Escrita por Julianne - Betado por Pequena – Revisado por Thai Barcella




Capítulo Um.
Era agora. Ela tinha certeza, afinal, ele estaria voltando para a Inglaterra e ela ficaria no Brasil, ficariam sem se ver durante muito tempo. Ele entraria em turnê, agora ela tinha mais certeza do que antes. Olhou no fundo de seus olhos e sorriu, ele sorriu também e abaixou a cabeça, enfiou uma das mãos no bolso da jaqueta e tirou uma pequena caixinha azul aveludada e ficou com ela na palma de sua mão. A menina apenas conteve o grito pondo as mãos na boca e ele sorriu, ela percebera que tinha gente demais os olhando, foi quando ela percebeu que em cada monitor, onde eram para estarem os horários dos vôos, estava escrito , você aceita se casar comigo?”. Seu sorriso não era mais contido e seus olhos estavam embaçados de lágrimas. Ela o olhou e ficou apenas admirando sua beleza, seus profundos olhos , onde ela se perdia, e seu sorriso encantador. Ela o amava de verdade.

Algumas pessoas gritavam esperando a resposta, funcionários olhavam ansiosos e algumas senhoras derramavam algumas lágrimas ao ver aquele belo casal de jovens. , por sua vez, não parecia ansioso, muito menos nervoso, tinha certeza da resposta de . Apenas exibia um sorriso, pegou de leve na mão da amada e abriu a pequena caixinha, mostrando um anel de ouro, onde estava escrito ‘’. Foi quando a menina se deu conta que ele estava usando um anel de ouro também, onde o nome estava escrito. colocou o anel no dedo da menina e se sentiu vitorioso.

- Agora você não tem como recusar! - Ele falou baixinho, dando um beijo na mão da menina. Ele se ajoelhou, ainda segurando a mão dela. não agüentava mais, deixou as lágrimas rolarem ao ver aquela cena. - , você aceita se casar comigo? - falou o mais alto que conseguiu. A menina ficou sem palavras.

- Aceito! - Seus olhos brilhavam de emoção e alegria, tudo o que ela mais queria era passar o resto de sua vida ao lado dele. As pessoas, agora, gritavam ainda mais, as senhoras, agora, choravam ainda mais e alguns funcionários exibiam sorrisos. se levantou e chegou perto da menina, a pegou pela cintura e sussurrou em seu ouvido um singelo Te amo pra sempre e se despediu com um beijo suave, com todo o amor que ele sentia por aquela que seria sua mulher.

Era agora. Ela ia contar para ele o que tanto a agonizava nas últimas quatro semanas. Ele já estava quase entrando na sala de embarque quando ouviu ela chamando seu nome.
- ! Espera, você precisa saber! - Ela pegou em sua mão e a colocou em sua barriga, associou tudo muito rápido e lhe mostrou seu maior sorriso. - Estou grávida, você vai ser pai! - Com um sorriso ela lhe deu um beijo e entrou no avião.


Capítulo Dois.
saiu do aeroporto sendo seguida por muito olhares, algumas pessoas ainda a pararam para lhe desejarem os parabéns. Aqueles seriam os três meses mais longos de sua vida.
Voltou para o apartamento que estava morando com , abriu a porta e ficou um tempo na porta, apenas olhando para cada centímetro da casa, fechou a porta e ficou no sofá sem saber o que fazer, a euforia ainda tomava conta dela. Resolveu ligar para sua amiga que estava doida para saber se havia contado ou não que estava grávida.
- ? - perguntou com um sorriso no rosto.
- Amiga! Me conta tudo! Como foi lá? - parecia estar mais animada do que , que apenas riu.
- Amor, foi perfeito! Ele me... Me pediu em casamento! - contou em meio a suspiros ao se lembrar da cena. , do outro lado da linha, soltou um grito que fez com que a menina tirasse de perto do ouvido o telefone.
- E você contou pra ele, né? Sobre a sua gravidez! - agora estava nervosa.
- Óbvio! Ele ficou tão feliz! - Uma lágrima caiu dos olhos de e também estava chorando do outro lado da linha.
- Ai, que lindo! Estou tão feliz por você! - secava os olhos e falava no meio de lágrimas.
- Obrigado... Amor, agora eu tenho que desligar. Ainda tenho que arrumar algumas coisas aqui, ok? Liguei só pra contar isso, mesmo.
- Ok. Beijos, paixão!
- Beijos! - desligou o telefone e se levantou, foi até o quarto e se deitou na cama. Era a mulher mais feliz do mundo, ela tinha certeza disso!
A menina acabou adormecendo ali mesmo, acordou com o barulho vindo do apartamento do lado, abriu os olhos devagar e passou as mãos por eles. Se levantou, fez um rabo nos cabelos e foi tomar um banho. Foi um banho rápido, tinha que ir à casa de seus pais ainda hoje. Saiu do banho e foi pro quarto trocar de roupa, ainda com o mesmo sorriso no rosto. Já estava tarde, então decidiu que dormiria na casa de seus pais mesmo. Fez uma pequena mala e foi se arrumar. Ligou a televisão do quarto que estava passando o noticiário, resolveu deixar ali mesmo. Abriu o armário e viu algumas roupas que havia deixado ali e as cheirou, ainda estavam com seu cheiro.
O vôo 5945 indo em direção a Inglaterra teve uma terrível colisão na pista de pouso, causando tensão em todos que estavam no aeroporto, voltamos daqui a pouco com mais informações?


