“It was 3 am when you woke me up
Then we jumped in the car
And drove as far as we could go
Just to get away”
Eram apenas três da madrugada quando null ouviu uma batida meio aguda em sua janela. Pensou ser coisa da sua imaginação até, que ouviu de novo.
- Mas que diabos? – Disse se levantando da cama. Coçou os olhos e se espreguiçou. Não deu nem dois minutos e outra batida podia ser ouvida em sua janela. Apressou-se e abriu a mesma, o que revelou uma garota com o cabelo preso num rabo de cavalo, com uma calça jeans um tanto desbotada, um All Star preto e um agasalho de moletom azul escuro. - null... – Ele murmurou, colocando a cabeça para fora da janela.
- Vem logo, null! – A garota disse passando as mãos pelos próprios braços, mostrando que estava frio.
- Espera aí que eu vou colocar alguma coisa. – O garoto, então, fechou a janela e correu para colocar alguma coisa. Como estava apenas de calça, enfiou um tênis qualquer no pé e a primeira camiseta que encontrou no armário. Desceu as escadas com cuidado e abriu a porta de casa, saindo e trancando-a atrás de si.
- Que demora, viu?! – A menina disse chegando perto dele.
- Desculpa amor. – Disse, dando um beijo de leve nos lábios dela. – O que você quer a essa hora da madrugada?
- Vamos a algum lugar, fazer alguma coisa. Estou cansada de fazer sempre a mesma coisa. Vamos sumir por um tempo, o que acha?
- Eu acho isso tudo muita loucura, isso sim! – null disse abraçando a garota, esquentando os dois.
- Vai! Se não for para sumir, vamos apenas nos divertir hoje... – Ela disse com um sorriso malicioso nos lábios.
- Okay, okay, você venceu. – Ele entrou em casa correndo e voltou agasalhado e com as chaves do carro na mão. Os dois entraram no carro e null dirigiu sem rumo, por um longo tempo. - Tem noção de onde a gente está? – O garoto perguntou, preocupado.
- Não faço idéia. – Ela disse rindo, olhou a sua volta para ver se reconhecia alguma coisa.
“We talked about our lives
Until the sun came up”
Os dois pararam à beira de um lago. Desceram do carro e ficaram observando a beleza da noite.
- O que você pretende ser depois que acabar a escola? – null perguntou, de repente, para o garoto. Os dois já estavam sentados na beira do lago.
- Eu? – Ele perguntou, apontando para si mesmo.
- Bom, visto que só tem eu e você nesse fim de mundo, e eu fiz a pergunta, sim, você! – Ela disse rindo e se aproximando dele.
- Eu quero que a minha banda faça sucesso, ter muitas groupies dando em cima de mim e todo o estoque de cerveja disponível do planeta!
- Bem nobre... – Disse null, irônica.
- Mas você não me deixou falar o principal.
- Ah é? E o que é? – A menina perguntou, desafiadora.
- Casar. Com a mulher que eu mais amo. - null sorriu e apenas segurou mais forte o braço do namorado, que estava em volta de si. - E quanto a você? – null perguntou, quebrando novamente o silêncio.
- Eu só quero estar feliz...
- Mas isso é tão vago. Você não tem idéia de que profissão quer seguir, nem nada do tipo?
- Bom, estava pensando em arquitetura, ou então moda, sei lá.
- Hum. – null apenas abraçou a garota por trás e sentiu seu agradável perfume. Ficaram em silêncio por um tempo, apenas sentindo o calor do outro e olhando a natureza ao seu redor.
- Mulher sortuda... – null disse de repente. A garota, que estava sentada entre as pernas de null, sendo abraçada por ele de costas, se virou, olhando-o nos olhos.
- Quem? – Perguntou null, sem entender muita coisa.
- A mulher que casar com você.
- E quem disse que você não a conhece?
- Ah é? Então quer dizer que eu conheço a felizarda? – Ela disse, brincando.
- Melhor do que você imagina... – E com isso ele apenas deu um beijo na menina a sua frente. Como ele a amava!
A menina estava com a mão na nuca dele, e ele com uma mão apoiada no chão e outra na cintura dela. Ela abriu a boca e sentiu a língua dele procurar pela dela, e as duas ficaram brincando por um tempo.
Ele tirou a mão do chão e colocou-a nas costas dela, puxando-a para si, a fazendo ficar deitada por cima dele. A garota apenas riu, porém não parou o beijo.
Depois de uns bons cinco minutos, null apenas levantou-se e sentou no chão de terra, a beira do rio, rindo. null apenas fez o mesmo e ficou observando ela enquanto colocava sua franja para trás da orelha e mordia sua boca. Riu sozinho. Estava num lugar perfeito, com a garota de seus sonhos! O que mais poderia ser melhor? Era um garoto de dezesseis anos realizado.
Olhou para o céu. “Como está bonito”, pensou. Ficou observando o céu abobalhado por uns instantes, quando foi acordado de seus pensamentos por null.
- null? – Ela perguntou ternamente.
- Fala.
- Sabia que eu te amo? – Ela disse rindo, olhando-o nos olhos null.
- Você sabia que EU te amo? – Ele apenas repetiu a mesma pergunta, dando ênfase no eu. A garota gargalhou e o abraçou.
- Vem, vamos voltar. – Ela se levantou.
- Não, vamos ficar mais um pouco. Não quero voltar e ficar dormindo naquela cama. Quero ficar aqui, com você. Pensando apenas sobre a gente.
- null...
- O que?
- Me pega! – null saiu correndo de perto dele, rindo.
