Escrita Por: Isa e Thali | Revisada Por: Thai Barcella
Capítulo 1
Porque eu só vivo pensando em você
É sem querer, você não sai da minha cabeça mais
Eu só vivo acordado a sonhar
Imaginar nós dois
Às vezes, penso ser um sonho impossível (Pensando em você – Pimentas do Reino)
Já fazia uma semana desde que os McFly tinham partido de volta para a Inglaterra, e muito tinha mudado.
Todas as meninas aprontavam as coisas para sua mudança, mantendo secretas esperanças de poderem vê-los de novo.
já tinha empacotado todas as suas coisas e enviado-as também; ainda não tinha acabado e faltava comprar muitas coisas; não tinha arrumado nada, andava mais concentrada em seus novos livros de Medicina; só tinha deixado o colchão e o laptop, o resto tinha sido mandado ou estava em malas. Ela e Harry andavam se mandando e-mails há uma semana.
As manchetes e reportagens diziam que eles estavam muito ocupados e... Tristes.
- Tem outra reportagem! -–Anunciou , toda sorridente.
- Lê aí! - Pediu , com a cara enfiada na sua gaveta de camisetas, que tinha resolvido arrumar na mala.
e largaram o que faziam para prestarem atenção.
“Depois de uma misteriosa viagem, os McFly mudaram. Não tão bem humorados e um tanto melancólicos, os rapazes tem se apresentado em entrevistas mostrando algum desânimo. Quando perguntamos o motivo, eles se mantiveram silenciosos quanto a razão, mas após muito pressionar, o misterioso Tom respondeu:
- Problemas do coração.
O que será que aconteceu para eles se sentirem assim? Quem provocou isso? Só esperamos que essas meninas sortudas não percam a chance delas...””
- Eles continuam tristes... - Observou .
- A culpa é nossa. - Completou .
- Nós somos as meninas sortudas... - Disse , jogando as camisetas dentro de uma grande mala preta.
– É... – Concordou , parecendo estar em outro planeta. – Vou ver o meu e-mail, ok?
As meninas deram de ombros e continuaram o que faziam .
resolveu escrever para Harry. Eram sete horas da manhã. De acordo com o fuso horário, ele receberia às dez da manhã. Ela resolvera quebrar o pacto feito e contar para ele que iria morar lá. Aquela reportagem era a prova final que eles queriam estar com elas, certo? Suas amigas agradeceriam, com toda certeza.
“Acabamos de ler uma reportagem sobre vocês. Que meninas sortudas são essas? RS
Tinha que falar uma coisa importante, mas queria dizer ao vivo. Você poderia me ligar quando liberar, vou estar em casa de qualquer jeito.
Sonhei com todos nós juntos de novo, com a gente acordando vocês, com a bagunça na cozinha...
Sinto muitas saudades.
Mande um beijo para Penny Lane por mim.
Beijos,
.
P.S.: Te amo.”
Ela pensou mil vezes antes de mandar aquilo. Nunca tinha dito “eu te amo” antes para Harry. E se ele não sentisse o mesmo? Agora já era, já tinha apertado o botão “enviar”.
Harry se mexeu na cama e bateu em Penny Lane que dormia ao seu lado. Penny Lane era a pingüim que ela tinha dado a ele de presente, ela tinha escolhido o nome. O pingüim dela era Ringo Starr, e o nome tinha sido escolhido por ele.
– Bom dia, Penny. – Ele sorriu para o bichinho de pelúcia.
Olhou no relógio, eram três e meia e não tinha nada para fazer. Resolveu ir ao apartamento de Dougie.
Quando Danny acordou, já eram duas da tarde. Sentiu o frio do inverno e desejou voltar ao Brasil. Na verdade, ele desejava aquilo nos últimos sete dias, seu apartamento nunca pareceu tão vazio e deprimente.
Não era a mesma coisa acordar em uma cama grande, sozinho, depois de ter se acostumado a dormir ao lado de .
– Eu poderia ligar para ela hoje, se eu não tivesse perdido a droga do meu celular! – Ele resmungou, batendo no vidro da janela, enquanto olhava a neve cobrindo todo o lugar. Para completar o azar, ele tinha perdido o seu celular no aeroporto de Londres quando voltaram. – Que saudade de você, pequena.
pegou a boxer que Danny tinha esquecido em sua casa e ficou olhando. Ele não tinha ligado como prometido, mas ela não se importava, todas aquelas noticias sobre eles faziam-na crer que ele gostava dela.
Passou pela mala pronta, faltavam três dias para sua mudança. “E que mudança! Escola nova, nada de pais, o Danny...”
Olhou uma foto tirada quando eles tinham regressado. Danny ostentava a pulseira que ela tinha dado.
– Que saudades de você, pequeno.
Dougie não tinha acordado porque, para se acordar, era necessário dormir, coisa que ele não fazia direito há sete dias. Queria falar com , mas tinha medo. “E se ela não quiser me ver mais?”
Todos os dias, ele colocava o filme para ver e ficava ali, assistindo-a dormir, fingindo que ela estava dormindo ali, do seu lado na cama.
Ouviu a campainha tocar.
– Entra, Harry, está aberta. – Ele respondeu, jogando-se no sofá e ligando o aparelho de DVD. – Eu ia colocar o DVD agora. “, volta para mim...”
terminou de arrumar as malas, passara o dia inteiro colocando tudo o que era seu em malas. Quase nada do seu quarto tinha sobrado. Quando terminou, já era tarde.
Pegou o DVD nas mãos e o colocou no aparelho da sala de sua casa. ”O que será que o Dougie está fazendo agora, hein?”
Dougie apareceu na gravação, correndo atrás de no Jardim Botânico, ela gritava enquanto tentava de tudo para fugir dele, até que ele, finalmente, a pegou no colo e a jogou no alto.
sorriu lembrando daquilo.
– Me espera, hein, Dougie? Que eu estou chegando...
Tom saiu do banho pingando gotas de água pelo quarto inteiro. Ia encontrar com Giovanna hoje para acertar as últimas coisas da separação dos dois, quem ficaria com o que do antigo apartamento.
Os dois mantiveram-se amigos, acima de tudo, e hoje ele pediria ajuda para ela. O que faria quanto a ? Sua vontade era pegar o primeiro avião para o Brasil e ficar lá com a sua menina, mas estava em dúvida se ela o queria ali. Sua carta parecia dizer que sim, mas com mulheres, todo cuidado era pouco.
Colocou uma camisa, uma calça, um grosso casaco e tênis. Seu celular tocou.
– Oi, Fletch. Eu não vou poder, vou sair com a Gio para resolvermos algumas coisas. Liga para os outros, eles não estão fazendo nada mesmo. - Desligou o celular, passou pela foto de que tinha imprimido e colocado em um porta-retrato. – Eu disse que não desistiria de você, cumpro o que prometo.
fechou o livro de Medicina e o largou em cima da escrivaninha. Resolveu arrumar suas coisas, partiria em três dias e nada estava arrumado.
Pegou as caixas de papelão e começou a arrumar suas coisas dentro dela. Uma das suas caixinhas caiu, espalhando vários papéis.
– Que saco! – Ela reclamou, catando os papéis. Um deles chamou sua atenção, a carta de Tom. (N.A. – by Thali: Primeira nota da fic e é minha! *chora de emoção*... Voltando ao assunto... Essa carta está dando o que comentar, né? Ninguém sabe o que está escrito. O que será, hein?) (N.A. – by Isa: Aff... )(N.A. – by Thali: Boba... xP)
Pegou a carta com a mão trêmula. Sentia falta de Tom, já tinha lido tantas vezes aquela carta que tinha memorizado cada palavra, vírgula e acento, mas ainda a lia com renovada animação. Parecia que conseguia ouvir a voz de Tom quando lia. Dessa vez, apenas leu a última frase da carta. “Eu disse que não desistiria de você”
– Acho muito bom você cumprir isso...
Fechou a carta, botou na caixa e continuou a empacotar as coisas.
O telefone de Danny tocou, ele olhou o visor.
– Oi, James. – Danny, hoje tem festa na casa do Dave. Vocês vão?
– Não, acho que vamos ficar em casa. – Ainda sobre aquelas meninas?
– É... Ainda sobre elas. – Tudo bem que vocês estão apaixonados, mas isso não é motivo para não ir a uma festa.
– Não estamos apaixonados! Só estamos sem vontade de sair.
– Ok... Nega o quanto vocês quiserem , vou fingir que acredito. Bom, a festa começa às oito horas, vê se vocês vêm.
– Tá... Tchau, James.
Não deu nem dez minutos e o telefone tocou novamente.
– Oi, Fletch. – Vocês vão à festa na casa do Dave.
– Vamos ficar em casa, Fletch, eu disse isso para o James já. – Não quero discussão, Danny. O Tom não poder ir com motivo, tudo bem, mas vocês estão em casa mofando. Não é boa publicidade essa.
– Sei que não é, o que você quer que a gente faça? – Quero vocês lá. É para o bem de vocês, Danny. E, Danny...
– Fala.
– Divirtam-se.
Ele desligou o telefone e foi até o apartamento de Dougie. Tinham muito que conversar.
Capítulo 2
“Estou começando a acreditar
que deveria ser ilegal enganar
o coração de uma mulher.” (Illegal – Shakira)
(N.A. – by Thali: Eu de novo! Yes! Enganamos vocês de novo, o que será que tem na misteriosa carta de Tom Fletcher? Só lendo nos próximos capítulos porque muita coisa ainda vai rolar. Coisas que só as mentes férteis e desocupadas de Thali Perissé e Isa Mendes são capazes de produzir. rsrs... Sei que a frase do capitulo é meio estranha, mas vocês vão sacar ao longo do capítulo. Vou parar de escrever, me empolguei de novo. XD)
(N.A. – by Isa: Nunca vi ninguém que goste tanto de n.a’s como a Thali! --‘)
(N.A. – by Thali: Mas você ainda me ama, boba! xP]
– Dougie... – Chamou Danny, batendo na porta do apartamento do amigo.
– Entra, Danny. Está aberta! – Avisou Dougie.
Ele entrou e foi até a televisão; tinha aparecido na tela, deitada no colo de Danny.
– A gente resolveu ver o DVD... – Disse Harry. –... Mais uma vez.
– Ela está tão linda. – Observou Danny, olhando fixamente para a televisão, sem prestar atenção nos outros. A cena foi cortada para , ele voltou a si rapidamente. – Fletch ligou dizendo que a gente tem que ir a festa do Dave. – Ele informou.
– O quê? Por quê? – Perguntou Harry, indignado.
– Porque nós não andamos tendo publicidade suficiente, já que a gente vive enfurnado em casa desde que voltamos do Brasil. Ele disse que é obrigatório.
– Que saco. Que horas é a festa? – Perguntou Dougie.
– Às oito horas e já são sete e meia. – Informou Danny.
– Então, é melhor a gente ir tomar banho correndo.
Os três se levantaram e cada um foi para o seu apartamento. No caso do Dougie, ele só seguiu para o banheiro.
Tom chegou ao restaurante, e Giovanna já estava lá.
– Demorei muito? – Ele perguntou ao chegar.
– Que nada. Quando você disse quatro horas, sabia que era para chegar só às cinco horas. – Ela respondeu, sorrindo.
– Obrigado. Assim fico mais aliviado.
– Então, quem é a garota? – Perguntou Giovanna, assim que o rapaz se acomodou a mesa.
– Como você sabe que tem uma garota? – Ele ficou preocupado. Estava assim tão na cara?
– Ah, Tom, nem vem! Eu te conheço, você está diferente e isso só pode significar que tem uma garota no meio, e uma que você está gostando muito.
Ele desatou a falar sobre a viagem, o bondinho, a bagunça e, claro, . Terminou de contar e esperou uma reação.
– O que você ainda está fazendo aqui? – Perguntou Gio.
– Hã?
– Está escrito na sua cara que você ama essa menina. Vai atrás dela, mas não agora.
– Hã?
Agora ele estava mais confuso ainda. Era para ele ir atrás de , mas não agora?
– Vocês vão entrar em turnê, vão ficar seis meses, não vai adiantar nada ir agora para deixá-la depois. – Ela explicou. – E faça uma daquelas coisas loucamente românticas que só você sabe fazer.
– Obrigado, Gio. – Tom se inclinou e deu um beijo na testa da sua ex.
Pena que ele não sabia do paparazzi escondido atrás da samambaia que o seguia... (N.A. – by Isa: Samambaia? Quem escreveu essa parte, você, Thali?! o.0) (N.A. – by Thali: Não... Foi a terceira autora dessa fic... Claro que fui eu! Putz, paparazzi faz dessas coisas. Li a história de um que ficou em cima de um coqueiro para conseguir uma foto. Alucinante 8D].
Quando Harry acabou de se arrumar, já eram oito horas da noite. Ele resolveu entrar na sua caixa de e-mails. Tinha certeza que os outros dois ainda estavam se arrumando. Abriu um imenso sorriso com a mensagem que tinha aberto. ”Eu te amo.”.
– Ela me ama! – Ele comemorou consigo mesmo.
Resolveu responder.
”São umas meninas metidas que vivem no Brasil, acho que você não as conhece. RS
Pensando bem, acho que o sortudo sou eu. Pelo menos, estou me sentindo o cara mais sortudo do mundo. Você me ama!
Estou curioso para saber o que você que me falar. Te ligo amanhã.
Beijo mandado para Penny, ela manda um de volta e outro para o Ringo.
Também te amo! (E muito).
Beijo,
Harry
Levantou-se da cadeira do computador e saiu sorridente.
Danny, Dougie e Harry chegaram à festa que já estava barulhenta, e metade do povo de lá já se encontrava em coma alcoólico.
– MEU DEUS! DANNY JONES, HARRY JUDD E DOUGIE POYNTER! – Quatro meninas correram até eles, usando o que pareciam ser cintos, e não saias, de tão curtas, com blusas curtíssimas.
– A gente pode tirar uma foto com vocês? – Pediu uma delas.
– Hã... Pode, sim. – Disse Dougie, tentando sorrir.
– Melany, tira a foto... – Falou a outra. – O Tom não está aí mesmo.
A tal Melany pegou a câmera a contragosto e foi tirar a maldita foto.
– No três, gente... – Ela anunciou. – Um... Dois... Três!
As três meninas puxaram cada um dos McGuys e os beijaram.
– Dude, você está louca? – Danny estava indignado. – Eu tenho namorada!
– Pobrezinha dela, então. – Disparou a menina que o agarrou. – A gente bem que poderia se divertir, sabe. – Ela seguiu com a sua mão até o bumbum de Danny. (N.A. – by Thali: Fic politicamente correta, mano. A gente não escreve a palavra b***).
– Ei, sai daí! – Ele ralhou enfurecido, afastando-se da menina.
Dougie passava pela mesma situação.
– Já mandei me largar, sua oferecida. – Dougie se desvencilhou.
– Hum... Vai fazer doce, Dougie? – A menina o encurralou na parede.
– Saí pra lá, sua vadiazinha de segunda.
Ele empurrou a menina e foi embora. Danny e Harry o acompanharam.
– Isso não fica assim mesmo! – Disse a menina que agarrou Harry e que tinha a marca da mão de Harry em seu braço quando ele o apertou para que ela o largasse.
– Eu tive uma idéia! – Falou a tal Melany.
Dougie acordou com uma forte dor de cabeça. Alguém batia na porta furiosamente.
– Já vai! – Ele anunciou e foi até a porta. Tom estava parado lá.
– Olha isso. – Ele jogou o jornal na mão de Dougie, que não estava entendendo nada.
Os McFly estão de volta!
A fase morta dos McFly aparentemente acabou. O guitarrista e vocal, Tom Fletcher, foi visto em um restaurante com sua ex Giovanna em um clima mais que romântico. Será que esse era o problema do coração que ele falava? Tudo aponta que sim. Tom saiu de lá com um sorriso no rosto, enquanto seus outros companheiros de banda partiram para uma festa onde aproveitaram bastante, pelo que parece. Daniel Jones, Dougie Poynter e Harold Judd foram avistados aos amassos com as jovens: Anthoine Levine, Ashlee Truman e Dwain Louis.
“Foi algo inexplicável, sabe. Dougie implorou tanto que resolvi dar uma chance para ele”, disse Levine. “Harry é um cavalheiro, resolvemos manter nossa relação em segredo por um tempo.”, comentou Truman. “Danny me conquistou no momento que cantou ‘All About You’ para mim”, suspirou Louis. Estamos felizes por vocês, meninos!
Para completar a reportagem possuía fotos.
– DESGRAÇADAS, VAGABUNDAS! – Xingou Dougie, jogando o jornal na mesa. – A gente tem que mostrar isso para os outros e consertar essa situação.
– Concordo.
– Está na hora de acordar, flor do dia. – sacudia .
– É! Hoje é o dia que nós vamos pegar o nosso visto de cidadãs inglesas. – pulava na cama de .
– Cruzes! Sosseguem. Já acordei. – Ela se levantou. – Vou tomar banho, suas doidas.
– ...
– Pode mexer no meu computador, , mas se tiver notícia VOCÊ-SABE-DE-QUEM, me espera que quero ler com vocês.
– Pode deixar, capitã. – bateu continência, rindo da amiga. A garota se sentou no computador para checar o e-mail. Leu a resposta de Harry com lágrimas nos olhos; era muito mais que esperava. Saiu de seu e-mail e entrou no site de notícia. Sentiu lágrimas, agora, amargas saltarem dos seus olhos, não podia ser. Aquilo não poderia ser verdade. – ! ! ! VENHAM AQUI, POR FAVOR! – ela gritou desesperada.
– O que houve, ? Está tudo bem? – Perguntou .
Todas pararam ao ler o texto. Todos os olhos se encheram de lágrimas.
– Não pode ser... – Sussurrou , incrédula.
– É verdade... Eles tem até fotos.
– Ele... – tentou falar, mas nenhuma palavra saiu.
No futuro, quando as perguntam quanto tempo ficaram olhando para aquelas fotos, elas nunca sabem dizer, sabem que só quando tomou a rédea da situação e desligou o computador que as meninas deixaram de olhar para as fotos e apenas se permitiram chorar.
– Já chega! – Disse , levantando-se da cama. – Nada mais de McFly. Eles fizeram as escolha deles, vamos esquecê-los. Quem concorda comigo?
Todas levantaram as mãos.
pegou o lagarto que estava no quarto e o jogou longe, com toda a força.
– Eu te odeio, Dougie! Te odeio! – Ela pegou todas aquelas coisas que o lembravam dele e colocou em uma caixa. – Agora você é só uma memória.
Jogou-se na cama e chorou até dormir.
– Eu não vou chorar. – Disse . – Você não merece nem uma lágrima, Tom. - Pegou um dos seus livros de medicina e o abriu em seu colo. – Minha vida nova começa daqui a três dias e ela não inclui nenhum Tom Fletcher.
sentiu seu telefone vibrar, olhou o visor: “Harry”.
– Oi, meu amor! – Disse Harry. – Passei o dia ansioso para saber o que você quer me falar. - Ela sentiu as lágrimas saírem. “Seu mentiroso!”, pensou consigo. – ? Você está aí?
– Eu conheci outra pessoa, Harry. – Foi a única coisa que conseguiu falar. – Não me ligue nunca mais.
Nem precisou pedir, Harry já tinha desligado o telefone. Por que ela tinha dito aquilo? Irritada consigo mesma e cansada, sentou-se no chão e chorou.
não queria ir para casa, escolheu sair. Pegou um ônibus, sem saber ao certo para onde iria. Sua mente parecia estar desligada, o seu coração ferido parecia comandar as operações.
O ônibus parou e ela se viu na entrada do zoológico. Sentiu seu coração apertar mais um pouco. Entrou no zôo mesmo assim, sentou-se em um banco perto da sessão dos répteis, olhou para a tela do celular e viu a foto que ela e Danny tiraram. Apertou com mais força. Em um impulso, jogou o celular longe.
– Agora é que você não vai ter mesmo chances de me ligar.
Capítulo 3
“Esse é o começo de algo novo.” (Start of something new – High School Musical)
Já fazia quatro meses que elas estavam em Londres e tudo parecia ter se acertado, de certa forma. A casa em que moravam ficava em uma rua onde todas as casas eram iguais e tinha sido um presente de uma tia de . A rua era marcada por moradores de terceira idade, mas isso não incomodava nenhuma delas, já que a vida social delas se resumia a lanchar após as aulas da faculdade e antes do trabalho.
Falando em trabalho, todas estavam bem encaminhadas. Por ser menor de idade, ficou acertado que ela seria responsável pela limpeza da casa.
tinha conseguido ser residente no hospital, ganhando uma miséria, mas fazendo o que gostava – depois daquela “manhã fatídica”, como elas falavam algumas raras vezes em que o assunto surgia, ela tinha se focado completamente no estudo. trabalhava em uma loja de música enquanto esperava um possível estágio, muito bem remunerado, em uma clinica veterinária.
era assistente de um fotógrafo playboy e excêntrico chamado Charlie.
Aquela era mais uma manhã normal na casa das meninas.
– Bom dia, amores da minha vida! – Disse .
– Bom dia! – Respondeu .
– Bonf... dfghia... – Falou , com a boca cheia de pão.
– Não fala de boca cheia, ! Cadê a ? – Perguntou .
– Teve que sair mais cedo... – Explicou . – Charlie comprou um home theater novo e não sabe instalar, então ligou para a , desesperado.
– Ele é muito folgado! – Resmungou .
– Mas é um quarentão muito gato. Além disso, é rico e paga a super bem! – Disse , rindo.
– Verdade! – Concordou . – Gente, já vou porque meu plantão começa cedo. Vejo vocês amanhã.
Elas ouviram a porta bater.
– Mais um plantão de vinte e quatro horas? – Perguntou .
– Aham. Ela vai acabar se matando assim, come pouco e trabalha muito.
Elas não queriam dizer que sabiam o motivo daquela rotina alucinada, até porque todas mantinham rotinas assim para não terem que pensar neles.
Ouviram a campainha.
– Deve ser a Emily, é melhor eu ir logo. Tchau, .
A porta foi fechada de novo.
– É... Sobrei, pelo visto. Melhor eu ir para aula também.
– O cabo vermelho vai aonde? O que é conexão “B”? Buffy, a Caça Vampiros? – Charlie lia as instruções, embolando-se em todos os fios. estava abaixada, conectando algumas coisas.
- Charlie, larga isso e deixa alguém com neurônios fazê-lo, ok? Se não, eu vou apertar esse fio azul em volta do teu pescoço e só soltar quando você ficar a cor dele.
– Nossa! Alguém acordou com a calcinha do avesso! – Brincou Charlie.
– Cala a boca e me deixa terminar, seu playboy. – tacou uma almofada nele, rindo.
– Você sabe que sou eu quem te pago, né? Com essa atitude, você vai acabar despedida, mocinha.
– Ah, nem vem. Ninguém te agüenta do jeito que eu agüento. Quem vai atender aos seus pedidos à meia noite, sair para fazer compras com você, conectar seus aparelhos eletrônicos, arrumar desculpas para todas aquelas modelos que você dorme e depois não liga? Além do mais, se você me despedir, conto para todo mundo que seu filme predileto é “A Noviça Rebelde”. Admita, eu sou indispensável.
– Ok, ok... Você é indispensável, e muito abusada também. Lembra quando te contratei? Você disse: “eu não trabalho fins-de-semana, meu pagamento é, de início, 500 libras e se você tentar alguma coisa, eu corto a sua mão fora”. Gostei de você na hora, uma menina de atitude!
sorriu. Quando foi naquela entrevista, ainda estava superando o furacão Harry Judd e estava meio revoltada com os homens.
– Acabei! – Ela anunciou. – Coloca algum DVD aí para a gente testar, eu vou beber água. Tudo menos “A Noviça Rebelde”!
Foi à cozinha pegar água quando ouviu... “I never ment to say the things I Said to make you cry...”
Ela correu até a sala.
– O que...?
– É o meu DVD novo. Comprei ontem. – Disse Charlie, mostrando o Wonderland Tour.
– Por quê? Você sabe o quanto isso me faz mal!
– Porque está na hora de lutar contra os seus demônios, ir atrás de quem você ama! Nossa, eu estou parecendo um romance barato.
– Eu não amo ninguém! – Ela disse, olhando de forma fria para a televisão.
– Sério? Então por que você fica assim todas as vezes que ouve falar em McFly, hein?
– Não quero falar mais sobre isso. Quer saber? Vou embora!
Pegou seu casaco. Mesmo sendo verão, ainda não tinha se acostumado com aquele “verão” de Londres.
– Vocês não podem fugir para sempre, ! – Disse Charlie para a porta fechada.
chegou ao hospital, trocou de roupa e foi para a ronda. O supervisor estava explicando os casos para os residentes. Cliff, um dos outros residentes chegou mais perto.
– Então, quando você vai aceitar sair comigo? – Ele sussurrou no ouvido da menina.
– Quando o inferno congelar e porcos criarem asas! – Ela respondeu com os olhos grudados no supervisor.
– Você é durona, mas eu não desistirei de você.
Ela estremeceu com aquilo. Lembrou daquela, um dia tão amada, frase: “Eu disse que não desistiria de você”. Respirou fundo e mandou aquelas velhas lembranças de volta para o fundo da sua mente, de onde não deveriam sair.
Ela retomou a posição fria e distante.
– Esqueça que me conhece, então. Já ouvi essa promessa antes e comigo não cola mais.
– Quem te traumatizou desse jeito, hein? Por que você não me dá uma chance? – Perguntou Cliff, lançando seu melhor sorriso.
– Ninguém me traumatizou. Eu simplesmente não me interesso por filhinhos-de-papai metidos a gostosos... – rebateu aquele sorriso com o seu olhar de desprezo nível dois. Ela saiu a passos apressados até a cama onde se encontrava uma menina de uns doze anos. – Oi, eu sou a Dra. . – Ela olhou o prontuário da menina. – Como você está, Elizabeth?
– Bom, eu estou mais ou menos, né? Meu braço dói muito... – A menina disse sorrindo. Aquela menina a lembrava muito , com o fone de ouvido do mp3 balançando.
– Vamos checar esse seu bracinho. – se aproximou do braço e começou a apertar e tocá-lo. – Sabia que você parece muito com uma amiga minha? Ela coloca o fone do mesmo jeito que você.
– Espero que ela seja uma menina legal. Eu estou ouvindo McFly, você conhece? - Com o susto, apertou o braço da menina mais forte do que deveria. – Ai! Doeu! – Gemeu Elizabeth.
– Desculpa, acho que você quebrou. Vai ter que engessar.
– Que droga! Bom, ainda dá para ir ao show do McFly de qualquer jeito. Eu os amo. Falando nisso, você não respondeu minha pergunta.
– Qual foi, mesmo? – estava completamente fora do ar.
– Você gosta de McFly? – A menina repetiu a pergunta.
– Gosto, sim... – Respondeu , tentando sorrir.
– Meu predileto é o Dougie. – Ok... A menina era o clone de . – Qual é o seu?
– Tom! – Ela respondeu sem perceber o que dizia.
– Ele é muito lindo! Aquela covinha é maravilhosa. – A menina observou de forma sonhadora. – Ele está solteiro, sabia? Do jeito que você é linda, vai fazê-lo se apaixonar por você facilmente.
sentiu-se iluminar por dentro.
– Nós somos diferentes demais! – Ela insistiu.
– São nada! Vocês fariam um casal perfeito, aí você poderia me apresentar para o Dougie.
– Prometo que te apresento se isso acontecer.
– Vou cobrar, hein?
– Pode cobrar, agora vamos engessar esse braço.
– Bom dia, menina brasileira! – Disse Emily, sorrindo.
– Bom dia, menina irlandesa – falou, abraçando a amiga.
Logo quando chegou ao Winston Churchil High School, não conseguiu se enturmar. Todos pareciam já ter amigos, e ela não tinha forças para ser simpática depois do que passara com Danny. Um dia, acabou se atrasando e pegou a primeira roupa da sua gaveta. Quando chegou à sala, sentou-se ao lado de Emily. No momento em que as duas se olharam, viram que estavam com as camisas de seus países.
– Bonita camisa! – Elogiara Emily. – Brasil?
– Hã? – olhara para sua roupa e vira a grande bandeira verde e amarela. – Ah, sim, é o meu país. Bonita a sua camisa também! Irlanda?
– É... Essa é a minha terra natal.
Desde então, as duas se tornaram grandes amigas. tinha contado a história de Danny, mas tinha omitido certas coisas, tipo o fato dele ser o Danny do McFly, afinal, Emily era uma fã fanática.
- Advinha! – Disse Emily, enquanto caminhavam até a escola.
– O quê?
– Eu disse para adivinhar!
– Eu estou com sono, não quero adivinhar.
– Ok... McFly vai terminar a turnê deles com um show aqui! – Ela falou animada.
– Ah... – sentiu-se estremecer. Era sempre assim quando falavam de McFly perto dela.
– Sei que você não gosta da banda, mas quero muito ir.
– Quando é?
– Sábado, daqui a duas semanas.
– Não posso. Vou ter que ajudar a minha irmã com umas coisas que o Charlie pediu... – disse a primeira desculpa que lhe pulou na cabeça.
Elas chegaram à escola.
– Minha aula é de História... – Disse Emily
– A minha é Química.
– .
– Oi...
– Hoje eu tenho que dar uma saída depois do colégio. Vai comigo?
– Claro! Sem problema.
– Ótimo! Boa aula, star girl. – Emily tinha essa mania que sempre deixava com a incômoda lembrança de Danny cantando isso na cozinha. “Será que vai ser impossível te esquecer?”
trancou a porta e saiu na rua, rumo ao metrô. Era hoje que receberia a notícia sobre o estágio.
– Por favor, que eu seja contratada! - Pegou o metrô, colocou um dos fones de seu mp3 e deixou o outro pendurado como sempre fazia. Ouviu os primeiros acordes de “Holly... I’m The One” do Son of Dork. Foi todo o caminho rezando para essa contratação. Subiu as escadas da faculdade tremendo; tinha aula e depois iria até a sua supervisora para saber qual seria o veredicto. – Primeira aula é logo de Anatomia! Que saco! – eEa gemeu, enquanto entrava no laboratório. Jogou a mochila de lado e colocou o jaleco.
– Bom dia, classe. – O professor tinha entrado. – Bisturis no alto! Vamos começar cortar esses bebês!
torceu o nariz. Cortar sapos não era a sua atividade favorita. Queria salvá-los da morte, não aproveitar que eles morreram para ficar identificando o fígado, o coração, o estômago...
Uma menina colocou a cabeça para dentro da sala.
– Com licença, professor. A senhorita Weatherly gostaria de falar com a aluna .
Weatherly era sua supervisora. Aquilo só poderia significar má noticia.
– Senhorita , pode sair. pegou sua mochila e saiu pelo corredor até a sala da sua supervisora. Bateu duas vezes.
– Entre. - Ela entrou na sala e deu de cara com sua supervisora examinando sua ficha. – Senhorita , eu estava aqui olhando suas notas. Como você sabe, para tentar um estágio na clínica veterinária Mary Puppies, você tem de ter ótimas notas. A senhorita acha que suas notas foram suficientes para ganhar esse estágio?
– Eu espero que sim.
– Pois, parabéns! A senhorita conseguiu. Eles pediram para que você fosse lá hoje só para conhecer o funcionamento, portanto, está liberada das aulas hoje. Pode ir.
fechou a porta atrás de si e começou uma dancinha comemorativa.
– É melhor eu ir logo lá. – Ela saiu correndo rumo às portas.
– Entendeu tudo? – Uma das veterinárias explicava as coisas para .
– Claro que sim! – Ela concordou feliz.
– Venha conhecer o nosso hotel para animais. – A mulher a levou até um andar com gaiolas acolchoadas e coloridas. – Os donos têm de viajar e deixam aqui.
começou a andar pelas gaiolas. Olhou a de um lagarto.
– Cara, você parece o Zukie!
– É porque esse é o Zukie! – Disse a veterinária. – Ele estava aqui para uns testes e acabou ficando enquanto o dono teve que ir para a turnê.
sentiu-se zonza.
– Dougie vai vir aqui?
– Sim. Você deseja conhecê-lo? Ele é um amor de pessoa.
– Eu quero distância de gente como ele, isso, sim. Muito obrigada pelas explicações, mas tenho que ir embora. – saiu correndo da clínica.
Ela não queria pensar nele. Não pensava nele há tanto tempo!Gostaria que Dougie se mantivesse como uma lembrança seguramente guardada em uma caixa embaixo da sua cama.
Capítulo 4
“Quem vai te abraçar?
Me fala quem vai te socorrer
Quando chover e acabar a luz
Pra quem você vai correr?
E quem vai me levar
Entre as estrelas, quem vai fazer
Toda manhã me cobrir de luz?” (Quem além de você – Leoni)
O último sinal tocou, e a manada de alunos da Winston Churchil High saiu como loucos pelos corredores. esperou Emily no portão, logo, a amiga chegou.
– Recebeu a prova? – Perguntou Emily.
– Yeah. Tirei B, aquela velha nojenta me odeia. Ainda por cima, derrubou café na minha prova! – Ela disse, pegando a prova e amassando. – Aonde vamos?
– Você vai ver. - As duas pegaram o metrô e andaram um pouco. Emily examinou o papel que tinha na mão. – É aqui!
– O que é aqui? – Perguntou .
– Essa é a casa dos McFly! Bom, o apartamento deles, pelo menos.
estremeceu.
– Vamos embora, agora. – Ela tentou puxar a amiga, mas foi inútil.
– Vamos só olhar um pouco. Me disseram que aquela janela ali é a do apartamento do Danny.
olhou para aquela janela. Ficou olhando por um bom tempo, desejando ver um pedacinho dele. Aquele velho sentimento enterrado parecia voltar forte. De repente, percebeu que tinha alguém olhando também, não dava para ver quem era. Estava tudo escuro. Forçou os olhos com mais força e viu.
– Danny? – Ela olhou para o alto de novo e viu que ele a olhava com interesse. – Vamos embora agora mesmo.
Ela saiu correndo pela rua, puxando Emily consigo.
Será que ele tinha a visto? Mesmo que tivesse visto, não teria a reconhecido. Certo?
Danny tinha chegado de viagem para a preparação do show que fariam em Londres. Ele continuava seu ritual de ir à janela. Largou as malas no chão e foi até a enorme janela. Havia duas meninas olhando para cima. Ele parecia conhecer uma delas, só não se lembrava de onde. Forçou a visão e seu coração deu uma cambalhota.
– ? Não... Não pode ser. – Ele tremia, animado. Ela parecia nervosa olhando para cima. De repente, ela saiu correndo. – Não vai embora! Por favor! – Ele começou a gritar através do vidro. Saiu correndo do seu apartamento. Quando chegou à rua, as meninas tinham sumido, só tinha um pedaço de papel no chão. Ele pegou e o abriu, era uma prova.
“Winston Churchill High School. Nome do aluno:...”
O nome do aluno estava manchado pelo que parecia ser café.
– Que droga! – Ele reclamou, entrando no prédio de novo.
encontrou com em um café.
– E o estágio? – perguntou preocupada.
– Eu... – fez uma longa pausa de suspense. – CONSEGUI!
– AH... QUE LINDO! – As duas pararam de gritar ao perceberem os olhares reprovadores dos outros freqüentadores do café.
– Como a gente vai comemorar isso? – Perguntou .
– Bom, eu posso ver se o Charlie consegue alguns ingressos Vips para a gente, naquela boate linda que você ama! – Disse .
– Sério?
– Claro que sim! Faço isso com prazer. Vou só ligar para ele. – Ela pegou o celular e discou o numero dele. – Charlie? – ! Você ainda está chateada comigo?
– Claro que sim! Mas não quero falar sobre isso agora. – Ok... Depois a gente conversa isso. O que você quer?
– Queria saber se você consegue ingressos para aquela boate. – Claro que consigo! Isso é fácil. Levo na sua casa depois. Manda parabéns para a . Tchau, rabugenta.
– Tchau, playboy.
– O que ele disse? – perguntou.
– Que ele consegue, e mandou parabéns.
– Ele é um fofo!
– É, sim...
– ?
– Oi...
– Você já se perguntou como seria se a gente encontrasse com o Dougie e com o Harry de novo? “Todos os dias da minha vida”.
– Já, sim, mas acho que não seria um encontro muito agradável.
– É mesmo.
As duas mantiveram-se tomando café.
chegou em casa, seguida por Emily.
– O que deu em você, sua retardada? – Perguntou à amiga, sem entender nada.
– Nada, só que não gosto dos McFly, já te disse isso! Queria chegar logo em casa.
– Agora que estamos na sua casa, o que vamos fazer, espertinha?
– Eu tenho que dar uma geral no meu quarto, que está em uma bagunça... – Disse , subindo.
– Vou com você, não quero ir para casa.
As duas subiram as escadas e começaram a arrumação.
– Vou pegar pano e balde lá embaixo.
Emily foi limpar debaixo da cama e achou uma caixa de papelão. Começou a remexê-la. Achou uma boxer, um álbum, um macaquinho e uma caixa de CD.
– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?! – tinha chegado, carregando as coisas.
– Eu estava limpando em baixo da cama e achei isso.
– Mas isso não te dá o direito de mexer. – Ela se sentou na cama, chorando.
– Desculpa, . Não sabia que você ficaria assim.
– Não é por causa disso. É porque eu sinto a falta dele, sabe? Tentei esquecê-lo, mas não consegui! Fico me perguntando se ele me esqueceu também, sabe?
– Oh, coitadinha! Essas coisas são do seu ex... Não fica assim, querida. Chora tudo. – Emily a abraçou e ela chorou.
Quem disse que quatro meses fariam aquilo tudo se apagar? Um velho poeta uma vez disse que amor de verdade, nem se o ser humano tivesse a eternidade toda, seria capaz de esquecer. Até os corações mais feridos ainda amam. Amam na mesma ou até em maior intensidade que um coração sadio e correspondido. E era aquilo que aqueles oito estavam sofrendo.
No prédio dos McFly...
– Estou te dizendo, Tom! Eu vi a , tenho certeza que era ela! – Insistia Danny, pela vigésima vez.
– Danny, sempre soube que você era meio lento, mas dessa vez você se superou. Elas estão do outro lado do oceano! – Disse Tom, cansado de argumentar.
– Só que elas nos disseram que iam se mudar. E se elas mudaram para cá?
– teria me dito, assim a gente poderia ficar juntos... – Disse Dougie. – O que você acha, Harry?
– Eu não acho nada.
– Como não acha nada? – Danny estava indignado. – Se a está aqui, a também está!
– Eu não estou nem aí, não quero mais vê-la.
– Hã? Como isso aconteceu? – Tom tomou um susto.
– Simplesmente não gosto mais dela. – Harry se levantou e saiu.
– Esse daí não me engana... – Disse Dougie
– É... Ele não gosta dela, ele a ama.
– Está decidido! Vamos nesta tal Winston Churchill High School procurar a !
– “Vamos”? – Perguntou Tom.
– Achando a , a gente acha a e a .
– A ? Estou dentro. – Dougie pulou do sofá, animado.
– Só espero que dê tudo certo. – Disse Tom.
– Nós também... – Falaram os outros dois juntos.
De volta a casa das meninas...
– , ESTAMOS EM CASA. – Gritou .
– Oi, gente. – Emily desceu as escadas. não queria que a vissem chorando.
– Cadê a , Em? – perguntou .
– Está tomando banho... – Ela respondeu sorrindo.
– Bom, a gente também vai tomar banho que vamos sair hoje. Se quando o Charlie chegar, estivermos tomando banho, abre para ele, por favor? – Falou , colocando seu casaco no cabide.
– Charlie vem aqui? – Os olhos de Emily brilharam.
– Nada de pensamento pervertidos, menina! Ele tem quarenta e você, dezesseis! – Repreendeu . – Além do mais, só eu posso ter pensamentos e sonhos pervertidos com o chefe playboy da .
– Ei! – Interveio , dando um tapa no braço da amiga. – Olha lá o que você fala para a menina!
– Ah, fala sério, né, ! Ele é a cara do Hugh Grant e você nem aí para ele! É um desperdício! – Disse Emily.
– Depois dessa, vou tomar banho. Até mais, suas pervertidas. – subiu as escadas rumo ao seu quarto.
Charlie chegou alguns minutos depois, e saíram para a boate. O lugar estava repleto de figurões do mundo do entretenimento. De repente, Charlie ficou calado e meio taciturno.
– O que aconteceu? – tinha chegado à mesa, enquanto dançava na pista até se acabar.
– Lembra da Natasha, a modelo que saí na semana passada?
– Lembro, claro que lembro.
– Ela está ali com o editor do “Sunday Times”. – Ele apontou amargurado.
– Ai, meus céus, você está com ciúme!
– O que o Charlie tem? – Perguntou .
– Ele está apaixonado! – Respondeu .
– Caramba! Que milagre é esse? Vai lá falar com ela! – o empurrou.
– O que vou dizer? – Ele soava cheio de medo.
– Meu Deus, qual foi a macumba que essa mulher fez? O Charlie que eu conheço nunca falaria isso! – fez cara de apavorada. – Chame-a para sair.
Ele foi até lá e eles ficaram conversando um bom tempo.
– Acredito que essa é a nossa deixa para irmos embora! – Disse .
– Apoiado.
estava lendo um livro sobre redução estomacal na sala de intervalo.
– Você nunca pára de estudar? – Ela levantou a cabeça e deu de cara com Cliff.
– Não, e você deveria começar a estudar, quem sabe não fica inteligente. Não custa tentar.
– Ai, você é muito durona. Se você me conhecesse, perceberia que sou um cara muito legal.
– A questão é que eu não quero conhecer. – se levantou e foi até o quarto de Elizabeth.
– Ei, menina, como você está?
– Eu estou bem e você? – A menina perguntou, com cara de preocupada.
– Estou muito bem.
– Está nada. Olhando nos seus olhos, dá para ver que você está triste.
– Eu estou feliz! Eu tenho uma carreira indo cada vez melhor, amigas maravilhosas, saúde... – enumerava os seus “motivos” para ser feliz. .
– E namorado? Sabe, se você vai cuidar de mim, eu devo confiar em você, e desse jeito não dá. Toda vez que te olho, me parece que você está a esconder algo.
De repente, se viu contando tudo para aquela menininha. Toda a sua aventura até aquele momento.
Capítulo 5
“Mas vai ser impossível não lembrar
Vou estar em tudo que você ver
Nos seus discos, nos seus livros...
E onde você menos esperar, eu vou estar” (Eu vou estar – Capital Inicial)
O relógio mostrava cinco horas da manhã. Cinco da manhã? Que pessoa sem cérebro liga às cinco horas para a outra? Olhou no visor do celular. “Charlie”.
– Sacana! – Resmungou . – O que você quer? – Oh, você já está acordada? Imaginei que estivesse dormindo.
– Cala a boca, você me acordou. Fala logo o que você quer.
– Não consegui dormir, Natasha não sai da minha a cabeça.
– Sério, é? Que lindo, agora me deixa em paz, porque tenho que estar aí em três horas. – Ok... Te vejo daqui a três horas.
Depois que desligou o telefone, acabou percebendo que o sono tinha a abandonado. “Agora, o que faço?”
Ela seguiu até o quarto perto da escada e entrou. estava acordada, olhando para o teto.
– O que você faz acordada? – Perguntou .
– Não consegui dormir, e você?
– O otário do Charlie me acordou.
Ouviram o ranger da porta mais uma vez. Viram na porta.
– Ouvi barulhos e vim ver como você estava. Tudo bem, gente?
– Com a gente, está tudo tranqüilo. E com você, doutora? – olhou para a roupa verde da amiga.
– Hoje foi ótimo, quero dizer, ontem. O meu supervisor me liberou mais cedo.
Elas ficaram conversando por um bom tempo e viram o sol nascer.
– Se arruma aí que vou te levar à escola. – Disse .
– Vou junto! – anunciou.
– Eu também! – entrou no quarto naquele momento. – Vocês são muito barulhentas!
As quatro caíram na gargalhada.
Tomaram seus banhos e se prepararam para sair.
– É muito bom a estar aqui mesmo. Ninguém merece acordar às sete horas da manhã! – Reclamou Dougie, no apartamento de Danny.
– Como estou? – Danny saiu com a milésima opção de roupa, ignorando o comentário do amigo.
– Prefiro a outra... – Disse Tom. – Será que isso é mesmo verdade?
– Elas estão aqui, tenho certeza. – Danny saiu do quarto já pronto. – Vamos?
Os quatro saíram do prédio, um tanto aflitos.
E se não fossem elas? Pior, e se fossem elas?
Chegaram à escola apinhada de alunos. Ninguém prestava muita atenção nos rapazes de óculos escuros e calças caindo, afinal, aquilo era comum lá.
– Fiquemos aqui no estacionamento, daqui dá para ver todos os alunos que chegam. – Sugeriu Tom.
Seus olhos se focaram na entrada da escola. Quinze minutos e nada.
– Não tem ninguém! Vamos embora! – Harry se virou rumo ao carro, batendo em alguém.
– Ei, cuidado! – A menina parecia enfurecida. Os olhos dos dois se encontraram. – Harry...
– ...
– Ô, , você está bem? – vinha atrás, mas parou quando viu quem a amiga olhava. – Harry, o que você está fazendo aqui?
– ! – Dougie veio correndo, tentou abraçá-la, mas ela se esquivou.
– O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou , olhando irritada.
– ! – Sem tempo de se esquivar, a garota foi agarrada por Danny, que a beijou com carinho.
– Me larga, Danny! – o empurrou e saiu correndo até a entrada da escola, sumindo na multidão de alunos.
– O que deu nela? – Perguntou Tom.
– Vocês são muito falsos mesmo! Babacas. – saiu andando, deixando-os sem entender nada.
– Como podem aparecer depois de tudo que fizeram? – saiu correndo ao encontro de .
– Você não vai correr também, não? – Tom perguntou à , com cara de decepcionado.
Aquele não era o jeito que esperava encontrá-las, mas parecia colada no chão. Seus olhos estavam grudados em Harry, que a olhava de forma feroz. Ela sentiu seu celular vibrar.
– Oi, . – Eu e a estamos indo embora. Onde você está?
– Eu... Ã... Estou procurando a aqui no colégio para ver como ela está. – Tudo bem. Depois a gente se vê então. Beijos.
– Beijo. - Ela desligou o telefone e olhou para Danny. – Por que vocês estão aqui?
– Será que a gente pode conversar, ? Quero dizer, a gente não está entendendo nada.
– Tenho que ir, caras. Vou me arrumar que tenho um encontro. – Harry avisou.
– Mas você não tinha dito nada para a gente! – Reclamou Dougie.
– Lembrei agora que estou atrasado. Vou indo, não se preocupem que eu pego um táxi. Tchau. – Ele saiu andando, sem dar importância para o olhar decepcionado de .
– Hum... Vamos ao café aqui perto para conversar. – Eles foram até o tal café.
– Por que vocês trataram a gente daquele jeito? – Perguntou Tom.
– Vocês ainda perguntam? Poxa, Tom, uma semana depois de regressar, você tem um encontro romântico com a Giovanna e vocês, – Ela apontou para Danny e Dougie. – foram para uma festa e ficaram de amasso com umas nojentinhas sem sal!
– A gente tem uma explicação para isso.
Dougie explicou tudo para , que começava a se sentir extremamente estúpida. Por que não tinham procurado uma explicação, ao invés de culpá-los?
– E foi isso que aconteceu! – Finalizou Danny. – A gente nunca esqueceu vocês e, quando vi a , tivemos que procurá-las. Por que não nos contaram que viriam morar aqui?
– Porque a gente não queria forçar vocês a ficarem com a gente só porque iríamos morar na mesma cidade que vocês. – Respondeu .
– Agora elas nos odeiam! – Observou Tom, completamente deprimido.
– Não odeiam, esse é o problema. Elas estão assim porque não conseguiram esquecer vocês e acham que vocês fizeram, de fato, tudo aquilo que os jornais disseram.
– E você ainda gosta do Harry? – Perguntou Dougie, interessado.
– Gosto, mas nós somos outra história. – Ela olhou o relógio e viu que já eram oito horas. – Ai, estou atrasada. Aqui está o nosso endereço, os nossos celulares. Não desistam delas não, ok? Elas valem muito a pena.
– Pode deixar, cunhadinha. – Danny deu um beijo na menina, sorrindo.
Ela se afastou rapidamente.
– Tive uma idéia! – Disse Danny.
– Ai, agora eu estou com medo. – Dougie abraçou Tom. – Danny teve uma idéia, isso é sinal que o mundo vai acabar.
– Calem a boca, suas bestas, e escutem a minha idéia.
As meninas chegaram em casa, tremendo.
– O que eles estavam fazendo lá? – estava olhando para a parede, assustada.
– Não sei e não quero saber. – subiu as escadas. – Vou dormir.
– Ok... Eu tenho que ir para a faculdade. Ocupar a mente.
Harry chegou em casa assustado. Apoiou-se na porta, tentando recuperar a respiração. Ela estava em Londres? Como assim?
Entrou no quarto revoltado com a situação, pegou a primeira coisa que achou e jogou na parede. Percebeu que “a coisa” era Penny Lane.
– Penny, me desculpa! – Ele abraçou a pingüim e a colocou em sua cama mais uma vez.
Ficou sentado, olhando para Penny e lembrando-se de quem a havia dado. Aquilo tudo doía demais.
chegou no estúdio/casa de Charlie.
- Bom dia, moça! – Ele deu um beijo na testa da amiga. – O que aconteceu? - Ela contou todo o ocorrido daquela manhã. – Não acredito nisso! – Charlie exclamou. – Todo esse sofrimento por nada! O bom é que agora vocês vão poder ficar juntos.
– Pior que não, as meninas não querem nem falar com eles e o Harry me odeia. – Agora não tão controlada, ela chorava copiosamente.
– Fica calma, tudo vai se acertar. Já deu para perceber que Deus gosta muito de vocês quatro. – Ele a abraçou – Vem, vamos tirar fotos de modelos anoréxicas e fazer piadinhas maldosas, sei o quanto você ama isso. – Ele a levou até a área da sessão de fotos.
No momento em que colocou o pé na faculdade, viu que não era lá que deveria estar.
Ela saiu andando sem rumo pela cidade. Passou por um pôster do show do McFly.
– Ai, Dougie, queria entender a razão de você fazer tudo aquilo! Sabe o que é pior? – Ela falava com o pôster, assustando as pessoas que passavam pela rua. – Eu te amo, seu desgraçado!
tentou dormir, mas não conseguiu fechar os olhos. Cada vez que fechava, a imagem de Tom aparecia na sua cabeça.
– Saí da minha cabeça, Tom, por favor. Eu não agüento mais sofrer por você. – Ela deu um soco no travesseiro e, mais uma vez, tentou dormir.
estava na aula de Biologia ou, pelo menos, seu corpo estava. Sua mente estava além dos portões, ainda sendo beijada por Danny Jones. Ela não notara o quanto sentia falta daquele beijo, até agora. Ele estava mais lindo ou era impressão?
Seus pensamentos foram interrompidos por uma transmissão da diretora. “Alunos do terceiro ano da Winston Churchill High School, por favor, para o ginásio. Todas as aulas estão suspensas por hoje.”
Sem questionar, todos os alunos pegaram seu material e correram rumo ao ginásio. Um pequeno palco tinha sido montado.
– Bom dia, meus queridos. – A diretora parecia radiante. – Temos uma surpresa muito especial. Os meninos do McFly estão aqui para fazer uma apresentação muito especial.