Capítulo Três.
parou do jeito que estava, não era o vôo do , ela tinha certeza disso, não podia ser... Lágrimas involuntárias começaram a se formar em seus olhos. Seu rosto já estava molhado, aquilo não podia estar acontecendo. Correu para o telefone e discou o número de . Chamava, chamava, mas ninguém atendia, aquilo a estava matando por dentro.
- Droga! Vamos lá, , atenda ao telefone! - Ela chorava mais do que o normal agora, seus olhos embaçados de lágrimas não enxergavam mais as teclas do telefone. Ligou para com muita dificuldade. - ? Vem pra cá agora. Eu preciso muito de você! - falou com a voz embargada, fez o máximo de esforço possível para falar e depois desligou o telefone.
Ficou deitada no sofá, abraçada com as almofadas não se sabe quanto tempo, mas foi tempo suficiente para ouvir espancando? a porta.
- ! Abre essa porta agora! - dava socos na porta, se levantou sem forças e abriu a porta. Ao olhar a amiga, o único ato que conseguiu reproduzir foi de abraçá-la o mais forte que aquele momento a estava permitindo.
- , diz pra mim que não é verdade, por favor. - molhava os ombros da amiga com lágrimas, a deixando mais nervosa ainda.
- ... - pegou nos ombros da amiga e fez com que ficassem cara a cara. - O que houve? Você está me deixando nervosa, foi alguma coisa com o bebê? – A amiga olhou para a barriga de preocupada, a mesma apenas balançou a cabeça negativamente.
- , o ... - Eça respirou fundo, precisava ser forte naquele momento, sabia disso. - O vôo do ... Sofreu um acidente... Um acidente horrível! - olhou para a amiga com os arregalados e pôs a mão na boca.
- Você quer dizer que... Aquele acidente que estava no noticiário era o avião do ? - abraçou a amiga o mais forte possível. - Vem, a gente tem que pegar o primeiro vôo para Londres. - puxou em menção de sair, mas a menina nem se mexeu.
- Não... Eu não posso ir, eu vou esperar aqui! - Ela se encaminhou até o sofá e ficou sentada. - E esperar alguém me dar informações concretas! – A menina limpou o rosto. se sentou ao seu lado e segurou sua mão.
- Vai ficar tudo bem, ok? Eu prometo! – Apertou com força a mão da amiga, quem apenas deu um sorriso tristonho.

As horas passavam e ninguém dava notícias de . Aquilo a estava a deixando agoniada, com vontade de largar tudo e seguir o conselho de . Pegar o primeiro avião com destino a Londres, mas não o faria! Já era tarde, devia passar de meia noite, estava ficando cansada, a mandou ir se deitar, mas a menina se recusou a ir, acabou que as duas cochilaram no sofá. Quando acordaram, ainda estava escuro, o celular de tocava loucamente, ela olhou no visor, , não queria atender ao telefone, estava com medo.
- Alô? – Falou, já chorosa.
- ? Finalmente conseguimos falar com você! - falava normalmente, mas ela podia sentir o pesar em sua voz.
- , desembucha logo! Cadê o ? - Lágrimas já rolavam pelos seus olhos.
- O ... - não conseguiu controlar o choro, acabou passando o telefone para outra pessoa.
- ? – A menina reconheceu era a voz de .
- ! Por favor, pode contar! O que aconteceu com o ? – “Por que ninguém pode responder a maldita da minha pergunta?”,?ela pensava.
- , o ... Ele... Não sobreviveu a colisão... E infelizmente... Ele...
não quis ouvir o resto da frase, apenas desligou o telefone. , que havia acordado há apenas alguns minutos, percebeu que havia acontecido o pior. estava paralisada, não piscava, não fazia nada, por seus olhos ainda rolavam lágrimas, de repente ela deu um suspiro. Desmaiou.