- Volta aqui! – Ele se levantou e correu atrás dela. – Te peguei... – Ele disse pegando a garota pela cintura, depois de uns cinco minutos correndo.
- Bom, valeu a tentativa. – Ela disse rindo, porém foi calada com um beijo apaixonado. - Já está amanhecendo... – Ela disse, interrompendo o beijo e apontando para o céu, que começava a clarear.
- O céu está lindo hoje. Como você. – null disse e apenas viu a garota corar e dar uma risada.
“Now I'm thinking about
How I wish I could go back
Just for one more day
One more day with you”
- Droga! – null disse, dando um soco em seu travesseiro. – Por quê?! – Ele estava realmente puto. Fazia uma semana que eles tinham ido para aquele lago, e depois de uns três dias, os dois tiveram uma briga feia. null não atendia aos telefonemas, não respondia às mensagens e e-mails, e estava ignorando-o completamente na escola. null não estava mais agüentando isso. Precisava falar com ela, precisava ouvir ela, precisava olhar pra ela, ouvi-la rir, precisava dela! – Se eu pudesse voltar atrás, tudo isso teria sido diferente... – Ele pensava consigo mesmo, se castigando pelo que havia acontecido. – E se eu pudesse apenas te ter por mais um dia... – Ele realmente não acreditava como aquilo podia estar acontecendo. Fechou os olhos pesados e adormeceu.
“Everytime I see your face
Everytime you look my way
It's like it all falls into place
Everything feels right”
Na escola ele estava sofrendo bastante. As amigas de null estavam ignorando-o também, e null nem o olhava mais no olho. Não sentava mais perto dele, não conversavam mais sobre besteiras durante as aulas. null até evitava ficar na fila da lanchonete, pois sabia que null ia estar lá; ao invés disso, pedia para alguma amiga sua comprar.
- Er... null? – null perguntou à menina.
- O que você quer, null? – Ela respondeu fria. null era amiga de null desde sempre. Melhores amigas. null sempre tratou null bem, e no começo do namoro dos dois, ela até ajudava a manterem a relação escondida, já que null não queria que seus pais soubessem. Logicamente, depois de um tempo, null acabou contando para seus pais e eles até que levaram numa boa. Os dois namoraram por mais ou menos um ano e uns quatro meses, até que aconteceu a briga feia entre os dois, há uns quatro dias.
- Eu queria saber, er, se a null está bem... – Ele disse, cabisbaixo.
- null, você realmente me perguntou isso? – null disse olhando o garoto nos olhos. – Você, com certeza, deve saber a resposta.
- null, eu não sei! Ela não fala comigo, me evita, não quer tentar fazer as pazes, e ela não parece tão afetada quanto eu! Nem uma nota baixa ela tirou nessa semana de provas, quanto a mim...
- Olha, null... – null disse quando chegou a sua vez de pedir. Ela estava séria. – Dois hot dogs, um suco e uma coca, por favor. – Disse, estendendo o dinheiro à moça do caixa. Olhou para null e continuou a falar, enquanto esperava seu pedido sair no balcão, mais ao lado. - Ela está pior do que você. Acredite. Só que ela não deixa isso transparecer. Ela está pior do que qualquer um que você pode imaginar. Você diz que não, porque não é para você que ela liga à noite chorando, sem saber o que fazer, desesperada.
- Ela bem que podia me dar uma nova chance... Eu amo tanto ela, como eu nunca amei ninguém! – Ele disse, manhoso.
- null, o que você fez, não tem perdão. – E, com isso, null encerrou o assunto e saiu de lá com os lanches na mão.
- E aí? Pegou o meu suco? – Perguntou null quando null se aproximou dela. null e null estavam no pátio grande, sentadas perto de uma árvore, null no chão, e null num banco perto da menina.
- Aqui está, madame. – Disse null, brincando.
- Obrigada, servente. – Disse ela gargalhando, entrando na brincadeira. – Aqui está o dinheiro do lanche, null. – Disse a menina novamente, dando dinheiro pra amiga.
- Ele estava na fila. – Disse null, de repente.
- Ele quem? – Perguntou null, embora já soubesse a resposta.
- É. Ele quem? – Disse null, num tom cínico.
- Oras, deixem de ser idiotas, vocês sabem quem. – null disse sentando-se ao lado de null no banco.
- Eu não ligo se ele está ou deixa de estar lá. Não quero saber dele, mesmo.
- null, está na cara que você ainda ama ele! – null soltou.
- Sim. Eu amo mesmo, mas depois do que ele fez... Não tem nada que perdoe. Eu o amo muito, mas perdi a minha confiança nele, e não estou disposta a me arriscar daquele jeito de novo! – Bradou a menina. – E vamos parar de falar nele, tem coisa melhor a se falar... – Disse depois de um tempo, cortando o silêncio entre as três.
O sinal bateu depois de cinco minutos e todos no pátio começaram a arrumar suas coisas para voltarem para as salas. No corredor, o armário de null ficava a uns quatro armários de null. A garota chegou ao armário e o abriu, pegando seu material. null também fazia o mesmo, e toda hora olhava para o lado esquerdo, para ver a menina. Só que, infelizmente, era o mesmo lado para que as portas dos armários abriam, então null não conseguia ver o rosto dela, tapado pela porta do bendito armário. Depois pegou todos os cadernos necessários, null fechou a porta e olhou para o lado direito. Seu olhar rapidamente cruzou com o de null (que já tinha pegado tudo necessário e estava enrolando apenas para poder observar mais a menina). Ela o olhou nos olhos por alguns instantes, até se dar conta do que estava fazendo. Balançou a cabeça e saiu em direção à sala de química, cruzando com null, que ainda estava parado em frente ao seu armário. O garoto respirou seu perfume quando ela passou, e apenas fechou os olhos, desejando poder agarrá-la naquele instante.