O coração de deu um giro de trezentos e sessenta graus.
– Sem mais delongas. Aqui estão: Tom Fletcher, Dougie Poynter e Danny Jones!
Os meninos entraram, sentando-se em banquinhos e pegaram os violões. As meninas e alguns meninos foram a loucura.
– Bom dia, galera! – Dougie sorria para todos ali.
Todos responderam: BOM DIA!
– Bom saber que vocês estão animados hoje! – Danny olhou diretamente para . – Sabe, andamos pensando... Nossos fãs fazem tanto por nós, estava na hora da gente fazer um pouquinho por vocês também, né?
Todos gritaram, confirmando.
– Vamos deixar alguns de vocês fazerem perguntas para gente e depois vamos tocar um pouco. O que acham? – Tom tinha levantado e passeava com o microfone na mão. – Quem quer fazer perguntas?
Centenas de meninas histéricas levantaram a mão.
– Você aí. – Danny apontou para . – Você tem alguma pergunta?
Tom levou o microfone até ela.
– Na verdade, tenho uma, sim. – Ela respirou fundo, tentando não chorar. – Você já se apaixonou?
– Já. Por uma menina muito linda e maravilhosa. – Ele respondeu sorrindo.
– E por que não deu certo? – Emily, que estava do lado da amiga, pegou o microfone da mão dela.
– Porque tive de ir embora e depois rolou um boato horrível que ela acreditou e nem me deu a chance de explicar. – sentiu os olhos se encherem de água.
– Que menina idiota! – Xingou Emily. – E você ainda gosta dela?
– Hum... Não. – sentiu as lágrimas saírem. Ele não gostava mais dela. – Eu a amo demais e isso é o que mais dói.
Tom que estava perto, abaixou e sussurrou no ouvido da menina.
– Ele é um idiota, mas te ama. – Ela sorriu, e ele mostrou a covinha (Santa covinha!).
Várias outras perguntas foram feitas, até que chegou a hora do “show” deles.
– Que música acha que devemos tocar, Danny?
– Hum... Que tal aquela música?
– Ótimo! Aquela música é perfeita! – Dougie apoiou.
– Essa música vai para a “pequena”. – Tom anunciou, rindo.
“Tell me that you want me, baby / Diga-me que me quer, baby Tell me that is true / Diga-me que é verdade Tell me that you need me so much more than I need you / Diga-me que precisa de mim muito mais que preciso de você Tell me that you're happy, honey / Diga-me que você é feliz , querida Tell me that you're fine / Diga-me que está bem Say when you're without me / Fale que quando está sem mim You can't get me off your mind / Não consegue me tirar da sua cabeça
I wanna hold you / Eu quero te abraçar Girl, won't you take me back / Garota, por que você não me aceita de volta I wanna hold you bad / Eu quero muito te abraçar Just tell me that you understand / Apenas que me diga que você entende I wanna hold you bad / Eu quero muito te abraçar Tell me why you left me, baby / Diga-me porque você me abandonou, baby Tell me what to do / Diga-me o que fazer Tell me what you hated and I'll change the world for you / Diga-me o que você odeia e eu mudarei o mundo por você Won't you say you miss me, honey / Por que não diz que sente minha falta, querida To heal my broken heart / Para curar meu coração partido I know you'd like to kiss me and it's tearing me apart / Eu sei que você gostaria de me beijar e isso está acabando comigo
I wanna hold you / Eu quero te abraçar Girl won't you take me back / Garota, por que você não me aceita de volta I wanna hold you bad / Eu quero muito te segurar Just tell me that you understand / Apenas me diga que entende I wanna hold you bad / Eu quero muito te abraçar Now I know / Agora eu sei This feeling's getting stronger / Esse sentimento está ficando mais forte And it's growing everyday / E está crescendo todo o dia And I can't resist much longer / E eu não conseguirei resistir por muito tempo I am so sorry 'cus I was wrong girl / E eu sinto tanto porque eu estava errado garota And since you left / E desde que você se foi My days go on and on / Meus dias vão indo e indo They go on / Eles vão They go on / Eles vão And on and on / E vão e vão
I wanna hold you / Eu quero te abraçar Girl won't you take me back / Garota por que você não me aceita de volta I wanna hold you bad / Eu quero muito te abraçar Just tell me that you understand / Apenas me diga que entende I wanna hold you bad bad bad / Eu quero muito te abraçar muito muito And I hope you understand / E espero que você entenda I wanna hold you bad / Eu quero muito te abraçar”
(I Wanna Hold You – Versão 2 – McFly)
Tocaram mais All About You, Sorry’s Not Good Enough, Bubble Wrap, Broccoli e She Left Me, até que o sinal tocou.
– Muito obrigado, galera do Winston Churchill. Foi um prazer!
Os três saíram pela porta do ginásio. Várias meninas saíram correndo, e os perdeu de vista.
– Que ótimo! Agora eu o perdi de vez.
Ela entrou no banheiro das meninas, socando a porta e chorando como um bebê.
– Perdeu quem, pequena? – Ela se virou e deu de cara com Danny, sorrindo.
– Você? O que você está fazendo aqui? Eu achei que tinha sido atacado por aquela horda de fãs maníacas.
– Hum... É que eu prefiro ser atacado pela minha fã maníaca número um.
Danny foi chegando mais perto. O coração dos dois batia acelerado.
– O que você disse lá era verdade? Você me ama?
– Amo muito, e ter passado esses quatro meses longe foi a pior coisa do mundo. – Ele também sentia que ia chorar. Tinha sentido tanta a falta daquela menina. – Sabe, aquilo no jornal...
– Deixa para lá, isso não importa. – Ela o puxou pelo pescoço e o beijou. – Eu também te amo.
Eles se beijaram apaixonadamente como se quatro meses fossem quatro anos. Como sentiam falta daquilo... Danny prendeu entre a parede e seu corpo. Era um beijo doce e forte. Danny pedia permissão com a ponta da língua para a garota, que deixou que ele desse mais intensidade ao beijo. Ela o envolvia com os braços em volta do pescoço, e ele segurava a cabeça dela com uma das mãos, enquanto a outra passeava pelo corpo da garota. Danny começou a passar a mão por debaixo da blusa dela e foi levantando lentamente, quando escutaram alguém bater na porta do banheiro. Partiram o beijo e se olharam sorrindo.
– Hey, está trancada. Estranho... Ah, deixa, vou ao outro. – Disse alguma garota do lado de fora.
riu da cara engraçada que Danny fez.
– Acho melhor a gente ir, algum inspetor pode aparecer. – falou, puxando o garoto pela mão.
Danny a puxou de volta e lhe deu um beijo longo e suave.
– Eu te amo mais do que se é capaz de amar alguém na face da Terra, porque você é minha pequena! – Ele disse. não sabia o que dizer, seus olhos estavam cheios de água. – Nunca te traí e nunca pretendo fazer isso, porque tudo o que eu preciso está aqui, agora, na minha frente.
– Te amo tanto, senti tanto medo de te perder.
– Isso nunca vai acontecer.
Eles entrelaçaram as mãos e saíram de dentro do banheiro. A escola já estava vazia.
Danny deixou a garota em casa e seguiu sorridente para a sua. Tinham combinado de se encontrar mais tarde.
Capítulo 6
“É inegável que nós deveríamos estar juntos
É inacreditável que eu já disse que nunca me apaixonaria
A base do que você precisa saber se você não sabe o que sinto
Deixe–me mostrar que sou de verdade” (Back at one – Brian McNight)
Danny chegou em casa irradiando felicidade.
– Ei, Danny. O que houve com você? – Perguntou Harry, que chegava agora do supermercado.
– Dude, eu estou apaixonado, só isso. Tenho a garota mais maravilhosa do mundo comigo, está tudo perfeito. – Ele abraçou o amigo. – Ela disse que me ama, isso não é maravilhoso?
– Depende do ponto de vista. Não acredite em tudo que essas meninas falam... – Disse o outro, amargurado.
– Cala a boca. Você sabe que isso não é verdade. Falando nisso... – Danny tirou um papel do bolso. – Aqui está o endereço e o telefone delas. Tenho certeza que ela ficaria muito feliz se você ligasse ou aparecesse lá. Agora, com licença que tenho que me arrumar para sair com a minha namorada.
– O que você vai fazer agora? – Perguntou Dougie.
– Tenho que providenciar umas coisas para o meu plano de reconquistar a . – Ele respondeu, sorrindo. – E você?
– Estou sem idéia do que fazer para reconquistar a , acho que vou buscar o Zukie logo.
estava sentada no chão muito bem polido do hotel de animais.
– Sabe, Zukie, seu dono é um canalha, mas você é bem legal. - Zukie botou a língua para fora. - Me promete que você não vai dizer para uma lagartazinha que gosta dela e depois ficar com uma lagarta piranha com enormes peitos?
– Acho que o feminino de lagarto não existe, sabe. Tem que dizer lagarto fêmea e lagartos fêmea não tem peitos. – Ela se virou assustada e viu Dougie em pé.
– Eu tenho que ir. – se levantou, mas ele a segurou pelo braço.
– Por favor, não vai embora.
– Eu não caio mais nos seus truques. Você é um idiota, sabia?
– Yeap.
– Me larga!
– Nop.
– Me solta.
– Já disse que não vou soltar.
– Quer saber, azar o seu. – Ela deu um chute no meio das pernas e saiu correndo.
– Dude, isso dói. – Ele se contorceu no chão. – Sabe, Zukie, o amor dói.
Zukie colocou a língua para fora, como se concordasse.
não sabia o que fazer com todo aquele tempo nas mãos. Resolveu arrumar a coleção de CDs por ordem alfabética, tirou o pó de todos os livros, limpou debaixo do tapete, mas o tempo parecia brincar com ela. Quanto mais fazia, mais devagar passava.
– PESSOAS DESTA CASA! ONDE ESTÃO VOCÊS? – Ela gritou, até alguém aparecer. – ! Finalmente alguém nessa casa! Já estava ficando entediada. – Ela abraçou a amiga. – Como você está? Depois de hoje, sabe?
– Hum... Tenho muitas coisas para te contar. – Elas se sentaram à mesa da cozinha.
– No banheiro? Como assim? – estava assustada. – Cara, minha amiga é uma pervertida e eu não sabia.
– Não é bem assim! Ele é o Danny, né? Não tem como resistir. A carne é fraca.
– Aham... Sei... Sei. E agora, como vocês estão?
– Ele quer me levar para sair. Disse que o banheiro não pode ser classificado como um primeiro encontro.
– Que lindo! – Ela disse, sentindo uma pontinha de inveja da amiga. – Que horas ele vem te buscar?
– Às cinco horas, mas, conhecendo o Danny, ele vai se atrasar.
– E você ainda dúvida? Eu tenho certeza!
Às cinco horas...
– Cheguei, gente! – se jogou no sofá. – Estou morta de cansaço. Quais são os planos de hoje? Afinal, é sexta-feira!
– Eu tenho planos. – desceu as escadas. – Vou sair com o Danny.
– Volta até à meia noite. – Disse .
– Ah, , libera a menina! Depois do esforço dos dois, eles merecem. – tentou ajudar. Queria que a amiga fosse feliz.
– Ok... Meia noite e meia. – deu um pedala na irmã. – Está bem... Uma hora da manhã no máximo, e nada de ele vir dormir aqui, fui clara?
– Tudo bem.
– Gente, aluguei o Diário de Bridget Jones 1 e 2 para a gente ver. – pegou os DVDs.
– Eu faço pipoca. – foi até a cozinha.
Às seis horas...
– Será que ele não vem mais? – estava em pânico.
– Fica calma! Ele vem. – tentou acalmá-la.
– Se ele não vier, eu o esfolo. Pode ter certeza! – disse.
– Você não precisa de homem para ser feliz... – Assegurou .
– e , calem a boca. – A campainha tocou. – É ele, ! Vai lá abrir.
abriu a porta e deu de cara com Danny com uma camisa social vermelha e um blaser preto, segurando um buquê de rosas.
– Você está linda, ! – Ele elogiou, tentando não agarrá-la ali mesmo. Ficou lembrando-se do que Tom tinha dito: Elogie, seja gentil, preste atenção no que ela fala, seja cavalheiro e não olhe para outras garotas!
– Obrigada! Você também. Ã... – Silêncio incômodo. – Vamos?
– Vamos! – Ele concordou. – Tchau, meninas.
– Tchau, Danny! – Elas disseram em coro.
Os dois saíram de mãos dadas.
– Sobramos, galera... – Falou , pegando um punhado de pipoca.
– É... Percebi. – se cobriu com o edredom em cima do sofá.
– Liga esse filme logo! – Reclamou , cobrindo-se também.
Capítulo 7
“Avião sem asa, fogueira sem brasa, sou eu assim sem você
Futebol sem bola, Piu Piu sem Frajola, sou eu assim sem você” (Fico assim sem você – Claudinho e Bochecha /Adriana Calcanhoto)
“Quatro da manhã? Estão me ligando às quatro da manhã? Nem imagino quem seja...”
– Você não dorme não, seu vampiro?
– Bom dia para você também, flor do dia.
– Ainda não é dia, é madrugada.
– Então: Bom dia, flor da madrugada!
– O que você quer me dizer não pode esperar até segunda?
– Quero que você vá às compras comigo. Vou ter um encontro com a Natasha e não tenho nada para vestir.
– Você tem vinte e seis ternos Armani, umas cinqüenta calças Ralph Loren, trinta camisetas Lacoste e vem me dizer que não tem roupa? – Ela se sentou na cama e esfregou os olhos.
– Mas eu quero uma nova! – Choramingou Charlie do outro lado da linha. – Sei que amanhã é sábado, mas se você for, eu te dou uma cota de trezentas libras para gastar em compras também. Considere bônus de verão.
– Ok... Venha me buscar às oito horas e sem atraso.
– Muito obrigado, vou estar aí. Tchau.
Ela desligou o telefone e percebeu que estava, de novo, sem sono. “É muito bom esse namoro dar muito certo, se não, eu mato esse infeliz”
Desceu as escadas da casa e foi até a cozinha, pegou uma xícara de chocolate quente, ligou a televisão e ficou assistindo a um filme. Às seis da manhã, a campainha tocou.
– Tem gente que não dorme, né? – Ela abriu a porta e deu de cara com um entregador. – Entrega para a senhorita .
– Eu vou chamá-la. Agüenta aí. – Ela fechou a porta e subiu as escadas correndo. – ! – Pulou em cima da amiga.
– Desgraçada! Sai de cima de mim! Que horas são?
– Seis da manhã. Vem cá que tem uma entrega para você!
– Mas eu não encomendei nada.
Ela se levantou, colocou o roupão e foi até lá. Abriu a porta e o homem ainda estava do lado de fora.
– A senhorita é ? – Ele perguntou.
– Sim, sou eu.
– Assine aqui – Ele pediu. Ela assinou. O homem desceu os degraus, foi até um pequeno caminhão e tirou vários buquês de flores. – Onde as coloco?
– Coloca aqui na sala. – Indicou . O homem foi e voltou várias vezes.
Depois de uns quinze minutos e uma sala repleta de flores...
– Aqui está o cartão. Tenham um bom dia. – fechou a porta, assustada.
– O que diz o cartão? – Gritou , que estava presa na cozinha, já que não havia passagem, graças aos buquês.
– Calma aí. – Ela abriu o cartão para ler. – “Sei que você não quer minhas explicações, nem minhas desculpas, muito menos todo o amor que tenho a te oferecer. Não vou pedir que você deixe seu orgulho de lado e me perdoe. Peço para que se lembre da carta e do cara que conheceu no verão passado, porque esse cara sou eu. O cara que não teve a coragem de dizer a coisa que mais desejava, dizer que te ama, com todas as forças. São cento e cinqüenta e uma flores – você pode contar, se quiser –, o equivalente aos dias que passamos longe e os dias que senti sua falta. Vou estar te esperando quando sentir que está pronta para me ver. Lembre-se que te amo demais. Beijos do seu, Tom.
– Que lindo! Perdoe-o, ! – gritava da cozinha.
Mas não estava mais lá. Só se ouviu o barulho da porta batendo.
foi até a esquina, quando se lembrou que estava só de camisola e roupão. Ainda por cima, nem sabia o endereço de Tom. Voltou para casa correndo.
– Alô... Tem alguém aí? Meninas, eu estou presa! Alguém me salva! – passou pela sala e ouviu gritar da cozinha. Ela subiu rindo da amiga.
Chegou ao quarto de e deu uma sacudida na amiga.
– Ã... Qual o terremoto? – deu um salto da cama.
– Qual é o endereço do Tom? – Perguntou , sorrindo.
– Ã? Quê?
– , acorda! Eu preciso do endereço do Tom! – pegou a amiga pelos ombros e começou a sacudir.
– Cruzes! Que estresse, meu Deus! O endereço do Danny está aí na minha mesinha, o Tom mora no mesmo prédio.
– Muito obrigada. – Ela abraçou a amiga.
– Ei, !
– Sim?
– Boa sorte, amiga!
– Obrigada! Vou precisar.
E saiu porta afora.
Ela pegou o metrô e chegou em um alto prédio de tijolos. Entrou e ia seguir para o elevador, quando foi barrada pelo porteiro.
– Deseja alguma coisa? – Perguntou o homenzinho parecendo um paquito. (N.A.: Sabe aquela roupinha vermelha com detalhes amarelos que as paquitas da Xuxa usavam? Então, essa é a roupa do cara)
– Eu vim ver Danny Jones, sou amiga da namorada dele. Pode falar que a está aqui, por favor?
O homem lhe lançou um olhar desconfiado. Ligou para o apartamento do rapaz, que confirmou que era sua amiga.
– Pode subir.
Ela entrou no elevador, que parou no quinto andar. Danny a esperava de roupão.
– A não veio com você? – Ele perguntou, decepcionado.
– Não, desculpa, mas se você quiser ir lá vê-la, tenho certeza que ela vai amar.
– Vou, sim, já estou com saudade da minha pequena. Então, em que posso ajudar?
– Eu queria... Ã... Saber... Onde o Tom mora?
– Aqui do lado. – Ele apontou para porta do lado direito. – Vou entrar para dar mais privacidade para vocês.
Ela respirou muitas vezes, até que bateu na porta.
– Já vai! – Anunciou uma voz feminina. Uma menina de camiseta azul marinho do Mickey atendeu a porta. – Sim?
– Deixa para lá. – ia dar meia volta, entristecida, quando ouviu a voz de Tom.
– Quem é? – Ele apareceu de boxer preta. – ? Você, aqui?
– Eu vou lá para a cozinha. – A garota foi para dentro do apartamento.
– Você recebeu as flores?
– Recebi e tinha vindo aqui dizer que queria dar uma chance para a gente. – Ele abriu um grande sorriso. – Mas depois constatei que você é mesmo o falso que pensei que era! Me diz todas aquelas coisas lindas e te encontro aqui com essa loira? Pelo menos, ela parece ser gente BOA.
– ...
– Vê se me esquece, Tom! – Ela saiu andando, sentindo-se a pessoa mais estúpida do mundo. Tom até tentou correr atrás dela, mas a porta do elevador se fechou rápido de mais.
– Meu Deus, resolveram fazer um jardim dentro de casa? – desceu as escadas e tropeçou em um dos buquês.
– , é você? Me resgata, por favor! Fiquei presa na cozinha por causa das flores – choramingou.
– Calma, amiga. – Com muito esforço, montou um caminho e libertou de sua prisão. – O que aconteceu aqui?
– Tom mandou flores para .
– Ele não mandou flores. Ele mandou um jardim, né?
– Pois é. Saca só o cartão! – mostrou o cartão para , que leu.
– Queria que o Dougie fizesse algo assim para mim.
– É... Ai, meu Deus, que horas são? – lembrou agora disso.
– São sete e quarenta.
– Ai... Estou atrasada! – Ela subiu as escadas correndo.
– Para variar, né, amiga? – sentou-se na cadeira da cozinha, já que o sofá estava ocupado por flores.
Dougie levantou-se da cama, sentiu uma vontade louca de ver aquele vídeo de novo. Pegou o DVD e o colocou, vendo ele e brincando, correndo... Sentiu falta de tudo aquilo. “Eu tenho que pensar em algo para te trazer de volta para mim. Mas o quê?”
Pensou muito, mas nada veio na cabeça.
Os dois apareceram de novo.
– Ei, , você está feliz? – , que tinha a posse da câmera, perguntou.
– Hum... Claro que sim! Mas o momento que ganha de todos foi o bondinho.
Dougie apertou o pause.
– O bondinho! É isso!
Harry não conseguia dormir. O papel que Danny o dera ainda estava preso na sua mão.
“Não custa nada ir lá vê-la.”
Levantou-se e foi tomar banho.
desceu as escadas, tomou café e ficou esperando Charlie. Ouviu a campainha e foi abrir. Deu de cara com Danny.
– Bom dia, cunhadinha. – Ele deu um beijo na bochecha de e entrou.
– Bom dia, folgado. A está lá em cima, pode subir para vê-la.
– Obrigado! – Ele tentou passar pela sala, mas viu o monte de buquês. – Hum... Deixe-me adivinhar... Foi o Tom, certo?
– Ele já fez isso antes? – entrava agora na sala.
– Na verdade, não. Ele nunca fez isso, não, mas essa atitude é ridiculamente romântica, coisa que o Tom é mestre. Ele deve gostar muito mesmo de você. – Ele sorriu para , que não retribuiu o sorriso. – Ã... Eu vou tentar subir e ver a minha namorada.
– Não vou nem tentar entender o que está acontecendo aqui! – Disse . – Está muito cedo para isso. – Ouviu uma buzina. – Deve ser o Charlie. Tchau, gente.
Harry estacionou o carro de frente a casa das meninas. Percebeu que um carro também estava estacionando, onde havia um homem beirando os quarenta anos. O homem buzinou e ele pôde ver sair da casa correndo e entrar no carro.
– O que ela está fazendo? – A menina deu um beijo no homem, que bagunçou o seu cabelo, e ela deu um tapa em resposta. – É assim que ela sente a minha falta, é?
Ele arrancou com o carro, odiando-se por acreditar nela mais uma vez.
Capítulo 8
“Eu não consigo respirar sem você” (Without you – Busted)
Duas semanas se passaram. Os meninos andavam muito ocupados com entrevistas e outras coisas mais. Todo o tempo livre que Danny possuía era passado com a namorada. As meninas já tinham se acostumado com a presença de Danny na casa e curtiam tê-lo por perto.
estava tentando superar Dougie de qualquer jeito. Tinha até aceitado sair com Seth, um dos caras que trabalhou com ela na loja de discos.
– Já é a terceira vez que você vai sair com ele. Você gosta dele? – Perguntou , fazendo carinho na cabeça de Danny, que estava em seu colo.
– Se a sua pergunta é se estou apaixonada, a resposta é não, mas ele é agradável de estar-se perto.
– Isso vai dar droga! – Sentenciou a outra.
– Você e o Dougie fazem um casal lindo... – Elogiou Danny.
– Nem vem, Danny! Ele não gosta de mim, porque, se gostasse, teria feito algo para me reconquistar.
– Ele só não tentou nada porque ficou sabendo que você está saindo com outro. – Ele retrucou.
– Danny, vamos deixar a se arrumar com calma.
Os dois foram para a sala.
– O que vamos fazer hoje? – Perguntou .
– Hum... Eu tenho algumas idéias... – Ele começou a beijar o pescoço da namorada, colocando a mão por debaixo da sua camiseta azul.
– Legal! Vou ter companhia hoje. – chegou com uma tigela de pipoca, de balinhas de ursinho e chocolate quente. Ela sentou-se no meio dos dois.
– , amor da minha vida, minha cunhadinha querida, você não vai sair hoje, não?
– Não. O Charlie saiu com a Natasha, vai com o Seth, está no plantão... Só sobraram vocês.
– Ih... Sabe o que é... – tentava arranjar alguma desculpa. – Nós vamos sair também, né, pequeno?
– Aham. – Danny concordou. – Vamos, pequena.
– Tchau, gente. – se despediu deles e ligou o DVD. Tinha alugado “Jerry Maguire”. Tom Cruise como um empresário lindo e falido? Perfeito!
caminhou pelos corredores do hospital e viu Elizabeth na sala de espera.
– O que você está fazendo aqui, Ellie?
– Eu... Ã... – A menina não sabia o que falar.
– Boa noite, eu sou a mãe da Elizabeth. Você é ?
– Sim, sou, sim.
– Ellie fala muito de você. – A mulher sorria. – Fala tanto que queria vir te ver de novo. Acredita nisso?
– Isso é verdade, Ellie? – olhou sorrindo.
– Aham. – A menina a abraçou. – E como vão seus planos para conquistar Tom Fletcher?
– Estão suspensos por um tempo... – Ela respondeu sorrindo.
– Querida, por que você não vai comprar doces na lanchonete? – A menina saiu saltitando pelo saguão. – Sabe, aquele dia que você cuidou da Ellie significou muito. Somos só nós duas, e eu tenho dois trabalhos para nos sustentar, não pude passar a noite com ela, e você ter passado foi muita bondade.
– Ela é uma menina muito especial. – Seus olhos se encheram de água.
– E você também, minha querida.
– Será que a Ellie poderia me visitar mais vezes?
– Claro que sim!
Seth esperava do lado de fora. Danny e passaram por ele quando saíram da casa.
– Bonito carro, Seth. Ele é o quê? Um Fox? – Danny abraçou a namorada.
– É, sim.
– Hum... Ele é bem... Barato. Mas eu ainda prefiro um Alfa Romeo... – Disse Danny de forma maldosa, apontando para o seu carro conversível. deu um tapa no braço do namorado. – Ai, doeu!
– Por que você tem que ser malvado com ele? – Sussurrou a namorada.
– Porque ele não é o Dougie.
– Já estou pronta. – desceu a pequena escada. – Vamos, Seth?
– Vamos, minha pombinha.
– “Minha pombinha”? Que brega! – Zoou Danny, já perto de seu carro.
– É, eu sei. Vamos embora. – Os dois entraram no carro.
Era sábado à noite, e Harry estava em casa. Dougie tinha ido visitar a mãe, Tom estava enfurnado dentro de casa escrevendo uma música nova que lhe veio à cabeça e pedira para não ser perturbado. Ouviu a voz de Danny no corredor. Será que ele tinha brigado com ? Afinal, ele só aparecia em casa para dormir e, às vezes, nem para isso aparecia em casa. Abriu a porta da sua casa.
– Hey, Danny! – Quando o amigo virou, percebeu que estava acompanhado de . – Oi, !
– Oi, Harry. O que você faz em casa sábado à noite? – Perguntou a menina.
– Nenhum programa interessante e todos os meus amigos estão ocupados. E você, o que faz aqui?
– A está em casa... – Explicou .
– Ah, você não gosta muito do namorado dela, não? – Perguntou Harry, feliz com aquilo. Ele deveria ser um cara muito nojento.
– Que namorado? – Perguntou Danny, e o olhou de forma confusa.
– Aquele quarentão, de cabelos pretos... – Será que era segredo que ela estava namorando?
– Ué, esse que você descreveu parece o Charlie, chefe da ... – Disse .
– Ela está tendo um caso com o chefe?! – Por essa, ele não esperava.
– Claro que não! Eles são amigos. Melhores amigos, para falar a verdade. Vivem saindo juntos, mas ela não tem namorado, não. Ela não fica com ninguém desde... Ã... Desde que você foi embora. – Aquilo caiu como uma bomba. Ela não tinha ninguém desde ele? Como assim?
– É... Harry, a gente vai entrar. Vamos assistir algum filme... – Disse sorrindo. Danny já estava com a porta aberta. – Quer assistir com a gente?
Dava para perceber que, por mais que estivesse sendo gentil, Danny não queria a companhia do rapaz, pois sua cara estava fechada e ele fazia um sinal negativo.
– Não. Eu tenho que ir a um lugar. Tchau, gente. – Ele pegou o casaco no cabide e saiu às pressas.
– Aonde ele vai? – Perguntou Danny.
– Suspeito que para a minha casa. – Disse , rindo. – Vamos entrar, pequeno.
– Hum... Harry vai ser dar bem e Danny também... – Ele começou a cantar e fazer uma dancinha maluca.
– Continua cantando isso e só o Harry vai se dar bem.
– Parei, pequena. – Ele passou um zíper invisível na sua boca.
– Filho, o que você faz aqui?
– Mãe, eu preciso de ajuda. – Dougie abraçou sua mãe com força e se deixou chorar um pouco.
– O que aconteceu? – Perguntou a mãe, preocupada. – Senta aqui, querido.
– Bem, começou assim... – Ele foi contando tudo para a mãe. – Agora ela está saindo com outro e eu não sei o que fazer.
– Vai atrás dela. Danny conseguiu reconquistar a menina, não é? – Dougie fez que sim com a cabeça. – E tudo que ele precisou foi ser sincero e não ter medo. Ele se expôs.
– Como vou fazer isso? Eu já tive algumas idéias, mas nada me parece bom o suficiente.
– Que tal dizer que a ama e explicar a história? Não é necessário nada mirabolante.
– Eu não a amo! – Ele disse indignado. A mãe levantou a sobrancelha em desafio. – Está bem, eu amo, mas e se ela não me amar?
– Ela te ama, tenho certeza. – Ela fez cafuné na cabeça do filho. – Não tem como não te amar.
– Você diz isso porque é minha mãe.
– Eu digo isso porque tenho certeza, uma mãe sempre sabe. Lembre-se disso.
Tom remexia alguns papéis na mesa. Não conseguia encontrar o que queria. “Onde eu coloquei essa folha?!”
Procurou pelo apartamento inteiro, remexeu caixas e gavetas e achou um papel, não o que queria, mas o que precisava.
“Vou sentir falta de você e do pedaço do meu coração que você leva com você (Piegas, eu sei, mas é o que sinto). Saudades dessa sua covinha.
Por favor, não me esqueça.
Mil beijos cheios de saudade, da sua,
.”
– Ai, ai, ai... Vocês mulheres são muito complexas mesmo. – Ele suspirou, olhando o apartamento vazio. – Bem que você poderia estar ao meu lado agora.
Quando dizem que Londres é uma cidade chuvosa, não dizem que lá chove para caramba. Para completar uma solitária noite de sábado, apenas uma chuva horrivelmente pesada.
– Legal, 11°C no verão! – Brincou , subindo as escadas para colocar um moletom. Voltou com seu casaco azul do Snoopy.
Enroscou-se no edredom e apertou o play. O filme já estava na parte que Jerry corre até sua esposa e faz “O DISCURSO”. (N.A. – by Thali: Quem nunca viu esse filme, eu recomendo. É muito lindo e o discurso no final é perfeito!)
– É agora! – Ela se ajeitou para assistir melhor a cena. Jerry entra na casa como um louco e faz um discurso sobre como a amava até que ela diz...
TOC, TOC, TOC.
– Ai, meu Jesus! Quem é o infeliz que bate nesse momento? – Ela se levantou e foi até a porta. Abriu e deu de cara com um Harry muito molhado. – O que você está fazendo aqui?
– Por que você mentiu?
– Ã?
– Você mentiu! Não tinha ninguém quando você terminou comigo! Por que você fez isso? Por quê? – Ele olhou-a, indignado.
– Harry...
– FALA! – Ela deu um salto para trás. Ele tinha gritado com ela? Sério? Agora ele a tinha irritado.
– QUER SABER POR QUE FIZ ISSO? PORQUE EU VI AQUELA MALDITA REPORTAGEM E NÃO QUERIA SER FEITA DE IDIOTA DE NOVO. PORQUE EU SABIA QUE SE TE OUVISSE, IA TE PERDOAR!
– VOCÊ DISSE QUE ME AMAVA E EU ACREDITEI! O IDIOTA ERA EU!
– EU TAMBÉM ACREDITEI QUE VOCÊ ME AMAVA E ME DEI MAL, PORQUE VOCÊ, OBVIAMENTE, JÁ ESTÁ EM OUTRA E EU AINDA TE AMO. – Quando terminou de falar, estava ofegante. – Pronto. Agora você já sabe de tudo. Feliz?
– Muito.
Ele a empurrou na parede e a beijou como nunca tinha beijado antes, diferente dos beijos que davam quando estavam no Brasil. Era um beijo cheio de saudade, amor, força, carinho, tudo junto. Harry prensou na parede, encostando a porta com o pé. Ele passeava rapidamente suas mãos nas costas da garota por baixo da blusa dela. Essa, por sua vez, não parecia flutuar, não estava no planeta Terra, estava passeando no espaço. Como ele conseguia fazer aquilo com ela?
Ela passava as mãos pelo peito do garoto por baixo da camisa dele, fazendo com que ele se arrepiasse e desse pequenos gemidos durante o beijo. Harry passou suas mãos pela coxa da garota, apertando e cada vez mais juntando seus corpos. Suas línguas pareciam apostar corrida de tão rápidas que se mexiam, não, melhor, dançavam em perfeita harmonia, era tudo tão certo entre eles...
foi descendo suas mãos e parou no cós da calça dele. Harry pousou as pernas dela no chão, soltando um pouco seus corpos. O beijo foi se acalmando até que se separaram, estavam ofegantes.
Ela olhou para ele... Parecia um sonho.
Recuperaram o fôlego, e tentou dizer alguma coisa, mas era impossível falar qualquer coisa naquela hora.
estava abrindo a boca para falar qualquer coisa, mas Harry foi mais rápido.
– Tenho que ir. – Ele a soltou e sumiu na escuridão da noite.
– O que aconteceu aqui? – Perguntou para si mesma, sem entender nada. Apertou o play mais uma vez, no momento que a esposa de Jerry diz: “Cale a boca, você me conquistou no momento que disse “oi”. – Pois é, amiga, eu te entendo! – Ela falou com a televisão, tentando não sorrir.
E ali mesmo adormeceu.
Capítulo 9
“O momento entre o sonho e o despertar, é lá que sempre te amarei” (Sininho – “Hook, a lenda do capitão Gancho)”
chegou em casa e viu dormindo no sofá.
– Hey, ! – Ela chamou a amiga, que apenas se mexeu.
– Harry?
– Hum... Não. – A menina abriu os olhos.
– Ah... É você! – Ela disse, sem ânimo.
– Cruzes! Venho de um longo plantão para ter essa recepção? Desculpa se não sou um baterista dos olhos azuis.
– Sweety, você não está nem perto! – A outra respondeu, rindo.
– Também te amo. – Ela pulou em cima da amiga.
– SAI DE CIMA DE MIM, SUA GORDA.
– Ei, que gritaria é essa aí? – desceu as escadas.
– MONTINHO NA ! – Gritou , pulando mais uma vez na amiga.
– Êêêêê! – correu e pulou em cima da garota.
– Eu vou morrer, adeus mundo cruel. Digam aos meus pais que eu os amo e para o Danny que se ele passar dos limites com a minha irmã, volto para puxar o pé dele.
– Ai, você é muito dramática. – pulou de cima da menina; fez o mesmo.
– Também amo vocês duas. – Ela ajeitou–se no sofá e arrumou o moletom amassado. – Eu tive um sonho muito louco, gente. – Sonhei que o Harry tinha vindo aqui, perguntado porque terminei com ele...
– Espera aí! Terminou? Como assim?! – olhou desconfiada, colocando as mãos na cintura.
– Ai, eu e minha boca grande... – Ela gemeu, batendo na testa. – Meninas, sentem aí que tenho muito para contar.
Após respirar umas mil vezes, falou tudo o que ocorrera, foi acompanhada pela dose certa de “ohhhh”, “ahhh” e “não acredito!”. Ao terminar de falar, respirou mais uma vez e as olhou, esperando uma reação.
– Quer dizer... – tentou começar a falar.
– Que foi tudo invenção da imprensa? – completou, sem acreditar.
– Pois é... – se sentia mega culpada. – Desculpa por não ter contado, mas eles queriam explicar tudo para vocês.
– Tudo bem, amiga. A gente entende a sua posição. – abraçou a amiga. – Não fica assim, ok? Além do mais, o Tom pode não ser culpado por aquilo, mas é culpado por ter aquela loira no apartamento quando fui lá.
– É... E o Dougie nunca mais me procurou.
– Bom, o Harry não está atrás e o pior é que agora eu ainda dei para sonhar com isso. – A menina deu um tapa na própria testa.
– Ã... ? – a chamou.
– Fala...
– Isso não foi nenhum sonho, não! – Disse , apontando para pegadas de lama na sala. – O pé da é grande, mas não esse iate.
– Ei! – deu um pedala na amiga. – Meu pé é pequeno, tá?
– Aham... Seu pé é uma lancha, não um iate! – Zoou , rindo. A amiga deu outro pedala nela.
– Enquanto vocês se matam, vou subir e tomar um banho.
desceu os degraus e viu que as amigas já estavam tomando café. estava com elas.
– Bom dia, . Você está tão linda hoje! – Disse .
– Bom dia, . O que você quer?
– Por que você acha que quero alguma coisa? – Ela se fez de inocente.
– Quando você começa a me elogiar demais, sei que quer algo. Aproveita que estou de bom humor e fala logo.
– Preciso que você entregue um livro para mim lá na biblioteca de Londres, às cinco.
– Por que VOCÊ não pode entregar? – bebeu seu chocolate quente.
– Porque estou enrolada com alguns trabalhos da escola.
– E a ou a ?
– Tenho que descansar, acabei de chegar do plantão! – Respondeu .
– E eu não quero ir! – Disse .
– Preguiçosa! Ok... Eu vou.
– Obrigada, maninha! – a abraçou.
– Tá, tá. Já pode me largar. Vou subir para fazer o meu trabalho, porque faculdade também não é nenhuma moleza.
Às cinco horas da tarde...
– Hey, ! Levanta, sua coisa. – tinha dormido em cima do livro.
– Que é?
– São cinco horas! – Reclamou .
– Fica calma, são uns quinze minutos até a biblioteca. Vou só trocar de roupa. – Ela pegou uma camiseta lilás e sua calça cáqui (N.A. - by Thali: Judds, lembram da calça cáqui? Ela está de volta! Mais cáqui, mais cheia de bolso e mais larga do que nunca.) – Pronto! Já estou indo. Feliz?
saiu.
– Você não faz idéia o quanto! – Disse , olhando para a porta.
Na biblioteca...
– Morando há quatro meses em Londres e fui me perder na minha própria rua! Só eu mesmo. Mas eu tenho desculpa, todas aquelas casas são iguais! – Resmungava , chegando aos degraus da biblioteca. – São seis horas! Que saco.
Rezou para que a biblioteca ainda estivesse aberta. Ela ainda estava aberta. Entrou, cruzando o grande salão até a mesa onde a bibliotecária estava.
– Boa noite, eu vim entregar esse livro. – A mulher pegou o livro e o devolveu.
– “Orgulho e Preconceito”? – A mulher examinou sem dar muita importância. – Última sessão segundo andar, na terceira prateleira.
– Eu quem tenho que guardar? – A bibliotecária nem ao menos respondeu. – Ok... Estou indo lá.
Subiu a longa escada de madeira envernizada, foi até a última sessão no segundo andar. Tinha uma mesa no meio e alguém dormia sobre ela. Silenciosamente, ela colocou o livro na terceira prateleira, mas, ao fazer isso, derrubou os outros cinco livros da prateleira. Caíram fazendo um baque surdo.
– Ai... Que desastre! – Ela se abaixou, pegando todos os grossos livros.
– Você é bem desastrada, hein? – Ótimo! Tinha acordado a pessoa e sido xingada por ela. Lembrete mental: Matar a quando chegar em casa. – E atrasada. Não era para você chegar às cinco?
– Me perdi na minha... – Olhou para a pessoa e avistou Harry sorrindo para ela. –... Rua.
– Que cara é essa? – Perguntou ele, pegando-a pela mão e fazendo-a levantar.
– Não foi sonho...
– Hum... Isso é muito real, pode ter certeza. – Ele parecia mais nervoso agora. – Desculpa por ter saído tão de repente ontem, é que eu precisava pensar. - A única coisa que conseguia fazer era olhar para aqueles lindos olhos azuis. – Quando cheguei em casa, vi a bobagem que fiz. – Ela murchou. Bobagem? Bobagem tê-la beijado?! – A gente poderia ter se acertado naquele momento, mas decidi ir embora! Fui um grande covarde, aí tive essa idéia. Conversei com a e montei tudo. Então... Ã... Sobre aquilo que me disse ontem. Você tem certeza?
– Sobre o quê? – Toda pessoa tem seu momento Jones, né, gente?
– Hum... Sobre me amar e tudo mais. – Ele ficou vermelho de vergonha.
– Ah... Isso? Amo, sim. – Ela respondeu, ainda tentando entender a situação.
– Sério? – Ela fez que sim com a cabeça. Ele abraçou e levantou no ar.
– Você é doido! Me solta! – Ele a colocou no chão e a beijou.
– Eu te amo, muito. – Agora, eles não iam a lugar nenhum, tinham certeza.
Capítulo 10
“Não tivemos muito para falar
Antes que eu deixasse você ir, sim!
Uh, seja minha garota
Seja minha garota
Você vai ser minha garota?” (Are you gonna be my girl – Jet)
Tom acordou com a cara amassada e centenas de papéis colados na sua face. O seu celular tocava insistentemente. Olhou o relógio do celular, eram quatro horas da tarde de um domingo. Nada para fazer. Bateu na casa de Danny.
– Fala, Tom. – Danny apareceu de toalha.
– Tem algo para fazer? – Ele perguntou.
– Nada. A tinha uns trabalhos de casa, disse que não conseguiria fazer nada comigo olhando para ela. – Ele parecia decepcionado. – Quer entrar e jogar uma partida de Xbox?
– Claro! – Ele entrou no apartamento. – Não é melhor você colocar uma boxer antes?
– Ah, é mesmo. – Danny entrou no seu quarto correndo, e Tom ficou olhando o apartamento do amigo que, surpreendentemente, estava limpo. Viu uma pasta em cima da mesa com a etiqueta de um hospital.
– Danny, você foi ao hospital fazer exames? – Tom ficou preocupado.
– Ah, não. Essa pasta é da . Fui deixá-la no trabalho ontem e acabou que ela esqueceu no carro... – Respondeu Danny de dentro do quarto. – Ela está trabalhando como residente lá.
– Sério? Que legal. E ela está... Ã... Com alguém? – Ele perguntou, inseguro.
– Que eu saiba, não. – Danny voltou completamente vestido. – Vamos começar esse jogo.
Iniciaram um jogo da Fifa. Danny resolveu ser Brasil para homenagear a namorada e Tom ficou com a Inglaterra. Estava cinco a um para o Brasil, quando o telefone tocou.
– Oi, pequena! – Danny atendeu com uma voz melosa; Tom revirou os olhos. – Eu já estava com saudade... O Harry e a ? Sério? Ok... Estamos indo aí.
– O que foi?
– Harry e apareceram juntos e estão lá na casa dela, então a chamou a gente para ir lá ver uns filmes, coisas assim...
– A vai estar lá? – Ele perguntou, cheio de esperança. Talvez, se ela estivesse lá, ele poderia encurralá-la na cozinha e explicar tudo. Talvez...
– Vai, sim. Quem sabe não seja a sua vez? Vamos logo.
Eles apostaram corrida até o saguão, quando lembraram que esqueceram o Xbox ligado e as chaves do carro dentro de casa. Tiveram de voltar... Apostando corrida, óbvio.
– Chegamos! – Gritou , puxando Harry pela mão.
– Ai, meu Deus, mais um McFly nesta casa? – saiu da cozinha para ver quem tinha chegado. – Vou começar a cobrar aluguel de vocês. Namoram as minhas amigas e comem de graça, o maior abuso.
– Namoram? Quem está namorando? – desceu as escadas correndo. Viu Harry de mãos dadas com . – Putz! Mais um McFly?
– Cruzes. Achei que vocês ficariam felizes pela gente! – Reclamou .
– E nós estamos, maninha. – apareceu atrás de . – Bem-vindo à família, cunhado.
– É bom estar na família! – Respondeu Harry, abraçando por trás. – Então, o que vamos fazer agora?
– Hum... Que tal chamarmos os McFly que faltam? – Sugeriu .
– Isso tudo é saudade do namorado que você não vê há um dia? – Perguntou .
– Também, mas eu entrei no clima de cupido. Quem sabe não acerte mais uma flecha hoje? – A menina apontou seu arco e flecha imaginário para . Fez um movimento como se lançasse a arma.
– Aponta essa flecha para outra, projeto de cupido! – Resmungou , saindo de perto.
– Eu vou ligar para o Seth...
– Vai lá, pombinha! – Zoou .
Todos riram. , ao passar pela amiga, deu um pedala.
– Ai! Que pombinha agressiva.
– Bobonas. – Ela subiu as escadas resmungando.
Dez minutos depois...
– Hey, pessoal, chegou o cara mais sexy do universo. – Danny entrou pela porta e foi recebido por um grande abraço da namorada.
– Ô, Danny, eu já estou aqui. – Harry entrou na sala, seguido por .
– Haha... Muito engraçadinho. Entra, Tom. – Tom entrou de cabeça baixa.
tinha acabado de chegar à sala; seus olhos se encontraram. Era como se todo o trabalho para esquecê-lo tivesse sido zero. Seu coração bateu mais acelerado, suas pernas tremeram. Repudiou aquele amor que sentia por dentro. Ele mentiu e ela ficava assim? Claro que não! Ele não a abalaria mais.
– Boa noite.
– Boa noite, sumido. – o abraçou.
– Tomzinho! – correu para abraçá-lo, acompanhada por , que pulou nele.
– Ei, larga a minha namorada – reclamou Harry.
– Não... Agora eu sou do Tom! – Brincou , abraçando-o mais. Todos riram com a cena de Harry fazendo cócegas na namorada para que ela largasse Tom.
– Você é só minha, mocinha.
– Você também, hein, dona ? – Avisou Danny, e riu.
Cada uma das meninas o abraçou, só faltou .
– Nem conte que eu vá te abraçar, Thomas. – Ela entrou na cozinha mais uma vez.
Deixou–o sem saber o que fazer. E o seu plano de cercá-la? Agora era a hora!
– O que você vai fazer, dude? – Perguntou Harry, sentando no sofá.
– O que eu deveria ter feito há muito tempo. - Tom entrou na cozinha, estava colocando um pacote de pipoca no microondas. – ...
– Só quem tem algum significado na minha vida tem o direito de me chamar assim! – Ela respondeu sem nem ao menos olhá–lo nos olhos. – Quem eu amo...
– É claro que me ama! Se não me amasse, eu estar tão perto não te deixaria tão perturbada. Se não me amasse, o fato de eu chegar perto de você não te deixaria sem ar. – Ele se aproximou ainda mais da menina. – Se não me amasse, você olharia nos meus olhos, porque você sabe que, quando olhar para mim, eu vou ver que você me ama assim como qualquer pessoa, quando olha nos meus, vê o quanto eu te amo. - Ela estremeceu. Conseguia senti-lo muito perto e tudo aquilo era toda a verdade que ela suprimiu por tanto tempo. - – Me diz se não é verdade?
– Você é um babaca, e eu não amo babacas. – Ela saiu andando, sem trocar uma pequena olhadela.
Era assim, para seu muro de defesa protegê-la, ela precisava não deixá-lo tirar nenhum tijolo. E isso estava ficando cada vez mais difícil.
Na sala, o esquema era outro. Tinham decidido assistir “Casablanca”, quer dizer, e tinham decidido que iam assistir aquilo e os outros concordaram para não apanhar.
– Mas é em preto e branco! – Resmungou Danny, pela milésima vez.
– É um romance lindo! – Argumentou .
– Mas é em preto e branco! – Ele continuou.
– É um clássico! – Insistiu .
– Mas é em preto e branco! – Ele repetiu.
– Esse é seu único argumento? Você é muito burro mesmo. – Harry jogou uma almofada no rapaz.
– Nem sei porque você está reclamando, Danny. Você nem vai assistir ao filme. – Disse .
Danny lançou um olhar safado para a namorada, que ficou completamente vermelha.
– Ok... Vamos assistir.
Ficou assim: no chão, e Harry; no sofá, , Danny e ; em uma poltrona, e na outra, Tom. Os dois ficaram de frente para o outro.
O filme estava começando, quando a campainha tocou.
– Quem incomoda? – Perguntou Harry.
– Deve ser o Seth. – levantou–se correndo.
– Quem? – Tom parecia confuso.
– É o novo salva-vidas de aquário preferido da . – Esclareceu Danny.
– Continuo sem saber.
– É o novo namorado da . – Respondeu , batendo no namorado.
– Ah...
Seth e entraram na sala.
– Ah... Agora eu entendi porque salva-vidas de aquário! Porque ele é pequeno como o Dougie! – Todos desataram a rir com o comentário de Tom.
– Eu já acho que não. Ele parece o baixista do Simple Plan. – Disse Harry, examinando-o. – Ele tem a cabeça redonda e sem cabelo, parece casca de ovo.
– Ah... Para mim parece bola de bilhar... – Examinou Danny. – Seth, ninguém te confunde com a bola quando você vai jogar sinuca, não?
– Gente, ele está aqui! – Ralhou . – Olha o respeito.
– Foi mal, dude. – Desculparam-se.
– A tem tara por baixinhos. – Disse Tom, e todos começaram a rir.
– Ã... Depois desse brilhante comentário... – respirou fundo, tentando não rir mais. –... Acho melhor começarmos o filme
Começaram a ver o filme.
– Ô, aeroporto de piolho, passa a pipoca! – Pediu Harry, quem tomou um tapa da namorada.
Seth passou a pipoca resmungando.
Lá para o final do filme, os meninos aproveitaram-se do choro das meninas para dar beijinhos e abraçá-las.
Tom viu chorando, sentiu seu coração ficar apertadinho. Doía ver a sua menina chorando e não poder consolá-la. A dor era indescritível.
O filme terminou, Danny estava babando no sofá, e Harry continuavam comendo a pipoca.
– Esse filme é muito lindo! – Disse , enxugando algumas lágrimas restantes.
– Perfeito! É um clássico! – Falou Seth.
– Só não entendo porque a mulher tem de deixá-lo. Quero dizer, por que não viver com o cara? Por que ele tem um bar? – Questionou Tom.
– Ele não pareceu tão triste assim! – Respondeu , falando pela primeira vez há umas boas duas horas.
– Na verdade, esse filme mostra a Segunda Guerra Mundial... – Intrometeu Seth, sendo interrompido.
– Claro que ele estava triste, só não tinha certeza como a mulher ficaria quando ele abrisse seu coração para ela e ela fosse embora. – Insistiu Tom
– Talvez se ele tivesse aberto o coração e insistido, ela teria ficado. – Rebateu, .
– A idéia do filme é que o amor... – Começou Seth, tentando mais uma vez.
– Ela não teria ficado porque era muito cega pelos objetivos dela para perceber o quando ele a amava. – Tom já estava ficando nervoso. Aquela não era mais uma discussão sobre o filme.
– Se ele não tivesse errado tanto, talvez ela tivesse abandonado os objetivos, porque ela sabia que ele era mais importante! – sentiu as lágrimas caírem.
– Sabe, o interessante é que não se sabe... – Seth tentou pela terceira vez.
– CALA A BOCA, SETH! – Gritaram os dois juntos.
Danny caiu do sofá com os gritos, Seth se encolheu, todo nervoso.
– Some daqui, Tom. – Pediu , subindo as escadas. Ouviram a porta bater e sonoros soluços.
– Hã? O que aconteceu? – Perguntou Danny, sem entender nada.
