em meio às risadas.
- Vale sim. - Dougie ria das gargalhadas que a menina dava. Quando viu que em pouco tempo ela não respiraria mais, parou. Que gentil.
- Argh... Você quer me matar. - Ela não conseguia parar de rir, como sempre acontece depois que as pessoas riem demais.
- Sabia que seu sorriso é lindo? - Dougie comentou, casualmente.
- Sabe que nunca tinham me dito isso? - Ela sorriu para ele. - Obrigada.
- Oh, não precisa agradecer. - Dougie levantou. - É só continuar sorrindo para mim. - Entrou no banheiro, de modo que não viu o rosto da menina ficar extremamente vermelho.


****

Danny entrou no quarto após , e fechou a porta, sentando na cama, pensativo.
- Daniel, você quer fazer o favor de me explicar porque me fez aquela pergunta e porque está me evitando?!
- Eu perguntei porque... Porque eu queria saber ué. E estou te evitando porque agora eu já sei.
- Já sabe o que?
- Você confirmou! - Danny levantou, ficando de frente para a menina.
- Confirmei o que? Que eu te odeio? - o olhou com os olhos levemente arregalados e o viu virar o rosto. - Garoto, você é mais lesado do que eu pensava. Eu nunca disse que te odiava. Você entende tudo errado. Eu achei foi uma palhaçada você pensar numa possibilidade dessas. - Ela olhou para outra direção também. Ficaram alguns minutos em silêncio.
- Então, quer dizer que você não me odeia? - Danny perguntou dando um sorrisinho fofo e chegando perto da menina.
- Vai catar cebolinhas no asfalto, Jones. - esticou o braço para empurrar o menino, mas ele foi mais rápido e a puxou para um abraço. - Ai, você está me esmagando, Danny. - falou com a voz abafada no peito dele.
- Eu também gosto muito de você. - Danny soltou , indo em direção ao banheiro enquanto assobiava uma canção qualquer.
revirou os olhos e jogou as mãos para o alto pedindo clemência.
- Eu mereço.

****

- Tom, qual casaco eu visto? - mostrava dois casacos para o menino sentado na cama.
- , você fica linda de qualquer jeito. - Tom ficou vermelho ao dizer isso, mas nada comparado ao tom no rosto de .
- TOM! - escondeu o rosto com os casacos, fazendo Tom rir. - Pára, você está me deixando sem graça.
- Você também fica bonita assim. - Agora ele já não estava mais ficando encabulado, ele somente ria das caras da menina.
- Pára! - também estava rindo por trás dos casacos, rindo de vergonha.
- Ok, ok, eu paro. - Tom se rendeu e viu tirar os casacos, vagarosamente, do rosto. - Eu acho que você devia colocar esse vermelho, para amenizar a cor que suas bochechas estão agora. - E começou a rir quando tacou os dois casacos em cima dele rindo também.
- Não me zoa. Senão eu faço você ficar da cor desse casaco também.
- Hum... Isso é uma ameaça ou uma promessa?
- Você ‘ta de sacanagem com minha cara? Você acordou hoje pensando: vou tirar o dia para sacanear a ? - foi até o menino pegando o casaco que havia escolhido e quando estava indo para o banheiro, sentiu sua mão ser puxada na direção dele. Depois de receber um beijo na bochecha, ela olhou de rabo de olho para ele, com um sorrisinho e o empurrou para a cama de novo, indo, finalmente, para o banheiro.

****

Após algum tempo, todos se encontravam na sala, prontos para sair.
- Então, já decidiram algum lugar legal pra gente ir? - perguntou, olhando os meninos.
- A gente poderia ir ao boliche. - Danny deu outro palpite.
- Mas lá é um lugar extremamente fácil de sermos reconhecidos. - Harry lembrou.
- Ah, a gente vai disfarçado. - Danny deu de ombros.
- Jones, com essa sua blusa xadrez azul e vermelha, nem que você faça plástica deixará de ser reconhecido. - comentou, fazendo cara de sábia, enquanto todos gargalhavam na cara do menino.
- Dude, a gente já te avisou pra parar de usar essa blusa. - Tom falou, rindo.
- Ela já deve até saber o caminho de casa sozinha. - completou, rindo.
- É bom que ele não se perde, né!? Do jeito que é lerdo, é capaz de esquecer onde mora, aí a blusa traz ele. - Dougie entrou na brincadeira também.
- Essa blusa parece saber todos os caminhos, menos o da máquina de lavar. - soltou uma gargalhada, sendo acompanhada pelos outros.
- ‘Ta bom, gente. Eu 'to aqui, ’ta? - Danny sorriu com os comentários e passou a mão na camisa. - É de estimação.
- Deve ser da sorte também. - comentou, rindo.
- Como você adivinhou? - Danny sorriu feliz.
- Ai meu Deus. - Harry bateu com a palma da mão na testa.
- Chega. - tentou pôr ordem na casa. - Vamos ficar parados, em pé, aqui no meio da sala, encapotados? Eu 'to começando a ficar com calor.
- É, vamos decidir agora. - Danny bateu o pé no chão, querendo mostrar moral.
- Fica quieto aí. - Harry deu um pedala em Danny.
- Eu tive uma idéia. - levantou a mão.
- Qual? - Tom perguntou.
- Por que não vamos a alguma atração turística? Onde tem tantos turistas não tem muito paparazzi, né? É mais fácil se nos infiltrarmos no meio deles.
- Isso está parecendo à trama de uma operação da Scotland Yard. - disse, esfregando as mãos, empolgada.
- Mas é quase tudo ao ar livre, vocês não estão acostumadas a tanto frio. - Dougie lamentou, pois era uma idéia realmente boa.
- Sei de uma atração BASTANTE turística que não é ao ar livre. - Danny sorriu, como se tivesse sido iluminado.
- Lá vem. - rolou os olhos e suspirou.
- Não subestime minha inteligência, . - Danny fez uma carinha triste. - Às vezes ela funciona. - Todos riram.
- Certo, fala logo sua idéia brilhante, gênio. - Harry pediu impaciente.
- O Museu de Cera. - Danny abriu seu grande e lindo sorriso bobo-alegre, feliz de ter tido uma idéia boa.
- GENIAL! - Tom bateu no ombro de Danny. - Cara, surpreendente.
- Você se superou. - Dougie deu um tapinha nas costas de Danny.
As meninas sorriram para ele, enquanto este estufava o peito se achando o herói.
- Finalmente uma das minhas idéias foi aceita.
- Desculpa, Danny. - apoiou sua mão no ombro de Danny. - Você tinha razão. Às vezes ela funciona.
- Vamos logo, gente! - já estava com a porta aberta, por onde e já haviam passado. - Já perdemos tempo demais.
Todos seguiram em direção à porta, Tom e Harry pegaram as chaves de seus carros e saíram. Antes tarde do que nunca.

Capítulo 4


Eles haviam se dividido para caber em dois carros. e foram ao carro de Tom, com Danny. e foram com Harry e Dougie. Os meninos faziam perguntas sobre a vida delas no Brasil e elas tagarelavam todas suas aventuras.
- Um instante. - Harry falou, interrompendo que estava no meio de uma emocionante narrativa sobre o dia que elas se fantasiaram para tirar fotografias no meio do shopping e como todas as pessoas paravam para olhar e rir, claro. - Falando em fotografias, alguém trouxe uma máquina fotográfica?
- É mesmo, dude, ir ao Museu de Cera e não tirar fotos não tem a mínima graça. - Dougie completou.
- Eu trouxe! - falou feliz. - Ela não sai da minha bolsa, de modo que está sempre comigo para qualquer lugar que eu vou. Nunca se sabe o que podemos encontrar, não é mesmo?
- Mas que prevenida é essa minha amiga. - comentou, dando tapinhas nas costas de . - Estou orgulhosa, xuxu.
- Obrigada. - agradeceu fazendo uma carinha fofa.
- Estamos quase chegando, meninas. - Harry anunciou.
- Já? - se espantou com a rapidez.
- É domingo, Natal, inverno. Você queria que tivesse alguma espécie de congestionamento?
- Gente! É Natal, será que vai abrir? - lembrou e parece que ninguém havia pensado nessa possibilidade.
- Merda. - Dougie deu um soquinho na porta do carro.

****

- . - Danny chamou a menina, que olhava distraída pela janela do carro.
- Sim. - Ela desviou seu olhar para Danny e sorriu.
- Posso te fazer uma pergunta? - Danny sempre começava assim, mas dessa vez ele conservava um ar de riso.
- Acho que sim. - Ela respondeu meio apreensiva.
- Relaxa, dear, estou aqui com você. - disse, segurando a mão de . - Eu te protejo desse ser anormal chamado Danny Jones. - Tom ria da conversa, sozinho ao volante.
- Por que todo mundo gosta de me zoar? - Danny perguntou olhando para o painel do carro. E os outros três responderam juntos, "Porque é bom" e riram da coincidência.
- Está bem, Danny, faça sua pergunta. - falou, colocando a mão no ombro do menino, por cima do banco.
- Ah, é. - Danny sorriu e virou-se para trás novamente. - Me conta como foi a experiência de limpar a bunda do Poynter e trocar a fralda dele.
Todos no carro explodiram em gargalhadas, embora tenha ficado ligeiramente corada.
- Ai, Danny. Eu passo essa pergunta. - Ela tentava recuperar o fôlego. - Deixa só o Dougie ouvir você falando isso.
- Não vai fazer diferença. Eu sou muito maior que ele. Ele tem medo de mim. - Danny falou, sorrindo convencido.
- Certo. - Ela concordou rindo.
- Tom, falta muito? - perguntou após um tempo, depois que todos estavam calados.
- Não, , estamos quase chegando. - Tom respondeu, observando o caminho. - Espero que esteja aberto. Afinal, hoje é Natal.
- Ih, é mesmo. Acho que ninguém tinha pensado nisso. - comentou.
- Ah... Tem que estar aberto! - Danny reclamou. - Foi minha idéia, foi aceita. Se tiver fechado, vai ser mais um motivo pra me sacanearem.
- Oh, tadinho. - Tom brincou.

****

Os dois carros chegaram praticamente juntos. Todos saíram e se encontraram na calçada. As meninas olhavam para todos os lados, registrando as cenas em suas memórias. Era tudo completamente diferente do que elas estavam acostumadas. Estavam em uma rua residencial, onde as casas de estilo vitoriano elas só haviam visto em filmes, e na rua da casa dos meninos, mas quase não tiveram oportunidade de apreciar.
- Ai, olha. - apontou para uma casa, que para os meninos era completamente normal. - Que casa fofinha.
- Linda. - olhava com os olhos brilhando. - Parece de “Um Lugar Chamado Notting Hill”.
- Mas não tem a portinha azul. - lembrou.
- Estamos perto de Notting Hill, meninos? - perguntou interessada.
- Não muito. Estamos no norte. Notting Hill é para o oeste. Mas dependendo do transporte que você usa, chega em 5 minutos.
- Que eficiência. - comentou deslumbrada. - No Rio, em 5 minutos não chego nem na esquina da minha casa.
Os meninos se entreolharam meio assustados, mas não comentaram nada.
- Vamos. - Tom falou, começando a andar. - É ali na outra rua.
Conforme andavam, viam que todas as casas eram praticamente iguais. TODAS. E mesmo assim, elas continuavam achando todas lindas. Em alguns minutos avistaram uma enorme cúpula parabólica verde-água, que se destacava do restante do cenário.
- É aqui? - perguntou, observando a construção.
- É, sim. - Danny respondeu, sorrindo para ela. - Vamos.
Conforme se aproximavam, tornavam-se visíveis as letrinhas amarelas na enorme faixa vermelha que circundava a borda da cúpula.
- Madame Tussauds. London. - leu e sorriu.
- Ai que chique, gente. - sorriu. - Olha onde a gente está.
- Um luxo. - concordou.
- Olha... - era a única que não olhava igual uma pateta para o museu. Na verdade, ela olhava igual uma pateta para o outro lado da rua. - Não é o Sherlock Holmes ali?
- Não. - Dougie respondeu sério. - É uma estátua dele.
- Demente. - deu um pedala no menino, que riu, e voltou a admirar a estátua. - Por que tem uma estátua dele ali?
- Está vendo essa grande rua aqui na frente, perpendicular a essa que estamos? - Harry apontou para frente.
- Estou. - Ela respondeu, observando.
- É Baker Street.
- Não brinca? - gritou, abrindo caminho entre os meninos para poder olhar a rua também. - Eu ‘to no paraíso. Agora só falta eu ver a Abbey Road, cara.
- Bom, se vocês ficarem mais tempo aqui com a gente, podemos levá-las a Liverpool. - Tom falou, chantageando e sendo apoiado pelos meninos.
- Tentador. Outra hora pensamos no seu caso. - respondeu, sorrindo ironicamente e caminhou em direção a um guarda perto da entrada do museu. - Com licença, senhor. O museu está aberto hoje?
- Sim, senhorita. Está aberto. - Ele concordou. - E aproveitem que não tem muita fila.
- Ahh, que bom. - sorriu para ele. - Obrigada e Feliz Natal.
- Feliz Natal, senhorita. - Ele acenou com a cabeça, sério.
- Eles são sempre assim? - perguntou à Dougie que estava por perto enquanto ela falava com o guarda.
- Ah, sim. Em geral, sim. - Dougie afirmou. - Vamos, galera, ‘ta aberto.
- Ufa! - Danny suspirou. - Que alívio no coração.
- Bicha. - Tom comentou passando por ele.
- Ei, que abuso. A bicha da casa é você, não eu. - Danny reclamou.
- Fica quieto e vamos logo. - Tom mandou, se dirigindo à bilheteria.
Os meninos, obviamente pagaram as entradas das garotas. Querendo parecer cavalheiros ou não, elas não tinham dinheiro mesmo. Ainda bem, pois o ingresso daquele evento era uma verdadeira facada no estômago.
- Ô, cidadezinha cara, meu. - reclamou quando andavam em direção ao elevador.
- Vocês não compraram ingresso para Câmara do Terror não, né? - perguntou para Harry, enquanto eles também se dirigiam para o elevador.
- Hum, não. - Harry negou. - Achei que vocês fossem medrosas.
- Pô, qual é? Não somos medrosas, não. - negou, com a maior cara de mentirosa, o que fez Harry olhá-la com uma sobrancelha erguida. – ‘Ta bem. Você venceu. Somos sim.
- Sabia. - Ele disse, convencido.
Todos já estavam dentro do elevador, subindo para começarem a ver as atrações. Quando as portas do elevador se abriram, milhares de flashes começaram a pipocar na cara deles. Era uma parede, coberta de fotos de fotógrafos, onde as luzes piscavam simulando flashes de máquinas fotográficas, de modo que os visitantes poderiam sentir-se famosos por alguns instantes. Os meninos nem deram atenção, afinal, eles ERAM famosos e aquilo acontecia a todo instante. Mas as meninas acharam incrível e queriam ficar ali paradas fazendo poses. Quando os meninos, finalmente, conseguiram movê-las da frente da parede, elas começaram a tagarelar.
- Caramba. - passou a mão na testa. - Por um momento eu pensei que fossem paparazzi mesmo. Já ia começar a reclamar sobre como eles teriam descoberto que os meninos estavam aqui.
- Que lesada. - zoou a amiga rindo.
- Você viu aquela pose que eu fiz de homem-aranha? - comentou feliz com , que somente revirou os olhos rindo.
Conforme iam andando pela entrada, eles começavam a observar os bonecos, que eram assustadoramente reais. Alguns pareciam muito com o ator ou atriz em que haviam sido inspirados, outros tinham umas feições estranhas que os afastavam da realidade, mas ainda assim eram muito bem feitos.
- Gente, ‘to com medo. - comentou, olhando nos olhos do Brad Pitt.
- Você ‘ta doida? - falou indignada. - Quem fica com medo olhando pro Brad Pitt?
- Você já assistiu a Casa de Cera? - falou, ainda observando de perto. - Eles podem ser pessoas de verdade, que foram enceradas vivas.
- Honey, você precisa parar de ver esses filmes. O Brad estava ontem no programa da Oprah. - falou, compreensiva ao retardamento da amiga.
- A Oprah é ao vivo? - perguntou séria.
- Chega. - empurrou para longe de Brad. - É um B-O-N-E-C-O.
Os meninos riam da conversa delas, enquanto passavam a mão na bunda da Angelina Jolie, que estava ao lado de Brad, claro.
- Gente, quero tirar foto com o Will. - correu empolgada para perto de Will Smith, mas parou ao ver que alguém estava fotografando. Obviamente, não queria sair na foto de um estranho. Ficou parada, esperando terminarem.
Após algum tempo, Danny se aproximou de para perguntar o porquê de ela estar parada ali, olhando.
- O que houve, ? Você não queria tirar uma foto com o Smith?
- Sim, mas estou esperando aquele japinha ali terminar de tirar a foto dele. Que homem demorado, cara. Ele já tirou umas cinco fotos. - Quando ela terminou de falar, ouviu os amigos gargalhando de sua cara. - O que foi? - Perguntou inocente.
- É um BONECO, . - Tom falou, rindo muito da cara de , que começava a ficar rosada de vergonha.
- Isso é um boneco? - se aproximou do tal japinha e observou atentamente, depois começou a rir também. - Não acredito. Me enganou direitinho.
- É o objetivo dele. - Danny riu. - Depois eu que sou lerdo. Ham-ham. Vamos tirar logo sua foto.
Todo mundo tirou foto do lado de Will e permaneceram por um tempo ali por perto, vendo um monte de turista mongol igual à cair na brincadeira do boneco fotógrafo. Naquele ambiente, tiraram fotos com todos os bonecos e prosseguiram por um corredor até chegar a uma sala pequena e meio escura. Quando as meninas viram do que se tratava, quase enfartaram.
- OH MEU DEUS. É o Jack! - gritou, apontando para o boneco no centro da sala.
- Que Jack?? Do Titanic? A Rose está aí também? - gritou dos fundos. Como tinha ficado por último, ainda não tinha conseguido ver nada da sala seguinte.
- Claro que não, sua retardada. - brigou. - JACK SPARROW.
- Ahhhhhhhh, JOHNNY! - queria entrar logo, mas estava com a passagem impedida por e Harry, que observavam um boneco vestido de pirata logo na entrada da sala. analisava cada detalhe, achando aquele museu cada vez mais fascinante pela perfeição dos bonecos. Quando estava bem próxima, o "boneco" virou seus olhos na direção de e mexeu os braços. Harry quase ficou surdo com o grito que deu em seu ouvido, mas achou compensador o fato de ela tê-lo agarrado de medo em seguida.
- Desculpe. - ficou sem graça por ter se jogado em cima de Harry e se afastou.
- Sem problemas. - Harry sorriu, deixando com uma cara meio abobalhada. - E você disse que não era medrosa.
- Isso é outra história. - desconversou, rindo e entrando de vez na sala. - JOHNNY!
- Pô, assim eu fico surdo. - Harry tapou os ouvidos, pois tinha gritado neles, novamente. - É só um boneco.
- SÓ UM BONECO? - olhou ameaçadora para ele. - É O JOHNNY, meu futuro marido.
- Eu achei que fosse eu. - Harry deu um sorrisinho de lado para ela. - Mas já está me traindo. - Reclamou, vendo revirar os olhos.
- AI, CACETE! - Todos ouviram gritar e olharam para a porta.
- O que houve, ? - Danny perguntou, preocupado.
- Esse cara me assustou! - Ela apontou para o pirata que tinha acabado de assustar .
- Você não me viu me assustando com ele? - perguntou.
- Vi. Mas me assustei mesmo assim. - falou, olhando para o chão e arrastando um pé no soalho.
- Fala sério. - voltou a babar em Jack Sparrow.
- Nossa, como ele é perfeito. - dizia, rodando em volta do boneco e analisando admirada.
- É um boneco muito bem feito esse. - Dougie concordou.
- Não, eu estou falando do Johnny Depp mesmo. - continuou olhando. - Maravilhoso, lindo.
- Hunf. - Dougie fingiu que nem estava escutando.
- Ele eu queria que tivesse sido encerado vivo. - declarou.
- O que? - Dougie se espantou. - Por quê?
- Porque aí eu ia ajudar ele, tirar toda a cera e ele voltaria ao normal, ficaria feliz e agradecido por eu tê-lo salvado e como eterna gratidão, me pediria em casamento, então viveríamos felizes para sempre. - Terminou de falar, sonhadora. Dougie nem se deu ao trabalho de responder, virou, largando a menina falando sozinha, enquanto um casal que estivera próximo tirando fotos, saía falando sobre o fato de que pessoas desse tipo deveriam ser internadas em um manicômio e não ficarem assim, soltas no meio da sociedade.
Continuaram o caminho e chegaram a uma grande sala, maior que a primeira onde ficavam os atores mais clássicos, como Sylvester Stallone, Whoopi Goldberg, Robin Williams. Personagens como Indiana Jones, Hulk, dentre outros. Algumas outras celebridades, como Elvis, Charles Chaplin e Marilyn Monroe.
- Olha, gente. - Dougie apontou para um boneco no canto da sala. - O James ia querer ver esse.
- Michael Jackson. - comentou feliz. - Antes de algumas plásticas.
- É claro, porque se fosse depois de todas, ele teria que ser movido para Câmara do Terror. - Danny falou, rindo de sua própria piada, mas logo todos riram também.
Andaram por mais algumas salas, vendo figuras políticas e reais. Celebridades esportivas, inclusive Ayrton Senna. A Rainha, os príncipes e a princesa falecida. Shakespeare, Van Gogh e Einstein. Era como entrar em um túnel do tempo. Mais adiante chegaram a uma parte que era de interesse comum. Algumas celebridades da música. Todos quiseram tirar foto com os Beatles, sem dúvida, era unânime. Pediram para um casal próximo, tirar uma foto em que todos aparecessem juntos, com os Beatles. Mesmo cantores que eles não gostavam, entraram nos cliques. Os meninos quiseram tirar uma foto com Freddie Mercury e foi nessa hora que o sossego deles acabou. Ficaram os quatro parados, fazendo uma pose, em frente ao Freddie, enquanto as meninas batiam fotos. Perto deles, uma adolescente parou para observar junto com sua mãe e eles não puderam deixar de ouvir os comentários.
- Olha, mãe! - A menina apontou para os quatro. - É o McFLY. Eu não sabia que tinham feito bonecos de cera deles.
- Deve ser bastante recente, querida. - A mãe falou, observando os meninos. - Qual é seu preferido mesmo?
- Eu não tenho. Não consigo escolher. - A essa altura as meninas riam disfarçadamente e os meninos quase quebravam uma costela para segurar o riso deles e permanecerem imóveis. - Eles são todos tão gostosos. Não dá pra escolher um.
- É, tem razão. - A mãe concordou. - Aquele ali é uma gracinha mesmo. Tem uma bunda interessante.
- Mãe! - A menina exclamou rindo junto com a mãe. E os meninos não se agüentaram, caíram na gargalhada junto com as meninas, vendo a garota e a mãe ficarem assustadas e um pouco sem graça.
- Desculpem. - Tom se aproximou da menina e logo os outros meninos se juntaram. - Não estávamos tentando enganar as pessoas, só queríamos bater uma foto com nosso ídolo, mas foi engraçado.
- Tudo bem, querido. - A mãe da menina sorriu simpática após o susto. A garota não se mexia. - Filha?
- OH MEU DEUS, É O MCFLY! - Ela berrou depois que seu choque passou. Todos levaram um susto e quem estava na sala virou seus olhos para eles, para ver o que estava acontecendo. Como a maioria era turista de países distantes, não faziam a mínima idéia do que seria McFLY, mas quem conhecia se aproximou para conferir e pedir um autógrafo. Após autografar uns 10 papéis, uma bochecha e duas barrigas eles estavam livres para continuar o passeio pelo museu.
- Gostei de ver. - comentou, dando tapinhas nas costas de Tom e Danny.
- Sim, trataram os fãs muito bem. - falou, sorrindo.
- Aprenderam. - riu, andando ao lado de Dougie.
- Precisamos vir do outro lado do oceano para ensinar boas maneiras. Era só o que faltava. - falou, rindo da cara deles.
- Engraçadinha. - Harry fez cócegas na barriga dela.
Continuaram o passeio e agora faltava pouco. Viram Hitler, Dalai Lama, Saddam e muitos outros. Três horas depois de entrarem no museu, eles saíam pela lojinha de suvenires, felizes. Haviam se divertido muito naquela tarde.
Antes de irem para o carro, as meninas quiseram tirar fotos com a estátua de Sherlock Holmes, afinal, já que estavam ali, queriam registrar cada detalhe. Como tinham prometido, levaram as meninas para um parque, de modo que elas pudessem brincar na neve, o que todos acabaram fazendo. Após anjinhos, guerrinhas e bonecos, estavam todos molhados e mortos de frio. A única coisa que lhes passava pela cabeça era uma lareira aconchegante e uma bela xícara de chocolate quente. Como não tinha lareira, teriam que se contentar somente com o chocolate.

Capítulo 5


- Bom dia. - Dougie desejou, em meio a um bocejo, para e , que se encontravam na cozinha, arrumando o café da manhã, apesar de já ser quase hora do almoço. No dia anterior haviam chego em casa e foram direto para um chuveiro quentinho. Quentinho até Dougie acabar com a água quente e deixar Danny e Tom tomando banho quase frio, o que os fez bater o queixo até sentir o chocolate quente passar por suas gargantas, enquanto se aconchegavam debaixo de uma coberta felpuda. Aquele dia estava particularmente frio e ter passado uma hora na neve não melhorou nada. Ficaram até tarde conversando e vendo TV, pois todos estavam com preguiça de sair dali para ir para a cama.
- Bom dia, Dougie. - desejou, sem desviar sua atenção da chapa onde fazia um misto. - Por que tão cedo?
- Não é cedo. - Ele falou, esfregando os olhos para ver se o embaçado passava.
- ‘Ta, não é, mas eu quero dizer, porque levantou antes de todos, você costuma ser o último.
- Ah, sei lá. Acho que senti falta da minha cama. - Ele deu de ombros.
- Oh, desculpe. - entrou na conversa. - Roubamos sua cama. Aliás, ela é bem confortável. - E sorriu ao receber uma careta de Dougie.
- Aposto que não mais que a minha. - Danny falou, enquanto entrava na cozinha.
- Só se for para vocês dois. - Dougie falou, apontando Danny e . - Porque para mim não era. Além de ter tido que dividir a cama com esse gordo.
- Ei, eu não sou gordo! - Danny reclamou.
- Já estão falando de mim tão cedo? - Tom entrou na cozinha, seguido de Harry que parecia estar dormindo ainda.
- Ninguém estava falando de você, Tom. - Danny falou, confuso.
- Ele acha que é o único gordo da casa, coitado. - Dougie sacaneou o amigo.
- Cala a boca, anão. - Tom respondeu, sentando-se na cadeira.
- A ainda não acordou? - Dougie perguntou, olhando para as meninas.
- Hum... Sentiu falta de dormir comigo, foi? - perguntou, entrando na cozinha, sorrindo com a cara amassada. Os presentes no recinto, que não eles dois, se entreolharam e deram um sorrisinho cínico.
- Talvez. Qualquer coisa é melhor que o Danny. - Dougie riu.
- Estúpido. - deu um pedala nele.
- Ai, porra. Eu ainda estou dormindo. - Dougie reclamou.
- Então sonha que estou te dando uma porrada. - Ela olhou séria para ele.
- Uhhh... - Danny bateu na mesa, imitando os tambores rufando. - Briga de casal.
- QUE CASAL? - Dougie e perguntaram ao mesmo tempo, com raiva.
- Patéticos. - falou, entrando e sentando-se à mesa, onde apoiou a cabeça. - Bom dia para todos.
- Parece que não foi só o Dougie que sentiu falta de sua cama. - brincou, indicando e Tom com a cabeça. não viu, pois ainda estava com a cabeça afundada em seus braços, quase dormindo novamente. Os outros riram. Harry, que ainda não havia se pronunciado desde que chegara, tinha um bom motivo. Babava no ombro de Danny e só faltava roncar para anunciar que só tinha levantado da cama, mas acordar estava fora de seus planos.
- Minha nossa, parece que ao invés de dormir de noite, vocês correram numa maratona. - comentava, enquanto bebia seu café. - Está todo mundo com cara de cansaço, dormindo em pé. Acorda, cambada.
- Dudes. - Ouviram uma voz abafada semelhante à voz de Harry, o que os fez olhar em sua direção novamente. – Eu ’to com vontade de tocar.
- JUDD! - Danny empurrou a cabeça de Harry que ainda estava encostada em seu ombro. - Temos meninas no recinto.
- Idiota. - Harry deu um tapa na mão que Danny havia usado para empurrá-lo. - Eu ‘to falando da batera, seu jumento.
- Ah, suspeitei desde o princípio. - Danny afirmou, levantando seu dedo indicador.
- É, pode crer. - Tom concordou com Harry. - Faz tempo que a gente não passa um som.
- A gente não tem nada pra fazer hoje mesmo. - Dougie deu de ombros. - Vamos ensaiar.
- Uhh, show exclusivo? - levantou as sobrancelhas repetidamente, sorrindo para as amigas.
- Somos vip's, honey. - falou, fazendo pose de metida.
- Tão se achando, olha só. - Dougie apontou com o polegar para elas, olhando os amigos.
- Elas podem. - Danny falou sorrindo para as meninas e em seguida mirou Dougie. - Afinal não é todo mundo que troca suas fraldas.
Ele não iria perder a oportunidade de zoar Dougie de novo, dessa vez na presença do próprio. Todos riram da cara contrariada de Dougie e das bochechas rosadas de .
- Você me paga. - Dougie apontou para ela.
- Ok, dá próxima vez você se limpa sozinho, valeu? - fez joinha para ele, arrancando mais gargalhadas e recebendo um simpático dedo do meio. - Poynter, você está muito mal educado hoje, não foi assim que te ensinei.
- Desculpa, mãe. - Ele disse, sorrindo angelicalmente.