“Ever since you walked away
Left my life in disaray
All I want is one more day
It's all I need, one more day with you.”
Era a semana de provas, e null não estava indo muito bem nestas. Sua desconcentração estava o atrapalhando muito, ainda mais que a maioria de suas aulas batia com as aulas de null. O garoto apenas ficava observando a menina enquanto ela fazia seus exercícios, sonhando acordado com ela. Sua vida estava de cabeça para baixo, nada parecia estar dando certo. null até tinha mudado o horário de algumas de suas aulas que batiam com as de null, embora isso não fizesse muita diferença. Em casa, suas tarefas eram mal feitas, sua atenção era chamada na aula constantemente. Ele nunca fora um aluno CDF, mas seu desempenho estava caindo muito. Na verdade, null só estava conseguindo tirar notas boas, porque não fazia mais nada além de estudar, e chorar, é claro. Colocou na sua cabeça que precisava esquecer null e tudo relacionado a ele. Conseguiu ir bem em algumas provas, embora em outras seu desempenho fosse igual ao de null.
“Se eu pudesse te ter apenas por mais um dia, eu concertaria tudo e faria tudo diferente”. Era o que se podia ler num papel que null havia escrito na aula de biologia. Pensou em dar o papel para null, mas não faria muita diferença para ela. Embora para ele fosse tudo. Era o que ele sentia. Levantou-se e jogou o papel no lixo, ao mesmo tempo em que bateu o sinal para a próxima aula.
“When the car broke down
We just kept walking along
'Til we hit this town
There was nothing there at all
But that was all okay”
(Flashback)
Havia amanhecido e os dois ainda estavam naquele lago. Conversavam animadamente, e estavam cabulando aula.
- null, sério, acho melhor irmos agora. – Disse null, preocupada.
- Mas você quem me acordou nessa madrugada para virmos para cá, agora quer ir embora?
- Nós estamos perdendo aula! – Ela disse, rindo.
- E daí? Já perdemos a primeira aula mesmo, não sei se vão nos deixar entrar na escola.
- Bom, isso é verdade.
- Claro que é, fui eu quem disse! – Ele disse, rindo.
- Bobo. – Ela disse dando um beijo nele. – Vem, vamos nadar. – Ela disse naturalmente.
- Nadar? – O garoto perguntou, meio assustado.
- É. Nadar. Não sabe nadar, por acaso? – null disse, irônica. O garoto apenas riu. null sempre tirava com a sua cara. Era até engraçado. Ela era uma menina diferente. Não era da turma das patricinhas, nem da turma das góticas. Tinha um jeito especial e diferente de ser. Não era como as outras garotas. – Então, vem! – A garota repetiu, puxando-o pelos braços. null soltou os braços de null e olhou para o lago.
- São sete horas da manhã! – Ele gritou, vendo null se aproximar cada vez mais do lago. – Deve estar um gelo! – Ele repetiu.
- Deixa de ser garotinha, null. E vem logo! – null gritou. Tirou seu agasalho, e em seguida a sua calça, ficando apenas com uma blusa um pouco larga. – Você não vem? – Ela perguntou, olhando para null, que a olhava fascinado.
- Er, eu, er... – Foi tudo que ele conseguiu murmurar.
null largou as roupas e o tênis na beira do lago e foi para um deck que tinha perto dali, onde as pessoas às vezes sentavam para pescar. Andou na madeira e parou na ponta. Olhou fundo para o lago e deu um mergulho de cabeça.
- Vem! A água está deliciosa! – Ela gritou de dentro da água, nadando.
- Cada uma que você me inventa... – null resmungou, tirando os sapatos. Tirou o agasalho e a camiseta logo em seguida. Foi andando e entrando na água, devagar. - Ah... Sua… mentirosa… A água… Está... Gelada! – Ele dizia com dificuldade, balançando as mãos e respirando rápido pela boca.
- Ah, cala boca sua menininha! – Disse null se aproximando de onde null estava, que era mais ou menos na altura da cintura, jogando água nele.
- Ah! – O menino se contorceu quando a água gelada tocou-lhe o tórax. – Agora você me paga! – Ele disse rindo e “correndo” atrás de null na água. null saiu nadando, fugindo de null.
- Já cansou de tentar é, princesa? – null disse provocando null, um tempo depois, já que ele ainda não havia pegado ela.
null apenas riu e tentou pegar a menina mais uma vez.
- Ahá! – Ele gritou quando se encostou a ela e a puxou para si.
- Oh, não! O monstro feio do lago me pegou e agora vai me comer! – Ela disse, entrando na brincadeira.
- Hum, oferta tentadora. – Ele disse rindo, malicioso.
- null! – Disse a menina quando percebeu o que havia dito. – Eu disse na maior inocência e você me pensa uma coisa dessas... – Ela disse, fingindo estar desapontada.
- Okay, okay. Ei, mas espera! Você me chamou de monstro FEIO? – Ele disse, dando ênfase ao feio.
- Mas é a verdade, não é? – Ela disse, rindo.
- Hey, pois fique sabendo que eu sou o monstro mais lindo da face da terra! – Ele disse, abraçando ela.
- Eu sei. – Ela disse, olhando nos olhos e dando um riso meigo.
- Eu te amo. – Ele sussurrou no ouvido dela, antes de lhe dar um beijo.