Ninguém o respondeu.
– É... Acho que vou embora... – Anunciou Tom. – Algum de vocês vai?
Os dois McFly fizeram que não.
– Eu acho que vou também... – Seth disse. – A não ser que você queira que eu durma aqui.
– Não, não quero, não. – Respondeu . – Boa noite, Seth.
– Boa noite, pombinha. – Ele tentou dar um selinho em , que virou a cara. Ele acertou a bochecha, mesmo.
Tom e Seth foram embora.
– É... – tentou iniciar uma discussão sobre aquilo.
– O assunto foi encerrado. Nada de discussão sobre o que aconteceu aqui, isso não é da nossa conta. – Sentenciou . – Vamos dormir.
Pois é... Dizem que quando se encontra alguém que ama, a única coisa que se vê, come e sonha é a pessoa. O interessante é que ninguém acredita nesse conto até que se é acertado pela flecha do gordinho de fraldas.
Naquela casa, o bom gordinho tinha feito seus alvos e eles agora dormiam sossegados. Alguns dormiam acompanhados, outros dormiam apenas se segurando em um lagarto de pelúcia que era a única memória de um amor que agora parecia tão longe, mas duas pessoas, em especial, não dormiam...
Dougie olhava na janela do seu velho quarto. Admirava a lua que aparecia naquela linda noite de verão. Pena que não tinha com quem compartilhá-la. Na verdade, tinha, só não estava com ele. Pegou uma corrente que guardava no bolso e admirou o nome por alguns segundos. Voltou a admirar a vista.
– Será que você também pensa em mim?
E, com aquela dúvida, dormiu ali mesmo, na janela de seu antigo quarto.
chorava em cima da cama, já não sabia há quanto tempo chorava. Tudo aquilo que estava sentindo tinha ficado acumulado até aquele momento. Sentiu uma necessidade grande de ler a carta mais uma vez. Procurou na caixa e retirou o papel, já amassado de tantas vezes lido.
“Hey, minha menina,
Estou escrevendo enquanto você está tomando banho, sentado nessa cama e pensando o quanto sou sortudo, mas, ao mesmo tempo, me pergunto se serei ainda o cara a ocupar essa cama quando voltar para cá. Sim, eu vou voltar, pode ter certeza. Vou voltar para poder te beijar aos pés do Cristo de Redentor, para assistir filmes do seu lado, para te proteger em um jogo de bolas de água, para cantar ao pé do seu ouvido, para poder te ter do meu lado de novo e, quem sabe, para sempre.
Você vai dizer que eu sou um sonhador, mas, hey... Até o John Lennon foi considerado um! Tudo bem, ele não conseguiu o que queria, só que eu sei que conseguirei o que eu quero.
Eu vou ser o cara a te abraçar ao pôr–do–sol. Pelo resto de nossas vidas, talvez?
Só não se esqueça que jamais esquecerei você.
Eu disse que não desistiria de você.
Me espere, ok? Eu estarei esperando por você.
Do seu, agora e sempre,
Tom.”
Capítulo 11
“Me diga, o que te faz pensar que é invencível?” (Vulnerable – Secondhand Serenade)
– EVERYTHING WAS GOING JUST THE WAY...
– I’VE PLANNED THE BROCCOLI WAS DONE...
– SHE DOESN’T KNOW THAT I’M A VIRGIN...
– UHHHH... WOULDN’T YOU LIKE TO COME WITH ME...
– Ô, DANNY, TINHA QUE ESTRAGAR, NÉ?
– FOI MAL, !
acordou com o barulho. Ai, como sentia saudade disso! Toda aquela velha cantoria era muito para o seu o pobre coração.
Desceu as escadas. Danny e estavam dançando, batendo as bundinhas, enquanto pegava algo na geladeira, e e Harry se sujavam de farinha.
– Bom dia.
– BOM DIA, ! – Gritaram juntos.
– Junte-se a nós. Nós estamos tentando fazer waffles, ovos e bacon! – Disse .
– Só que não temos bacon! – falou.
– Por isso, estou procurando um genérico... – Explicou , enfiando-se na geladeira.
– Genérico para bacon? – Ela não entendeu nada.
– Eu tentei dizer isso para ela, mas ela não me ouviu! – Disse . – Vem, vamos cozinhar.
– Não posso. Tenho plantão hoje, vou cobrir a Lucia que está doente. – Explicou, subindo as escadas.
– Ela ainda vai se matar, trabalhando assim... – Observou , jogando farinha em Harry.
– É mesmo! – Concordou . – Achei um substituto!
– Banana?!
Tom não tinha dormido, tinha decidido que iria reconquistá-la, explicar tudo. Ela o amava, estava comprovado e, depois do que tinha dito ontem, sentia que era hora de esclarecer tudo.
Sentou no apartamento vazio e ficou pensando no que fazer.
– Yeah! Já sei!
Ele se levantou correndo, pegou as chaves do carro, colocou uma camisa e saiu.
Já no carro...
– Harry! Oi, é o Tom.
– Ei, dude! Como está?
– Eu estou bem. Eu vou atrás da .
– Ah... Fico feliz por você. Como você vai fazer isso?
– Eu vou... – Um carro entrou na frente de Tom. Harry só conseguiu ouvir um barulho alto e mais nada.
– Tom? TOM? TOM?
Silêncio.
estava preenchendo algumas fichas na recepção, quando uma enfermeira a chamou.
– Doutora, vítimas de um acidente de carro vindo na próxima ambulância.
Ela foi até a frente do hospital. Em poucos minutos, a primeira ambulância chegou. Seu supervisor chegou.
– , fique com o próximo paciente. Este é de elevada complexidade. – Ele deixou a menina do lado de fora e seguiu para dentro com o acidentado.
A outra ambulância chegou cinco minutos depois. Um dos paramédicos saiu.
– Boa sorte com esse, doutora. Ele é um reclamão.
– Ih... É? Bem, eu sou durona, sei agüentar.
– EU JÁ DISSE QUE EU ESTOU BEM! O MEU POBRE CARRO É QUE NÃO ESTÁ! ELE QUE DEVERIA ESTAR NESSA AMBULÂNCIA!
congelou. Olhou para o doente e viu Tom com um colar imobilizando o pescoço.
– Tom?
– ? – Ele ficou nervoso. “Do jeito que ela está com raiva, é capaz de me matar.”
– Precisa de ajuda, doutora? – Perguntou a enfermeira.
– Não precisa. Ele parece ter tido só alguns arranhões.
A maca foi levada até uma sala. começou a examiná-lo.
– , eu estava indo falar com você… Ai… – Ela apertou seu peito. – Queria me explicar.
– Você não tem que se explicar, não temos nada. Dói aqui?
– Aham… Mas queria falar sobre a loira… AI! – apertou com mais força ainda. – Eu pretendo tocar guitarra ainda, vai com calma. Mas, voltando…
– Eu não quero saber dela, Tom, você fez a sua escolha. Pelo menos, ela era bonita.
– Que bom, minha irmã vai ficar feliz de saber.
– O quê?
– Ela é a minha irmã. Ela veio dormir lá em casa, a loira que você viu era a sua “cunhada”. - não conseguiu acreditar. Ela puxou a camisa de Tom e viu um corte logo em cima de sua tatuagem. Sentiu seus olhos encherem de lágrimas. Tinha sido estúpida e agora ele estava machucado. – Só teve você, sempre. Eu te amo. Volta para mim, por favor. – Ele pediu e a viu se afastar a caminho da porta. Ela ia embora, esse era o fim.
Ela trancou a porta e sorriu.
– Eu te amo também.
– Ok… Mas por que você trancou a porta?
– Você já vai descobrir. – Ela sorriu e foi até ele.
sentou ao lado de Tom, que estava recostado a cama da sala de curativos e sorriu para ela como nunca tinha sorrido antes, mostrando sua tão famosa covinha, o que fez só querer beijá-lo logo. Foram se aproximando, até que um sentiu o lábio macio do outro. Começaram, então, um beijo doce e suave. Tom segurava pela cintura, enquanto ela passava seus braços em volta do pescoço dele, mexendo em seus cabelos. O beijo foi ficando mais intenso conforme eles se acariciavam, suas línguas brincavam como crianças felizes. Ela passava suas mãos pelo peito nu do menino com cuidado para não machucá-lo mais. Ele tirava o jaleco dela, para ficarem mais à vontade. Estavam ofegantes, suas respirações se misturavam num misto de satisfação e saudade. Os dois se separaram e olharam um para o outro, sorriram e voltaram a se beijar, dessa vez com força e muita vontade. Queriam sentir um o outro, suas línguas se mexiam violentamente, enquanto carícias quentes eram trocadas. Tom passava a mão por debaixo da blusa da garota, fazendo com que ela se arrepiasse, e a levantou, fazendo com que ela tirasse a blusa. Tom ficou analisando o corpo da menina, depois a colocou na cama, ficando por cima dela. Ele traçou um caminho do pescoço ao cós da calça da garota, que segurava os cabelos dele com força. Voltou, fazendo o mesmo trajeto de antes. Eles voltaram a se beijar, Tom começou a desabotoar a calça dela e, logo depois, a sua própria. Estavam à vontade, como se já tivessem feito isso há muito tempo. Tom desabotoou o sutiã de , enquanto ela abaixava a calça dele, que, pelo que parecia, já estava bem melhor. Ela passava as mãos pelo corpo do garoto como se quisesse descobrir algo, até que escutaram alguém bater na porta. Tom deu um pulo de cima da garota, olhando-a como se tivesse perguntando o que fariam. Ela sorriu de lado com a preocupação dele e levantou, colocando sua roupa de novo. Tom a imitou, colocando suas calças e deitando na cama. foi até a porta e a destrancou, abrindo em seguida.
– Doutora, aqui estão as gases. – Disse uma enfermeira, entregando uma bandeja com gaze, algodão, álcool, e todo o resto que ela precisaria para fazer um curativo, apesar de Tom não estar mais precisando.
– Ah, muito obrigada! – Agradeceu ela à enfermeira.
– Precisando de alguma coisa, é só apertar o botão ao lado da cama.
– Ah, eu sei! Muito obrigada. – deu seu super sorriso à enfermeira, que saiu do quarto. – Bem, mocinho, vamos cuidar de seus arranhões agora! – Disse ela para Tom, que não parava de rir.
– Eu te amo! – Tom falou, olhando no fundo dos olhos dela.
Ela abaixou e deu um selinho nele.
– Eu também, muito.
, Harry, Danny, e chegaram ao hospital desesperados.
– Oi, nós estamos procurando nosso amigo, Thomas Fletcher. Em que quarto ele está?
– Ele está na sala de sutura 2. Não se preocupem, ele está bem, a Doutora está com ele.
– Esse é o meu medo. Ela vai trucidá-lo.
Os cinco entraram correndo, desesperados.
– Dude! – Harry foi o primeiro a entrar. estava limpando o machucado de Tom e dando beijinhos nele.
– Oi, gente! – Tom deu tchauzinho para eles. viu os amigos e sorriu.
– Ué, tem algo de muito errado nessa cena! – abraçou o namorado, confusa.
- Mais um McFly lá em casa... – Gemeu . – Mais uma amiga com namorado.
– Bem vindo à família, Tom! – Disse , sorrindo. – Sua namorada está te tratando bem?
– Pelo que eu vi, muito bem! – Brincou Danny. – Poxa, , bem que a gente podia brincar assim, né?
deu um pedala no rapaz.
– Olha o respeito, Jones!
– Sim, senhora. – Ele bateu continência.
– Ah, , a idéia do Danny nem é tão má! – Falou Harry. ficou vermelha, e bateu nele.
– Olha o respeito, Judd!
Todos começaram a rir.
– Mas, então, vocês estão namorando ou estão só se pegado no hospital? – Perguntou Danny.
– O Tom não pediu nada... – Disse , ficando envergonhada.
– Precisa pedir? Então, eu peço. – Ele sorriu, pegando na mão da menina. – , no momento que te vi, quis você só para mim. Quer namorar comigo?
– Não. – Todos olharam-na assustados. – Estou brincando, gente! Cruzes! Óbvio que é sim.
Eles se beijaram e sorriram.
– Óóóó, isso foi tão lindo! – fez cara de sonhadora. – Me senti deslocada aqui, portanto, vou para a lanchonete. Tchau para vocês.
caminhou pelo hospital, percebeu que estava perdida. Andou mais um pouco e deu de cara com a maternidade. Ficou ali olhando os bebês por um bom tempo. Sentiu algo vibrar. Percebeu que estava com o celular de Harry, que ele tinha jogado no sofá após ter ouvido a batida. Olhou o visor e tremeu. Estava escrito “Dougie”.
– Alô!
– Harry! Como está o Tom? Eu vim vê-lo, mas me perdi aqui no hospital.
– Oi, Dougie. Aqui não é o Harry, é a . Eu estou com o celular dele.
– Ah... Oi, ! Como você está?
– Bem. Aproveita que você está perdido e vem me encontrar aqui na maternidade, eu também estou perdida.
– Ok. Eu te encontro aí. Beijos.
Ela olhava os dois lados do corredor, esperando algum sinal de Dougie, até que ele apareceu. Os dois pareciam sentir a mesma coisa. Seus joelhos fraquejavam e o coração parecia bateria de escola de samba em véspera de desfile.(Comparações cretinas by Thali. rs)
– Oi.
– Oi.
– Como você está?
– Eu estou bem e você?
– Bem.
O silêncio reinou. A vontade de Dougie era agarrá-la ali mesmo, receber os tapinhas, todas aquelas coisas de novo.
– Hã... Como estão as coisas com Seth?
– Estão... Bem.
– Você gosta dele?
– Ele é legal.
– Mas não gosta dele.
– Eu não disse isso.
– Também não disse que eu estava errado.
– Cala a boca, Dougie.
– Me obrigue. – Ele a puxou para perto, muito perto.
– Não é assim que as coisas funcionam. Você não pode aparecer e achar que tudo muda porque você quer. O Tom correu o risco de morrer por causa da , você nem ao menos tem a coragem de lutar por mim.
– ...
– Vai precisar de muito mais do que o seu charme dessa vez, Poynter.
Ela saiu andando, juntando forças para não cair. Estava cansada, triste, queria sair de lá.
Capítulo 12
“Garota, eu tenho que dizer, eu me sinto muito melhor fazendo amor sob o luar.” (Star Girl – McFly)
saiu andando, foi parar na antiga loja de discos. Seth estava lá, trabalhando.
– Oi, minha pombinha! – Ele a cumprimentou do outro lado da loja.
Ela sentiu seu rosto se tornar um pimentão. Odiava aquele apelido, odiava o jeito grudento, o sorriso de maníaco, o jeitão de sabe tudo. Por que ela estava com ele, então? A resposta era clara, queria algo para tirar Dougie da sua mente. Funcionara? Óbvio que não. Ele era a coisa mais constante na sua cabeça. Quando beijava ou abraçava Seth, era Dougie quem imaginava.
Tentou sorrir, mas só o que conseguiu foi mostrar os dentes.
– Seth, eu vou ser bem direta: eu quero terminar.
– Mas, por quê? – Ele parecia surpreso e prestes a chorar.
– Porque eu não sinto o mesmo que você sente por mim.
– É por que eu não sou rico? Por que eu sou careca? Por que eu falo demais? Por quê? Pelo menos, me diz a razão.
– Porque você não é o Dougie. Desculpa. – Ela deu meia volta e saiu.
Estava sentenciando-se a uma vida sozinha, Dougie não a procuraria. Ele não a amava.
Três dias depois...
estava saindo de casa correndo.
– O que houve, ?
– Não sei, . O Harry disse que precisa que eu vá encontrá-lo. Eu estou com medo, vai comigo?
– Sério?
– É. Vamos?
– Vamos.
Saíram correndo. O carro de Charlie estava com , já que ele o havia emprestado até o fim do mês, já que ele tinha ido ao Caribe com Natasha. Dirigiram por muito tempo até chegarem a um lugar mal iluminado. pegou o celular e ligou para Harry.
– Ok... Vou procurar isso. – Ela disse, desligando o celular. – , o Harry disse que tem que procurar uma caixa com uns interruptores. Dá uma olhada para aquele lado, por favor.
caminhou até o lugar apontado. Achou a tal caixa.
– Pronto, . – Ela virou para onde o carro estava localizado; ele não estava mais lá. – ?
Ouviu os pneus cantando e o carro lá longe.
– Desgraçada! Me deixou aqui sozinha!
– Sozinha, não. – Uma voz soou longe, aquela velha conhecida, forte e imponente voz que a sempre fez tremer.
– Dougie?!
– Pois é. Hã... Acho melhor iluminar as coisas, né? Está muito escuro. Hey, Alfred! - As luzes foram acesas, mostrando uma grande roda-gigante com cápsulas de vidro à beira d’água. Dougie vestia terno e gravata, segurando um buquê de flores. Tremia sem saber o que dizer. Ela estava tão linda... – Bem-vinda à London Eye. Vamos entrar? – A porta de uma das cápsulas foi aberta por um homem vestindo um macacão.
Eles entraram na tal cápsula, nenhum dos dois falava.
- Por quê? – Perguntou .
– Por que o quê?
– Por que tudo isso?
– Você disse que precisaria de muito mais para te conquistar, foi o que eu fiz.
– Então, isso é só para sentir que cumpriu o seu dever?
– Claro que não! – Ele a olhou desesperado, não queria brigar mais. – Eu te amo, droga! Eu te amo desde a primeira vez que te vi naquele bondinho! Só não tive coragem de ver.
– Ama? – Ela sentiu-se iluminar por dentro.
– Tanto que até dói. Eu sei que você está com o Seth, mas você não o ama! Se amasse, a não teria concordado em te seqüestrar para mim. - Ela riu com o comentário. Era a primeira vez que fora seqüestrada. Se soubesse que era tão bom, teria feito antes. Ele continuou a falar. – Aqui é um dos lugares mais parecidos com os do Brasil, onde fui mais feliz, e foi você quem me fez tão feliz. Eu estava conformado em ficar longe de você porque achei que não era isso que você queria, mas você está aqui! Me dá essa chance para provar que eu posso ser o cara a te fazer feliz.
tinha ouvido tudo em silêncio.
– Eu terminei com o Seth... – Ela disse, por fim.
– Terminou? Por quê? – Será que ele era burro? Ele estava perguntando a razão de ela estar solteira? Ele tinha passado muito tempo com Danny mesmo.
– Porque ele não era você.
– Volta para mim, ?
– Eu nunca fui embora, Dougie. – Eles se abraçaram.
Ficaram assim algum tempo. Como era bom sentir o cheiro dele de novo... Como ela tinha conseguido ficar tanto tempo longe dele?
Separaram-se e ficaram se encarando, analisando cada detalhe do outro, como se não se conhecessem. passou as costas da mão na bochecha de Dougie, que ficou sentindo o toque carinhoso da menina. Era um sonho? Não, pelo contrário, era a realidade, bem ali na frente deles, mais sólida do que nunca. Os sentimentos transbordavam.
Foram se aproximando devagar, fecharam os olhos e sentiram os lábios se tocarem. sentiu um calor que há muito não sentia. Seria por que não estava com ele? Ela abriu um pouco a boca, dando permissão para que ele desse intensidade ao beijo. Dougie passou sua língua pela boca da garota; suas línguas se mexiam com cuidado. passava sua mão pelos cabelos dele, fazendo carinho. Eles se abraçavam forte, como se aquele abraço fosse acabar de uma só vez com a saudade que estavam sentindo um do outro. O beijo ia aumentando de escala a cada toque que trocavam, a cada carícia. Tudo estava perfeito, a noite, a vista, a lua parecia ter saído só para iluminá-los. Dougie passava a mão por debaixo da saia rosa de , que o beijava como jamais beijou ninguém. Estavam em perfeita harmonia, suas respirações estavam iguais, pareciam uma só. Ela sentou no colo do menino, entrelaçando suas pernas em volta da cintura dele. Dougie a segurava pela cintura, lhe beijava o pescoço, enquanto apoiava sua cabeça nos ombros do garoto. Dougie disse baixinho no ouvido dela:
– Te amo muito, meu amor, não me deixa nunca mais.
– Já disse, Dougie, nunca te deixei, você sempre esteve dentro de mim, nunca deixei de pensar em você.
Voltaram a se beijar. Um combinado de desejo e amor se misturavam. Era um beijo rápido com movimentos ligeiros, suas línguas brincavam. Dougie passava suas mãos pelas costas de , que mantinha as suas em volta do pescoço dele, acariciando. Dougie a abraçou mais forte, como se desejasse unir os dois corpos. deu um pequeno gemido entre o beijo, quando o sentiu mais junto dela. Dougie a deitou no banquinho de madeira no qual estavam sentados, ficando por cima dela. arranhava as costas do garoto, enquanto ele passa suas mãos pelas coxas delas, dando pequenos apertões. Suas mãos foram subindo até chegar à barra da blusa dela. Foi levantando, até tirar e deixar com seu sutiã branco de renda à mostra. Dougie beijava o colo da garota, que lhe puxava os cabelos com cuidado. Ele tirou o terno e a blusa que estava por baixo, mostrando a tatuagem que ela tanto gostava. Estavam ofegantes. Voltaram a se beijar. Ele dava pequenas mordidas no lábio inferior da menina, que gemia baixinho com cada pequeno movimento dele. Como era bom estar com ele assim de novo... O resto das roupas foram tiradas aos poucos, com muito carinho e cuidado, como se fossem quebrar. Dougie se movimentava com cuidado. arranhava as costas do menino, se apoiava nos ombros dele. Depois de algum tempo, estavam deitados um do lado do outro, já vestidos devidamente.
– Te amo... Te amo... Te amo... Te amo! – Dougie dizia entre um selinho e outro.
– Também, mais do que nunca agora!
– Foi a melhor noite da minha vida.
– Uhum. Apesar de achar que esse lugar é lindo, não é muito apropriado para isso, né?! É de vidro, vai que alguém viu! Ai, que vergonha! – , depois de já ter feito tudo, escondia o rosto no peito de Dougie, que só ria dela.
– Agora que você pensa nisso?!
– Sabe como é, né?!
Ficaram conversando, rindo, trocando carícias por um tempo ainda, até que sentiram que estavam descendo. Saíram de mãos dadas e foram direto para casa das meninas, onde todos se encontravam.
– Será que eles se entenderam? – Perguntou , encostada em Harry.
– Acho que sim... – Ele fazia carinho na cabeça da namorada. – O Dougie é esperto, aprendeu comigo.
– Ah, é? – Ela se levantou. – Você é um grande conquistador, né?
– Aquela velha discussão não, por favor! – Ele implorou, levantando-se do sofá.
– Foi você quem começou, dizendo que ele aprendeu com você.
– Aprendeu mesmo! E se não fosse o meu jeito, você nem olharia para mim. Admita.
– Claro que não!
– Verdade! Admita! – Ele chegou bem perto dela.
– Não.
– Admita! Diz que eu sou o cara mais sexy do universo.
– Não.
– Diz que você me ama mais que tudo nesse mundo.
– Não.
– Diz que eu fico muito sexy de suspensório.
– Ah... Isso eu digo porque é verdade.
– E o resto não, né? Você não me ama. – Ele fez biquinho.
– Ó, coitadinho.
– Agora eu também vou embora. – Ele se levantou, fazendo menção de sair do quarto.
– Harry...
– Hum...
– Foi a primeira vez que a gente brigou.
– É? – Ele virou, sorrindo. – Sabe o que acontece depois que a gente briga?
– Ahá! Agora você quer ficar aqui, né? Então, é melhor admitir.
– O quê?
– Que EU sou a garota mais sexy do mundo e que você me ama mais que tudo.
– Isso eu faço com o maior prazer. Só não digo que você fica sexy em suspensórios porque aí é sacanagem. – Ele foi andando até a menina, que estava de joelhos em cima da cama, jogando-se em cima dela.
– Ai, Harry, com cuidado, assim você me quebra! Mas você ainda não admitiu.
– Hum... Eu achei que estava explícito. – Ele viu a cara de pidona. – Ok... Eu te amo mais que tudo nesse mundo e você É a garota mais sexy de todo o mundo.
– Assim que eu gosto!
– Eu também. Agora você poderia parar de me interromper?
– Ih, está bom, já que você está implorando assim, DESSE jeitinho.
Começaram a se beijar, com Harry ainda em cima de , até que...
– !
– Hein? – Harry pulou para o outro lado e viu entrando no quarto. – O que você quer, inconveniente?
– Cruzes, Harry. Está com a cueca virada do lado do avesso, é?
– Bem que eu gostaria! – Ele murmurou. Apenas pôde ouvir.
– Eu preciso falar com a minha amiga, dá para ser?
– Eu tenho escolha? – Ele resmungou, rabugento.
– Não.
– Vai lá, querido, depois a gente conversa.
– Aham... Vocês estavam falando muito pelo visto! – brincou.
– Pelo estado da sua blusa, você também andou falando muito! – Harry disse, antes de tomar uma almofadada da namorada. – Ai! Eu já estou saindo!
Ele fechou a porta atrás de si. pulou no sofá em frente à amiga.
– Então... Ou você se acertou com o Dougie ou você tentou se matar em uma máquina de lavar, porque o estado das suas roupas está sinistro.
– Ai, , foi tão lindo!
– Hum... Suponho que...?
– Exatamente isso... E muito mais! Ele foi tão fofo comigo e disse que me amava.
– Vocês fizeram “aquilo” em uma gaiola de vidro no topo de Londres? – fez que sim. – Uau! Está aí um vídeo interessante pro YouTube.
– Obrigada pela força, hein?
– Brincadeira. Mas você está feliz? Foi legal?
– Foi ótimo e eu estou muito feliz.
– Olha, eu não vou nem pedir detalhes, porque eu pretendo olhar para o Dougie ainda. Só quero saber se vocês fizeram tudo certinho, do jeito que a gente aprendeu naqueles vídeos informativos da escola.
– Bem...
– !
– Não deu tempo!
– Você é uma anta, você sabe, né?
– Ah, ...
– "Ah, " coisa nenhuma! Você é doida! Tudo bem que seus planos de ter filhos com o Dougie são legais, mas tinha que começar agora?
– Valeu mesmo, agora eu estou com medo.
– Pois fique. Foi maluquice e foi a sua primeira vez.
– Ah... Você não fez nenhuma maluquice na sua primeira vez?
– É...
– , você é...?
ficou vermelha e balançou a cabeça.
– Dude, o Harry é muito lerdo mesmo. Até a não deve mais ser.
– Hey!
– Ela passa à noite na casa do Danny. O bicho é lerdo, mas não é tanto.
– AI, MEU DEUS!
– A também, né? O Tom passou mais uma noite no hospital, a dormiu com ele lá... Quem sabe o que pode ter acontecido?
– AI, MEU DEUS!
Harry saiu do quarto de em direção à cozinha, passou pelo quarto de e escutou um barulho. Colocou o ouvido na porta e riu ao ouvir Danny cantar qualquer coisa sem sentido e rindo sem parar. Como sabia que a conversa das meninas ia demorar, resolveu ir assistir alguma coisa na televisão. Jogou-se no sofá e viu Dougie sair da cozinha com um copo de suco na mão.
– E aí, dude? – Perguntou Harry.
– Cadê a ?
– Nem pra dar “oi”, né? Já é assim, “cadê a ?”.
– Foi mal, cara! Mas agora eu quero aproveitar e passar mais tempo com ela.
– Hum... Sei! Está lá em cima conversando com a ... – Harry disse, fechando a cara.
– Ela atrapalhou alguma coisa, foi?
– Foi! - Dougie gargalhou da cara que o amigo fez. – Mas, então, como foi, garanhão?
– Foi demais, dude, perfeito!
– Então você quer dizer que vocês se entenderam bem?
– Ô... Muito bem. – Dougie fez uma cara de safado.
– Vocês fizeram isso que eu estou pensando?
– Uhum, e foi a melhor da minha vida!
– Sorte sua!
– Por quê? Vai me dizer que você e a ainda estão no zero à zero?!
– Ela é durona, cara! – Falou Harry, envergonhado.
– É... Dá pra perceber.
– E se não fosse a sua namoradinha, agora eu já tinha domado a fera.
– Ih, já vi que a vai escutar muito! – Dougie riu.
As meninas desceram as escadas rindo de alguma coisa que contava.
– Oi, Dougie! – dizia sem conseguir olhá-lo.
– Obrigado pela força! – Disse Dougie, dando um beijo na bochecha de , que tinha sentado do seu lado.
– Disponha. – A menina se jogou em Harry.
– A gente bem que podia continuar de onde a gente parou, né? – Sussurrou Harry no ouvido da namorada.
– Hum... Não é uma má idéia. – Harry tomou um susto. Sua namorada tinha mesmo dito isso? – Mas você vai ter que colocar os suspensórios! – Ela completou, rindo.
– O que você quiser. – Ele se levantou e ela o seguiu.
– Canta de novo, Danny! – Pediu .
– Qual que você quer agora?
– “I wanna touch you”!
– Ok. – Danny respirou e começou a cantar:
I want to touch you
(And sleep with you)
I want to touch you baby
(It's about)
I want to touch you
(Yes, that's you)
I want to touch you
Yesterday I told you something i thought you knew
Yes I told you with a smile
I want to touch you
Then you whispered in my ear and you told me, too
Get lost, you make me sick
I wouldn't touch you
But I will touch you in all the right places
If you want me too
But if you denied me one of your kisses
Sarah Cox will do
So hold me close and say three words like you used to do
Groping on the studio floor
I want to touch you
And if I had only one of these wishes
I would wish for you
Dressed in a tight nurses outfit
And I know what to do
So give it up cos you know full well that you want me, too
I'll dress up as Sandy Lyle
And I'll win the jackpot
And I'll take you with a smile
I want to touch you
I want to touch you
(And sleep with you)
I want to touch you baby
(It's all about)
I want to touch you
(Yes, that's you)
I want to touch you baby
(it's all about)
I want to touch you
(sleep with you)
I want to touch you
(it's all about)
I want to touch you
(Yes, that's you)
I want to touch you
I wanna touch youuuuuuuuuu
estava tendo uma crise de riso. Seu namorado era maluco, fato.
– Está feliz, agora?
– Muito! – Ela sorria.
– O que vamos fazer agora?
– Não sei. O que você sugere?
– Hã...
– Danny, você é muito safado!
– Não sou nada! Você quem já pensa besteira!
– Desculpa, pequeno. Eu me acostumei com você falando idiotice.
– Mas já que você deu a idéia... – Danny começou a beijar o pescoço da namorada.
– Você não tem jeito, Jones.
– Não mesmo. – Ele continuou beijando o pescoço dela. – Eu te amo, você sabe, né?
– Eu também te amo.
Tom e estavam no quarto dela. Pareciam aqueles casais de muitos anos. Ele estava deitado no colo dela, sem camisa, deixando a mostra o machucado no peito enquanto ela lia um livro para a prova que teria.
– Tom...
– Hum...
– Eu estou sonhando?
– Não. Por quê?
– Porque eu estou muito feliz, parece sonho.
Ele ajoelhou na cama, passou as costas das mãos no rosto da menina.
– Isso é muito real, pode acreditar.
– Que bom.
– Eu te amo, bobona.
– Eu também me amo! – Ela respondeu rindo.
– Haha... Muito engraçadinha. – Ele fez cara de bebê (com covinha). foi beijá-lo no rosto, mas quando chegou bem perto deu uma mordida na covinha. – AI! Canibal! – Ele a empurrou na cama, segurando seus braços e ficando em cima dela. – Agora você é a minha prisioneira.
– Oh, meu Deus! E agora? Quem poderá me defender? – entrava na brincadeira.
– Eu! Thomas Fletcher!
– Até que não é tão mal...
– Dougie, o que vamos fazer hoje?
– Não sei. Que tal assistirmos a um filme?
– Legal. A tem uns filmes alugados lá no quarto dela. Vou lá buscar. – Antes que Dougie pudesse impedi-la, ela já tinha subido as escadas.
– Ai... Mal recuperei a garota e já vou perdê-la para um baterista estressado. – Ele gemeu.
Harry empurrou para cama. Ele tropeçou em Ringo e caiu de cara no chão.
– Machucou?
– Só a minha dignidade. – Ele se abaixou, deitou ao lado da namorada.
Eles começaram a se beijar quando ouviram um outro barulho.
– !
– Que saco! – Harry olhou para com cara de mau. – O que você quer, agora?
– Vim buscar um filme, cruzes! Que estressado.
– Eles estão na minha escrivaninha, . Pode pegar. – se ajeitou. – Harry, eu vou descer, tá?
– Eu já vou. – Disse Harry.
foi até a cozinha. Quando voltou para a sala deu de cara com Harry carregando uma mochila e Ringo.
– Onde você vai com o meu pingüim?
– Você vai lá para casa hoje.
– Vou, é? Quem disse?
– Por favor! Vamos?
– Ok. Deixa só eu pegar uma roupa.
– Não precisa. Já peguei. – Ele assegurou, indo para a porta.
– Ai, Harry, um rapaz prevenido! – Brincou .
– O que tem aí? – Quis saber .
– Seus livros da faculdade e roupa.
– Ih... A não tem um namorado, tem uma mãe! – Brincou Dougie.
– Cala a boca, Dougie! – Disse . – Não está vendo as segundas intenções dele?
Harry ficou vermelho.
– Divirtam-se, crianças! – Falou Dougie, rindo. – Não façam nada que eu não faria.
– Ô, Dougie, depois dá uma olhada no YouTube e procura alguns vídeos do London Eye, deve ter uns bem interessantes... – Harry falou antes de sair porta afora.
– Será? – Dougie parecia em choque.
– Culpa sua se tiver algum filme da gente nesse site! – Disse , colocando o DVD.
– É vídeo, , e a culpa é minha por quê?
– Porque você me seduziu!
– Você bem que gostou!
– Dougie... – Disse a garota, deitando ao lado do namorado no sofá.
Dougie passou o braço pela cintura da garota e ficaram assim, abraçadinhos, vendo o filme.
– Danny, acorda, pequeno. – tentava acorda o garoto com beijinhos. – DANNY, ACORDA!
– Ai, amor, que jeito mais carinhoso de me acordar... – Reclamou ele.
– Ah, querido, só assim que funciona.
– Hum, me acordou por quê? Você me deixou cansado, tenho que dormir.
– Danny, estou com fome...
– Mas a gente acabou de... – interrompeu o menino.
– Não, Danny, é fome de comida! – ria da cara do namorado.
– Ah, claro!
– Tarado! – deu um pedala no namorado. – Não quer ir à cozinha buscar alguma coisa para eu comer, não?
– Preguiçosa! – Ele resmungou.
– Também te amo.
Danny desceu as escadas, entrou na sala e levou um susto.
– Ei, seus coelhos, procurem um quarto.
– Vamos pro quarto, ? – Dougie olhou para ela.
– Mas ainda não acabou o filme.
– A gente não estava vendo mesmo.
– Nossa, isso que é um casal a beira de uma explosão! – Soltou Danny.
– Sem comentários, Danny. – Dougie subia, puxando pela mão.
– Eu, hein, essas pessoas! – Danny dizia sozinho.
Voltou ao quarto com uma bandeja repleta de torradas, geléia de morango e um copo de suco.
– Amor? ? – Danny entrou no quarto e viu sua namorada na cama dormindo. – Legal!
Danny sentou na cama, colocou a bandeja no colo e comeu tudo que tinha ali. se mexeu na cama e levantou.
– Ué, cadê a comida que tinha que estar aí?
– Você estava dormindo. Para não estragar, eu comi.
– Danny, por que você não me acordou?
– Ah, você estava tão bonitinha que eu fiquei com pena de te acordar.
– Então sinto em te dizer, mas você vai voltar lá na cozinha e fazer tudo de novo.
– Ah, amor, você não vai fazer isso, né?! – Danny chegava mais perto da namorada, tentando beijá-la. – Não vai me dar um beijinho?
– Não.
– Mas...
– Greve! Só volto a dar beijinhos quando você voltar com a minha comida. Quem mandou você comer tudo?
– Ai, meu Deus, o que não faço por você?! – Danny perguntou, levantando e voltando para a cozinha.
Depois de alguns minutos, voltou Danny com uma bandeja igual à de antes.
– Oba! – Uma feliz dizia, batendo palminhas.
– E agora, eu recebo beijinho?
– Quando eu acabar de comer. - Danny deitou, bufando e colocando as mãos atrás da cabeça. comeu tudo e deitou de frente para Danny, que estava de olho fechado e fazendo bico. - – Amor, estava delicioso, obrigada!
– Não tem de quê... – Ele respondeu, frio.
– Qual foi, Danny, vai ficar de bico?
– Qual foi digo eu! Vou lá embaixo duas vezes para buscar comida para você e nem ganho nada em troca.
– Meu Deus, você é egoísta.
– Eu que sou egoísta, , você tem certeza?
– Danny, eu não acredito que a gente está discutindo por isso. – deu uma gargalhada.
– Você está rindo? Não tem nada engraçado nisso.
– Amor, você fica lindo nervosinho! – falou, subindo em cima do namorado e dando estalinhos nele, que continuava imóvel. – Ah, quer saber, Danny, vou dormir, não estou pra gracinha, não.
saiu de cima de Danny e virou, ficando de costa para o mesmo. Ele se virou para o lado da namorada, abraçando-a e colocando uma perna por cima dela.
– Te amo, pequena, não consigo ficar longe de você. Às vezes, tenho raiva de mim mesmo. Impressionante como você conseguiu tomar conta do meu coração.
– Te amo também. Acho que dei sorte. – virou o rosto e deu um selinho no namorado. – Boa noite, amor.
– Boa noite, minha linda. – Danny apertou mais o abraço, e dormiram assim, de conchinha.
– Tom, já deu, me solta, vai!
– Só se você disser que me ama.
– Eu te amo, muito!
– Então, eu solto. – Tom soltou a menina, que deitou em seu colo. – Está com fome?
– Não. Você está?
– Estou.
– Novidade. Vai lá na cozinha que eu vou, enquanto isso, terminar de ler esse capítulo aqui que você não deixou.
– Está bom. Não foge, hein?
– Nem que eu quisesse. – Ela riu.
Tom desceu em direção à cozinha e parou em frente a uns porta–retratos que ficavam em cima de uma estante na sala. Ele ria com as fotos das meninas juntas dando língua com roupas estranhas, fotos de com Dougie (recém colocada!), com Harry, com Danny e dele com . Ficou olhando para a foto deles. Era a foto que tiraram no Cristo. Parou para analisar tudo que tinha mudado em sua vida desde quando tinha a conhecido. Como pode alguém conseguir mudar a rotina de outras assim, de uma hora pra outra?
– É... Quem diria, Thomas.
Tom foi para a cozinha, tomou um copo de leite e subiu. Escutou o barulho do chuveiro e sorriu de lado, deitou e esperou que ela voltasse.
– Oi, amor, foi rápido.
– Só tomei um copo de leite. Fiquei com saudade.
– Oh, meu Deus, eu não mereço tanto! – falou, deitando ao lado de Tom na cama.
De repente, escutaram um barulho vindo do quarto ao lado.
– Nossa, o Dougie não perde tempo mesmo.
– Tom, que coisa, deixe-o.
– Precisa dizer pra todo mundo o que ele e a namorada estão fazendo?
– Tom, pára de se meter, deixa os dois!
– Está bom!
– Boa noite, Tom.
– Boa noite, . – Tom deu um beijo no topo da cabeça da namorada. – Te amo.
– Também te amo.
Aconchegaram–se e foram dormir.
– Dougie, eu queria ver o final do filme.
– Eu sei o que você queria!
– É? E o que eu queria? – o desafiou.
– Ver o final do filme.
– Ridículo.
– Você me ama mesmo assim.
– Onde eu estava com a cabeça quando resolvi te dar outra chance?
– Se arrependeu, foi? – Dougie perguntou, jogando-se na cama ao lado de .
– Nem um pouquinho, seu bobo. – virou para Dougie, dando um beijo nele.
– Já disse que eu amo seus beijos, seus olhos, sua orelha...
– Dougie, minha orelha é horrível.
– Nada em você é horrível.
– Que pena que não posso dizer o mesmo de você. – mexeu na ferida.
– COMO ASSIM? – Ela riu. – Você está rindo?
– Dougie, eu estou brincando com você. É claro que tudo em você é perfeito, você é todo perfeito.
– Sério?
– Claro, seu bobo.
Dougie rolou por cima de , pretendendo ficar por cima dela, só que, em um ato sem pensar, ela virou junto, fazendo com que os dois caíssem no chão e fazendo um baita barulho.
– Olha o que você fez, Dougie! – não conseguia parar de rir.
– Eu... haha! Não... haha! – Dougie não conseguia parar de rir.
– Dougie, sai de cima de mim.
Ele levantou e a puxou para cima da cama. Um olhou para o outro e começaram a rir de novo.
– Te amo, meu amor, mais que tudo. – Ele parou de rir, ficando sério de repente e a olhando no fundo dos olhos.
– Dougie... Eu também amo, muito. – Ela disse, passando as costas das mãos no rosto dele. Estavam de joelhos na cama. Abraçaram-se e deitaram. – Dougie, você não vai tomar banho?
– Não suei hoje.
– Dougie, vai já tomar um banho!
– Ah, , qual é?! Eu estou cheiroso, sente só.
– Não quero sentir nada, vai tomar banho agora.
– Só se você for comigo.
– Eu já tomei banho, Poynter.
– Droga!
Dougie levantou e foi para o banheiro. , do quarto, escutava o barulho do chuveiro e sorriu de lado. Não sabia de onde saía esse amor que sentia por ele. Ouviu que o barulho de água caindo parou e viu um Dougie enrolado na toalha sair do banheiro.
– Pronto, tomei banho!
– Tem certeza que não molhou o cabelo e está me dizendo que tomou banho?
– !
– Ok, só estou brincando, bota logo a boxer.
– Aqui não tem nada que você ainda não tenha visto.
– Ok. Mas eu não quero ver agora! - Dougie se vestiu e deitou ao lado de . – Boa noite, Poynter.
– Boa noite, meu amor.
Abraçaram-se e dormiram sorrindo.
Harry abriu a porta de seu apartamento, dando passagem para entrar.
– Nossa, Harry, há quanto tempo você não paga alguém para limpar isso aqui? – dizia, pulando por cima de algumas roupas que estavam no chão.
– Nem está tão ruim assim.
– Imagina, parece até um chiqueiro.
– Quer voltar pra sua casa? Eu te levo de volta!
– Está nervoso, amor?
– Não, só um pouquinho.
– Harry, me dá aqui a mochila e o Ringo, vou levar lá pra dentro.
– Ok, vou catar essas coisas aqui do chão e do sofá, pra você poder sentar.
– Oh, claro, cavalheiro.
– Não me encarna, não.
– Tudo bem, Harry, já vi que você não está para brincadeiras.
– Chato(a)! – Disseram juntos.
– Eu escutei isso! – Ele disse da sala.
– Eu também! – falou, jogando Ringo em cima da cama e colocando a mochila em cima de um sofá que tinha no quarto de Harry. voltou para a sala e viu Harry arrumando tudo. Ela riu ao ver o menino bicar o dedo mindinho na mesinha de centro. – Está com fome?
– Aham.
– Tem alguma coisa na cozinha?
– Não sei. Vê lá!
– Ok. - Ela entrou na cozinha e abriu a geladeira. – Limão, ovo, água... Frutas cristalizadas? – Ela fechou a geladeira e abriu um armário. – Teia de aranha, farinha, miojo, biscoito... Miojo? – Os olhinhos de brilharam ao ver o pacotinho de macarrão instantâneo lá no fundo do armário. – HARRY, QUER MIOJO?
– Pode ser! – Disse ele, entrando na cozinha.
– Então vou fazer pra gente.
Comeram e deixaram a louça na pia. Foram para a sala. Harry ligou a televisão em um canal qualquer, abraçou e começou a dar beijinhos no pescoço dela.
– Não adianta vir com beijinhos, porque eu não esqueci sua grosseria agora há pouco.
– Ah, , é tudo culpa da !
– Da ? Por quê?
– Ela é muito inconveniente, você sabe... Lá no quarto.
– Ah, Harry, ela não sabia!
– Mesmo assim.
– Por isso que você me trouxe pra cá?
– Claro! Pelo menos, aqui a gente tem privacidade.
– E o que você queria fazer comigo que precisasse de tanta privacidade?
– Vou te mostrar.
– Amanhã, Harry, amanhã você me mostra tudo que você tem que mostrar. Tá bom, amor? Estou morrendo de sono. – disse, dando um selinho no namorado e levantando. – Você não vem?
– Estou indo... – Harry falou, bufando. “, você me paga!”
Harry foi até o quarto, onde arrumava a cama. Eles deitaram, virou para Harry e deu um beijo intenso e longo.
– Boa noite, Harry. – Ela o provocava passando, os lábios sobre os dele.
– Boa noite, . – Ele a abraçava pela cintura fortemente, como se tivesse guardando um tesouro.
Foram dormir, uns satisfeitos com o dia e outros fulos da vida.
Capítulo 13
“As juras de amor ao pé do ouvido, truque do desejo, guardo na boca o gosto do beijo...” (Palpite – Vanessa Rangel)
O dia amanheceu para todos, mas era um dia chuvoso, um dia em que todos davam tudo para ficar na cama debaixo das cobertas. Danny acordou cedo e desceu, preparou um super café para , que ainda dormia. Subiu as escadas devagar para não acordar ninguém, viu sair do quarto, fechando a porta atrás de dela.
- Bom dia, Danny, já de pé? - Ela cumprimentou o menino.
- Ontem discuti com a , aí hoje resolvi fazer uma surpresinha.
- Ah, tá, entendi, vai lá antes que essa bandeja caia.
desceu as escadas entrando na cozinha, abriu a geladeira e pegou a caixinha do leite, tomou um copo acompanhado de bolachas, ouviu um barulho vindo da escada e viu entrando correndo na cozinha, e pegando dois biscoitinhos.
- Oi, , bye, .
- , assim você vai morrer desnutrida, senta e come direito.
- Não posso, estou atrasada pro plantão, quando o Tommy acordar fala que eu deixei um beijinho pra ele.
- Ok... Se não tem jeito.
- Beijo, .
- Nossa! Ainda bem que eu não tenho nada pra fazer agora de manhã.
- ?
- Oi, amor, acordou cedo.
- Senti frio, você não estava mais lá pra me esquentar.
- Oh, meu Deus, coitadinho dele, vem cá, vem, bebê. - Dougie chegou perto de que o beijou, dando bom dia. - Quer comer alguma coisa?
- Hum... Na verdade, sim... – Dougie lançou um olhar pervertido para .
- Dougie, quanto hormônio! Estou falando do café da manhã. - Ela ria do namorado.
- , está frio, vamos pro quarto. Ainda está cedo.
- Ok, Dougie, você venceu, mas depois não venha reclamar comigo que você está com fome.
- Oba!
- Ê criança!
- ?
- Oi, amor.
- Você vai fazer a criança feliz?
- Dougie!
Danny entrou no quarto devagar para não acordar que dormia como um anjinho, deixou a bandeja de um lado da cama e falou baixinho tentando acordar a menina.
- Pequena, acorda, fiz uma surpresa pra você. - se remexeu na cama e abriu o olho, sorrindo para Danny.
- Hum, como é bom acordar assim.
- Trouxe café na cama pra você. - Danny abaixou e pegou a bandeja colocando no seu colo.
- Nossa, quanta coisa.
- Fiz tudo sozinho!
- Que orgulho! - deu uma risadinha.
- Está frio, né?
- É, está chovendo!
- Danny, é hoje que vocês têm ensaio pro show de sábado, né?
- Ih, é verdade! Estranho, o Fletch ainda não ligou.
- Que bom, assim você fica mais tempo aqui comigo. - Disse a menina, colocando a bandeja no chão e puxando Danny para um beijo.
- Hum, está começando a esquentar.
- Danny, assim você tira todo o clima, poxa.
- Desculpe, pequena. - Ele puxou a garota para perto, colando os corpos que já conheciam perfeitamente, começaram um beijo suave e doce, Danny passou a língua pela boca da garota, que deu passagem para um beijo mais quente e intenso, ficaram assim, trocando beijos e carícias até adormecerem de novo.
Tom se mexeu na cama e viu que estava sozinho, abriu o olho e confirmou, estava sozinho na cama, levantou e foi até o banheiro do quarto, ninguém também.
- Bendito plantão. Será que vai ser sempre assim? Vou ter que aprender a dividir ela com você, nada de muita proximidade, ok? Tom, seu idiota, pára de falar sozinho. - Tom conversava com o nada, queria mesmo que estivesse ali com ele. Seu celular tocou e saiu correndo pra procurar. - Onde foi que eu coloquei? - Seguiu o barulho que saía do bolso de sua calça que estava jogada no chão, pegou o celular e olhou no visor. - Fletch! - Tom exclamou e atendeu o aparelho que não parava de tocar. - Alô?
- Thomas?
- Oi, Fletch!
- Te acordei?
- Não, já estava acordado.
- Estou ligando para lembrar que hoje tem ensaio para o show de sábado.
- Eu sei, já avisei aos outros.
- Então não se atrasem, 14:30 no estúdio!
- Ok.
- Até mais, Tom.
- Até mais, Fletch. - Tom desligou o celular e se jogou na cama. Olhou para o relógio, oito horas, como conseguiu acordar tão cedo? Ficou se mexendo na cama até que voltou a dormir.
acordou e ficou olhando Harry dormir, como conseguia ser tão lindo? Olhou no relógio, pensou que era maluca, só uma pessoa sem sanidade pra acordar uma hora daquela pra ficar observando outra dormir, mas como ela o amava, Harry abriu os olhos devagar e viu o olhando.
- Bom dia, princesa.
- Bom dia. - A menina respondeu, dando um selinho no rapaz.
- Dormiu bem?
- Melhor impossível, e você?
- Poderia ter sido melhor. - Harry lançou um olhar significativo para a menina que riu.
- Você não presta. - Disse ela, ameaçando levantar.
- Ah, não, , você não vai levantar, né?
- Tenho que ver se o Charlie me ligou. Acho que ele vai precisar de mim hoje mais tarde.
- Estou começando a ficar com ciúmes desse tal de Charlie.
- Do Charlie? Fala sério, hein, Harry? - A garota riu. Harry a puxou pelo braço fazendo com que ela olhasse para ele.
- Você não vai sair daqui tão cedo.
- Nossa, já que você insiste, eu fico. - Disse ela, rindo.
Harry a puxou pela cintura, colando os corpos, fazendo com que a garota fechasse os olhos e desse um gemido, ele começou a beijar o pescoço dela, fazendo com ela sentasse em seu colo, começaram a se beijar suavemente, mas com o tempo o beijo foi se intensificando e as carícias também, Harry passava a mão por debaixo da blusa do baby doll da menina, o tirando com cuidado, deixando o colo dela nu, Harry a deitou na cama e se posicionou em cima da mesma, acariciando suas curvas, e beijando cada parte nua do corpo dela, ela pensava em mil coisas e em nada ao mesmo tempo, como pode ter demorado tanto para sentir o que Harry a estava fazendo sentir, ela passou as mãos pelas costas do menino fazendo com que ele continuassem o que estava fazendo e com mais vontade, Harry tirou o short da menina e logo em seguida todas as roupas que ainda restavam já estavam jogadas no chão, Harry beijava com carinho, suas línguas se mexiam em sintonia, suas respirações eram compassadas, pousou suas mãos nas coxas da garota, que gemia baixinho. Harry chegou mais perto do ouvido dela e sussurrou bem baixinho, fazendo com que ela se arrepiasse.