****

- Aham… Aham! Bom dia a todos os presentes no recinto. - Danny fez uma voz de locutor, arrancando risadas das meninas.
- É boa tarde já, Jones! - Harry rodava as baquetas rapidamente pelos dedos, enquanto dava uma piscada sexy para , deixando-a vermelha como um pimentão.
- Como nosso queridíssimo baterista disse: "Boa tarde", doces senhoritas. - Danny fez cara de galã e mostrou um sorriso ultra colgate para as meninas. - Sejam bem-vindas ao nosso humilde estúdio. - Fez uma reverência.
- Que humilde, hein? - comentou, recebendo uma careta de Tom, que logo depois sorriu para ela, mostrando aquela covinha adorável.
- É mesmo, queria eu ter um estúdio humilde assim em casa. - comentou, olhando tudo com calma. Seu olhar se encontrou com o de Dougie, que a observava com um sorriso de lado.
- Nossa banda é composta por: Tom Fletcher, conhecido pelo seu gosto suspeito por roupas e sua covinha, o que na minha humilde opinião é a única coisa que se salva nesse ser. Harry Judd, o baterista que se acha à última raspinha da panela de brigadeiro, mas que na verdade, é nada mais, nada menos que uma pipoca queimada no meio da máquina no cinema. Dougie Poynter, um anão fugitivo do Banco de Gringotes que resolveu tentar a vida como baixista no mundo dos trouxas. E o integrante mais importante da banda, eu, Danny Jones, o guitarrista mais hot que o mundo já viu, com uma inteligência fora de série e uma voz insuperável. Juntos somos o McFLY!
As meninas ficaram olhando abobadas para Danny, que sorria mais do que nunca, absorvendo toda a informação. Dois segundos depois começaram a rir feitas loucas.
- Danny Jones: o palhaço da banda. - Tom falou enquanto os outros balançavam a cabeça concordando.
- Se esqueceu dos dentes, Tom! - Dougie falou, sorrindo para Danny que mandava um dedo do meio para ele.
- E da cara de idiota. - Harry gritou, enquanto pensava se atacava ou não as baquetas em Danny. - Não... São muito preciosas. - Murmurou para si mesmo.
- Esse menino não existe. - enxugava pequenas lágrimas, enquanto se lembrava da descrição de Harry. Ao olhar para ele, começou a rir novamente, fazendo Judd erguer a sobrancelha.
- Pior que é verdade! Essa foi a melhor descrição de uma banda que eu já escutei. - sorria para , que concordou com a cabeça.
- Quer dizer que vocês concordam com o que Danny falou? - Tom fez uma cara surpresa.
- Bom... Você realmente tem um gosto suspeito para roupas, Tom. Mas sua covinha não é a única coisa que te salva. E também, nada que um curso intensivo de como se vestir não resolva. - falou, com as bochechas coradas, evitando olhar para o menino, enquanto os outros riam descaradamente.
- Hum... Bom, é melhor encerrarmos esse assunto por aqui, antes que alguém morra. - piscou para Danny, que sorriu, fazendo uma cara fofa.
- É verdade! Vamos tocar antes que o nosso Fletcher tenha um colapso. - Dougie sorriu para Harry, que concordou com um sorriso. - Agora apreciem brasileirinhas, porque isso aqui é que é música.
- Não aquilo que vocês tentaram fazer. - Tom falou sorrindo para elas.
As quatro meninas levantaram uma sobrancelha enquanto os meninos riam da cara delas.

****

- Que horas temos que estar lá? - Tom perguntou, enquanto se sentava no sofá. Estava vestindo uma blusa social bege, calça jeans e um tênis all star marrom.
- Mais você está bem vestido hoje, hein! - Danny saiu da cozinha com um copo de água e parou para observar Tom. Ele estava com uma camisa social azul escura, calça jeans escura e um all star preto.
- É porque foi a que escolheu a roupa para ele. Enquanto o Tom tomava banho, ela entrou no quarto e deixou a roupa separada em cima da cama. - Harry observava o pouco movimento da rua. Trajava uma blusa verde musgo, calça preta e sapatos pretos.
- Hum... Então o tratamento intensivo já começou. Acho que só a para te colocar nos eixos. - Dougie olhou rapidamente para Tom, enquanto via um programa sobre répteis que passava na televisão. Estava todo de preto. Camisa social preta, calça preta e sapatos pretos.
- Que horas temos que estar lá? - Tom revirou os olhos, ignorando completamente os meninos.
- Acho que umas 22h, dude. - Harry olhou para o relógio e suspirou. Já eram 21h e 45min e nada das meninas aparecerem. - , cadê você? - Ele murmurou olhando para a escada, sem obter nenhum sinal dela.
- Mulheres são assim mesmo. Demoram, imaginem no dia do casamento. - Dougie mexia nos cabelos, pois estava começando a ficar nervoso com a demora também.
- Danny demora e não é mulher. - Tom sorriu de lado olhando para o amigo.
- Mas é o Danny, né? - Harry deu uma risadinha e resolveu sentar ao lado de Tom.
- Não sei se vocês perceberam, mas eu estou aqui. E eu demoro porque gosto de ficar arrumadinho. - Danny terminou de beber e se espreguiçou. Resolveu ver televisão, como todos os outros.
- E não é que valeu a pena você demorar, Jones?
Danny, assim como os outros, viraram a cabeça, ao escutarem a voz de .
Ao verem todas as meninas ali, não conseguiram conter a reação. Ficaram de boca aberta, olhando-as de cima à baixo.
- Vo... Voc... Você acha? - Danny estava visivelmente nervoso olhando para a menina. Ela usava uma blusa branca, frente única, decotada. Calça jeans clara e botas pretas. Segurava em uma das mãos seu sobretudo preto e sua bolsa.
- Uhum. - Ela corou, vendo o jeito que ele a olhava. Seus olhos se encontraram e ele deu um sorriso de lado para ela.
- O que você está vendo, hein, Dougie? - trajava um sobretudo bege, que se encontrava aberto, mostrando seu vestido preto e uma sandália de salto alto, também preta.
- Pernas. - Dougie falou sem pensar, babando em cima das pernas de .
- O quê? - Ela levantou uma sobrancelha e cruzou os braços, atraindo a atenção de Dougie para o decote do vestido. “Meu Deus, e agora que eu faço?“, o menino pensou aflito, vendo o que acabara de fazer.
- Répteis! 'Tô vendo répteis, é isso! - Dougie falou rápido, apontando nervosamente para a televisão. “Eu não acredito que falei isso em voz alta.“, pensou, bagunçando o cabelo, não percebendo que tentava conter uma risada.
Tom continuava olhando para . O menino não conseguia imaginar como ela pôde ficar mais bonita do que já era. Não conseguia desviar os olhos dos dela, depois de ter dado uma boa olhada, deixando-a bastante sem graça.
vestia uma blusa tomara-que-caia cinza, com pequenos detalhes dourados. Uma calça preta, de boca larga, combinando com suas botas de salto fino. Usava um coque um pouco frouxo, deixando alguns fios soltos, caindo pelo rosto. E segurava um casaco preto.
- Vejo que você vestiu a roupa que escolhi para você. Espero que não se importe com a minha intromissão. - deu um sorriso meigo para Tom, que ficou sem ar.
- Hum... Sem problemas, . Eu gostei. - Tom falou baixinho, tentando se recuperar.
Harry, no momento em que viu , se levantou e foi para perto dela. Deu o sorriso mais sedutor que pôde, fazendo a menina ficar sem graça.
- Boa noite, . Vejo que a minha espera valeu a pena. - prendeu a respiração, ao sentir Harry sussurrando daquele jeito em seu ouvido.
Harry deu um beijo demorado na bochecha da menina e se afastou, olhando como ela estava divina vestindo um vestido roxo escuro, com botas pretas.
- E seu casaco? - Harry perguntou, passando o braço pelos ombros dela.
- Er... Está pendurado ali no corredor. - sorriu sem graça.
- Ok. Mas se precisar, pode deixar que te esquento. - Ele sorriu marotamente e deu uma piscadinha para .
- Harry! - deu um tapa no braço dele, fazendo-o rir.
- Já que estamos todos aqui, acho que podemos ir. - Tom se levantou do sofá e procurou no bolso da calça a chave do carro.
- Vamos sim. Nos encontramos lá, já que não vai dar todos no mesmo carro. - Danny se levantou e foi para perto de . A menina ficou surpresa ao sentir os dedos dele se entrelaçando com os dela. Olhou para o lado e viu que ele estava vermelho, dando um sorriso tímido.
- Eu e o Tom dirigimos. O resto se divide aí. - Harry falou, ainda abraçado com , batendo levemente os dedos no braço dela.
- Obrigada por nos chamar de resto Harry! Fiquei comovida. - levantou uma sobrancelha, fazendo todos rirem.
- O Harry é assim mesmo. Esqueceu-se que ele pensa que é a última raspinha de brigadeiro? - Dougie piscou para , fazendo a menina rir.

****

- Olha só quem resolveu dar o ar da graça! - James estava sentado, bebendo uma cerveja, ao lado de Dave, Steve, Chris e Danny Hall.
- Você sabe como as mulheres são, né? - Tom abraçou o amigo e deu uns tapinhas nas costas dele.
- Mas o Danny também demora e ele não é uma mulher! - Dave comentou, olhando curioso para as meninas, que estavam olhando os McGuys e os Dorks se cumprimentado.
- Engraçado, mas já escutei isso hoje. - Danny fazia uma cara engraçada cumprimentando Chris.
- Não acredito que vocês estão sem graça! - James fez uma cara surpresa, ao reparar que as meninas se encontravam caladas, com sorrisos tímidos.
- Então essas são as famosas brasileiras que o James falou. - Steve se levantou para cumprimentá-las e foi seguido pelos outros Dorks.
Depois das devidas apresentações estavam todos sentados numa grande mesa. Apesar da música alta, devido à pista de dança e de várias pessoas falando ao mesmo tempo em volta, , , e estavam se divertindo e rindo bastante. Os Dorks, percebendo a timidez delas no começo, faziam piadinhas e contavam coisas engraçadas que já haviam acontecido com eles.
Já os McGuys, embora não demonstrassem, estavam com ciúmes. Ciúmes? Sim. Se fosse há uns dias atrás, eles provavelmente falariam que elas eram "apenas fãs". Mas depois de conviverem uma semana com aquelas brasileiras, viram que não era bem assim. Estavam se apaixonando, apesar de não saberem demonstrar como se sentiam.
Danny, como já era de se esperar, emburrava toda vez que James se dirigia à . Odiava aquela troca de sorrisos entre os dois, aquela cumplicidade que em apenas uma semana havia se tornado profunda demais para o gosto dele. E quase perdeu as estribeiras, quando viu que ele segurava uma mão dela, sussurrando no ouvindo da menina, fazendo-a rir de algo. Danny respirou fundo e em um único gole, bebeu toda sua cerveja.
Tom, o mais tímido dentre os quatro no quesito mulheres. Não que ele fosse realmente tímido, mas fazia bastante tempo que não chegava em uma garota e isso o fazia sentir-se inseguro. Ainda mais quando essa garota era . Não conseguia ver o que se passava pela cabeça dela, ou como deveria agir e se iria assustá-la. Olhou torto para Chris que havia engatado uma conversa com ela.
Harry, o arrasa corações do grupo. Apesar dessa fama, estava achando difícil decidir o que fazer para conquistar . Suas investidas, ele percebia que faziam um efeito tremendo na menina. Mas só. Ela não era que nem as outras, que o agarravam na primeira oportunidade que tinham. E ele não era mais o mesmo, que pegava qualquer uma. Ele tinha um único objetivo agora e lutaria por ele, mesmo que esse objetivo estivesse brincando de vira-vira com Steve, que no momento abraçava a menina, cumprimentando-a por ter ganhado dele.
E finalmente, Dougie. Aquele que nunca achou que alguém fosse fisgá-lo assim, de um dia para o outro. Mas se enganara completamente. Viver sobre o mesmo teto que estava torturando-o. Sabia que os outros também estavam se sentindo assim, mas para ele isso já estava se tornando insuportável. Quem diria que Dougie Poynter um dia sentiria ciúmes de Dave Willians, que arrastava, naquele momento, uma sorridente para o meio da pista de dança?

Capítulo 6


- Opa! - Danny falou, olhando para a cena e para a cara de Dougie.
- Que foi, Danny boy? - sussurrou no ouvido de Danny, por causa do barulho em volta, fazendo o garoto suar frio.
- Hum... Nada não! - Ele sorriu e deu um rápido beijo na bochecha dela, vendo depois, que a deixara vermelha. Em seguida, passou um braço, timidamente, pelos ombros de . Sentiu-se vitorioso ao ver a cara que James fez.
- Sou só eu que acho, ou vai rolar uma 'fight' pela donzela? - Harry murmurou, dando um sorrisinho de lado.
- Eu também estou achando, Harry. Isso está muito na cara. - havia escutado e sorria abertamente para o menino.
- Hum... Eles deviam ter se pegado há séculos! - Harry bagunçou o cabelo fazendo charme e sorriu ao ver ficar vermelha.
- Que ruim, Poynter! - Tom deu uma risadinha, vendo Dougie perdido em pensamentos.
- Eu acho que ele vai fazer alguma coisa, Tom. - tocou no braço dele e sorriu, olhando e Dave fazendo uma dancinha estranha. “Bem a cara deles essa dança.”, pensou.
- Você acha, é? - Tom fixou seu olhar no rosto dela, fazendo-a olhar para ele.
- Uhum... Não é à toa que ele está se levantando. - indicou Dougie com a cabeça, que caminhava lentamente com as mãos no bolso, em direção à e Dave.
Dougie fechou ainda mais a cara, ao ver Dave tão grudado com sua .
“Ela ainda não é sua, Poynter”, o menino pensou, amargamente.
- Hey, Dave, será que eu poderia dançar um pouco com a ? - Dougie tentou dar um sorriso, mas nem de longe se parecia com um, o que não passou despercebido para a menina.
- Hum... Claro, Dougie. - Dave fez uma cara surpresa para Dougie e sorriu para . - Foi um prazer dançar com você!
- Digo o mesmo, Dave! - abriu um dos seus melhores sorrisos, fazendo Dougie revirar os olhos e respirar fundo.
Ao ver Dave se distanciar, Dougie ficou parado olhando sério para .
- Pois bem, agora me diga qual foi o motivo de seu showzinho? - A menina levantou uma sobrancelha e cruzou os braços.
- Mas não é óbvio? - Ele também cruzou os braços e ficou encarando-a.
- Se fosse tão óbvio assim, eu não perguntaria.
- Vocês dois aí, se esfregando um no outro! - Ele descruzou os braços e colocou as mãos no bolso.
- Deixa eu ver se entendi direito. Eu e Dave nos esfregando? Está começando a ver coisas, Poynter? - falou já irritada.
- Eu não sou cego, ! - Ele também elevou a voz, atraindo alguns poucos olhares.
- Você é um babaca, Dougie Poynter, isso sim. - deu as costas para o menino e foi em direção à mesa.
As meninas e os McGuys viram a discussão, mas fingiram que não o haviam feito. Mas estava óbvio, pela cara dos dois, que alguma coisa tinha dado muito errado. pediu uma tequila e ficou de olhos fechados esperando a bebida chegar, enquanto Dougie estava emburrado, batendo com o pé no chão.
Quando a tequila chegou, virou tudo num gole só, atraindo a atenção de todos e fez uma pequena careta ao acabar. Pediu mais uma, fazendo Poynter levantar uma sobrancelha.
Após mais 30 minutos nesse desconforto que havia se formado, todos decidiram ir embora. e Dougie foram em carros separados e ao chegarem em casa, seguiram cada uma para um quarto, sem falar com ninguém.
Os demais permaneceram na sala, calados durante um tempo, até que alguém resolveu se pronunciar.
- É, teve uma 'fight' pela donzela. - Harry sentou-se no sofá e colocou os pés em cima da mezinha de centro.
- Acho que não teve 'fight', sabe? Dougie só se exaltou com a . E é raro vê-la perder a paciência, vejam bem. - ficou em pé, tirando o sobretudo, não percebendo que Danny olhava para ela. Riu ao ver batendo nas pernas de Harry, o mandando tirar os pés da mesa.
- É verdade. Dougie deve ter pegado pesado com ela. - deu um pequeno bocejo. - Vou me retirar, galera. Estou cansada. Boa noite.
- Também estou indo. - Tom deu um pequeno aceno e começou a subir a escada junto com . Harry e Danny trocaram sorrisos cúmplices, enquanto e davam pequenas risadinhas.
- Vão dormir juntinhos, é? - Harry alfinetou.
- Nosso Tom está virando um homenzinho. - Danny olhou para Tom como se ele fosse seu filhinho mais novo. e Tom estavam extremamente vermelhos. A menina preferiu não falar nada e continuou subindo as escadas, enquanto Tom se defendia.
- Vão à merda! - Ele gritou do topo da escada.
- É tão bom sacanear o Tom! - Danny sentou-se no sofá, enquanto Harry levantava-se.
- É verdade! Mas melhor ainda é sacanear você. - Harry riu, enquanto corria em direção à escada para se desviar de uma almofada que era lançada contra ele. - Seu caolho!
- Sua pipoca! - Danny rebateu.
- Boa noite, galera! E , se eu fosse você eu subia agora, ou quer segurar vela? - Harry riu internamente ao ver a cara que Danny e faziam.
- Opa, é verdade. Comportem-se, crianças! - piscou para e subiu a escada atrás de Harry.
parecia um tomate de tão vermelha que estava e Danny mexia nos seus cachos, mordendo o lábio inferior. Estava nervoso, isso era fato. Olhava de rabo de olho para a menina que evitava olhar para ele.
- Hum... Eu acho que já vou também. Boa noite, Danny! - Ela sorriu sem graça para ele.
Ao colocar o primeiro pé na escada, sentiu seu braço ser segurado. Olhou surpresa para trás e viu o menino muito perto de si.
- Você não gostaria de tomar uma xícara de chocolate quente comigo? - Ele perguntou olhando fixamente nos olhos dela. “Boa, Danny, não tinha uma frase melhor não?“, pensou desgostoso.
- Ok, eu faço esse sacrifício! - piscou para ele e ambos foram em direção à cozinha.

****

Apesar de ter subido cedo, ainda não havia conseguido dormir. O que havia sido aquela noite? Dougie certamente estava com ciúmes dela com Dave, mas não precisava ter falado daquele jeito. Não sabia há quanto tempo estava ali, pois estava com preguiça de ver as horas. Deveria ser tarde, havia voltado para o quarto há algum tempo e já se encontrava dormindo. Suspirou e lembrou-se de uma coisa que afastou seus pensamentos de Dougie: o último pedaço de bolo de chocolate que estava na geladeira. Sorriu como uma criança e esqueceu-se da preguiça. Levantou-se lentamente da cama e foi andando pé ante pé até a porta. Ok, todos estavam dormindo. O que era bom, visto que ainda não tinha vontade de ver ninguém. Foi cantarolando enquanto descia a escada e ao avistar geladeira, foi dando saltinhos, feliz da vida. Sim! Ele ainda estava lá. Aquela fatia de bolo que chamava por ela. Abriu um sorriso enorme e pegou o prato, colocou em cima da mesa e tratou de pegar rapidamente um garfo. Jogou-se de qualquer jeito na cadeira e mergulhou o garfo com tudo no bolo, já podia até sentir o gostinho, quando...
- Você sabia que esse bolo é meu? - Dougie se encontrava encostado no batente da porta, só de boxers, olhando para ela.
- Ah, é? Eu não vi seu nome nele. - sorriu torto para ele e colocou um pedaço na boca. - Hum... Mas isso aqui está muito bom! - Falou, provocando o menino.
- Me dá que é meu! - Dougie descruzou os braços e começou a andar lentamente até .
- Não me faça rir, Poynter. Eu peguei, eu como! E nem pense que vou dividir com você. - A menina levantou-se, segurando fortemente o prato e foi para a outra ponta da mesa, ficando do lado oposto à Dougie.
- ! Vou ter que contar até três?
- Você pode contar até mil, que enquanto isso eu como aqui!
Dougie abriu um sorriso maníaco, fazendo assustar-se e começou a correr atrás dela.
- Me dá isso logo! - Ele gritava, dando a volta na mesa, enquanto ela corria em direção à porta.
- Nem morta! - ria que nem uma criança.
correu para a escada, em direção ao quarto onde dormia, com a idéia de trancar-se lá dentro e comer sossegada. Mas ao pisar no 4° degrau sentiu alguém segurar sua cintura e começou a cair.
Dougie caiu por cima dela, rindo, enquanto se esticava colocando o bolo o mais longe possível de Dougie.
- Quer me matar, Poynter? - virou-se de frente para ele, com o braço esticado. Não estava mais com raiva. Mas quem ficaria, olhando aquele sorriso perfeito a centímetros de seu rosto, com aqueles olhos azuis, onde alguns fios loiros caiam displicentemente, formando uma bela visão. Sem tirar o fato de que ele estava sem blusa.
- Ainda não. Mas você vai me dar o que eu quero agora. - Ele sorriu de lado para ela.
não pensou duas vezes. Pegou um pedaço de bolo com a mão e esfregou na boca de Dougie, deixando-o todo sujo.
- Agora você já tem o seu bolo, está satisfeito? - Ela gargalhava, vendo a carinha dele.
- Na verdade, não.
não poderia ter ficado mais surpresa. Em uma hora estava sorrindo para Dougie e na outra estava sentindo a boca dele junto à sua.
“Eu não acredito que estou beijando Dougie Poynter.“, pensou ainda assustada, colocando as mãos em volta da nuca do menino, enquanto sentia uma das mãos dele segurando fortemente sua cintura e a outra passando pelas suas pernas.
Ficaram um bom tempo se agarrando na escada, até que tiveram que se separar para poderem respirar. Dougie apoiou sua testa na de , respirando pesadamente contra sua boca e ficou olhando cada detalhe do rosto dela. Riu ao notar que ela agora estava suja de chocolate também. Passou um dedo na bochecha dela, pegando um pouco de chocolate e colocou na boca.
- Gostoso. - Sorriu cheio de segundas intenções com ela.
- Seu tarado! - Ela deu um pequeno tapa no braço dele, rindo.
- Só com você. - Ele sussurrou no ouvido dela e deu uma mordida em sua orelha.
- Dougieeee... Tem gente em casa! E se alguém aparecer? - Ela falou de olhos fechados, com a respiração falha.
- Hum... Já sei, vem comigo. - Ele levantou-se e deu a mão para ela segurar. Foram andando para os quartos lentamente.
- , me diga uma coisa, foi você que fez aquela versão da música para mim?
- Foi sim. - Ela falou corando.
- Pois saiba que eu adorei. - Ele deu um rápido selinho nela, e ambos pararam em frente à porta do quarto que ele dividia com Danny agora.
- O que você vai fazer? - sussurrou para Dougie, que virou para ela fazendo sinal de silêncio e a chamando para entrar no quarto com ele. Deixaram à porta encostada e se dirigiram para a cama onde Danny dormia pesadamente. Dougie se agachou e começou a falar baixo com o menino adormecido.
- Danny... Danny... - Ele sussurrava, enquanto a menina fazia gestos para entender o que ele estava fazendo. - Calma. - Sussurrou em resposta. - Danny, vem comigo, meu amor, é a . - teve que segurar o riso para não estragar tudo, enquanto via Dougie segurar na mão de Danny e puxar ele lentamente da cama.
- ? - O menino disse sonolento sem abrir os olhos. - O que você ‘ta fazendo aqui?
- Vim te buscar, vem comigo. - Danny já estava de pé, mais adormecido que acordado, sendo amparado por Dougie que o guiou até a porta, a qual abriu com o pé e saiu levando o amigo pelo corredor até seu quarto, onde dormia sozinha. Entrou fazendo o mínimo de barulho possível para não acordar a garota também e ajudou Danny a deitar-se na cama. Tinha sido bastante fácil, o garoto virou-se na cama, adormecendo de vez, encostado nas costas de . Dougie saiu do quarto sorrindo e voltando para o quarto onde se encontrava esperando-o.
- Isso foi hilário. - ria, ao ver Dougie fechar a porta e adentrar o recinto, indo de encontro a ela, sorrindo.
- Onde nós paramos? - Dougie perguntou, com seu rosto bem próximo ao da menina, que sorria enquanto rodeava os braços no pescoço do garoto.
- Eu não lembro. - Ela passou levemente seu nariz no dele em meio às respirações que se encontravam. - Me ajuda a lembrar?
- Ajudo. - Dougie pressionou seus lábios nos dela e voltaram a se beijar como antes. Devagar e delicadamente, o menino a guiou para a cama e deitaram-se, sem parar de beijar. O garoto não avançou, pois tinha certeza que ela não aceitaria, não parecia ser esse tipo de garota e suas suspeitas se confirmaram no instante seguinte, quando ela parou de beijá-lo e afastou um pouco a cabeça para olhá-lo nos olhos.
- Dougie. - Ela parecia um pouco sem graça de tocar no assunto, mas foi interrompida antes.
- Não se preocupe, já sei o que você vai falar. - Dessa vez foi ele quem passou seu nariz levemente no dela, de olhos fechados.
- Me desculpe. - Ela também estava de olhos fechados, sentindo-se meio entorpecida pelo toque dele.
- Não tem porque se desculpar, . - Ele deu um selinho dela. - Eu entendo perfeitamente e até arrisco a dizer que acho ótimo. - Deu outro selinho.
- Acha? - Ela abriu os olhos e encontrou Dougie a mirando com um brilho diferente no olhar.
- Sim, prova o quanto você é especial. - Voltou a beijá-la por um tempo e em seguida separou novamente. - Eu nunca achei que fosse ficar tão satisfeito só com beijos. - riu e beijou a ponta do nariz dele.
- Eu gosto de você, sabia? - Ela disse sorrindo para ele.
- Eu acho que 'to começando a gostar de você também, sabia? - Ele riu e voltaram a se beijar. Após um longo tempo, curtindo um ao outro, os beijos e os toques, adormeceram.

****

Na manhã seguinte, acordou e sentiu que o corpo deitado ao seu lado era bem maior que o de sua amiga e algo a fazia acreditar que sabia exatamente quem estava ali. Virou-se ainda deitada e deparou-se com o rosto de Danny virado em sua direção ainda adormecido. Ficou observando suas feições, suas sardas e sorriu, pois adorava o rosto dele. Ao sentir-se observado, o menino acordou e viu, ainda meio embaçado, olhando para ele e sorrindo.
- Como você veio parar aqui, Danny? - Ela perguntou rindo da cara de interrogação dele. Danny abriu melhor os olhos e observou o quarto ao seu redor. Azul, fotos, azul, fotos, Zukie.
- Zukie? - Danny voltou a olhar para e perguntou estranhando. - O que eu estou fazendo no quarto do Dougie?
- É isso que estou tentando descobrir. - A menina ria mais ainda da cara dele, vendo-o fazer um esforço para lembrar-se.
- Espera... Você foi me buscar no meu quarto. - Ele ergueu uma sobrancelha.
- Eu? - parou de rir e imitou-o. - Você bebeu?
- Não, eu lembro mais ou menos, eu estava dormindo sozinho na minha cama e você chegou e me chamou para vir aqui.
- Danny, eu posso ser tudo, mas sonâmbula tenho certeza que ainda não sou. E você disse que estava dormindo sozinho?
- É, porque eu estava com o espaço todo da cama. Pera aí. Se eu 'tava sozinho, onde estava o Dougie?
- Exato. Você está vendo a por aqui? - deu um sorrisinho irônico de quem havia entendido tudo já.
- Uau. Aqueles dois não perdem tempo mesmo. - Danny assobiou e sorriu. - Droga, o Tom ganhou o bolão.
- É verdade. - riu.
- Por que hoje você não acordou me expulsando do quarto ou brigando comigo como sempre? - Danny perguntou com um sorriso divertido e os olhos brilhando.
- Hum. - ficou um pouco vermelha e desviou o olhar. - Não sei. Acho que seu chocolate quente adoçou meu humor. - E começou a rir do que havia falado e do quanto havia soado brega.
- Você gostaria de tomar 200 xícaras de chocolate quente comigo? - Danny riu alto da cara que a menina fez, enquanto recebia um soquinho no braço.
- Você está me chamando de mal humorada, Jones? - tentou esconder o riso e virou-se de costas para o garoto.
- Não, impressão sua. - Ele a abraçou por trás e deu um beijo em sua bochecha. - PERAI! - Levantou em um pulo assustando a garota.
- O que foi? - Não conseguiu deixar de rir da cara que ele fazia.
- Se eles me expulsaram do quarto é porque queriam privacidade, certo?
- Hum, certo. - Ela não entendia aonde ele queria chegar.
- E eles queriam privacidade para... NA MINHA CAMA? - Danny terminou a frase apontando para a porta e fazendo cara de nojo.
- Danny! - riu descontroladamente da cena, imaginando o que viria a seguir. - Bom... - Ela controlou o riso. - Eu duvido que eles tenham feito algo, apesar de eles serem bem safadinhos.
- Por quê? - Danny arqueou a sobrancelha, desconfiado.
- Eu confio na , ela jamais faria isso. - falou séria.
- Só há um meio de descobrir. - Ele apontou o indicador para o alto e abriu a porta do quarto.
- Aonde você vai? - Ela levantou seguindo ele.
- Verificar.
- JONES! E se eles tiverem feito algo e estiverem... Pelados?
- Você não confiava na ? - Ele virou-se e a observou atento.
- Bem, sim. - Ela ficou meio indecisa. - Eu acho.
- Ahááá.
Abriram a porta do quarto lentamente e entraram, observando a cena. dormia abraçada ao menino, com o rosto em seu ombro. Ele, por sua vez, dormia com o queixo apoiado na cabeça dela. E ambos estavam muito bem vestidos.
- Viu? Eu te disse! - sussurrou para Danny, que se rendeu revirando os olhos.
- Esse meu menino ‘ta fraco, não é mais como era antigamente. - Danny riu baixo ao receber um pisão de pé da garota.
- Mas o que ‘ta havendo aqui? - Harry escancarou a porta do quarto, acordando todos, inclusive as meninas que dormiam no seu quarto. - Reunião no quarto do Jones?
e abriram a porta, ainda sonolentas e entraram no corredorzinho do quarto, empurrando Harry que ainda estava ali, sem saber o que estava acontecendo.
- Ô cambada, eu queria dormir um pouco mais. - Tom apareceu, fazendo o mesmo com as meninas. - Por que tanto barulho?
Todos resolveram observar o que tinha de tão interessante para e Danny não terem se pronunciado ainda e entenderam afinal.
- Hum, que interessante. - Tom coçou o queixo. - Eu acho que ganhei cinco pratas de cada um de vocês. - E saiu do quarto feliz.
- Ahh, safada. - olhou para a menina na cama que escondia o rosto no peito de Dougie para tentar dormir de novo, sem aquele bando de gralha atrapalhando. - Tom! - saiu do quarto atrás do menino. - Thomas! Eu não tenho dinheiro. Me espera.
- Você pode pagar de outra maneira, . - O menino gritou da escada, enquanto descia, de modo que ninguém pôde zoá-lo, pois já estava longe, deixando ser zoada sozinha.
- Ah... Que declaração. - falou rindo, ao ver ficar vermelha e entrar no quarto, ao invés de ir atrás do garoto como estava fazendo.
- Eu acho que a gente 'ta ficando pra trás, amigo. - Harry deu um tapinha nas costas de Danny, que concordou tristemente. - Até o Tom está passando a gente. Acho que perdemos nosso encanto.
- É, Cinderela, você perdeu seu encanto sim, agora cai fora e deixa-os em paz. - saiu empurrando Harry do quarto, enquanto ria dos protestos dele.
- Ah, , faz isso comigo não. - Harry virou de frente para a menina que continuou a empurrá-lo para fora do quarto enquanto ele andava de costas, sorrindo para ela. - Já que eu não tenho o mesmo que o Dougie, me deixa invejar ele. - Ele riu da cara dela.
- Quer dizer que você queria estar ali com a ? - Ela parou de empurrá-lo e colocou uma mão na cintura erguendo a sobrancelha.
- VIADO. - Ouviram Dougie gritar, ainda deitado na cama.
- Não, meu amor. ‘To falando de você. - Harry sorriu galanteador e riu depois da cara de .
- Você não existe, garoto. - riu e empurrou-o mais um pouco, para tirá-lo de frente da porta do quarto.
- Também te amo, viu? - Ele falou irônico e riu, subindo para o quarto de Tom novamente.
- Danny, eu acho que você está pior que todo mundo aqui, vê se acorda cara. - Dougie falou, sem nem ao menos tirar o rosto de perto de . - E vê se vocês dois somem aqui do quarto porque a gente ainda quer dormir.
- Vai se ferrar, Poynter. - Danny reclamou, levando para fora. - E vê se respeita minha cama.
- Cala a boca. - Dougie falou rindo e virou-se para a menina que havia tirado, finalmente, o rosto de seu esconderijo.
- Bom dia. - Ela sorriu, com a cara amassada.
- Bom dia. - Ele sorriu para ela e deu um selinho.
- Boa noite. - Ela fechou os olhos de novo e se aconchegou melhor em seus braços.
Ele riu e deu um beijo na testa dela, adormecendo novamente.