- Eu também, e está super gostoso aqui, mas eu acho que a gente devia sair antes que nós peguemos um baita de um resfriado! – A garota disse rindo, interrompendo o beijo deles.
- Okay, você quem manda, lady. – Ele disse, pegando-a no colo. Ele foi andando na água, com ela no colo, até que chegaram à altura dos joelhos. - Prontinho. – Disse, colocando a menina no chão.
- Obrigada. – Disse ela, entortando a cabeça um pouco de lado e sorrindo, mostrando-se agradecida. Ela olhou para ele e correu até onde a água acabava, o que acabou espirrando água em null, que ainda estava onde a água batia na altura de seus joelhos. Colocou sua calça, e seu agasalho, já que sua blusa estava meio transparente. null saiu da água rindo e colocou sua camiseta. Os dois entraram no carro e null perguntou para onde null queria ir. - Bom, sei lá, você quem sabe.
- Bom, eu não sei. – Ele disse, olhando a rua.
- Então vai dirigindo até chegarmos a algum lugar!
- Mas assim? Sem rumo?
- É! Você não tinha perguntado? – A menina tirou um CD do Ramones do porta-luvas e colocou para tocar.
- É, faz sentido. – Ele disse, acelerando o carro.
Dirigiu por volta de uma meia hora.
- Droga. – Ele disse quando o carro foi quase parando.
- Que foi agora? – Ela olhou preocupada para ele.
- A merda do carro, quebrou.
- O QUÊ? – null olhava pra ele. O carro já tinha parado no meio da estrada. – Ótimo. – Disse, sarcástica.
- Bom, vamos ter que ir andando.
- Bom, é a única solução, né? – Disse null, se conformando. – Sem contar que a cidade mais próxima nem deve estar tão longe assim, né?
null riu.
- Você é bastante otimista.
- É assim que temos que ser. – Ela disse dando um “jóinha” com a mão e saindo do carro. Bateu sua porta e olhou para null novamente. - Não vamos ligar para o guincho? – Ela perguntou, como se fosse óbvio.
- Me deixa tentar... – Disse, indo pegar o telefone no bolso da calça. – Ah, merda!
- O que foi? – null perguntou.
- Esqueci de tirar o celular para nadar. – null disse com uma cara de pena, olhando o estrago feito em seu celular.
- O meu está sem crédito, e eu acredito que eles não atendam ligações a cobrar.
- Nos resta ir a pé mesmo. – null se conformou.
Os dois fecharam o carro, e o empurraram para fora da estrada. Depois se deram as mãos e foram andando pela beirada da estrada. Depois de uns dez minutos andando, chegaram a uma pequena cidade.
- Desculpe pelo importuno, senhora, mas qual o nome dessa cidade? – null disse se aproximando de uma velhinha que andava na rua calmamente com a sua bengala.
- Minha jovem, isso é um vilarejo. E o nome é Rippatransone.
- Er, é bem pequeno, não é? – null perguntou, curioso.
- Sim, se é um vilarejo. – A senhora respondeu, como se fosse óbvio.
- Não sou só eu quem tiro com a sua cara. – null disse no ouvido de null, rindo, de modo com que a senhora não escutasse.
- E a senhora sabe aonde podemos ficar? – null perguntou para a senhora, ignorando o comentário de null.
- Tem uma pousada logo no fim dessa rua, é bem barata, e é confortável. – Ela disse rindo. – Bom, desculpem-me, mas tenho que ir. Tenho que preparar a janta para meu marido.
- Muito obrigado. – Disseram os dois jovens, em coro.
A senhora foi se afastando do lugar com a ajuda de uma bengala.
- Bom, aqui as coisas parecem ser bem agitadas, né? – Disse null, imitando uma dançinha, fazendo null rir da palhaçada.
- A gente pode arrumar um jeito de elas ficarem. – Ele disse com uma voz maliciosa no ouvido dela.
- Seu pervertido! – Ela disse rindo e pegando na mão dele. – Vem. – E foi andando em direção ao final da rua.
Os dois chegaram à pousada. Era por volta de umas nove e meia da manhã. Uma moça os recepcionou:
- Bom dia.
- Bom dia. – Disse null, antecipando-se. – Nós queremos um quarto para dois.
- Por quantos dias? – A moça perguntou.
- Er, só por hoje mesmo, partiremos ainda antes do anoitecer. – null disse. – E também gostaríamos de saber se vocês têm almoço aqui...
- Temos, porém não incluso, o que é incluso é o café da manhã...
- Er, e você sabe se tem pizzarias por aqui? – null se pronunciou pela primeira vez.
- Tem apenas uma, fica uns dois quarteirões daqui... – A moça disse, sorridente.
- Bem, aqui está o dinheiro. – Disse null pagando a moça com um pouco de seu dinheiro e um pouco de dinheiro de null.
- Aqui está a chave, muito obrigada. – E assim a moça saiu, deixando a recepção sozinha.
Os dois jovens subiram as escadas e entraram no quarto que batia com o número escrito na chave. null logo deitou na cama de braços abertos.
- Oh, como é fofinha! – Ela disse rindo e pulando, agora sentada, na cama.
- Eu vou tomar um banho... – Disse null, colocando algumas coisas numa mesinha próxima a cama.
- Eu sei de uma coisa melhor que a gente pode fazer... – A menina disse maliciosa, dando um sorriso no canto dos lábios.
- E depois EU que sou o pervertido... – null disse, rolando os olhos, chegando perto dela, deitando-se por cima dela na cama.
- Cala a boca. – Ela disse rindo, antes de beijá-lo.