Capítulo Quatro.
ligou para o hospital mais próximo, desesperada, informando a gravidade do acontecido. Em poucos minutos uma ambulância estava na porta do prédio de . A menina desceu de maca, atraindo a atenção de algumas pessoas que passavam. O porteiro ficou chocado ao ver aquela menina que mais cedo havia passado com um sorriso que não havia tamanho. E que agora se encontrava em uma maca.
Assim que chegaram ao hospital, teve que ficar esperando na famosa sala de espera, ficou lá alguns minutos, talvez horas, ela não havia reparado.
- ? - O médico havia saído de um dos quartos e foi até a sala, se pronunciou. - Você é o que dela?
- Amiga! - queira respostas e não perguntas.
- Não tem nenhum outro parente mais próximo aqui? – O médico olhava em volta, a procura de alguém.
- Não! O noivo dela acabou de morrer e você ainda procura por um parente mais próximo? - elevava o tom da voz cada vez mais.
- Me desculpe, senhorita. – O médico havia se desculpado, pondo a mão no ombro de , fazendo sinal para ela se sentar.
- Então, doutor, como ela está? – A menina suava frio agora, estava muito preocupada.
- Bom, o estado de saúde dela está bom agora, houve apenas uma queda de pressão, mas já esta tudo resolvido, poderia ter sido mais grave se ela estivesse com mais alguns meses de gravidez, se a senhorita quiser vê-la, o quarto dela é o 304. - Ele se levantou e foi ao encontro de uma enfermeira que passava.
foi até o quarto da amiga, mas parou no meio do caminho quando sentiu algo me seu bolso vibrando, era o celular de que no visor mostrava .
- ? – A voz da outra linha perguntava.
- Não! É a , amiga dela, , assim que ela desligou o telefone, ela desmaiou, mas já esta tudo bem com ela e com o bebê. - explicou tudo de uma vez, mas, ao dizer que estava grávida, ficou boquiaberto.
- A está grávida?
- Está...
- Nossa... Vocês têm que vir pra cá o mais rápido possível! Ok? Agora eu preciso desligar! Tchau! - desligou o telefone, deixando uma parada no meio do corredor, ainda olhando para o telefone.

abriu devagar a porta do quarto e viu a amiga dormindo, fechou a porta com todo cuidado possível, o que foi inútil. A porta acabou batendo.
- , já acordei já... - falava com a voz arrastada.
- Como você está, amiga? - chegou perto da amiga e sentou ao lado da cama.
- Indo... – A menina respondeu com a voz fraca, sem emoção, sem nada, parecia que alguém havia arrancado dela todos seus sentimentos.
- O ligou agora pouco e... – Ela respirou fundo. - Pediu pra nós irmos o mais rápido possível pra lá.
- Ah... – Foi como um suspiro, mas suspiro de dor. Ela abaixou a cabeça e fitou o chão por alguns segundos. - E quando que nós vamos pra lá?
- Assim que você sair daqui. - se levantou e foi para a janela observa o sol que nascia no horizonte.