Capítulo 7


Tom começou a preparar o café da manhã, pois havia perdido qualquer resquício de sono. Sorria, enquanto cantarolava uma música antiga. Descobriu que adorava tirar do sério e adorava ver as bochechas da menina ficarem vermelhas por causa dele. Riu sozinho, imaginando como ela deve ter sido zoada por causa da resposta que ele havia dado. Apesar de ter sido em tom brincalhão, era a mais pura verdade. Enquanto esperava o café ficar pronto, cruzou os braços e encostou-se à bancada, fechando os olhos. Estava tão submerso em seus pensamentos que não percebeu que alguém entrava pé ante pé na cozinha, com um grande sorriso no rosto.

****

entrou no quarto sentindo o rosto queimar. Céus, que vontade ela estava de matar Tom Fletcher! Ficou com preguiça de arrumar a cama e resolveu que não iria tentar dormir novamente. Pegou algumas roupas e foi para o banheiro, podendo assim, fazer sua higiene diária. Ao terminar, saiu vestida e parou no meio do quarto pensando no que faria agora. Provavelmente Dougie e ainda estavam deitados. devia estar com Danny e , como ainda não voltara para o quarto, deveria estar com Harry.
E com isso, restava apenas uma pessoa sem par na casa. Não queria vê-lo no momento, pois ainda estava bastante sem graça, mas mudou rapidamente de idéia ao escutar o sonoro ruído que sua barriga fez. É, parece que teria que vê-lo logo.
Abriu a porta lentamente e foi caminhando em direção à cozinha. O cheiro de café sendo feito se espalhava pela escada, fazendo-a sorrir involuntariamente. Ao chegar ao seu destino, o sorriso em seu rosto abriu-se ainda mais e não pôde evitar um suspiro. Tom estava encostado na bancada com os braços cruzados e olhos fechados. foi caminhando lentamente, até ficarem frente a frente. A menina observava todos os detalhes daquele rosto, que fazia suas pernas tremerem, tão atentamente que não percebeu um sorrisinho vindo dele.
Não pôde evitar um pequeno grito quando Tom, agilmente, passou os braços ao redor dela puxando-a para perto dele. estava com o rosto colado entre o ombro e o pescoço do menino, enquanto as mãos do próprio seguravam fortemente a cintura dela.
- Bom dia , veio me pagar? - Tom sussurrou com uma voz rouca no ouvido de , que ficou vermelha como um pimentão.
- Eu... E... Eu... - A menina não conseguia falar tamanha a vergonha. Deu um tapa no braço dele logo depois que ele começou a gargalhar, ainda abraçado com ela.
- Ok, ok. Eu paro! - Ele falou sorrindo, ao ver que ela ainda o olhava vermelha. - Está com fome?
- Sim. - Respondeu ela, recuperando sua voz.
- Então se sente, porque hoje você tomará o melhor café da manhã da sua vida. - Tom não conseguiu conter-se e deu um beijo demorado na bochecha da menina. Soltou as mãos da cintura dela e virou-se para terminar de preparar o café.
foi andando lentamente até a cadeira, pois suas pernas tremiam loucamente.
“Eu morri e fui para o céu?”, pensou enquanto se jogava na cadeira e observava Tom de costas. Não pôde deixar de sorrir depois que, sem perceber, virou o pescoço para o lado observando melhor uma certa área do corpo do menino que aquela calça do pijama realçava. "Acho que estou andando muito com e ."
- Você quer ajuda, Tom? - , como não estava conseguindo se controlar ao olhar Tom, mudara seu foco para o teto, tentando distrair-se.
- Não, obrigado. Já estou acabando de arrumar as coisas aqui. - Virou um pouco a cabeça para trás e piscou para a menina, que voltou a olhá-lo, dando um sorrisinho. Ao virar para frente, não pôde ver batendo a cabeça na mesa.
“É hoje que eu morro.“, pensou a menina, sorrindo.

****

, como pensara , estava com Harry. Ao virar-se para subir até o quarto, o menino rapidamente segurou-a pela mão e levou-a consigo. Ambos estavam sentados na cama conversando animadamente, emendando um assunto no outro. Após uns minutos de silêncio...
- , você quer sair comigo? - Harry falou sério, olhando para a menina.
- Eu o quê? - A menina levantou uma sobrancelha, o vendo dar um pequeno bocejo.
- É, você sabe. A comida está quase acabando e a gente precisa comer porque estamos em fase de crescimento. Então, quer ir ao mercado comigo? - Sorriu inocentemente para .
“Eu não acredito que era esse tipo de sair que ele estava falando.“, rolou os olhos e suspirou.
- Mas a verdade é que eu queria passar mais tempo com você, sabe? Se não quiser, tudo bem, eu entendo. - Harry fez cara de cachorrinho perdido e olhou para um ponto fixo na frente dele.
“Como alguém pode resistir a essa carinha?”, pensou sorrindo, em seguida respondeu.
- Está bem, está bem! Eu vou. E quem é que está em fase de crescimento, hein, Harry?
- Ué... Eu e os meninos! A gente precisa comer, sabe. - Harry apontava para ele próprio, fazendo uma cara engraçada. - Para ficarmos fortes para os shows. - ria e balançava a cabeça, vendo o menino sorrir abertamente para ela. Sempre sonhou com aquela cena e agora podia apreciar cada dia mais.
- Eu não acho você forte. - Falou, sorrindo de lado para ele.
- Como é que é? - Harry levantou a sobrancelha e olhou para ela, incrédulo.
- Isso mesmo que você escutou, senhor Judd.
- Agora você vai ver, ! - Harry pegou o travesseiro que se encontrava em cima da cama e bateu, de leve, no rosto da menina.
O menino começou a rir da cara que fazia. Ela estava com a boca aberta e as duas sobrancelhas erguidas, que logo foram substituídas por um sorriso e uma pancada forte de travesseiro no rosto dele.
- É guerra é, mocinha? - Olhou para ela com os olhos semicerrados.
- É guerra, Judd. - imitou o olhar de Harry com um sorriso cínico nos lábios.
Após vários minutos fazendo essa pequena batalha, eles cansaram-se e acabou deitando na cama de barriga para cima.
- Eu desisto Harry, você é forte mesmo. - Falou a menina, de forma meio irônica.
- Eu sei que sou. - Ele deitou a cabeça no ombro dela e ficou encarando-a de perfil, com um sorriso.
- Pipoca. - Murmurou ela e logo caiu na gargalhada.
- Eu mato o Danny por causa desse apelido idiota.
- Não mate o Danny, senão você vai ter que enfrentar a ira da , não é mesmo? - se virou e encontrou o rosto de Harry a centímetros do dela. Deu um sorriso e antes de levantar-se, apertou as bochechas dele. - Sairemos em 20 minutos. Esteja pronto.
- Sim, senhora. - Harry bateu continência ainda deitado, fazendo a menina sorrir.

****

- Cara, como o Dougie consegue? - Danny falava esfregando uma mão no rosto, enquanto Harry bebia um copo de água na cozinha. Estavam sozinhos, pois Tom encontrava-se em seu quarto tomando banho, Dougie e ainda dormiam, e estavam na sala vendo televisão, enquanto acabava de se arrumar.
- Sorte. - Harry opinou, após engolir um gole de água. - Ele simplesmente foi à luta ao invés de ficar somente jogando indiretas.
- Será que o que elas querem é ação? - Danny riu, fazendo Harry rir também.
- Não tente nada muito desesperador se não quiser levar um tapa na idéia. - Harry riu.
- Com certeza. - Danny concordou. - E com a ?
- Eu não sei, cara! - Harry sentou-se, apoiando o copo na mesa. - Ela parece que quer, mas não ajuda também. - Falou, lembrando-se dos minutos anteriores que acabara de vivenciar com a menina.
- Garotinhas complicadas. - Danny suspirou.
- Vocês é que são uns trouxas que não sabem agir. - Dougie comentou, enquanto entrava na cozinha.
- Chegou o pegador. - Harry riu. - Até que enfim levantou, hein, e a ?
- Está tomando banho. - Dougie respondeu enquanto abria a geladeira para pegar a garrafa de leite.
- Coitada, vai ser difícil tirar sua “inhaca”. - Danny riu, fazendo Harry rir também.
Dougie não respondeu, somente sorriu de lado e os olhou debochado.
- Pode sacanear o quanto quiser, amigo. Enquanto isso, EU fico com a garota que eu gosto e vocês ficam chupando o dedo e brincando de flertar com as suas.
- Babaca. - Harry reclamou, botando o copo na pia e saindo da cozinha para ver se já havia descido.
- Otário. - Dougie respondeu, bebendo seu leite.
- Er... Dougie? - Danny começou meio apreensivo.
- Fala, dude.
- O que eu faço? - Ele abaixou a cabeça.
- NÃO ACREDITO. - Dougie caiu na gargalhada.

****

Harry, ao chegar à sala encontrou sentada vendo televisão com as meninas e rindo de alguma coisa que dizia.
- A donzela já está pronta e nem para avisar, né?
- É porque me pareceu mais divertido conversar com as meninas aqui. - sorriu marota para Harry, que deu uma pequena gargalhada.
- Você não existe, garota. Agora levanta daí que temos um encontro.
- Você vai ter um encontro com a ? - Danny apareceu na sala e sentou de frente para o sofá que e estavam.
- Sim, sim. Vamos ao mercado. Até daqui a pouco, povo. - Harry encaminhou-se para a porta e abriu-a para passar.
- Que tipo de encontro novo é esse que as pessoas vão para o mercado? - Danny perguntou assustado, arrancando risadinhas de e um olhar incrédulo de .
- Seu lerdo. - sorriu para ele, vendo-o sorrir sem graça.
- Até você? - O garoto olhou para ela fazendo biquinho e cruzando os braços, fazendo a menina sorrir involuntariamente.
- Acho que já sei quem vai mandar na relação. - falou em português para , que sorriu de lado. - Com essa carinha que ele faz, rápido, rápido ele vai te dobrar.
- Na relação de vocês também, né, amiga! - respondeu em português, fazendo Danny ficar mais curioso ainda, olhando de uma para outra. - Pois veja bem, só dele mostrar aquela covinha linda, você já treme na base.
- Vocês poderiam falar a minha língua?
- Não! - Responderam as duas rindo, e logo após viu-se Danny tacando uma almofada na direção delas.

****

- Que sorte que o mercado está vazio hoje, assim será mais fácil fazermos compras não é... Hey... ‘To falando com você! - Harry gritava no mercado, quando viu passar por ele e começar a colocar algumas coisas no carrinho.
- Está é? Desculpa. - ficou sem graça e olhou para o chão.
- Desculpo, mas...
- Ih! Lá vem o 'mas'...
- Vamos apostar. Se você ganhar, eu faço o que você quiser e se eu ganhar, você faz o que eu quiser. O que você acha?
achou a idéia um pouco assustadora. Harry estava sempre jogando seu charme e ela com todo custo estava resistindo. Não que não gostasse dele, mas não queria ser mais uma da "Lista de Harry Judd" e aparecer na capa de revistas dizendo que foi trocada por outra. Embora soubesse que essa oportunidade, de estar ao seu lado, era única. E tinha que aproveitar, por isso não hesitou e aceitou, não se importando com as conseqüências.
- Ok então, minha dama! - O garoto rasgou metade da lista e entregou para , quem chegar naquela ponta primeiro ganha, ok? - E apontou para o lado oposto do mercado.
- Certinho... No 3. - Ela sorriu. - 1, 2 e 3!
e Harry pareciam duas crianças no mercado. As poucas pessoas que passavam por eles, olhavam assustadas. E quando eles se emparelhavam, era para zoarem um com o outro ou só para rirem mesmo.
No final, por um descuido de , Harry acabou ganhando e ficou se gabando na volta para casa.
- Parece que eu ganhei, . Vai amarelar agora? - Falou sorrindo, enquanto dirigia.
- Mas é claro que não! Aposta é aposta. - A menina falou, querendo socar-se internamente. Teve raiva da criança que, no último instante, apareceu na frente do seu carrinho, fazendo-a parar, permitindo que Harry ganhasse.
- Sinto um certo tom de medo na sua pessoa. - Harry debochou, encostando a ponta de seu dedo no nariz da menina. Ela pegou a ponta do dedo dele e afastou de seu rosto, sorrindo irônica.
- Não estou com medo de você. - Desviou o olhar para o painel do carro.
- Pois deveria ficar. - Harry viu olhá-lo rapidamente e sorriu.
- O que você pretende, Judd? - Ela perguntou apreensiva.
- Nada demais, do meu coração. - Harry sorriu docemente. - Nada que você não vá gostar.
- Tenho minhas dúvidas. - Ela arqueou uma sobrancelha.
- Confie em mim. - Ele piscou para ela, voltando a prestar atenção na rua novamente.

****

- Onde está o Tom? - Danny perguntou à e , após algum tempo calados, somente assistindo TV.
- Ele tomou café comigo e depois subiu. - respondeu, sem tirar os olhos da tela.
- Deve estar tomando banho. - deu de ombros, também sem desfocar sua atenção.
- A também ainda não saiu do chuveiro? - lembrou-se da amiga e perguntou, finalmente voltando seu foco para Danny.
- Bem que eu disse que ia ser difícil se livrar do cheiro do Dougie. - Danny comentou, fazendo as meninas rirem.
- Falam mal, falam bem, mas não param de falar de mim, não é? - Dougie comentou, entrando na sala de mãos dadas com , que ostentava um sorriso de pura felicidade e demonstrava o quando estava nas nuvens.
Danny, e ajeitaram-se no sofá, de modo a fazer espaço para os dois que haviam acabado de chegar.
- É porque eu te amo, você sabe. - Danny respondeu, sorrindo e sendo retribuído.
- POYNTER. - Ouviram Tom berrar da escada a viraram-se. - Agora que você saiu do seu ninho do amor, vai levar um esporro.
- O que eu fiz dessa vez? - Dougie olhou para o amigo assustado. - Eu juro que não fui eu, foi o Danny! Tenho certeza. - Apontou para Danny, que fez cara de indignação.
- Não, dessa vez o Danny não tem culpa. - Tom sentou-se em um pequeno espaço do sofá, perto de . - Vê se da próxima vez, você tira o prato com bolo do meio do corredor ao invés de deixá-lo ali para as formigas comerem.
Dougie olhou para com cara de culpado e a menina o acompanhou, sorriram sem graça um para o outro.
- Oh meu Deus, me desculpa, Tom. - falou. - Na verdade, a culpa foi minha.
- Tinha que ser. - disse, rolando os olhos.
- Não, não, a culpa não foi dela, foi minha. - Dougie falou, olhando para a menina. - Eu a distraí.
- Ok, ok, não interessa, chega, poupem-nos dos detalhes sórdidos. - esticou a mão, recusando-se a ouvir a história completa.
- Não íamos contar mesmo. - falou, desdenhando e afundando no sofá ao lado de Dougie.
Após alguns minutos de silêncio, cutucou e apontou para o andar de cima discretamente. levantou-se vagarosamente, se espreguiçando e dizendo aos demais que já voltava.
- , eu acho que seu celular está tocando lá em cima. - comentou, apontando para o andar superior.
- Eu não estou ouvindo nada, dudes. - Danny comentou, balançando a cabeça e Tom concordou.
- Eu acho, eu estou. - respondeu, se levantando e subindo com . esperou alguns minutos e levantou-se.
- Aonde você vai? - Dougie perguntou, segurando a mão dela e a puxando de volta para o sofá.
- Eu esqueci uma coisa lá em cima. Já volto, Dougie. - Ela sorriu e deu um beijo nele, enquanto Tom e Danny tampavam os olhos, alegando serem muito novos para aqueles tipos de cena.
subiu as escadas devagar e chegou ao corredor, olhando para todas as portas.
- Aqui. - sussurrou para ela de dentro do quarto de Harry, onde se encontrava com . andou até lá e entrou, fechando a porta atrás de si e correndo para se jogar na cama onde as amigas se encontravam sentadas, esperando-a.
- Agora, conta tuuuuuuudo! - falou, rindo. - Inclusive os detalhes sórdidos. - Elas gargalharam e começou a contar como tudo havia acontecido.

Capítulo 8


- Alguém está sentindo que fomos enganados? - Tom comentou, observando a escada, por onde elas haviam passado há vários minutos e de onde ainda não haviam retornado.
- Também tive essa impressão. - Dougie respondeu, concordando.
- O que elas foram fazer? - Danny perguntou curioso.
- Provavelmente fofocar sobre o desempenho do nosso pequeno Poynter. - Tom respondeu, sorrindo.
- Desde quando você entende tão bem de mulher, Tom? - Dougie perguntou, sorrindo.
- Eu já disse que ele é bicha, cara. - Danny comentou e recebeu um dedo do meio de Tom.
- É meio óbvio que elas estão fazendo isso. - Tom falou.
- Ainda bem que não tive um mau desempenho. - Dougie comentou, enquanto assistia TV.
- Isso é o que você pensa. - Danny respondeu.
- Não penso, tenho certeza. - Dougie respondeu, sorrindo cínico para Danny.
- Pipoca! - Tom gritou, rindo.
- Ei! Quem ‘ta falando de mim aqui? - Ouviram Harry perguntar ao entrar em casa com , cheios de sacolas de compras.
- Coitado. - Dougie apontou com o polegar, sobre o ombro e balançou a cabeça. - Se acha.
- Olha quem fala. - Harry se defendeu.
- Duas pipocas. - Danny concluiu.
- Onde estão as meninas? - perguntou, após colocar as compras na cozinha e voltar para a sala.
- Estão lá em cima fazendo um levantamento de detalhes sobre o potencial de pequeno menino. - Tom respondeu e recebeu várias sobrancelhas erguidas em sua direção. - Pô, não queria repetir a mesma frase, mas enfim. Fofocando sobre o acontecimento de ontem.
- OH MEU DEUS! - correu escada acima. - E elas nem sequer esperam por mim para contar os detalhes.
Os quatro ficaram observando a menina sumir na escada, reclamando sobre a falta de consideração.
- Mulheres. - Dougie suspirou indignado ao pensar que elas estavam realmente discutindo sobre o acontecido.
- Se ferrou, cara. - Harry riu da cara dele.
- Por quê? - Dougie perguntou. - Vocês acham que com vocês será diferente? Que elas não vão contar todos os detalhes e tudo mais?
- Hum, é verdade. - Harry abaixou a cabeça.
- Quer dizer... - Dougie riu. - Isso se vocês conseguirem chegar nelas, né? Porque do jeito que a coisa está. Não sei não.
- Cala a boca, fedelho. - Tom apontou o dedo na cara de Dougie, que continuou rindo.

****

- COMO VOCÊS FAZEM ISSO COMIGO? - entrou correndo no quarto de Harry, reclamando.
- O quê? - se assustou.
- Se reunir para contar os detalhes e nem me esperar! Eu também quero saber, poxa. - Ela fez um carinha triste e foi logo abraçada pelas amigas.
- Mas como você sabe que estamos falando sobre eles? - perguntou, apontando para .
- Porque o Tom disse. - Ela deu de ombros.
- Putz, esse guri é muito espertinho pro meu gosto. - reclamou. - Assim não dá.
- Esse é o meu menino. - deu um soquinho no ar, sorrindo feliz. - Quer dizer, um dia será. - Ela completou com um sorriso murcho.
- Oh, não fique assim. - disse, consolando-a. - Do jeito que as coisas andam, não vai demorar muito. Ele está jogando várias indiretas.
- É, eu sei, mas ele é tímido, eu sou tímida. - olhou para baixo. - Assim fica difícil... E você?
- Poxa, o Danny fica fazendo charme, percebe-se claramente que ele fica com ciúmes do James. - As meninas concordaram fervorosamente nessa parte. - Mas eu não sei se isso é só carência dele, querer que eu só dê atenção à ele, por ser meu favorito e não querer que eu goste do James também. Sei lá.
As meninas concordaram compreensivas.
- Ah, não fiquem assim. - tentou animá-las e sorriu.
- Isso porque você é safadinha e conseguiu. - apontou o dedo na cara dela, rindo.
- Bom, digamos que o Dougie não dorme no ponto. - olhou para cima, com cara de sapeca. - Porque é claro, se dependesse só de mim, nada teria acontecido.
- Certo, conte tudo para mim agora, já que vocês não me esperaram. - deu língua para todas, esperando a amiga começar a contar.
Após alguns minutos ela havia recontado toda a história para que sorria feita boba.
- Que gracinha. - Ela disse, após contar sobre o quanto ele havia sido compreensivo com ela sobre não querer transar com ele.
- Eu na verdade não esperava. - disse. - Eu pensei que fosse precisar falar e ele talvez ficasse chateado, mas na verdade quem comentou foi ele. Fiquei feliz.
- Isso é ótimo. - concordou. - Não sei, acho que estamos descobrindo os lados dos meninos que a fama certamente não mostra.
- Tomara. - riu.
- E você? - perguntou olhando para . - Como foi seu encontro no supermercado? - Elas riram.
- Foi muito divertido, nós apostamos sobre quem conseguia terminar as compras mais rápido e eu perdi. - Ela terminou triste. - E eu estou com medo do que o Harry pode pedir para eu fazer, eu não quero ser mais uma e acabar aí.
As meninas balançaram as cabeças compreensivas e continuaram algum tempo conversando. Quando estavam já se levantando para sair do quarto e descer, pediu atenção para fazer uma pergunta, que segundo ela era de extrema importância.
- Lá vem. - comentou no ouvido de , que concordou.
- . - virou na direção da amiga, colocando-a contra a parede. - A pergunta que não quer calar.
- Diga. - riu e esperou.
- Conte para suas amigas, o famoso Dougie Poynter beija bem? - Todas riram com a pergunta.
- PORRA! - soltou um de seus famosos palavrões e as amigas riram. - Ele beija MUITO bem.
- Obrigado, obrigado. - Elas olharam para a porta e viram Dougie entrar no quarto com cara de convencido. - Agora será que dá para vocês pararem de comentar sobre a minha digníssima pessoa pelas costas?
- Mas estamos falando bem de você, menino. - reclamou, saindo do quarto.
- Mal agradecido. - resmungou acompanhando a amiga.
- É, da próxima vez a gente te esculacha. - completou e saiu também.
- Estressadas. - Dougie reclamou e virou-se para , que ainda estava encostada na parede. - E você! - Apontou para ela se aproximando. - Espero que não tenha contado todos os detalhes mesmo. E que tenha falado bem de mim. - Sorriu, colocando a mão na cintura dela.
- Pode deixar. - Ela sorriu também, envolvendo o pescoço dele com os braços. - Eu só contei o necessário e não falei mais do que a verdade. - Ela segurou o rosto dele em suas mãos, aproximando as bocas.
, e desceram fazendo comentários e encontraram os demais sentados na sala assistindo TV, com caras de puro tédio.
- A fofoca foi boa? - Harry perguntou, bocejando.
- Foi ótima. - respondeu sorridente, entrando na cozinha para ver o que eles haviam comprado.
- Isso porque alguém aqui não queria saber dos detalhes sórdidos, não é mesmo? - Tom alfinetou que sorriu culpada.
- Faz parte. - Ela respondeu, ainda sorrindo.

****

- AH! Que tédio. - reclamou, desencostando do ombro de Danny, onde mantinha sua cabeça apoiada há duas horas, tentando assistir um filme velho e chato no qual não conseguia se concentrar.
- Não tem nada pra fazer mesmo, que saco. - Danny reclamou, se espreguiçando.
- Onde estão todos? - Ela olhou em volta e percebeu que estavam sozinhos.
- Nenhuma idéia. - Danny deu de ombros e encostou-se ao sofá, pegando o controle remoto e zapeando, sem prestar muita atenção realmente ao que se passava na TV.
- Humf. - levantou e percorreu a casa procurando pelos amigos, ao constatar que todos estavam interados em suas tarefas, voltou para o sofá, sentando-se ao lado de Danny novamente.
- E então?
- Harry não quis abrir a porta do quarto de Tom, pois disse estar numa operação muito importante. - Fez uma cara estranha ao imaginar que tal operação seria essa. - está tomando banho. e Tom estão na cozinha, tentando fazer alguma coisa que eu não consegui descobrir o que era, mas que parecia saboroso. Estavam tão concentrados um no outro, na verdade, que nem notaram minha presença. - Ela fez uma cara maliciosa e Danny sorriu, entendendo o que ela queria dizer.
- E os dois pombinhos provavelmente estão... - Danny deixou a frase no ar para completar.
- Sentados na cama de Dougie, abraçados, conversando sobre um monte de futilidades que só eles entendem? - sorriu ao ver Danny arquear a sobrancelha querendo dizer que não havia sido exatamente aquilo que ele havia pensado que eles estavam fazendo. - Sim, é isso que eles estão fazendo.
- Que perda de tempo. - Danny bufou.
- Seu tarado. - reclamou, afundando no sofá e olhando pra televisão novamente.
- Se eu tivesse ficado com você, ia querer usar meu tempo de uma maneira mais proveitosa que conversando.
- Danny, me poupe. - rolou os olhos e fingiu que não via o menino ao seu lado rir da cara dela.
- NÃO, TOM! Me solta. - Ouviram gritar da cozinha, ao mesmo tempo em que ria descontroladamente.
- Devolve esse morango.
- Não devolvo nada. - A ouviram responder. - Eu quero comê-lo. Se quiser vem pegar.
- Eita. - exclamou, olhando para a porta da cozinha, na esperança de ver alguma coisa.
- Deixa de ser fofoqueira, garota. - Danny falou, rindo dela. Em seguida, se levantou devagar e abaixou, engatinhando até a porta da cozinha e observando sem fazer barulho.
- Eu que sou fofoqueira, né? - falou baixo, pois já estava na porta também, apoiada em Danny, tentando ver o que se passava na cozinha.
- Silêncio. - Danny falou, colocando o dedo na boca e levando um peteleco na orelha em resposta.
- Não me provoca, . - Tom falou, sorrindo de lado, enquanto ainda mantinha a menina firmemente presa em seus braços. - Depois você fica se escondendo com vergonha.
- Não tenho como sair daqui, tenho? - Ela perguntou, arqueando a sobrancelha e virando-se no abraço, de frente para ele, quando este afrouxou um pouco.
- Hm, não. - Tom negou e sorriu, olhando nos olhos dela. - Agora, onde está o morango?
- Eu comi. - Ela sorriu sapeca ao ver a cara de Tom.
- Eu disse para não comer! - Tom reclamou, rindo. - Agora vai ter que pagar.
- Como? - Ela se aproximou do rosto dele, desafiando-o.
- Cara, o que vocês dois estão fazendo ajoelhados na porta da cozinha? - A voz de Harry tirou a atenção de todos os presentes. e Tom se afastaram rapidamente, adquirindo aquela cor característica de pimentão, enquanto saia de cima de Danny, ajudando-o a levantar-se, ambos com uma cara que misturava culpa e raiva.
- Harry, seu idiota. - Danny falou baixo, tirando o amigo de perto da porta e levando consigo. - Você atrapalhou tudo.
- O que eu atrapalhei? - Harry não estava entendendo absolutamente nada.
- e Tom, iam se pagar ali na cozinha e a gente estava assistindo de camarote, até que a anta da sua pessoa apareceu e estragou tudo.
- Mas como eu ia adivinhar? - Harry levantou os braços, reclamando.
Enquanto isso, Tom e estavam completamente envergonhados na cozinha. Após se afastarem, não conseguiram mais se encarar, ainda mais sabendo que haviam sido flagrados.
- Er... - começou, se aproximando novamente da pia. - Vamos terminar logo isso.
- Hm, certo. - Tom respondeu, parecendo um tanto quanto decepcionado.
Na sala, eles ainda reclamavam com Harry por ter sido inconveniente.
- Mas eu já disse, não tinha como saber. - Harry estava sentado perto do braço do sofá, com uma mão no queixo e outra na perna.
- Inoportuno! - acusava-o, querendo rir da cara que ele fazia.
- Mas por que estão maltratando o pobre coitado assim? - chegou à sala, recém saída de seu banho e sentou-se no braço do sofá, onde Harry estava.
- Eles estão brigando comigo! - Harry falou, olhando com cara de cachorrinho para e passando os braços em volta da cintura dela, apoiando a cabeça em sua barriga. A menina se assustou, mas logo em seguida colocou o braço nas costas dele, consolando-o. - Me defende, .
- Tadinho. O que ele fez?
- Atrapalhou tudo. - Danny reclamou e começou a contar tudo para a menina. Após terminar, deu um pedala de leve no menino que ainda se encontrava agarrado à sua cintura.
- Você também, hein?!
- Até você vai me maltratar? - Harry se afastou, reclamando. - Assim não dá.
- Oh, desculpe. - falou, sorrindo para ele. - Mas poxa...
- Humpf, agora não adianta mais. - Harry resmungou. - Aliás, essa sua maldade comigo, me lembrou que você está me devendo.
- Devendo o que? - perguntou curiosa, enquanto e Danny observavam os dois.
- O pagamento de uma aposta. - Harry sorriu malicioso ao ver a feição curiosa de dar lugar a uma de apreensão.
-É mesmo, não é? - respondeu, levantando-se e andando para a escada. - Então, foi bom encontrar vocês aqui embaixo, mas eu acho que a ‘ta me chamando lá em cima!
- Eu? - apareceu de mãos dadas com Dougie, atrás de , assustando a amiga.
- Droga. - sussurrou e sentiu Harry se aproximar dela e colocar uma mão em seu ombro.
- Bela tentativa. - Ele sorriu, escorregando a mão pelo braço dela e parando na mão. - Pode vir comigo.
- Certo. - A menina respondeu com a voz fraca, deixando-se levar por Harry para o andar superior.
- O que foi isso? - Dougie perguntou, ainda olhando para a escada, assim como todos os outros.
- Algo sobre uma aposta que terá que pagar. - Danny respondeu, meio incerto. e trocaram olhares e sorriram.
- Que aposta? - Dougie perguntou e olhou para , que se fingiu de desentendida. - Suspeita.
- Calúnia! - Ela se defendeu e riu, puxando Dougie para sentar no sofá com ela. - Então, amigos, o que estamos assistindo?
- Porcaria nenhuma. - reclamou. - Programação infeliz.
- Cadê a e o Tom? - perguntou, vendo e Danny rolarem os olhos, bufarem e começarem a contar tudo de novo.
- Ah Harry empata... - tapou a boca de Dougie, antes que ele terminasse sua frase. - Humpf, beijo, beijo, ele empata beijo. - E riram.
e Tom entraram na sala alguns minutos depois e agradeceram mentalmente pelos amigos fingirem que nada havia acontecido, evitando mais constrangimento para eles.
- Onde estão o Harry e a ? - Tom perguntou.
- Lá em cima, fazendo não sei o que. - Danny respondeu. - Algo a ver com uma aposta.
- Aposta? - Tom ficou curioso e , assim como antes, fingiu-se de desentendida.
- Eu acho que elas estão escondendo algo de nós. - Dougie falou para Tom e Danny, apontando as três meninas que faziam caras inocentes.
- Não sabemos de nada. - negou.
- Claro, claro. - Danny concordou irônico.
- É verdade, cabeção. - puxou um cachinho do menino, que fez cara fingida de dor.
- Caras, por favor, amigos queridos do meu coração, me digam que amanhã não ficaremos o dia inteiro em casa de novo. - falou, bufando e esfregando a mão no rosto.
- Poderíamos ir pra casa do James, que tal? - Tom deu a idéia, gerando uma careta de reprovação em Danny. Tom sorriu e insistiu. - A gente fala pros outros Dorks aparecerem lá também e passamos à tarde morgando pelo menos em um ambiente diferente.
- E com gente diferente também. - completou.
- Já cansou de nós? - Dougie perguntou, fingindo-se de ofendido.
- Bom, talvez. - Ela falou, fazendo charme e sentiu-o segurar seu rosto.
- Talvez, é? - Ele aproximou o rosto do dela, acabando com o espaço entre eles e começou a beijá-la devagar e carinhosamente. Enquanto aninhava a menina em seus braços, passava delicadamente o polegar no rosto dela, fazendo-a sorrir durante o beijo. Uma bela cena romântica interrompida por uma almofada voadora vinda de Danny.
- Arrumem um quarto, porra. - Danny reclamou emburrado.
- Inveja é uma merda. - Dougie suspirou com raiva e afastou o rosto de , permanecendo abraçado com a menina em seu peito e com os dedos entrelaçados.