Os dois riram, porém sem separar o beijo. A mão de null estava no cós da calça de null, enquanto a de null percorria as costas de null. Ele colocou a mão por dentro da blusa da menina, tirando-a devagar. Quando começou a beijar seu pescoço, ouviu uma batida na porta.
- Mas que diabos! – Ele disse, se levantando rapidamente.
- Er, com licença, só queria lhe avisar que a água quente acabou de acabar, por isso o chuveiro estará frio. – A moça disse quando null colocou a cabeça para fora do quarto.
- Ah, hum... Ok. – Ele disse sem muita emoção. – Obrigado por avisar. – E assim fechou a porta, com uma cara não muito boa devido à interrupção. - Onde estávamos? – Perguntou, deitando novamente sobre a menina, beijando seu pescoço.
null, por sua vez, passeava a mão pela calça de null, procurando o zíper da calça dele. null foi aos poucos desabotoando o sutiã de null, e beijando a boca da menina com desejo...
Depois de terem “terminado”, null olhou para a cama, onde null estava coberto até a cintura e deu uma risada.
- Nunca imaginei que fosse nessas circunstâncias... – Ela disse, indo para o banheiro envolta em um lençol.
- O que? – Ele perguntou, escutando o barulho de água caindo.
- Você sabe... – Ela ficou um pouco quieta. – Esse lance de perder a virgindade e tal. – Ela disse, e null pôde ouvi-la porque a porta do banheiro estava aberta.
- Nem eu... – Ele disse sorrindo.
- Não me diga que você, bem, que você era... Você sabe. – Ela disse num tom surpresa. Estava falando um pouco mais alto, já que agora ela estava passando shampoo e isso a dificultava de ouvir null lá do quarto.
- Bom, para te falar a verdade, sim. – Ele disse, meio envergonhado.
- Para te falar a verdade, não me pareceu. – Ela disse rindo e desligando o chuveiro após uns cinco minutos.
- Que bom. – Ele disse quando ela apareceu no quarto, de toalha.
Depois que os dois haviam tomado banho e se trocado, eles desceram as escadas e deram a chave para a recepcionista, que apareceu depois deles terem tocado o sininho umas duas vezes. Depois de uns dez minutos chegaram à pizzaria e ficaram comendo uma pizza e conversando sobre as mais diferentes coisas. Estavam tendo até que bastante diversão em uma cidade onde não havia quase nada.
“We spent all our money on stupid things
But if I look back now
I'd probably give it all away
Just for one more day
One more day with you”
Depois de comerem a pizza e conversarem sobre de tudo um pouco, saíram da pizzaria e pediram informação para um cara, que aparentava seus quarenta anos, na rua.
- Passar dois cruzamentos, e depois virar à direita. É na esquina. – null repetia para si mesma, fazendo com que gravasse a informação dada pelo cara. Os dois jovens haviam perguntado aonde tinha uma loja de lembranças, roupas, bijuterias e bugigangas em geral. Fizeram de acordo com o que eles foram ditos e chegaram a essa loja, grande, numa esquina. Entraram e compraram muitas coisas, coisas que nem sabiam para que usariam depois. Apenas queriam ter lembranças desse lugar. - Acho que essa é uma das minhas últimas notas. – null disse pagando no caixa, e retirando um bolo de sacolas, que ela carregou com a ajuda de null.
- Foi divertido! – Ele disse sorrindo e dando-lhe um beijo de leve nos lábios. (/Flashback)
null sentou na penúltima carteira. A aula era de redação. null também fazia parte dessa aula, porém ela sentou do outro lado da sala. O garoto pensou em escrever a história de dois jovens que se amavam, mas brigaram por causas idiotas, quando a professora disse que o tema da redação de hoje era livre.
- Não, muito clichê. – Ele pensou, amassando e jogando o que ele tinha começado a escrever fora. Sentou-se na cadeira e ficou pensando em uma semana atrás. Como havia sido simplesmente o melhor dia de sua vida. Olhou para sua mochila e viu um chaveiro de carinha sorridente amarelo. Lembrou-se da loja de bugigangas, e de como eles simplesmente gastaram quase todo o seu dinheiro em coisas totalmente banais. - Eu daria tudo só para te ter de novo. – Ele disse. Sentiu uma lágrima correr de seus olhos e rapidamente a limpou com as costas da mão.
“Everytime I see your face
Everytime you look my way
It's like it all falls into place
Everything feels right”
- Classe! – A professora chamou alto. Era mais ou menos o meio da aula. – Queria pedir a todos que parassem o que estão escrevendo nesse momento. Queria comunicar-lhes que hoje eu estarei passando um trabalho de dupla, que vale bastante pontos na terceira nota. O prazo de entrega será de uma semana, e essa redação deverá conter no mínimo 3.000 palavras. E, como esse trabalho eu estou passando juntamente com o professor de biologia, o assunto deverá ser o que vocês estão aprendendo na aula dele. Lembrem-se: 3.000 palavras, trabalho em dupla, prazo de entrega de uma semana, tem que ser manuscrito e ter a letra dos dois alunos. E o tema é o que vocês estão aprendendo em biologia. Agora, vou sortear as duplas.
Quando a professora disse isso, o coração de null pulou para fora de seu corpo.
- Não pode ser... – Ela lamentou, já imaginando a merda que ia dar. Ela sempre tivera azar com essas coisas de sorteio, e se isso acontecesse, cairia com null.
- Ana Cláudia com Felipe. Sabrina com Maíra. Flávia com Rafael. null com Kristen. null com null. Gabriela com Paula. null com null.