- Te amo.
- Mais que tudo.
Harry fez mais um movimento e deitou a cabeça no ombro de , que deu um grande suspiro. Harry virou pro lado, olhando para que estava de olho fechado ainda. Ela olhou para ele e sorriu como nunca tinha sorrido antes.
- Você me fez o homem mais feliz do mundo.
- Você me fez sentir completa. - beijou Harry com carinho, ficaram assim por um tempo, abraçados, até que se pronunciou. - Harry, você está dormindo? - A menina não obteve resposta, se aconchegou no peito do namorado com um sorrisinho bobo na boca e dormiu.
A hora foi passando e todos estavam dormindo.
acordou de repente e de curiosidade olhou no relógio.
- Meu Deus! Harry, acorda! Já é uma hora! Acorda, Harry, você tem ensaio!
- Hã?
- Harry, levanta e vai logo tomar banho, você tem uma hora pra chegar ao estúdio, o Charlie vai me matar.
- Ei, ei, calminha, vem aqui!
- Não, Harry, eu e você temos que trabalhar.
- Ai, ai, por que eu escolhi logo a mais certinha?
- Está arrependido?
- Jamais.
- Então vai logo.
- Ok, já estou indo.
- , a comida sai ou não sai? - Perguntava Tom da sala.
- Se o Dougie parar de me atormenta, sai.
- Poxa, , estou aqui te fazendo companhia e é assim que você fala?
- Dougie, você está em cima de mim, não consigo nem respirar.
- Já que você não quer minha companhia, eu vou pra sala falar com o Tom.
- Aproveita e chama o Danny, vocês têm ensaio hoje.
- Você vai pra veterinária hoje?
- Vou sim, por quê?
- Então só vou te ver de noite?
- Creio que sim.
- Vou ficar com saudades.
- Também vou, mas vai logo lá, vai, amor da minha vida.
- Já que você está me expulsando com tanto carinho, eu vou. - Dougie deu um beijo no pescoço da garota e saiu.
- Tom, amor da minha vida, que horas o Fletch falou pra gente estar lá mesmo?
- Duas horas, Poynter.
- Vou chamar o Danny, a já está acabando o almoço.
- Boa sorte!
Dougie subiu as escadas e parou em frente ao quarto de , bateu na porta e nada, bateu de novo e nada, resolveu abrir devagar para não dar susto em ninguém ou então ele não se assustar. Viu que Danny dormia abraçado a e achou bonitinho, quem diria seu amigo pegador vidrado em uma só.
- Danny, acorda, cara, tem ensaio. - Dougie tentava, mas o máximo que conseguia era ouvir algo que não identificava saindo da boca de Danny, teve uma idéia, sabia que ia funcionar. - Danny, o almoço está na mesa.
- O quê?
- Sabia que isso ia funcionar.
- Dougie, o que você está fazendo aqui?
- Te acordando? - Dougie perguntou como se fosse óbvio.
Danny olhou para , que acordou e levou um susto com Dougie em seu quarto, e puxou a coberta, se tampando.
- Não olha para ela, Poynter, ou então acabo com você.
- Hey, não vou olhar para ninguém, até porque... - Dougie deu uma pausa olhando pra . -... Eu tenho a , e isso que o Danny vê em você, eu vejo nela. Vim só avisar que o almoço está na mesa e o Fletch já ligou, temos que estar lá às duas horas.
- Que horas são? - Perguntou Danny.
- Meio dia.
Danny e se levantaram, se arrumaram e desceram, todos almoçaram e os meninos foram para o estúdio, era o último ensaio antes do show. Depois que os meninos saíram, foi se arrumar pra ir para a clínica e estava em seu quarto.
- ?
- Oi, .
- Assim... Er... Você e o Dougie... Tipo... - Ela tentava, mas não conseguia perguntar.
- , não precisa ficar com vergonha, pode perguntar.
- Ah, , você sabe o que eu quero perguntar.
- Eu sei, e, sim, eu e o Dougie já fizemos isso, sim. Por quê?
- Nada.
- , pode falar, confia em mim.
- Ah, , é que eu fico sem graça.
- Ô, minha pequena com vergonha. , você é a nossa mascote, e não precisa dizer, eu sei que você e o Danny já passaram das preliminares.
- Como você sabe?
- Ora, quando essas coisas acontecem, a mulher fica mais bonita, sabe, o corpo muda, fica mais feliz.
- Ah, sei, o que você acha que a vai dizer?
- Não sei, meu bem, fala com ela como você falou comigo.
- Vou ao quarto dela agora.
- Perda de tempo. Ela não dormiu em casa.
- Como assim, onde ela dormiu?
- Não sei, porque o Harry ficou estressado e levou ela ao apartamento dele.
- Hum, o que será que eles não aprontaram lá?
- Prefiro pensar que dormiram como uns anjos e há essa hora o Harry já está no estúdio e a na sala de Charlie, discutindo com ele.
- Vai nessa, .
- , abre teu olho, hein? Bom, já vou indo, qualquer coisa você tem o telefone lá da clínica!
- Tá, né, vou mofar em casa mais um dia.
- Aproveita e dá uma geral aqui em casa.
deu de ombros e saiu. O dia de todos passou normal, de noite as meninas estavam reunidas no quarto de conversando.
- Então, , como foi a noite na casa do Harry? - Perguntou , do banheiro.
- Perfeita, dormi como um anjo.
- Está falando sério? - Perguntou , olhando para a amiga.
- A noite foi assim, já à manhã foi bem diferente.
- O que você fez, ? - perguntou, olhando torto para a irmã.
- Nada que você e o Danny ainda não tenham feito.
- !
- Ah, , no início eu não queria pensar nisso, mas ontem depois de uma conversa com a , eu olhei as coisas com outros olhos.
- Santa ! - abraçou a amiga que estava ao lado da irmã.
- E você, , como andam as coisas com o Tom?
- Ótimas, melhor impossível!
- Sério? - Perguntou , fazendo careta.
- Sério. E, sim, suas pervertidas. Meu Deus, vocês não eram assim.
- Sabe o que estava pensando? - virou para as amigas.
- O quê? - Perguntaram as três juntas.
- A gente podia ir para a turnê junto com eles.
- , nós temos coisas para fazer, não somos desocupadas como você, esqueceu? - Perguntou , olhando pra irmã.
- Ah, , vocês podiam tirar uma folga, né?
- A gente fala sobre isso depois.
- Bom, meninas, vou dormir. Boa noite para todas. - Despedia-se .
- Eles não vêm hoje mesmo? - Perguntou , com uma ponta de esperança no coração.
- Não, , eles também tem a casa deles, todo dia também não dá. - Respondeu , dando um beijo no topo da cabeça da menina. - Boa noite, amores.
- Boa noite, . - Depois de algum tempo todas já estavam em suas respectivas camas, dormindo.
Danny chegou em seu apartamento, se jogou na cama e dormiu como estava. O dia foi cansativo mesmo.
Dougie chegou em casa e foi tomar banho, lembrou do dia anterior quando a namorada quase o enfiou debaixo do chuveiro. Tomou um banho e foi se deitar.
Harry chegou e foi direto para a cozinha, comeu alguma coisa, tomou banho e foi dormir, queria estar bem no dia seguinte para se encontrar com .
Tom, diferente dos amigos, sentou no sofá e ligou para . O telefone do quarto de tocou e ela levou um susto, quem ligaria àquela hora?
- Quem morreu? - Perguntou .
- Oi pra você também, amor!
- Ah, Tom, não sabia que era você.
- Estava dormindo, né? Devia ter imaginado, me desculpe.
- Não faz mal.
- Estou com saudades.
- Também estou com saudades, hoje saí cedo e fiquei com pena de te acordar, estava dormindo tão bonitinho.
- Você devia ter me acordado, para eu poder, pelo menos, te dar um beijo de bom dia.
- Tá bom, da próxima vez eu te acordo.
- Bom, vou te deixar dormir. Te amo. Boa noite, durma bem, Beijos.
- Uhum, você também, também te amo. Beijos. - desligou o telefone e desabou na cama. Tom tomou um banho e se deitou.
Na manhã de sexta-feira, os meninos acordaram no que eles achavam que era cedo e foram direto para a casa das garotas, tinham combinado de almoçarem todos juntos, nesse dia eles teriam que dormir mais cedo, pois no dia seguinte era o dia do show! Os meninos se encontraram no Hall do prédio onde moravam, e foram juntos.
- ? - chamou.
- O quê?
- O que você está fazendo pra gente comer?
- Lasanha, por quê?
- Porque o cheirinho está uma delicia, espero que o gosto também.
- , você está cansada de comer a minha lasanha.
- Eu sei.
- Você não tem plantão hoje, não?
- Não. Esse fim de semana é de folga.
- Que bom, já estava ficando preocupada com você nessa correria toda.
- É, eu estou cansada, preciso descansar, aí pedi essa semana de folga.
- Ah, tá. A lasanha está pronta, só esperar eles chegarem.
- Cadê a e a ?
- Aposto que a está passando um sermão para a .
- Por que, ?
- Porque ela sempre faz isso, até eu que só sou amiga, ela fica dando sermão.
- É, eu sei como ela é. - e ficaram conversando baboseiras na cozinha e e conversavam no quarto.
- , você já falou com a minha mãe essa semana?
- Não. - mexia em Ringo.
- Estou morrendo de saudades.
- Também, mas não voltaria agora para lá. Acho que minha vida agora é aqui.
- Você nem faz nada aqui. - ria da irmã.
- Por enquanto. Minhas aulas já vão começar de novo, está bom?
- Eu sei. - Um breve silêncio se instalou no quarto.
- , olha, eu só tenho dezessete anos e moro fora do meu país com minhas amigas e minha irmã, tenho um namorado famoso... Isso está certo? Não, porque garotas na minha idade moram com os pais e estão terminando o colegial.
- , você não é igual à todas as meninas da sua idade, e não se preocupe com isso, você já está muito crescidinha, sabe muitas coisas já, e não sei porque está se preocupando com isso agora. - Escutaram a campainha da casa tocar.
- É, você está certa, vou descer, eles chegaram.
- Só vou terminar de arrumar algumas coisas aqui e já estou indo.
- Está bom!
Toc-Toc.
- Chegaram os famintos. - Disse , se levantando e indo até a porta.
- Hey, , onde está a ?
- Oi, Danny!
- Oi, Tom! - Deu um selinho no namorado. Harry e Dougie tentaram passar juntos na porta, mas ficaram entalados.
- Vai você primeiro, Dougie.
- Obrigado, Harry. Hey, !
- Oi, .
- Olá, meninos! - Todos entraram e foram direto pra sala, onde se jogaram no sofá.
- DANNY! - , que descia a escada, saiu correndo e se jogou em cima do namorado.
- Hey, pequena, isso tudo é saudade?
- Sim, muitas saudades! - A garota dava pequenos beijinhos no namorado.
- Também estava morrendo de saudades.
- Cadê a ? - Perguntou Harry, achando estranho que ela não estava ali com eles.
- Ela está terminando de arrumar algumas coisas lá em cima. - Respondeu , deitada no colo do namorado.
- Vou lá falar com ela. - Harry se levantou e foi em direção ao quarto da menina, abriu a porta.
- HARRY, FECHA JÁ ESSA PORTA!
- Nossa, , é assim que você me recebe?
- Estou trocando de roupa caso você não tenha reparado.
- Nada que eu ainda não tenha visto. - Harry abraçou por trás, beijando o pescoço dela.
- Harry, nem tenta, estou morrendo de fome. - Falou a menina, colocando uma calça jeans.
- Você também, é muito estraga prazeres.
- Você que não tem limites. Vem, vamos descer. - puxou Harry pela mão e foram em direção à sala.
- Hey, meninos! - Cumprimentou .
- Oi, ! - Disseram em coro.
- O almoço está na mesa. - apareceu na porta da cozinha, chamando todos.
- Oba! - Danny foi o primeiro a entrar na cozinha e a sentar em volta da mesa.
- Dougie, você nem falou comigo. - fez biquinho.
- Oh, meu amor, não queria te atrapalhar. - Disse ele abraçando a namorada e dando um beijo.
- Você nunca atrapalha.
- Olha a melação aí, vai acabar a comida. - Harry disse, já na mesa.
Todos comeram e Danny repetiu três vezes, o que deixou preocupada.
- Satisfeito, Danny? - Perguntou .
- Muito, essa lasanha da estava divina, e a sobremesa?
- Merengue de banana! - disse tirando um doce de encher a boca de água. – Tom, me dá seu prato.
- Não, , muito obrigado.
- Você não vai querer?
- É que... Er... Eu não sou muito chegado em banana. - Disse Tom, com vergonha de não aceitar o doce.
- Ah, ok, tem doce de leite.
- Eu aceito. - Terminaram de comer, ficaram conversando um pouco na cozinha e resolveram assistir um filme.
- Qual, Harry? - Perguntou Tom ao amigo.
- Qualquer um, ninguém vai ver mesmo.
- HARRY! - As meninas disseram juntas.
- Vocês não estão falando sério, né?
- Eu quero assistir. - disse deitando entre as pernas de Dougie.
- Quer mesmo, ? - Dougie perguntou cabisbaixo.
- Aham.
- Ih, acho que alguém ficou desapontado. - Caçoou Tom.
- Cala a boca!
- Dougie, não fala assim. - Ficaram vendo uns filmes, até que teve uma idéia.
- Gente, isso aqui está entediante, vamos ao shopping?
- Está maluca? Quer que a gente morra assediado? - Falou Dougie, assustado com a proposta da menina.
- Dougie, vocês vão estar com a gente, vamos, por favor.
- não pede assim, você sabe que eu não resisto. – Disse Dougie fazendo com que Tom e fechassem a cara com ciúmes.
- É uma boa idéia, vamos, Danny? - Perguntou ao namorado, que não estava com uma cara muito boa.
- Não acho uma boa idéia, a gente podia ficar aqui, nós dois, deitadinhos, seria mais interessante.
- Não, Danny, eu quero ir ao shopping.
- Ok, é você quem manda, mas se tiver fãs loucas e paparazzis, não reclama de aparecer na capa da revista de fofoca!
- Dougie, pode deixar que eu tomo conta de você. – Disse .
- Assim eu fico até mais calmo. - Ironizou ele.
As meninas foram trocar de roupa.
- Será que não vai ter nenhuma fã louca lá?
- Ai, , louca eu não sei, mas que vai ter fã, vai, e paparazi. - Respondeu , já pronta, esperando as amigas.
- Acho que não, eles não sabem que os caras do McFly resolveram ir ao shopping com as namoradas. – Disse .
- Estou pronta, vamos? - Disse .
- Vamos! - Responderam as outras. Desceram as escadas e viram os meninos conversando.
- Hey, amores, vamos? - Perguntou , dando a mão pra ajudar Dougie a se levantar.
- Vocês têm certeza disso, né? Depois não falem que a gente não avisou.
- Deixa de ser medroso, Thomas! - entrou no carro do namorado. Chegaram ao shopping, andaram pelas lojas, uma ou outra fã passava e pedia para tirar foto ou um autógrafo.
- Está vendo como não é tão ruim assim? - Disse para Harry.
- Sorte sua que hoje não teve nenhuma fã histérica.
- Deixa de ser velho, Harry!
- Não sou velho, é a realidade. - Foram conversando, pararam para lanchar e voltaram para casa. Chegando na casa das meninas, cada um foi para o seu respectivo quarto.
- Viu, Harry, você ficou de bico a tarde toda à toa, nem doeu.
- , você sabe que é muito arriscado, e se tivesse uma fã louca?
- Eu te protegia dela.
- Eu sei, você é minha heroína!
- Sempre. Mas, me diz, como que vocês vão fazer amanhã?
- Temos que estar lá de manhã para passa o som, essas coisas.
- Poxa, só vou te ver de noite?
- Sim, mas aí a gente mata toda a saudade. - Harry disse beijando a namorada.
- Já entendi, Harry. - riu. Ficaram no quarto deitados, conversando e trocando carinhos, nesse dia ninguém mais saiu dos quartos.
- Amor, adorei passear no shopping com você de mão dada, para todas aquelas pessoas verem que você já tem dona!
- Nossa, , você é egoísta.
- Não, não, só cuido do que é meu, e não te divido com ninguém, só com sua mãe, claro.
- Falando em minha mãe, eu tenho uma notícia para te dar.
- O que é?
- Minha mãe marcou um jantar segunda-feira para te conhecer.
- O QUÊ?
- Um jantar, ora, vai me dizer que está com vergonha de conhecer minha mãe?
- Na verdade, sim, eu planejava isso para daqui a alguns meses.
- Pois vai ser segunda-feira e você vai estar lá do meu lado, maravilhosa.
- Ai, Dougie, que vergonha.
- Não sei de que, ela é só a minha mãe.
- Ah, mas eu fico com vergonha.
- Tá bom, vamos mudar de assunto, amanhã vocês vão ficar na parte VIP, quando vocês chegarem, é só fala com o Fletch que ele vai dar o convite.
- Nossa, que chique, meu primeiro show do McFly, os SOD, vão estar lá?
- Por que você quer saber?
- Você sabe, né, o James cute-cute.
- Ah, é assim? - Dougie fechou a cara.
- Oh, não fica com ciúmes, não, você sabe que eu só tenho olhos para você. - Ficaram um colocando ciúmes no outro e rindo muito.
- Tom!
- Oi, amor!
- Vem logo, a cama está fria.
- Nossa, você me chamando assim, eu não penso nem duas vezes. - Tom se jogou em cima de , que ria, trocaram beijos e carícias.
- Amanhã, quando eu estiver lá no palco, eu vou dedicar uma música para você. - Tom disse, parando um beijo.
- Que honra! Qual música?
- Você vai ver na hora. - Voltaram a se beijar, e ficaram assim, até adormecerem.
- Harry, amanhã o Steve vai estar lá?
- Por que, ?
- Porque meu segundo sonho era conhecer ele!
- Ah, é? E qual era o primeiro?
- Conhecer você e te ter só pra mim.
- Sendo assim, esse você já realizou, pode deixar, amanhã eu te apresento ao Steve, mas de longe, ok? Nada de muita aproximação.
- Sabia que eu te amo muito?
- Sabia! - Ficaram abraçadinhos e assim dormiram.
- NÃO! NÃO! TOM! - gritava à plenos pulmões - VOLTA!
Ela viu Tom entrar em um avião, dando adeus. Era toda aquela despedida sofrida, mais uma vez. Ela sentia que ele ia embora para sempre. O portão de embarque se fechou e ela não o viu mais. Tudo ficou escuro.
- TOM! NÃO ME ABANDONA! POR FAVOR. - Agora ela chorava copiosamente.
- , querida... - Ela sentiu ser sacudida e abriu os olhos. Viu Tom olhando-a, preocupado. Ela o abraçou, permitindo-se chorar ainda mais. - Foi um pesadelo. - Ele afagava a cabeça da namorada. - Eu estou aqui.
- E-e-eu (soluçou amargo)... V-v-vi... (soluçou mais) V-você... Indo embora de novo. - Ela o apertou mais forte.
- Eu estou aqui agora.
- Foi horrível! Foi horrível te ver passando por aquele portão de embarque, ver o avião decolando! Achei que eu não te veria nunca mais.
- E eu? Ter que entrar naquele avião foi a coisa mais difícil que já fiz em toda a minha vida. - Ele sentiu seu coração se aquecer. Foi difícil ter que ir embora, mas saber que também sentia sua falta lhe deixou feliz de algum modo. - Pensei que ia te perder para sempre. Que ia voltar um tempo depois e você estaria casada, trabalhando e me olhando como se eu fosse um romântico idiota.
- Você pensava em voltar? - Ela estava mais calma.
- Eu pensava em voltar no momento em que botei o pé no aeroporto. – Ele sorriu. Era diferente, vê-la tão frágil. - Eu te amei na hora que te vi correndo atrás da sua amiga maluca. - soltou um riso, misturado com um soluço. Tom continuou falando. - E agora que você está comigo, eu sou o cara mais feliz do mundo e nada vai me separar de você.
- Como você sabe?
- Você me ama e isso basta para saber que não importa como, a gente vai voltar a ficar junto.
- Acho muito bom mesmo! - Ela o abraçou mais forte ainda, e assim adormeceram.
- DANNY! - batia na porta do banheiro.
Ouviu um barulho estranho.
- Sai, . - Gritou Danny cuja voz saía abafada.
- Não vou, não. Eu quero entrar. - Ela batia mais forte ainda.
- VOCÊ NÃO VAI ME VER DESSE JEITO!
- VOU SIM! ABRE A DROGA DA PORTA!
- EU ESTOU HORRÍVEL!
- PEQUENO, VOCÊ É MEU NAMORADO E PRECISA DE MIM! ABRE, POR FAVOR. - Ela ouviu um suave “click”. Girou a maçaneta e viu Danny pálido, com o cabelo todo bagunçado e com a cara amassada. - Como você está se sentindo?
- Vazio. - Respondeu, indo de novo ao vaso, tentando vomitar, mas sem sair nada. - Vai dormir, . Está tarde, não é justo você passar à noite me olhando vomitar. É nojento demais.
- Danny, eu não conseguiria dormir sabendo que você está assim. Fica aí que eu vou buscar biscoito de água e sal para você. - Saiu e voltou rapidamente. - Come isso que melhora o enjôo. - Ele pegou os biscoitos e comeu. Danny deitou no colo da namorada que ficou fazendo carinho.
- Isso é novo para mim, ter alguém que se preocupa.
- Pois se prepare, você tem alguém que se preocupa com você cem por cento do tempo.
- Ótimo. Porque eu também me preocupo com ela cem por cento do tempo. - Ele sorriu e se aconchegou no colo. - Eu te amo.
- Eu também te amo. - E sobre o frio assoalho, os dois dormiram.
TRIM! TRIM!
atendeu o telefone sem pensar duas vezes, já sabia quem era.
- FILHO DA MÃE, DESGRAÇADO, MULA, PLAYBOY DOS INFERNOS.
- Bom dia para você também, querida.
- ? - Harry coçou os olhos sem entender muita coisa.
- Volta a dormir, Harry. É só o Charlie no telefone.
- Uh... O senhor Judd dormiu aí! Que chique!
- Cala a boca! O que você quer, seu desocupado?
- Não me trate desse jeito quando só o que quero é te fazer feliz. Admita, eu sou o seu fado padrinho.
- Fado padrinho? Você andou bebendo de novo, Charlie?
- É... Fado padrinho! Não me questione! Tenho uma oferta irrecusável. Natasha tem se sentido um tanto só, então pensei que você e suas amigas poderiam levá-la às compras. O que acha?
- Sei não... Hoje é domingo e tem o show dos meninos...
- Eu libero meu cartão platina para vocês.
- Onze horas aqui na minha casa.
- Sabia que isso te convenceria. Bom dia, princesinha.
- Bom dia, príncipe/fado padrinho.
Ela desligou o telefone, rindo.
- Você o chama de príncipe? - Perguntou Harry, sentando-se na cama.
- É uma brincadeira antiga.
- Tenta me explicar. - Ele parecia irritado.
- Quando eu me mudei para cá, a gente foi fazer uma sessão de fotos que era em um parque temático, aí tinha aqueles negócios que tem uma cena acontecendo e o buraco para você colocar a cabeça e ser o personagem. Pois eu e o Charlie fomos naquilo e tiramos a foto, eu de princesa e ele de príncipe. Acabou que o apelido pegou.
- Você não ME chama de príncipe!
- Ah, Harry, você vai querer brigar por isso? Pelo amor de Deus, é uma piadinha velha.
- Você é cheia dessas piadinhas velhas com ele! Já percebeu isso? - Ela começou a rir. - ESTÁ RINDO DE QUÊ?
- DE COMO VOCÊ É IDIOTA! ESTÁ COM CIÚME DO CHARLIE!
- E NÃO É PARA ESTAR? VOCÊ PASSA BOA PARTE DO SEU TEMPO COM ELE!
- ULTIMAMENTE EU PASSO MEU TEMPO COM VOCÊ, HAROLD!
- QUANDO VOCÊ ESTÁ COMIGO, FALA NO CHARLIE TODA HORA!
- CARAMBA, HARRY! AGORA VOCÊ SÓ ANDA RESMUNGANDO, RABUGENTO. O ÚNICO MOMENTO QUE VOCÊ FOI RELATIVAMENTE GENTIL FOI QUANDO DORMIU COMIGO!
- TALVEZ PORQUE A ÚNICA COISA QUE EU QUISESSE FOSSE ISSO. - Gritou, a raiva borbulhando. Quando viu já tinha soltado aquela besteira e não tinha mais volta. Viu a menina cambalear como se tivesse sido atingida por algo, a porta do quarto tinha sido aberta.
e Dougie estavam parados na frente.
Tom e mais atrás, chocados com a situação.
começou a chorar, sentada no chão. Harry sentiu seu coração ser tirado do corpo ao vê-la daquele jeito, tentou remediar a situação, socorrê-la...
- ... Meu amor...
- Saía daqui, Harry! - Sussurrou, com o fiapo de voz. - Saía e esquece que me conhece.
Ele saiu, Tom e Dougie saíram também, enquanto as amigas ficaram consolando-a.
- . – Falou ele com voz de manha.
- Douglas, eu quero dormir.
- Eu quero passar algum tempo com você já que eu vou ensaiar.
- Soa justo. - Ela abriu os olhos e sorriu para o namorado. - O que você tem em mente?
- Tomar banho. - o olhou, confusa. – Nós dois juntos.
- Gostei da idéia.
“E NÃO É PARA ESTAR? VOCÊ PASSA BOA PARTE DO SEU TEMPO COM ELE!”
- Acho que o nosso banho vai ficar para depois. - Murmurou Dougie.
- É...
Os dois caminharam até o quarto do lado, abriu levemente a porta e ficaram assistindo a tudo aquilo. Logo e Tom se juntaram a eles.
Em pouco tempo tudo estava acabado.
não conseguia dormir há algum tempo, ficou olhando Tom dormir. A covinha estava à mostra, dava para ver mesmo com ele de costas para ela.
- Tom... - Chamou sem que ele se mexesse. - Thomas.
Ele não se mexeu. começou a dar beijinhos nas costas do namorado.
- Hum... - Ele se virou, abrindo os olhos e olhando para a namorada. - Gostei de ser acordado assim. Mesmo sendo tão cedo.
- É para que a gente possa aproveitar mais o dia. Você tem ensaio cedo.
- Apoiado! - Ele a puxou pela cintura e a beijou.
“QUANDO VOCÊ ESTÁ COMIGO, FALA NO CHARLIE TODA HORA!”
- Essa gritaria vem... - Tom arregalou os olhos.
-... Do quarto da . - Os dois levantaram correndo e foram até o quarto.
Chegaram lá encontrando e Dougie parados na porta, olhando a cena.
jazia chorando no chão, Harry passou correndo.
- Eu vou atrás dele. - Tom disse e Dougie foi junto.
se mexeu e bateu com a cabeça no porta-papel higiênico.
- Ai! – Gemeu, acordando Danny que estava em seu colo.
- Hein? O que aconteceu?
- Acho que a gente dormiu aqui. - Ela tentou sorrir mesmo com a cabeça latejando da pancada. - Está melhor?
- Muito melhor. Obrigado por ter estado aqui comigo. - Ele tentou beijá-la, mas ela se esquivou.
- Eu te amo e tudo mais, só que você andou vomitando e isso não é muito agradável.
- Eu entendo. - Ele se levantou, pegando sua escova de dente. - Eu vou cobrar.
- Pode cobrar. - Ela pegou sua escova também.
Os dois escovaram os dentes e saíram do banheiro, passaram pelo quarto de , viram as meninas no chão ao redor de .
- O que houve? - Indagou , preocupada.
- Ela e o Harry brigaram. - Respondeu .
- Foi feio. - Completou .
- Eu vou atrás deles. Tchau, pequena. - Danny deu um selinho na namorada e desceu as escadas correndo.
Capítulo 14
“Esta é a história de uma garota que chorou um rio e inundou o mundo inteiro” (Story Of A Girl – Three Doors Down)
- Eu sou um babaca, um otário, uma anta... - Harry batia a cabeça no vidro, repetidamente. - Por que eu fui fazer isso?
- Porque você é um babaca, otário, uma anta. - Respondeu Dougie, olhando para o amigo. - Não esquece o canalha...
- A estava bem mal. - Observou Tom enquanto dirigia.
- Nem me fala. Ela me odeia, eu sou um canalha! - Continuou batendo a cabeça no vidro.
- E um sacana... - Completou Dougie.
- Por que você falou tudo aquilo, dude? Eu não entendi nada, achei que você a amava. - Despejava Tom.
- Eu a amo, demais! Eu estava com ciúmes do Charlie, ele esteve do lado dela quando ela mais precisava, eles têm uma história...
- Dã, eles são amigos. - Dougie não conseguia entender.
- Mas era para ser EU a passar tudo ao lado dela, NÓS termos uma história.
- Vocês teriam uma se VOCÊ não tivesse se irritado e falado todas aquelas idiotices. - Tom olhava para o amigo com pena. Sabia que ele não queria ter dito todas aquelas coisas, mas disse. Só esperava que não fosse tarde demais. - Chegamos.
- Como você está? - Perguntou , pela milésima vez.
- Tão mal quanto estava há cinco minutos, da última vez que você me perguntou. - estava jogada no sofá porque não conseguia mais ficar em seu quarto. - Eu odeio tudo isso!
- Fica assim não, amiga. - Pediu . - Tenho certeza que tudo vai se acertar.
- O Harry te ama. - Completou .
- Não sei se quero que tudo se acerte mais, porque nem sei se ele me ama mesmo. - Sussurrou . - Olha como os meninos tratam vocês e olha como ele me trata! Nunca que o Tom falaria aquilo!
- O Harry, não é o Tom. Eles são diferentes. - Argumentou .
- Talvez não seja para a gente ficar junto, sabe? - Insistiu . - O Danny era mulherengo até que encontrou a e mudou. Pode ser isso, ele tem que encontrar a garota por quem ele vai mudar.
- O Danny não mudou. - ficou envergonhada.
- Ah, nisso até eu concordo com a . - Apoiou . - O Danny agora é todo meloso. “Cadê a ?” “Senti sua falta, pequena!”.
começou a fazer imitações de Danny, arrancando risadas das meninas.
- A gente só não falou da pessoa mais importante.
- Ué, . A gente já falou do meu Tom.
- Nada disso. Mais importante é o meu Danny.
- Hahaha... Claro que o Dougie é o mais importante. Meu namoradão perfeito.
- Óóó... Que fofo. - Brincou . - Sabem o que melhoraria meu astral?
- O quê? - Perguntou .
- MONTINHO NA ! - Gritou , pulando em .
As outras duas pularam também.
- Pára tudo! - Pediu Tom pela vigésima vez. - Harry, você errou “All About You” de novo!
- Vamos parar um pouco. - Sugeriu Danny.
Os quatro desceram do palco. Harry se afastou com o celular na mão.
- O que está acontecendo com ele? - Perguntou Fletch.
- Ele e a brigaram feio. - Explicou Dougie.
- O quão feia foi a briga?
- Fletch, foi a Terceira Guerra Mundial. - Disse Tom. - Ele falou umas coisas, ela mandou-o para fora dizendo para esquecê-la.
- Ai...
- Fica calmo, Fletch. A gente vai dar um jeito de fazê-los voltar. - Acalmou Danny.
- Não é isso! Estou com pena do dinheiro que vai ser desperdiçado nesse show se ele não melhorar logo. Até um macaco tocaria melhor aquela bateria.
- Isso não é uma má idéia! Ter um macaco na banda seria muito mágico. - Disse Danny.
Tom deu um pedala nele e todos se afastaram.
- O que foi? Foi só uma idéia!
segurava o celular com vontade de chorar. A foto e o nome de Harry piscavam no visor. Ele estava ligando mais uma vez.
Não sabia o que fazer, sentada no chão do banheiro, olhando o celular. Não queria atender, estava com raiva, mas o amava demais.
O celular parou de tocar, e a imagem de “12 chamadas não atendidas” agora piscava.
Entrou no banho, deixando a água cair.
Ouviu um barulho de mensagem. Desligou o chuveiro, enrolou-se na toalha e pegou o celular.
“Sei que é para eu te esquecer, mas isso é impossível! Eu não posso viver sem você. Me perdoa, por favor. Eu te amo.
Beijos do namorado mais arrependido do mundo,
Harry.”
Resolveu responder.
“Vou te dar um capachozinho para você pisar, fica melhor para você me esquecer. Assim tem um substituto para mim. Eu te amo, você sabe disso, mas eu me amo também. Foi você quem provocou isso tudo.
Beijos da ex-namorada que é estúpida por ainda te amar,
.”
A resposta não tardou.
“Por favor, ex-namorada não! Eu errei, caramba! Sei que provoquei tudo isso, mas não queria. Se você me ama tanto quanto diz, me perdoa.
Beijos do cara que vai sempre te amar,
Harry.”
Ela estremeceu. Queria tanto perdoá-lo!
“Sabe o que eu não entendi? Por que você ainda insiste em falar comigo se já conseguiu o que queria?! Não era esse o seu plano? Dizer coisas bonitas para poder dormir comigo? Agora você já dormiu. Missão cumprida.
Beijos,
.”
Ele não mandou resposta. Sentou-se no chão, de toalha mesmo e ficou encarando o celular.
No andar de baixo...
Natasha e Charlie tinham chegado para as compras. tinha explicado tudo pra eles.
- Acho melhor a gente não ir, então. - Disse Natasha.
- Nada disso. - Insistiu . - A gostaria que a gente saísse.
- Saiam vocês, meninas, que eu falo com ela. - Charlie subiu as escadas.
- Vamos? - pegou o casaco e todas saíram rumo as compras.
Tom procurava Harry em todos os cantos, tinham de voltar ao ensaio.
- Dougie! Danny! - Chamou os meninos. - O Harry sumiu!
- Eu vou ao banheiro, Tom vai ao camarim e Danny procura lá atrás.
Separaram-se e foram procurar.
Dougie entrou no banheiro gritando.
- HARRY!
- Hey, Dougie! - Harry saiu de uma das cabines com os olhos inchados.
- Você andou chorando?
- Claro que não!
- Andou sim. O que houve? - Ele mostrou as mensagens. - Ela está bem irritada com você.
- Ela me odeia! O que vou fazer sem ela?
- Eu entendo seu sofrimento. Se a fizesse isso comigo, eu estaria em cacos. Eu amo demais aquela garota. Fica calmo que a gente vai te ajudar a consertar isso.
- Como?
- Isso eu não sei. Vamos ensaiar e pensar num jeito.
- Posso entrar ou você está indecente? - Charlie batia na porta do banheiro.
- Ai, as compras! - Gemeu. - Eu esqueci. Espera aí que vou colocar meu roupão. - Colocou o roupão correndo e saiu. - Eu esqueci, desculpa.
- Sem problema, as meninas foram com a Natasha. - Ele sorria, fazendo os olhos azuis brilharem. - Vem cá. - Ele a abraçou forte. - Eu não queria te causar problemas desse jeito.
- Não foi você! As coisas estavam estranhas há tempos. - Ela começou a contar a história mais uma vez.
- Sabe o que acho? Tudo o que ele disse foi uma grande mentira. Ele só estava com ciúme de nós dois.
- Mas não tem motivo!
- Para a gente, não. Para ele, sim. Nós passamos por muita coisa que ele gostaria de ter passado com você.
- Tem certeza disso?
- Quase absoluta. Eu vi o jeito que ele te olha, se aquilo não é amor, então, não sei o que é. - Ele sorria para a menina de forma segura. - Agora coloque uma roupa, leve esse traseiro até a sala que nós vamos assistir “A NOVIÇA REBELDE”.
- Mais uma vez? – Gemeu.
- Sim, mais uma vez.
- O que você acha dessa camisa? - segurava uma camisa decotada na sua frente.
- O Dougie vai cair duro no meio do show com essa camisa.
- Fantástico! É essa que vou levar, então. - As outras três riram.
- Eu não sei que roupa ir para o show. Eu quero que o Danny babe por mim.
- Então, vai pelada. - Disse . - Tenho certeza que ele vai babar.
- ! - Ralhou . - Olha o respeito! Vai com essa saia aqui, ó!
Ela entregou uma saia curta e preta.
- Legal! - Saiu para vesti-la.
- Vocês são ótimas, meninas. - Elogiou Natasha. - Nunca saí com garotas tão legais.
- Obrigada. Você também é muito legal.
- Vamos comer agora? - Perguntou . – Eu estou com fome.
- Apoiado! - Disseram a outras três, animadas.
- Gastar dinheiro dos outros sempre me deixa com fome. - Brincou .
- Estou doido para ver a .
- Será que a vai gostar do nosso plano? - Perguntou Harry.
- Não sei, mas algo a gente tem que tentar. - Tom deu de ombros. - Estou com saudade da .
- Eu quero a minha namorada. - Gemeu Dougie.
- Você a viu hoje de manhã. - Disse Harry. – Pior é a minha que não quer nem me ver.
- É... Só que a gente ia tomar banho juntos quando você resolveu dar o seu chilique, portanto, me deixa reclamar a vontade. - Dougie deu língua para o amigo.
- Ei, mocinhas! - Chamou Fletch. - Que tal vocês tomarem um banhozinho? Vocês estão nojentos.
- Banho me lembra que eu poderia ter estado no chuveiro com a minha namorada! - Gemeu Dougie. – Eu quero a minha namorada.
- Se eu continuar trabalhando com esses malucos, vou acabar me aposentando cedo por stress. - Disse Fletch, saindo do camarim. - Cada hora é uma coisa nova.
A hora do show se aproximava. As meninas estavam correndo de um lado para o outro.
apareceu no quarto de , sorrindo.
- Você vai ao show?
- É o meu primeiro show do McFly, com assentos na área VIP. - Disse , procurando uma calça jeans na gaveta. - Nem Harold Judd estragaria isso.
- ! - Gritou , surgindo no quarto. - NÓS TEMOS UM PRESENTE PARA VOCÊ!
- Presente? - parecia uma criança, com os olhos brilhando.
- Aqui, ó. - entregou um pacote para a amiga que abriu rapidamente.
- Uma calça! - Ela ficou babando pela calça.
- A gente sentiu sua falta nas compras aí achamos essa calça grande e cheia de bolso. - Explicou , se jogando na cama. - Está na hora de aposentar aquela cáqui.
- Coloca para a gente ver. - Pediu .
- Falando em colocar... , onde está o resto da sua camisa? - Perguntou , brincando com a amiga.
- Hahaha... Tão engraçadinha. A blusa é assim, bobona. - Deu língua para a amiga em resposta.
- O Dougie vai cair durinho quando ver. - Sentenciou , arrumando a saia.
- Essa é a intenção. - Disse . - Vamos?
Nem precisou falar duas vezes. Todas levantaram correndo.
- Eu quero ver o meu Tom. - Reclamou . - Saudade da covinha dele.
- Óóóó... Fica calminha que já, já você vê o seu Tom.
Alguns (muitos) minutos depois...
- Uau! Isso aqui está cheio. - Admirou-se ao ver montes de meninas apinhadas na frente dos portões. - Para onde vamos?
- Até onde o Tom me explicou, a gente vai naquela porta de trás e dá os nossos nomes para o cara.
Foram até o tal cara, disseram os nomes e entraram.
- Eu estou em um show do McFly! - comemorava. - Uau!
deu um pedala na amiga.
- Sua lesa! Você é namorada de um McFly e está comemorando a ida a um show?
- Desculpa, lapso de fã. Você não pode falar nada que também é namorada de um. - viu os olhos da amiga se encherem de água. - Ai, , desculpa.
- Sem problemas. Eu só vou... Hã... Procurar um banheiro. - Saiu correndo.
- Qual de vocês é ? - Um homem estranho com fone de ouvido chegou perto delas.
levantou a mão.
- Ai, graças aos céus, o Danny está todo nervoso achando que você não vinha. Siga-me.
sumiu também.
- Sobramos. - Disse , jogando-se na cadeira. - Estamos sós.
Ou não...
- Oi! A gente pode sentar aqui? - James Bourne estava na frente das meninas, sorrindo.
- Claro! - sentou ao lado dele, rindo.
- É aqui nessa porta. Entra aí. - olhou para a porta com a plaquinha “McFly”, sorrindo.
Ela estava na porta do camarim deles! Uau! “Eu acho que elas não vêm. Vou falar com o Paul para ele dar uma olhada de novo. Será que a não vêm?”
“Calma, Danny. Elas já devem estar chegando. Mas, será que elas vão demorar muito?”
“Está reclamando de quê, Dougie? Sua namorada vem, com certeza! A nem sei se vem e, se vier, não vai querer nem me olhar”
“Ah... Cala a boca, Harry. Você está todo deprimido o dia inteiro. O nosso plano vai funcionar.”
“Eu quero a !”
Ouvindo o pedido do namorado, virou a maçaneta e colocou a cabeça para dentro.
- Oi, gente!
- Pequena! - Danny correu até a namorada, puxando-a para dentro e a beijando.
- Ei, arranjem um quarto! - Gritou Tom.
- Depois do show, quem sabe? - Danny lançou um olhar safado para a namorada que lhe deu um pedala.
- Cadê a ? - Perguntou Dougie.
- E a ?
- As duas estão lá na área VIP. - Os dois malucos saíram correndo, ficando presos na porta após tentarem passar juntos. Percebendo que Harry queria perguntar também, tratou logo de responder. - A foi ao banheiro.
- Eu não ia perguntar. - Defendeu-se. - Hã... Gente, se vocês me dão licença, eu vou tomar um ar.
E saiu correndo também.
- Estamos sozinhos aqui. - Danny se jogou no sofá, puxando a namorada junto. - O que vamos fazer?
- Que tal conversar? - Arriscou , rindo.
- Pode ser. - Ele a abraçou e ficou fazendo carinho na cabeça dela.
Dougie e Tom procuraram pelas meninas até que avistaram-nas conversando com James, Danny Hall e Chris.
- Olha como ele está olhando para a ! - Vociferou Dougie, apontando para James que babava no decote de . – Eu vou lá!
Tom o segurou.
- Calma, Dougie. - Ele viu Chris tirar uma mecha de cabelo de do rosto dela. - Eu vou lá! Quem o Chris pensa que é?
Dougie o segurou.
- Você não disse que eu tinha que ficar calmo? Acalme-se também.
- Eu quero ir lá falar com a MINHA namorada. - Pediu Tom, fazendo carinha de cachorro. - E tirar o abusado do Chris de perto dela.
- Está esperando o quê? Vamos logo! - Os dois saíram correndo.
- Dougie! - levantou e abraçou o namorado que a beijou.
- Oi, amor. Você está... Uau! - Ele babava em cima da namorada. - Uau!
- Tom!
- Saudades de você. - Ele beijou a namorada com todo o carinho, passando as costas da mão na bochecha dela.
- Sentiu saudade mesmo?
- Você não faz idéia do quanto.
- E você, amor? - virou para o namorado. – Sentiu saudade?
- Muita... Muita... Muita! – Dougie dava pequenos beijinhos na namorada.
- E a gente? – Perguntou James.
- Você quer beijinho também? – Tom o olhou, fingindo choque.
- Nem um “oi” ou “muito obrigado”? Afinal, a gente estava aqui, cuidando delas!
- Sei muito bem o que vocês estavam fazendo. – Tom deu um pedala em James, ainda abraçado com .
- Cruzes, Tom! - Reclamou Chris. – A gente só estava admirando!
- Se admirar mais, nós arrebentamos vocês. - Ameaçou Dougie. – Sorte que a namorada do Harry não estava aqui.
- Tem mais assim? – Chris olhava em choque.
- Ela é ex do Harry. - Corrigiu .
- Ex? Melhor ainda! - Danny Hall começou a esquadrinhar procurando a menina.
- Sossega, Hall! – Dougie deu um tapa no amigo. – Cadê o Steve?
- Foi ao banheiro. - Respondeu James.
olhou para sorrindo. Será possível?
chorava em frente ao banheiro, queria ir embora, ter tudo aquilo resolvido.
- Eu não devia ter bebido tanta água! Onde é o raio do banheiro? - Alguém caminhava, apressadamente. Parou ao ver chorando. - Ei, você está chorando?
- Não. Fiquei com preguiça de lavar o rosto, achei que água saindo dos olhos seria mais prático. - Levantou a cabeça viu com quem falava. - Uau!
- Nossa! Não precisa ser grossa. Eu só me preocupei.
- Desculpa, Steve.
- Tudo bem. Como você sabe meu nome?
- Eu ouço Son of Dork. Mais uma vez, desculpa. Normalmente não sou tão grossa. Hoje não está sendo o melhor dia do mundo.
- Hey, eu também te conheço! Você é irmã da , namorada do Danny. - Ele olhou para ela, sorrindo. - O Danny me mostrou uma foto de vocês! Você não é namorada do...
- Ex-namorada. - Corrigiu.
- Ah... Por isso que você está assim?
- Mais ou menos. - Ela sorriu.
- Quer conversar? - Ela deu de ombros. - Vamos fazer assim, eu vou ao banheiro senão, eu explodo. Me espera aqui.
- Ok.
Ele entrou no banheiro correndo, deixando-a sozinha. Olhou o corredor por onde Steve tinha chegado. Encostou-se na parede e ficou olhando para o tênis. Ela estava mesmo esperando Steve Rushton? Uau!
- ... - Ela levantou a cabeça, reconheceu a voz e sentiu seu coração acelerar.
- O que você quer, Harry?
- Se eu disser que quero você, soa muito piegas. - Ele tentou sorrir, mas sua vontade era de chorar. A tinha tão perto e tão longe.
- Harold...
- Não me chama assim, por favor. – Pediu, tentando não chorar. - Eu errei, mas eu te amo. Sei que sou um grande idiota, mas...
- Estou pronto! – Steve saiu do banheiro, ajeitando as mangas. – Vamos lá... Oi, Harry!
- Oi, Steve. - Cumprimentou, sem forças.
- Vamos lá, Steve. Bom show, Harry. - Ela já ia sair andando quando resolveu voltar. Falou no ouvido do rapaz. - Eu também te amo, só que as coisas não funcionam assim.
E saiu correndo.
- Danny, o show começa em... - Um homem colocou a cabeça dentro da porta. Dando de cara com Danny em cima de , fazendo cócegas. - Cinco minutos.
- Hã... Valeu, Paul. - Danny saiu de cima da menina.
- Acho melhor eu ir para a minha cadeira. - se levantou, sendo impedida de sair por Danny que se colocou na frente da porta. - O que?
- Me dá um beijo de boa sorte? - Pediu, fazendo bico.
- Todos do mundo. - Ela o beijou, prensando-o na porta.
- Tom, Dougie, o show começa em cinco minutos. Todos para os bastidores. - Chamou uma mulher com um fone de ouvido.
- A gente tem que ir. Beijos de boa sorte? - Dougie sorriu para a namorada.
- É para já, amor. – Chris agarrou Dougie.
- NÃO VOCÊ, SUA MULA! - Gritou, empurrando. - A minha namorada.
- Boa sorte, amor. - deu um beijo no namorado.
- E o meu, ?
- Boa sorte, Tom. - deu um beijo no namorado e mordeu sua covinha.
- Ai, sua canibal! Isso não pode virar hábito, não!
- Brincadeirinha. Eu te amo. - Ela o beijou mais uma vez.
O show começou bem animado. Tocaram “I’ve Got You”, “Bubble Wrap”, “Star Girl” e muitas outras, lá para o meio do show, começaram as histórias.
- Como vocês sabem, o nosso contador de histórias é o Dougie. - Disse Tom. – Mas as histórias dele são sempre nojentas e a gente cansou disso.
- Hey! Minhas histórias são ótimas, não são? - A multidão de meninas gritava, confirmando.
- Mesmo assim, nós estamos em um clima romântico. - Explicou Danny. – Então, achamos melhor que o nosso contador de histórias hoje seja o Harry. Vem para cá, Harry!
As meninas começaram a gritar, animadas.
- Conte-nos a sua história. - Pediu Dougie. – Elas não são tão boas como as minhas, mas dão para o gasto.
- DOUGIE! - Os três gritaram.
- Desculpa, dude. Conte a sua história.
- A minha história é sobre um pingüim. - Todos fizeram cara de confusos. - Tinha um pingüim chamado Ringo, ele se apaixonou por uma pingüim chamada Penny. Ele e Penny acabaram se separando porque ele tinha que voltar para a Antártida, onde ele tinha um grupo de pesca.
- Interesseira! Só porque ele era um pingüim pobre. – Reclamou Dougie.
- CALA A BOCA, DOUGIE! – Tom e Danny gritaram juntos.
Harry respirou fundo e continuou.
- Por sorte, ele acabou encontrando a Penny de novo e ele ficou muito feliz porque realmente amava aquela pinguinzinha certinha e irritante. - , e olharam para , que se enterrou na cadeira, completamente envergonhada. - Penny e Ringo começaram a namorar. - Continuou Harry. – Mas a Penny tinha um chefe chamado Char... Chester. Ela e Chester eram muito amigos e isso deixava o Ringo muito enciumado, porque ele achava que nunca conseguiria ser tão bom para ela como o Char... Chester era. Até que um dia Ringo se irritou e acabou falando uma coisa que fez Penny achar que ele não a amava, o que era uma mentira completa. Ele só tinha dito aquilo porque tinha ficado com raiva.
- O QUE ELE DISSE? - Gritaram algumas meninas da platéia.
- Bem, ele disse que só tinha sido gentil e dito que a amava para dormir com ela. - As meninas começaram a vaiar. - Mas era mentira! A verdade é que ele esperaria mil anos para dormir com ela, porque para ele, só tê-la por perto já era bom. - As meninas começaram a fazer “Ah... Que lindo”, “Quero um pingüim assim”. - Ele sentia falta de alguém vendo-o dormir, das briguinhas estúpidas, de tudo. Ele percebeu que era com aquela pingüinzinha que ele queria passar a vida toda dele.
Tom foi até a área vip, que era na frente do palco.
- Mocinha bonita, você acha que a Penny deveria perdoá-lo? - Ele perguntou para que riu, envergonhada.
- Eu acredito que sim.
Dougie chegou até .
- O que você vai fazer hoje à noite?
- Vou sair com o meu namorado.
- Ele é um cara de sorte. Você acha que a Penny deveria perdoar o Ringo?
- Tenho absoluta certeza que sim.
- Hey, menina linda. - Danny foi até . – Você acha que a Penny deveria perdoar o Har... Ringo?
- Acho que sim.
Harry chegou perto de , olhando-a nos olhos.
- E o que você acha?
- Eu acho que certas coisas são difíceis de perdoar.
- Se ele prometesse não ser mais um babaca, idiota...
- Não se esquece do canalha! - Gritou Dougie.
- Se ele prometesse não ser mais um babaca, idiota, canalha...
- Acredito que quando o amor é grande, perdoa tudo, e se ele prometesse essas coisas, ela o perdoaria. Às vezes, as pessoas precisam de segundas chances. - Ela sorriu para ele. - Mas, como termina a história?
Dougie pegou o microfone de Harry.
- Eles se casaram, tiveram um pingüinzinho que não sabia dançar, mas sabia cantar, aí a Dreamworks gostou dele e gravou “Happy Feet”. Fim da história.
Todos começaram a rir e continuaram o show.
- Essa é a nossa última música. – Anunciou Danny. – E, para o fim, escolhemos uma das nossas músicas preferidas.