Capítulo 9


Harry continuou segurando a mão de até chegarem em frente à porta do quarto de Tom, onde pararam. Soltou sua mão da mão dela e colocou-a no bolso, tirando, em seguida, um lenço que usou para vendar os olhos dela.
- O que você está fazendo, Harry? - Ela perguntou, em um misto de curiosidade e apreensão.
- Já disse para confiar em mim. - Ele passou o polegar pela bochecha dela e virou-a de frente para a porta do quarto, abrindo-a e empurrando-a levemente pelas costas para que entrasse. estava sentindo um friozinho na barriga, resultado da incerteza e do toque de Harry. Não fazia a mínima idéia do que esperar. Sentiu Harry segurar seus ombros, indicando que deveria parar e sentiu uma leve brisa tocar seu rosto, parecia que estavam perto de uma janela. Harry se afastou, indo em direção a um aparelho de som próximo a eles. ouviu entrar em seus ouvidos uma melodia conhecida e riu.
- Não me mate de vergonha rindo, por favor. - Harry riu de leve e voltou a segurar os ombros dela.
- Achei engraçado você colocar essa música, mas não estou rindo por você cantá-la, eu gosto. - Ela cantarolou um pedaço de Hero e sorriu.
Harry levou as mãos até o rosto da menina e puxou o lenço com delicadeza. abriu os olhos e notou que estava na porta da varanda do Tom e não em uma janela. Percebeu que Harry arrumara um pequeno pic-nic para eles na sacada e o céu estrelado dava um toque especial ao ambiente.
Sorriu e olhou para trás, encarando o menino nos olhos.
- Eu adorei. - Seus olhos estavam brilhando de felicidade e Harry notou que havia agradado.
- Eu disse para confiar em mim. - Ele sorriu e virou-a de costas para ele, segurando em sua cintura e guiando-a para fora.
- Mas isso não me parece o pagamento de uma aposta. - Ela comentou, ainda sorrindo.
- Eu quero sua companhia à noite toda e você vai ter que aceitar, pois me deve. Essa é a aposta que eu quero. - Ele sorriu, observando as estrelas.
- Como se fosse um sacrifício, Harry. - Ela respondeu docemente, observando o céu também.
Harry sorriu e olhou para a menina. Indicou a toalha arrumada no chão e serviram-se, enquanto conversavam sobre diversos assuntos. Após Hero, Harry havia selecionado diversas canções que ele achou apropriadas para o momento e elas permaneceram tocando durante todo o tempo que ficaram lá, mas eles sequer prestavam atenção nelas. Após comerem, Harry sentou-se ao lado dela, encostando as costas na parede, com as pernas esticadas, estava ao seu lado, com a lateral de seu corpo apoiada nele e as costas na parede também, dividiam um cobertor por causa do frio. Ambos olhavam para o céu novamente, pois estava realmente bonito naquela noite de inverno.
- Sabe, o Tom escolheu esse quarto por causa dessa varanda. - Ele comentou após algum tempo. - Você deve saber que ele gosta muito dessas coisas de espaço e tal. Então ele quis o quarto onde melhor pudesse observar o céu. Mas todos nós gostamos de sentar aqui e ficar olhando as estrelas. Esse lugar é muito gostoso.
- É maravilhoso. - concordou, sorrindo de olhos fechados.
- É mesmo. - Harry respondeu, admirando as feições da menina ao seu lado. - Posso te fazer uma pergunta?
- Tenho o direito de não responder? - Ela sorriu, abrindo os olhos e mirando-o.
- Tem. - Ele concordou. - Não quero estragar esse momento, mas quero saber se eu tenho alguma chance com você, de verdade.
não esperava aquela pergunta, mas não reclamou, ponderou durante alguns segundos antes de responder.
- Eu não quero ser apenas mais uma, Harry. - Ela concluiu de forma um pouco triste.
- Nem que você quisesse. - Ele respondeu, com sinceridade.
- Bom saber. - Ela sorriu docemente e em seguida bocejou. - Apenas deixe as coisas acontecerem então.
- Obrigado. - Ele retribuiu o sorriso e deu um beijo na testa dela.
encostou a cabeça no ombro dele e em poucos minutos havia dormido. Harry não quis acordá-la, por isso permaneceu parado, somente pensando nos últimos acontecimentos. Quando estava prestes a dormir também, ouviu Tom chamá-lo na porta da varanda.
- O que estão fazendo aqui? - Tom sussurrou para não acordar . - Vocês não apareceram para jantar, sumiram totalmente.
- Que horas são? - Harry perguntou, pois havia perdido totalmente a noção do tempo.
- Quase uma hora da manhã, dude.
- Nossa!
- Vocês pretendem dormir aqui na varanda? - Tom arqueou a sobrancelha.
- Não, eu pretendo deitá-la na sua cama e dormir ao lado dela. - Harry sorriu maroto.
- Valeu gatinho, me expulsou da minha própria cama. - Tom fez joinha e sorriu amarelo.
- Por favor? - Harry pediu sorridente e recebeu um par de olhos para o alto e um suspiro.
- Está bem, me deve essa. - Tom virou-se para ir embora, enquanto Harry tentava levantar vagarosamente, sem acordar a menina.
Tom saiu do quarto, fechando a porta levemente e encontrou reclamando no corredor.
- O que houve, ? - Ele riu ao ver a cara dela.
- Me desalojaram, cara! Eu tentei entrar no quarto para dormir e a e o Dougie não me deixaram.
- Bem vinda ao clube. - Tom fez cara de compreensivo.
- Te expulsaram do seu próprio quarto? - perguntou espantada.
- Sim. - Tom riu. - Mas eu supero.
- Ninguém merece. - Ela rolou os olhos e foi em direção ao quarto de Danny, abriu a porta e entrou sem nem ao menos perguntar se podia.
Tom ficou parado no meio do corredor, sem reação, vendo o que fazia. Ele pretendia entrar no quarto de Danny e dormir lá com ele, mas fora mais rápida.
- Danny, chega para lá nessa cama. - Ele ouviu a menina dizer.
- O que você está fazendo aqui, linda? - Danny perguntou sonolento. Ele havia acabado de subir e já dormia. Impressionante.
- Me expulsaram de onde eu estava e eu vim dormir com você.
- Eu ‘to sonhando?
- Não, Danny, você não está sonhando, agora me dá um pedaço dessa coberta que estou com frio.
- Deixa que eu te esquento.
Tom tapou os ouvidos, tentando não ouvir mais o que acontecia naquele quarto e observou a porta que tinha à sua frente. O quarto do Harry. E pensou na única pessoa que poderia estar e de fato, estava ali. Bateu na porta e ao ouvir o consentimento dela, entrou.
- Desculpe, . - Ele entrou meio tímido e parou encostado na porta fechada atrás de si.
- Não tem problema, eu ainda não havia dormido. - Ela sorriu ao ver quem havia entrado.
- Er... Será que eu posso ficar aqui? - Tom perguntou, olhando para ela. - É que ocuparam todos os quartos e inclusive me expulsaram do meu, então eu não tenho onde ficar. Mas não tem problema, eu durmo no chão se você quiser, eu não ligo.
começou a rir da carinha que ele fazia e balançou a mão para que ele parasse de falar.
- Deixa de bobeira, Tom, vem para cá. - Ela chegou para o lado na cama, dando espaço para que ele deitasse, o que ele fez timidamente.
- Obrigado. - Ele sorriu para ela e apoiou a cabeça na mão, deitando-se de lado e observando a menina.
- De nada. - Ela sorriu deitada no travesseiro, com a cabeça voltada na direção dele.
- De volta aos velhos tempos? - Ele comentou com um olhar divertido, fazendo menção à semana anterior.
- Você era bem menorzinho. - Ela riu.
- Prometo que não vou ocupar muito espaço. - Ele riu também, desapoiando a cabeça e deitando no travesseiro.
- Sem problemas. - esticou o braço e apertou o interruptor que se encontrava ao lado da cama. - Boa noite, Tom.
- Boa noite, .

****

- Até que enfim vocês chegaram. - James falou divertido, abrindo a porta de sua casa e permitindo que todos passassem. - Pensei que viessem almoçar aqui.
- Não, não quisemos dar trabalho. - respondeu, sendo a penúltima a entrar.
- Sorte de vocês, porque não tinha comida mesmo. - Steve respondeu, saindo da cozinha com um sanduíche de presunto e indo cumprimentar os recém chegados.
- Não esculacha também, Steve, qual é? - James reclamou, guiando-os até a sala. - Fiquem à vontade.
- Eu já estou, obrigado. - Danny respondeu, deitado no sofá, com os pés em cima da mesa de centro e as mãos atrás da cabeça.
- Você é muito folgado, Daniel. - suspirou após reclamar.
- Já estamos acostumados, não tem problema. - Hall disse, aparecendo na sala junto com Chris e Dave.
- Viu? - Danny olhou para convencido. - Não tem problema.
- Abusado. - Ela deu língua para ele e foi retribuída.
- Então? - James perguntou, sentando-se no chão, pois os dois sofás já estavam completamente ocupados. - Vocês cansaram de morgar sozinhos e resolveram morgar com a gente?
- Bingo. - Tom falou, apontando o indicador para o amigo e piscando.
- O que vocês estavam fazendo antes de nós chegarmos? - perguntou interessada.
- Bom... - Dave começou a responder. - Eu acabei de acordar.
- Claro, esse dorme mais que a cama. - Hall zoou e continuou. - Eu e Steve estávamos jogando vídeo game, até ele sumir para comer.
- Vídeo game! - falou feliz, batendo palminhas.
- Você gosta? - Pelo menos uns cinco dos garotos presentes fizeram essa pergunta ao mesmo tempo, fazendo se encolher meio acanhada.
- Er... Gosto. - Ela respondeu incerta. - Não pode?
- Quem não gosta? - perguntou, arqueando a sobrancelha.
- Irado! - Steve respondeu feliz.
- Eu hein, é cada um que aparece. - comentou com , que estava sentada ao seu lado e que concordou com o comentário.
- Você quer jogar? - Hall perguntou para e ela prontamente afirmou, sendo levada por ele e Steve para outro cômodo e tendo seus movimentos meticulosamente observados por Harry.
- E vocês? - apontou para James e Chris. - O que faziam?
- Ah, nós estávamos trabalhando em uma música. - Chris respondeu, sorrindo para elas.
- Exato, aliás... - James falou, levantando-se do chão. - Tom, pode chegar mais?
- Claro. - Tom levantou, acompanhando os dois meninos e puxando consigo. Danny de intrometido foi junto, pois também queria ver a tal música e com isso, levou .
- Parece que sobramos. - Dougie comentou com , Harry e Dave.
- Vocês. Eu vou jogar vídeo game também, sabe? - Harry falou meio incerto, mostrando claramente que na verdade, ia conferir , levantou-se e sumiu de vista.
- É. - suspirou. - Dougie, onde eu posso pegar água? - Ela falou baixinho, pois estava com vergonha de estar em uma casa estranha.
- Na cozinha, óbvio. - O menino respondeu baixo, imitando ela e rindo da carinha que ela fez.
- Isso eu sei, mas onde é? - Ele levantou-se, segurando a mão dela e começou a levá-la até a cozinha.
- Vamos à cozinha, ok? - Dougie falou para Dave, que fora o único que havia sobrado ali na sala, embora parecesse mais adormecido que acordado.
- Claro. - Respondeu roucamente.
- Ele ainda está dormindo. - constatou, entrando na cozinha com Dougie.
- Ah, azar o dele. - Dougie respondeu, enquanto abria o armário para pegar um copo para a menina.
- Que horror. - se espantou com a grosseria.
- Toma sua água. - Dougie andou até ela, que estava encostada na pia e entregou o copo após beber um gole.
- Obrigada. - Ela pegou o copo e bebeu um pouco, observando Dougie olhar para todos os cantos, menos para os olhos dela. - Hey... - Chamou a atenção dele, mas o menino não a olhou. Terminou de beber o conteúdo de seu copo e apoiou-o delicadamente na pia. Em seguida, esticou o braço, pegando na camisa de Dougie e puxando-o para perto dela com carinho, forçando-o a olhar em seus olhos. - Não me ignore, estou tentando falar com você.
- Estou ouvindo. - Ele respondeu meio rouco, pela proximidade que ela gerara entre eles.
- Não vejo nenhuma razão para essa insegurança. - Ela falou, colocando uma mão na nuca dele e fazendo carinho, enquanto a outra mão encontrava-se apoiada no peito dele. - Eu estou com você.
- Eu sei. - Ele respondeu, olhando para baixo. tirou a mão que se encontrava no peito dele e levou-a ao queixo dele, forçando-o a olhá-la novamente. Ficaram se olhando durante vários segundos e quando não podiam mais ficar apenas se encarando, juntaram as bocas e iniciaram um beijo. Dougie levantou-a e fez com que ela sentasse na pia, ficando encostado na bancada, entre as pernas dela, com as mãos em sua cintura e sem parar o beijo. Não estavam ultrapassando limites, ou tentando chegar a um ponto que não seria possível na cozinha de uma casa cheia de gente, apenas se beijavam, aproveitando cada segundo juntos.
- Opa. - Dave entrara na cozinha para apanhar algo para comer, mas parou ao ver aquela cena, tentou sair antes que atrapalhasse, mas não foi bem sucedido. e Dougie pararam de se beijar e olharam para o menino que estava sem graça. - Desculpa, eu só tinha vindo apanhar um pedaço de bolo. - Entrou rapidamente, pegando o que queria.
- Sem problemas. - Dougie respondeu, ainda olhando para o amigo.
- Mal, aí. - Dave falou com a boca cheia de bolo, dirigindo-se à saída. Chegando à porta, virou-se para trás e engoliu antes de falar. - Vocês formam um belo casal. - E sorriu, saindo.
Dougie agradeceu com a cabeça e com um sorriso. Voltaram a encarar-se e ele percebeu que ela fazia uma cara de convencida, como se dissesse que tinha razão.
- Ok, ok. - Dougie se rendeu e sorriu, aproximando-se novamente da menina e voltando a beijá-la.
Dave saiu lambendo seus dedos e procurando o resto pela casa. Passou pelo quarto de Steve, onde este disputava com , que ria, pois estava ganhando. Hall apoiava a vitória de e Harry estava sentado na cama, parecendo meio hipnotizado pela garota. Dave balançou a cabeça sorrindo e seguiu até o próximo cômodo onde se encontravam os demais. James, Chris e Danny estavam apoiados em um piano observando juntos, um papel meio amassado no centro. Tom estava sentado, com ao seu lado, no banquinho do piano e tocava algumas melodias, fazendo-a sorrir. estava sozinha no sofá, observando os meninos trabalharem na letra. E foi ao lado dela que ele sentou-se.
- Oi. - Ela disse, vendo o loiro sentar-se.
- Oi. - Ele sorriu para ela. - Você vem sempre aqui? - deu uma gargalhada.
- Não, primeira vez e você? - Ela perguntou sorrindo.
- Já me alojei. Sou abusado. - Dave respondeu, rindo junto com ela.
- Vocês não têm mais o que fazer, não? - Chris olhou para trás, perguntando aos dois sentados no sofá, pois ouvira a pequena conversa entre eles.
- Sinceramente? - Dave perguntou e olhou para , em seguida voltou seu olhar para Chris. - Não.
- Então ajuda aqui. - James falou e os dois levantaram se aproximando.
Ficaram um bom tempo mexendo na música, tirando melodias no piano, rindo e falando besteira. Cansados de ficar ali, resolveram ir ao quarto do lado onde os outros ainda brincavam no vídeo game. Dessa vez Harry estava contra , que vinha ganhando de lavada de todos os presentes, deixando-a completamente convencida. e Dougie estavam sentados na cama, encostados na parede, junto com Steve e Hall, que agora torciam para Harry, pois haviam cansado de serem derrotados e humilhados por .
- Droga! - Harry reclamou, após perder novamente para ela e largando o controle no chão.
- Alguém se habilita? - perguntou para os outros que haviam acabado de chegar, com um sorriso feliz.
- Vocês estão perdendo para ela? - James perguntou incrédulo.
- Se você acha que faz melhor, então tenta. - Hall indicou o controle com a mão e James sentou-se no chão para jogar com ela.
Foi terrivelmente massacrado com uma diferença extraordinária de pontos, o que o deixou com raiva.
- Não quero mais jogar também.
- Ninguém? - perguntou e todos negaram. - Ninguém? - Ela perguntou com carinha de cachorrinho. - É. Sou a grande vencedora do dia.
- Pipoca! - Harry gritou, puxando a menina pra cama, no meio de todos os outros que se amontoavam nela.
- Acho que devíamos ter avisado antes que não se disputa com no vídeo game. - comentou com e , que concordaram.
- Humpf, ainda teremos revanche. - Steve reclamou.
- O que faremos agora? - perguntou.
- O que fazemos todas as noites, Pinky. - respondeu e ambas sorrindo, completaram:
- Tentar conquistar o mundo.
Os demais ficaram encarando elas como se fossem meio mongóis e não deram créditos.
- Somos incompreendidas, amiga. - disse e concordou tristemente.
- Eu tive uma idéia. - Dave disse, assustando-os.
- Qual? - Tom perguntou de um canto do quarto.
- Vamos brincar de pique-esconde? - Dave sugeriu com os olhos brilhando.

Capítulo 10


Todos se entreolharam cogitando a possibilidade de brincar de pique-esconde e pareceu uma idéia muito tentadora.
- Ah! Que legal! - bateu palmas, feliz e gritou. - Já que deu a idéia, está com você!
- Poxa, ‘ta bem, então. - Dave fez biquinho e todos levantaram.
- Conta até mil. - Danny falou, rindo da cara que ele fez.
- Vou contar até cem, ok?
- Está certo. - Chris concordou e levou Dave até a parede, enquanto todos saíam rapidamente do quarto. - Pode começar. - E logo saiu também.
- Droga, a gente não conhece a casa. - saiu reclamando e não sabia para onde correr.
- Entra em qualquer lugar, garota, que diferença faz? - falou sumindo de vista.
- É, aqui não é o castelo da Fera, não tem nenhuma ala proibida. - Hall completou passando por ela. - Se esconde onde quiser.
Todos conseguiram se enfiar em algum cantinho e puderam ouvir quando Dave gritou que estava indo procurá-los.
A primeira pessoa que Dave encontrou foi Tom, tornando-o o próximo que iria procurar. Após todos terem sido encontrados, começaram uma nova brincadeira, dessa vez com Tom contando. Tom saiu buscando todos os cantos da casa e a primeira coisa que viu foram duas sombras atrás de um sofá. Encontrou com Chris, conversando aos sussurros e divertindo-se.
- ! - Tom chamou assustando-a. Ela olhou para ele e viu que não estava sorrindo. Ficou triste com aquela reação dele e levantou-se, caminhando para o quarto e aceitando ser a próxima a procurar.
- Mas eu estava junto com ela, deixa que eu procuro no lugar dela. - Chris falou, tentando convencer Tom.
- ‘Ta, cara. - Tom respondeu sem dar atenção e saindo para procurar os demais.
- Parece que ele ficou com ciúmes. - Chris falou com , dentro do quarto, enquanto esperavam os demais.
- Não sei de quê. - respondeu, encarando seus pés. - Não tenho nada com ele.
Tom, que estava voltando junto com alguns dos Dorks ouviu a resposta dela e ficou triste. Ela tinha razão, não tinha motivo nenhum de reclamar algo com ela. Deu meia volta, indo procurar os que faltavam e deixou os que já havia achado no quarto. Quando Chris já estava contando, Tom puxou para se esconder com ele.
- Me solta, Tom. - Ela pediu em um sussurro. - Deixa eu ir me esconder.
- Vem comigo. - Ele puxou-a até outro quarto, onde se esconderam na sombra do armário. - Desculpa.
- Pelo quê? - Ela perguntou, embora imaginasse.
- Por ter sentido ciúmes. - Ele respondeu e agradeceu mentalmente por estar escuro, de modo que ela não veria suas bochechas coradas. - Você tem razão. Não tem porque eu ficar com ciúmes se nós não temos nada.
- Vo... Você ouviu isso? - Ela perguntou com a voz falha.
- Sim.
- Desculpa.
- Não tem porque pedir. - Ele passou a mão no rosto dela que fechou os olhos.
- Não faz isso, por favor. - Ela pediu para ele parar de tocá-la, em um sussurro.
- Você não quer, não é mesmo? - Ele tirou a mão do rosto dela e encostou-se ao armário.
- Não é isso. - Ela completou e resolveu falar antes que perdesse a coragem. - O problema é que quero até demais.
- O quê? - Tom demorou a assimilar as palavras, mas quando entendeu se aproximou dela. No mesmo instante alguém acendeu as luzes, fazendo os dois se afastarem rapidamente e Tom acertar a cabeça no armário.
- Aii, porra! - Ele reclamou colocando a mão na parte de trás da cabeça e fechando os olhos por causa da claridade que surgira de repente.
começou a rir da cena e deu um abraço em Tom, apertando o ponto da cabeça que ele havia batido, junto com ele.
- Cara, o que vocês dois estão fazendo ae? - Hall perguntou. - Só faltavam vocês, chamamos pela casa toda e vocês não responderam.
- Desculpe, não ouvimos. - respondeu ainda rindo da carinha que Tom fazia.
- Não ri de mim. - Ele pediu, mas riu um pouco também.
- Vem. - puxou o menino dali com ela. - Quer botar gelo?
- Não precisa, não.
Voltaram para o quarto e todos ainda queriam continuar a brincadeira. Dessa vez, quem procuraria seria Steve. saiu correndo em direção ao quarto mais distante e entrou no armário que tinha ali. Afastou algumas roupas e encostou-se em uma das laterais, tentando controlar sua respiração. Pouquíssimo tempo depois, Danny entrou naquele mesmo quarto e enfiou-se debaixo da cama, mas não escutou, pois estava entretida em expirar e inspirar sem fazer barulho e Danny não sabia que ela estava ali. Mas ambos ouviram quando a porta do quarto se abriu e mais alguém entrou no quarto, essa pessoa se dirigiu para o armário, pois aparentemente havia tido a mesma idéia que .
- Ih, foi mal. - James falou para a menina após abrir a porta. - Não sabia que estava ocupado.
- Garoto, você quase me matou do coração. - Ela falou, com a mão no peito.
Danny estava se controlando para não sair de seu esconderijo, pois ficava pensando em James e dentro daquele armário.
- Posso ficar aqui? - James perguntou, entrando no armário também.
- Você já está aqui. - riu.
- É, tem razão, desculpe. - Ele riu também.
- Sem problemas.
Um silêncio constrangedor se instalou durante alguns minutos e não percebeu que James havia chegado perto dela. Muito perto.
- Mas o quê... ? - Ela ia começar a perguntar, mas suas palavras foram interrompidas pelos lábios macios de James sobre os seus. Tomada pelo choque não reagiu e James entendeu isso como um sinal afirmativo, de modo que aprofundou o beijo. Danny percebeu o que estava acontecendo e sentiu vontade de se socar. Decidiu que não queria ficar ali ouvindo James beijar a garota que ele queria estar beijando. Começou a sair debaixo da cama e já ia levantar quando ouviu reclamar.
- Pára. - Ela afastou James delicadamente de si e pediu para que ele parasse o que fazia. - Por favor. Não faz isso.
- Por quê?
- Porque eu não quero. - Danny resolveu ficar mais um pouco ali embaixo, para poder escutar a conversa deles, estava ficando interessante. Para ele.
- Desculpa. - James falou. - Eu não achei que tivesse alguma chance, mas não custava nada tentar. Quer dizer, me perdoa de verdade.
- Tudo bem. - Ela respondeu tristemente.
- Você é uma garota linda, incrível e eu realmente gostei de você, mas desde o início tive quase certeza que não teria chances contra o Danny.
Danny arqueou uma sobrancelha e apurou o ouvido para prestar mais atenção.
- O que você quer dizer com isso? - Ela perguntou com a voz falha.
- Você sabe muito bem. Quer dizer, eu também deveria ter me convencido que é do Danny que você gosta.
- Eu gosto muito de você, James.
- Mas não do mesmo jeito que gosta dele. Eu sei. - James sorriu e passou o dedo na bochecha dela. - Não quero que isso estrague a pequena relação que construímos ao longo dessa semana. Me desculpe, de verdade.
- Não irá. - Ela sorriu também, abraçando ele. - Não se preocupe. E obrigada por entender.
James retribuiu o abraço e em seguida saiu do armário, saindo também do quarto e deixando a menina sozinha com seus pensamentos. Não tão sozinha, na realidade. encostou-se pesadamente no armário de novo e perdeu-se pensando no que acabara de acontecer. Tivera a chance de ficar com James e negara veementemente, trocando uma certeza pela dúvida. Gostava de James, mas nem de longe como gostava de Danny. Mas este parecia não decidir-se. Submersa em dúvidas, não ouviu a porta ser aberta novamente e ao invés de James, aparecer o próprio Danny, que sairá de seu esconderijo e agora tinha certeza do que devia fazer.
- Oi. - Danny falou, ao parar de frente para ela, pois percebeu que ela não o havia visto ainda.
- AHH... - levou um susto, tanto pela presença de alguém, quanto por descobrir quem era esse alguém. Com o susto escorregou em um casaco que estava pisando e ia cair muito feio dentro daquele armário se Danny não a tivesse segurado fortemente pela cintura e puxado-a para cima dele. prendeu totalmente a respiração a se ver tão próxima do rosto dele e por estar colada ao corpo dele daquela maneira.
- Oh meu deus. - Foi a única coisa que conseguiu proferir.
- Tudo bom? - Danny sorriu para ela, sem soltá-la.
- Oh meu deus. - Ela repetiu. - O que você está fazendo aqui? De onde você surgiu? Foi o James que te mandou aqui? Eu mato ele. - Ela não parava de falar e pela segunda vez, em menos de 15 minutos, teve suas palavras interrompidas por lábios. Diferentes. Duas pessoas haviam a calado da mesma maneira. Sorte pouca é bobagem. Dessa vez o susto também foi grande, mas sua recuperação absurdamente rápida. Passou os braços ao redor do pescoço de Danny e abriu a boca permitindo que ele completasse o beijo. Esperara por aquilo durante tanto tempo que não poderia perder um minuto agora. Danny passava a mão na lateral do corpo dela, pressionando-a contra o fundo do armário. Separaram as bocas em busca de ar e isso permitiu que Danny respondesse.
- Não, eu estava embaixo da cama e ouvi tudo que aconteceu. - Ele respondeu roucamente no ouvido da menina, fazendo-a se arrepiar.
- Que vergonha. - Ela falou, corando e afundando o rosto no peito dele.
- Foi ótimo. - Danny respondeu, beijando o pescoço dela. - Me esclareceu tudo que eu precisava saber.
- Até que enfim. - Ela disse e procurou a boca dele para continuarem a beijar-se.
Steve entrou no quarto para procurar as pessoas que faltavam, mas parou ao perceber que os dois escondidos no armário, fossem quem fossem, estavam se divertindo muito mais do que antes. Resolveu não interromper e saiu do quarto, apagando novamente a luz e fechando a porta.