E foi aí que seu mundo desabou. A professora continuou o sorteio, mas null não conseguia prestar atenção, simplesmente tudo havia perdido o sentido.
Já null estava feliz. Obviamente não demonstrava nada fora do normal por fora, mas por dentro estava soltando rojões.
- É agora. – Ele pensou. – É a minha chance de concertar as coisas! – Ele disse, dando um sorriso. Esticou a cabeça e ficou olhando null guardar seu material, vidrado nela. Era como se toda vez que ele visse o rosto da menina, seu mundo ficava ligeiramente melhor. Ficava feliz, só de vê-la sorrir.
“Ever since you walked away
Left my life in disaray
All I want is one more day
It's all I need, one more day with you”
null estava andando na rua em direção à casa de null. Era uma hora da tarde. Estava feliz. Andou mais uns cinco minutos e chegou à porta dela. Bateu e aguardou alguns instantes.
- Entra. – Ela disse, friamente, para ele. A menina estava usando uma blusa cinza com detalhes null e vermelhos, do Mickey Mouse, e uma bermuda jeans, com seu All Star azul. Seus cabelos estavam soltos e estava com uma maquiagem leve, apenas com o lápis.
- Eu trouxe a pesquisa. – null disse entrando e entregando uns papéis à null.
- Bom, agora temos que passar à mão. – Ela disse sem olhar para ele. – Senta... – Disse, apontando para uma cadeira da grande mesa de jantar.
Os dois passaram a tarde pegando mais pesquisas, passando o trabalho a mão e desenhando a capa. null notava que null nem o olhava nos olhos, e isso o deixava bem triste. Mas no decorrer da tarde os dois até que tiveram alguma diversão. Às vezes falavam sobre algumas outras coisas, como desenhos, comidas, filmes e etc. Quando eram umas três horas os dois resolveram ir passear um pouco no parque, e se divertiram muito. Porém null insistia em desviar o olhar sempre que o dela cruzava com o dele. Eles tomaram um sorvete e voltaram para casa, para terminarem o trabalho.
Era por volta de umas sete horas da noite quando o trabalho finalmente terminou.
- Eu nem acredito que terminamos. – Ela disse, sorrindo para ele.
- Nem eu. – Ele retribuiu o sorriso. Quando a garota se deu conta que estava sorrindo e olhando para ele, ela rapidamente mudou a direção do olhar e levantou-se, indo jogar os papéis onde eles haviam imprimido algumas pesquisas, no lixo.
- O trabalho fica comigo ou com você? – Ela perguntou, encarando o chão, fria novamente.
- Para mim tanto faz. – Ele disse se aproximando dela.
- Er... – Ela disse, tentando esconder o nervosismo. – Então fica comigo, okay? – Ela foi saindo de perto dele.
- Tudo bem. Então, eu já tenho que ir indo para casa. Te vejo amanhã na escola. – null disse, indo abraçá-la. A menina, porém, antes que ele tivesse a chance de abraçá-la, estendeu a mão, para que ele se despedisse.
- Até. – Ela disse, fria novamente.
O garoto saiu da casa levando sua mochila e andou na rua, solitário. null ainda continuava fria com ele, mas até que eles conseguiram se divertir à tarde, quando saíram para tomar um ar e um sorvete.
Não sabia como que ele agüentava mais vê-la e não poder tocá-la, abraçá-la, beijá-la. Sua vida estava uma bagunça, não conseguia fazer nada direito. Não conseguia fazer nada sem pensar nela. Agora ele daria tudo para poder concertar seus erros e tê-la de volta.
“Now I'm sitting here
Like we used to do
I think about my life
And how there's nothing I won't do
Just for one more day
One more day with you”
O sinal da escola bateu e null rapidamente saiu de lá. Hoje havia sido o dia de entrega do trabalho. E eles tinham tirado A+. Andou por algum tempo e chegou a uma praça um pouco afastada, com um banco de pedra perto de umas árvores. Lembrou-se de como eles sempre iam juntos para aquela praça. Tudo o que ele fazia, lembrava ela!
- Mas que merda! – Ele rapidamente se levantou e chutou a pedra, que eles faziam de banco. Sentou-se no banco e ficou pensando sobre a sua vida. Não agüentava mais ter que suportar isso. Teria que fazer algo para melhorar sua situação. Faria qualquer coisa por ela. Precisava tê-la de volta.
“Everytime I see your face
Everytime you look my way
It's like it all falls into place
Everything feels right”
Levantou-se e foi à casa de null. Tocou a campainha e o irmão gêmeo de null atendeu.
- null, a null está aí? – null disse, olhando para seu amigo.
- Está sim, null, mas eu tenho certeza de que ela não vai querer te ver! – null disse calmamente.
- null, por favor, eu preciso falar com ela!
- Não, null! Já não basta ter feito o que você fez com ela! Fez ela sofrer demais já! – null disse, bravo.
- null, você sabe que eu estava bêbado! Foi tudo armação da Hilary! Você sabe que ela gosta de mim! E aquela droga, você REALMENTE acha que eu faria isso?!
- Ah, é? Então dizer que ama a minha irmã, fazer juras de amor, tirar a virgindade dela, você acha que isso é o suficiente para ela te perdoar por ter ficado com a Hilary naquela festa, e ainda mais ser pego com um comprimido de ecstasy?! – null continuava, bravo.