- Sabe quando você conhece uma pessoa e sabe que ela é a certa? E acaba que tudo se torna sobre ela. Essa música é para todas as pessoas que, assim como nós, tem alguém tão especial que tudo se torna sobre elas, Star Girl, essa música é pra você. - Disse Tom, olhando na área VIP.
- “ALL ABOUT YOU!” – Anunciou Dougie.
O público foi à loucura com a última música.
- Foi um ótimo show! Obrigado! - Eles agradeceram e saíram.
- Vamos lá! - saiu puxando as meninas para o camarim.
- O show foi fantástico! - Tom enxugava o rosto com uma toalha.
- Pára de andar de um lado para o outro, Harry! – Pediu Danny, jogando-se no sofá.
- Daqui a pouco ele abre um buraco para a China. – Disse Dougie, tirando os tênis.
- Não seria legal? – Perguntou Danny. – A gente poderia pular no buraco e comer rolinhos primavera. – Tom jogou a toalha suada em Danny, resmungando um “idiota”. – O que falei de errado dessa vez?
- Será que ela vem aqui? Ela deve ter detestado, não vai nem querer me ver mais...
- DOUGIE! – correu para abraçar Dougie.
- Amor! - Dougie a abraçou. - Gostou do show?
- Foi maravilhoso!
- Onde estão as outras meninas? - Perguntou Tom.
- Estamos aqui. - Respondeu , aparecendo na porta. - Foi difícil passar por aquela horda de fãs.
pulou em cima do namorado e mordeu sua covinha.
- Ai... Eu disse que isso não deveria virar mania. Deixa eu morder a sua bochecha para ver se você gosta. - Ele mordeu a bochecha de que gemeu.
- Não vale! Você mordeu com força!
entrou no camarim de forma silenciosa e encostou-se na parede perto da porta. Harry foi até ela.
- Oi!
- Hum... Oi.
- Gostou do show?
- Foi muito bom.
- Sobre a gente, eu...
- Harry...
- Desculpa o que eu disse, não queria mesmo. Deixei o ciúme tomar conta.
- A história lá em cima? Que mico!
- Ai... Ainda tem essa! Desculpe por isso também. Achei que era um jeito de você me perdoar. Eu tinha que tentar, né? Sei que você não quer voltar comigo, mas, pelo menos, me perdoa.
- Você está perdoado.
- Obrigado. - Ele estendeu a mão para ela apertar.
Ela segurou na sua mão e puxou, colando seus lábios nos dele. Segurou na nuca do rapaz e intensificou o beijo.
- Essa é a minha irmã! – Gritava .
- Yeah! – As pessoas comemoravam.
Eles se afastaram. Harry tinha um sorriso estampado no rosto.
- Você... Isso... Nós... Hã...
- Promete nunca fazer algo daquele tipo de novo? Que vai conversar quando tiver um problema? Que não vai sair me dando patada?
- Prometo! Prometo o que você quiser!
- Meu trabalho é boa parte de quem eu sou. Ficando comigo você ganha essas três malucas mais um fotógrafo playboy e neurótico.
- Para ter você, aceito tudo isso! Agora, cala a boca! - Ele a puxou, beijando-a.
Ela se soltou para reclamar.
- Ei! Nada de me dar ordens!
- Eu te amo, mas, às vezes, você fala demais. - E a puxou de novo. Os dois ficaram ali se beijando.
e Danny estavam sentados no sofá, zoando o casal.
- Eu vou ao banheiro. - Anunciou a menina, levantando-se.
- Vai ao nosso.
- O James entrou nele quando a gente chegou e desde então, não saiu. Vou ao outro. Me espera, ok?
- Ok.
Ela saiu andando pelos corredores, indo parar com um monte de outras fãs que gritavam.
- !
Olhou para trás e congelou. Emily vinha correndo na sua direção.
- Você veio! Achei que você não gostasse de McFly!
- Pois é... - Tentou pensar em uma desculpa rápida. - É que o chefe da minha irmã ganhou ingressos na área VIP aí a gente veio.
- Você tem passe para os bastidores? - Sua amiga olhava para o crachá pendurado em seu pescoço. - Que maneiro! Será que você conseguiria me colocar lá dentro?
- Não sei. Posso tentar.
O banheiro teria que esperar.
As duas foram até o corredor do camarim. Os seguranças reconheceram e deram passagem, sorrindo para a menina.
- Nossa! Que seguranças simpáticos! - Admirou-se Emily.
- Fica aí que eu vou ver se você pode entrar, ok?
- Está bem.
- Dougie, você poderia ir ao hospital amanhã? - Perguntou deitada no colo de Tom.
- Posso! Por quê? - Ele e estavam vendo quem ficava mais tempo sem piscar.
- Tem uma paciente minha que queria te conhecer. Você vai gostar dela. Ela tem uma semelhança assustadora com a sua namorada.
- Ih... O risco é ele largar ela pela menina. - Brincou Danny, dedilhando no violão.
- Pode ser até melhor! Uma menina de doze anos tem o mesmo tamanho do Dougie. - Completou Tom.
- Haha... Muito engraçadinho. Só porque está magrinho acha que pode fazer piadinha. - Disse Dougie.
- GENTE! - entrou no camarim correndo. – EMERGÊNCIA!
- O que houve? – Perguntou Danny, preocupado. - Está tudo bem?
- A minha amiga Emily está aqui! Todo mundo aja como se nunca tivessem se visto na vida. Ela acha que somos simples fãs. - Ela olhou para Harry e que ainda se beijavam. - Se larguem um pouco, pelo amor de Deus! Tão se agarrando como se o Fim do Mundo fosse hoje. Sosseguem!
- Não entendi porque a gente tem que fingir que não se conhece. - Disse Tom vendo amarrar o tênis que tinha tirado.
- Simples, eu não contei para ela que namoro do Danny do McFly, nem que elas namoram o resto de vocês.
- Resto? - Perguntou Harry, inconformado. - Eu não sou resto!
- Não é não, querido. – deu um beijinho nele.
- Olha, o ensino médio já é bem difícil sem ser namorada de um pop star. Eu só gostaria de não aparecer na “Top of the Pops” como namorada de um McFly ainda. - Explicou, desesperada.
- Concordo. - Apoiou . - Acho melhor a gente esperar um tempo.
As outras duas deram seu apoio balançando a cabeça.
- Mas podemos dizer que estamos namorando, né? – Tom parecia confuso.
- Claro! – Disse . – Não quero o Dougie na lista de solteiros mais cobiçados.
- É! Eu sou só da . – Ele abraçou a namorada, rindo.
- Isso está muito lindo, mas eu tenho uma amiga fanática lá fora doida para entrar aqui e que não faz a mínima idéia da nossa situação e vou mandá-la entrar. – abriu a porta, colocando a cabeça para fora. – EMILY, PODE ENTRAR!
Emily entrou dando pequenos pulinhos e deu um grito quando viu os McFly.
- Nossa! Vocês são mais lindos ao vivo! - Elogiou, sacando a câmera. - Posso tirar uma foto?
- Claro! – Respondeu Danny.
- Eu poderia ficar ao lado do Tom? Ele é o meu preferido. - Ela se posicionou com a mão na cintura de Tom, o que fez dar vários passos para sacudi-la, mas foi impedida por .
Tirada a foto, eles se separaram.
- Posso fazer uma pergunta? – Pediu.
- Quantas quiser. - Dougie sentou no sofá, lançando olhares para que ficou muito envergonhada.
- Tom, você ficaria com uma fã? – fechou os punhos em sinal de raiva.
- Dependendo da fã, antigamente, sim. Agora eu tenho uma namorada maravilhosa, então, nada de fãs para mim.
- E com uma garota que ainda está no ensino médio?
- Nada contra. A minha namorada está terminando o ensino médio agora. - Danny concordou com a cabeça.
- Já pensou, ? A gente estudar com a namorada do Danny Jones seria demais. - balançou a cabeça, sem coragem de encarar a amiga e todos caíram na gargalhada. – Desculpe a minha amiga e as amigas dela, é que elas não são muito fãs de vocês.
- Sério? Que pena! – Disse Harry, que estava sentado no chão, colocou a mão na canela de discretamente e fez carinho.
James saiu do banheiro ajeitando o cabelo.
- Hey! Por que está todo mundo separado assim?
- JAMES BOURNE!
A menina correu para abraçá-lo.
- James, essas são fãs nossas. - Apresentou Dougie. – Emily, , , e... - Ele fingiu esquecer o nome de , que soltou uma risadinha envergonhada.
- .
- Certo... Certo... . Muito prazer. – Ele pegou a mão da menina e beijou.
- Eu vou lá para fora, aqui dentro está muito estranho. - James saiu sem entender nada.
Ele fechou a porta, deixando os nove sozinhos mais uma vez.
- Todos vocês estão namorando? – Perguntou Emily com uma nota de amargura na voz.
- Aham. – Respondeu Harry.
- Que desperdício! - Reclamou , olhando para o namorado.
- Não é... Eu amo a minha namorada. Ela é meio chata, mas eu a amo demais. - Rebateu, ainda fazendo carinho na canela da menina.
- Também. Minha namorada adora me bater, mas ela é demais, em todos os sentidos. - Elogiou Dougie, fazendo ficar vermelha.
- O chato é que a minha trabalha muito. Só que ela é uma garota muito especial. Ela é a minha Star Girl.
- Óóóó... Que brega! - Danny jogou uma almofada em Tom. – Nada a declarar. A minha pequena é só minha.
- E você não está sendo brega, Danny? – Perguntou .
- Só um pouquinho, o seu namo... - Todos arregalaram os olhos. - O Tom foi bem mais brega.
O celular de Emily tocou.
- Essa é a minha carona. Vou ter que ir. Nem acredito que conheci vocês! - Ela abraçou cada um, demorando um pouco mais em Tom. – Vocês já vão embora?
- Vamos sim. – Disse , se levantando. – Temos que esperar o táxi. Foi um prazer conhecê-los. - Ela se dirigiu a Danny que lhe deu um beijo na trave.
Saíram do camarim, despediram-se de Emily e esperaram os meninos.
Logo eles saíram.
- Vamos lá para casa? – Perguntou Danny.
- Ela tem escola amanhã, Daniel. - Avisou , já saindo com o namorado. - Nada de bagunça hoje, fui clara? Ela tem que se formar.
- Se ela não se formar, pode ficar em casa com os Dannyzinhos que nascerão. - Sugeriu.
- Por favor, faça um favor à humanidade. - Pediu Tom. – Não deixe o Danny procriar!
- Hahaha... Tão engraçadinho. Vamos logo, .
Todos foram para casa.
Dougie jogou as chaves na mesa e puxou para dentro.
- Não gostei de você aparecer com uma blusa dessas.
- Por quê?
- Porque todos os caras ficaram olhando para você.
- Que pensamento machista, Dougie Lee Poynter.
- , eu quero você só para mim.
- Só para você?
- É... Você só para mim e eu só para você. Para sempre.
Ela sentiu os olhos se encherem de lágrimas.
- Para sempre?
- Claro! Já pensou? A gente com uma casa, com nossos filhos. Filhos lagartos e humanos também.
- Lagartos?
- Óbvio! O que você acha? Aceita passar o resto dos seus dias comigo?
- Com certeza. - Ela o abraçou bem forte, como se quisesse que ele nunca mais escapasse.
Ele também não queria escapar, nunca mais.
- Harold, o que, cargas da água, você está fazendo? – Perguntou , enquanto ele fechava seus olhos.
- Fica quietinha um pouco. Agora pode abrir. - Ele tirou as mãos dos olhos da menina, que pôde ver o apartamento todo arrumado. - Eu mandei fazerem compras também.
- Você arrumou o apartamento? Por quê?
- Por você. Vem cá. - Ele a pegou no colo, levando-a até o quarto.
Colocou-a na cama, que estava arrumadinha.
- Tenho uma surpresa, não é bem uma surpresa, mas é...
- Pára de enrolar! Fiquei curiosa!
- Eu liberei uma parte do meu armário.
- Legal. Para quê?
- Para as suas roupas. Para você deixar algumas aqui e quem sabe, um dia, deixar todas.
- O que você está querendo dizer?
- Eu quero que você se sinta em casa para que, num futuro próximo, espero eu, você venha morar aqui.
- Que lindo! - Ela o abraçou bem forte. - Agora, que tal a gente bagunçar um pouco essa cama?
- Leu a minha mente.
- O que estamos fazendo na minha casa? – Perguntou .
- Dormir, ué. Você tem aula amanhã. - Respondeu, estacionando o carro na frente da casa.
- Danny, eu tinha outra coisa em mente...
- Pois tire isso da sua mente, sou um namorado responsável. - Ela deu uma gargalhada alta e ele a olhou feio. - É sério! Nunca tive uma menina com quem me importasse, até agora. Eu quero que você esteja bem acordada e em condições para fazer suas últimas provas e se formar com honras.
- Danny...
- Por favor, meu autocontrole está sendo exigido ao máximo nesse momento. Eu quero ser um namorado que você possa se orgulhar em chamar de seu.
Ela o puxou pela gola da camisa e o beijou ferozmente.
- Eu ia agradecer por você ser esse namorado maravilhoso!
- Ia mesmo? - Ele parecia surpreso.
- Claro! Você se preocupa comigo.
- Vamos entrar logo! – Os dois saíram do carro e entraram na casa vazia.
- A Emily é muito ridícula! Nunca gostei daquela pirralha! – resmungava, de braços cruzados. – Viu como ela se jogou em você? Parece que a mãe dela não ensinou a se valorizar...
- ...
- O jeito como ela te olhava? Que nojo...
- ...
- Nunca soube que ela era tão oferecida e você nem recusou! Deixou-a abraçar a sua cintura... Juro que se ela mexesse na sua covinha, eu a matava.
- ! – Ele gritou, olhando para ela. – Primeiro, você não a mataria porque, para ela, você não é minha namorada; Segundo, fãs são assim mesmo, você tem que se acostumar; Terceiro, no final da história, eu sou seu namorado. Tudo que disse era verdade. Dá para ficar calma?
Ela balançou a cabeça, um tanto assustada. Olhou a rua e não reconheceu o lugar.
- Thomas, onde estamos? Aqui não é caminho para a sua casa.
- Nós estamos indo para outro lugar.
Dirigiram por mais alguns minutos até que ele parou no que parecia ser um parque.
- O que viemos fazer aqui?
- Vamos ver as estrelas, Star Girl. - Ele respondeu, tirando uma toalha e cobertor. Estendeu a toalha no chão e sentou, junto com .
- Isso é lindo! - Ela olhava o céu estrelado, rindo. – E absurdamente romântico.
- Tudo para você. - Ele cobriu os dois com um cobertor.
- Tenho uma idéia mais legal.
- Qual? - Ele perguntou, acariciando a bochecha da namorada.
- Ir às estrelas. - Ela beijou o namorado.
- Uau, ótima idéia, como eu não tinha pensado antes?
- Pára de falar, Thomas! - puxou o namorado mais para perto, fazendo com que a distância entre eles fosse nula. Tom passou a mão pela cintura da namorada, apertando de leve, a garota deu um suspiro abafado no pescoço de Tom, se beijaram fortemente e apaixonadamente, estava tudo perfeito, o lugar deserto, a noite, as estrelas brilhavam só para os dois. Ele passava as mãos por debaixo da blusa dela e a levantando aos poucos, passava as mãos pelos cabelos ainda molhados de Tom, que lhe beijava o pescoço, deixando marcas vermelhas, ela tirou a blusa dele rápido, já estavam suando só com o toque carinhoso que trocavam, já estava apenas com a roupa íntima, um conjunto de calcinha e sutiã rendados, azul marinho, Tom desabotoou o sutiã da menina lhe beijando o colo, ela passava as unhas suavemente nas costas do rapaz, que passava as mãos em suas coxas, dando pequenos apertões.
tirou a bermuda e a boxer de Tom de uma só vez, fazendo com que o garoto desse um gemido, ele abaixou a calcinha de com cuidado, se beijavam mais intensamente, a cada movimento que Tom fazia, afundava mais as unhas nas costas do garoto, estavam arfando, o cansaço logo chegou, Tom beijou a garota carinhosamente e deitou do lado dela, fazendo carinho sem seus cabelos, estavam abraçados, logo um frio tomou conta do corpo dos dois e se cobriram, ela recebeu um beijo no topo da cabeça e ali adormeceram.
Capítulo 15
“Inesquecível, em todos os sentidos.
E eterno, é assim que permanecerá.
É por isso, querido, que é incrível que alguém inesquecível
acha que sou inesquecível também.” (Unforgetable - Megan Mullally & Sean Hayes)
acordou e viu Dougie dormindo ao seu lado. Não queria ir embora, mas tinha aula.
Levantou-se tentando não acordar o rapaz, mas foi em vão.
- Bom dia, meu amor.
- Dougie, pode dormir.
- Não, quero tomar café com você. - Ele levantou, se enrolando no lençol. - Você viu a minha boxer? - Gritou para a namorada.
- Está aqui no sofá da sala. – Ela gritou de volta, aparecendo com a boxer na mão.
- Uau! Como foi parar aí? – Perguntou e deu um sorrisinho envergonhado. Os dois tomaram café juntos. - Não esquece que hoje a gente janta com a minha mãe.
- Ai... Será que não dá para cancelar? E se ela me odiar?
- Não vou cancelar e ela vai te amar, tenho certeza.
- Mas se ela me odiar, você vai me abandonar e eu vou...
- Ela não vai te odiar e eu não te abandonaria de jeito nenhum. Te busco na clínica às cinco para a gente ir. - Ele deu um selinho na namorada que continuava sentada, com cara de paisagem. - Amor, vai dar tudo certo. E pega roupa para dormir que vai ficar muito tarde para a gente voltar, então nós voltamos de manhã. Tudo bem?
- Não, mas se não tem jeito mesmo... - Ela levantou, levando a xícara até a pia.
Dougie a abraçou por trás, apoiando seu queixo no ombro da menina.
- Vai dar tudo certo. Você vai encantar a minha mãe do mesmo jeito que me encantou.
abriu os olhos percebendo que estava em cima de Harry, que a observava.
- Bom dia, minha princesinha. Você gosta mesmo de dormir em cima de mim, hein?
- Desculpa. - Ela fez menção de sair, mas foi impedida por ele.
- Não sai, não. Eu gosto de te ter tão perto, senti falta.
- Terminamos por um dia, nem um dia! Umas doze horas. - Protestou, apoiando o queixo no peito do namorado.
- Não é isso! Quero dizer, também senti falta de você nessas doze horas, mas desde que a gente se encontrou de novo você nunca mais dormiu em cima de mim...
- É verdade... Talvez seja um sinal de que as coisas, finalmente, se acertaram... - Ela arriscou. Harry sorriu, fazendo carinho na namorada. - Hum... Queria ficar assim para sempre.
- Vamos ficar, oras! – Ele se esticou e pegou o telefone. – Liga para o Charlie e fala que você não vai.
- Você quer que eu falte à faculdade também? - Perguntou, chocada.
- Claro! – Disse, fazendo biquinho. - É só hoje... Por favor... - Ela pegou o telefone, falou com seu ‘chefe’ e desligou. - O que ele disse?
- Que gostou da nossa idéia e vai fazer o mesmo hoje. - Respondeu, rindo.
- Eu estou começando a gostar desse cara.
- O que você tem em mente agora? – Ela perguntou brincando com a tatuagem no pulso do namorado.
- Muitas coisas. – Disse, beijando a testa dela. - Mas antes... Espera aqui. - Ele se levantou e voltou, dez minutos depois com uma bandeja.
- Yeah... Ganhei café na cama! - Comemorava, enrolada no edredom.
- O que eu ganho com isso?
- Você ganha a satisfação de saber que sua namorada está feliz e bem alimentada.
- Ah... Só isso?
- Ok... Você pode comer uma torrada também.
O despertador de tocou às sete, acordando os dois.
- Hora de acordar, pequena. – Danny fez carinho na cabeça da menina, para acordá-la.
- Mais cinco minutinhos. – Pediu.
- Nada disso! Eu acordei às sete da manhã e você também vai acordar. Vamos lá...
- Que saco! Eu não gosto de você tão responsável... - Reclamou, cambaleando até o banheiro.
- ! - Gritou, na porta do banheiro.
- OI?
- QUE HORAS SÃO A SUA AULA?
- ÀS OITO HORAS. POR QUÊ? - Ele abriu a porta do banheiro e entrou no chuveiro de roupa e tudo (Leia-se: só de boxers, porque essa era a única roupa que ele usava). - Danny, o que você...? - Ele a beijou.
- Eu ainda posso ser um pouquinho irresponsável...
Os primeiros raios de Sol apareceram no céu escuro de Londres, acordando dois jovens que dormiam em um lado afastado do parque.
- Tom, acorda...
- Hum... Oi. – Ele a olhava com os olhinhos pequeninos. - Ih... A gente dormiu aqui?
- Aparentemente, sim. E agora a gente tem que voltar para a realidade antes que algum paparazzi descubra que Tom Fletcher levou a namorada para um parque e dormiu lá.
- V-v-você não gostou? - Ele parecia preocupado.
- Está brincando? Foi a coisa mais perfeita, a noite toda!
- Mas a gente precisa ir embora... - Gemeu Tom. Ele não queria ir embora dali. – Precisa mesmo?
- Precisa, sim. Tenho que ir ao trabalho e você fazer, deus-sabe-lá-o-que você faz.
- O Dougie vai ao hospital hoje. Posso ir com ele? – Perguntou, parecendo criança pedindo permissão.
- Claro, mas nada de salas vazias para nós dois hoje.
- Tudo bem, eu agüento essa decepção.
- Bobo. - Ela deu um beijo no namorado e se levantou.
Danny deixou na esquina do colégio e saiu.
Ela entrou na sala de aula, Emily não estava lá ainda. Colocou o material na cadeira ao lado e sentou-se, esperando a amiga chegar.
Pegou-se pensando no namorado. Parecia sonho tudo aquilo.
- !
Emily chegara.
- Hey, menina irlandesa.
- Hey, menina brasileira. - Ela se sentou na cadeira ao lado, rindo. - Ontem foi perfeito, né?
- Foi ótimo! - Respondeu.
- Posso te contar uma coisa? - Emily chegou ainda mais perto.
- Claro que sim.
- Aquele discurso dos McFly sobre as namoradas foi muito falso.
estremeceu.
- Falso? Como assim?
- Ah... Eles falaram tudo aquilo, mas estavam dando o maior mole para vocês! O Dougie olhava de um jeito para a como se ela fosse o último Trakinas do pacote, o Harry estava fazendo carinho na canela da ! Fiquei boba ela ter deixado! E o Tom, dando mole para a ? Aquilo era óbvio!
- Sério, é? - segurava o riso.
- Você não percebeu como o Danny te olhava também, não? Caramba! Ele estava babando por você! - Continuou, fazendo cara de espanto. – Pena que em um cara desses não dá para confiar. Diz que ama a namorada e fica de olho em outras meninas.
- Pois é... - Ela concordou de forma sonhadora, afinal, a namorada era ela mesmo.
A conversa teve que acabar já que a professora chegara.
Na última aula...
olhava para a janela pensando em nada, queria estar com as amigas, com Danny...Tinha feito as duas provas do dia e agora eram só aulas.
Sentiu seu celular vibrar.
Presta atenção na aula, menina!
Se não, vai acabar tendo que ficar em casa cuidando dos pequenos Jones que nascerão.
Beijos,
DJ
Ela sorriu, procurando Danny. Como ele sabia que ela não estava prestando atenção? Olhou a mensagem mais uma vez, não seria mal cuidar dos Jones que nasceriam... Continuou procurando...
Você não vai me encontrar... Hahahaha.
Estou muito bem escondido, mas já que você quer tanto me encontrar. Vai para frente do colégio.
Beijos do seu namorado que morre de saudades,
DJ
riu com a mensagem, pegou a mochila e foi até o professor.
- Sim, senhorita ?
- Professor, eu poderia ser dispensada do resto da aula?
- Qual seria o motivo?
Ela pensou muito, considerando as suas opções.
- Minha menstruação desceu, eu estou morrendo de cólica e o sangue não pára de descer... - Ela despejava no professor que olhava com o horror para o fato. – Acho que sujei até a calça...
- PODE SAIR! - Ele abriu a porta para , que saiu saltitando. - E boa sorte.
- Obrigada, professor.
Caminhou pelos corredores vazios e chegou à frente do colégio, sentiu alguém tapar a sua boca e puxá-la para trás das moitas.
Deu de cara com Danny de óculos escuros e gorro.
- DANIEL!
- Não me chama assim, você parece a minha mãe. - Reclamou. – Gostou da surpresa?
- Amei, como você sabia que não estava prestando atenção na aula?
- Dá para ver a sua sala do estacionamento e você fica bem na direção da janela.
- Minha irmã vai te matar quando souber que você me raptou e me tirou da aula.
- Foi ela que sugeriu que eu te buscasse na última aula. Hoje ela está bem zen. Harry e ela tiraram o dia para vegetarem juntos em casa.
- Ah... Espertinha ela. Eu tenho que vir ao colégio, mas ela pode faltar tudo.
- Ela supôs que você falaria isso e me mandou dizer que enquanto você não tiver um emprego te sustentando e estudando em uma faculdade, você vai ser escrava do sistema educacional e estará sob as ordens da sua irmã. - Ele passou o recado rindo. - Agora, vamos?
- Para onde vamos? – Perguntou.
- Para o zoológico, oras!
caminhava pelos corredores junto com Ellie, quem tinha vindo visitá-la.
- Como vai a vida, ? – Perguntou Ellie, sentando em uma cadeira de rodas que estava no corredor. - Você está diferente.
- Eu me sinto diferente. - Respondeu, sorrindo. – E você e seu braço, senhorita Elizabeth?
- Vou ficar bem quando tirar essa droga de gesso.
Uma enfermeira se aproximou das duas.
- Doutora, tem dois rapazes querendo falar com a senhorita.
- Oh, sim, claro. - Disse. - Hey, Ellie, me espera na sala de sutura 2?
- Falou. - Ela saiu andando.
Encontrou os dois e seguiram para a sala.
Ellie estava sentada na maca jogando vídeo game.
- Seja gentil com ela, ok? - Pediu, abrindo a porta.
- Pode deixar, sou especialista em pequeninos.
- Claro! Você é um deles. - Brincou Tom que tomou um tapa no braço da namorada.
- Tom, você emagreceu, mas continua feio. - Disse Dougie antes de entrar na sala, acompanhado de .
Dougie sentou na maca ao lado de Ellie que olhou para ele em choque.
- Você é... Uau... Dougie.
- Oi, Elizabeth.
- Dougie... Uau. – Ela abria e fechava a boca, tentando falar algo mais que isso. Cansada, resolveu falar com . – Isso quer dizer que...
- Eu te prometi que se ficasse com o Tom, te apresentaria para o Dougie, estou cumprindo.
- T-T-Tom? - Perguntou, meio assustada.
- Amor, entra aqui rapidinho, por favor.
Tom entrou e sorriu para Ellie.
- Oi, Elizabeth.
- Ai, meu deus, parece sonho! - Ela colocou a mão na testa sentindo a temperatura. – Dougie, você poderia me beijar para ver se estou sonhando?
- Beijar? Não é beliscar?
- Beliscar dói e Dougie Poynter está aqui na minha frente, beijar é muito melhor. - Explicou fazendo todos rirem.
Dougie chegou perto da menina e lhe deu um beijo na testa.
- Ah... Aí não tem graça! – Reclamou.
- Desculpa, mas sou um rapaz comprometido.
- Ok... Eu me contento com um abraço. – Ela o abraçou forte.
- Vamos deixar o casalzinho em paz, amor. - Tom saiu puxando .
- Harold, me larga! – Pedia , tentando fugir do namorado que estava todo sujo de geléia.
- Ah, não, mocinha, você me sujou e agora fica de gracinha... Volta aqui! – Ele passou correndo pelo corredor, onde a menina a pouco passou, escorregou no tapete levando um pequeno tombo, mas nada muito sério, porque levantou e começou a correr de novo, encontrando já uma arfando na sala atrás do sofá. - Agora eu te pego. – Falou com cara de maníaco.
- Assim eu fico até com medo de você!
- Está achando que eu estou de brincadeira?
- Eu? Claro que não, imagina! – Ela dizia em tom de ironia para o namorado.
Harry saiu correndo atrás da namorada e ficaram rodando o sofá, até que em um impulso Harry pulou por cima do sofá, assustando e jogando ela em cima do mesmo e se jogando em cima dela.
- Eu disse que ia te pegar.
- E eu disse que não duvidava. – Harry, cheio de geléia, beijou , era um beijo envolvente e muito gostoso (geléia de morango, né?) - Hum, já disse que adoro geléia de morango?
- Não. - Ele retrucou rindo.
- Pois é... Mas eu ainda prefiro geléia no pão.
- Hum... Então, vamos ter que mudar a sua opinião, né?
- Você pode tentar...
Dougie saiu do hospital extremamente animado, Ellie era uma menina animada e realmente muito parecida com sua namorada... Falando na namorada... Como será que ela estava?
Sacou o celular e apertou a discagem rápida.
- Já estava me perguntando quando você ligaria...
- Estou com saudade. Você já está pronta?
- Hã... Pronta para conhecer a minha sogra? Não mesmo, mas as coisas já estão arrumadas, se é isso que você está perguntando.
- Então, estou indo te buscar.
- Ok... – respondeu desanimada e já ia desligar.
- Amor...
- Oi...
- Vai dar tudo certo.
- Como você sabe?
- Eu te amo e isso basta.
Ele desligou o telefone sorrindo e ligou o carro, pronto para encarar uma viagem com a sua namorada. Tinha certeza que sua mãe amaria , era impossível não amar...
saiu do carro de Danny e correu até os portões do zoológico.
- É lindo! – Elogiou, abismada com o tamanho.
- Que tal a gente entrar e ir logo para a sessão dos répteis? – Ele abraçou por trás, apoiando o queixo em seu ombro.
- Seu pervertido! – Ela deu um leve tapa no braço que estava envolto em sua cintura. – Eu quero ver os bichinhos... A gente pode ver até os macacos, que tal?
- Macacos? Vamos! – Ele saiu puxando a namorada que ria.
Os dois andaram pelo lugar, viram os bichinhos, tiraram mil fotos e deram milhões de beijinhos, o céu começava a escurecer...
- Por que será que toda vez que resolvemos vir no zoológico, começa a chover? – Perguntou , olhando para o céu cinzento.
- Sei lá... - Danny sentiu uma gota cair nos seus olhos. Depois outra, e outra, e outra, e outra... – Vamos para lá.
Ele apontou para um típico quiosque, que tinha no meio do nada...
Os dois entraram e Danny fechou a pequena porta. O lugar parecia ter sido usado para pesquisas, pois continha pufes e alguns aquários. A chuva engrossou mais ainda e começou a trovejar.
assustou-se com um trovão que ecoou alto e agarrou-se ao braço do namorado.
- Calma, pequena. Foi só um trovão.
- Mesmo assim dá medo. – Ele passou o braço pela cintura da menina e a abraçou forte.
- Eu estou aqui para te proteger. – Encostou o nariz no dela e ficou admirando tudo naquela menina. O sorriso, o nariz, os olhos... Ah, aqueles olhos... Sentira falta deles quando fora embora e, de repente, seus olhos pararam na sua boca... Boca que pertencia apenas a Danny Jones agora e para sempre. contava as sardas naquele rosto tão perfeito, em sua opinião. Os olhos azuis que a examinavam do mesmo jeito que ela o examinava. Até aqueles dentinhos tortos eram lindos... Será que era possível? Ela percebeu o olhar do namorado pousado na sua boca e ela sorriu, deixando-o vermelho. - Eu...
Ela colocou o dedo indicador sobre os lábios dele.
- Shh... Agora você não fala nada.
- E o que eu faço? – Perguntou sem entender muita coisa.
- Você me beija! - Danny sorriu e segurou o rosto da garota com as mãos, selando seus lábios fortemente, passou um braço pela cintura da menina e o outro em sua nuca, puxando-a para mais perto do seu corpo, com o impacto, deu um pequeno gemido, abriu um pouco a boca para dar permissão para um beijo mais intenso e com segundas, terceiras e quartas intenções. Danny foi guiando a menina até uma parede do pequeno quiosque de pesquisas, passeava suas mãos pelas curvas da menina e massageava sua cintura, fazia carinho na nuca do garoto, jogando a cabeça para trás cada vez que sentia um friozinho na barriga causado por mordiscadas de Danny em seu pescoço. Danny parou suas mãos debaixo da blusa da garota, passava as mãos da barriga para as costas, mantinha suas mãos no cós da calça do garoto, fazendo de apoio, sentia que a qualquer momento fosse desabar com as sensações que estava sentindo. Ele, aos poucos, foi levantando a blusa da menina, ela levantou os braços para ajudar, aproveitou a deixa e tirou a dele também, como adorava aquele corpo, Danny abriu o cinto da garota e o botão da calça, fazendo com que essa caísse e deixasse a mostra um corpo com curvas definidas, passava as pontas dos dedos pelas coxas dela enquanto ela abaixava suas calças deixando apenas sua boxer aparecendo. Definitivamente, eram um casal perfeito, tudo neles combinava até o que não combinava tinha alguma coisa em comum. - Danny...
- Shh... Agora você não fala nada. - Guiou a menina até uma mesa que tinha ali e se colocou por cima dela tirando o resto das roupas que ainda usavam, não descolaram os lábios nenhum momento a cada movimento de Danny, dava um suspiro abafado, logo um cansaço chegou, Danny deu um último e alto suspiro e se jogou em cima do corpo da menina, que mantinha uma respiração forte, se beijaram carinhosamente. - Definitivamente, isso foi bom. – Danny disse e riu, concordando.
- A melhor de todas.
- Acho que a chuva já passou.
- Então vamos. – Disse empurrando o menino para que saísse de cima dela.
- Mas eu estou cansado.
- Eu não vou dormir aqui, pode ter um bicho.
- Eu te protejo de qualquer bicho.
- Mas, mas... - Ela não tinha opção, não resistia aquela carinha de criança. – Está bom, vai, também estou cansada. – Ali estavam, ali permaneceram.
Capítulo 16
“Eu viajei no tempo só por você,
E me perdi no final quando encontrei seu olhar
Nossos destinos desenhando espirais
Eu entendi o sinal
Pelo seu jeito de rir pra mim.” (Marjorie Estiano – Espirais)
- ... Amor... – Dougie a sacudia levemente pelos ombros. Eles estavam na porta da casa da mãe dele.
- Acho melhor irmos embora. – Sussurrou , em choque.
- Não, não. Coragem, meu amor! Você consegue! Cadê aquela menina abusada que me agarrou na praia?
- Eu agarrei você? – Ela virou-se, irritada. – Você quem me agarrou! E estava cheio de mão boba também!
Mas Dougie não estava olhando para ela e sim para a porta que agora estava aberta, onde uma mulher se encontrava parada.
- Mãe! – Ele correu e a abraçou, enquanto se manteve parada, analisando o melhor lugar para cavar um buraco.
- Como você está, filho?
- Eu estou ótimo! – Ele puxou , forçando um pouco seu braço para ver se ela se movia. - Essa é a minha namorada, a .
- É ótimo juntar um rosto a uma história. – Ela foi até e a abraçou. – Meu filho fala tanto de você.
- Sério? Que... Ótimo! – Ela tremia.
- Não se preocupe! Somos legais. Vamos entrar que aqui está um pouco frio. – As duas foram caminhando para dentro, acompanhadas por Dougie. – A Jazzie não está, mas mandou um beijo e disse que sente muito por não ter podido estar.
- T-t-tudo bem. Sem problema. – A garota assegurou, relaxando um pouco.
- Vou embora. – Anunciou , saindo da cama.
- O quê? Vai não! – Pediu Harry. – Íamos passar o dia vegetando, lembra?
- Lembro. Claro que lembro. Só que são sete horas da noite então, não é mais dia e tenho que ir para casa.
- Não! Você vai ficar aqui! É minha prisioneira! – Harry a puxou, fazendo os dois caírem no chão.
- Harold! Eu bati com a cabeça, seu maníaco!
- Mais um motivo para não sair daqui hoje, você pode ter uma contusão.
- Não tem problema, vou de metrô mesmo. – Ela levantou, procurando a sandália. Lembrou que tinha deixado na sala. Foi até a sala e calçou suas sandálias, quando olhou para sua frente viu um par de pernas calçando um All Star marrom, olhou mais para cima e viu o namorando carregando Penny Lane e uma mochila. - O quê...?
- Se você não ficar aqui, eu vou com você.
Ela soltou uma risada do jeito criança dele, carregando a pinguinzinha.
- Do que você está rindo?
- Você está parecendo uma criança assim. – Ela apertou a bochecha dele, rindo. – Mas uma criança muito, muito linda.
- Só vou deixar esse comentário passar porque você me chamou de lindo. Vamos logo.
- THOMAS, VOLTA PARA A SUA PISTA! – Gritava , apertando todos os botões do controle.
- NÃO GRITA! AH... - Ele jogou o controle no chão. –... Perdi.
- Fica assim não, Tommy! Foi sorte de principiante. - Consolava .
Segunda partida...
- EU GANHEI! EU GANHEI!
- Grita mais um pouco, querida, eles não te ouviram na Irlanda.
- EU GANHEI! – Ela pulou puxando o controle e fazendo o Xbox cair.
- Exijo revanche. – Tom resmungou.
Terceira partida...
- TOM, VOCÊ VAI... - gritou tapando os olhos. -... Bater.
- Que saco!
- Revanche? – Perguntou a namorada.
- Como você adivinhou?
- Palpite, querido. - Ela deu um beijo na bochecha de Tom que resmungou.
Oitava partida...
- I AM THE CHAMPION MY FRIEND AND I KEEP ON FIGHTING ‘TILL THE END... I AM THE CHAMPION... I AM THE CHAMPION... NO TIME FOR LOSERS CAUSE I AM THE CHAMPION... - dançava ao redor de Tom. – OF THE WORLD...
- Dá para parar, por favor?
- Desculpa... - Pediu, envergonhada – Eu... Hã... Me empolguei.
- É... Percebi. – Tom fechou a cara.
- Oh, meu Deus, não faz essa carinha de cachorro sem dono, meu amor. – se jogou em cima de Tom, que estava sentado no sofá, fazendo com que eles deitassem.
- OUTCH! Assim você me mata!
- Está me chamando de gorda?
- Claro que não, você é gostosa!
- Tom! – deu um tapa de leve em seu namorado. - Pode desfazer essa cara de tarado, ok?
- Essa é a minha cara.
- Hum, sei, seu tarado. - Tom apertou em um forte abraço, iniciaram um beijo repleto de amor, e carinho. Tom trocou de posição, ficando por cima de , ficaram assim trocando carícias por mais algum tempo, quando cortou o beijo.
- Que foi?
- Estou sem ar.
- Ah, tá. – Tom deitou ao lado de , segurou sua mão fazendo carinho em seu dedão. – ?
- Hum?
- Quando a gente casar, você vai querer ter quantos filhos?
- A gente vai casar? – Perguntou a menina se aconchegando mais ao corpo de seu namorado.
- Se você aceitar, é claro que vamos.
- Isso é um pedido?
- Pode ser.
- Só posso aceitar quando a minha vida estiver boa, acabar esses estágios...
- Pelo menos eu já sei se você vai aceitar. – Riram. – Mas quantos filhos você vai querer ter?
- Ah, não sei, Tom, quantos você quiser! – Disse ela virando o rosto e dando um estalinho no namorado.
- Eu vou querer uns dez. Está bom para você? – tossiu.
- Está maluco, Tom? Você quer acabar comigo, só pode.
- Não, lógico que não. Você não quer ter filhos comigo?
- Claro que eu quero, só acho que... Hã... Dez é muita coisa.
- Ok, eu aceito três. – se virou para o namorado, e iniciaram um beijo cada vez mais forte e com mais desejo, queriam fazer as crianças ali mesmo, se não fosse e Harry chegando na hora.
- Hey, vão para o quarto, eu ainda quero usar esse sofá. - Disse , colocando as mãos na frente dos olhos e Harry rindo da situação.
- Oi, e Harry, nem vi que vocês tinham chegado. – Disse Tom, soltando .
- Claro que não viu, você estava bem concentrado aí.
- Vamos para o quarto? – Tom esticou a mão para a namorada.
- Vamos! – Ela levantou, se pendurando logo depois no pescoço do namorado.
- Vê se não fazem muito barulho. Estou com dor de cabeça. – Disse , se jogando em cima de Harry que estava sentado no sofá. – Sofri um pequeno acidente com um maluco.
- Vamos tentar, né, amor? – Disse Tom.
- Ficaremos caladinhos. - Prometeu e Tom murchou. – Melhoras, amiga. E da próxima, Harry, não machuque minha amiga.
Harry deu língua, fazendo rir.
- , a gente também podia ir pro quarto, né?
- Harry, a gente passou o dia no quarto.
- A gente podia fazer alguma coisa diferente. – Ele disse, mandando um olhar significativo para a menina.
- Você não tem jeito mesmo. Vocês não têm nada para fazer, não? Não ensaiam nem nada?
- Com namoradas como vocês, não dá vontade de fazer nada, só ficar assim, abraçadinho.
- Eu também gosto quando você fica assim comigo, me sinto protegida.
- Eu te amo.
- Eu também. – A menina deu um beijo no namorado.
- Vamos para o quarto? Aqui está frio.
- Você não tem jeito mesmo, Harold! Vamos logo. – Disse , se levantando.
- Oba!
- Sem segundas intenções, Harry.
- Ah, poxa, , você é má.
- Está, bom vai, vou pensar no seu caso.
- Hum... Assim está melhor. – Disse ele abraçando a namorada por trás e beijando o pescoço dela.
- Isso é jogo baixo, Harold. - Falou ela, se virando e beijando o namorado, Harry passou as mãos pelas costas de , ela, em um leve movimento, levantou os braços e ele tirou a blusa dela.
- Definitivamente, eu arrumei a namorada mais bonita da face da Terra.
- Pena que eu não posso dizer o mesmo. – Ela disse com um sorrisinho no rosto.
- O que você quis dizer com isso? – Ele foi levando a namorada até a cama.
- Não posso dizer se você é o namorado mais bonito da face da Terra, porque você ainda está vestido.
- Só por causa do meu corpo eu sou o melhor namorado do mundo?
- Claro que não! É porque você é gentil, e meio mal humorado, se preocupa comigo, me faz rir, me entende... E porque você tem um corpo lindo.
- Assim é melhor. Você também é a melhor namorada do mundo por todos esses motivos e porque é muito cabeça-dura. Minha cabeça-dura!
- Tira essa camisa porque eu estou em desvantagem. - Ordenou
- Não seja por isso. – Ele tirou a blusa rapidamente.
- Agora sim.
- Mãe, vou lá no meu antigo quarto, tá?
- Está bom, meu filho, eu ficou aqui com a . – Ela lançou um sorriso para a menina que retribuiu.
- Não demora, ok, amor?
- Uhum. – Ele deu um estalinho na menina e subiu as escadas.
- Então, você provavelmente quer saber como conheci seu filho, não é?
- Não.
- Não? – Indagou assustada. Como ela poderia não querer saber?
- O Dougie já me contou tudo, querida. – abriu a boca, assustada. – E o que ele não contou, a mãe do Harry me contou.
- Ah... Então, me desculpe.
- Desculpar?
- É... Pelo Dougie ter ficado triste e tudo mais.
- Minha preocupação é com você. Conte-me tudo. Você ficou muito triste? - sentiu uma lágrima escapar de seus olhos e balançou a cabeça, afirmativamente. - Vou te contar um segredo, mas não conte para o meu filho senão ele ficará irritado. – Ela chegou mais próximo da nora. – Ele ficou bem mal também, não o vi assim nem quando o pai dele foi embora.
- Eu...
- Não precisa dizer nada, querida. Sei que meu filho está em boas mãos. Tenho idéia do quanto ele te ama e eu sabia que mesmo que não gostasse de você, teria de aceitá-la. – abaixou a cabeça. – Que bom que não é o caso. Quero que saiba que pode considerar essa família como sua a partir de agora.
- Isso é... Fantástico. – A garota respondeu com a voz rouca.
- Mudando de assunto, o que aconteceu entre a namorada do Harry e ele? A mãe dele estava preocupadíssima.
O clima da sala logo mudou.
- Nossa! Foi um barraco! Eles brigaram por causa do chefe dela, ele disse que só tinha ficado com ela para dormir com ela.
- Mentira! – A mãe de Dougie, suspirava assustada. As duas pareciam velhas amigas. – Mas tudo se acertou?
- Claro! Aqueles dois se amam, brigam para caramba, mas se amam.
- Hey! – Dougie descia as escadas. – Vocês estavam falando de mim?
- Não, mas tenho umas fotos do Dougie de cuequinha de ursinho que são lindas. Esperem aí que vou pegar. – Ela se levantou para pegar.
- Ai, que droga! - Gemeu Dougie.
- Tenho certeza que são maravilhosas essas fotos. - Assegurou , segurando o riso.
Logo a mãe dele voltou segurando um álbum de fotos, verde. Sentou ao lado de e abriu o álbum.
- Esse é o Dougie com três anos. – Apontou para uma foto de Dougie com uma toalha de mesa amarrada no pescoço e uma cueca de ursos palhaços. – Ele era um super-herói. Qual era o nome mesmo, filho?
- Super Lagarto Atômico. – Sussurrou, cheio de vergonha.
- Você era o “Super Lagarto Atômico”? – Perguntou , não mais segurando o riso. – Que lindo!
- Ele tinha até uma máscara verde. – Completou e Dougie se enterrou no sofá. – Ele era tão pequenino, não que ele esteja grande agora.
- Obrigado, mãe. – Agradeceu irônico, fechando a cara.
- Acho que ainda guardo essa máscara em algum lugar, quando o filho ou filha de vocês nascer, fica para ele.
- Filho ou filha? – Perguntou , em choque.
Dougie engasgou.
- Óbvio! Eu quero netos! – Sem dar tempo para eles falarem qualquer coisa, olhou no relógio. – Tem uma foto do Dougie no seu trabalho. Essa foto é linda! Mas não estou encontrando...
Ela saiu andando a procura da tal foto. olhou para Dougie e ele ostentava um olhar culpado.
- Dougie?
- O quê?
- Onde está a foto que você pegou?
- Eu não peguei nada.
- Não minta para mim, Dougie Lee!
Ele apontou para as calças.
- Deixa-me ver essa foto agora, Dougie Lee Poynter!
- Não mesmo, , essa não.
- Dougie...
- Não, não e não.
- Eu vou ser mesmo obrigada a pegar essa foto aí?
- Hum, se você quiser.
- Dá para me dar a foto e parar de palhaçada?
- Você jura que não vai rir?
- Depende, se for algo engraçado, vou rir.
- Então, eu não vou te deixar ver.
- Está bom, eu não vou rir.
- Jura?
- Anda logo, Dougie, que coisa. – Dougie tirou o retrato de dentro das calças e deu para a menina.
- HAHAHAHAHA... Dougie, o que é isso?
- Você jurou que não ia rir. – Ele ficou muito vermelho.
- Quando foi isso?
- Eu precisava de um emprego temporário.
- Se vestindo de galinha?
- É galo, e, sim, era um trabalho honesto.
- Mas por quê?
- Foi um lançamento de uma marca de frangos congelados.
- HAHAHAHAHAHAHAHA...
- ! Dá para parar de rir?
- Ah, desculpa, amor, é que você realmente ficou muito bem de galinha. – Dougie fechou a cara e ficou olhando para um ponto fixo em frente ao sofá que estavam. – Meu amor, não fica assim, eu só estava brincando. – foi chegando mais perto dele e o abraçou, dando beijinhos no rosto dele.
- Hum, está bom, eu te perdôo. – Ele virou e agarrou a menina pela cintura, beijando-a fortemente, ela se afastou um pouco, arfando.
- Dougie, sua mãe está há dez metros de distância da gente, quer fazer o favor de controlar seus hormônios?
- Ai, , o que tem? Vem aqui! (N.A. - by Thali: Dougie taradão)
- Não, Dougie, sai... Sai. Dougie, dá para parar? – Dougie beijava o pescoço da menina, causando arrepios na mesma.
- Hum, mas essa noite você não me escapa.
- Fica quieto, me deixa terminar de ver essas fotos. – Ele chegou mais perto e roubou um beijo dela. – Sai, seu chato, já disse que aqui não.
- Está bom, depois não reclama.
Depois de horas de conversa, Sam olhou no relógio.
- São onze horas! Melhor irmos dormir, vocês têm de voltar cedo amanhã.
- Certo. – levantou e foi rumo as escadas. – Onde vou dormir?
- No antigo quarto do Dougie. – Respondeu Sam. (N.A. – by Thali e Isa – Para quem não sabe, esse é o nome da sogrinha.)
- E ele?
- No meu quarto também, claro! – Uau! Que família moderna, se fosse na dela, ele dormiria com o cachorro.
Os dois subiram as escadas e Dougie abriu a porta calmamente.
- Ó, céus, Dougie! – Gritou , surpresa.
O quarto estava repleto de pétalas de rosa enquanto a janela mostrava a Lua olhando pelos dois.
- Da última vez que vim aqui, prometi que se um dia viesse com você, ficaríamos vendo a Lua do mesmo jeito que vi.
- Por quê?
- Para testar.
- Testar o que, Poynter?
- Se a Lua é mais perfeita no Brasil ou se é a companhia que a torna mais perfeita. – Ele abraçou-a carinhosamente.
- E a que conclusão você chegou? – Ela perguntou, já completamente derretida.
- Definitivamente, é a companhia. – E a beijou.
Os dois ficaram assim, abraçados sob a luz da Lua.
- Tom, chega um pouco para o lado, estou quase caindo da cama. – Dizia , que acordou quando percebeu que seu querido namorado dormia ocupando mais da metade da cama.
- Hum?
- Tom, chega para o lado, meu bebê! – falou, empurrando o menino para o lado, ele acordou e viu que estava quase derrubando a menina.
- Oh, meu Deus, me desculpe. – Ela riu.
- Tudo bem, não precisa se desculpar. – Ele chegou pro lado e a menina se ajeitou na cama. Ele a abraçou e ficou fazendo carinho na cabeça dela.
- Sabia que eu adoro ficar assim, abraçadinho com você?
- Hum, é?
- É, adoro sentir seu cheiro, o suave perfume do seu cabelo, sentir sua pele macia sobre a minha, adoro as sensações que sinto quando a gente está junto, hum, você entendeu, né? - deu um risinho.
- Entendi sim, eu também adoro isso tudo, ainda mais que é você quem me faz sentir isso. – Ela beijou o namorado, era um beijo envolvente, quente, cheio de amor, foi a primeira vez que no meio da noite eles acordaram e conversaram alguma coisa do tipo, terminando em amassos maiores. (N.A. – by Isa - aiuaiahiahia.. Thali, não apaga essa parte... Hihi). (N.A. - by Thali – Isa taradona... Vou deixar essa parte para felicidade geral da nação!)
- Harry, quer parar de me olhar dormir! Isso é meio obsessivo. – acordou rindo e viu que seu namorado a observava. - Há quanto tempo você está me olhando dormir?
- Tempo suficiente para comprovar que eu sou o homem mais sortudo do mundo.
- Como é bom acordar e já escutar uma coisa dessas. – Ela sorriu e deu um beijo no namorado.
- Eu te amo.
- Eu te amo muito.