****

- Cadê a e o Danny? Só faltam eles. - Dave perguntou esparramado no sofá, ao lado de Hall.
- Eles... Eles... - Steve se enrolava com as palavras. Não sabia exatamente se deveria ou não dizer o que ele viu, ainda mais com James ali presente.
- Eles quem? - perguntou Danny, seguido de . Ambos estavam com as bochechas e bocas vermelhas e Danny estava com a blusa um pouco amassada.
- Estávamos esperando vocês. A brincadeira já acabou faz tempo. - Chris falou, analisando o estado dos dois.
- Parece que eles estavam brincando de outra coisa. - Dougie cochichou no ouvido de , que não pôde evitar um sorriso maldoso direcionado para , que por estar perto, acabou escutando e corando mais ainda.
- Ahh! Foi mal, gente. Mas engatamos uma conversa tão boa que nem vimos o tempo passar. - Danny falou com a cara mais lavada do mundo, enquanto ia em direção ao sofá para sentar-se entre e .
- Depois eu quero saber exatamente o que está acontecendo, dona , apesar de eu ter uma idéia. - sussurrou para a amiga, que não pôde deixar de abrir um sorriso.
- E espere eu estar presente para começar a contar. Não faça igual à desalmada da . - reclamou, arrancando uma risadinha de .
- Já que estamos todos aqui presentes, gostaria de fazer um comunicado. As senhoritas estão oficialmente convidadas a participarem da festa aqui em casa no Ano Novo e eu não aceito não como resposta. - James deu um de seus sorrisos para as meninas, que imediatamente suspiraram.
- E a gente? Fica em casa? - Tom falou meio mal humorado, percebendo que havia suspirado.
- Ahh... Vocês são o acompanhamento. - Chris falou, arrancando risadas das meninas e dos Dorks.
- Muito engraçado, Chris. - Harry rolou os olhos, enquanto Dougie balançava a cabeça.
- Isso quer dizer que somos o prato principal? - perguntou arqueando a sobrancelha e ouvindo as risadas dos meninos.
- É, e nós somos o molho especial. - Hall completou.
- Menos mal, o acompanhamento vai junto com o prato principal, o molho é optativo. - Harry falou baixo e somente , e ouviram, e riram mais ainda, deixando os demais sem entender o motivo.
- Mas e aí, vocês vão vir ou não? - James fez cara de cachorrinho pidão para elas.
- Olha, James, depois dessa ordem e dessa carinha que você ‘ta fazendo, acho que não tem como negar, né? - falou, recebendo um pequeno beliscão na perna, dado por Dougie - Ai!
O menino fez cara de mau, recebendo um beijo estalado na bochecha.
- Que fofo! Está com ciúmes! - Falou, apertando as bochechas de Dougie, enquanto os outros reviravam os olhos.
- Ahh, e vale lembrar que a festa tem tema. - Dave falou sorrindo.
- Tema? - perguntou confusa.
- É, anos 50 e 60, e um nome descaradamente plagiado: Baile do Encantamento FanFusion.org.
- Nossa, que original. - Danny comentou rindo.
- Que lindo. Sempre quis ir numa festa assim. - comentou sorrindo.
- Estou com fome. - Dave reclamou após um tempo, passando a mão pela barriga.
- Novidade. - Falaram os meninos juntos.
- Eu também estou. O que acham de pedir uma pizza? - Hall sugeriu, se levantando sem esperar resposta e indo pegar o telefone e o papel que tinha os sabores de todas as pizzas.
- Ótima idéia. Mas, quantas? - Steve começou a contar as pessoas na sala.
- Umas dez? - Harry perguntou, bagunçando o cabelo distraidamente.
- Dez?! - Exclamaram as meninas, de boca aberta.
- Se a gente come muito, imaginem esses cinco. - Tom piscou para elas, que ainda estavam surpresas.
As meninas ficaram observando a bagunça que havia se formado. Cada um estava escolhendo um sabor de pizza diferente e reclamavam da escolha do outro. Parecia uma feira.
- Hey, acho que eles se esqueceram da gente. - veio para perto das meninas, enquanto Dougie falava alto todos os sabores de pizza que ele queria comer e Danny tentava inutilmente ler o pequeno cardápio da pizzaria, que toda hora era arrancado da sua mão. Tom e Harry tentavam convencer Chris, James e Hall a escolherem a mesma pizza que eles, enquanto Steve e Dave vieram perguntar o sabor de pizza para as meninas.
- Ahh! Mussarela e calabresa. - Falou , que já conhecia os gostos das amigas.
- Ok! Decidido, então. Mussarela e Calabresa, gente! - Dave voltou, gritando, para perto dos meninos.
- Estamos em um hospício. - comentou, enquanto observava o caos formado.
- Mas é um ótimo hospício. - sorriu, vendo Tom sorrir, mostrando aquela covinha.
- Bota ótimo nisso, se eu soubesse que era assim, teria deixado vocês me internarem na primeira vez que sugeriram. - riu junto com as amigas.

****

- Eu achei que havia pizza demais, mas me enganei completamente. - via todas as 10 caixas de pizzas vazias, em cima da mesa de jantar.
- Nem me fale, parecia que era a última refeição da vida deles. - limpava a boca com o guardanapo enquanto via Tom, contente, comer o último pedaço de sua pizza.
- Sorte que sobrou para a gente. Pensei que íamos ficar a ver navios. - , que se encontrava sentada entre James e Danny, estava com um dos braços apoiados em cima da mesa, enquanto o outro segurava seu copo de refrigerante.
- , você pretende comer esse último pedaço pizza? - Dougie perguntou com a boca cheia, olhando cobiçoso para o pedaço que a menina guardava.
- O que você acha? - A menina levantou uma sobrancelha.
- Não sei, por isso estou perguntando. - Falou embolado, ainda de boca cheia.
- Que bando de esfomeados. - Harry murmurou, apoiando o rosto na sua mão.
- Pelo que eu vi você comeu seis fatias, Harry. - Hall comentou, enquanto servia refrigerante para ele e Dave.
- Eu acho que foram sete. - Danny comentou, enquanto colocava uma de suas mãos em cima da perna de , apertando o local, nada inocentemente, fazendo a menina se engasgar com a bebida. Ele deu um sorriso de lado enquanto via James, solícito, dar batidinhas nas costas de uma muito vermelha.
- Foram sete e meia, porque ele roubou metade da minha pizza. - Steve apontava um garfo na direção de Harry.
- Não foi minha culpa. Você estava demorando muito para comer. - Harry se defendeu.
- Eu não acredito que estão discutindo por comida. - Tom finalmente havia parado de comer e olhava para os outros.
- É verdade. Elas vão pensar que somos esfomeados. - Chris sorriu para as meninas, dando uma piscadela.
- Olha, a gente nem pensa mais isso. - começou, arrancando um sorriso dos garotos.
- A gente já tem certeza. - terminou a frase, fazendo os sorrisos murcharem.
- Mas vocês são más. - Dave fez biquinho.
- Nós só somos realistas e Dougie Poynter, se você tentar pegar mais uma vez esse pedaço de pizza eu juro que enfio o garfo na sua mão. - olhou ameaçadoramente para o menino que fez carinha de cachorro quando cai do caminhão de mudança. - E nem adianta fazer essa cara. Não vou cair nos seus truques.
- Droga. - O menino reclamou, cruzando os braços, enquanto os outros riam.
- É! é quem manda na relação. - James riu, arrancando mais risadas dos outros.
- Hey, o que vocês acham de passarem o dia lá em casa amanhã? - Tom perguntou, enquanto se levantava, recolhendo seu prato e copo.
- Uma ótima idéia! - Dave comemorou, fazendo uma de suas típicas dancinhas.
- Opa, mas só podemos de tarde. Temos um compromisso amanhã com a gravadora. - Chris também se levantou indo ajudar Tom.
- Sem problemas. Até parece que as princesas vão acordar cedo. - Dougie comentou inocentemente, fazendo todas lançarem um olhar mortal para ele.
- Até parece que vocês também não acordam tarde... OPA! - levantou rapidamente da cadeira, olhando para um Danny que ria, colocando as mãos para cima da mesa.
- Não resisti. - Foi a única coisa que ele disse, fazendo a menina rolar os olhos.
- O Dougie é o que mais dorme. Ele e a . - obrigava Harry a levantar para ajudar na arrumação da mesa.
- Isso eu não nego não. - sorria, colocando o rosto apoiado nas mãos.
- Ainda é cara de pau de confirmar. - balançou a cabeça, inconformada.
- Tem certas coisas que não dá pra negar, né? - Dougie sorriu e concordou.

Capítulo 11


- Ahh! Lar doce Lar. - Dougie entrou correndo na casa e se jogou no sofá.
- Hum... Acho que comi demais. - Harry passava uma mão na barriga, enquanto a outra estava nos ombros de .
- Isso que dá comer feito um condenado. - Tom segurava a porta para entrar, e quando a menina passou por ele, ele piscou e deu um sorriso, o que fez as pernas dela tremerem.
- Eu só comi cinco pedaços. - Danny trancou a porta depois que ele e entraram. A menina subia as escadas, alegando que estava apertada para ir ao banheiro.
As meninas se olharam e sorriram, sem que os meninos percebessem.
- Acho que também vou ao banheiro. - se levantou rapidamente, sorrindo e indo em direção à escada.
- Mas você não foi quando saiu da casa dos Dorks? - Dougie perguntou, ligando a TV.
- Deu para controlar agora os horários que a vai ao banheiro? - Harry perguntou rindo, recebendo uma almofadada na cara.
nem se deu ao trabalho de responder e subiu a escada. se espreguiçou e foi em direção ao andar de cima, puxando junto com ela.
- Onde vocês vão? - Perguntaram, imediatamente, Tom e Harry.
- Eu vou me preparar para dormir. - coçou os olhos, fazendo uma cara de sono. - tem que arrumar a bagunça que fez no quarto, jogando todas as roupas dela em cima da minha cama.
- Da minha cama ela quer dizer, né? - Harry cochichou para Danny.
- Já se apossaram. - Danny respondeu rindo.
- Eu pensei que tivesse arrumado. - colocou a mão no queixo e fez cara de quem estava pensando. - Ah, não! Isso foi ontem. - Deu um sorriso amarelo.
Os meninos ficaram olhando as duas subirem, mas por que pareciam que estavam correndo?
- Por que sempre acabamos juntos, sem elas aqui na sala? - Danny perguntou, afundando ao lado de Dougie no sofá.
- É porque nós somos muita tentação para elas. - Harry comentou, passando a mão pelos cabelos.
- É verdade? - Danny sorria bobamente.
- Idiota! - Tom rolava os olhos. - Na verdade é totalmente ao contrário.
- Uhum! E falando nisso... Você finalmente se declarou para a , não é? - Dougie exibia um sorriso de lado, mas ainda olhava para a TV.
- Como sabe? - Danny perguntou surpreso.
- Ora, só de olhar para a cara de vocês. - Tom sentou no sofá e tirou os sapatos.
- Esta certo que vemos o seu sorriso idiota todos os dias, mas depois que vocês voltaram estava maior ainda. - Harry jogou-se ao lado de Tom. - E você estava com a roupa toda amassada e ambos muito vermelhos. - Falou malicioso.
- A pegação foi intensa. - Dougie comentou rindo.
- Ah! - Danny sorriu mais ainda e suspirou. - É, foi muito bom. Realmente bom... - E ficou perdido em pensamentos, sorrindo mais ainda.
- É meu chapa. Sobramos. - Tom bateu a mão no ombro de Harry, que concordava com a cabeça.

****

- AI! - quando saiu do banheiro, levou um susto. , e estavam sentadas na cama olhando ansiosas para ela.
- Levou um susto, querida? E vê se fecha essa calça, ninguém aqui quer ver a sua calcinha. - colocou a mão teatralmente no rosto, fazendo as outras rirem.
- Só o Danny! - falou, fazendo ficar vermelha e começar a rir junto com as outras.
- Falando nele, conte tudinho o que aconteceu, porque essa carinha não engana a gente, senhorita. - sorriu batendo a mão no colchão, indicando o lugar que a menina deveria sentar. começou a contar tudo, desde a hora que resolvera se esconder no armário até a hora que se encontrou com o resto do povo lá embaixo.
- Eu não acredito que você beijou o James! - estava com a mão na boca, com uma expressão totalmente surpresa.
- E depois o Danny! - deu um gritinho.
- E eu pensando que a tarada do grupo era a . - comentou levando um pedala de e .
- Ai! Mas foi tudo! - comentou sonhadora.
- É claro que foi. - suspirou. - Impossível não ser tudo pegando os dois.
- OS DOISSS, cara. - não se conformava.
- Eu sabia que ainda ia acontecer alguma coisa entre você e o James. Estava tão na cara. - abraçou a almofada, fazendo cara de sonhadora.
- É verdade. E o Danny só faltava se morder de tanto ciúmes.
- Tiveram vezes que eu pensei que eles fossem brigar. - comentou, mexendo nas almofadas que estavam na cama.
- Nós também. - Falaram as outras três.
- Mas eu fiquei feliz de saber que o James levou tudo numa boa. - falou.
- É verdade. Ele foi bem compreensivo. - concordou.
- Ainda bem, não sei o que eu faria se ele tivesse ficado chateado comigo. - sorriu fracamente. - Quer dizer, imagina o peso de saber que James Bourne está de mal com você.
- Não, amiga. Desculpa comentar. Mas nada é pior do que ter o peso de ter dilacerado o coração dele. - comentou dramática, fazendo as meninas rolarem os olhos.
- Não fale isso. - falou balançando a cabeça. - Uma semana não é o suficiente para ele se apaixonar a esse ponto. Era atração.
- É, ele só queria se divertir com ela. - continuou, tentando prender o riso para a cara que fazia.
- Obrigada, queridas, vocês estão me fazendo sentir ótima depois disso. Nem um pouco usada. - Ela falou abanando a mão.
- Oh, tadinha. Como se você não tivesse aproveitado. - falou rindo.
- Isso não vem ao caso. - respondeu, não conseguindo conter um sorriso safado e lembrando-se do beijo de James.
- PARE JÁ. - se jogou em cima da amiga e balançou seus ombros. - Você está traindo o Danny em pensamentos. - Ela sussurrou para não ter perigo de alguém ouvir através da porta. E as meninas caíram na gargalhada após isso.

****

- Ué, pensei que já estivesse dormindo, . - Tom deu um encontrão em , no corredor e não pôde deixar de reparar na roupa de dormir que a menina usava.
- Eu estou com sede. - falou, vermelha. - E você, ainda zanzando pela casa?
- Sim, Harry está tomando banho e eu ’to fazendo hora aqui. Aquele lá demora uma eternidade no banheiro.
- Quer usar o nosso banheiro? Quer dizer, o do Harry? Ah! Você entendeu. - Riu, ouvindo a gargalhada de Tom.
- Mas não vou atrapalhá-las?
- Ah, não. já está dormindo e eu vou à cozinha. Fique à vontade.
- Ok, então. Obrigado, ! - Tom sorriu mais uma vez mostrando a covinha para a menina e começou a andar em direção ao seu quarto para pegar as coisas.
respirou fundo e decidiu descer logo, para beber uma água bem gelada, pois estava precisando naquele momento.

****

- , por que você é tão má comigo? - Dougie perguntou, beijando o pescoço da menina, que estava deitada na cama de Dougie.
- Eu, má? Por que diz isso? - Ela falou, de olhos fechados e um meio sorriso nos lábios, passando as mãos lentamente pelos cabelos loiros dele.
- A pizza. Você não quis me dar o seu pedaço.
- Você não sente vergonha nessa cara, não? - Ela falou, abrindo os olhos e fazendo uma cara surpresa ao mirar o rosto do menino.
- Hum... Não. Mas você pode me dar um beijo, o que acha? Uma troca justa. Já que você não me deu a pizza. - Ele sorriu, dando um beijo na bochecha de . Logo depois, começou a beijá-la na boca e nem repararam quando saiu do banheiro.
- Opa! Ah, inocentes presentes no recinto! Pelo menos me deixem sair do quarto. - colocou uma mão no rosto, indo em direção à porta.
- Inocente? Você? Me engana que eu gosto. - sorria para a amiga, que finalmente tinha chegado à porta.
- Tão inocente ela, que ela vai procurar logo quem quando sair daqui? - Dougie olhou para fazendo uma carinha fofa.
- Danny! - Responderam os dois juntos rindo da cara da menina, que resolveu ignorá-los, rolando os olhos e saiu do quarto fechando a porta.
- Danny está tão feliz. - Dougie comentou, voltando a observar . A menina sorriu com o comentário.
- também. Quer dizer, impossível não ficar.
- Vou ignorar essa observação. - Dougie arqueou a sobrancelha e sorriu, beijando a ponta do nariz dele. - Há tempos que não o via feliz daquela maneira.
- Sério? - passou a beijar os cantos da boca do menino.
- Sim. - Agora era ele quem mantinha os olhos fechados, enquanto acariciava a cintura dela. - Você está feliz?
- Mais do que nunca. - Ela finalmente grudou seus lábios nos dele.
- Tirou as palavras da minha boca. - Dougie sorriu, fazendo pressão no selinho.
- Deixa eu tirar todas? - Ela sorriu, pedindo espaço para aprofundar o beijo.

****

estava sentada na mesa da cozinha quando Harry entrou, enxugando o cabelo.
- Ué? Não está dormindo ainda? - Disse, sorrindo para a menina.
- Ah! É porque eu fiquei com sede.
- Hum... E o Tom, você o viu por aí?
- 'Ta no quarto tomando banho.
- , posso te pedir um favor? - Harry perguntou com os olhos brilhando. - Troca hoje de quarto comigo?
- Mas a já está dormindo. - se levantou, indo para a pia e começando a lavar o copo.
- Hum... Tudo bem. Não me importo. É porque vocês daqui a pouco vão embora e eu... Bem, você sabe. Eu queria ficar perto dela, nem que seja para vê-la dormir.
- Ah, Harry! Claro que pode. Vai lá. Como eu posso dizer não depois de uma declaração dessas. - sorriu docemente, pensando no quanto aquilo havia sido fofo.
- Muito obrigado, . - Harry abraçou a menina e foi todo feliz pendurar a toalha, enquanto subia as escadas, indo em direção ao quarto de Tom.
Encontrou-se com no meio do corredor.
- Deixa eu ver se adivinho. Você foi expulsa do seu quarto de novo?! - riu, vendo a cara que a amiga fazia.
- Sim! Aqueles dois estão se agarrando lá. - Riu e observou que estava indo em direção ao quarto de Tom. - E o seu quarto?
- Acabei de ser expulsa. Daqui a pouco vamos fazer parte do Movimento dos Sem Quarto... Boa noite, xuxu!
- Boa noite! - disse rindo.
- Ah, e veja se não vai fazer nenhuma loucura com Danny Jones. - recomendou rindo.
- Ui, mal posso esperar. - riu mais ainda e virou-se em direção ao quarto.
Entrou sem fazer barulho. O menino estava deitado, virado de barriga para cima, olhando para o teto, perdido em pensamentos. Ao olhar para a porta e ver quem tinha entrado, abriu um grande sorriso.
- Oi. - Danny sentou-se rápido na cama, olhando para a menina.
- Oi. Desculpa incomodá-lo de novo, mas fui expulsa do meu quarto, DE NOVO. Será que eu poderia ficar aqui mais uma noite?
- Por mim você passaria todas as noites aqui comigo, .
A menina ficou mais vermelha ainda e sorriu, caminhando para a cama. Sentou nela e logo sentiu um par de braços, envolvendo-a.
- Senti sua falta. - Danny murmurou no ouvido dela.
- Eu também. - Falou com a voz fraca, enquanto sentia ele beijar seu pescoço.
- Então se mude definitivamente para esse quarto, o que acha? - Danny virou delicadamente o rosto de em sua direção.
A menina mordeu os lábios e pensou por alguns instantes, fazendo-o ficar nervoso.
- Ah, bem... Se você não quiser tudo bem, eu entendo. E eu não faria nada que você não quisesse. - Falou rápido, abaixando a cabeça, escondendo assim seus olhos com o cabelo.
- Quero sim, Danny Boy. - Respondeu, fazendo-o levantar a cabeça e dar um de seus típicos sorrisos enquanto via-a morder mais ainda os lábios. Ela não fazia idéia do quanto aquilo o estava provocando.
- Hum... Isso foi uma ótima resposta. - O menino falou, passando as mãos pela nuca dela e a puxando para um beijo, quando não pôde mais resistir.
- De qualquer forma, tenho certeza que Dougie e me expulsariam amanhã de novo. - falou entre os beijos que trocava com Danny.
- Então sou sua única opção? - Danny perguntou divertido, enquanto passeava com sua boca pelo rosto dela.
- Não, é a melhor. - Ela sorriu também, afundando o rosto no pescoço dele e fazendo pressão com seu corpo para que Danny deitasse na cama.

****

Tom saiu do quarto e percebeu que, em vez de ser , quem estava deitado na cama era Harry.
- O que significa isso? - Perguntou, olhando o outro esparramado ao lado de , que dormia alheia aos acontecimentos.
- Significa que você vai dormir com a hoje. - Harry sorriu malicioso.
- E foi você que teve essa idéia? - Falou já se dirigindo para sair do quarto.
- É claro! E vê se não apronta nada, hein, Tom. é uma boa menina. Boa noite!
- Hum... Boa noite. E eu não sou tarado igual a vocês. - Saiu murmurando e indo em direção ao seu quarto.
Ao chegar lá, viu deitada na cama e não pôde deixar de sorrir, ao ver a menina ficando vermelha enquanto olhava para ele.
- Me expulsaram do quarto. - Ela falou baixo, olhando para a tatuagem de estrela que estava totalmente à mostra, já que ele se encontrava sem blusa.
- É, Harry me contou. Está virando rotina, se importa de dormir comigo novamente?
- Não! Claro que não. Ainda mais que o quarto e a cama são seus. - Falou sem graça.
- Ok então, boa noite, ! - Tom deitou na cama e virou-se para dar um beijo na bochecha dela. - Fico feliz por estar aqui comigo.
- Bo-boa noite, Tom. - A menina sorriu fracamente, sentindo seu coração bater rápido. - Também fico feliz de estar com você. - Murmurou e não viu o sorriso fofo que Tom deu quando se virou para o outro lado.

****

, ao acordar no dia seguinte, sentiu fortes braços segurando sua cintura e uma respiração muito próxima da sua nuca. Sentiu um arrepio, pois sabia exatamente quem era a pessoa ao seu lado. Respirou fundo e quase derreteu quando sentiu uma voz rouca falar no seu ouvido.
- Bom dia, . - Harry ainda estava sonolento e com os olhos fechados.
- Harry, bom dia! Mas... O que está fazendo aqui? - Perguntou, sentindo sua respiração acelerar. Aquela proximidade mexia muito com ela.
- Dormindo. - Murmurou ele de novo, afundando o rosto no ombro dela.
A menina suspirou e resolveu aproveitar o abraço. Ficou durante muito tempo assim, só escutando a respiração de Harry, que havia dormido novamente, quando alguém bateu do lado de fora a porta.
- Acordem seus dorminhocos, o almoço já está saindo e daqui a pouco os rapazes chegam! - Dougie parou de bater na porta e pôde ouvir os passos dele se distanciando pelo corredor. Provavelmente estava indo para a cozinha.
A menina tentou levantar-se, mas Harry a segurou mais forte.
- Está tão bom assim. - O menino fez carinha de criança.
- Ah! Bem... É, mas... Hum... - se atrapalhava nas palavras, fazendo Harry gargalhar dela.
- Ok, ok. Eu sei que causo isso tudo em você, mas não precisa gaguejar assim, .
- Convencido! - falou rindo e acabou realmente se levantando, indo em direção ao banheiro.

****

- Viu, ? Depois ela tem a cara de pau de dizer que sou eu quem mais dorme na casa. - Dougie observou entrando na cozinha e indo ajudar com os pratos.
- Só para a sua informação, pequeno polegar, eu acordei cedo hoje. - fez careta para ele, distribuindo os pratos na mesa. - Boa tarde a todos.
- Boa tarde. - Responderam os outros.
terminava de cozinhar com a ajuda de Tom, e Danny arrumavam os talheres na mesa, pegava agora os copos e Dougie estava sentado, dando pitacos.
- E porque não levantou logo, como sempre faz? - Danny se sentava, puxando para que se sentasse com ele. Mas a menina negou, indo ajudar a amiga com os copos e sorrindo pela carinha que Danny fez.
- Porque eu não deixei. - Harry entrou na cozinha, indo se sentar perto dos meninos, enquanto o resto ainda trabalhava. - Boa tarde.
- Hummm. - Fizeram Danny e Dougie ao mesmo tempo.
- Palhaços. Não é nada disso que estão pensando! - colocou as mãos na cintura, olhando para eles.
- Infelizmente. - Harry falou baixinho, fazendo Danny e Dougie rirem.
- Mas vocês são folgados, hein! Os três aí, sentados, só de papo furado, enquanto o resto trabalha. - virou para eles, reclamando.
- Mas eu já ajudei. - Danny apoiou o cotovelo na mesa, observando abrir a geladeira.
- Eu acabei de chegar. - Harry se defendeu, jogando as mãos para cima.
- E você, Dougie? Não vai falar nada? - perguntou, segurando uma panela e colocando na mesa.
- Eu tava aqui, dando apoio moral a todos vocês. - Falou enquanto passava a mão pelos cabelos. - Às vezes o que leva um time à vitória é a vibração da torcida.
- Tom é o único que ajuda. Sem ele não seríamos nada. - falou, finalmente sentando-se na cadeira.
- Assim ofende. - Danny fez biquinho e recebeu uns apertões nas bochechas de , que não resistiu àquela carinha e finalmente sentou ao lado dele.
- Hum... Essa comida está com uma cara boa. - olhava cheia de expectativa para o almoço que se encontrava na mesa.
- Claro! Tem dedo meu aí no meio. - Tom falou cheio de si, fazendo os meninos rolarem os olhos.
- Que pipoca. - Dougie falou, arrancando risadinhas dos outros.