- null, você sabe que eu amo a sua irmã, e que eu nunca faria NADA para machucá-la! Você sabe que foi armação daquela vaca, ela deve ter colocado alguma coisa na minha bebida, me deixou bêbado e me agarrou! Justamente quando a null chegou à festa! Eu nem beijei ela! E quanto àquela droga, null, eu posso não poder jurar muita coisa nessa vida, mas que eu nunca usei drogas, é verdade! Eu nunca usaria nada do tipo, nem nunca iria para a cama com a Hilary!
- Não é isso o que ela anda espalhando pela escola... – null foi irônico.
- null, você sabe que ela armou para mim! Não foi minha culpa! Ela armou tudo! Além de ela ter me agarrado, colocado aquela merda de droga no meu bolso, ainda fica espalhando boatos na escola! Mas o que eu posso fazer?! – null disse num tom alto.
- Pois saiba que a null está muito mal, achando que você estava traindo ela, principalmente depois do que você fez!
- Ei, que gritaria é essa? – null chegou descendo as escadas, indo para a porta. Ela estava com uma calça jeans e uma blusa do Green Day, com sua pantufa de panda. – Ah, você. – Disse, olhando com desprezo para null.
- null, você precisa me escutar!
- Eu não quero nada de você! Muito menos ouvir sua voz!
- Mas você precisa! Por favor! Eu juro que depois eu te deixo em paz! – Ele disse quase chorando.
- Não null! – A menina dizia com uma voz meio trêmula também. Ela estava se fazendo passar por durona, tentando não chorar na frente dele, mas por dentro seu coração estava despedaçado.
- Por favor! – Ele insistiu mais uma vez.
- Está bem, null. Fala o que você tiver que falar.
- Eu vou deixar vocês sozinhos. – Disse null, um pouco desconfortável, subindo as escadas e indo para seu quarto.
null e null entraram e sentaram-se no sofá.
- Fala, eu estou te escutando. – Ela disse, seca.
- null, não me trata assim, por favor! – Ele disse, quase implorando para ela.
- Ah, é? – Ela disse cínica. – Você tira a minha virgindade num dia e no outro já fica e transa com a maior vaca da escola, além de usar drogas?! Que decepção, null null! – Ela disse, gritando. – E não é para eu ficar assim? Oh, me desculpe, meu erro. – Ela disse com seu tom mais cínico.
- null, foi armação... – E null explicou tudo o que aconteceu, sobre Hilary ter o embebedado, o agarrado, espalhado o boato pela escola e armar com o lance da droga pra ele.
- null, não venha colocar a culpa toda nela, você a beijou que eu vi! – null disse com uma lágrima em seu rosto.
- Você não entende, eu estava bêbado, eu não fazia noção do que eu estava fazendo! Era tudo um plano dela para me separar de você! – Ele disse de uma vez.
- Pois bem, o plano deu certo, então. – Ela disse, fria, sem olhar para ele.
- Não! Não faz isso comigo! Eu te amo! – null desatou a chorar.
- Agora vai embora, null! – Ela disse apontando para a porta de saída. – Eu não tenho mais nada para falar com você!
null, assim, enxugou as lágrimas de seu rosto e se levantou do sofá.
- Eu te amo muito, muito mesmo, e eu nunca faria nada para te machucar. – Ele disse quando passou por ela, saindo da casa. Depois que ele saiu, null fechou a porta e correu para seu quarto. Entrou e bateu a porta. Jogou-se na cama e ficou chorando o resto do dia.
“Everytime I hear your name
Everytime I feel the same
It's like it all falls into place
Everything feels right”
No dia seguinte ela faltou à aula. Suas amigas ficaram surpresas, já que ela não era do tipo que faltava muito, mas já imaginavam o motivo.
- Depois da aula eu vou passar na casa dela, ver se está tudo bem. – null disse para null, na troca de sala.
- Eu queria ir também, mas a gente vai viajar, né? Sabe com é, sexta à tarde, minha mãe sempre quer ir viajar para poder aproveitar mais o fim de semana.
A aula acabou e null foi direto para a casa de null. Tocou e a mãe de null atendeu.
- Oi, null, querida! Entra, a null está lá no quarto dela. – Disse a Senhora null. null subiu as escadas e bateu na porta de null.
- Quem é? – null ouviu a voz da amiga, chorosa.
- Sou eu, sua jacu.
- Ah, entra, null. – null disse. null entrou no quarto e viu null deitada na cama, com o pijama.
- Você nem trocou de roupa! – null disse, olhando as roupas de null largadas no chão. – O que houve, hein?
- Ah, null, ontem ele veio aqui, e me disse um monte de coisas, que me amava mais que tudo, e que não sei mais o que lá. Foi tão duro ter que escutar aquilo dele! – Ela disse, chorando.
null abraçou a amiga e elas ficaram conversando a tarde inteira, enquanto null desabafava tudo.
- null... – null disse depois de um tempo. Já havia anoitecido.
- Que foi? – Ela perguntou, olhando para a amiga.
- Você ainda o ama?
- Amo, null, o pior é que eu ainda amo ele, mais que tudo!
- Então, por que você não dá uma segunda chance para ele?
- null, depois dele ter feito aquilo comigo, você acha que ele merece?
- Olha, não sei quanto a você, mas eu acredito nele. Acredito que ele não teve culpa e que foi tudo uma armação da Hilary.
- Você acha?
- null, olha bem para ele. A vida dele parou desde que vocês brigaram. Ele te ama de verdade. Dá para perceber isso. Eu também pensava como você, mas o que ele disse faz sentido. Essa tal Hilary gosta dele. E eu acho que foi tudo uma armação dela. Agora você pensa o que você quiser pensar. Só sei que ele está igual ou pior do que você.