- Eu te quero pra sempre.
- Até que a morte nos separe. – Ela riu.
- Nem a morte vai nos separar. – Foi o tempo de ele terminar de falar e sentir o calor dos lábios da namorada contra os deles, foi um beijo realmente apaixonado, ele pairou com suas mãos na cintura da garota, que estava com as mãos no pescoço dele, em um movimento rápido, ele se virou e ficou por cima dela, suas mãos escorregaram do quadril para as coxas da menina. O beijo era rápido, suas línguas se mexiam em um ritmo descompassado, fazendo com que ficassem com mais desejo no beijo, como se quisessem alcançar algo que ao mesmo tempo parecia tão longe e tão perto. Suas roupas íntimas foram parar no chão, ao lado da cama, estavam em um clima romântico e cheio de desejo, seus corpos colidiam como meteoros caindo, logo um cansaço bateu e eles suspiraram juntos. (N.A. – by Isa – que brega, ok, fui eu quem escreveu isso, ficou horrível, meu Deus) (N.A. - by Thali - Mega brega, amiga, mas vale porque o Mr. Judd é perfeito!). Harry caiu para o lado arfando, abraçou a namorada que permanecia de olhos fechados. Ela virou para ele sorrindo, e o beijou docemente.
- Nem a morte nos separa. – Ela sorriu, lembrando-se do que o namorado lhe disse a pouco, ele sorriu também e concordou com a cabeça.
Tom balançou o braço e derrubou o abajur, causando um estrondo.
- Nossa! – acordou exaltada. – Tão delicado quanto um hipopótamo dançando balé.
- Obrigado pela parte que me toca. – Agradeceu irônico.
- Fiquei sem sono...
- Eu também...
- Vamos levantar? Estou com fome.
- Ai, , eu estou cansado, você me acordou de madrugada e me cansou.
- Pára, Tom, eu fico sem graça. – A menina corou. – E ainda está de madrugada. São três e meia da manhã.
- Como você pode ter vergonha de mim? br>
- Eu não tenho vergonha de você, só fico sem graça quando você fala para mim essas coisas assim, sabe?
- Não. - Ele respondeu simplesmente.
- Deixa pra lá. Levanta, vou preparar um café da manhã gigante pra gente.
- Já estou levantando. – Tom se esticou todo na cama e se levantou. – Cadê minha boxer?
- Não sei, Tom, procura debaixo da cama.
- Hum, achei. – Deu uma risadinha.
Desceram para a cozinha e como prometido preparou um banquete para eles.
- Hum... Olá, pessoas. – apareceu na cozinha seguida de Harry, que esboçava um largo sorriso no rosto.
- Foi só sentir o cheiro da comida que você já vem correndo, né? – Disse , sarcástica.
- Claro! Você acha que eu ia dispensar comida?
- Claro que não, Harry, eu já te conheço. - Disse , rindo.
- Isso e o fato de que vocês fizeram o maior barulho no quarto de vocês. O que aconteceu lá? - Perguntou .
- Derrubei o abajur. – Respondeu Tom.
- Nossa! Delicado como um Mamute. – Observou .
- Se dependesse de vocês eu teria baixa auto-estima. Só hoje fui chamado de hipopótamo e de mamute.
- É porque você é um. – Brincou Harry, abraçando a namorada.
- Parece que a noite foi boa, olha só o sorriso do Harry. – Disse Tom, zoando o amigo.
- Nem te conto o quanto. – Ele respondeu.
- Harry, por favor. – estava vermelha.
- Que foi, falei alguma mentira? Você foi magnífica quando...
- HARRY!
- Ok, parei. – e Tom davam risinhos enquanto explodia de vergonha.
- Você está parecendo o Danny. – Disse . – Totalmente indiscreto.
- Falando no Danny... - Lembrou Tom. - Chama os dois para comerem também.
foi até o quarto de e o encontrou vazio.
- ELES NÃO ESTÃO AQUI! – Gritou .
- Tive uma idéia. – Disse Harry. – Vamos acordá-los? A gente liga para o apartamento do Danny e acorda os dois.
- Boa idéia! – Tom sacou o celular e ligou. Esperou... Esperou... Esperou. – Ninguém atende.
- Tenta o celular da . – Disse , rindo.
- Caixa postal. – Tentou o de Danny. – Caixa Postal também.
- Sabe o que podíamos fazer? Ligarmos para o paquito que fica na portaria para ele bater na porta. – Sugeriu .
- Paquito? – Indagou , confusa.
- Ele parece muito aquelas paquitas da Xuxa! Aquele uniforme vermelho com o chapéu e tudo mais. – começou a rir, mas os outros dois não entenderam nada. – Deixa para lá. Um dia eu explico para vocês.
Eles deram de ombros e ligaram para o “paquito”.
Tom desligou o telefone com um olhar preocupado.
- O que aconteceu, Thomas? – Perguntou , agora nervosa.
- Ele disse que não vê o Danny desde manhã cedo.
Harry e Tom pegaram o carro, cada um para um canto de Londres, enquanto as meninas ligavam para qualquer pessoa que poderia saber de algo. Em poucos minutos Emily já tinha sido acionada, Charlie saíra de casa para juntar-se a procura, Natasha tinha ido para a casa das meninas. Um dos amigos de Charlie, que era da Scotland Yard, disse que se em 24 horas os dois não aparecessem, viraria um caso para a Scotland Yard.
Era um caso de pânico total.
Capítulo 17
“Quando você acha que as coisas não podem ficar piores é quando, geralmente, elas ficam piores, e é aí que a vaca vai para o brejo.” (Ned – O manual de sobrevivência do Ned)
sentiu fortes raios de Sol em seu rosto. Abriu os olhos e deu de cara com um homem de macacão verde em pé, parecia ter uns dezoito anos e a olhava confuso.
- O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou o rapaz.
- Nós... Nós... Ficamos presos por causa da chuva. – Respondeu , sacudindo Danny.
- Ai... Prendi gente de novo aqui! – Gemeu o rapaz, mostrando pedaços de carne em seu aparelho.
- Hã? Quê? Onde? – Danny abria os olhos bem devagar. – Bom dia, pequena. Bom dia, cara esquisito.
- Derek. Eu sou o Derek. Muito prazer. – Ele esticou a mão e Danny a apertou vigorosamente.
- Eu sou Daniel e o prazer é todo meu. Tudo bem?
- Mais ou menos. – Respondeu o rapaz.
- Por quê? – Perguntou Danny e bufou.
- É a terceira vez que prendo gente no zoológico e se meu chefe descobrir ele me manda embora e eu preciso muito desse emprego. – Explicou.
- Relaxa. É só mandar as pessoas embora sem que seu chefe veja.
- Boa idéia! – Concordou o rapaz.
cutucou o ombro de Danny.
- O que houve, pequena?
- Somos nós.
- Somos nós, o quê?
- Nós somos as pessoas que ficaram presas, Daniel.
- Impossível. Ainda está de noite.
- Não está não. – O rapaz olhou o relógio. – São nove e meia.
- NOVE E MEIA? EU PERDI MINHA AULA!
- Temos que ir embora. – Danny apertou a mão de Derek. – Mais uma vez, foi um prazer, dude. Quando voltarmos aqui, procuramos você. Até mais.
- Até mais, Daniel e Pequena. – Derek se despediu.
Os dois entraram no carro correndo.
- Ele realmente achou que meu nome era Pequena? Que idiota!
- Eu o achei muito inteligente.
- Nós somos o terceiro grupo que ele prende no zoológico, Danny.
- Sem querer. – Argumentou.
- Deixa para lá.
virou a maçaneta e deu de cara com um pandemônio. e estavam com os olhos inchados, Natasha corria de um lado para o outro falando no telefone.
- Gente, o que aconteceu? – Perguntou assustada.
As três olharam para o casal e pareciam muito nervosas.
- , onde vocês estavam? – Perguntou enquanto eles ouviam Natasha falar “Charlie, eles apareceram.”
- Ficamos presos no zoológico. – Respondeu.
- Por que não ligaram? – Indagou , mostrando os olhos muito vermelhos, assim como o nariz.
- Esquecemos. – deu de ombros.
- VOCÊ! – apontou para gritando e ela deu um salto. – Temos que conversar.
- Desculpa, gente, mas tenho aula.
- NADA DISSO! ESTOU DIZENDO QUE VAMOS CONVERSAR, AGORA! – a pegou pelo braço e rebocou a menina até o quarto.
- Danny. – Chamou com a voz fraca. – Na cozinha comigo, agora! Natasha...
- Pode deixar que aviso para todos.
- Obrigada. – agradeceu com um aceno de cabeça.
- ESTÁ MALUCA?
- EU? MALUCA? QUE TAL VOCÊ? PASSAMOS A MADRUGADA EM CLARO, DESESPERADOS PORQUE VOCÊ E O SEU NAMORADO SUMIRAM DO MAPA.
- O quê?
- Nós ligamos para todo o mundo que conhecemos. Harry e Tom estão desde as quatro da manhã rodando por Londres a procura de vocês.
- Nós estávamos no zoológico, ficamos presos por causa da chuva...
- Você tem celular?
- Hã?
- Você tem celular?
- Claro que tenho.
- Então, por que não usou a droga do celular para avisar que estava viva?
- Esqueci.
- E causou essa confusão toda. Achamos que estava morta!
- Não sou mais uma criança.
- Então, pare de agir como uma! - ofegava, olhando para e começou, de repente, a chorar. – Se algo tivesse acontecido com você... Nós não saberíamos o que fazer. O que seria da nossa vida sem você? Não seria nada!
começou a chorar também, elas se importavam com ela. Elas eram sua família, todos eles eram sua família. A família mais estranha e disfuncional, mas ainda uma linda e amorosa família.
- Desculpa. – Ela abraçou a amiga. – Não vai acontecer de novo.
- Estão todos procurando a gente? – Perguntou Danny, sentando a mesa da cozinha.
apenas concordou com a cabeça. Lembrar daquela horrível noite seria demais para ela.
- É complicado. Vocês sumiram do mapa, ficamos tão assustados... - Sem querer, ela começara a chorar de novo.
- Sei o quanto a significa para vocês...
- Não só a , Daniel. Você também! Acha que a gente não se importa se algo acontecer com você? – Ele congelou. Nunca tinha pensado nisso.
- Eu... Não sei o que dizer. – Ele suspirou. – Pode me dar uma bronca, eu mereço.
- Não vou te dar bronca nenhuma. Primeiro, porque acredito que não é necessário, Harry e Tom se encarregarão disso. Segundo, porque não tenho forças para isso. Essa madrugada foi terrível! Pensei em tantas coisas... Vocês poderiam ter sido seqüestrados, assaltados, podiam estar machucados... - Danny sentiu falta das broncas e das ameaças. - Não foi só na minha irmã que pensei. – Ela respirou fundo, tentando não chorar mais. – Foi no meu melhor amigo também.
- Melhor amigo?
- É...
- Eu sou seu melhor amigo? – Ele sentiu seu coração parar no pé. Ela também era sua melhor amiga, e sentia tanto decepcioná-la. - Você também é minha melhor amiga... - Ela não falou nada, apenas chorou mais um pouco. - Eu não sou o que a precisa, . Nunca vou ser. – Ele disse e abriu a boca para replicar. – Olha só o que fiz! Todo mundo passou a noite acordado e preocupado porque eu não me preocupei.
- Danny...
- O Harry e o Tom nunca fariam isso... Nem o Dougie faria isso!
- Danny...
Mas ele já tinha levantado e ido para a sala. Ela o seguiu correndo, com medo do rapaz fazer uma bobagem.
Harry, Tom, Charlie e Natasha estavam na sala. e desciam a escada naquele momento.
- , tenho que falar com você.
- O que houve, Danny? – Ela perguntou, mostrando preocupação.
- Danny... - chamou, mas ele a ignorou. Ele sabia o que deveria ser feito, mesmo que sua felicidade estivesse em jogo. A felicidade de era a coisa mais importante para ele nesse momento.
- Preciso falar com você.
- Fala aqui mesmo, Danny.
- Melhor ser em particular.
- Fala aqui, Daniel!
- Acho melhor a gente dar um tempo. – Ele disse, sem olhá-la.
- O que você quer dizer com isso?
- Eu não sou o que você precisa. Precisamos dar um tempo.
- Quer saber? Melhor é a gente terminar. – Ela sugeriu, resoluta. Por dentro, sentia vontade de chorar e dizer para Danny que ele era SÓ o que ela precisava.
- Concordo. Então, tchau. - Ele deu meia-volta e passou pela porta. Do lado de fora, permitiu-se chorar. Ele sabia que ela era a pessoa com quem passaria o resto da sua vida, mas era para o bem dela que estava se afastando. – Eu te amo, pequena. Mais do que você imagina.
Capítulo 18
“Eu nunca me senti desse jeito antes
Tudo que faço me lembra você
E as roupas que deixou jazem no meu chão
Elas cheiram como você...eu amo as coisas que você faz.” (When you’re gone – Avril Lavigne)
Dougie deixou na faculdade e foi para o apartamento, onde deitou e dormiu pensando no dia passado. Ela tinha encantado sua mãe e provado, mais uma vez, que ela era a garota perfeita para ele. Ele ouviu a porta de Danny bater, mas nem se moveu. Provavelmente, estava com ele.
- ! ABRE ESSA PORTA! – batia na porta do quarto, desesperada.
- , aqui é o Tom. Abre a porta. – Pediu, ficando com medo do que a menina poderia fazer.
Ela tinha subido assim que Danny saíra da casa.
- EU NÃO QUERO FALAR COM NINGUÉM!
- Só não faz nenhuma besteira. – Implorou Harry. – O Danny vai perceber que fez uma burrada.
- NÃO QUERO SABER MAIS DELE! DANNY JONES MORREU PARA MIM, OUVIU? MORREU!
Os quatro saíram de perto da porta, ainda ouvindo a menina soluçar.
- A culpa foi minha... - Sussurrou .
- A não ser que tenha sido você que deixou o Danny burro, duvido que a culpa seja sua. - Disse Harry, afagando a cabeça de . – Vai dar tudo certo. Nós estamos aqui.
- De alguma maneira, o que ele fez faz sentido naquela cabeça de vento. – Murmurou Tom, bagunçando os cabelos.
- PESSOAS, ESTOU EM CASA! – jogou a mochila no sofá e olhou para os quatro. – Quem morreu?
- É melhor você se sentar. - Sugeriu , se posicionando para contar tudo.
passou o dia tentando fazer com que saísse do quarto, mas nada funcionava. Nenhum deles dormira bem.
- Alguém chama a para comer. – Pediu .
- Ela disse que não quer comer nada. – Respondeu .
- Ela precisa comer. – Reclamou . – Assim corre o risco de morrer.
- Talvez seja isso que ela quer. – Disse Dougie, que tomou um soco de Harry.
- Ela só está na fossa. Logo isso passa. – Assegurou Tom, mas não convenceu ninguém.
- Cansei! – bateu seu copo na mesa. – Se ele não vai resolver isso, resolvo eu.
Ela levantou, pegou sua chave e foi embora.
- O que ela vai fazer? – Perguntou Dougie.
- Conhecendo a minha amiga, diria que ela vai até a casa do Danny ameaçá-lo de morte. – Disse , arrancando um pedaço grande do seu pão com queijo.
- Minha namorada é demais. – Suspirou Harry e os outros cinco jogaram pedaços de pão nele. – Cruzes! Seus estressados.
chegou na casa de Danny e tratou de esmurrar a porta.
- DANNY, ABRE A PORTA!
Nenhuma resposta.
- DANIEL ALAN DAVID JONES, ABRE A DROGA DESSA PORTA!
Silêncio.
- NÃO VOU SAIR DAQUI ATÉ VOCÊ ME OUVIR! PASSO O DIA AQUI SE FOR PRECISO!
O barulho de chaves foi ouvido e logo a porta abriu.
- O que você quer? – Perguntou Danny, visivelmente arrasado. Seu cabelo parecia imundo, ele exalava um cheiro forte de álcool, tinha olheiras e os olhos inchados.
- Falar com você. – Ela tentou entrar, mas foi impedida por Danny. Irritada, passou por baixo do braço do McFly e entrou. – Obrigada pela consideração de não querer me deixar ent... Quem é você?
Uma loira de calcinha e sutiã apareceu na sala.
- Eu que pergunto! Quem é você?
- Sou a cunhada dele.
- Ex-cunhada. – Corrigiu Danny, sem ânimo.
- Cala a boca, se não sobra para você. – Vociferou .
- O que você faz aqui? – Perguntou a garota, jogando seus cabelos para trás.
- Eu vim falar com o Danny, mas posso aproveitar e quebrar a sua cara.
- Olha como ela fala comigo, Danny! – A garota fez voz de criança e teve vontade de vomitar.
- Vou embora. – Anunciou . – Vim aqui dizer que nunca tinha visto a tão feliz como vi quando ela estava com você e que vocês estão destinados a ficar juntos, mas, pelo visto, me enganei. Você não é nada do que eu imaginava. Você me dá nojo!
Ela saiu andando e deixou Danny e a garota, sozinhos.
- Sozinhos, afinal. – A menina o abraçou por trás, mas ele se desvencilhou. Sem querer bateu na mesa, deixando cair a pulseira que tinha dado em seu último dia no Brasil. Sentiu nojo de si mesmo.
- Vai embora.
- O quê? – A garota parecia chocada.
- Vai embora. – Ele a pegou pelo braço e a arrastou até a porta. Fechando-a atrás de si.
- EU ESTOU SEM ROUPA! – Ela batia na porta, totalmente irritada.
Danny abriu a porta e jogou as roupas da menina no chão.
- VOCÊ É UM BABACA, JONES!
Ele colocou a cabeça para fora.
- É... Eu sei.
E bateu a porta.
Capítulo 19
“Nem estou dormindo mais
Já não saio com os amigos
Sinto falta dessa paz que encontrei no seu sorriso.” (Turu Turu – Sandy & Junior)
- Como foi lá no Danny? – Perguntou .
- Ele dormiu com uma garota. – Respondeu , jogando sua bolsa na mesa.
- Ele, o quê? – deu um pulo do sofá.
- Quando cheguei lá, dei de cara com uma loira de calcinha e sutiã.
- Ela tem olhos claros? – Indagou Tom.
- Aham.
- E um sorriso imenso? – Indagou Dougie.
- Aham.
- Ela já dormiu com você também? – lançou um olhar homicida para o namorado.
- NÃO!
- E com você, Thomas?
- Não, amor!
- Antes que você pergunte... – Começou Harry. –... Nunca dormi com ela. É que ela é a Olívia, ex-namorada do Danny.
- Ela é a Olívia? Juro que não a reconheci.
- Que pena, eu até que gostava dela... - Murmurou .
- Fiquei com medo disso. – Disse Tom. – O Danny devia estar tão mal que acabou tendo uma recaída.
- Cachorro! – Xingou .
- Sacana! – Completou .
ficou em silêncio.
- Não vai falar mal dele também, não? – Perguntou Harry, olhando para a namorada.
- Estou decepcionada demais para isso. – Sussurrou. – Acho que vou para o meu quarto.
- Vou com você. – Harry deu a mão para a namorada e subiu.
havia ouvido o que elas disseram e quis chorar mais ainda. Danny tinha voltado para Olívia?
Então, aquele era o fim. Secou as lágrimas, foi até o banheiro e olhou-se no espelho.
Seus olhos estavam inchados, seu rosto vermelho e o cabelo em completo desalinho.
Era hora de partir para outra? Sim.
Mas era impossível esquecer Danny. Entrou no quarto, colocou uma camisa qualquer e deitou-se na cama, mais uma vez mexendo no macaco que Danny tinha dado.
Deu um sorriso fraco ao ler o coração que o macaquinho segurava: “Você é a pessoa mais especial para mim”. Ajeitou a camisa e percebeu que aquela era a camisa do namorado. “Ex-namorado... Agora ele é ex-namorado.” E começou a chorar de novo. Quando será que aquele vazio que sentia iria passar? Quando aquela dor passaria?
- Tom...
- Oi...
- Se a gente terminasse, você voltaria para a Giovanna? - Os dois estavam no quarto da menina. Ele estava deitado no colo dela.
- Provavelmente ficaria em casa escrevendo centenas de músicas no estilo de “She Left Me”, bebendo muito e pensando “Por que eu perdi a garota mais maravilhosa do mundo?”
- Que lindo! – Ela deu vários beijinhos no namorado.
- E você? O que faria?
- Hã... Eu sairia para dançar com o Cliff.
- Nossa! Que divertido! – Disse Tom, amargurado.
- Brincadeira! Você acha que ficaria bem se terminássemos? Eu ficaria trancada no meu quarto, chorando rios.
- Assim é bem melhor. – Ele sorriu para a namorada, mostrando a covinha. – Sorte que isso nunca vai acontecer.
- Acho muito bom. Aquele dia que você sofreu o acidente, fiquei pensando como seguiria minha vida sem você...
- Mas aquele acidente não foi nada. Só saí com alguns arranhões...
- Só que fiquei pensando se fosse algo pior... Você preso em aparelhos... Essas coisas.
Ele levantou e a olhou, firmemente, nos olhos.
- Prefiro uma vida preso em aparelhos a nada de vida. Mas se algo acontecesse com você então, não precisariam nem ligá-los.
- Tom...
- Meu amor, ficar sem você é o pior castigo de todos.
Harry sentou na cama de , encostando-se na parede.
- Vem aqui. – Chamou, abrindo os braços. Ela correu até ele, abraçando-o e apoiou a cabeça no peito do namorado. – O que tanto te perturba?
- Fora a minha irmã estar em completo desespero e o estúpido do meu melhor amigo também? – Ela soltou um muxoxo. – Nada.
- Tem algo sim que está te perturbando.
- Não tem nada.
- , ... Você esquece que é impossível mentir para mim? – Ele colocou a mão no queixo da namorada, puxando-o gentilmente para que a garota o olhasse. – Essa é uma das minhas milhões de qualidades. Além de lindo, gostoso, sou muito perceptível.
- Não esquece o humilde. – Ela lembrou, rindo.
- Brincadeira de lado. Eu te conheço. Sei que tem algo te incomodando. Conta para mim.
- Quando a gente “terminou”... – Ela fez aspas com as mãos. – Você esteve com alguma garota?
- Claro que não! Estava preocupado demais tentando recuperar você.
- Porque foram doze horas, mas se fosse mais tempo... Você...
- Eu não ficaria com ninguém. Aquelas foram as piores doze horas da minha vida, mais que isso deve ser um completo pesadelo. – Ele sentiu seus olhos se encherem de lágrimas. – Entende uma coisa, , é só você... Foi sempre só você. Mesmo quando não te conhecia, era você. Você é a minha pingüinzinha para sempre.
- E você é o meu pingüim.
- Que brega... – A namorada jogou uma almofada nele, rindo. – Brincadeira! Que menina agressiva!
- Dougie, você acha que nós podemos superar tudo?
- Vejamos... - Ele botou o dedo indicador no queixo fingindo pensar. – Nós superamos a distância, boatos, sua agressividade, meu medo de compromisso... Depois disso tudo, TENHO CERTEZA que podemos superar tudo.
- Será?
- Bom, a gente pode não ter filhos no futuro graças ao seu chute em mim, mas acredito que isso nós superamos também. – deu um tapa nele. – Estamos namorando há três meses e você ainda não perdeu essa mania de me bater!
- É divertido bater em você, meu amor, e o chute foi culpa sua.
- Culpa minha? Eu só queria você de volta! Onde está o crime em querer a pessoa que você ama de volta?
- Isso foi tão lindo! – Ela deu um beijo no nariz do namorado.
- No nariz? É maldade!
- Maldade é isso. – A menina mordeu o lábio do namorado depois deu um beijo no canto de sua boca.
- Apoiado. Maldade é isso. Pior que seu chute.
- Fica quieto, Dougie!
- É sério! Nem vem reclamar que não poderemos produzir Dougie Junior’s.
- O chute foi fraquinho. – Defendeu-se. – E quem disse que quero ter filhos com você? - Ele ficou calado. - - Prefiro ter filhas. – Ela completou, rindo.
- Essa piada foi tão sem graça.
- O quê? Você não quer?
- Não. Prefiro ter um casal. Pensando bem, podia ser um time inteiro!
- Não sabia que você gostava de futebol.
- E eu não gosto, mas a idéia de fazê-los é bem legal.
- Cala a boca, Dougie!
- Me obrigue! – Ele colocou-se de frente para a namorada, com seus narizes colados.
Danny estava sentado no sofá de sua casa envolvido por milhões de latinhas de cerveja, estava na mesma posição desde manhã. Depois de ter expulsado Olívia do apartamento e ter pegado o telefone trinta vezes para ligar para , ele colocou o DVD do Brasil, e sentou-se com suas cervejas.
“E aí, , conta para a gente... O Danny beija bem?”
estava com a câmera e Dougie estava ao seu lado. “Hã... Ele não vai ver isso não, né?”
“Não... A gente jura!”
“Ele beija muito bem!”
“Mesmo com aqueles dentes tortos?”
Danny riu com a pergunta de .
“Ô, , que tipo de pergunta é essa?”
“Qual é, Dougie! Vai dizer que não é uma pergunta boa?”
“Bom, é curioso entender como ele beija alguém sem arrancar um pedaço do lábio dela.”
“Ah... Fiquem quietos. Ele beija bem e os dentinhos dele são as coisas mais lindas do mundo.”
“Qual é a sensação?”
“, que tal você ficar um pouco comigo e parar de perguntar sobre a intimidade do Danny?”
“Juro que é a última pergunta!”
“Repete a pergunta.”
“Qual a sensação?”
olhou diretamente para a câmera e Danny sentiu como se ela o olhasse. Aqueles olhos tão lindos, com aquele fogo de quem sabe de muita coisa, mas guarda para si. O ar doce, de quem ainda tem um pouco de inocência... Como ele a amava. “A sensação? Eu tenho sensação de segurança, de carinho... Toda vez que ele me beija parece que é o meu primeiro beijo e eu me sinto completa. Respondendo a sua pergunta, a sensação é de completa perfeição e é uma sensação que quero sentir para o resto da minha vida, mas é segredo. Shhh... Não conta para ninguém.”
Ele apertou o ‘pause’ no momento em que estava com o dedo na frente da boca, pedindo silêncio.
- Espero que esteja fazendo o certo...
Capítulo 20
“Chore, baby, chore porque cada lágrima que flutua
Cai no oceano
E eleva-se até o céu e então, chuva cairá antes do sol nascer.” (Cry baby cry – Santana, Jean Paul & Joss Stone)
Uma semana se passara e nada tinha melhorado. Nada. ainda não saía do quarto, Danny continuava deprimido, as meninas se mantinham em vigília tentando, de algum jeito, tirar de sua fossa.
Era mais um dia de completo desassossego na casa das meninas. Os meninos estavam na sala sem fazer nada, enquanto , e acampavam na porta do quarto de .
- , a gente fez seu prato favorito. – Disse .
- Fizemos brigadeiro também. Vem cá comer. – Chamou .
- Sai do quarto para ver a gente. – Sugeriu . – O Tom trouxe o violão para tocar para você.
- NÃO QUERO SABER DE MCFLY!
DING DONG... DING DONG... DING DONG...
- HARRY, ABRE A PORTA, AMOR! – Gritou .
- , É A EMILY! – Anunciou Harry.
- VOCÊ ABRIU A PORTA? – Perguntou .
- NÃO! EU OLHEI PELO OLHO MÁGICO.
- ESCONDAM OS GAROTOS! – Gritou , de dentro do quarto.
- SALVEM O MEU TOM. – desceu as escadas, alucinada, e logo subiu correndo com os três ao seu encalço.
- Coloque-os no seu quarto. – Sugeriu . – Ele é no canto.
- Façam silêncio! – Ordenou enquanto fechava a porta.
Ela desceu para abrir a porta.
- Oi, Emily! – Saudou, tentando parecer calma, mas suas bochechas vermelhas e os cabelos despenteados não ajudam no disfarce. – Tudo bem?
- Tudo. Hã... Eu estou atrapalhando alguma coisa? Vocês têm visita? – Perguntou entrando na casa, carregando uma mochila imensa.
- Não. Por que pensa isso?
- Eu ouvi a falando de algum “Harry” e você mandou salvar um tal de “Tom”. – a encaminhava para o sofá.
- Isso? Não é nada. A está apaixonada pelo Harry Potter, só fala disso agora.
- Quem é Tom? Seu namorado?
- Tom é o meu ratinho de laboratório, a deixou a gaiola aberta e ele fugiu. Coitadinho... Ele é meio burro. – No momento que disse isso ouviu um baque e muitas risadas abafadas.
- Espero que ele já esteja a salvo, tenho pavor de ratos.
- Relaxa. Ele está trancado no meu quarto, é só você não entrar lá.
- Não entrarei. – Assegurou.
- Afinal, o que faz aqui? Foi expulsa de casa? – Ela olhava a grande mochila da menina.
- Falei com a no telefone hoje e ela disse que a ainda não quer sair do quarto. Vim ajudar.
- Graças a Deus. Bem, vamos lá!
As duas subiram correndo. Pararam na porta do quarto de e Emily bateu, um tanto receosa.
- Abre a porta, brasileirinha. Eu vim só para te ver. - Sem ninguém esperar, saiu do quarto, coisa que não fazia há dias, abraçou a amiga e chorou... - Vamos lá para dentro conversar, baby.
- Ela já foi? – Perguntou Dougie, colocando a cabeça para fora.
- Já, mas se não tivesse ido, como explicaria a presença da cabeça de Dougie Poynter saindo do meu quarto? – Indagou , fazendo cara de má.
- Diz que o McFly não está dando dinheiro, então eu estou fazendo um bico de exterminador que veio matar o seu rato burro. – Tom deu um pedala nele. – AI, TOM! DOEU!
- Shh... Fica quieto, amor. – Pediu . – Você tem umas escolhas de emprego tão diferentes, de frango agora de exterminador...
- FRANGO? Como assim? – Harry saiu do quarto rindo. – Essa eu quero ouvir.
- Deixa isso para lá. A verdadeira explicação que eu quero é: Por que eu sou o rato?
- Foi a primeira idéia que veio na cabeça. – Explicou .
- Eu sou o Harry Potter, mas o Tom é o Perebas. – Zoou Harry e recebeu um tapa da namorada. – Foi mal.
- Espero que a Emily consiga o que a gente não conseguiu.
- É... – Concordou com o olhar distante. – O que a gente faz agora?
- Vamos dar um queijinho para o Perebas, ele deve estar faminto. – Sugeriu Dougie rindo e saiu correndo para não apanhar de Tom, que agora corria atrás dele.
- Qual o furacão que passou aqui? O Kalina? - Perguntou Emily, pulando algumas roupas que estavam caídas.
- Furacão Katrina. – Corrigiu , sentando na beirada da cama, limpando algumas lágrimas.
- O quê?
- É, furacão Katrina. – Repetiu .
- Ah... Eu sempre esqueço. – Emily parecia envergonhada. – Conte-me tudo que aconteceu.
respirou fundo.
- Não tem muito o que contar, nós passamos a madrugada fora de casa, o pessoal ficou preocupado. Quando voltamos foi aquela bagunça, todos estavam em pânico e o Daniel disse que não era a pessoa certa para mim, pediu um tempo e eu disse que era melhor terminar então.
- E como você está?
- Pior que o meu quarto. – Respondeu, apontando para a bagunça, uma pilha de pratos com comida que as meninas insistiam em colocar no quarto, roupas, lenços de papel, CDs...
Emily caminhou pelo quarto olhando tudo.
- Você tem que esquecê-lo! – Disse, por fim. – De algum jeito.
- Ele dormiu com a ex dele...
- Mais um motivo. – Ela sentou na beirada da cama junto com a amiga. – E eu estou aqui para ajudar. Você vai esquecer esse Daniel logo, logo.
Capítulo 21
“Você recebeu minha mensagem?” (Did you get my message? – Jason Mraz)
Duas semanas passaram voando. já saía do quarto e ia para a escola, muito bem escoltada por Emily.
As meninas respiravam aliviadas, mas sentiam falta do McFly que quase não viam mais graças a presença de Emily “hospedada” na casa.
Danny não saía de casa para nada, a não ser para o trabalho.
- Quem era no telefone, ? – Perguntou .
- Minha mãe. Ela queria falar com a , disse que liga depois. – Respondeu, puxando o laptop e digitando o seu relatório. Tinham passado uma semana complicada, estudando e trabalhando muito, sem ver os pobres namorados. zapeava pelos canais.
- Cadê a e a Emily?
- Foram em uma festa. – Murmurou , colocando os fones de ouvido.
- Eu quero meu namorado. – Gemeu . – Quero meu namorado!
No mesmo momento o telefone de tocou.
- Dude, que sinistro! – Elogiou . – Diz que vou ganhar uma moto!
- Gente, o Tom mandou uma mensagem!
“Eu estou com saudades de você!
Quando posso te ver?
Beijo do seu cavalheiro Jedi”
- Nota 10 para a breguice. – Brincou . – “Cavalheiro Jedi”? Que coisa pervertida!
- Cala a boca! – deu um empurrão em , que caiu no chão.
- Ah... Doeu! – Gemeu, massageando seu bumbum.
- O Dougie me mandou mensagem também! – deu um pulo do sofá, chutando .
- AH... VOCÊS ESTÃO MALUCAS? HOJE É O DIA DE ESPANCAR A , É?
- Shh... Faz silêncio que vou ler a mensagem!
“Meu amor,
eu vou ficar louco! Quando vou te ver de novo? Estou com muitas, muitas, muitas, muitas saudades suas, do seu cheirinho...
Vem aqui para casa. Passa um tempo comigo... Por favor...
Beijos do seu Dougie.”
- Meu namorado é perfeito. – Elogiava , babando na tela do celular.
- Eu estou machucada e meu namorado me esqueceu. – Resmungou . – Perfeito.
- ?
- Fala.
- Seu celular está ligado? – Perguntou enquanto respondia a mensagem do namorado.
- Claro que está li... – Ela pegou o celular e viu que ele estava desligando. – Hã... Acabou a bateria.
- Lesada. – murmurou enquanto respondia a mensagem de Tom.
correu para o quarto, buscou o carregador e ligou seu celular.
“Princesa,
Tentei ligar o dia inteiro para o seu celular. Você esqueceu-se de carregá-lo de novo? Mandei a mensagem para dizer que estou com saudade. Será que você ainda lembra como sou? Amo você!
Beijo do seu príncipe”
estava na porta do quarto.
- Ele mandou mensagem?
- Mandou. Nós temos os melhores namorados do mundo, né?
- Com certeza. – Concordou . – Principalmente, o meu Dougie.
- O Dougie não tem nada perto do meu Harry. – Defendeu o namorado. tentou dar um pedala em , mas errou (muito) o alvo e acertou o pescoço da menina.
- Caraca, hoje eu estou só apanhando. – Reclamou.
- Desculpa, amiga. – Pediu com cara de culpa. A amiga murmurou um “Tudo bem” e as duas desceram as escadas. - EU QUERO MEU NAMORADO! EU QUERO! EU QUERO! EU QUE...
- Eu estou aqui! – Dougie estava de pé na sala, sorrindo. parou no meio da escada fazendo com que batesse nela.
- Putz! Estão querendo me matar, só pode. Vou voltar para o meu quarto, já não consigo nem andar mais.
- Eu cuido de você! – Harry apareceu na porta.
- A ligou para mim, avisando que dormiria na casa da Emily, então resolvi chamá-los. - Explicou abraçada com Tom.
- Que ótimo! – Murmurou , dando um selinho no namorado, largando-o na sala e indo rumo à cozinha. – Vou buscar gelo.
- O que aconteceu com ela?
- Ela andou se machucando. – Explicou . – Vamos assistir filme, Tom?
- Sim, senhora.
- Vamos subir, ? – Sugeriu Dougie. – Temos que resolver um assunto inacabado.
- Qual?
- Sobe que eu te conto.
- Obrigado por ter me abandonado na sala. – estava colocando uma bolsa de gelo na cabeça quando Harry entrou. – Acho que só eu senti saudade mesmo.
- Não... Não... Não fala isso, Harry. Senti muita saudade, mas a dor é maior.
- Que dor?
- Eu andei me acidentando. – Ela mostrou o roxo no pescoço.
- Coitadinha da minha namorada. Eu cuido de você. – Ele foi para perto dela e deu beijinhos no pescoço dela. – É só mostrar onde está doendo.
Ela riu lembrando-se da queda do sofá. Não pediria para ele beijar... Hã... “Lá”...
- Do que você está rindo?
- Da sua mensagem. – Mentiu. – “Será que você ainda lembra como sou?”
- Mas é verdade. – Insistiu alternando beijinhos no pescoço com a bolsa de gelo. - Não nos vemos há tanto tempo. Achei que já tinha me esquecido...
- Impossível esquecer você. – Ela virou para olhá-lo melhor.
- Nada disso, mocinha. Você é minha paciente agora. – Ele a virou cuidadosamente e continuou o “tratamento”, beijando o pescoço e cuidadosamente pousando a bolsa de gelo no roxo. – Será que é mesmo impossível me esquecer? Acho melhor refrescar a sua memória...
- E como você pretende fazer isso? – Perguntou.
- Hum... Tenho um procedimento infalível.
- E o que é?
- Isso. – Ele virou a cadeira da menina e a beijou.
- Quer ver qual filme? – Perguntou , puxando o edredom para os dois e deitando no ombro de Tom.
- Eu não quero ver filme nenhum para falar a verdade. – Ele virou, olhando fundo nos olhos da namorada.
- Também não quero. – Respondeu, sorrindo para ele.
- Sentiu saudade?
- Muita. E você?
- Demais. É horrível ficar olhando para um monte de marmanjo o dia inteiro e depois voltar para um apartamento vazio.
- Sei como é... Para mim fica meio esquisito dormir sem te ter do meu lado. Já me acostumei.
- Você poderia... – Ele começou a falar, mas parou no meio.
- Eu poderia...? – Ela incentivou-o a continuar o discurso.
- Lá em casa tem espaço, sabe.
- Morar com você? Está doido? É bem capaz de a minha mãe me matar se eu resolver morar com você agora. Imagina só? Acabo de me mudar para a Inglaterra, abandono minhas amigas e me mudo com o meu namorado que ela, nem ao menos, conhece.
Ok... Ela tinha outros motivos para isso. O namoro era recente, e se ele descobrisse que não queria mais ficar com ela? Quer dizer, isso aconteceu entre ele e a Giovanna.
- Não vai acontecer. – Ele disse, olhando para ela. – Eu não vou me cansar de você ou sei lá o que você acha que pode acontecer.
- Tom...
- Vamos fazer o seguinte? Eu conheço a sua família, você a minha, aí a gente conversa sobre morar junto. O que acha?
- Me parece uma boa idéia. E o que a gente faz agora?
- No momento o que quero é ficar abraçadinho com a minha namorada.
Dougie entrou no quarto de , fechando a porta atrás de si.
- Era só um artifício para me trazer aqui para cima, é? – Perguntou assim que o namorado fechou a porta.
- Sim e não. – Respondeu com cara enigmática.
- Sim e não? – Ela cruzou os braços com cara de incrédula.
- Nesses dias eu andei pensando, passar tanto tempo com um monte de homem possibilita muito tempo para pensar...
- Fala logo!
- Ok... Ok... Nossa, que estressada! Andei pensando no seguinte... Sabe aquele dia que o Harry e a brigaram? – fez que sim com a cabeça. – Nós ficamos com um assunto mal resolvido...
- Que assunto?
- Um assunto muito importante envolvendo higiene pessoal.
- Não lembro não, Dougie. Mas agora que você falou, estou me sentindo meio suja.
- Ai! Pegou o espírito da coisa. – Ele começou a tirar a camisa com uma rapidez assustadora.
- QUE ISSO, DOUGIE LEE?
- Eu quero tomar banho. – Respondeu fazendo cara de neném.
- Toma depois de mim, oras. O banheiro é meu. – entrou no banheiro branco. Tirou a camiseta. No momento que sua calça caiu no chão frio, a ficha caiu e entendeu a intenção de Dougie. Enrolou-se na toalha e foi até o quarto.
Dougie se encontrava deitado na cama com a camisa no rosto, deitado de barriga para cima, resmungando algo.
- Dougie?
- Já acabou o banho? É a minha vez? – Resmungou, sem nem ao menos tirar a camisa do rosto.
- Eu ainda nem entrei, para falar a verdade, queria que você fosse comigo, mas se você preferir ficar aí, eu entendo.
Ele tirou a camisa do rosto e a olhou.
- É alguma pegadinha?
- Não. Só achei que seria... Legal.
- Você está falando sério?
- Se você não se levantar dali agora, eu tomo banho sozinha, Poynter!
Não precisou falar de novo. Em segundos, Dougie estava só de boxer e puxando a namorada rumo ao banheiro.
Capítulo 22
“Eu te confesso meu pequeno segredo sujo” (Dirty Little Secret – All American Rejects)
- Não acredito que você esqueceu sua chave. – Reclamou , entrando na sala escura de sua casa.
Eram três da manhã e elas estavam totalmente cansadas depois da festa onde nenhuma das duas se divertiu. Tinham saído da festa meia-noite, mas passaram uma hora tentando achar um táxi e mais duas procurando a chave que Emily não encontrava. Depois de um bom tempo procurando, Emily lembrou que tinha deixado sua chave na bolsa da sua mãe que tinha ido visitar seus avós na Irlanda com o pai.
- Foi sem querer. – Justificou enquanto tentava atravessar a sala sem bater em nada.
Tudo em vão. Com um sonoro “CRÁC!” um porta-retrato se espatifou no chão.
- EMILY! – Ralhou .
- O que está acontecendo aqui? – Dougie apareceu no pé da escada só de boxer e a cara cheia de sono.
- AI, MEU DEUS! – Gritou Emily.
(...)
- Respira, Emily – Pediu , amarrando o roupão lilás.
Todos estavam reunidos na sala, trajando roupas de dormir, menos e Emily, que ainda estavam com roupas de festa.
Emily inspirava e expirava dentro de um saco de papel.
- Está tudo bem. - Insistiu Tom, tocando levemente na mão da menina que soltou um grasnido.
- Ai, santa tartaruga, acho que ela perdeu a voz. – Disse , batendo o pé freneticamente.
- “Santa tartaruga”? – Harry a olhou rindo.
- Estava passando maratona de Tartarugas Ninja na televisão a cabo e nós não nos vimos essa semana inteira. – Justificou, envergonhada.
- Aqui está. – Dougie voltou da cozinha com um copo d’água. Emily pegou o copo e agradeceu.
- , o que está acontecendo aqui? – Ela perguntou olhando fundo nos olhos de , esperando que a amiga lhe contasse a verdade.
- Er... Sabe o que é Emy... É uma longa história. – olhou para , suplicando ajuda.
- Emily, nós nos conhecemos no Rio de Janeiro ano passado e nos reencontramos aqui em Londres.
- E o que eles estão fazendo com esses trajes aqui na sua sala? – Ela apontou para um Dougie só de boxer.
- Bem, nós somos... Er, namorados. – respondeu, sendo abraçada por Dougie.
- COMO?
- Nós somos namorados, assim como a e o Tom; a e o Harry ; a e o Danny... – Dougie cutucou .
- Cahan... Eu e Danny ERÁMOS namorados, , não se esqueça desse detalhe. – disse, meio pra baixo.
- Ai, foi mal, esqueci. – riu sem graça.
- , por que você não me contou?
- Porque eu não sabia como você ia reagir.
- Eu sou sua amiga, você tinha que confiar em mim.
- Eu sei Emy, mas tenta entender nosso lado também, é muito complicado ser namorada de um pop star. – disse.
- Uma! – Todos falaram.
- Não, gente, tudo bem, já estou me acostumando com o fato.
- , você era namorada de Danny Jones e não me falou. Isso não tem desculpas.
- Sinto muito, Emy, não queríamos que você descobrisse assim, como a falou, é muito complicado, e nós tentamos ao máximo deixar isso em off, ainda achamos que é muito cedo pra aparecermos para o mundo inteiro como namoradas dos caras mais famosos da Inglaterra.
- Obrigado, , eu também te amo. – Tom abraçou .
- Ei... Ei.. Nada de muito contato. – Ralhou Harry, fazendo com que Emy risse um pouco.
- Desculpa, , achei que ser namorada de um famoso fosse ser algo divertido, mas pelo o que vocês falaram deve ser difícil mesmo, acho que eu entendo um pouco, sim.
- Graças a Deus. – disse, apesar de tudo ainda não gostava muito de Emily pelo simples fato dela ter seu namorado como preferido.
- Ah... , queria desculpar-me pelo dia do show, se eu soubesse que você namorava com o Tom do McFLY, com certeza eu não falaria aquelas coisas, apesar dele ser meu favorito.
- Não tem problema, Emily, acho que já está na hora de me acostumar. Não é só você que tem o Tom como favorito.
- Agora que já está tudo esclarecido, será que dá pra gente voltar a dormir? Estou morrendo de sono. – Harry disse puxando pela mão.
- Vamos sim, boa noite para quem fica. – disse, subindo.
- Também estamos indo, boa noite, gente. - disse se despedindo de todos. – Anda logo, Dougie!
- Boa Noite. – Ele se despediu.
- Bem, vocês acabaram de chegar, acho melhor subirem logo para dormir. – Sugeriu .
- É, depois dessa confusão toda, acho melhor dormimos mesmo. Ah, , só uma coisinha... O rato que você falou era o Tom? – Emy perguntou dando uma risadinha.
- Era sim. – olhou para Tom que estava vermelho.
- Ok... Podem parar de me zuar, estou subindo!
- PEREBAS! – Gritou Harry, que já estava no segundo andar. Tom subiu correndo as escadas e deu para ouvir alguém caindo no chão. - TOM! QUE DROGA! DOEU, SEU BOÇAL! – Gritou Harry que, provavelmente, tinha sido jogado no chão.
- THOMAS MICHAEL FLETCHER, LARGA O MEU NAMORADO AGORA! – Ordenou .
- É melhor eu subir. – Disse , levantando do sofá e subindo bem devagar. O circo, no segundo andar, estava armado, Dougie tinha dado montinho em Harry, junto com Tom, e estava ameaçando matar os dois, enquanto pulava no montinho também.
- É sempre assim por aqui? – Perguntou Emily gargalhando enquanto Dougie e Tom tinham sido puxados do montinho, pela orelha, por .
- Hoje está é calmo. – Disse . – Vamos dormir.
Capítulo 23
“Essa é a história de todos nós
Essa é a primeira vez de um recém-nascido antes que ele comece a engatinhar
Essa é a guerra que nunca foi ganha
Esse é um soldado e sua garota
Essa é a mãe esperando ao lado do telefone, rezando por seu filho.
Fotos suas, fotos minhas... Penduradas na parede para o mundo todo ver.” (Pictures of You – The Last Goodnight)
- Emily, entra aqui, rapidinho. – Chamou , colocando a cabeça pela porta da cozinha. - Dá para você parar de comer?
- Estou com fome. – Respondeu com um pedaço de bolo em um pratinho.
- Vem logo, tenho que te mostrar uma coisa aqui na sala.
- O que é? – Perguntou a amiga antes de enfiar um pedaço imenso de bolo na boca.
- Um vídeo que nós fizemos lá no Brasil.
- Hum, legal. Vamos ver.
colocou o DVD e sentou no sofá do lado da amiga que devorava seu bolo.
- Olha que bonitinho a e o Tom. – Apontou para a tela, onde e Tom acenavam no Cristo Redentor. - Se eu te contar uma coisa, você não conta para ninguém?
- Depende, Emy, o que é?
- Você tem que prometer antes. – Disse pra amiga que estava com o olho grudado na televisão.
- Ok, vai, fala logo.
- Eu tenho inveja da com o Tom. – olhou para ela com uma cara irônica.
- Sério? Agora conta a novidade, porque essa eu já sabia.
- ! Eu estou falando sério, não é para você ficar zombando.
- O que eu posso fazer se eu já sabia disso?
- Podia, sei lá, me ajudar, né?
- Ajudar com o quê? – levantou uma sobrancelha.
- Uau, você não sabia fazer isso com as sobrancelhas!
- Harry me ensinou. – Sorriu levantando a sobrancelha.
- Mas, então, você podia fazer a terminar com ele e fazer ele se apaixonar por mim. – Disse, fazendo cair na risada. – Está rindo de quê?
- Você bebeu? Não, só pode, olha só a asneira que você está dizendo. Só pode ser ressaca de ontem.
- Era para você topar.
- Emy, veja o vídeo! – disse, olhando de Emily para a televisão.
- Hunf...
- E pare de resmungar.
- Chata.
A cena cortou para Harry mexendo freneticamente no celular.
- Ele estava assim porque a tinha ido comigo para a casa do Rafa, onde fui terminar com ele. – Sua voz falhou. – Pelo Danny.
Emily apertou a mão da amiga em simpatia.
- Olha ele ali. – Apontou para Danny em um canto. – Ele estava triste...
- Hey, o que estão vendo? – Tom pulou no sofá sentando ao lado Emily, que ficou muito vermelha. deu uma risada sem tirar os olhos da televisão. – Ih... Olha eu e a ali. Meu amor, olha a gente ali!
passava pela sala naquele momento, vendo a cena na televisão e quem estava no sofá, sentou no meio dos dois. Tom não pareceu perceber o ato, mas Emily ficara visivelmente incomodada.
- Nessa época eu ainda pensava que você estava com a Gio. – Murmurou com o olhar perdido. – Tínhamos ido encontrar a no shopping. HARRY! ! VENHAM AQUI!
Os dois desceram as escadas correndo.
- Qual o terremoto? – Perguntou .
- Ataque terrorista? – Arriscou Harry.
- Tão engraçadinhos vocês dois. – Disse Tom, sarcástico. – Um casal de palhacinhos.
- Pelo menos não nos vestimos como um. – Rebateu Harry, dando um tapa na cabeça do amigo. – Vocês estão vendo o DVD! Espera aí que vou chamar o Dougie e a .
Ele subiu e desceu acompanhado dos dois.
- Olha a gente no cinema! – apontou para a tela. – Encontramos com aquele nojento do Lucas.
- Azar dele, sorte minha. – Afirmou Harry, abraçando a namorada.
- Foi naquele dia que você me beijou pela primeira vez. – Disse Tom, fazendo carinho na namorada.
- A te beijou? – Perguntou Dougie. – São nesses momentos que a gente descobre quem é o cara da relação.
- Cala a boca, Dougie! – brigou com ele. – Só para constar, foi o Tom quem me beijou. Para falar a verdade, ele me agarrou! Eu estava conversando amigavelmente com ele quando, de repente, ele me agarrou.
- Nem vem! Você estava me provocando. – Tom reclamou.
- E como eu estaria te provocando, Thomas?
- Você estava lá. – Respondeu. Emily abaixou a cabeça e sorriu. deu um beijo no namorado.
O DVD continuou passando com comentários divertidos de todos até que chegaram ao zoológico.
- Acho melhor passarmos essa parte. – Sugeriu .
- Não. – impediu que a amiga pegasse o controle remoto. – Eu quero ver... Eu preciso ver.
Ficaram todos sentados envoltos em um silêncio tenso, enquanto cenas de e Danny, juntos, de mãos dadas, abraçados, se beijando, fazendo cócegas um no outro, saltavam a tela.
estava tão concentrada nas cenas que apareciam que nem percebeu o celular de Emily tocando.
- Gente, tenho que ir. – Anunciou. – Minha mãe pediu que eu fosse para casa.