Capítulo 12


- Gostaria que me respondessem o motivo de sempre acabarmos na sala sem fazer nada...- Danny se encontrava com a cabeça apoiada nas pernas de , que lhe fazia um pequeno carinho no cabelo enquanto lia uma revista.
- O "fazer nada" fica por sua conta, que está ai com essa cara de idiota. Estamos tratando de assuntos sérios aqui. - Harry , que estava entre Tom e Dougie no sofá, fazia uma pequena lista.
- E que assuntos sérios seriam esses? Provavelmente devem ser mais interessantes do que a programação da televisão. - desistiu de procurar algo que os entretece até que os Dorks chegassem e aceitou um saco de balas que a oferecia.
- Ahn! Coisas de homens cara , coisas de homens. - Tom falou, dando de ombros, enquanto obrigava Harry a apagar algo que ele havia escrito no papel, fazendo o outro revirar os olhos.
- Se são coisas de homens, por que o Danny não está participando? - levantou uma sobrancelha, enquanto via o guitarrista levantar do colo de sua amiga para protestar.
- Porque o Danny é meio... gay.- Dougie sorriu para a menina, enquanto os outros riam.
- Claro! Porque sou eu que tenho um vídeo no youtube onde o Tom me casa com o Harry!- Danny sorriu presunçoso ao ver o amigo fechar a cara.
- É Poynter, parece que o Jones ganhou essa. - Tom deu uns tapinhas amigáveis no ombro do amigo, enquanto Harry continuava escrevendo.
- Claro, porque ele sempre perde... AI! Por que você fez isso??? - Dougie olhava surpreso para , que havia acabado de lançar uma almofada direto na sua cara.
- Não sei, me deu vontade ... - abriu um sorriso inocente, ao ver o baixista a fuzilar com os olhos. - Se não gostou azar o seu anãozinho.
- Menina da maçã, a senhorita está perdendo a noção do perigo...
Dougie foi interrompido pelo barulho da campainha tocando, o que fez dar um pulo do sofá para atender logo a porta.
- Já não era tempo!
- Nossa , obrigado pela parte que nos toca. Aí Tom, estou sentindo que você não anda mandando muito bem. Ela tem procurado outras pessoas para se divertir. - Harry sorriu de lado para o amigo, que não pensou duas vezes e lhe deu um pedala.
- Babaca - Tom murmurou, enquanto cruzava os braços e via Danny e Dougie rindo. - Querem levar um também? Aproveitem que a hora é essa.
- Ui! Ele ficou sentido.- Danny falou, levando uma puxada leve na orelha.
- Mas você e o Dougie estão com a corda toda hoje, hein!- ria ao ver que Jones fazia cosquinhas na amiga.
- Sempre estamos, pois este é um dos nossos charmes. E , eu realmente não me importo se você quiser puxar outra coisa em mim, se é que me entende.- Danny de um sorriso de lado cheio de segundas intenções para a menina, que começou a corar loucamente.
- Danny! Não trate uma moça desse jeito, muito menos a .- James deu um um tapa na cabeça do amigo, e logo depois se inclinou para beijar na bochecha. - Sentiu minha falta?
- Bourne, como ela sentiria sua falta se o tarado do Danny fica atormentando ela o dia inteiro? - Hall, cumprimentou os outros com a cabeça , enquanto tirava o casaco.
- James, de pipoca já basta o Harry. Não precisamos de um igual na nossa banda. - Steve entrou na sala, acompanhado de , fazendo Tom se sentir incomodado.
- Mas vocês tem o Dave.- apontou para o loiro, que se jogava no sofá ao seu lado.
- Ahn, Dave não conta. Ele é assim desde que nasceu coitado. Já o Harry ficou assim, entende? - Chris pegou uma das balas que a menina oferecia e sorriu como agradecimento.
- Humpf. Nem vou falar nada.
- Porque você sabe que é verdade né Dave? E então, o que faremos agora, já que as pessoas mais importantes desta sala chegaram? - Hall sentou no chão, recebendo imediatamente uma almofadada de Dave.
- E depois eu que sou a pipoca, né? Francamente! Bom, nós temos um jogo em mente,sabe? - Harry começou a abrir um sorriso estranho, enquanto guardava o papel em que escrevia no bolso da calça.
- Eu não sei porque, mas esse sorriso que o Harry esta dando é meio assustador.- comentou com , que concordou com a cabeça.
- E que jogo seria esse?
- Caro Bourne, você se lembra do que me deu no último amigo oculto que tivemos? - Tom sorria para o amigo, que logo entendeu o que ele queria dizer.
- Não acredito que vamos jogar aquilo ! - Hall fez uma cara surpresa, enquanto via os os mcguys confirmarem com a cabeça.
- E o melhor de tudo, vamos jogar aquilo... com elas! - Dave olhou cada uma das meninas, que estavam com cara de interrogação.
- Opa meu rapaz! Respeito com as damas desta casa! Todas tem dono, ouviu bem? - Dougie olhou sério para o amigo, que logo fez o sinal da paz com as mãos.
- Mulher de amigo meu é homem. - Steve falou, tentando tirar o seu da reta.
- Não vejo nenhum indício que sou do Harry. - comentou baixo com , mas infelizmente todos escutaram.
- Não seja por isso , vamos resolver isso agora. - Harry começou a se levantar mas logo voltou ao ver o olhar que lhe dava. - Não está mais aqui quem falou.
- Acho bom mesmo.
- Esta tudo muito legal, muito lindo... mas que raio de jogo é esse ?! - perguntou, já morta de tanta curiosidade.
- Consiste num jogo onde há dois dados de 6 lados. Um deles diz o que você tem que fazer como: lamber, encostar, acariciar, beijar de língua, apertar e morder. E o outro onde você precisa fazer: boca, bunda, coxa, barriga, orelha e pescoço. - Danny falou, recebendo um olhar meio assustado dos outros.
- Deus, o Daniel começou a frase usando uma palavra que ele nunca tinha usado. Este jogo deve ser bom mesmo.
Os ocupantes da sala começaram a gargalhar pelo comentário feito por Steve, enquanto Danny corava um pouco e murmurava "Também não explico mais nada".
- Ok, Ok, mas como vamos escolher isso? O que acham de colocarmos uma garrafa no meio e girá-la , para ver quem sairá com quem? - nem esperou a respostas dos outros e foi logo se levantando para catar uma garrafa vazia.
- Não sei porque a perguntou, se ela nem esperou nossa opinião. Já viram quem é que será o homem na relação dela com o Tom, né?
- Ahn! Cala a boca Dougie, agora sentem no chão e façam logo o círculo.- Tom reclamava, enquanto os outros trocavam olhares cúmplices divertidos.
Quando voltou para a sala e colocou a garrafa no centro da roda que havia se formado, percebeu que Tom estava meio chateado e tratou logo de voltar para o lugar que lhe fora deixado, e cochichar com a amiga.
- O que aconteceu com o Tom?
- Ahn, o de sempre. Os meninos implicaram com ele.- respondeu a amiga, percebendo que esta ficara realmente preocupada. - Hey, não fique assim. Você sabe como eles adoram fazer essas brincadeirinhas um com o outro. Já já ele estará mostrando aquela covinha que você tanto ama.
A atenção das duas amigas foi chamada, quando Dave deu um giro forte na garrafa. Todos olhavam hipnotizados para ela, que aos poucos ia perdendo a força até parar em James e Danny.
- Credo! Por que eu fui cair justo com um homem? E o James ainda por cima! - Danny reclamou, enquanto James balançava a cabeça desgostoso.
- É porque você um imã para essas coisas Danny. - Chris comentou com um sorrisinho no rosto.
- Espero que não seja nada comprometedor. Eu jogo um e você o outro, que tal?
- Qualquer coisa Bourne, qualquer coisa.
Ambos jogaram o dado ao mesmo tempo e suspiraram de alívio com o resultado.
- Apertar a orelha do James. É parece que vocês se safaram dessa, hein? - Tom falou divertido, ao ver a cara de felicidade que seus amigos davam pela simples tarefa.
- Pelo menos você não precisou morder ou beijar. Já pensou se caísse para você morder o pé dele? Seria nojento! - Dave comentou, enquanto via Danny apertar com uma carinha feliz a orelha de James.
- Eu não tenho chulé, só para deixar bem claro e não há a palavra "pé" como opção.- James reclamou, meio rindo e meio emburrado.
- Ahn! E quem liga para isso? Dessa vez eu giro, porque tive sorte de não ter feito nada demais.
- Sorte nada! Você não caiu com nenhuma mulher! Danny, seu gay enrustido! - Hall balançava a cabeça, em desaprovação, enquanto via o outro rodar a garrafa.
- O único enrustido aqui é o Tom! Ó, não falei? Caiu ele com o Dougie! - Steve apontou animado para os dados, que já estavam nas mãos dos dois meninos.
- No 3 Fletcher?
- No 3 Poynter.
- 1,2, 3 !!!
- Hhuahuauhauhuah! Não acredito que irei ver isso! O Dougie terá que lamber o pescoço do Tom! - gargalhava ao ver um Tom nada alegre.
- Ui Tom, está preparado para eu te lamber todinho? - Dougie falou, fazendo cara de safado enquanto passava a língua pelos lábios, de uma forma provocativa.
- Vai se ferrar Poynter! - Tom cruzou os braços, morrendo de raiva.
- Tadinha da ! Ela não pode ver uma coisa dessas pois é inocente demais. - tampava os olhos da amiga, que tentava arranca-los da sua frente.
- Porque você não é, né dona ? - sorriu torto para a menina, que lhe mandou língua.
- Ai , eu quero ver isso, ok?
- Até você ? - Tom faz uma carinha triste super fofa, fazendo a menina corar.
- Ahn, sabe o que é Tom...
- Ai! Menos papo e mais ação galera. - Harry reclamou, apoiando o queixo nas mãos e fazendo cara de tédio.
- Não fique com ciumes. Pode deixar que eu lambo você depois Harry.- Dougie piscou para o baterista, que sorriu de lado balançando a cabeça - Vamos Tomzinho, prometo que não vou te machucar, ok?
- Fale mais uma coisa e deixo os seus dentes que nem os do Danny - Tom semicerrou os olhos, fazendo os demais rirem ainda mais.
- Não achei engraçado.
- E não era para achar Danny. E vamos logo com isso, seu loiro tarado. - Tom deixou seu pescoço exposto, olhando para qualquer lugar, menos para os presentes naquela sala.
- Para quem não queria, ficou animado de repente. - o guitarrista escutou uma risada baixa vindo de Dougie, que já estava extremamente perto de si. E não pode evitar uma cara de nojo ao sentir a língua passeando pela sua pele.
- Nossa, que cena mais gay. - Hall comentou, fazendo uma careta enquanto via os dois se afastarem e Tom limpar o pescoço com a blusa que usava.
- Total, sempre suspeitei dos dois. Agora foi comprovado. - Dave esticou as pernas, batendo de leve com os pés na garrafa até ela chegar ao seu alcance - Ok, irei girar.
E mais uma vez todos ficaram prestando atenção esperando o resultado final, até que...
- Ih , somos nós dois. Preparada? - Hall olhou para a menina,que confirmou com a cabeça pegando num dado.
- Opa!!! Que isso rapaz! Hall terá que morder a boca da ! - James olhava surpreso de Hall para e de para Tom, que estava com uma cara chocada.
- Sei não hein, acho que alguém aqui vai surtar já, já. - Harry comentou olhando de rabo de olho para Tom, que nem piscava ao ver a interação entre os dois jogadores da vez.
Tanto quanto Hall estavam completamente sem graça com a situação, mas seguiram com a brincadeira. sentiu o rosto queimar quando Hall mordeu seu lábio inferior delicadamente e depois se afastou dando um pequeno sorriso constrangido. Ambos evitaram olhar para Tom que os queimava com o olhar.
- Eu ia fazer um comentário, mas acho melhor não. Sangue no chão da sala não rola - Danny divagou, enquanto mexia no seu cabelo e balançava os pés.
- Acho melhor mesmo dude, nunca vi o Tom com essa cara de psicopata. - Dougie murmurou para o amigo, confirmando ainda mais o quão ciumento o outro guitarrista era.
- Ok! Vamos para a próxima rodada, sim! - girou a garrafa de qualquer jeito, para quebrar o clima que havia se formado. Ela foi girando, girando até...
- Finalmente! Pensei que nunca sairia. Pegue leve comigo , sou menor de idade. - Dave sorriu inocentemente para a menina, que atacou uma almofada nele.
- Sei, sei. Eu vou fingir que acredito em você Dave. Vamos logo ver o que isso vai dar.
- Ela parece animada demais para meu gosto. - Danny murmurou, cruzando os braços e ficando emburrado.
- Calma cara, o máximo que ela pode fazer é morder a bunda dele.- falou, arrancando uma risada geral dos integrantes do grupo.
- Viu, deu que ela vai morder a orelha do Dave. Tranqüilo. Pode voltar a respirar agora Jones. - Steve sacaneou o amigo, que revirou os olhos.
- , não sabia que você era selvagem desse jeito. - brincou com a amiga, que andava na direção de Dave, no outro lado da roda.
- Ela sempre escondeu o jogo. Essa cara de santinha engana qualquer um. - Dougie completou, colocando mais lenha na fogueira.
se abaixou, ficando de joelhos e se inclinando para perto de Dave. Mordeu o lóbulo da orelha do loiro, que riu fazendo a menina rir junto.
- Chega antes que eu seja um homem morto. - Dave apertou ambas as bochechas de , que levantou e voltou para seu lugar.
- Eu rodo agora. - Tom pegou a garrafa e a girou rapidamente, fazendo parar segundos depois em e Steve.

- Que honra, hein menina da maçã? Caiu justamente comigo.- Steve apontava para si mesmo com um sorriso presunçoso enquanto pegava um dadinho.
- Pipoca!- o restante do grupo fez coro, fazendo o outro sorrir mais ainda.
Os dois jogaram os dados e não puderam evitar de rir com o resultado.
- É Steve... parece que eu vou ter que acariciar a sua bunda.
- E não é qualquer uma, é a minha, valeu? Pode vir, menina da maçã. - o menino levantou, virando de costas para e olhando para ela por cima do ombro.
- Estou começando a achar que no fundo, todos vocês são uns pipocas, sabe? Mas só o Harry demostra isso claramente - falou enquanto acariciava Steve e balançava a cabeça.- É... você não é de se jogar fora, Steve.- finalizou dando um tapa na bunda do menino.
- , era acariciar e você partiu para o tapa depois. Safada. - comentou e riu da cara que a amiga fazia.
- E é praticamente impossível a bunda do Steve ser melhor do que a minha. Você perdeu o juízo! - Dougie reclamou, apontando um dedo para .
- Juízo? É de comer? - fez uma cara inocente, fazendo Poynter suspirar e revirar os olhos.
- Ela é tão engraçadinha.- falou pegando a garrafa e a girando.
- Não é? Essa é a nossa . Fazendo piadinha de tudo. - completou a amiga e logo em seguida apontou para o resultado da garrafa. - Ih!
- Harry terá seus momentos de glória agora. - Chris comentou baixo com Hall, enquanto olhava de Harry para .
- , querida. Caímos juntos!- Harry brincava com os dados entre os dedos, enquanto mostrava um enorme sorriso para a menina.
- Que frase mais gay. - Dave falou, enquanto entregava o outro dadinho à .
O casal jogou o dado e o resultado fez Harry levantar sua sobrancelha direita e corar um pouco.
- Só encostar sua boca na minha? Isso não vale, cadê o beijo de língua? - Harry reclamou, procurando a opção que queria no dado e a virando para cima. - Pronto, agora podemos realizar a tarefa, .
- Se contenta com isso, dude! - Tom meio que ralhou com o outro, recebendo uma língua do mesmo.
A menina revirou os olhos e levantou lentamente, indo até o Judd que a olhava com os olhos brilhando.
- É aqui, ó ! - Harry sorria de lado, apontando um dedo para a boca, o que fez os outros rirem e a menina virar um tomate ambulante.
- Seu convencido. - Ela murmurou, inclinando-se rapidamente e capturando os lábios nele num selinho.
- Hey, hey! Onde você pensa que está indo? - Harry falou indignado, enquanto via a menina se afastar dele.
- Meu lugar, ué. Era se-li-nho.
- Você é uma menina má, . - Judd cruzou os braços e balançou a cabeça. - Mas eu gostei disso.
- Safadinho! - os outros fizeram coro, recebendo um olhar de "Eu posso, porque sou o Judd" do Harry.
- Tenho pena da , coitada. Para aturar os ataques do Harry tem que ter muita paciência. - Dougie girava a garrafa, enquanto dava um pequeno bocejo.
- Você tem inveja de como eu sou bom, isto sim! - Harry respondeu o amigo e logo depois apontou para os dados rindo. - Há! Chris e James! Ui.
- Será que a sorte vai bater duas vezes na sua porta, caro James? - Hall deu uns tapinhas do ombro de Bourne, que pegava um dado e jogava o outro para Chris.
- Espero que sim, não quero ter traumas pelo resto da minha vida. - Danny agarrou uma almofada e colocou no rosto, fazendo cena.
- Nha, não se preocupe Danny, você não ficará traumatizado. É só um beijinho no rosto, nada demais. - Tom tentava tirar a almofada do rosto do amigo, que a segurava firmemente.
- Sempre tem o pior, pensem nisso ! - Steve riu, ao ver os amigos frente a frente, trocando um beijo no rosto.
- Realmente, o dado tem sido muito generoso com o Bourne. Por isso acho válido ele girar a garrafa desta vez para ver se a sorte que ele está tendo vai passar para outros. - Dave chutou a garrafa de leve para perto de James, que a pegou e girou.
- Há ! Não acredito! Você é minha agora, ! - Dougie falou animado, olhando para Tom e piscando o olho.
- Ai Deus, que pesadelo. - Tom murmurou, colocando as mãos no rosto. - Podia ter sido qualquer um, menos ele.
- Ahn, quanta consideração você tem por mim. Mas pode deixar que serei um bom menino.
- Você bom menino? É a mesma coisa que dizer que o Danny deixou de ser lerdo. - Harry levantou a sobrancelha, fazendo os outros gargalharem pelo seu comentário.
- Essas piadinhas sem graça sempre me envolvem.
- Sabe o que é dude, é muito bom sacanear você. - Chris jogou os dados para e Dougie, enquanto olhava Danny.
- terá que acariciar as coxas do Dougie, que sexy. - deu uns tapinhas no ombro da amiga, que se levantava e olhava para Dougie.
- Pode vir, . E por favor, não demostre que gostou, pois não queremos ver o Tom dando a louca aqui. - Dougie falou, enquanto esticava as pernas sorrindo para a menina.
- Seus comentários são desnecessários, Dougie. - Tom tacou uma almofada do amigo, que desviou e fez carinha de "isso é o melhor que pode fazer?"
colocou ambas as mãos nas coxas de Dougie e começou a acariciar, meio rindo e meio sem graça.
- Huuum , acaricie um pouco mais em cima, vai. - Dougie falou de propósito, olhando de rabo de olho para Tom, fazendo a menina parar e dar um tapa nele.
- Você é um pervertido, Dougie Poynter.
- É, eu sei. - o baixista piscou para a menina, que voltou rindo para seu lugar.
- Essa brincadeira esta ficando cada vez mais pervertida. Ainda bem que não compramos aqueles dadinhos com tarefas mais... pesadas. - James pegou a garrafa e a girou novamente.
- Nem quero imaginar uma coisa dessas. Oh! Harry e , estão preparados?
- Sempre, caro Chris, sempre. teve a honra de sair comigo. Joguemos os dados no 3, ok?
- 1, 2, 3.
e Danny olhavam chocados para o resultado do dado, e rapidamente olharam para os outros.
- Isto aqui está errado! - Danny apontou para os dados, fazendo uma cara meio desesperada.
- Está não, aqui diz claramente que o Harry terá que lamber a barriga da . - Dougie pegou os dois dados e os colocou na mão de Jones - Quer segurá-los? - falou cínico.
- Só se for para tacar no Harry. - falou entre dentes. - E que isso seja rápido, escutou Judd?
- Ahn, por que tanta pressa Danny Boy, está com medo que eu roube a sua mulher? - Harry, que estava de joelhos no meio da roda, sorriu de lado para o amigo enquanto levantava um pouco a blusa de , que estava em pé na frente dele, completamente sem graça.
- Eu só não quero cortar sua língua fora. - Danny cerrou os olhos, e olhou para o outro lado tentando não ver o que Harry estava fazendo com .
- Ok, isto não foi nada legal. - suspirou fundo, fechando os olhos e falando baixo para .
- Melhor parar por aqui, antes que acabem com a minha vida. - Harry olhou para , que rapidamente baixou a blusa e concordou com a cabeça.
- Pode voltar a olhar, Jones, já acabou. E você também, . - chamou os dois, enquanto girava a garrafa que parou apontando para Danny e .
- Há ! Toma essa, Harry! - Danny falou, enquanto olhava para e dava um sorriso para ela. - Pronta para a vingança?
A menina balançou a cabeça e jogou o dado aos mesmo tempo que Jones, os fazendo parar em "Beijo de língua/ boca"
- QUÊ? Por que isto não caiu comigo quando eu tirei a ? - Harry apontava desapontado para os dados, enquanto cruzava os braços e olhava para os dois no meio da roda.
- Porque beijo de língua é algo totalmente justo depois que você fez aquilo com a . - Danny agarrou a cintura de e a puxou para perto, dando um beijo de língua na menina que fez o sangue de Harry ferver.
Ao se separarem, Danny sorriu vitorioso para o amigo e mandou um tchauzinho para ele, voltando para seu lugar. Quando foi buscar o olhar de , viu que esta evitava encará-lo, o deixando chateado.
- Danny Jones é vingativo quando quer.- Steve pegou a garrafa no centro da roda e a girou. - Esse lado dele é assustador.
- Prefiro o Danny lerdinho, fato. Assim ele meio que compete com a gente. - Dougie fez um "tsk" de desagrado ao ver o resultado. - e Tom.
Tom sorria para o baixista, que levantou a sobrancelha e decidiu ignorar, lhe jogando os dados.
- 1, 2, 3 – falaram os dois juntos, lançando os dados no chão.
- Hum Tom, parece que você terá que morder o meu pescoço. - olhou para ele, que já se encontrava em pé.
- Tem que ser estilo Bella e Edward.- completou, enquanto esticava as pernas.
Tom deu uma piscadinha para Dougie, que o encarava sério, antes de virar-se e morder levemente o pescoço da menina. Se afastou um pouco dela e falou entre risos:
- "E o leão se apaixonou pelo cordeiro."
- "Que cordeiro idiota..." - completou, entrando na brincadeira.
- "Que leão doente e masoquista". - Tom finalizou, apertando as bochechas de e indo para seu lugar.
- Há, que fofo foi isso. - comentou sorrindo, enquanto balançava a cabeça concordando.
- Não posso negar, mas foi mesmo. - também concordou, enquanto girava a garrafa e esperava seu resultado. - Dave e Steve! Se preparem, porque são vocês dois, ok?
- Não se apaixone por mim, tá Steve? - Dave apontou um dedo para o amigo, fazendo cara de afetado.
- Ai, pode deixar, Dave, não serei nenhum cordeiro idiota! - Steve falou rindo enquanto jogava o dado, sendo seguido logo após por Dave.
- Ui! Steve terá que acariciar a barriga do Dave. - Dougie mexia no cabelo, enquanto apontava com a outra mão para os dados.
- Não me moleste, Steve - Dave levantou a blusa, enquanto passava as mãos pela barriga.
- Ahn, claro, pois você pode gostar, né? Seu gay. - Steve revirou os olhos, e passou as mãos na barriga de Dave.
- Ok. E o que faremos agora? - Tom perguntou, olhando para o restante do grupo que o encarava.

Capítulo 13


- Eu tive uma ideia. – Dougie disse, olhando com uma cara de diabinho tendo ideias impróprias para os demais.
- Ai, com essa cara, coisa boa não vem. – Hall disse rindo.
- Muito pelo contrário. É ótima. Vamos apimentar a brincadeira que já está boa. – Levantou-se indo até a cozinha e pedindo ajuda de Dave e James, que o seguiram.
O restante ficou se encarando e pensando no que viria a seguir. Quando eles voltaram, traziam copos, uma garrafa de vodka, uma de whisky e refrigerante.
- Ahhh... que bela idéia, só podia ser do meu pimpolho. – Disse , puxando Dougie pra baixo pelo pescoço e dando um selinho nele, enquanto ele tentava se sentar novamente ao lado dela.
- Eu disse que era boa. – Dougie sorriu convencido.
e ajudaram a servir todos os copos, em meio à
bagunça em que cada um escolhia o que iria beber.
- Que isso, hein... pegar leve não é com vocês. – Steve falou rindo de Dougie, , Harry, Danny e James que escolheram beber whisky.
- Ih, isso aqui pra mim é guaraná. – falou rindo.
- Guaraná?? – Tom tentou pronunciar e fez uma cara de interrogação.
- É um refrigerante do Brasil. – explicou e sorriu.
- Aah. Quando eu for lá, você me dá. – Tom sorriu para ela.
- Não precisa esperar tanto, xuxuzinho, aqui em Londres vende. Se você souber aonde ir. – disse e piscou pro menino.
- Er... prefiro ter essa desculpa para dar quando eu quiser ir pro Brasil. Preciso experimentar guarané. – Tom disse, meio sem graça.
- É guaranÁ, Tom. E você não precisa de desculpa para nos visitar. – falou e ficou vermelha, enquanto era zoada pelos demais.
- Bom, então, vamos continuar. – Tom disse pra acabar com o constrangimento de , que sorriu agradecida.
- Gira essa porra dessa garrafa logo. – James disse, chutando a garrafa pra cima de Dave, que havia sido o último molestado.
- Eita, James já está ficando agressivo. O que o álcool não faz com uma pessoa. - Danny disse rindo, arrancando risadas dos demais.
Dave girou a garrafa e caiu Danny com , o que fez o menino soltar um "viva" de muita felicidade.
- Até que enfim caiu alguma coisa que realmente presta aqui. - Danny disse pegando os dadinhos, muito feliz e passando para a menina, que tinha uma cara meio emburrada, deixando o sorriso de Danny morrer aos pouquinhos.
Jogaram os dados e saiu "acariciar a boca" para eles.
- Ai, que fraco. - Harry zuou.
Danny e se levantaram e ficaram de frente um pro outro. O menino colocou a mão na cintura dela, puxando-a mais pra perto e sussurrou em seu ouvido.
- Não fica chateada comigo, eu gosto é de você, e você sabe disso. - Ele acariciou a boca dela com o polegar, como mandava a brincadeira e em seguida deu um beijo de língua de tirar o fôlego na menina.
- OW, OW, QUE É ISSO!! - puxou pra baixo que quase caiu em cima dela rindo.
- Que aproveitador! Era para ser só uma carícia, ele abusou da menina! - Hall disse, rindo junto com os demais.
- Ah, comigo é assim. - Danny disse, meio alterado, dando um pulo feliz e caindo sentado no chão novamente, bebendo quase tudo em seu copo. Engatinhou na direção de e lhe deu outro selinho. - Linda.
Continuaram bebendo, bebendo e bebendo a um ponto em que a brincadeira já estava mais zoada do que seria possível. Os ciúmes haviam sido deixados de lado e só o que restava era pura diversão e... perversão.
- Aaah, caiu homem com homem de novo. - reclamou, vendo o resultado, Tom com Chris.
- Não é por ser homem que será menos eletrizante, querida. - Chris falou meio afetado, arrancando muitas risadas dos demais.
- Olha o que você vai fazer com meu garoto. - disse rindo muito, sem se importar com o que estava saindo de sua boca, visto que o álcool já tinha atingido com tudo o seu cérebro.
- Seu garoto, ?! - Tom sorriu, chegando perto dela e dando um selinho, antes de ser puxado por Chris.
- Meu garoto, vem cá. Vamos jogar os dadinhos.
Chris teria que morder a barriga de Tom, que se empolgou e tirou a camisa para facilitar as coisas e deitou no meio da roda.
- Ihh, Tomzinho tá na berlinda. Agora vamos todos abusar dele. - falou rindo.
Chris sentou-se nas pernas de Tom e abaixou para morder sua barriga, o que arrancou muitas risadas de Tom, que sentiu cosquinhas.
- Ele sente cosquinhas. - gritou e começou a fazer cosquinhas no menino, sendo seguida por e . Quando o menino já estava ficando roxo de tanto rir, elas pararam.
- Vocês querem me matar. - Tom ainda tentava recuperar o ar, depois de tanto rir.
- Jamais, querido. - disse, piscando para ele.
viu uma garrafa vindo em sua direção e girou-a, caindo Harry com Dougie.
- Awn o casalzinho da banda! Que lindos! - disse, rindo.
Beijo de lingua.
- Eita, essa eu quero ver. Quero muito ver, mesmo! - disse, se empolgando e endireitando seu corpo para ver melhor.
- Eu também. - se endireitou apoaiando no ombro de . - Sensacional.
Os meninos ficaram olhando para elas com as sobrancelhas levantadas, meio incertos.
- Que foi? - perguntou aos demais.
- Vocês não gostam de ver mulher beijando mulher?! - Disse erguendo a sobrancelha também. - Nós gostamos de ver homens, ué.
- Justo, é justo. - Danny disse, batendo com a mão no chão. - Vamos lá que também quero ver isso.
Dougie se aproximou de Harry fazendo uma cara de nojo e rindo ao mesmo tempo. Harry com seu olhar sedutor, puxou o pequeno Poynter pela cintura, fazendo cena. Aproximaram os rostos e com alguma relutância, deram um beijinho muito fraco.
- Eii, queremos um beijo decente, com língua, esqueceram? - reclamou.
- Quero ver vocês fazerem melhor. - Harry reclamou para a menina, desafiador.
- Nos aguarde. - falou.
E não deu outra, quando James girou a garrafa, caiu com . E os dadinhos deram a sentença: Lamber a orelha.
- Vem cá, meu amor. - disse sedutora para a amiga, chamando-a com o dedo.
- Aii, que calor, meu deus do céu. - Dougie exclamou, se abanando. - Faz isso comigo, que eu não me aguento.
- Faço depois, amor. - deu uma piscada para ele e sorriu da cara que ele fez.
- Tô aqui, meu bem, vai com tudo. - riu, parando de frente para botou a mão na cintura da amiga e deitou um pouco seu corpo sobre o dela, para deixar à mostra de todos a lateral do rosto da garota. Fez o contorno da orelha dela todinha com a ponta da língua e fez uma cara sexy de quem estava adorando.
- AEEEEEEEEEEEEE, maravilhosas. - gritou assobiando, junto com .
Os meninos se entreolharam e alguns secaram o suor da testa, enquanto outros respiravam fundo.
- Não há coração que aguente isso. - Danny disse, sorrindo abobado.
- Er, com licença, preciso ir ao banheiro, rapidinho. - Dougie falou, meio sem graça.
- Aah, o pequeno polegar não aguentou. - ficou fazendo piadinha do menino que levantou correndo para que ninguém olhasse para ele.
- Vai tomar um banho bem gelado, querido. - falou rindo.
- Deixa que eu te ajudo, meu pimpolho. - falou rindo, seguindo ele, antes de ser puxada de volta por .
- Não, a senhorita vai ficar com o rabinho sentado aqui mesmo. - disse, sendo observada pelos demais, antes de estes começarem a vaiá-la.
- Porra, , atrapalhou lindamente. - Dave reclamou.
- Ela vai me agradecer mais tarde. - disse, rindo.
- , se você fizer isso comigo caso aconteça a mesma situação, eu te mato. - Danny falou no ouvido da menina que, bêbada, balançou a cabeça, negando e fazendo "shiu" com o dedo nos lábios, querendo dizer que não ia contar pra .
Rodaram a garrafa novamente e caiu James com . Tom olhou para eles e vaiou.
- É comigo, é comigo. Isso é trapaça, o bico da garrafa ficou entre o James e eu. - Ele apontou para o meio, e na verdade ele nem sequer estava sentado perto de James, havendo , Steve e Hall entre os dois.
- pegando geral então! Deu os três, vai todo mundo se aproveitar dela. - Gritou Harry, rindo com os demais.
- Não, não. Gente, não, não é possível. Não tô vendo ninguém entre nós. - Tom estava doidão.
Os dados foram lançados e caiu acariciar barriga. levantou a blusa e os três acariciaram a barriga dela. De quebra, James também o fez, deixando Tom mais irritado ainda.
- Não, ninguém vai se aproveitar da minha menina, não. - Tom puxou para o colo dele. - Vem cá, meu amor. - Deu um beijo estalado na bochecha da menina e abaixou a blusa dela, para deixar bem tapadinha aos olhos dos demais.
- Owm, fofinho. - ficou abraçada com Tom, ainda sentada no colo dele, e deu um beijo na testa dele.
- Por isso que eu digo que o álcool é bom! - falou, levantando seu copo para o alto. - Ele te liberta.
Dougie chegou na sala novamente, com o cabelo molhado e sentou-se atrás de , colocando a menina entre suas pernas.
- Meu lindo, você voltou. - virou para trás, dando selinhos no menino. - Tomou banho, que cheiroso.
- Tomou banho para acalmar os nervos, né, garotão. - Danny zoou.
- Ufa, você não faz ideia de como precisava de um banho gelado. - Dougie suspirou e levantou os olhos. - Foi tenso.
- Eu e te seduzimos? - falou, chegando bem próximo do rosto dele, roçando os lábios dela nos dele.
- Claro que seduziram, . - falou rindo. - Ninguém pode com a gente. Me dá essa garrafa aqui.
Steve passou a garrafa para rodar e ela vaiou.
- Não essa, oww, Steve, aquela com conteúdo. - ria, apontando para a garrafa de vodka.
- Então tá, minha linda, você quem manda. - Harry que estava perto da garrafa, pegou e mandou a menina abrir a boca. jogou a cabeça para trás e abriu a boca, enquanto Harry derramava um pouco da bebida. Em seguida beijou o pescoço dela, que estava à mostra.
- Harry, Harry. - balançou a cabeça, sorrindo, após engolir. - Contenha-se.
- Tá difícil de resistir. - Dave falou, mirando todas as meninas.
- Acho que já chega então. - falou, pegando a garrafa vazia que eles estavam usando para rodar. - Acabou a brincadeira.
- Ahh, cortou o barato, não faz isso não, amor. - Tom falou para a garota que ainda estava em seu colo.
- Tomzinho, a garrafa tá com a gente. - começou a rir. - Olha só. Ela está em pé, isso significa que a boca está pra cima e a base para baixo. Eu estou sentada no seu colo, sacou?!
- Então me dá esses dadinhos, aqui. - Tom se agitou com o que a menina falou e ficou empolgado.
Lamber a boca.
- Aii, é agora, senhor. - bateu palmas. - Ninguém segura esses dois.
virou o rosto para trás e lambeu levemente os lábios de Tom e antes que ela pudesse terminar o contorno da boca dele, este mordeu a língua dela, começando um beijo, finalmente.
- NOSSA SENHORA. - Dougie gritou.
- Isso sim foi muito sedutor. - riu, enquanto os dois ainda se beijavam.
- Parece que só falta a gente, . - Harry disse, meio tristonho.
- O seu tá guardado, Judd. - mandou um beijinho no ar e Harry sorriu.
- Então, já que a brincadeira acabou, acho que nós já vamos. - James falou se levantando.
- Ahh, fiquem, fiquem. - Danny reclamou.
- Não, olha só, já está super tarde. Bebemos e jogamos isso a tarde todinha. - Chris falou, se levantando também.
Todos os Dorks se levantaram, se despediram e foram embora. Tom e ainda estavam se pegando.
Se separaram somente quando já estava recolhendo os copos e levando pra cozinha.
- Ué, cadê todo mundo?? - Tom olhou em volta e estranhou.
- Foram no banheiro, Tom. Deixa eles se divertirem. - falou, balançando a mão e voltando a beijá-lo.
- Caramba, o negócio está bom mesmo. - falou levantando a sobrancelha.
- Minha pequena, isso é uma avalanche de sentimentos reprimidos. - Dougie falou, levantando com a menina no seu colo, que tinha virado de frente e estava com suas pernas entrelaçadas na cintura dele e os braços ao redor de seu pescoço. - Vamos subir.
- Ei, ei, não vão a lugar nenhum. - falou, indo na direção deles, mas sendo segurada por Danny.
- , relaxa, eu não faço nada com ela não. Vou cuidar muito bem. - Dougie falou sorrindo e dando um beijo em , que riu.
- Deixa eles, , já estão bem grandinhos, sabem o que fazem. - Danny falou, ainda segurando , e puxando-a para um beijo, no sofá.
Dougie e subiram e Danny e ficaram no sofá, enquanto Harry ajudava a arrumar um pouquinho da bagunça. Tom e ainda estavam muito entretidos para perceberem qualquer coisa que se passava ao redor deles.
- Vamos subir também, ?
- Vamos, lindo.
Danny e subiram e logo foram seguidos por e Harry.
- Tom, cadê todo mundo? - perguntou após um tempo, quando se separaram para respirar melhor.
- Você não disse que eles tavam no banheiro se divertindo? - Tom perguntou inocente.
- Deve ser, né?! Você acha que se a gente for dormir, eles vão perceber? - falou, sorrindo infantil.
- Acho que não, vamos. - Tom falou, sorrindo também e tirou a menina de seu colo para poder levantar, seguindo de mãos dadas com ela até o quarto.
- Imagina a cara deles quando saírem do banheiro e virem que a gente sumiu. - falou, rindo abobalhada.