- Ai, null, não sei o que eu faço. No dia em que a gente fez o trabalho, eu me senti tão bem, só de estar perto dele. A gente foi tomar sorvete e nos divertimos tanto. – Ela disse, sorrindo.
- Eu já disse o que faria se fosse você, agora cabe a você decidir.
- Você tem razão. – null disse, levantando-se de sua cama num pulo.
A garota abriu o armário, tirou uma calça jeans e um moletom vermelho, que ela vestiu por cima da blusa do pijama. Colocou seu All Star e desceu as escadas correndo.
- Eu, hein... – Disse null correndo atrás dela. – Está chovendo, sua louca! – null disse, olhando para fora.
- E daí? – null disse abrindo a porta de entrada. A garota saiu correndo e null apenas ficou olhando a garota correr em direção à casa de null, tomando chuva.
- Cada uma que me aparece... – Ela disse para si mesma, entrando e fechando a porta da casa de null.
“You walked away
Just one more day
It's all I need
Just one more day with you”
null estava correndo na chuva. Não se importava. Tudo o que importava era ver null e dizer que ela o perdoava! Estava correndo e pisou numa poça de água.
- Merda! – Ela disse olhando para os pés encharcados, porém logo depois continuou a correr. Depois de uns cinco minutos, chegou a uma casa. Tocou a campainha umas três vezes.
- null! – A Senhora null disse, vendo a menina toda molhada. – Entre, minha filha! Quer que eu pegue uma toalha para você? – Ela disse quando as duas chegaram à sala.
- Não obrigada, null, só quero saber se o null está em casa.
- Está sim! Está no quarto dele.
- Ah, okay, com licença. – E assim ela subiu as escadas correndo, em direção ao quarto de null.
- null?! – O garoto exclamou surpreso, quando viu a garota entrar encharcada em seu quarto. – Digo, o que você está fazendo aqui? E toda molhada!
- null, eu só quero dizer que eu te perdôo por aquela noite! E quero dizer que a minha vida nunca foi tão vazia quanto quando você não esteve por perto. Era como se eu estivesse vivendo uma vida que não era minha! – Ela disse. Estava de pé, olhando null que agora estava sentado na cama. null apenas se levantou da cama, e andou até ela, devagar. Ficou parado de frente para a garota, olhando-a nos olhos. A garota olhou-o dentro dos olhos e sorriu. Ele abraçou-a muito forte, como alguém com medo de perder algo precioso. null o abraçou de volta e eles ficaram naquele abraço forte por algum tempo. Depois que se separaram, null rapidamente levou a sua boca ao encontro da boca de null e a beijou como nunca. Um beijo que ele esperou dias para dar. Um beijo ardente de paixão. Após um longo tempo as bocas se separaram. null olhou null nos olhos e voltou a abraçá-lo. - Eu te amo. – Ela sussurrou no ouvido do garoto.
- Eu também te amo. – Ele disse, separando o abraço e partindo para mais um beijo.
Fim!
Nota da Autora: Hum, oi pessoas! *acena* minha primeira fic que eu mando pro addiction (embora eu tenha mil e tantas outras @_@) HSUFHASIUFLSA! que emoção *-*
[mode xuxa] primeiro eu queria agradecer meus pais, meus amigos, e especialmente à você xuxa! [mode xuxa off]
*capota*
HSAFUIHSAIUFHSA, mas vão dizer que vocês não passaram sua infância assistindo xuxa? \o/ mas voltando ao assunto, obrigada a você leitor! *voz de propaganda casas bahia* okay, eu também não sei qual é o meu problema então eu vou tentar parar de falar besteira. eu nem lembrava de ter escrito essa fic, HSUIFHASILUFHA, de tão matusalém que ela é :D
eu tinha escrito há um tempão atrás, e tava vasculhando meu pc e achei ela ^^ e eu achei ela bonitinha, então resolvi postar (quem perguntou? -.-) obrigada a Carolis, beta linda e maravilhosa *puxa saco* HSAUIFSAL, mas é sério, um amor de pessoa, porque vejam bem, me aguentar com toda minha lerdisse não é fácil (Y), obrigada Carolis! \o/
Ao Dougie, minha inspiração, obrigada por existir e fazer meus dias mais perfeitos! As minhas melhores amigas, amigos e derivados, porque se não fossem eles eu não teria essa mente poluída que eu tenho hoje, HSUFHSAILUF. ao yakuult! eu amo yakult. e ao hamburguer pré-pronto, que é só colocar no microondas e zaz! Ah claro! Como posso esquecer do suco de caixinha kapo de maracujá?! E dos bolinhos ana maria com bolinhas de chocolate (Y) SGHFUISAHFIUSA.
À Bill Gates e Thomas Edison, que possibilitaram eu estar aqui *vaiam* okay u.u
HSFUSAHFLIUAH, enfim! À todas pessoas que são legais comigo, à todas as comidas boas, doces e pré-prontas, HSFUIHSAIFUSL, ao meu muso inspirador e quem possiblitou eu estar aqui hoje! \o/
aah, e aproveitando que já to aqui, tem duas fics que estão em produção (uma juntamente com a Jess, e a outra com a Betina) e que a gente vai postar aqui!
E como um pouco de propaganda não mata ninguem, ai está \o/
os nomes são (ou melhor, vão ser, porque ainda não publicamos ^^): Finding Our Ways e Almost There.
E eu vou parando por aqui se não daqui a pouco a n/a fica maior que a própria fic! :D
obrigada a todas, e por favor, comentem e deêm a sua opinião, se você gostou, amou, odiou, só não esculacha okay? :D