- Que pena. – Lamentou .
- Vou indo. Tchau, gente. – Ela se despediu de todos e saiu pela porta.
Algumas horas depois.
- Dougie, quer parar de se meter na minha frente! Eu tenho que acabar o jantar. – tentava, em vão, chegar ao fogão.
- Povo da casa, todos para a sala! – Chamou .
- O que houve dessa vez? – Perguntou Tom, levando o violão consigo.
- Chegou a carta de admissão da faculdade da . – Ela balançava um envelope na frente de todos. - Onde ela está?
- Está no quarto, falando no telefone com a sua mãe. – Informou , abaixando o livro de medicina.
- Então, esperamos um pouco para dar a grande notícia. – Disse Dougie.
- Se for uma grande notícia. – Harry cortou o barato totalmente.
- Claro que é! O envelope é grosso. – Insistiu , amarrando o avental.
- Às vezes, é grosso, mas a notícia não é boa. – Apoiou Tom.
- Tem de ser notícia boa. - Afirmou Dougie. – Depois de como o Danny terminou com ela, achei que ela tentaria se matar. Se ela não passar, sabe Deus o que pode acontecer.
- Cruzes, Dougie! - deu um tapa no namorado, totalmente horrorizada. – Não fala isso nunca mais.
- Isso seria tão “She Falls Asleep”. – Observou Tom.
- Ai... Sabe de quem estou sentindo falta nesse momento? O Danny. – Disse Harry. – Jamais achei que diria isso, mas ele faz falta aqui.
- Será que ele sente falta de nós também?
Danny estava no balcão do pub junto com George e James.
- Eu já esqueci a . – Informou Danny.
- Claro. Isso está na sua cara. – Brincou George, apontando para o amigo que estava péssimo. Barba por fazer, os cachos em desalinho, bolsas pesadas embaixo de seus olhos.
- Eu não fiquei mal assim nem quando o Busted acabou. – James tomou um gole da sua cerveja. – Ela é especial, admita.
- Ela está melhor sem mim, pode apostar.
- Pelo que o Tom me disse, ela te ama. – Afirmou James. – Se você não a ama...
- Olha a cara dele! – Apontou George. – Está óbvio que ele a ama, só é burro demais para admitir.
- É melhor para ela. – Insistiu Danny.
- Seu babaca, é muito fácil você pular fora do barco e deixar as coisas se resolverem sozinhas. – Filosofou James. – Difícil é se manter no lugar e resolver as coisas.
- Meus relacionamentos nunca dão certo. – Ele deu com a cabeça no balcão repetidamente.
- Dan, você é o meu melhor amigo. – George começou a falar. – E por isso tenho de ser sincero. As suas ex eram um nojo! Toda a vez que elas falavam dava vontade de pegá-las pelo pescoço e apertar, mas agora você conseguiu uma garota que vale a pena. Não só é bonita como é simpática, inteligente e acha sua burrice uma coisa fofa. As chances de encontrar outra assim são... Bem, as chances são nulas.
- Eu a quero... Eu sinto a falta dela. – Ele lamuriava, agora bêbado.
- Vai atrás dela. – Insistiu James. – Faz dar certo agora.
- Não posso. - Discordou. - Ela está feliz. Não posso chegar e bagunçar a vida dela de novo.
- E qual é o seu plano, então?
- Beber, beber, beber e beber.
- Parece uma boa opção. – Disse George, tomando mais um gole da sua cerveja. James apoiou a decisão, bebendo também.
desceu as escadas com um olhar pesado, de quem estava prestes a chorar, todos tremeram. Seriam mais semanas de prisão domiciliar?
Ninguém ousava perguntar o que estava acontecendo, até que ela jogou o telefone na parede que ricocheteou e caiu nas pernas de Tom, em pedaços.
- Por que seu objeto de escolha para quebrar são sempre telefones? – Questionou .
- Porque eu só recebo más notícias por ele. – Respondeu, fazendo questão de pisar nos restos de telefone.
- O que aconteceu desta vez? – Perguntou .
- Meus pais não podem vir para a minha formatura. O caos aéreo está tão grande que minha mãe está com medo de vir e meu pai não pode tirar férias. Eles dizem que sentem muito por isso e sei que sentem, mas...
- Você os queria aqui. – Completou .
- É... Eu queria sair para comprar meu vestido, mostrar minha casa, minha escola, minha rotina, meus cunhados...
- Seus cunhados? - Harry arregalou os olhos. – Você só tem um! Certo? Certo?
- É que eu considero todos os três meus cunhados. – Respondeu , com um tímido e triste sorriso. - E eu não tenho mais namorado para apresentar, então...
- ... – Tom começou a falar, mas foi interrompido pela menina.
- Não esquenta, Tom. Estou me conformando com o fato do Danny ser passado... Agora só dói quando respiro.
Antes que alguém pudesse falar algo a campainha tocou. foi até a porta e abriu, era Emily .
- Que cara é essa, Emily? Seus pais também não vão poder ir à formatura?
- Eu que não vou poder. – Sussurrou. Era óbvio que estava prendendo o choro.
- O QUÊ? – Gritou .
- Eu queria te contar, mas você estava tão mal por causa do Danny que me faltou coragem. – Justificou. – Eu vou morar com a minha tia.
- Lá na Irlanda? – Perguntou , um tanto aliviada.
- Não. Vou morar na Espanha. Minha mãe sabe que eu não vou entrar em nenhuma faculdade, por isso me inscreveu na Escola de Artes. Eles viram meus desenhos, gostaram e ganhei uma bolsa.
- E quando você vai? – Perguntou Tom e ela deu um sorriso grande.
- Semana que vem, no mais tardar. Não ficarei nem para a formatura. – Respondeu solícita. – Fala alguma coisa, , por favor. – Implorou.
- Eu vou sentir sua falta. – Ela abraçou a amiga. – Promete que não me esquece?
- Prometo, brasileirinha.
Logo Emily foi embora, deixando os sete sozinhos.
- Gente, cadê o Dougie? – Perguntou , procurando pelo namorado.
- Estou aqui! - Dougie saiu de trás do sofá. – Sabe aquela coisa que a falou sobre telefone trazer má notícia? Pois é, fiquei com medo dela jogar a porta na parede por fazer isso também.
- Haha... Tão engraçadinho. – Elogiou , sarcástica. – Dormiu com o Bozo, foi?
- Não... – Ele parou para pensar. – Hoje o Tom dormiu com a , tenho certeza.
Assim que falou saiu correndo, antes que Tom pudesse agarrá-lo pelo pescoço.
Capítulo 24
“Eu apenas me pergunto, será que você ainda pensa em mim?” (Do you – Ne-Yo)
, e estavam reunidas na cozinha conversando quando os namorados apareceram.
- Bom dia, princesa. – Harry chegou e beijou .
- Dormiu bem, querida? – Perguntou Tom, abraçando .
- Amor... – chegou perto, toda animada. – O que tem para comer?
- Cruzes, Dougie! – Ela deu um tapa no ombro do rapaz. – Será que você não pode dar uma de namorado normal e perguntar como dormi e me cumprimentar?
- Mas eu estou com fome, amor! – Reclamou Dougie.
- Pega você que eu estou em greve até você resolver ser educado. – Ela deu as costas, andando até o outro lado da cozinha.
Dougie ficou fazendo beicinho, mas foi irredutível.
- Estávamos conversando sobre o Danny e a . – Disse , tentando amenizar a situação. - A gente bem que podia tentar ajudar.
- Não. – Disse Harry.
- Como assim: “Não”, Harold? – levantou o garfo em uma altura perigosa.
- É só que... É... – Ele começou a gaguejar. – Nós achamos que não devemos nos meter, só isso.
- Nós? Você quer dizer quem? – Questionou .
- Eu, Harry e Dougie não vamos nos meter, nem vocês.
- Quem morreu e te fez o general, Thomas? – lançou um olhar assassino.
- É melhor assim... - Justificou Dougie com receio da namorada também querer matá-lo.
- Melhor assim? A está deprimida e o Danny não pára de beber. Não vejo como isso é melhor.
- Você está pensando o mesmo que eu, ? – Perguntou .
- Acho que sim. - Respondeu, lançando um sorriso enigmático.
- O q-q-que v-vocês pretendem fazer? – Tom começou a entrar em pânico.
- Nós estamos aderindo à greve da . – Avisou .
- Como assim greve? – Perguntou Tom com medo da resposta.
- Muito simples, meu amor, ou vocês ajudam a gente a juntar a com o Danny de novo ou...
- Ou? – Tom estava impaciente.
- Ou greve. – Disse , comendo uma maçã.
- Er... Que tipo de greve? – Harry perguntou, chegando perto de , que só esticou o braço fazendo com que ele não chegasse mais perto.
- Greve, de beijos, amassos, sexo... Greve de tudo! – Explicou ela.
- HÁ... HÁ... Pára com a brincadeira, já disse que o Bozo aqui é o Tom. – Disse Dougie, achando engraçada a piada das meninas.
- Meu caro namorado, Dougie, isso não é uma piada.
- Claro que é, , como que eu vou ficar sem... É... Bem... Você sabe, aquilo.
- Amor, você agüenta. Não é forte para não ajudar um amigo sofrendo? Vai ter que ser forte sem ter AQUILO. - disse tranqüilamente, saindo da cozinha, deixando Dougie com cara de taxo e os outros rindo.
- Parem de rir, não é só com ele que isso vai acontecer, não. – Disse apontando para Harry.
- E até quando vocês pretendem ficar com essa palhaçada toda? – Perguntou Harry, irritado com a possibilidade de contato zero.
- Até vocês acabarem com a palhaçada de não quererem ajudar a gente a juntar os dois. – Disse .
As meninas saíram da cozinha e deixaram os meninos sozinhos, um olhando para a cara do outro sem saber o que dizer, ainda não estavam acreditando.
- Será que eles vão demorar muito pra aceitar ajudar a gente? – Perguntou às amigas.
- Não faço a mínima idéia. – Disse ligando a televisão.
- Espero que não demorem muito, se não vou morrer de saudades da minha covinha. – Disse , abrindo um livro de medicina.
As meninas deram uma risadinha e ficaram vendo um programa nada interessante na televisão. desceu as escadas e deu de cara com as três, uma sentada do lado da outra, olhando com tédio para a televisão.
- Ué... O que aconteceu aqui? Cadê os homens dessa casa?
- Sei lá oras, aqui não estão.
- Ih... – nem respondeu, sabia quando estavam de mau humor, seguiu pra cozinha onde iria pegar um copo da água.
- Ué... O que aconteceu aqui? Por que vocês não estão na sala com as meninas? – Fez a mesma pergunta.
- Elas estão em greve. – Disse Harry jogando uma laranja para cima e a pegando de volta.
- Greve? Por quê? – queria rir da cena, mas o ambiente não era muito para risos.
- Er... Porque... Porque... – Tom não sabia o que responder, não ia dizer a verdade para ela.
- Porque elas estão de TPM! – Disse Dougie vendo a confusão de Tom, que olhou para ele de uma forma como se tivesse agradecendo pela força.
- Nossa, que azar de vocês, as três juntas.
- Pois é.
O tempo passou mais rápido do que eles imaginaram. Logo a hora do almoço tinha chegado e todos estavam sentados em volta da mesa, esperando a famosa macarronada da , que colocou o pirex no centro da mesa e sentou-se ao lado de Dougie.
- Mama mia, olha essa minha macarronada. – Disse ela com sotaque Italiano brincalhão, fazendo com que eles rissem um pouco. – Quem vai ser o primeiro? Dougie?
- Não estou com fome.
- NÃO? Vai cair o mundo sobre nossas cabeças. – Disse Harry.
- Harry, fica quieto. – deu um tapa na perna do namorado.
- Já que o Dougie não quer, quem quer? – perguntou outra vez, Tom levantou o prato e o serviu, e logo todos estavam comendo, menos Dougie, que apesar de estar morrendo de fome e com a boca aguando na macarronada, se fez de forte e não comeu. Após o almoço foram se deitar para tirar aquele cochilo digno de quem comeu um bom prato de macarrão.
- ? – Tom chamou, dengoso.
- Hum. – Ela respondeu com a cara enfiada no travesseiro.
- Você não quer dormir de conchinha comigo, não? – Ele perguntou com alguma esperança dela ter se esquecido da maldita greve. Ela levantou a cabeça o encarando com um sorrisinho de canto de boca, o que o deixou com uma ponta de esperança.
- Sugestão tentadora, mas não, obrigada. Estou em greve, e pode chegando pra lá. Nada de muito contato.
- Nem um beijinho?
- Nem um beijinho.
- Hunf. – Tom resmungou fechou a cara e se virou. deu um sorriso de satisfação e voltou a dormir.
- , até quando você vai continuar com essa palhaçada?
- Até você me ajudar com a e o Danny.
- Eu já disse que eles quem tem que se entender.
- Harry, o Danny é um lesado e a é uma cabeça dura, você acha mesmo que eles vão conseguir se entender? – Ela perguntou, olhando pro namorado que estava de olhos fechados.
- Não sei...
- Ah, bem.
- Mas eu não tenho culpa disso. – Ele fechou a cara e fez bico, o que deu a uma enorme vontade de beijá-lo.
- Sinto muito, querido.
- Quem sente sou eu, ou melhor, não sinto. - Deitou com as mãos atrás da cabeça e ficou encarando o teto.
- Dougie, por que você não quis comer? Fiz com tanto amor para você.
- Estou em greve.
- Greve, você, Dougie? – perguntou, achando engraçado a criancice do namorado.
- Greve de fome.
- Haha... Dougie, você fazendo greve de fome? Vai durar quanto? Quinze minutos no máximo, né?
- Estou falando sério. – Ele disse se deitando.
- Aham, sei.
Enquanto todos dormiam, via em seu quarto fotos dela e de Danny juntos, sorrindo felizes. Como foram bons os tempos em que passavam conversando, rindo e falando coisas sem nexo juntos. Acabou tão estranhamente que ela ainda não conseguia entender, então se perdia em pensamentos. Escutou o telefone tocar, saiu do quarto e foi até a mesinha onde ficava o aparelho do segundo andar, já que o da sala estava todo quebrado.
- Alô?
- Oi, quem está falando?
- Deseja falar com quem?
- ? - Estremeceu quando reconheceu aquela voz que já cantou muito em seu ouvido a fazendo dormir.
- Danny? – Ainda não acreditava que era ele, o que será que ele queria?
- Erm... Oi.
- Oi.
- Tudo bem?
- Tudo ótimo e com você? – Se fez de forte na frente dele, mas por dentro chorava de saudades. Como queria que ele estivesse ali com ela.
- Tudo indo. - Silêncio constrangedor.
- Para que você ligou?
- Ah, preciso falar com um dos caras.
- Estão todos dormindo.
- Você pode me fazer um favor?
- Sem problema.
- Avisa que hoje nós temos uma reunião com o Fletch, às quatro horas.
- Ok, eu aviso.
- Obrigado. Bem... Tchau.
- Tchau, Danny.
- ?
- O que?
- Er... Nada, esquece, tchau.
- Ok.
Quando desligou o telefone viu que suas mãos suavam compulsivamente, seu coração batia em um ritmo acelerado, deixou um bilhete em cima da mesa avisando sobre a reunião e voltou pro quarto, deitou e dormiu.
acordou e viu que Dougie a envolvia com o braço em sua cintura, sorriu e ficou o observando, como ele era lindo.
- Obrigado, senhor. – Ela disse baixinho olhando pro teto, riu com seu próprio comentário, tirou o braço de Dougie de cima e levantou, passou pelo hall e viu um papel do lado do telefone. Pegou e leu olhou no relógio, viu que eram três e meia. Saiu correndo para acordar Dougie e os outros. Entrou em seu quarto novamente e viu Dougie esparramado, ocupando a cama toda. - Dougie, amor, acorda. – Ela chamava, passando a mão pelos cabelos do menino. – Dougie... - Ela abria os olhos dele com a própria mão.
- Me deixa dormir.
- Não, você tem uma reunião com o Fletch quatro horas. Vamos, levanta! – Ela disse se sentando em cima dele.
- , não faz isso.
- Isso o quê? – Ela olhou com cara de criança, beijando o peito dele.
- Me provocar.
- Eu estou te provocando? – Ela disse passando a mão no peito do menino que fechava os olhos.
- , você vai continuar? – Ela abaixou até a orelha dele e sussurrou.
- Não. – E deu uma mordida no lóbulo da orelha dele.
- Então sai de cima de mim agora, preciso de um suco de maracujá. – A menina riu do namorado, que saiu correndo pra cozinha, levantou e foi ao quarto ao lado. Abriu a porta e viu e Tom que dormiam separados por uma barreira de travesseiros, riu com a cena, e resolveu chamar Tom.
- Thomas, acorda. – Ela disse enrolando o cabelo dele.
- ?
- Não, . – Ele abriu os olhos e ela deu um sorriso.
- O que você está fazendo aqui?
- Te acordando. Levanta logo que você tem uma reunião com o Fletch quatro horas e já são quinze para as quatro.
Em um pulo Tom se levantou. sorriu e foi para o próximo quarto. Entrou e viu dormindo em cima de Harry, balançou a cabeça e deu um sorriso. Balançou a amiga, que abriu os olhos.
- Acorda o Harry. Eles têm reunião com o Fletch quatro horas.
- Hum, ok.
- Colchão bom, hein? – disse rindo quando saiu do quarto. ficou sem graça e passou a mão pelo rosto do namorado.
- Harry, acorda.
- Que foi?
- Reunião com o Fletch, agora.
- Que saco!
- Que bom humor, meu bem.
- Não estou brincando, isso é sua culpa.
- Por quê?
- Por causa dessa sua greve ridícula. – Ele disse colocando uma calça jeans e uma blusa rosa, o que pra , o deixava muito sexy. Saiu do quarto batendo a porta, deixando uma de queixo caído.
- Isso é porque eu só estou fazendo greve há duas horas. – Ela disse pra si mesma, levantando.
Todos se encontravam na sala, menos , que ainda estava dormindo. Harry desceu as escadas com cara amarrada e chamando logo os outros que deram tchau e saíram atrás de Harry. olhou pra que estava parada no último degrau da escada.
- É a greve. – deu de ombros e sentou ao lado da amiga que estava vendo um filme na televisão.
- Sabe o que eu fiz? – perguntou com um sorriso de canto de boca.
- Não, o quê?
- Fiquei provocando o Dougie. – Disse rindo.
- Como assim?
- Provocando, , você sabe, né?
- Ai, , coitadinho do pequeno Poynter. O que ele fez?
- Me tirou de cima dele e saiu correndo para a cozinha, tomar um suco de maracujá. – As duas riram, imaginando a cena.
- Qual o motivo do riso? – Perguntou , que descia a escada.
- e Dougie, o casal comédia.
- Ah, era de se imaginar. O que você fez, ?
- Nada, só fiquei provocando um pouco ele, e acho que vocês deviam fazer a mesma coisa.
- Como assim? – Perguntou .
- Simples, se a gente ficar provocando, eles vão chegar a um ponto em que não vão mais agüentar e vão aceitar ajudar a gente.
- Cara, como eu não pensei nisso antes?
- , você não pensa nessas coisas, só a mesmo. – disse, levando um pedala de .
- Ok, vou começar essa noite. - Disse .
- Eu também.
- Bem, eu já comecei. - As meninas riram e continuaram vendo filme, um tempo depois chamou para se juntar as outras e ficaram fofocando até a hora que os meninos chegaram.
- Nossa! Como vocês demoraram. – Disse .
- Até parece que você sentiu minha falta.
- Claro que eu senti, príncipe! – Ela abraçou Harry.
- Como foi a reunião? – Perguntou para Dougie, quem sentou ao seu lado.
- Uma droga!
- O Dougie ficou reclamando o tempo todo que estava com fome, muito chato. – Disse Tom se jogando no sofá.
- Gente, posso fazer uma pergunta? – estava vermelha.
- Faz. – Disse Harry, já imaginando a pergunta.
- Como o Danny está? – Fez a pergunta e olhou para baixo.
- Quer mesmo saber? – Disse Tom olhando pra menina que confirmou com a cabeça.
- Ele está péssimo, , não pára de beber, está com a barba por fazer, cabelo sem pentear, nunca o vi assim. – Harry disse a verdade para a menina, que assentiu com a cabeça e subiu correndo pro quarto.
- É verdade, Harry? - Perguntou .
- É. – um silêncio se instalou na sala, e o cortou após um tempo.
- Vou dormir. Você vem, Tom? – Ele levantou e seguiu a namorada.
- Quando eu fui acordar o Tom para vocês irem para reunião, tinha uma barreira de travesseiros separando-o da . – e caíram na gargalhada e os meninos não acharam a mínima graça.
- Não achei nada engraçado. – Harry falou com a cara amarrada.
- Ih, Harry-irritado-Judd, manifestou seu descontentamento. – Disse em tom de ironia.
- O Harry está certo, não sei pra que essa palhaçada.
- Vocês estão muito chatos. Já está tarde e eu vou dormir. – levantou e foi para o quarto.
- Vocês são chatos mesmo. Também vou deitar, e, Harry, se for pra ficar com esse mau humor, é melhor você dormir na sala. – Se levantou e subiu.
- Ih... Vai dormir na sala. – Dougie ficou rindo do amigo.
- Cala a boca. – Levantou e foi pro quarto. Dougie deu de ombros e foi pra cozinha, estava morrendo de fome. Achou um prato de macarronada na geladeira, e o esquentou no micro ondas, comeu e foi para o quarto, onde o esperava lendo um livro.
- Achou o prato de macarronada na geladeira? – Ela perguntou sem ao menos tirar os olhos do livro.
- Achei.
- Hum. – voltou a ler o livro e Dougie tirava a roupa, deitou na cama e virou pra namorada.
- , pára com essa palhaçada e deita aqui comigo.
- Eu estou deitada com você.
- Não deitada assim de deitada. – Dougie mandou um olhar significativo para ela, que fechou o livro e virou para o namorado, ele chegou perto dela beijando seu pescoço e passando a mão em sua cintura, deitou por cima dela e sentiu as mãos geladas dele em suas costas, já estava na “expectativa”, foi passando os beijos do pescoço para o queixo do queixo para a... Bochecha.
- Hoje não, Dougie, estou com dor de cabeça. – Ela o empurrou pro lado e se virou com um sorriso no rosto.
- , está de sacanagem com a minha cara, né? – Ele passava as mãos pelos cabelos.
- Não. Boa noite, amor. – Dougie se levantou e seguiu para a cozinha.
- Onde você vai?
- Vou à cozinha, um suco de maracujá bem forte me espera lá embaixo. – caiu na gargalhada quando viu a porta do quarto se fechando.
- ? – Tom chamava a namorada que já estava há muito tempo no banheiro.
- O quê? – Disse ela saindo do banheiro com uma camisola vermelha transparente, com um conjunto de calcinha e sutiã vermelhos rendados.
- Uau, de onde saiu essa camisola?
- Do meu armário. – Ela dizia colocando a perna em cima da cama enquanto passava hidratante nas coxas e levantava um pouco a camisola.
- Pára, , você só pode estar me provocando. – Disse ele, esfregando os olhos.
- Não fiz nada. – Disse ela, olhando para ele com cara de cínica.
- Não, quem vai fazer sou eu, e vou fazer agora! – Tom deu um pulo da cama, pegando a menina, jogando-a na cama e começando a beijar o pescoço dela.
- Tom, me solta agora. – Ele continuava prendendo ela e a olhando nos olhos.
- E se eu não te soltar?
- Você vai dormir na sala junto com o Harry.
- Só te solto se você tirar essa barreira de travesseiros.
- Só tiro se você não me agarrar de madrugada.
- Então deixa a barreira. – Disse Tom rindo e saindo de cima da menina, que mantinha um sorrisinho desde a hora que ele a pegara de surpresa.
- Onde você está indo, Thomas?
- Tomar um banho... E bem frio. – Resmungou fechando a porta do banheiro.
tirou a blusa e buscou uma camisa folgada na gaveta. Harry dormiria no sofá então, ela podia dormir o maior bagulho que não faria grande diferença. Encontrou uma camisa três vezes o seu tamanho do Jason Mraz, começou a desdobrar a camisa quando ouviu um barulho atrás, virou assustada e deu com Harry observando-a. Cobriu-se com a camisa, instintivamente.
- Em que posso ajudá-lo?
- Eu vim buscar uma coberta ou algo assim, suponho que ainda tenho direito a essas coisas.
- Deixa de mau humor, Harold. Se essa greve...
- Eu só acho essa greve estúpida! Arriscar nosso namoro por um que não têm jeito?
- Para mim eu não estou “arriscando nosso namoro” e o namoro deles têm jeito sim. Estou começando a achar que VOCÊ não tem jeito. – Ela puxou uma coberta qualquer e jogou nele. – Pode ir agora.
Deu as costas e colocou a camisa larga junto com um short.
- Você vai dormir logo? – Perguntou de forma sussurrada, ainda envergonhado pelo jeito que falou com ela.
- Não. Vou ficar lendo um pouco. Boa noite, Harold.
Ele esperou um tempo e abriu uma fresta da porta. Ficou olhando com a camisa larga, sentada em cima das pernas lendo um livro, concentrada. Imaginou-se deitado ao seu lado lendo algo também e ponderou se não era melhor levar Danny pela goela até . Ela não se vestira provocante, não pulara nele ou algo assim, foi teimosa e irritante e mesmo assim, deixava-o mexido. “Preferia que ela se vestisse diferente ou desse em cima de mim, aí veria que faço falta, mas nem isso...”
Ela parou de olhar para o livro e fitou o nada.
- O que vou fazer com você, hein, senhor Judd? Você vai me deixar maluca! “O pensamento é recíproco.”
Engolindo o orgulho que lhe comia as entranhas, ele respirou fundo e abriu a porta por inteiro.
Sem falar uma palavra, ele caminhou até a menina e lhe deu um beijo na testa.
- Eu te amo. Não se esqueça disso nunca.
- Eu também, cabeça dura. – Disse a menina sorrindo.
- O que acha de furar a greve então? – Sugeriu lançando um olhar safado.
- Eu acho que vou arrumar sua cama no sofá, isso sim. – Respondeu levantando e pegando alguns travesseiros e cobertores.
ouviu os passos na casa e riu com aquela maluquice. Alguém resmungou um “Até quando essa greve vai durar?”, supôs que era Harry. Depois alguém passou dizendo “Tenho que me lembrar de comprar mais maracujá, que, pelo visto, vou precisar.”, teve certeza que era Dougie. Esperou ouvir Tom, mas não ouviu. Sentiu uma vontade doida de ouvir a voz de Danny, sem pensar, sacou o telefone e discou o número.
- Que é? – Seu coração deu um salto ao ouvir o ex, mesmo que ele estivesse muito mal humorado.
- Hã... Desculpa, Danny. Eu não sabia que eram duas da manhã, desculpa.
- ! Não desliga, por favor. – Queria tanto ouvi-la, mesmo que por um minuto.
- Eu não sei porque liguei...
- Tem algo te incomodando, pequena, fala aí.
Ela sorriu com o “pequena”.
- São duas da manhã e você tem reunião amanhã. Esquece.
- Se você desligar, vou ficar ligando até você falar. Vamos logo, desembucha. – De repente uma onda de medo perpassou sua espinha. – Problemas com garotos?
- Meu único problema com isso está falando comigo no telefone nesse momento, mas não é sobre isso... É só que a minha formatura...
- Ela está chegando. Animada?
- Nem meus pais, nem minha melhor amiga estarão presentes então, não. Ah, sim, e o cara que eu amo me dispensou por nada, então...
- Não foi por nada.
- Foi sim, Daniel!
- ...
- Não quero discutir isso agora. Você poderia fingir que é meu amigo, que não tivemos nada e me ouvir, só por hoje?
- Claro que sim. Pode falar, sou todo ouvidos.
Eles falaram por horas e horas. O Sol estava nascendo quando reparou.
- Nossa! São seis da manhã! Estamos falando há quatro horas, você deve estar exausto.
- Na verdade, não, mas tenho que dormir.
- Vou desligar...
- Não desliga. – Pediu do outro lado do telefone, imaginando sua pequena deitada na cama. - Quero continuar te ouvindo.
- Eu estou com sono.
- Então, é melhor desligarmos.
- Danny?
- Oi?
- Posso fazer um pedido?
- Todos.
- Canta para mim? Quero dormir te ouvindo cantar.
- Canto sim.
- Danny?
- Fala.
- Você sempre foi o melhor namorado do mundo. Não fala nada, só queria que soubesse. Pode cantar agora.
Danny respirou fundo e começou a cantar “Little Joana”. Quando notou que dormia, ele sussurrou: “Eu te amo mais que tudo, pequena” e adormeceu.
Capítulo 25
“Eu estarei com você onde for pelos olhos de uma mosca na parede.” (Everything We Had – The Academy is…)
acordou cheia de bom humor, tão feliz que poderia ir ao meio da rua cantar alguma música do Barney para quem quisesse ouvir. O telefone, como ela constatou, ainda estava ligado e dava para ouvir Danny respirando pesado do outro lado da linha. Ela tinha dormido a noite inteira, algo que não fazia há muito tempo. Ligou o som e tomou banho cantando “Bedroom Talk” do The Starting Line.
A casa estava silenciosa quando desceu as escadas até a cozinha. Deu de cara com Harry dormindo no sofá, todo torto.
- Harry, acorda.
- Eu estou acordado. – Ele abriu os olhos. Seu pescoço estava em ângulo esquisito.
- O sofá é tão incômodo de dormir, assim?
- Não. A sua irmã deixou-o bem confortável, mas é essa greve... - Ele levantou, mas o pescoço ainda estava torto. -... Ela ainda vai me matar.
- Harry...
- O quê?
- O seu pescoço!
- O que tem o meu pescoço? – Ele foi até o espelho – AH... MEU PESCOÇO!
- Vou chamar a .
dormia abraçada com Ringo, entrou no quarto desesperada, fazendo com que a menina tomasse um susto que caísse da cama.
- !
- É bom ser algo urgente! – Vociferou, coçando os olhos – Doeu...
- É urgente! O Harry...
- Aconteceu alguma coisa com ele? – Perguntou, preocupada e totalmente acordada.
- ... - Harry choramingou chegando ao quarto. teve vontade de rir, a pose de machão tinha ido embora. – Olha o meu pescoço.
- Oh, meu príncipe... - Ela o abraçou. – Vamos dar um jeito nisso. Vem...
Ela o levou ao quarto de .
- ... – chamou sacudindo a amiga que acordou.
- Está tudo bem? – Perguntou.
- O Harry está com o pescoço todo torto. – Explicou .
- Vou dar uma olhada. – Ela foi levantando, mas a impediu.
- Está doida? Vai colocar uma roupa decente. Você não vai examinar o meu namorado com essa roupa...
- Eu não me importo. – Disse Harry, com cara de safado.
- Fala isso mais uma vez e o seu pescoço não vai ser a única coisa torta. – Ameaçou .
riu e esperou que eles saíssem para trocar de roupa.
- Tom... - Ela foi procurá-lo, mas ele não estava lá.
Ele estava saindo do banheiro, todo molhado.
- Você está tomando banho desde ontem? – Ficou com medo da conta de água.
- Não... Esse é o quarto banho.Toda vez que acordo, olho para você... Tenho que tomar outro banho frio.
- E está funcionando? – Ela perguntou rindo.
- Não muito. – Respondeu fraco. - Se essa greve não acabar logo, serei o cara mais limpo de todo o Reino Unido.
- Viu? Tem sempre um lado bom para tudo.
- Nossa... Muito bom. Eu estou pulando de alegria. – Ele deu uns pulinhos meio gays, arrancando risadas da namorada. – Onde você vai?
- Vou examinar o Harry, ele parece ter dado um jeito no pescoço. - Tom começou a mexer na mochila freneticamente. - O que está fazendo?
- Procurando a câmera para tirar fotos.
estava de olhos abertos, não tinha conseguido pregar os olhos à noite inteira. Dougie tinha chegado ao quarto com uma jarra de suco de maracujá, tomou toda a jarra e dormiu como um bebê enquanto ela ficou remoendo a ausência de contato. Era para ele estar sentindo falta, para ter crises de insônia com a greve, não ela!
Ele estava ali, ao seu lado, sua respiração calma fazia o peito expandir vagarosamente e ela assistia aquele movimento como se fosse algo de extrema importância, prestando atenção em tudo daquela ação. Tudo tão lindo... E ela já estava de saco cheio disso! Como ele poderia estar tão bem e ela assim?
- Dougie... - Ela o sacudiu. – DOUGIE!
Ele deu um pulou e abriu os olhos.
- Chamou, amor? Não consegui quase te ouvir com esse seu tom de voz tão doce e baixo.
Ela não riu apenas olhou para ele com cara de quem não estava para brincadeira.
- O que você acha dessa greve? – Ela perguntou.
- Eu, particularmente, não gosto, mas é uma escolha de vocês. – Ele respondeu, logo sumindo debaixo da cama.
- Dougie?
- Sim. – Ele levantou, segurando uma garrafa.
- O que é isso na sua mão?
- Suco de maracujá. Eu coloquei aqui embaixo da cama a minha reserva. Dormiu bem?
- Não, passei a noite toda acordada.
- Impressionante! Eu dormi tão bem... Não dormia assim há muito tempo, essa greve tem suas vantagens.
se levantou, bufando.
- O que houve? Eu falei algo errado?
Enquanto isso, na sala...
- Acho que o Harry precisa ir a um médico. – Diagnosticou .
- Sério? Isso eu não imaginava. – Disse Harry de forma sarcástica. – Achei que para um pescoço torto eu procurava um açougueiro.
- Harry, não seja grosso! – repreendeu.
- É porque o seu pescoço não está torto... Quer parar de tirar foto, Tom?
- Sem problemas. Acho que já tenho fotos suficientes, se me dão licença, vou mandar isso para a “Top of the Pops”, talvez dê tempo de colocar na edição desse mês.
- Nem pense nisso, Tom. – Harry vociferou.
assistia a discussão rindo de tudo, ouviu seu celular tocar. Olhou o visor “Danny”. Seu coração disparou.
Foi até a cozinha para evitar que os outros a ouvissem.
- Já acordou? - Foram as melhores duas horas de sono da minha vida, muito melhor que qualquer outras doze horas. Dormiu bem?
- Sim. Então, qual o motivo da ligação? – Ela estava curiosa, um misto de felicidade e apreensão.
Ele respirou fundo. - Saudade de ouvir a sua voz.
- Danny... - Dessa vez sou eu quem precisa de uma amiga.
- Pode falar, sou toda ouvidos. - Você não tem escola hoje?
- Só mais tarde. - Posso te buscar lá?
- Vou sair com as meninas para comprar nossos vestidos. - Depois disso?
- Noite das meninas aqui em casa. - Eu queria conversar.
- É algo que vai me deixar muito feliz? - ...
- Entendo. - Sinto falta das nossas conversas. Será que não poderíamos ser amigos?
- Eu posso tentar. - Certo. Boas compras.
- Obrigada. Boa reunião hoje. - Como você sabe da reunião?
- Os outros McFlys ainda são agregados e vivem aqui em casa. - Bom motivo. Então...
- Até mais. - Até mais, pequena. Boas compras.
- Beijos, pequeno. - Beijos? - Ele desligou sentindo um calor bom por dentro. Seu dia seria perfeito, começando assim... Poderia tê-la só como amiga, não era a melhor situação do mundo, mas já era um passo.
- Quem era? – Perguntou , com os braços cruzados.
- Onde está a e o Harry? – tentou desconversar.
- Ela foi levá-lo em uma clínica para checar o pescoço. – Respondeu .
- Você ainda não respondeu a minha pergunta. – Lembrou . – Quem era no telefone?
- Era o Danny... – Sussurrou, sem olhar para as amigas.
- E DANNY SENTADOS NUMA ÁRVORE B-E-I-J-A-N-D-O... – Tom começou a cantar.
- Quieto, Thomas. – Vociferou , olhando feio.
- Thomas... Thomas... Será que você não percebeu? – Dougie passou o braço pelos ombros de Tom. – Essa é uma situação que não pede piadinha, pede silêncio. Lembre-se: A palavra é de prata, o silêncio é de ouro.
- Quem morreu e te transformou em Sócrates? – olhou-o com espanto.
- Sei lá. Veio na minha cabeça. – Ele deu de ombros, bebendo mais suco de maracujá.
- Dougie, você está tomando suco da esperteza, por acaso? - Indagou Tom.
- Não, apenas o bom e velho insumo feito de uma fruta rica em calmantes naturais.
- Ih... Sem toda aquela hiperatividade, ele fica bem inteligente. – Observou .
- Pois é... E olhando o horário, percebo que é hora de ir para minha casa, trocar de roupa, se não corro o risco de chegar atrasado à reunião.
- Amor... - chamou, meio desesperada.
- Sim, querida?
- Você vai sentir saudade?
- São apenas algumas horas separados, seria extremamente carente e problemático da minha parte sentir saudade em um período tão curto de tempo.
saiu da sala enfurecida.
- O que eu fiz dessa vez? - Perguntou, evidentemente confuso.
- Dougie... Dougie... Você pode deixar de ser hiperativo, pode ficar inteligente, mas o que me consola é que você não deixa de ser o velho e tapado Dougie Poynter.
- Depois dessa acho melhor ir para a escola. – Anunciou .
- Eu te dou uma carona. – Ofereceu Tom. – Quer carona também, Doug?
- Não, obrigado. Vou ver se consigo entender a situação com a minha namorada e depois vou para o meu apartamento dar uma olhada no Zukie.
- zinha...
- Oi, Tommy.
- Vai me dar um beijo de despedida? – Perguntou, fazendo beicinho.
- Pensando bem... - Ela chegou perto do namorado e entrelaçou os braços em volta de seu pescoço. –... Não. – Ela deu um beijo na testa do rapaz. – Boa reunião, querido.
- Nós vamos enlouquecer, , escreve o que estou te dizendo. – Murmurou Tom, antes de saírem pela porta.
Capítulo 26
“Sua voz foi a trilha sonora do meu verão.
Você sabe que você é diferente dos outros?
Você sempre será meu trovão, e eu digo:
Seus olhos são os mais brilhantes de todas as cores.
Eu não quero amar mais ninguém, você sempre será meu trovão.” (Thunder – Boys Like Girls)
- Bom dia, senhor Judd. – O médico recebeu-o de forma afável. – Como estamos nos sentindo hoje?
- Eu não sei o senhor, mas o meu pescoço todo torto está me deixando muito incomodado. – Harry respondeu bem ríspido.
ficou quieta, sabia o quanto a situação incomodava o namorado e resolveu que aquela não seria uma boa hora para repreendê-lo.
- Quando isso aconteceu?
- Não sei, eu acordei e estava assim.
- Tem sofrido algum estresse no trabalho? Shows, entrevistas...
- Como o senhor sabe que faço shows?
- Minha filha é fã de McFly, vocês são uma das coisas mais importantes para ela. – Ele sorriu. – E a senhorita é...?
- , namorada dele. – Respondeu retribuindo o sorriso.
- Minha filha vai ficar desapontada ao descobrir que seu favorito tem uma namorada tão bonita. – riu, mas Harry continuou de cara feia. – Voltando ao que interessa... Algum problema?
- Não. Tudo bem no trabalho.
- Problemas na família?
- Não.
- De saúde?
- Nenhum. Parei de fumar recentemente.
- Relacionamento amoroso?
- Agora que mencionou... - abriu a boca para reclamar, incrédula. – Ela está em... Greve.
- Greve? – O médico de uma alta gargalhada. – Hahaha... Minha Enide fez isso comigo uma vez, rapaz.
- Sua Enide?
- Minha esposa e talvez não fosse se não tivesse feito a tal greve. - Ele deu um longo suspiro. - Somos casados há 20 anos por causa disso. Foi uma tortura na época, mas posso assegurar-lhe que foi a melhor escolha já feita.
- Não concordo. – Reclamou Harry.
- Oras, peça-a logo em casamento e acabe com isso. Você não estaria com esse problema no pescoço se não a amasse.
- O que o senhor quer dizer com isso, doutor? – Agora estava interessada.
- Bom minha filha, o “estresse” da greve... – Ele fez aspas com as mãos. –... Afetou o pescoço do seu namorado e ele poderia resolver esse “estresse” a hora que quisesse se ele não te amasse o suficiente para respeitar a greve.
- Sério? – Ela parecia feliz.
- Vai por mim, poderia. Infelizmente, não posso receitar nada para esse problema porque ele não se resolve com remédios, mas posso dar um jeito nesse pescoço torto.
- Faça qualquer coisa! – Exclamou Harry desesperado.
O médico colocou as mãos fortemente na cabeça de Harry e forçou-a para o lugar certo, o pescoço manteve um ângulo reto, mas o rapaz continuava sem conseguir mexer o pescoço.
- Por via das dúvidas você vai usar esse colar. – Ele pegou um colar branco e acolchoado.
- Ah... Não... Por favor. – Ele implorava, choramingando.
Cinco minutos depois...
- Pronto, senhor Judd. Pode ir. - Liberou o médico. – Senhor Judd?
- O que é? – Se ele estava mal humorado antes, agora seu humor estava vinte vezes pior.
- Valorize-a a todo o momento porque, às vezes, elas se cansam do nosso mau humor.
Tom deixou na escola e seguiu para casa, enquanto a menina caminhou pelo jardim da instituição meio sem rumo.
Passou pela moita onde Danny ficou escondido antes de levá-la ao zoológico, deteve-se um tempo ali imaginando o rapaz agachado e olhando-a pelas janelas.
De repente sentiu como se estivesse sendo observada, olhou para os lados, mas só o que viu foram os carros parados na frente da escola. Não tinha ninguém por lá.
- Oi, ! – Ela se virou e viu Eric, seu parceiro de química.
- Oi, Eric. - Cumprimentou-o.
- E aí, a família está animada com a sua formatura?
- Animados eles estão, só não poderão vir.
- Que pena...
- Mas a minha irmã e as minhas amigas com os namorados vêm.
- E o seu namorado?
- Nós... Hã... Terminamos. – Respondeu, sem muita certeza.
- Que bo... Chato. – Ela notou o que ele ia falar. Olhou fundo em seus olhos azuis procurando uma confirmação, mas só o que se percebeu procurando eram os olhos azuis quase transparentes de Danny. - Vamos entrar?
- Vamos. – Concordou, indo um pouco atrás dele para poder dar uma última olhada na área, poderia jurar que alguém a observava. “Besteira! Agora deu para ter mania de perseguição também?”
Podia ser besteira ou podia ser Danny, que estava com seu carro estacionado bem na frente da escola, admirando com um sentimento indescritível de perda.
- , amor, sai do quarto. – Pediu Dougie.
- Não, Dougie. Eu só saio daqui quando você for embora. - Respondeu atrás da porta fechada de seu quarto.
- Por quê? O que fiz de tão ruim?
- Não está nem aí para a greve.
- O quê? Você viu como fiquei quando você veio para cima de mim? Está doida?
- AGORA VOCÊ ESTÁ ME CHAMANDO DE DOIDA? – Ela saiu do quarto, enfurecida. Esticou o dedo e colocou na cara de Dougie. – Você não quer ajudar o seu amigo e eu que sou doida?
- Eu acho que você não está chateada com isso. Acho que você está chateada porque a greve não está me deixando tão mal quanto você esperava que deixasse. – Ele deu alguns passos para trás no momento que avançou de forma ameaçadora. – Porque eu encontrei um subterfúgio.
- “Subterfúgio”?
- É. Um modo de escape, uma maneira de aliviar a situação.
- NÃO ME TRATE COMO IDIOTA, DOUGIE! – Ela andou mais um pouco até ele.
Foi aí que o susto aconteceu, o quarto de é logo em frente a escada. Com a discussão, Dougie se desequilibrou e caiu da escada.
- DOUGIE! – correu até ele em desespero. – Fala comigo, por favor.
Ele continuou imóvel.
Ela o puxou mais para perto de si, tremendo de medo. Chegou bem perto, para ouvir a respiração do rapaz, nesse momento ele, em um movimento rápido, puxou a cabeça da menina e a beijou.
Sem entender o que estava acontecendo, deixou-se beijar. “Alô... Eu estou em greve!” Falava consigo mesma. “Mas é o Dougie, não tem como resistir.” Justificou a sua outra metade. “As meninas vão ficar irritadas por ter furado a greve.” Lembrou a parte responsável. “Mas a tem conversado com o Danny por telefone. Além do mais, essa greve durou muito.” Reclamou a metade pervertida. “Dois dias!” Insistiu a parte com algum pedaço de racionalidade. “É muito. Já viu o nosso namorado de perto? Dois dias é muito mais que o suportado.”
“É, você está certa. Agarra logo ele!” A metade responsável se deu por vencida.
colocou as mãos debaixo da camisa de Dougie e o beijou mais forte.
- , você poderia... AI, MEU DEUS! – apareceu na escada. – HEY, SEUS COELHOS, DÁ PARA SE SEPARAREM?
Eles deram um salto para lados opostos, desconcertados com a situação.
- , amiga amada, O QUE ACONTECEU COM A GREVE?
- Hã... Foi assim, o Dougie caiu da escada...
- E junto com ele foi a sua greve. – Completou .
- Mais ou menos assim. - Concordou, toda vermelha. - Desculpa, , eu sei que...
- Tudo bem. A gente já imaginava. - Ela deu um profundo suspiro. – Perdi cinco libras.
- Vocês apostaram?
- Eu, , , Charlie, Natasha, Harry e Tom apostamos quanto tempo você agüentaria.
- O Charlie e a Natasha também?
- Pois é... E o Charlie ganhou. Ele disse dois dias e deu certeza que vocês se pegariam na sala. - Ela desceu as escadas e colocou o casaco. – O desgraçado parece vidente. Esse daí de fome não morre, se um dia fotografia não der mais dinheiro, ele monta uma tendinha por aí.
Dougie abafou o riso.
- Dougie, isso fica só entre vocês. A minha greve e da ainda não acabou. Tchau para vocês e... Não baguncem a casa, por favor.
parou o carro de Harry na porta da gravadora.
- Pronto, está entregue. – Ela já ia tirar a chave da ignição quando ele pegou em sua mão. Virou todo o corpo para poder olhá-la direito, já que seu pescoço estava todo duro.
- Eu ando muito mal humorado, né?
- Um pouco. – Respondeu timidamente.
- Às vezes fico tão preocupado comigo mesmo que me esqueço de dizer o quanto você é importante para mim. – Ele se esticou para dar um beijo na namorada, mas foi impedido pelo colar. – Maldito colar.
- Eu entendi a idéia. – Ela chegou perto e deu um beijo na testa do namorado. – Eu ainda estou em greve.
- Esqueci.
- Tudo bem e eu até gosto de você com esse colar, está bonito.
- A sua opinião é a única que importa. – Ele disse olhando nos olhos da namorada.
- Bom, vou deixar o carro aí e pego o metrô para o Charlie.
- Nada disso, fica com o meu carro. Eu volto com um dos caras, você precisa mais do carro que eu.
- Tem certeza?
- Absoluta. Passa lá em casa mais tarde?
- Noite das meninas. – Respondeu, meio se desculpando.
- Passa antes de voltar para casa... Só para me ver. - Ele fez biquinho.
- Veremos. – Ela tentou provocá-lo.
- Eu te amo. Você sabe, né?
- Sim, mas não canso de ouvir. Também te amo.
Ele abriu a porta e saiu, andando todo duro com o pescoço imobilizado. Murmurou um “Eu também não canso de dizer”.
Quando Harry chegou, todos já estavam na mesa de reuniões.
- Bom dia. – Cumprimentou todos.
- Harry, o que aconteceu com você? – Perguntou Richard, um dos empresários.
- Algum problema muscular, o médico não soube definir ao certo. – Respondeu, sentando-se na cadeira vazia.
- Vocês estão bem? – Fletch olhou para os quatro, preocupado. – O Tom está todo mal humorado, o Dougie parece um hippie, Harry com o pescoço imobilizado, o Danny parece um mendigo.
- É essa greve infeliz. – Justificou Tom, bufando. Dougie disfarçou.
- Greve?
- É. – Concordou Tom. – Elas estão em greve até a gente resolver ajudá-las com um problema.
- Hum. - Foi só o que Fletch conseguiu dizer. - E qual a sua desculpa?
- .
- Vocês não terminaram?
- Sim. Fui eu que terminei.
- Por isso elas estão em greve! – Exclamou Tom.
- Elas estão em greve porque o Danny terminou com a namorada dele? – Richard e Fletch pareciam confusos.
- É assim... - Harry começou a explicar. – Nós as conhecemos quando viajamos para o Brasil. A , namorada do Tom, é uma das melhores amigas da minha namorada, , que é irmã da namorada... Perdão, ex-namorada do Danny, a e todas elas são melhores amigas da , que é namorada do Dougie. Entenderam?
- Não. – Responderam juntos.
Os quatros bufaram. Danny tentou explicar.
- Lembram quando viajamos ao Brasil? – Os empresários fizeram que sim. – Pois nós conhecemos essas brasileiras e nos apaixonamos por elas, só que a gente teve que vir embora por causa do chilique bicha do Fletch e dos Dorks.
- Olha o respeito, Danny. – Alertou Fletch.
- Desculpa. – Pediu. – Por causa do ataque homossexual do Fletch e dos Dorks. – Richard e os três McFly começaram a rir. – Estão rindo de quê? Ah, esquece, vou continuar a contar a história. Só que elas não contaram para gente que viriam morar aqui. Um dia, a amiga da , que gosta muito da banda, descobriu onde moramos e carregou a para lá, foi assim que ficamos sabendo que elas estavam aqui, então começamos a namorar, mas rolou um problema e eu e a terminamos. A parte da greve eu não sei.
- O problema tem nome. Para variar, Danny Jones estraga as coisas. - Disse Harry.
- Eu estraguei as coisas?
- Nesse momento, estou ao lado do Harry, Danny. – Dougie ofereceu seu apoio. – A te ama e ela sofreu e ainda sofre muito com a sua ausência.
- Não parece. – Ele deu de ombros, a lembrança do magrelo no jardim com a sua pequena ainda dançava pela sua mente deixando um gosto amargo em sua boca.
- Há! Isso é porque você não está lá. Ela te ama, por algum motivo obscuro e muito esquisito. - Afirmou Tom. – E essa história de não ser o que ela precisa, bem, você não nasce com o manual “COMO FAZER UMA NAMORADA FELIZ”, é algo que aprende com o tempo.
- O que você está fazendo, Richard? – Perguntou Dougie.
Richard estava discando um número qualquer no telefone.
- Vou pedir uns sanduíches e suco, quero saber qual vai ser o fim dessa novela toda. – Respondeu Richard, animado. Fletch deu um suspiro fundo.
- Por que não ouvi a minha mãe quando disse para ser médico? Não... Eu queria me meter no glamouroso mundo da música. – Reclamou. – É tanto glamour que estou até enjoado.
No estúdio de Charlie.
- Como está a greve? – Perguntou Charlie enquanto arrumava uma modelo na melhor posição para a foto.
- Já fez sua primeira vítima. Tive que levar Harry ao médico, o pescoço dele ficou todo torto, está usando até aquele colar. – Respondeu , sentada na mesa do fotógrafo com os pés balançando, limpando lentes de uma Cannon.
- Greve é tortura. – Gemeu Charlie. – Se fizessem isso comigo, procurava a primeira mulher...
- Primeira mulher para que, Charles? – Natasha apareceu, vestindo um macacão jeans bem curtinho.