Capítulo Cinco.
Quando saiu do hospital, as meninas apenas passaram em casa e trocaram de roupa. pegou a malinha que iria levar para a casa de seus pais e colocou a bolsa. já estava esperando por ela na portaria. Pegaram o primeiro vôo com destino a Londres. Se acomodaram em uma das poltronas e pegaram no sono; a última coisa que conseguiram ouvir foram às palavras do piloto sobre o acidente.
Assim que chegaram, encontraram no aeroporto, esperando por elas, ao seu redor, algumas fãs que olhavam penosamente para o menino - que sorriu ao ver se aproximando. As fãs abaixaram as cabeças ao verem a menina passar por elas, algumas ainda arriscaram desejar os pêsames, o que apenas respondia com um sorriso e um obrigado. Os três se encaminharam para a casa dos meninos. já conhecia muito bem aquele lugar. Soltou um suspiro ao lembrar-se de cada detalhe, esfregou o rosto, evitando que uma lágrima teimosa caísse. Ao chegarem a casa, a menina foi muito bem recebida por e . Lá também se encontravam o pai e a mãe de . O casal a olhou e foi abraçá-la.
- Minha querida, o nos contou que você está grávida, é verdade? – A Senhora acariciava os cabelos da menina que apenas afirmou com a cabeça. - Bom, eu acho melhor vocês duas subirem para trocarem de roupa, o enterro será daqui a meia hora.
A Senhora mostrou às meninas a escada e elas subiram, todos seguiam com os olhos, mesmo sem mostrar sinal de desespero ou de qualquer outra coisa, ela estava morta por dentro. Não falava nada com ninguém, nada que pudesse lembrar .

As meninas se trocaram rápido e em vinte minutos estavam na sala junto com outros parentes que haviam chegado. Na porta, havia uma legião de repórteres e fãs a espera de ver alguém da família. As pessoas de dentro da casa foram saindo aos poucos primeiro, os parentes distantes, depois , , e , sendo seguidos por que estava com o sogro e a sogra.
Seguiram até o local do enterro em carros pretos. Fazia uma bela tarde, poucas nuvens no céu e um sol fraco. “ iria adorar”, pensou a menina, limpando algumas lágrimas que até aquele ponto eram impossíveis de controlar. Tirou um lenço branco da bolsa que carregava e limpou os olhos. Havia bastante gente, um caixão preto estava à mostra. Ao olhar, riu e se aproximou mais. estava ali, deitado, apesar do acidente, ele não parecia mostrar nenhum sinal de que sofrera uma colisão, seu rosto estava sereno, não havia marcas nem arranhões. Segundo o que ela soube, estava no banheiro do avião, morreu asfixiado com a fumaça que invadira a cabine. Seus cabelos estavam penteados, estava com um belo terno Armani. Deu-lhe um beijo na testa e se juntou ao outros. O caixão foi fechado e logo se deu início às despedias. O silêncio daquele lugar foi tomado pela voz doce do padre que dizia algumas palavras.
tentava prestar atenção, mas não conseguia. Logo uma música tomou seus ouvidos e seus olhos se voltaram ao caixão, era hora do último adeus.
O caixão foi sendo abaixado ao som da música, ela não conseguia ver aquilo, se distanciou um pouco. Parou quando sentiu uma mão em seu ombro e logo depois um abraço. Caminhou até perto de uma árvore e ficou ali olhando, um vento gélido passou e ela se arrepiou, sorriu, era ele, seu último beijo de despedida.
A cerimônia terminou, todos já estavam indo para suas casas, a menina decidiu ficar ali mais alguns minutos, disse que a esperaria no carro.
- ... Te amo como eu nunca amei e nunca vou amar ninguém. Essa criança que está aqui, vai ser tão boa quanto você foi. Aonde quer que você esteja, estará sempre comigo. - Depositou uma rosa branca em frente à pilastra onde estava escrito seu nome e se foi.


Epílogo.
Alguns anos se passaram. A banda havia terminado, mas os meninos ainda estavam juntos. O filho de já havia nascido e, em homenagem ao pai, se chamaria .
estava casada, era dona de empresas. Tinha uma vida que muitas mulheres desejavam. Tinha um marido exemplar, bonito e um verdadeiro companheiro. Mas amor, amor, não havia. Porque, no dia da morte de seu verdadeiro amor, ele levara consigo seu coração.


Fim.



Nota da Beta: Pessoal, quem está aqui é a Pequena. Eu peço milhares de perdões, não só pra vocês como pra Julianne também. A fic está com erros meio esquisitos, pois meu arquivo continua intacto e sem erro algum. Nos meus testes pelo geocities, a perguntinha que pulava era a última - que pedia o nome do último McGuy. E a caixinha de comentários, por algum motivo não aparece o link. Talvez seja o geocities que esteja dando problema, não sei. Eu tentei várias caixinhas diferentes, mas nenhuma funcionou. Me desculpem MESMO, ok? Eu tentei de tudo que foi possível :~

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