Capítulo 14


abriu os olhos e imediatamente fechou-os novamente, pois a claridade a incomodava. Sua cabeça latejava ao tentar lembrar-se onde estava e como fora parar ali. Aos poucos, as memórias da noite anterior voltavam, conflitando com as pontadas de ressaca. Virou para o lado na cama, esperando encontrar Tom ao seu lado, mas encontrou somente um vazio. Lutando contra a dor de cabeça lancinante, tentou levantar e aos poucos conseguiu sair da cama. Procurou pelo quarto e imaginou que Tom já havia descido. Sentiu-se um pouco triste por ele não estar junto com ela naquele momento, mas resolveu ignorar e sair do quarto, pois já era quase meio dia. Chegando à cozinha, Danny, , e Dougie tomavam café e e Harry assistiam a um filme na sala. Mas não via Tom em lugar algum.
- Boa tarde, flor! - sorriu maliciosa para a amiga.
- Dormiu bem? - perguntou, enquanto colocava o leite no copo para Dougie.
- Dormi. - A menina respondeu meio envergonhada de estar sendo observada por todos. - Er... Alguém viu o Tom?
- Hum... Não, acho que não o vi hoje. - Danny respondeu, arqueando a sobrancelha e olhando para . - Você viu?
- Não, não... - desconversou, passando manteiga no seu pão.
- Também não vi, não. - Dougie foi categórico.
- A última vez que eu o vi, ele estava tentando te engolir. - riu.
ficou com as bochechas vermelhas como pimentões ao mesmo tempo que aparentava tristeza e incerteza. Foi para a sala e repetiu a pergunta aos outros dois, que negaram da mesma forma, deixando-a ainda mais confusa. Seguiu para o quarto, pensativa e cabisbaixa. O que teria acontecido para ele sumir daquela maneira? Será que havia se arrependido de tal forma que sequer queria estar perto dela?

***

Na cozinha, os demais ficaram tristes ao ver sair daquela maneira e se perguntando até que ponto o que Tom fazia era certo. Ou errado.
- Coitada, cara, que vacilo. - falou encostada ao batente da porta da cozinha, com uma voz chorosa.
- Se fosse eu, as coisas não aconteceriam desta maneira. - Harry falou, olhando de soslaio para e sorrindo.
- Falou o garanhão que tá dormindo no ponto. - Danny riu com a boca cheia, levando um pedala de . - Que foi que eu fiz?
- Fecha essa boca, que droga. - falou, levantando para colocar os pratinhos na pia.
- Aprende com o papai aqui. - Dougie falou, inflando o peito e recebendo um beijo de .
- Vão à merda. - Harry reclamou, voltando para a sala, pois queria ver o final do filme.
- Fico com pena de pensar em como ela deve estar se sentindo neste momento. - disse, ajudando a tirar a mesa.
Enquanto isso, na sala, Harry já não prestava mais atenção ao filme pois ficou pensando nas palavras dos meninos e em como até Tom havia sido mais eficiente que ele. Precisava encontrar uma maneira de se superar e fazer as coisas acontecerem da maneira certa. Sabia que não era como as outras meninas que conheceu e que ela tinha seus receios quanto a ficar com ele e ser apenas mais uma. Apenas mais uma, com certeza, ela jamais seria, pois havia mexido com ele de uma maneira que ele desconhecia até então. Eram sentimentos novos, uma nova situação. Precisava fazer acreditar naquilo. Mas como?!

***

- , estamos indo ajudar os meninos a terminar de arrumar a festa, pois tiveram que transferir para um local maior, já que convidaram muita gente e não caberia todo mundo na casa do James. - gritou do andar de baixo para que pudesse escutar.
- Você quer ir também? - perguntou, ao ver colocar a cabeça para fora do quarto.
- Não, gente, vou ficar por aqui mesmo. Não estou me sentindo muito bem, quero tomar um banho e deitar, obrigada. - Respondeu, fechando a porta, sem ouvir as meninas tentando convencê-la.
- Nossa, ela está péssima, cara. - falou triste, enquanto pegava seu casaco.
- Vai ficar tudo bem. - Harry disse, chegando por trás e dando um beijo na bochecha da menina, que ficou vermelha na mesma hora.
- Vamos logo. - Danny disse, abrindo a porta e saindo no frio, sendo seguido pelos demais.
Chegando ao local, já estava quase tudo pronto, pois os Dorks já haviam chegado e outras pessoas ajudavam a tornar tudo mágico e parecido com o filme.
- Irado, consigo até visualizar Marty McFly tocando Johnny Be Good naquele palco. - Dougie disse esfregando as mãos.
- Pois eu vejo o George e a Lorraine dançando ali no meio do salão. - disse, com ar de sonhadora.
- Como é que é? - Danny ficou confuso e olhou para a menina. - Você gosta do filme a ponto de lembrar disso?
- Tá brincando, né, tem até uma referência a você! - disse rindo.
- Great Scott! - riu também.
- Há, caminhão de esterco. - Dougie deu uma gargalhada.
- Não acredito que vão vir com essa piada de novo. - Danny revirou os olhos e reclamou com .
- Tô brincando, Danny Boy. - Ela falou sorrindo e dando um selinho nele.
As meninas foram até Steve para perguntar o que poderiam fazer para ajudar. Enquanto isso, os meninos se voltaram para Harry, achando estranho o menino estar tão calado durante tanto tempo.
- Muito maneiro elas curtirem esse filme também. - Danny falou.
- Demais. - Harry respondeu, mas estava meio distante e pensativo. - Dudes, preciso de vocês!
- Ui, que declaração. - Dougie abraçou Harry, sorrindo.
- Não, é sério. - Harry estava muito sério e os meninos ficaram preocupados. - É o seguinte, essa conversa me deu ideias. Elas curtem esse filme, elas falaram do George e da Lorraine. Eu preciso que vocês aprendam a tocar e cantar uma música até a hora da festa!
- Nossa! - Danny ficou empolgado. - Harry entrando em ação. Beleza, só dizer qual a música.
- E o Tom? Ele não está aqui. - Dougie lembrou.
- Quanto ao Tom, não precisamos nos preocupar, ele com certeza deve saber essa música. - Harry sorriu enigmático.

***

James bateu na porta do quarto onde estava e esperou que ela abrisse a porta.
- James?! - se espantou ao ver o menino ali. - O que está fazendo aqui? Como você entrou? O que está fazendo aqui? - Ficou tão confusa que repetia a pergunta sem parar.
- Eu já entrei diversas vezes aqui, esqueceu? É minha segunda casa, sou praticamente um quinto McFLY, um dia faremos parte da mesma banda. - Sorriu sonhador.
- Ahn, é. - lembrou-se. - Mas o que está fazendo aqui?
- Eu preciso muito de sua ajuda e está todo mundo no salão arrumando a festa. É muito importante. - James parecia preocupado.
- Ok, vou buscar meu casaco. - falou, encostando a porta e voltando, em seguida, pronta para sair.
Durante o trajeto, percebeu que James mantinha uma feição preocupada, e estava calado. Ficou pensando o que de tão sério poderia ter acontecido para ele precisar de ajuda. Percebeu que faziam o caminho da casa dos Dorks e logo chegaram. Saíram do carro e foram em direção à porta, James abriu para que ela entrasse e fechou a porta em seguida, fazendo um estrondo, o que fez levar um susto e virar-se.
- James! - socou a porta com medo. - O que houve? Abre a porta, tá tudo escuro aqui dentro.
sentiu uma mão encostar em seu ombro e deu um grito, virando e começando a socar quem quer que estivesse ali.
- CALMA, CALMA. - Tom gritou, tentando se defender. - Acho que você me arrancou um dente.
- O quê? - parou de se debater. - O que está acontecendo aqui?
- Calma, por favor. - Tom riu, segurando o queixo.
- Ai, desculpa, eu te machuquei? - falou preocupada. - Ou melhor, que idéia foi essa de me trancar aqui no escuro, você esperava o quê? – Exaltou-se e começou a reclamar.
- Eu sabia que essa maneira de te deixar aqui não ia dar certo. - Tom resmungou.
- E o que estamos fazendo aqui? Onde você esteve o dia todo? Por que sumiu desta maneira?
- Estava preparando uma surpresa para você!
- Que ideia genial, a surpresa foi você ficar sem dentes?!
- Não esperava que você reagisse tão brutalmente.
- O que você queria?
- Não sei, não havia pensado nisso.
- Incrível!
- Ok. Chega. Me siga. - Tom cortou toda aquela bobagem que não estava em seus planos e pegou na mão de , puxando-a para o jardim dos fundos.
Quando Tom abriu a porta que dava para o jardim, mal podia acreditar no que via. O jardim estava iluminado por velas e pela lua, estava coberto de pétalas, havia uma mesa de jantar com uma garrafa de vinho no centro e um aquecedor grande próximo a ela, que aquecia o ambiente e permitia que ficassem confortáveis mesmo no inverno. Tom guiou até a cadeira, puxando para que ela sentasse e colocou um cobertor em seu colo para aquecê-la.
- Isso... Isso tudo... É pra mim? – perguntou, enquanto olhava para todos os lados, observando os detalhes.
- Não, é pra mim. Você é uma mera convidada. – Tom respondeu, sentando na cadeira, enquanto via revirando os olhos – Claro que é para você.
- Foi por isso que você sumiu o dia inteiro? – brincava com os dedos, evitando encarar seu companheiro.
- “Por isso”? Assim você me magoa, ! Tive tanto trabalho! – Tom colocou a mão no coração, fazendo drama.
- Aí, para! Você entendeu tudo errado! – deu um tapa no braço de Tom, escondendo o rosto completamente vermelho logo depois. – Eu... Eu... Eu...
- Você amou. Você adorou e foi a melhor coisa que aconteceu na sua vida. Acertei? – Tom falou presunçoso, enquanto via a menina na sua frente o espiar pelos dedos.
- Harry, é você? – foi tirando a mão do rosto, enquanto dava um pequeno sorriso.
- Ahn? Harry? – Tom perguntou, sem entender absolutamente nada.
- É porque só o Judd falaria algo tão... Judd. – riu, enquanto via Tom apoiar o rosto na mão, e bufar adoravelmente.
- Eu não sou o Harry e não fale sobre ele agora, . – Tom ficou sério de repente, endireitando-se na cadeira.
- E por que não? – perguntou confusa.
- Porque só eu posso fazer isso. – Tom se aproximou lentamente e, com a ponta dos dedos, levantou o rosto de . Aos poucos, a distância entre os dois foi ficando menor, até eles finalmente se beijarem. Minutos depois, Tom se afastou um pouco e, olhando nos olhos da menina, repetiu, enquanto sorria mostrando as covinhas – Só eu posso fazer isso.
sorriu ainda mais, enquanto sentia o rosto ficar quente. Tom, rindo, colocou ambas as mãos nas bochechas dela e deu um rápido selinho. Depois, um pouco encabulado, falou:
- Infelizmente, cozinhar ainda não é uma de minhas melhores especialidades, mas fiz o seu prato preferido com muito amor, carinho e dedicação. E espero que leve isso em conta na hora que começarmos a comer – Tom apertou a ponta do nariz de , que ria ao imaginar o menino na cozinha.
- Ok, senhor Fletcher. Qualquer coisa, menos brócolis. – piscou para Tom, que soltava uma risadinha.
- A senhorita não irá se decepcionar. – Tom piscou de volta, beijando-a novamente.
Após comerem, ficaram abraçados conversando.
- Estava tudo maravilhoso. - murmurou, com o rosto enterrado no pescoço de Tom.
- Não exagere. - Tom sorriu, acariciando os cabelos dela.
- Não estou exagerando. - levantou o rosto e sorriu, dois segundos depois seu sorriso foi falhando, enquanto ela fitava o chão. - Eu fiquei tão preocupada. Pensei que você tivesse se arrependido de ter ficado comigo ontem. Como se tivesse feito isso por ter bebido e depois quando acordou percebido que havia cometido um erro.
- Jamais. - Tom sorriu, levantando a cabeça dela para que olhasse para ele. - Eu faria tudo de novo, de novo e de novo e para sempre. Me perdoe por tê-la preocupado, mas eu precisava te mostrar que você é muito mais especial do que pensa.
deixou uma lágrima escorrer livremente pelo seu rosto e se aproximou mais de Tom, que secou sua lágrima com o polegar e em seguida acabou com o espaço que havia entre eles.

Capítulo 15


No dia seguinte, a casa dos meninos estava uma bagunça, mas eles não se importavam e nem faziam questão de mexer um dedo para arrumar, ainda mais por que era dia 31 de dezembro e mais tarde teriam que se arrumar para a esperada festa de ano novo.
- Então foi por isso que você voltou super tarde, e com um sorriso estampado no rosto. – sorria de lado, enquanto acabava de escutar contar sobre a noite anterior, com um ar de sonhadora.
- Foi. – dava risadinhas, colocando uma colher de brigadeiro na boca. As meninas estavam todas jogadas no chão da sala, comendo e procurando algo para ver na televisão.
- Não conhecia esse seu lado violento, . Já pensou se o seu segundo beijo fosse com um Tom sem dente? – mexia as sobrancelhas, enquanto mergulhava a colher para pegar mais brigadeiro.
- Dava até para compor uma música sobre isso. – comentou, cantando em seguida algo que envolvia o primeiro encontro e a perda do dente, fazendo as outras rirem.
- Vocês não irão esquecer disso nunca, não é? – perguntou, tentando fazer uma cara séria, mas falhando miseravelmente.
- Não! – Responderam as três, sorrindo.
- Mudando de assunto, gostaria de saber por que esses meninos estão trancados no quarto há horas, sumidos da face da Terra. – lambia a colher, enquanto olhava desinteressada para a televisão.
- Já está sentindo a minha falta? Ora, seus problemas acabaram, Harry Judd chegou para alegrar seu dia.
As meninas observaram os meninos aparecerem, cansados, mas com sorrisos felizes no rosto. Harry foi se sentar ao lado de , recebendo um empurrão de leve no ombro junto com um “nos seus sonhos”, murmurado por , enquanto Harry lhe dava um beijo na bochecha.
- Sobre o que vocês estavam falando? – Danny perguntou, sentando ao lado de , ao mesmo tempo que apontava para a colher da menina e a própria boca.
- O assunto do momento. – respondeu, levando a colher à direção da boca de Danny para, logo depois, colocar o brigadeiro na própria boca. riu ao ver a cara que o outro fez, mas que, segundos depois, mudou para um sorriso de lado. Danny se aproximou do ouvido da menina e murmurou algo que a deixou completamente vermelha e sem graça. Ao se afastar, ele piscou para e colocou a colher na boca lentamente.
- E o assunto do momento seria por que o grande Dougie ainda não recebeu da sua adorada um beijo e um pouco de brigadeiro? – Dougie perguntou, colocando a mão na cintura de , puxando-a para si e roubando a colher dela.
- Grande Dougie? Quem andou te iludindo? – virou para olhar Dougie, pegando a colher novamente.
- Posso te mostrar o grande Dougie mais tarde, se você quiser... – Dougie respondeu baixo, para que somente ouvisse e fazendo uma carinha tentadora.
- Pensarei no seu caso, senhor Poynter. – deu um sorrisinho de lado e uma piscada, enquanto o mesmo a olhava de cima a baixo.
- Só queria lembrar que o quarto fica no andar de cima. Obrigado. E sim, todos escutaram. E isso vale para você também, Danny. Imagens nada legais de você e envolvendo brigadeiro. Não precisava ter escutado isso. – Tom falou para os casais, sacudindo a cabeça e sentando atrás de , abraçando-a por trás e depositando um beijo na bochecha dela.
- Casais. Casais para todos os lados. Você sabe o que isso significa, ? – Harry perguntou, traçando linhas imaginárias no joelho da menina.
- Que você é um bundão. – Respondeu Dougie, do outro lado da sala, fazendo um high five com Danny após a resposta. Harry fuzilou-os com o olhar.
- Olha, tá tudo muito bom, tá tudo muito lindo, mas temos que começar a nos arrumarmos para a festa. Ainda mais por que somos oito pessoas. – falou, recolhendo as outras colheres e levando a louça para a cozinha. - Cinco mulheres para se arrumarem.
- Cinco? - Perguntaram quase todos juntos, estranhando.
- Ué, o Jones se arrumando vale por uma mulher. - riu da cara que ele fez, arrancando risadas dos demais, enquanto concordavam muito a contra gosto, levantando aos poucos.
- Vocês não irão começar a se arrumar? – Harry perguntou, oferecendo a mão à , ajudando-a a se levantar, enquanto via Tom, que continuou sentado, abraçado à .
- Daqui a pouco. Assim está bom. – Tom respondeu, enquanto apoiava o rosto no ombro de , abraçando-a ainda mais.
- Me lembre de vomitar na lixeira mais próxima. – Dougie comentou, levando, em seguida, um pedala de .

***

O local da festa estava maravilhoso, tudo parecia perfeito e lúdico. Estavam todos vestidos como nos anos 50, o que tornava tudo ainda mais incrível. Mas o melhor mesmo era que a decoração estava igual à do filme ''De Volta Para o Futuro''. Para qualquer lugar que a pessoa olhasse, as referências estavam lá.

- Que trabalho mais primoroso. Estou até emocionado, time. Mandamos muito bem. – Tom falou, olhando para todos os lados, com um sorriso bobo no rosto.
- “Mandamos muito bem”. Alguém avisa ao Tom que ele não mexeu um dedo para a realização da arrumação e que só ajudou em uma pequena parte dos recursos financeiros? – Dougie falou, afrouxando um pouco a gravata e arrumando o cabelo, que estava todo jogado para trás.
- Dude, sei que irei me arrepender por falar isso em voz alta, mas o Dougie tem razão. E para de estufar esse peito, Poynter. Parece que enfiaram um cabo de vassoura no meio das suas costas. – Harry dava uns tapas nas costas de Tom, enquanto revirava os olhos para Dougie. – Mas ninguém está te acusando de nada. Você teve seus motivos.
- Por que sou amigo de vocês, mesmo? – Tom afastou a mão de Harry de seu ombro, limpando uma sujeira invisível em seguida.
- Porque nosso tipo de amizade é que nem família. Não se escolhe, se abriga. – Danny abriu os braços, esperando receber um abraço grupal. Porém, foi recebido por três pares de olhos, que diziam claramente “Não. Para com isso agora.”.
- Posso te desabrigar em dois tempos, Jones. Quer ver? – Harry sorriu maldosamente para o amigo, enquanto os olhos brilharam. – Dormir na rua, no jardim...
- As meninas não deixariam isso acontecer. A não deixaria isso acontecer. Aliás, onde elas se meteram? Nenhum sinal até agora. – Danny olhou para a porta, fazendo uma carinha triste.
- quase me bateu com o secador de cabelo quando abri a porta do quarto onde elas estavam se arrumando. Foi meio assustador. – Dougie se encolheu, lembrando do ocorrido de algumas horas atrás.
- Mulheres quando se arrumam para festas viram outras pessoas. Pensei que iria furar os meus olhos com o garfo quando falei que uma hora para se arrumar era mais do que razoável. E ainda as escutei gritando comigo quando bati na porta, perguntando se já estavam prontas. Consigo escutar a voz da até agora “Então vão na frente e parem de perturbar”.
- Sem dente, sem olho... Continua assim que está bom, Tom. – Harry riu, enquanto endireitava sua roupa.
- Pelo menos, tenho uma garota... – Tom retrucou, dando um sorriso de lado.
Harry estava pronto para responder, mas uma movimentação na porta o fez parar. Finalmente suas companheiras haviam chegado e estavam... maravilhosas. Cada um dos meninos olhava de boca aberta, olhando-as de cima a baixo.
- Wow! – Disseram os quatro ao mesmo tempo, com cara de abobalhados.
, , e andavam na direção dos meninos, enquanto conversavam entre si, rindo.
- Lembrem-se de nunca mais perturbar o processo de preparação para uma festa. - Dougie falou, enquanto esticava os dedos para e beijava a mão dela.
- Ou afirmar que uma hora é o suficiente. - Tom declarou, dando um selinho em . – Porque, no fim, a espera realmente vale a pena.
Danny apenas dava um grande sorriso para , enquanto colocava a mão na cintura da menina, trazendo-a mais para perto. - Oi. - Sussurrou, ganhando um rápido beijo no rosto, fazendo o menino balançar a cabeça e apontar para a boca.
No caso de Harry, ele olhava surpreso para , que o olhava, sem graça.
- Pare de me olhar assim, Harry. Estou ficando sem jeito. - virou o rosto, enquanto colocava o cabelo atrás da orelha.
- Desculpe, mas não consigo.
- Pára de bobagem. - tentou desconversar, extremamente envergonhada.
- Não, sério. Eu não consigo acreditar na sorte que tenho de poder olhar pra você. E eu...
Mas o que Harry falaria ninguém nunca soube, pois seu olhar foi parar no canto da sala e ficou por lá.
- Harry, aconteceu alguma coisa? Por que você está com essa cara tão estranha e… - , preocupada com a reação de Judd, resolveu acompanhar a direção do olhar de Harry, mas o que viu foi algo – ou seria alguém? –, correndo em direção a eles.
- Now, the party don't start 'til I walk in... - Dave cantou, atraindo olhares e risadas para ele. - O que foi? E por que estão todos vestidos com essas roupas?
- Dave, er, uhn... Cara, detesto ter que dar essa notícia, mas a festa não é à fantasia. - Dougie colocou a mão nos ombros de Dave, mas completou sorrindo - Embora essa fantasia de Dr. Brown seja a melhor que já vi.
- É a melhor porque não precisa de muito esforço, né?! - disse entre risadas.
- Ele está igual. - estava chocada - O cabelo ajuda e muito, né?
- Ele acreditou no convite falso que deixamos na mesa! Não estou acreditando nisso! - Steve começou a rir.
- E olha que o photoshop estava brabo. Pensei que ele descobriria logo. - Chris balançou a cabeça, ainda não acreditando que o amigo havia caído.
- Dude, é o Dave… Ele só não é pior que o Danny. - Harry disse, em meio a risadas.
- E há alguém pior que o Danny? - Dougie olhou para Harry, como se a resposta fosse a coisa mais óbvia do universo.
- Há, há, há… Muito engraçados vocês. - Danny disse, olhando para os dois com uma cara emburrada.
- Perdemos o amigo, mas não a piada. - Harry e Dougie falaram ao mesmo tempo, enquanto davam high Five.
- Danny, não ligue para eles. Eu ainda te amo, dude. E fico feliz de que o posto de mais lerdo do mundo ainda pertença a você. - Dave fez joinha para Danny, que respondia o gesto mostrando o dedo do meio.
A festa prosseguiu animada, com muita comida, bebida e diversão. Em um determinado momento da noite, os meninos resolveram fazer um concurso de dança, mesmo com Dave querendo um de fantasia. Escolhendo as músicas mais animadas, os meninos fizeram um sorteio para ver quem seria o primeiro a inaugurar a brincadeira.
- Você reclamou tanto que acabou sendo o primeiro a ser convocado, Dave. Faça as honras! - Tom empurrou Dave para o centro da pista de dança enquanto a música começava a tocar.
- Não acredito! É a minha música! - Dave gritou, preparando-se para dar um show.
Gangnam Style começou a tocar nas alturas, fazendo com que Dave fosse à loucura e tirasse óculos escuros de Deus-sabe-lá-onde e colocasse no rosto. Ninguém podia negar que ele estava sendo a alma da festa.
- AI, MEU DEUS! DEIXA EU SER A SUA HYUNA! - gritou, colocando a mão no rosto, enquanto cantava e dançava.
- Era só o que me faltava... - Harry resmungou baixinho, revirando os olhos - Esse Dave me paga.
Todos estavam se acabando de rir e cantar, menos Harry, que colocou a mão no bolso da calça e olhava para Dave, fuzilando-o com os olhos.
- Acho que o Dave está correndo perigo de vida. - cochichou para Danny, enquanto olhava o desenrolar da cena.
- Não acho, não, tenho certeza. Mas ele também estaria se você estivesse dançando ali no meio. - Danny deu a língua para a menina, mas manteve a voz séria.
Na pista, Dave e executavam os passos com tanta precisão e alegria que alguns dos convidados não se aguentaram e se juntaram a eles, cantando e dançando como se estivessem no clipe do Psy.
- Se o Tom está dançando desse jeito sem ser a vez dele, me pergunto o que acontecerá quando for sorteado. - Dougie puxou para perto dele, apontado para o amigo que estava fazendo altos passos espalhafatosos, enquanto gargalhava, tentando acompanhar.
- Eeeeeeeeeeeeee seeeeexyyyyyyy laaaaaadyyyyyyy! - Dave cantava, incorporando o Psy. Já , era a perfeita Hyuna, para o desespero de Harry, que quase morreu ao escutar o Dork gritando. - , abre as pernas, porque irei me jogar no chão! A parte do elevador é a minha favorita! Precisamos fazer isso!
já estava chorando de tanto rir, tendo que receber apoio de , que estava quase na mesma situação. e Dougie estavam sentados no chão, abraçados e tentando recuperar o ar. A cena estava hilária. Menos para Harry, que a cada segundo tinha mais vontade de acabar com aquilo.
e Dave acabaram a música fazendo a famosa pose final, recebendo uma salva de palmas e muita gritaria dos amigos, que cantavam "Já ganhou! Já ganhou!".
- Obrigado, gente. Obrigado. Sei que sou demais. Não precisam nem continuar o concurso. - Dave falou, tirando os óculos escuros e o guardando novamente.
- Dave, isso foi sensacional! Adorei dançar contigo! Você é o melhor Psy! - disse, entre risos, para o garoto que sorria.
Harry tratou de pegar logo o próximo nome para ser sorteado, pois não aguentava mais aquela interação entre os dois. - Vai, Tom. Começa a dançar logo, pelo amor de Deus. - Harry empurrou o amigo para a pista de dança, enquanto tentava puxar com a outra mão.
Quando Macarena começou a tocar, Tom imediatamente puxou para dançar com ele.
- Não acredito que você está fazendo isso comigo! Logo Macarena, que sou completamente descoordenada! - falava, tentando lembrar a sequência de passos da música.
- Mas é óbvio que seria você, . Não é qualquer um que irá pagar mico comigo. Ai! - Tom gemeu, depois de ter levado uma cotovelada nas costelas.
- Tá complicado saber quem é o mais descoordenado nesse casal. - disse olhando para Dougie e rindo.
- E depois dizem que sou o pior dançarino! - Danny gargalhava ao ver que e Tom, de tão empolgados e sem coordenação-motora, acabaram se esbarrando e caindo no chão, rindo até não poder mais. - Eu precisava ter filmado isso pra colocar no YouTube!
Tom, depois de ter se recuperado um pouco da dança e do tombo, ajudou a se levantar do chão, que limpava as lágrimas de riso.
James pegou o próximo nome e leu em voz alta, correndo para escolher uma música especialmente para o amigo.
- Vai lá, Juddão! Vai arrasar na pista de dança!
Quando a música começou a tocar, Harry não pôde deixar de sorrir de lado e se preparar para dançar.
- Não acredito! - e falaram ao mesmo tempo, correndo para dançar, cada uma de um lado do Harry.
- Mas o que? - Danny e Dougie falaram, ao mesmo tempo.
Quando Bonde do Tigrão começou a tocar, Harry se entregou completamente para a música, meio desajeitado, mas mantendo o seu jeito “É assim que se dança e vocês são meros mortais”. Até o momento, ele e as meninas eram os únicos concorrentes à altura da desenvoltura de Dave e . Os demais tentavam acompanhar os passos, mas Harry estava roubando a cena, como se ele tivesse nascido para dançar aquilo. Até Danny e Dougie se aproximaram para dançar também, sendo que Poynter estava completamente perdido no que estava fazendo. Quando todos iam para direita, ele ia para esquerda. Todos pra cima? Dougie pra baixo. A música terminou com o Harry fazendo uma pose de tigrão, matando o resto do grupo de rir.
- Ai meu Deus, minha retina! Minha retina! - Tom falava, tampando os olhos e se apoiando em .
- Deixa de ser invejoso, Tom! Você bem que gostaria de ter um terço do meu talento pra dança! - Harry ria.
- Nos seus sonhos, Judd! - Tom respondeu, revirando os olhos, mas rindo com o amigo.
No último sorteio, os meninos resolveram que dançariam todos juntos. E é claro, a música escolhida era das Spice Girls, Wannabe, para a alegria das meninas, que sentaram no chão, prontas para aproveitarem melhor o espetáculo. O mais engraçado era que todos sabiam cantar e dançavam de um jeito bastante peculiar, fazendo gestos exagerados e caras e bocas, com direito a um solo do Tom, enquanto os outros giravam ao redor dele. Quando a música acabou, as meninas fizeram uma algazarra, e disseram que aquela foi a melhor apresentação de Spice Girls já vista. E que, agora, seria impossível escolher um ganhador.
- Menos o Tom! - Os meninos gritaram, enquanto Tom dava um pedala em cada um.
Como todos continuavam animados, eles decidiriam colocar a dança da cordinha, com direito à música do É o Tchan para tocar. Tanto os Dorks como os meninos do McFLY adoraram, fazendo da brincadeira uma verdadeira competição entre os grupos. Ao final, nenhum dos dois ganhou, porque eles estavam mais preocupados em derrubar um ao outro, rindo quando caíam no chão.
Harry, percebendo que era uma ótima hora para colocar o plano em prática, chamou os meninos para o canto.
- Dudes, é agora. Vamos começar com uma nossa e depois partimos pro combinado, ok? - Tom, Danny e Dougie concordaram enquanto endireitavam a alça de seus instrumentos e Harry sentava atrás da bateria, girando sem parar as baquetas entre os dedos.
Seguindo a contagem de Tom, os meninos começaram a tocar os primeiros acordes de Met This Girl levando as garotas e os outros convidados à loucura. Todos começaram a dançar e cantar super animados. Tom e Danny cantavam suas partes da maneira divertida que as meninas já conheciam, mas agora interagiam entre eles e com elas também.
Ao chegar ao refrão, Danny cantou When she walks in the room, my heart goes boom! - Olhando na direção de e apontando para ela com um olhar sedutor.
Ao final da música, todas se perguntavam qual seria a próxima canção que eles iriam tocar. apostava em I've got You, enquanto desejava por Memory Lane, mas a indagação delas foi interrompida por um Harry Judd, que abandonava seu posto de baterista indo em direção à pista de dança, sendo substituído por Dork Danny Hall.
Sem dar tempo delas se perguntarem o que estaria acontecendo, Tom chegou ao microfone e anunciou:
- A próxima é um pedido do nosso baterista para alguém especial.
Todas as meninas olharam para e começaram a dar risadinhas ao ver a menina ficar cada vez mais vermelha e surpresa com o que estava acontecendo. Harry caminhava lentamente para fora do palco, mas sem quebrar o contato visual.
Na contagem do três, como que sincronizado, Harry alcançou a menina, segurou sua mão e Tom começou a cantar, fazendo com que Harry, com o olhar ainda fixo nela, colocasse seu cabelo para trás da orelha ao mesmo tempo que cantava:

You'll never know how much I really love you.
You'll never know how much I really care.


não acreditava no que estava acontecendo, nem em seus melhores devaneios poderia ter visualizado aquela cena.

Listen,
Do you want to know a secret?,
Do you promise not to tell? Whoa oh, oh.
Closer,


Nesse momento, Harry puxou para perto de si, encostando os lábios à orelha dela, enquanto continuava a cantar.

Let me whisper in your ear,
Say the words you long to hear,
I'm in love with you.


, que já não estava muito coordenada na dança por puro nervosismo, parou de repente e não soube como reagir. Harry puxou a menina novamente, para que ela saísse da posição estática.

Listen,
Do you want to know a secret?,
Do you promise not to tell? Whoa oh, oh.
Closer,
Let me whisper in your ear,
Say the words you long to hear,
I'm in love with you.


Ainda meio tonta com tanta informação, prestou atenção às palavras seguintes, que Harry fez questão de frisar.

I've known the secret for a week or two,
Nobody knows, just we two.


- Só eles e a festa toda, né?! - Danny murmurou para , que pediu silêncio, pois todas observavam a cena com lágrimas e sem piscar.

Listen,
Do you want to know a secret?,
Do you promise not to tell? Whoa oh, oh.
Closer,
Let me whisper in your ear,
Say the words you long to hear,
I'm in love with you.


Ao cantar as últimas linhas da música, Harry sorriu para e colocou uma das mãos da menina na direção de seu coração, sendo segurada pelas mãos dele. mordeu os lábios e olhou cheia de expectativa para Judd que, não aguentando mais, diminuiu a distância entre ambos e a beijou.
- FINALME... - Danny e Dougie não conseguiram terminar de berrar a frase, pois e foram mais rápidas, dando um puxão na calça de cada um, para que eles não estragassem o momento do casal. Já , mandou um beijo para Tom, que devolveu o carinho piscando. Os Dorks estavam todos abraçados, enquanto jogavam pétalas de flores na direção de Harry e , com direito a um Dave fingindo que estava limpando as lágrimas com um pedaço de guardanapo.
- Desculpa ter demorado tanto tempo, mas eu queria fazer algo realmente especial. Você gostou da surpresa? - Harry perguntou ao se afastar, olhando para o rosto corado de .
- Não, eu não gostei... Eu amei. Muito obrigada, Harry! - falou, apoiando o rosto no ombro dele, enquanto recebia um carinho na cabeça.
- Fico feliz por você ter gostado, mas, pelo amor de Deus, parem de jogar pedaços de guardanapo picado na minha cabeça! - Harry fuzilou os Dorks com o olhar, que saíram pulando e cantando “Harry e debaixo da árvore...”.
Após Harry ter declarado seus sentimentos, o grupo ficou mais animado e leve, pois a tensão anterior não existia mais. Quando estava próximo da virada do ano, James subiu no palco, chamando a atenção de todos os presentes.
- Vamos, gente! - James falou ao microfone, convidando todos os presentes para irem aos jardins assistir a queima de fogos. - Faltam 20 minutos para a meia noite.
Todos começaram a caminhar em direção aos jardins, encontrando cantinhos para poderem ficar confortáveis e verem o espetáculo.
- Nossa, que frio. - comentou, esfregando os braços, embora todos estivessem de casaco, as meninas não estavam acostumadas com isso. Danny abraçou-a para tentar aquecê-la.
Harry e não conseguiam mais se desgrudar, estavam abraçados também e olhando um para o outro. Harry encostou o nariz no de e percebeu que este parecida um picolé. Deu um selinho na pontinha.
- Você está congelando. - Harry disse preocupado.
- Não, estou bem, não se preocupe. - sorriu, encostando seu nariz na bochecha de Harry.
- 10! - Gritou James de algum lugar no meio das pessoas.
- 9. - Todos fizeram coro.
- 8.
- 7.
- 6.
- 5.
- 4.
- 3.
- 2.
- FELIZ ANO NOVO!
O céu se iluminou em um belo show de luzes.
Tom olhou para , enquanto estava abraçando-lhe e viu uma lágrima escorrendo por seu rosto.
- Por que você está chorando, minha linda?
- Eu sempre me emociono quando vejo fogos. É tão bonito. - Ela sorriu e Tom sorriu de volta.
- Quero ficar com você para sempre. - Dougie sussurrou para , beijando-a em seguida, enquanto os fogos pipocavam no céu.

Capítulo 16


acordou se sentindo atropelada, pois haviam dançado, bebido e se divertido muito na noite anterior. Abriu os olhos e viu que estava de frente para Dougie, e este a observava com um pequeno sorriso nos lábios e uma carinha bem amassada também.
- Bom dia... - sussurrou, encaixando a cabeça no pescoço dele.
- Bom dia, princesa.
- Você está acordado há muito tempo?
- Sim. Estava te observando dormir. - Dougie disse, dando um beijo no topo da cabeça dela.
Aninharam-se e continuaram na cama por um bom tempo, namorando.
Na cozinha, Tom e comiam juntos algo que não era almoço, não era café da manhã, era um pouco de tudo, já que as horas nem sabia quantas eram.
- ! Bom dia. - falou, vendo a amiga entrar radiante na cozinha.
- Bom dia! - abriu os braços sorrindo e sendo abraçada por trás por Danny, que chegava também.
- Quanta alegria, o que aconteceu? - Tom perguntou curioso e malicioso.
- Danny me trouxe café da manhã na cama e foi tão lindo e romântico. - virou, dando um selinho em Danny e em seguida se afastando para pegar um copo d'água. Danny exibia o sorriso mais bobo e orgulhoso do mundo, sabendo que havia feito a menina tão feliz.
- Que isso, hein?! - Tom piscou para Danny, pois havia sido sua idéia e sabia que a menina ficaria encantada.
- Um verdadeiro lord! - sorriu, contente pela amiga.
- Não, gente... O verdadeiro lord está entrando agora. - Falou Danny, dando tapinhas nas costas de Harry, que entrava na cozinha de mãos dadas com , a qual também sorria abobalhada.
- Eu jamais perderia esse posto. - Harry se gabou, levando um empurrãozinho de com o ombro, sentando-se com ela, em seguida, para comer algo também.
- Onde estão o pequeno polegar e a menina da maçã? - Perguntou , sentando-se.
- Devem estar aproveitando, esses dois parece que hibernam, quando entram naquele quarto é um sufoco para saírem. - Danny comentou, sentando-se ao lado de e segurando sua mão.
- Bem, não acho que hibernando seja o caso em questão. - Harry arqueou as sobrancelhas.
- Mas será que vocês não têm mais o que falar, que estão sempre falando de nós? - Dougie reclamou, entrando na cozinha com . - Vê se me erra, cara.
- Ih, acordou de mau humor. - Harry ironizou, apertando as bochechas de Dougie, que havia sentado ao seu lado.
- Não, muito pelo contrário. - Dougie sorriu malicioso, de frente para e mordeu seus lábios.
- Caraca, como vocês querem que não falemos nada?! Se liga. Deviam ter continuado no quarto. - falou, rindo e tapando os olhos.
- Assim vocês acabam com a minha inocência. - tapou os ouvidos, balançando a cabeça.
- Inocência? - questionou. - Acho que você deve ter nascido sem saber o que é isso.
- Calúnia! - colocou a mão na boca, fazendo uma cara surpresa.
- E se sabia, o Danny aqui fez questão de exterminar isso, não é, Danny Boy? - Tom deu uns tapas no ombro do amigo, que balançava a cabeça confirmando, todo orgulhoso.
A conversa foi interrompida pelo barulho do telefone tocando. Tom levantou-se para atender, mas, ao falar com a pessoa do outro lado da linha, teve dificuldade para entender o que estava sendo dito, entretanto reconheceu que era a língua das meninas.
- Meninas, acho que é para vocês. - Tom falou, virando-se para as garotas e estendendo o telefone.
As meninas se entreolharam preocupadas e, de repente, toda a alegria da última semana se esvaiu e um calafrio desceu como água gelada pela espinha.
- Atende você, . - empurrou a amiga.
- Eu não! - negou-se.
- Anda logo, gente. Se for quem estamos pensando, não vão gostar de esperar. - falou, levantando-se de vez e indo atender. Ao colocar o telefone na orelha e falar “Alô”, rapidamente afastou o telefone, esticando-o para , que encolheu na cadeira, sabendo quem estava esperando para falar com ela.
- Oi, mãe. - murmurou receosa, e olhou para Dougie com cara de quem pede ajuda. Dougie não entendia nada, mas lembrava da outra vez que a mãe da menina havia ligado e ficou preocupado.
ouviu tudo que sua mãe dizia, sem interromper, apenas concordando em alguns pontos e negando em outros. Terminou com um “sim” e recolocou o telefone no gancho.
- Então?! - perguntou afobada. Todos aguardavam ansiosos para saber o teor da conversa.
- É aquilo mesmo que nós já esperávamos, meninas. - olhou para as amigas com uma expressão triste no rosto.
- O quê? - Dougie perguntou, levantando e abraçando , mas já esperando por uma péssima notícia.
- Temos que ir embora. - falou, tentando evitar o olhar de Tom.
- Não. NÃO! - Harry levantou, negando-se a acreditar que aquilo fosse verdade. - Eu mal tive tempo de ficar com você. - Olhou para , segurando suas mãos. - Por favor, não me deixa.

Ninguém tinha vontade de fazer piadinha sobre isso. Ninguém se atrevia a pensar no dia seguinte e nos próximos que viriam. Doía lembrar que dali a algumas horas as malas começariam a ser arrumadas, as gavetas esvaziadas e tudo, tudo o que elas fizeram, as amizades, o romance, tudo ficaria para trás. Depois de todo esse tempo... Era hora de dizer adeus.
Os meninos ficaram sentados na sala, assistindo televisão, mas sem vê-la. As mentes estavam em outro lugar. Para ser mais exato, no segundo andar da casa, onde as meninas faziam as malas em silêncio. Elas não tinham coragem de tocar no assunto e muito menos de falar entre si. Guardavam e dobravam as roupas de uma forma mecânica, como se essa fosse a melhor forma de bloquear a montanha russa de sentimentos pela qual estavam passando. Após acabarem, deixaram as malas em um canto da casa e se juntaram para comprar as passagens de volta. Quando retornaram para a sala, sentaram ao lado dos meninos, que continuavam calados, com olhares perdidos.
- Para quando? - Tom foi o primeiro a perguntar, depois de um longo silêncio.
- Conseguimos comprar para amanhã de manhã. - respondeu, respirando fundo e apoiando os cotovelos nas pernas.
Depois disso, todos voltaram ao silêncio absoluto, quebrado apenas por suspiros e alguns soluços. Harry, cansado de não fazer nada, pegou a mão de , levando-a para o segundo andar. Ao fechar a porta, a primeira coisa que fez foi a abraçar por trás, apoiando a cabeça nos ombros dela.
- Eu não acredito. Não consigo acreditar que, depois de todo esse tempo, você vai embora. Sou um idiota por ter demorado tanto. Agora que finalmente a tenho, você vai embora. - Harry dizia choroso - Um dia, apenas um dia contigo. Não pode ser verdade. Diz que não é verdade. Nunca senti algo assim por alguém e, quando acontece, tenho apenas um dia. Queria tanto que tudo fosse perfeito que acabei perdendo o tempo que poderia ter estado contigo.
- Harry, você sabe que se eu pudesse voltar ou parar no tempo, faria sem pensar duas vezes. Ontem foi a melhor noite da minha vida, e ter que ir embora assim, logo no dia seguinte, está sendo horrível. É como se eu estivesse subindo em uma montanha russa e, do nada, ela começasse a descer e descer sem parar. - pressionou suas costas em Harry, trazendo-o para mais perto de si, abraçando-a.
- Eu quero que você lembre de mais uma coisa. - Harry começou a passar a ponta dos dedos dos ombros até os braços de , passando pela barriga e ficando por lá, fazendo um carinho. - Eu não quero te perder.
As palavras de Harry fizeram com que a garota se virasse, beijando-o intensamente, e se entregasse a todos os seus desejos. Certamente aquela noite seria mais perfeita que a anterior. Eles não se perderiam um do outro, ela também esperou muito tempo para sentir algo como aquilo que tinha por Harry. Não perderia mais tempo.

***

e Dougie, assim como os outros casais, também estavam tristes, mas se tinha uma coisa que eles sabiam fazer era aproveitar o tempo juntos. Em vez de ficarem lamentando, Dougie disse para a garota que tinha uma surpresa e pediu para que ela o esperasse tomar um banho. Enquanto matava o tempo, a menina resolveu deitar para colocar os sentimentos em ordem. A cabeça dela estava uma bagunça e nada conseguia mudar o foco do pensamento. Até o momento que ela escutou o barulho de uma maçaneta ser aberta.
Dougie abriu a porta do banheiro e se encostou ao batente desta, trajando apenas uma gravata e máscara. Foi andando na direção de e disse:
- Me deixa ser seu Sr.Gray essa noite?
- Pode me chamar de Anastasia Steele. - mordia os lábios, olhando Dougie de cima a baixo e percebeu que ele dava o sorriso mais depravado que ela já havia visto.
- Uhmm, muito bom saber. Bom até demais. - Dougie se aproximou o bastante de , permitindo que a ponta dos dedos dela tocassem e puxassem sua gravata. - Selvagem, gosto disso. Acho que a gravata será de bom uso, não?
- Mas você não presta mesmo! - riu, vendo Dougie se aproximar cada vez mais.
- Eu nunca disse que prestava…

***

- Você vai ficar sentada aqui, ok? Não se mexa. E nem tire isso dos seus olhos, porque irei saber. - Danny colocou ambas as mãos nos ombros de , forçando a menina ficar imóvel na cama.
- Sim, senhor. - perguntou confusa, mas obedecendo ao pedido.
- Assim que eu gosto. E você poderá me chamar de senhor mais tarde. - Danny passou os polegares pelo rosto da garota e se afastou.
ficou quieta por algum tempo, escutando Danny se movimentar pelo quarto, sem falar nada. Por alguns segundos, ficou tão distraída que levou um susto ao sentir uma respiração quente no ouvido, e a risada baixa de Danny.
- Já pode tirar a venda.
tirou a venda com a ponta dos dedos e a primeira coisa que viu foi um Danny vestido somente com uma calça e jaqueta de couro e um sorriso de lado no rosto.
- Meu... Deus… - respirou fundo, olhando de cima a baixo o homem na sua frente.
- Nã, nã, nã, senhorita. Não vai ser por Deus que você chamará essa noite. - Danny sorriu maroto, aproximando-se de e a prendendo entre seus braços.

***

Tom e estavam sozinhos na sala, vendo um programa qualquer, mas nenhum dos dois saberia dizer o que realmente estava passando. Cansado e com um humor completamente para baixo, desligou a televisão e levantou do sofá.
- Vamos? - Esticou a mão para , ajudando a menina a se levantar do sofá.
- Sim. - aceitou a ajuda e foi seguindo Tom, que a guiava para o quarto. Mas quando chegaram à metade da escada, Tom a empurrou contra a parede, beijando-a com força. Como fora pega de surpresa, precisou agarrar a frente da blusa de Tom para não se desequilibrar.
Ao perceber que estava sendo levantada, colocou as pernas ao redor da cintura de Tom, que a levou para o quarto sem quebrar o beijo, batendo em várias paredes e portas. Entraram no quarto aos tropeços e praticamente caíram na cama. Tom se afastou da menina e, ao olhar para a blusa dela, abriu com força, fazendo todos os botões pularem ao mesmo tempo.

- Minha blusa preferida, Tom! - choramingou, enquanto sentia Tom beijar sua barriga. Sorrindo, subiu até o pescoço da menina e sussurrou no ouvido dela - Pode deixar que irei te apresentar uma coisa melhor.

***

acordou se sentindo muito bem, mas ao olhar para o lado levou um susto. Não era Harry quem se encontrava a seu lado e sim sua amiga . Ela esfregou os olhos, sem entender o que podia estar acontecendo. Aquilo devia ser um sonho, talvez se voltasse a dormir acordasse daquela loucura. A menina voltou a se deitar e tentou pegar no sono, mas ao abrir os olhos novamente estava no mesmo lugar, na cama de hotel com uma babando ao seu lado.
- , acorda. ACORDA, mulher! - sacudiu a amiga, que acordou toda grogue e ao olhar para ela falou:
- Você não é o Dougie.
- Não me diga, Sherlock. E você não é o Harry. O que, raios, está acontecendo? Parece que eu tive um dos sonhos mais loucos na noite passada, mas, ao mesmo tempo, não era um sonho. Não poderia ser. - voltou a deitar na cama, olhando para o teto e pensando que alguma coisa estava muito errada.
- Também tive um sonho muito estranho. E você me acordou na melhor parte. Bela amiga, hein? - deu uma travesseirada em e foi atender à porta do quarto.
- O que nós estamos fazendo aqui? - foi entrando no quarto, acompanhada de , que estava completamente descabelada.
- Bom dia pra você também, flor do dia. - respondeu, fechando a porta.
- Olha, não sei o que está acontecendo, mas tem alguma coisa muito errada por aqui!
- Muito errada mesmo. Imagine vocês, dormi com o Danny e acordei do lado da . Nada contra você, amiga, mas pelo amor de Deus. - colocou as mãos no rosto, enquanto se jogava na cama.
- Ok. Ninguém aqui se droga, bebe até morrer ou tem alucinações. Não pode ser um sonho, gente. - sentou na cama com as pernas cruzadas e olhando para as amigas.
- E, até onde consigo entender, parece que todas tivemos o mesmo sonho, né!? Isso é impossível!
- Completamente! - responderam as outras três, juntas.
- Se bem que foi tudo muito estranho, né? Eles crianças, aquela bruxa... - tinha pavor em sua voz e abraçou .
- Ai, minha nossa Senhora! - gritou, enquanto olhava para a tela do celular.
- O que aconteceu, menina? - se aproximou da amiga, que continuava a olhar a tela do celular.
- Olhem o dia de hoje! Olhem que dia é hoje! - virou o celular para as outras, que quase tiveram um troço. Na tela do celular estava a data do dia em que elas iriam encontrar o McFLY. O dia em que tudo começou.
- Mas... Mas eu não... Alguém me belisca, por favor! - pediu chorosa, recebendo um beliscão de . - Ai, caramba! Isso doeu!
- Mas foi você que pediu, ué? - deu de ombros.
- Eu não quero que tenha sido um sonho... O Harry disse que não queria me perder… Foi tudo tão lindo... - estava chorosa.
- Acho que só tem um jeito de descobrirmos a verdade. Vamos nos arrumar para o nosso "segundo" Meet and Greet.

***

- Cara, hoje eu tive o sonho mais louco de todos. - Dougie comentou com o resto do grupo, enquanto estava sentado no camarim.
- Pensei que você havia saído dessa vida, Poynter. Mas, falando sério, também tive um sonho bem estranho. - Tom coçava o queixo enquanto franzia a sobrancelha.
- O que, raios, está acontecendo aqui!? - Danny entrou afobado no camarim - Eu sei que sou lerdo, mas não pode ser!
- Você também, cara? - Harry perguntou, enquanto girava as baquetas entre os dedos. - Sei que há algo que preciso lembrar. Sabe quando a sua mente te força a lembrar de alguma coisa ou alguém? Estou assim.
- Exatamente! - Danny sentou ao lado de Tom, empurrando um pouco o amigo, para ganhar mais espaço no sofá. - Estou sentindo a mesma coisa.
- Eu também. - Disseram Tom e Dougie juntos.
- Meninos, se preparem pois as ganhadoras da promoção irão encontrá-los dentro de um minuto. - Um staff avisou da porta, fazendo com que o grupo levasse um susto.
Sem saber o motivo de tanta ansiedade, aquele minuto pareceu uma eternidade. E quando uma batida fraca foi dada na porta, todos se viraram para olhar. Ao ver as quatro meninas entrando, o McFLY ficou extremamente confuso.
- Te conheço de algum lugar? - Perguntaram os quatro, ao mesmo tempo, encarando as ganhadoras da promoção.
- Era só o que me faltava, viu? E ainda limpei a bunda dele. - revirou os olhos, enquanto cruzava os braços.
- Ninguém limpou minha bunda! Muito menos você, menina da maçã! - Dougie levantou a sobrancelha, enquanto encarava uma das meninas, que era estranhamente familiar.
- Olha, Dougie, não foi só a sua bunda que eu limpei… - respondeu, sorrindo para Poynter.
- Ai, meu Deus! - balançou a cabeça, dando um olhar repreensivo para a amiga.
- Já te falei que não será por Deus que você chamará essa noite. - Danny colocou a mão na boca, completamente surpreso. De onde havia vindo aquilo e por que não conseguia tirar os olhos daquela menina?
- Eu cantei para... você. Não foi? - Harry apontou para , que dava um sorriso tímido para o garoto.
- Bem, não só cantou como também… - E virou o rosto, que estava completamente vermelho.
- Não foi brócolis que estava no seu prato, não é? - Tom perguntou para , que sorriu docemente, sacudindo a cabeça.
- Não, foi algo muito melhor. - A menina respondeu, respirando fundo e mordendo os lábios.
Após alguns segundos super desconfortáveis em que os oito se encaravam sem saber o que fazer, a expressão dos garotos mudaram, e logo eles estavam sorrindo e abraçando suas companheiras.
- Eu sabia que havia esquecido alguma coisa importante! Como pude me esquecer de você? - Harry apertava forte, que devolvia o abraço na mesma intensidade.
- Foi tão estranho acordar sozinho na cama, ainda mais depois de ontem! - Danny distribuía pequenos beijos no rosto de , que segurava firmemente a blusa dele.
- A gravata não faz sentido se você não estiver presente, ! - Dougie murmurou no pescoço da menina, que respirava fundo, concordando com a cabeça.
- Desculpa por ter arrebentado todos os botões da sua blusa, . Hoje de manhã, enquanto os catava pelo quarto, me perguntava o que teria acontecido para haver botões no chão. - Tom puxou a menina pela cintura e depositou um beijo na testa dela.
- Mas isso tudo é estranho demais. Por que só nós nos lembrávamos de tudo e vocês não? - falou, enquanto abraçava Dougie.
- É verdade. É tanta pergunta na minha cabeça que está tudo rodando. - respondeu, enquanto brincava com a ponta dos dedos de Danny.
- É verdade. - e disseram ao mesmo tempo.
- O que importa no momento é que nós estamos juntos novamente. - Harry apertou contra si, recebendo aprovação dos outros meninos.
Eles estavam tão distraídos, que não perceberam que alguém havia entrado no camarim.
- Boa noite, gostariam de alguma coisa?
Os oito viraram lentamente e deram de cara com uma estranha senhora, que era bem familiar. Ao perceberem quem era, e o sorriso doce com que ela lhes presenteava, lembraram quem os colocara naquela situação maluca.
- MAS É VOCÊ! - gritaram os oito, enquanto apontavam para a bruxa, que dava uma leve risada.
- Podem deixar que não farei mal a vocês. Não mais. Mas, agora, uma coisa super importante: Querem jujubas? - A senhora perguntou, enquanto oferecia o doce ao grupo e se sentava em uma das poltronas. - São jujubas especiais, realizam todos os seus sonhos. - E sorriu.


FIM



Nota das autoras
Camis: Pois é. Foram oito anos de espera, oito anos de desligamento total de Back To The Past. Mas não pensem que nós nos esquecemos a fic. Durante todo esse tempo, ela esteve presente no nosso pensamento, nos lembrando constantemente que precisávamos acabar a história. Também havia os nossos fiéis fãs, que sempre mandavam e-mails, se comunicavam pelo twitter ou Facebook, pedindo para que voltássemos a escrever. Peço desculpas por ter desapontado todos você durante esse tempo. Espero que vocês possam me perdoar, principalmente porque conheço o lado de leitora esperando a atualização da fic preferida. Se por algum motivo não respondi, me perdoem novamente, por favor. Nos meus períodos finais da faculdade, eu estava completamente estressada, louca de tanto estudar e principalmente cansada. Cansada a ponto de jogar tudo para o alto.
Durante esse tempo, coloquei minha vida nos trilhos. Terminei o colégio, estudei para entrar em uma boa faculdade, passei e há um ano e meio atrás, me formei. Agora estou estudando novamente, porque a autora de vocês não para. Na verdade, só irei parar quando conquistar aquilo que quero. Para vocês terem uma ideia, quando conheci algumas fãs de McFLY no meu curso na faculdade e elas descobriram que eu era uma das autoras de BTTP, elas disseram que eram fãs da história. Aquilo me deixou muito orgulhosa, mas ao mesmo tempo triste. Como poderia me empenhar e dar tudo de mim na história quando minha cabeça estava em outro lugar?
Mas tenho certeza que não existem coincidências nesse mundo, somente o inevitável. Há dois dias atrás, estava com a Stefania (a outra autora da fic) e a Amanda (a Judd do grupo e nossa terceira autora. Sem ela, vocês não estariam lendo o final da fic). Conversa vai, conversa vem, Amanda perguntou por que não acabávamos logo com a história já que estavamos todas juntas. E foi preciso só dois dias para acabar o que não fizemos em oito anos. Acredito que não era para ser durante esse tempo, mas sim agora. Precisamos ficar mais maduras para terminar o que havíamos começado. E é por isso que estamos aqui.
A todos que riram, acompanharam e choraram nas duas partes de BTTP: Vocês são as melhores fãs que eu poderia desejar. Vocês são fodas. Muito obrigada por nos acolherem e por todo carinho durante todos esses anos. Gostaria de abraçar cada um de vocês pessoalmente, de compartilhar ideias sobre a fic e partes preferidas. Sem vocês um dos meus maiores xodós não teria existido. Obrigada por crescerem junto comigo e por fazerem parte de uma das melhores etapas da minha vida.

Stefania: Como uma leitora acima de tudo, eu entendo toda a frustracao de ler uma fic, gostar dela e depois de ler, descobrir que foi abandonada. Nossa intencao jamais foi abandonar a estoria que mais amamos no mundo. Algumas pessoas me mandaram e-mails ao longo desses anos e eu tentei, mesmo sabendo que não entenderiam, explicar. Paramos de escrever quando eu me mudei para a Inglaterra, morei fora por muito tempo e voltei casada, formada e as vidas seguiram. Agora adultas, embora sempre juntas, nos 3 nunca encontramos o clique que faltava para dar um fim digno. Finalmente aconteceu e eu espero que gostem. Foram anos com o coração apertado por não termos terminado. Finalmente poderemos seguir adiante com nossas vidas com a certeza de dever cumprido. Muito obrigada a todas que nos esperaram e foram fieis todos esses anos.

-- Nota da beta: Eu não ia escrever nada, mas resolvi deixar um recadinho pras autoras, pra elas saberem o que BTTP significou pra mim. Bom, eu não fui a beta da fic desde o começo (nem tinha como, pela idade que eu tinha na época que começou bttp hahaha), mas essa fanfic foi uma das primeiras que eu li e me prenderam de começo a fim, sem que eu desistisse de ler em algum momento.
Então, obrigada, meninas, eu fico honrada de ter sido a beta de BTTP II, mesmo que só por três capítulos. Com certeza muitas outras leitoras partilham da minha história e são gratas por vocês terem escrito e postado uma fanfic tão marcante. Parabéns, meninas! E obrigada por terminarem essa saga que foi a adolescência de muita gente. ;)
E você, leitor(a), se encontrar algum erro nessa fanfic, me envie um e-mail ou um tweet avisando! Beijinhos!



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