- Para nada, amorzinho, para nada. - Assegurou.
- Como está a greve, ? – Natasha indagou, sentando-se à mesa com a menina.
- Mais ou menos. Sabia que o médico do Harry disse para ele me pedir em casamento logo? Parece que foi assim que a esposa dele o convenceu a pedi-la.
- Não chega a ser uma má idéia. – Afirmou Natasha, pensativa.
- Não dá idéia. Por tudo que é mais sagrado, não dá idéia. – Implorou Charlie com cara de desespero.
Algumas horas depois, do outro lado da cidade...
, e caminhavam pela grande loja admirando os vestidos, sem saber qual comprar. não pôde ir por causa da sessão de fotos que demoraria mais tempo, já que a modelo tinha se trancado no banheiro, ameaçando se matar com uma faca de patê depois que Charlie gritou “Passe alguma emoção na foto, sua vareta!” pela milésima vez.
As meninas provaram centenas de vestidos, sem conseguir optar por um. A formatura seria nos jardins da escola, portanto a roupa tinha de ser bem fresca.
Ficaram pensando em opções, até que achou um lindo vestido verde claro. Depois disso foi um passo para que todas achassem um que gostassem. encontrou um vestido azul com um decote considerável na frente (Pena que a greve tinha terminado!) e optou por um lindo vestido lilás com lindas flores na barra.
Após as compras foram comer alguma coisa em uma lanchonete. sentiu seu celular tocar, sabia quem era sem olhar.
- É o Danny, certo? – Perguntou .
olhou o visor e confirmou com a cabeça.
- Eu conheço essa cara, pode começar o sermão.
- Não queremos dar sermão, . – tentou ajeitar a situação. – Só que não queremos que você fique presa a alguém que só te quer como amiga.
- Eu consigo ser SÓ amiga dele. – Ok... Ela poderia tentar. – E com licença, vou atender a ligação.
- Oi - Oi! Passei o dia pensando em você.
- Que bom, Danny... – Na cabeça dela rodavam as coisas que as amigas falaram. - Aconteceu alguma coisa? Atrapalhei um encontro ou algo assim?
- Não! Que isso. Como eu poderia ter um encontro se sou apaixonada por outra pessoa. - ...
Ela sentiu raiva. A quem estava enganando? Jamais conseguiria ser exclusivamente amiga.
- Nada desse “...” desanimado, Daniel. Agora você vai me ouvir: Eu te amo. Amo todas essas coisas idiotas que você faz, a sua preocupação, o jeito de falar meu nome, a maneira como sempre posso contar com você, a sua voz, as suas músicas, o seu toque... Tudo! Eu amo tudo! E ODEIO ISSO! Eu quero ter você para mim. – Ela respirou fundo. – Você é o que preciso, só o que preciso, mas se não é esse o jeito que você sente por mim, é uma pena. Eu juro que juntei todas as minhas forças, ignorando o meu amor próprio, para ser sua amiga, mas não dá! Achei que te ter pela metade seria suficiente, só que não é! Ou é você por inteiro, ou nada de você. Sua amizade não basta, por isso eu preciso te esquecer. Vai ser difícil e doloroso, mas não é impossível. Pode ser que eu sempre te ame, o que acredito ser provável, mas eu preciso me amar, já que você mostrou-se incapaz de fazê-lo. Essa é sua última chance de dizer alguma coisa... - Naquele momento definitivo, sua língua enrolou. Como se odiava naquele momento, queria dizer que ela era tudo para ele, mas as palavras pareciam tão em greve quanto e . Tinha vontade de dizer que, às vezes, acordava de madrugada procurando ela na cama só para lembrar que não tinha mais ninguém lá. - Seu silêncio foi o suficiente. Adeus, Daniel!
Ela desligou o telefone com um sentimento de perda grande, mas ainda feliz. Tudo ficaria bem. Ela tinha a sua “família” sempre pronta para cuidar dela.
Sem que ela soubesse, em um apartamento bem longe de lá, um rapaz chorava como nunca tinha chorado antes. Ele tinha perdido, provavelmente, o amor de sua vida, mesmo nunca tendo acreditado nisso.
Capítulo 27
“O amor não é um mistério, é tudo.” (Drivin’ me wild – Common & Lily Allen)
Era o grande dia, finalmente. Aquela manhã de sábado estava particularmente linda, o céu estava limpo, com lindas nuvens brancas.
- Ela está dormindo, sem se importar com o fato de hoje ser o dia mais feliz de sua vida... - abriu os olhos e deu de cara com Dougie e sua câmera a centímetros dela.
- DOUGIE, SAI DAQUI! – Gritou, jogando almofadas nele.
- Nada disso, mocinha, sua mãe pediu que todos os momentos fossem filmados para parecer que ela presenciou tudo, fiz uma promessa e pretendo cumpri-la. – Afirmou, ainda filmando e se desviando das almofadas.
Ela reparou que ele estava com calça e camisa social.
- Que horas são?
- Oito, por quê?
- MINHA FORMATURA É ÀS ONZE! – Ela saiu correndo do quarto.
- A adolescente desesperada corre como uma doida, esquecendo que têm mais três meninas paranóicas que não dormiram apenas para preparar tudo para o grande dia. – Dougie narrava enquanto descia as escadas.
- Por que vocês não me acordaram? – Perguntava , enfurecida.
- Relaxa, já preparamos tudo. - Assegurava .
Nesse momento, apareceu da cozinha, ela já estava com o cabelo arrumado e tudo mais, assim como as outras duas.
- Seu café da manhã está na mesa. – Avisou.
A mesa estava posta com os mais diversos tipos de pães, bolos e sucos.
- OBA! – Dougie já ia iniciar uma corrida desabalada até a cozinha, mas foi segurado na goela pela namorada.
- O café é da , sua função é filmar.
- Que saco! Tudo eu!
- Que saco! – Resmungou Harry pela quinta vez.
- Aconteceu alguma coisa? – Perguntou .
- Não aconteceu, para falar a verdade. - Reclamou. - Não consigo colocar a gravata por causa do colar.
- Não seja por isso. – levantou, ficando atrás do namorado e tirando o colar.
- Ajudou muito, continuo com o pescoço todo duro. – Choramingou sem conseguir mover o pescoço.
sorriu, era essa a deixa que procurava.
Ela e tinham conversado sobre isso na noite anterior. Já era hora de acabar com aquela maldita greve, se não elas enlouqueceriam em breve. - Outro problema fácil de resolver. – Ela o puxou pela gravata e o beijou. Por alguns minutos ele não soube o que fazer, mas logo voltou a ser o mesmo Harry de sempre e a puxou pela cintura para mais perto. Ele levou os dois até a cama, empurrando-a e ficando em cima. Ela se separou um pouco, sorrindo. - Então, como está o pescoço?
Ele virou o pescoço para um lado e para o outro, com grande agilidade.
- Cem por cento curado. Obrigado, doutora. – Ele beijou a namorada de novo. – Senti falta de fazer isso.
- Doutora aqui só a .
- Você é a minha médica. – Disse. – Só minha.
- Claro. – Ela resolveu entrar na brincadeira. – E só você recebe o tratamento especial.
- Acho bom mesmo.
- Agora, vamos lá que temos uma formatura para assistir.
- Tom? – o chamava sem resposta. Também pudera, ele estava em greve. Fazia uns quatro dias que ele aderira a política do silêncio. Não falava uma palavra com . Ele estava sentado na ponta da cama, calçando o All Star preto. - Você não vai falar comigo, não? – Perguntou. Tom lançou um olhar frio e rápido, logo voltando sua atenção aos cadarços de seus tênis. Ela sentou na outra ponta da cama, apoiando o rosto nas mãos. - E-e-eu... (fungada) Tento de tudo (longo suspiro), mas você não está (fungada) nem aí para mim. (longo suspiro) Parece que não me ama mais.
E aí desabou a chorar.
Tom olhou de esguelha. Ela estava fingindo, certo? Sim, estava fingindo... Ou não.
Eram lágrimas mesmo? Ó, céus, ela estava chorando!
- , amorzinho... - Ele começou a beijar a cabeça da namorada e sentiu um arrepio. Há tanto tempo não fazia isso. – Eu te amo, mais que tudo.
Ela fitou-o e, sem mais nem menos, o abraçou.
- Eu senti falta de ouvir sua voz. – Ela se afastou um pouco do ombro, o suficiente para beijar seu pescoço. - E do seu cheiro, da sua covinha...
- , não faz isso. – Pediu, fechando os olhos.
- Faço sim. – Ela mordeu a orelha, passou a beijar a testa do namorado... - Esqueci de te contar a novidade.
- E qual é? – Perguntou com a voz trêmula e olhos fechados.
- A greve acabou.
- Por que você não disse antes? – Perguntou, dando um salto e agarrando
- PÁRA DE ME FILMAR, DOUGIE! – entrou no quarto de , correndo. – VIU, DOUGIE? NÓS INTERROMPEMOS OS DOIS!
Mas Tom nem pareceu se importar.
- A greve acabou! – Exclamou todo feliz.
- Grande coisa. – Dougie deu ombros, guardando a câmera um pouco. – A greve da acabou há uma semana.
- Uma semana? – Harry, que estava passando pelo corredor, ouviu e perguntou assustado. – A acabou a greve hoje.
- É porque vocês não são tão irresistíveis quanto eu. – deu um tapa no braço dele. – Ai! É verdade! Você consegue ficar muito tempo longe do gostosão?
Ela parou um pouco para pensar.
- É, nisso tenho que concordar.
- Agora eu fiquei chateado. O que o Dougie tem que eu não tenho? – Perguntou Tom.
- Ausência de tamanho. – Respondeu .
Dougie deu língua para a menina, que retribuiu.
- Harry, seu pescoço voltou ao normal. - Percebeu . - Como isso aconteceu?
- Uma prática medicinal não ortodoxa, terapêutica, prazerosa e sem efeitos colaterais negativos. Eu recomendo. – Respondeu, lançando um sorriso maroto para .
- A conversa está ótima, mas já são dez e meia.
(...)
Os sete chegaram a escola às dez horas e cinqüenta só para serem avisados que a cerimônia só começaria ao meio dia e meia.
foi para a sala onde trocaria de roupa. Deu de cara com montes de meninas em volta de Jennie, uma patricinha nojenta de sua turma.
-... Pois o Adam me deu esse anel em comemoração. Ele estava tão feliz com a minha formatura. - “Provavelmente porque achou que você nunca se formaria, sua tapada.” , pensou consigo mesma. Adam era o namorado de Jennie, eles estavam juntos desde as fraldas, quer dizer, das fraldas dela, porque ele era cinco anos mais velho. Ele era da marinha e, como ela não cansava de dizer, louco para casar com ela. - Ei, ! – Chamou e todas as atenções se voltaram para . Ela desejou que seus olhos lançassem laser como o Ciclope do X-Men para poder torrar aquela cabeleira loira nojenta. – Seu namorado te deu alguma coisa? Ó, desculpe, esqueci que ele deu sim... Um lindo fora. Deve ter sido difícil namorar escória.
- Não sei, Jennie, ainda não tive tempo de perguntar para o seu namorado.
Ela ficou lívida de raiva e sentiu aquele calorzinho de satisfação. Sabia que aquilo não deveria ser feito, mas não conseguia evitar.
Antes que Jennie pudesse replicar, outra menina chegou correndo na sala.
- Vocês não vão acreditar! O McFly está aí!
As meninas ficaram alvoroçadas, dando gritinhos agudos e pulando.
- Aposto que meu pai os contratou. – Jennie começou a se gabar. – Ele sabe que sou fã.
- Tom Fletcher e sua covinha estão aqui!
- Será que o Danny veio também? - sentiu-se enjoada com aquela pergunta.
- Ai, ai, ai... Eu vou agarrar o Dougie assim que encontrá-lo. “Não se o punho da te encontrar antes, fofinha.”
- O HARRY! – Uma menina gritou apontando para a porta.
virou e avistou Harry com a cabeça para fora da porta, parecendo acostumado com aquela gritaria.
- MENINAS! – Chamou. – Silêncio, por favor.
Todas fizeram um silêncio mortal. Se uma pena caísse dava para ouvir o barulho.
- Eu estou procurando a minha cunhada. Alguém viu a por aí? – Ele olhou ao redor, tentando visualizar alguém por trás daquelas becas azul-marinho. - Ah, , você está aí! Vem cá que eu, Tom e Dougie temos um presente para você.
passou por todas as meninas que a olharam com espanto.
- Pois é, Jennie, parece que seu pai não os trouxe para você, mas se você for uma boa menina, quem sabe eu não consiga um autógrafo para você? – Ela tinha de dizer isso, sabia que era falta de educação e, provavelmente, sua mãe a mataria se soubesse, mas era um risco que precisava correr só para ver a cara de sonsa de Jennie se desfazer no ar, uma última vez.
Ela seguiu no corredor vazio com Harry até avistar Dougie e Tom que carregavam uma caixa quadrada.
- Nós íamos te dar o presente só no fim da cerimônia, só que ela vai demorar muito. – Explicou Tom.
- E estávamos loucos para dar o seu presente. – Completou Dougie, sorrindo.
Todos os três estavam de terno, mas cada um diferente do outro. Harry usava suspensórios (a pedido da namorada) e camisa branca junto com o All Star; Tom estava sem paletó, com uma camisa preta e aquela gravata rosa ( até tentou jogar no lixo, mas Tom pegou-a no ato e impediu esse ato de bondade com a raça humana); Dougie usava o paletó por cima de sua camisa verde da Hurley. Ela se pegou imaginando o que Danny usaria em sua formatura.
- Abre aí! – Pediu Harry.
Ela desembrulhou o pacote envolvido em papel azul laminado.
- Um iPod! Obrigada, meninos. – Ela abraçou os três de uma vez só.
- Gravamos uns vídeos e depoimentos nossos. – Avisou Tom. – Você pode assistir antes da cerimônia.
- Vamos voltar para os nossos lugares agora.
resolveu não voltar para a sala, provavelmente, as meninas esperavam-na doidas para fazerem muitas perguntas e ela não estava com saco para respondê-las.
Encontrou uma sala vazia, no corredor e foi até lá.
Sentou em cima da mesa e ligou o iPod novo, procurando os vídeos em seguida.
Ficou examinado os títulos até que encontrou um denominado “Danny”. Em um misto de curiosidade e apreensão, abriu o vídeo e deu de cara com a sala de Danny, logo ele apareceu.
- Acho que já está gravando. Hã... Nem sei por onde começar. É... Oi, ... Hã... Parabéns pela formatura. Espero que esteja se divertindo. Você deve estar se perguntando porque eu gravei um vídeo para colocar no seu iPod. Para falar a verdade, a idéia foi do Tom. Eles viram quanto fiquei mal no dia do telefonema, já que a verdade é que eu quero ficar com você. Não sei porque não consegui dizer o que queria dizer pelo telefone e tive tanto medo de te perder de novo, eu sabia que a culpa era só minha.”
começou a chorar. As lágrimas escorregavam pela sua face e molhavam a tela retangular do aparelho. “Talvez eu não tenha conseguido falar porque o que sinto por você é muito grande para palavras. O Tom é bom com palavras; o Harry sabe como agir, nem precisa de palavras, e o Dougie... Bem, ele só precisa chegar todo tímido que ganha, mas eu não sou bom em nada disso. Foi aí que o Harry chegou e disse: ‘Faz o que você sabe fazer melhor!’. Pensei muito e percebi que a única maneira que teria de mostrar o que sinto por você é fazendo o que sei fazer melhor, cantando. E mais uma vez, eu sento na sua frente, pelo menos virtualmente, para cantar.
Eu não gosto muito desse cara, mas a música dele diz tudo o que sinto por você então... Vamos lá. Espero que goste.”
"I know how it feels / Eu sei como é To wake up without her / Acordar sem ela Lying here all alone / Deitado aqui totalmente só Just thinking about her / Apenas pensando nela
I can't believe / Eu não consigo acreditar Her hold on me / O poder dela sobre mim It's something indescribable / É algo indescritível I know she knows / Eu sei que ela sabe But won't you please / Mas você por favor não
If you see my girl / Se você vir minha garota Just tell her I miss her smile / Apenas diga que eu sinto falta de seu sorriso Tell her I'm counting the minutes / Diga que estou contando os minutos
Gonna see her in a little while / Vou vê-la em pouco tempo I know when she / Eu sei que quando ela Holds on to me / Me abraça She's the one thing that I could never live without / Ela é a únca coisa que eu não conseguiria viver sem Oh, oh, oh, oh
And tell her I love her / E diga que eu a amo Oh yeah, just tell her I love her / Oh, sim, apenas diga que eu a amo The way that she moves / O jeito como ela se move You know what it does to me / Eu sei And when I catch her eye / E quando eu olho em seus olhos I can hardly breathe / Eu mal consigo respirar Still can't believe / Ainda não consigo acreditar Her hold on me / O poder dela sobre mim She's just so indescribable / Ela é tão indescritível
I know she knows / Eu sei que ela sabe But won't you please, please Every time that I'm around her / Sempre que estou perto dela I just go to pieces crashing tumbling to the ground / Eu fico em pedaços caindo I'm so glad I found her / Eu estou tão feliz de tê-la encontrado I know how it feels / Eu sei como é
(Tell Her – Jesse McCartney)
chorava mais, só que agora era pura e simples felicidade.
“Não sei se você vai querer me ver depois disso, espero que queira. Prometo não ser mais o maior babaca do universo e não te abandonar nunca, até porque, mais algum tempo sem você, não sei se sobrevivo. Era isso, boa formatura e... Eu te amo, pequena, para sempre.”
O vídeo parava ali. Ela assistiu mais umas mil vezes até ouvir um barulho esquisito e perceber que todos já estavam formando fila para entrar.
-... E com isso, nós passamos para uma nova etapa da nossa vida, louvando o passado e recebendo, de braços abertos, o futuro. – A oradora da classe terminava de falar e logo entregariam os diplomas.
olhou para a platéia só para encontrar chorando rios e sendo consolada por Harry; Dougie filmando cada segundo da cerimônia; e com os olhos cheios d’água, mas se segurando para não chorar, Tom chorava um pouquinho e Danny...
DANNY?
Lá estava Danny, encostado em uma pilastra, olhando diretamente para ela. Os olhares dos dois se encontraram e ele murmurou um: “Eu amo você”. Ela queria responder quando seu nome foi chamado.
- , .
Ela se levantou, pegou o diploma e olhou para a sua “família” que gritava arrancando olhares irritados dos parentes sentados e comportados em suas cadeiras.
- AI, ESSA É A NOSSA GAROTA! – Gritava Harry.
- TINHA QUE SER MINHA IRMÃ!
- NÃO TEM PARA NINGUÉM! – , e dançavam enquanto gritavam o nome da menina.
Ela desceu do palco e correu de encontro a eles.
- Nós estamos muito orgulhosos de você. – Assegurou Tom, depois de abraçá-la.
- É, estamos mesmo. – Disse uma voz por trás dela.
Ela virou e deu de cara com Danny. Sem pensar duas vezes, o beijou. Danny pensou que esse seria o melhor momento de sua existência depois do McFly. Reconquistar a mulher de sua vida. Abraçou pela cintura e a levantou, girando-a no ar e a beijando docemente. Um beijo cheio de saudades e carinho. Sorriram durante o beijo, não tinham como e nem precisavam esconder a felicidade que sentiam naquele momento. Danny aprofundou o beijo, sentiu sua língua tocando a de Danny, como era bom sentir o gosto gostoso dele de novo. Tom iniciou as palmas e depois todos aplaudiram o mais “novo” casal, sorriram mais uma vez e se abraçaram. levantou a cabeça e não conteve em fazer uma pergunta.
- Promete que não me abandona nunca mais?
- Nunca... - Ele a beijou de novo. – Nunca... - Outro beijo. – Nunca mais!
- Promete que deixarão os celulares ligados? – Perguntou .
- Ô, estraga-prazeres. – Reclamou , pendurada no pescoço de Danny. – Prometemos, com toda a certeza.
- E agora, quais são os planos? – Perguntou Dougie.
- Sabe o que eu estava pensando?
- Caraca, pára tudo. – Pediu Harry. - O Danny pensou! Isso é um milagre.
- Ou o sinal do fim do mundo. – Arriscou .
- Tão engraçadinhos. Sério, eu andei pensando que nós poderíamos ir ao Hyde Park. O que acham?
- Como nos velhos tempos? – Perguntou .
- É, pequena, como nos velhos tempos. – Confirmou Danny, abraçando-a.
E lá foram os oito, prontos para um piquenique regado a muita bagunça. Como nos velhos tempos...
Capítulo 28
“Bem, eu não sou muito inteligente.
Eu apenas, te adoro.
Então, me chame de imprevisível.
Diga que não sou nada prático.
Arco-íris que tenho tentado perseguir.
Me chame de irresponsável.
Sim, não sou para confiar.
Mas é inegavelmente verdade,
Eu sou irresponsavelmente louco por você.” (Call me irresponsable – Michael Bublé)
Era a segunda-feira após a formatura, um dia normal, se não fosse por um pequeno detalhe. Depois daquele dia, boa parte dos jornais e revistas de fofoca estampavam a cara do McFly e suas namoradas em seu piquenique no Hyde Park.
Em minutos, tudo sobre a vida das meninas foi descoberto, provocando um frenesi na porta de casa delas. Nem eram jornalistas, mas, sim, fãs cercando a casa.
No momento que Tom desceu a escadinha da frente da casa, várias meninas correram para abraçá-lo e teve que sair correndo para tirar algumas que continuavam penduradas em seu pescoço quando ele tentava abrir a porta de seu carro.
O tempo ficava mais frio a cada hora passada, e brasileiros no frio são como micos na Antártida.
Mas aquela particular manhã de segunda-feira não deixava de ser uma linda manhã de novembro.
- Onde estão as moradoras dessa casa e seus respectivos anexos? – Perguntou , descendo a escada.
- Moradora aqui na sala. – Anunciou .
- Respectivo anexo aqui também. – Avisou Danny que estava deitado no colo da namorada, na sala da casa. – Por mais que me sinta extremamente ofendido ao ser chamado de “respectivo anexo”.
- Você come e dorme aqui, mas não paga nada. Você é anexo. – Justificou . – Só que é um anexo que sentimos muita falta de não ter por perto.
Ela se abaixou e deu um beijo na bochecha do amigo.
- É bom estar de volta também. – Concordou, dando um selinho em , que sorriu abobada.
- Cadê o resto do povo? – Perguntou .
- A está falando com a mãe dela no telefone. - Informou . - O Dougie... Não sei onde está, mas sei que ele e combinaram de sair depois; o Harry foi treinar cricket; o Tom... Bem, você é a namorada dele, sabe onde ele está; a ...
- HAROLD MARK CHRISTOPHER JUDD! – gritou em seu celular.
- Está gritando com o namorado pelo celular. - Completou Danny.
- EU SEI QUE NÃO É CULPA SUA QUE ESTÃO CERCANDO MINHA CASA, MAS VOCÊ TEM QUE FAZER ALGUMA COISA! UMA DOIDA JOGOU BRÓCOLIS NO CARRO DO CHARLIE! O LAMBORGHINI DO MEU CHEFE! ELE É LEGAL, MAS ATÉ ELE TEM LIMITES... NÃO, HARRY, EU NÃO ESTOU DIZENDO QUE VOCÊ TEM QUE PAGAR A LIMPEZA...
- Aposto cinqüenta libras que ela vai dizer: “Harold Mark Christopher Judd, pare de falar e me ouça, caramba!” – Disse Danny.
- Apostado. Eu acho que ela vai dizer: “Cala a boca, Harold, eu estou falando.” – Afirmou .
entrou na brincadeira.
- Nada disso. Ela vai dizer: “Não vou mais falar nada, vou desligar.”
- HAROLD MARK CHRISTOPHER JUDD, PARE DE FALAR E ME OUÇA, CARAMBA!
As meninas olharam espantadas para Danny.
- Ela é a minha melhor amiga, ué. - Justificou.
- Ela é minha melhor amiga há mais tempo e eu não consegui adivinhar.
- Pior para mim, porque ela é minha irmã a vida inteira. Estou me sentindo humilhada.
desceu as escadas, pegou o cachecol, o gorro, o grosso casaco e um taco de beisebol.
- Onde você vai? – Perguntou .
- Vou ao treino de cricket do Harry, é impossível falar com ele por telefone.
- Para que o taco de beisebol? – Indagou . – Eu não sei muito sobre cricket, mas tenho quase toda a certeza que esse tipo de taco não é utilizado nesse esporte.
- Isso é para o caso de alguma engraçadinha tentar tacar algo em mim.
- Está louca? – Danny deu um salto do sofá. – São as nossas fãs.
- É uma brincadeira, Danny! Relaxa. Esse taco de beisebol é do Charlie e estava no carro dele que eu mandei lavar. Acabei me esquecendo de devolver, vou aproveitar que é caminho e deixar na casa dele.
- Não me dá um susto desses nunca mais, meu coração é fraco.
- , me espera que vou com você. Tenho que passar no hospital para ver umas coisas e acertar minhas férias.
- Ok. Vamos então, . Tchau, gente.
- Tchau, moradora e respectivo anexo. - se despediu, rindo.
- Ela me ofende assim, . – Reclamou, fazendo biquinho.
- Coitadinho do meu Danny. – Ela deu um beijinho nele. Era bom senti-lo de novo tão perto, mas uma pergunta martelava em sua cabeça. - Danny, posso te fazer uma pergunta?
- Todas.
- Você dormiu com a Olívia na noite em que a gente terminou?
Danny se mexeu desconfortável e levantou-se do colo de , olhando-a nos olhos. Sabia que aquela pergunta, cedo ou tarde, seria feita.
- Sim.
- Como aconteceu?
- ...
- Não comece com esse tom, Danny, que ele não funciona.
- Eu estava bem atordoado, fui para um pub que costumo ir e bebi. Não lembro em que momento, mas Olívia apareceu e perguntou o que tinha acontecido, contei que tínhamos terminado. Quando percebi, ela estava ao meu lado, na minha cama.
sentiu uma pontada no coração e lágrimas se formando, mas segurou-as. Não fora ela quem perguntou?
- E-e-e c-como e-estão as c-coisas... – Ela respirou fundo. –... Entre vocês?
- Valendo que eu a coloquei para fora de casa depois que a passou lá com ela gritando: “Chamar as outras de não vai ajudar muito a sua vida sexual, Danny!”, acho que as coisas não estão nada bem.
- Você disse... – Engoliu em seco. - Meu nome?
Ele deu de ombros.
- Aparentemente, sim. – Puxou a namorada para si, abraçando-a. – Eu fui um idiota, pequena, o maior de todos, mas se você puder me perdoar...
- Não tem o que perdoar.
- Tem sim! Eu te amo e fui um idiota.
- Mas você está aqui, isso que importa.
- Tem certeza?
- Absoluta, e sabe o que andei pensando... Nós poderíamos aproveitar que todos já sabem da gente para sair.
Ele sorriu.
- Quer dizer que agora vou poder mostrar a minha namorada linda para todo mundo ver?
Ela fingiu pensar um pouco.
- Tudo bem, eu deixo.
- Então, que tal sairmos hoje?
- Vou me arrumar. – Ela levantou do sofá e ele levantou também. - O que está fazendo, Danny?
- Vou te dar uma ajudinha. – Ele lançou uma piscadela safada.
- Danny...
- Fala.
- A Olívia disse aquilo mesmo?
Ele parou no meio da escada, teve medo de alguma briga, justo agora que estava tudo tão bem.
- Bom, a sua irmã passou lá e ameaçou quebrar a cara dela e a minha, então me disse que eu dava nojo e foi embora. Eu percebi que eu também me dava nojo e coloquei a Olívia para fora só com a roupa de baixo. - Relatou, vendo a cara da namorada tratou de completar - Mas depois eu joguei a roupa dela para ela se vestir! Aí ela disse que eu era um babaca e foi embora gritando isso, você pode perguntar para a senhora Finch do final do corredor se quiser.
- A senhora de oitenta anos? – Perguntou, segurando o riso.
- É, coitadinha, não foi nada agradável para ela ver aquilo quando estava indo jogar o lixo fora... O bom é que quando ela passou me disse: “Ai, meu filho, a é muito melhor que essa dali!”
- Sempre gostei da senhora Finch.
- Agora pode ser ou vou ter que te carregar até o quarto?
- Acho que você vai ter que me carregar.
Sem responder, ele pegou a menina no colo e subiu as escadas.
e saíram de casa correndo para não serem atacadas por objetos não identificados jogados por fãs, que não aceitavam o fato dos McGuys estarem comprometidos.
Correram até o metrô, subiram na plataforma e entraram no vagão.
- Nossa! – Exclamou olhando para . - Não sabia que era perigoso ser namorada de uma pessoa famosa.
- Acho que vou seguir o conselho da minha mãe e fazer um seguro de vida. – olhou para , e as duas riram.
- Ok, essa foi boa. – Disse , parando de rir.
- O que foi boa?
- A sua piada.
- Não foi uma piada.
- Não?
- Não! , está tudo bem com você?
- Claro que está, por que não estaria?
- Você está mais lerda do que o normal hoje.
- ! Chegamos ao hospital. Sai, sai, que eu estou atrasada.
- Ih... Está bom. Beijo, amiga.
- Beijos. – A porta se fechou e ficou dando adeus pela janelinha.
entrou no hospital e foi até seu armário pegar seu jaleco, iria ver o quadro de melhoras de alguns pacientes e depois iria até seu supervisor para ver que dia daquela mesma semana tiraria suas tão esperadas férias. Colocou o jaleco, pegou sua prancheta e virou, batendo em alguém.
- Ai, me desculpa! – Levantou o rosto e viu quem era o dito cujo. – Griff?
- Olá, doutora . – Ele mostrou seus dentes brancos.
- Pensei que já estivesse de férias. – o esperava para irem juntos verificar os pacientes.
- Pensei o mesmo. Desistiu das férias?
- Claro que não, saio essa semana ainda, e você?
- Também, depois de amanhã.
- Hum...
- E aí, já decidiu quando vai aceitar meu convite para sair?
- Griff, por favor, já conversamos sobre isso.
- Ah, esqueci que agora você é a mais nova namorada de um dos caras mais famosos do Reino Unido. – Disse ele em um tom irônico.
- Griff, você sabe que eu já namorava com ele.
- Quando eu pedi para sair com você pela primeira vez, vocês não estavam namorando. – Disse ele olhando para os olhos dela.
- Tínhamos dado um tempo. – Ela respondeu, olhando da mesma forma.
- Você gosta mesmo dele?
- Gostar é pouco, eu realmente amo o Tom.
- Dá para ver pelo seu olhar quando fala dele.
- E você pode ir parando de falar isso, porque eu sei que você está saindo com a Susan, da ala infantil.
- Como você sabe? – Ele esbugalhou os olhos.
- A ouvi dizendo como você é tudo de bom. – Ela riu e ele deu um empurrãozinho nela. – Está podendo, hein...
- Pára, , fico sem graça. – Disse enquanto caminhavam para um quarto no andar principal.
- Sabe, Griff, você é um cara legal. – Disse ela, rindo para ele.
- Vindo de você posso considerar isso uma coisa boa.
- Está querendo dizer que eu só falo mal das pessoas?
- Bem, na maioria, sim. – Ela olhou pra ele e eles riram.
- Ok, foi bom conversar com você de novo, mas meu trabalho me espera. A gente se esbarra.
- Pode ter certeza, e vamos marcar alguma coisa. – olhou pra ele com cara de reprovação. – Eu, Susan, você, e Tom. – Ele deu uma piscadela e ela sorriu, balançando a cabeça.
- Vamos marcar sim. – Ela entrou no quarto. Ele continuou seguindo e entrou em um quarto próximo.
saiu da estação e caminhou até o apartamento de Charlie. Gostava da comodidade do metrô de levar a qualquer lugar.
Deu olá ao porteiro e pegou a chave do apartamento em meio ao molho de chaves que possuía. Por via das dúvidas, deu duas batidinhas na porta e gritou: “CHARLIE, EU ESTOU ENTRANDO.”
O apartamento estava vazio. Foi até a cozinha e encontrou um bilhete colado na porta da geladeira.
“Sabia que você viria entregar o taco. Você é tão previsível.
Eu saí para comprar um casaco. Antes que você reclame que já tenho roupas demais, vou conhecer os pais de Natasha na Rússia. Acredita nisso? Vou conhecer os pais da minha namorada! Mesmo assim, preciso comprar um casaco mais grosso porque o inverno russo não é brincadeirinha de criança como o inglês. Pode colocar o taco no meu quarto. Sinto falta das nossas conversas. E não, eu não estou bravo com os brócolis no meu carro. Amo você.
Beijos,
Charlie (o melhor chefe do mundo).”
“O inverno inglês é brincadeira? Lembrete mental: Jamais viajar para a Rússia.”, pensou a menina consigo mesma.
Ela colocou o taco junto com um bilhete em resposta e saiu.
Indo mais uma vez rumo ao metrô para ter uma conversinha com seu namorado.
- Está tudo bem aí, filha?
conversava com a mãe há algum tempo. Depois de chorar no telefone de saudade, elas conversavam sobre o que estava acontecendo.
- Está tudo ótimo, mãe. E com você? - Muitas saudades de você. Como está a vida? Estudando muito? Como está o namoro?
- Eu entrei de férias na faculdade e no trabalho. O namoro vai bem, o Dougie é um ótimo namorado. - Quero muito conhecer esse Douglas.
- Não é Douglas, mãe, é Dougie. - Dougie é apelido para Douglas, certo?
- Errado. Ele é Dougie de Dougie. - O nome dele é Dougie?
- É. - Que sogra esquisita que você arranjou.
- Não fala assim da Sam, mãe. - Sam? Já está nesse pé o relacionamento de vocês?
- Mãe, você está com ciúme da minha sogra? - Ela está aí para conviver com você, eu não.
- Eu quase não a vejo. - Você jura?
- Juro. - Jura que ela não vai me substituir?
- Não existe ninguém capaz de te substituir. - Então, quais são seus planos para hoje?
- Eu e Dougie vamos sair. - E depois?
- Depois, se ele for um garoto bonzinho... - !
- Ele vai para casa dele e eu para a minha, e na manhã seguinte nos encontraremos em um lugar público para dar comida aos pombos. - Assim é bem melhor.
- Nós somos pessoas muito comportadas, mãe. - Aham... Sei... Sei. Vamos fazer o seguinte? Eu vou fingir que acredito nessa mentira e que ele dormirá na casa dele sozinho hoje e você conversará com ele sobre a minha proposta.
Ela riu.
- Tudo bem, mãe. Pode deixar. - As meninas já falaram com os namorados?
- Ainda não. - Nem a com o Haroldo?
- É Harold, mãe. - Ah, tudo a mesma coisa. O nome dele em português é Haroldo, então eu o chamo de Haroldo. Vou desligar. Eu te amo, filha.
- Também te amo, mãe.
estava sentada na cadeira do computador, já vestida para sair, mas Danny não saía do telefone. Estava há uma hora falando com alguém que ela nem sabia quem.
Temeu que fosse Olívia, só quando ouviu um: “Dude, presta atenção, seu idiota!”, que ficou mais relaxada.
Ligou o computador e viu que Emily estava on.
Emily – Viva la libertad diz:
Hey, menina brasileira.
.::. Let’s make this last forever diz:
Hey, menina irlandesa. Tudo bem?
Emily – Viva la libertad diz:
Tudo maravilhoso e você?
.::. Let’s make this last forever diz:
Também. Como está Barcelona?
Emily – Viva la libertad diz:
Perfeito! Como minhas aulas ainda não começaram, minha tia me levou para ver vários lugares. Já conheci um monte de pontos turísticos. Para completar, estive em uma aula preparatória e já fiz vários amigos. Sabe como tudo mundo me achava esquisita? Pois, nessa escola as roupas que eu uso são padrão e responder aos professores é regra. Estou amando! E você?
.::. Let’s make this last forever diz:
Tenho que ter uma conversa com o Danny sobre aquele assunto que te falei, mas fora isso, nada acontecendo. Só estou esperando ele largar o celular, aí vamos sair! *dá pulinhos* Agora as fãs sabem que existimos.
Emily – Viva la libertad diz:
Eu vi as fotos pela internet :D Saída em família!
- , vamos! – Chamou Danny. – Está falando com a Emily?
- Aham. Já estou indo.
- Manda um “oi”.
.::. Let’s make this last forever diz:
Er, eu estou indo. O Danny já largou o celular. Ah, ele mandou um ‘oi’. Beijos. Te amo.
Emily – Viva la libertad diz:
Divirtam-se. Também te amo. Beijos
entrou no lugar onde Harry estava treinando. Nem precisou procurar muito, já que logo viu Harry jogando. “Vou precisar de um babador daqui a pouco. Ele está tão lindo nesse uniforme...”, pensou consigo mesma.
Resolveu sentar nas arquibancadas e esperar um pouco. Sentou ao lado de dois senhores que comentavam sobre o treino, ela ligou o iPod e colocou no ouvido. Deixou baixo para não incomodar os senhores que estavam ao lado.
- Esse Harry é um ótimo jogador. Que braço! – Comentava o senhor mais perto dela. “É... Que braço!”
De repente a raiva que sentira quando conversaram, passou.
- Se ele quiser largar a vida de baterista, pode virar jogador. Ainda há tempo. – Disse o outro.
E ela ficou ali ouvindo os elogios ao namorado, se sentindo muito orgulhosa dele.
Vinte minutos depois ele parou para beber água perto da arquibancada.
- Boa tarde, Wilson e Oliver. – Cumprimentou sem perceber a presença da namorada.
- Boa tarde, Harry. – Os dois responderam juntos.
- ? – Ele olhou melhor para a menina ao lado. Claro que seria complicado perceber que era ela. Ela estava de boné e com um grosso casaco por causa do frio que sentia. - O que você está fazendo aqui?
- Oi. – Sorriu se sentindo envergonhada. – Eu... Hã... Vim ver seu treino. “Talvez não tenha sido uma boa idéia. Vai ver ele ainda está chateado com a conversa... Ou não gosta que vejam o treino. Ah, poxa, se esses velhinhos podem, por que eu não posso?”
- Sério? – Perguntou seriamente.
Ela balançou a cabeça confirmando e forçando um sorriso. Harry era um cavalheiro, não brigaria com ela na frente dos senhores.
- Eu nunca tive uma namorada que quisesse me ver treinando. – Ele sentou ao lado da namorada e a beijou.
- Então, gostou da surpresa? – Perguntou, com a ansiedade de tomar uma bronca indo embora.
- Amei. Mesmo sabendo que sua intenção inicial era continuar a nossa “conversa”. - Ele a abraçou e ela não se importou que ele estivesse todo suado. – Droga! Não apresentei vocês direito. Wilson, Oliver, essa é a minha namorada, .
- Muito prazer. – Ela esticou a mão e eles a apertaram.
- Finalmente, a famosa . – Comemorou o tal de Wilson.
- Ele fala tanto de você! – Resmungou o tal de Oliver.
- O quê? Agora fiquei curiosa...
- Como você é linda, que entende ele como ninguém... Todas aquelas baboseiras apaixonadas. - Oliver enumerava enquanto Harry ia ficando mais vermelho.
- Um dia desses você vem aqui e te contamos tudo, assim te conhecemos também. – Ofereceu Wilson.
- Eu aceito.
- Está tudo muito lindo, mas meu treino acabou e nós vamos embora porque eu não quero ficar mais envergonhado do que já estou. – Disse Harry. – Quer fazer o que agora? Podemos ir ao cinema, restaurante...
- Eu quero aprender cricket!
- Você quer o quê?
saiu do hospital, louca para comemorar suas férias.
- Pronta para o nosso encontro? – Ela virou e deu de cara com Tom segurando um buquê de flores.
- Passei o dia esperando. – Suspirou, cansada. Tinha sido um dia cansativo no Pronto Socorro e saber que agora podia sair com seu namorado a consolava.
- Se você estiver muito cansada, podemos cancelar... – Disse Tom um tanto triste, tinha planejado um ótimo encontro.
- Não! – Ela negou efusivamente - Fiquei esperando esse encontro, ansiosamente. Eu e você, nesse momento, é tudo o que eu preciso. - Tom sorriu e correu para abrir a porta do carro para a namorada. - Para onde vamos? – Perguntou.
- Para um lugar muito legal. – Ele afirmou com os olhos brilhando.
Os dois chegaram a um cinema.
- Que filme vamos ver?
- Essa é a parte legal. Esse cinema está passando Star Wars.
- Que legal. – Resmungou. Sinceramente, não era lá uma grande fã de Star Wars e estava cansada. Queria ir a um lugar para ficar com Tom...
Ele a carregou para dentro do cinema que era meio bar.
Ao invés de poltronas, eram mesas com cadeiras e você podia comer.
- Não queremos nada. – Avisou Tom para a garçonete.
olhou desesperada, estava morta de fome.
- Eu estou com fome. – Avisou .
- Nós vamos comer depois. – Ele disse sorrindo. – Shh... O filme está começando.
Ela olhou entediada. Seriam duas horas torturantes para ela. Será que ele não poderia ter levado ou ?
olhou para o relógio pela quinta vez. Onde estava Dougie?
Resolveu arrumar algumas coisas em seu quarto enquanto esperava. Guardou algumas roupas, sapatos... Juntou as boxers de Dougie que estavam lá e riu, pensando na cara de choque de sua mãe se visse aquilo.
Ela pegou o lagarto que ganhara no zoológico e ficou olhando um tempo.
- Eu tenho muito bom gosto. Pode admitir. – Ela virou e deu de cara com Dougie.
- Você tem é muita cara-de-pau. Quarenta e cinco minutos de atraso, novo recorde. – Resmungou de cara feia. – Como você entrou?
- e Danny estavam saindo quando eu estava chegando. – Respondeu sorrindo. – Está irritada comigo?
- Muito. Você não sabe cumprir compromissos, Dougie!
Ele olhou para o chão um tanto triste.
- ...
- Quarenta e cinco minutos é muito, Dougie! Quase uma hora te esperando! – Reclamou.
- Foi mal, mas é que a joalheria estava lotada e eu queria te dar isso hoje. Além disso, tive que dar um jeito de despistar as fãs. - Ele disse, emburrado.
- Me dar o quê?
- Isso. – Ele jogou uma caixa retangular na cama dela, emburrado. – Pensei que seria legal, sabe... - Ela abriu a caixa e viu um cordão de prata com um pingente escrito Dougie. - Na próxima eu procuro chegar na hora... – correu e o abraçou forte.
- Foi linda a sua intenção! Eu amei! Me ajuda a colocar. – Ela levantou o cabelo para que ele pudesse colocar o cordão. Ele começou a beijar o pescoço da menina. – Dougie, dá para colocar o cordão?
- Estraga prazeres. – Resmungou, colocando o cordão no pescoço da namorada.
- Como você pensou nesse presente?
- É que eu nunca tiro o meu. – Ele tirou de dentro da camisa um cordão com o nome dela. O cordão que ela dera quando ele estava indo embora... – Assim teríamos os dois.
- Eu amei e, afinal, para onde vamos?
- Há! Eu tenho uma dica. – Ele tirou da mochila, que estava em seus ombros, uma camisa do Blink. Ela reparou que ele mesmo estava com uma camisa do Blink por cima de uma camisa branca de manga comprida. - Essa é sua. Nós vamos a um show do Blink!
- Dougie, meu amor, detesto te desanimar, mas o Blink acabou.
- Há! Isso que você pensa!
- Para onde vamos, afinal? – perguntou para Danny depois que desligou o computador.
- Vamos fazer algo que eu costumava fazer muito. – Respondeu, enigmático.
- Não é nenhuma bobagem, é? Olha lá, Daniel! – Advertiu .
- Não é besteira, juro. É algo que eu costumava ver muito.
- Boxe? Você vai me levar para uma luta de boxe? – Ela não gostava de briga, nem do ambiente daquelas lutas.
- Está doida? Ai, ser namorado de fã é uma droga. – Ele suspirou, fingindo cansaço. bateu em seu braço. – Brincadeira, pequena! Vou te levar para ver um jogo do Bolton.
- Mas o Bolton vai jogar aqui?
- Não. Eles têm um jogo em Bolton, amanhã.
- Quando eles vão jogar aqui, então? Você disse que ia me levar.
- Pequena, eu falei com o George... Você sabe quem é o George? – balançou a cabeça afirmativamente. Lembrava das músicas “Look At The Sky” e “Forget All You Know”. – Ele está lá em Bolton e pedi para ele conseguir ingressos para a gente.
- Mas é em Bolton, Danny. – Replicou sem entender nada.
- Se sairmos em uma hora, chegamos lá para dormir. – Disse Danny, olhando o relógio.
- E vamos dormir onde? Na casa da sua mãe?
- Está louca? Eu reservei um hotel também. – Afirmou, orgulhoso de si mesmo.
- Eficiente o senhor, hein, Danny Jones?
- Só quando eu quero. - Respondeu rindo. – Pega algumas roupas e vamos lá em casa que vou buscar as minhas.
- E a nossa noite do sorvete? – Perguntou . Eles tinham planejado uma noite do sorvete.
- Assim que chegarmos ao hotel nós pedimos um monte de sorvete. Que tal? – Ele a olhava como uma criança.
- Ótimo! Eu vou deixar um bilhete para as meninas e ligar para a . Não quero mais nenhum incidente como o do zoológico.
- Nem eu. Eu também me adiantei e mandei mensagem para o Harry e para o Tom.
- Então, vamos para Bolton! – o abraçou e ele a levantou no ar.
- Você tem certeza que quer aprender cricket? – Perguntou Harry pela trigésima vez.
- Óbvio que quero. – Respondeu. – Até coloquei a roupa.
Harry tinha conseguido uma roupa para a menina. Surpreendentemente tinha dado direitinho.
- Para começar, vou te mostrar o que eu faço. Vai para lá. – Ele apontou para um montinho de areia. – Joga a bola que vou rebater.
- Só isso?
- De início, sim.
Ela ficou jogando e Harry rebatendo por um bom tempo.
- Você tem um bom braço, princesa. – Elogiou Harry.
- Obrigada e você é ótimo.
- Obrigado. Quer parar?
- Não! – Negou, já pegando outra bola. - Quero jogar mais, eu gostei. Eu só vou dobrar um pouco essa camisa. Só estamos nós dois mesmo e, acredite se quiser, eu estou com calor.
Ela dobrou a camisa e jogou a bola com um pouco mais de força. Harry, que estava um tanto... Distraído com a camisa dobrada da menina, tomou a bolada direto no rosto.
- HARRY! – Ela correu até o namorado.
- Eu estou bem. – Assegurou o rapaz, com a mão no olho esquerdo.
- Vou pegar gelo.
Algum tempo depois...
- Que encontro lindo. – ironizou. – A desastrada da sua namorada te carrega para jogar cricket e te acerta no rosto.
- Apesar de tudo, eu gostei. - Ele viu a cara de incrédula da namorada pelo olho direito, já que o esquerdo estava com uma compressa de gelo. – Nunca tive uma namorada que se interessasse por cricket.
- Mas é tão legal! Gostei muito de jogar, mesmo te machucando. Quer dizer, depois de ter te machucado, acho que minha carreira terminou.
- Eu que fui tarado demais e fiquei olhando para você e me ferrei. – Afirmou rindo. – Nada que muito cuidado seu não cure. - Ela riu. - Me desculpa por hoje, ? Eu nem te dei atenção no telefone.
- E eu logo gritei com você.
- Por isso que damos certo, nós brigamos e logo fazemos as pazes. – Ele tirou o gelo e ela pôde ver o roxo como se ele tivesse tomado um soco.
- Será que um dia nós deixaremos de fazer as pazes?
- Só se um de nós morresse. – Ela deu um soquinho nele. – Quer me machucar mais, é? Brincadeira. Não faz essa cara, , foi brincadeira. Nós vamos juntos até o fim do mundo.
- Que bom que você falou isso porque eu tenho uma proposta. Não é de ir ao fim do mundo, mas ir ao Brasil conhecer minha família no Natal. - Disse diminuindo o tom de voz, apreensiva com a resposta.
- Tudo bem. – Ele respondeu, dando de ombros.
- Tudo bem?
- Está mais do que na hora de conhecer seus pais.
- Está? – Pausa para a cara de choque da menina.
- Isso mostra que você me leva a sério. – Ele sorriu para ela, puxando-a para si. – Que você leva o nosso namoro a sério.
- E isso é bom?
- Claro! Porque eu levo o nosso namoro a sério e saber que você também leva me deixa mais seguro sobre o futuro. - Ela não falou nada, apenas ficou pensando no que ele disse sobre o futuro. - Vamos para casa. – Pediu Harry. – Estou cansado.
- É melhor irmos logo. Não vai ter ninguém lá em casa, vou aproveitar para descansar.
Ele se desvencilhou dela um pouco.
- Tudo bem... Mas eu estava pensando em você ir lá para casa.
- Você disse “irmos para casa”, supus que era cada um para sua.
- Quis dizer ir para minha casa que também é um pouco sua casa. – Respondeu Harry, um pouco inseguro. - Ou como quero que você pense nela. Se você não quiser ir...
- Eu quero! Vamos logo, Harold.
- ... ... , o filme acabou. – Tom sacudia a namorada que dormira em cima da mesa durante o filme.
- Já acabou? Ah, estava tão legal! – Exclamou , bocejando.
- Aham... Finge que acredito. – Disse Tom. – Achei que você gostasse de Star Wars...
- E eu gosto! – Ela logo se a apressou a dizer. – Mas não sou fã... Preferia passar uma noite só nós dois em um lugar calmo.
- Pois eu vou me redimir!- Avisou Tom. – Essa você vai gostar, tenho certeza.
- Ai... Para onde você vai me levar agora? – Perguntou , um tanto apreensiva. Os dois já estavam perto do carro.
- Para o parque. – Respondeu.
- É para aquele parque que eu estou pensando? – Ela olhou desconfiada para Tom.
- Aquele em que fomos ver as estrelas. – Ele tentou falar de forma inocente, como se não lembrasse o que tinha acontecido no parque, mas não conseguiu já que logo suas bochechas ficaram totalmente vermelhas. – É aquele parque sim.
- Você é um péssimo mentiroso, Thomas. Você não lembra o que aconteceu lá?
Ele abaixou a cabeça.
- Não. Eu não me recordo muito bem.
- Mentiroso! – Ela deu um tapa no braço do namorado, rindo. – O que vamos fazer lá?
- Piquenique e depois tenho uma surpresa.
Os dois chegaram ao parque e ele tirou da parte de trás quatro pacotes do McDonalds.
- McDonalds? Que romântico. – Brincou .
- Nem vem. Passei o dia enrolado com umas coisas da Carrie, eu ia fazer, só que faltou o tempo.
- Eu gostei. Não é clichê tipo cesta de piquenique e violão para tocar serenata... - Ela logo parou de falar quando viu Tom tirar seu violão, todo sem graça.
- Deixa para lá. – Ele colocou o violão de novo no banco de trás.
- Não, Tom, eu gosto de clichês. - Ela tentava, um tanto desesperada. - Clichês são legais.
- Você acha besteira. Achei que seria uma coisa legal, sabe. A me disse que garotas gostam muito disso, então pensei em tocar para você... Esquece.
- Não mesmo. Eu quero serenata! - Pediu fazendo bico. - Nunca fizeram serenata para mim e a teve duas.
- Tudo bem, mas não ri. Aprendi uma música em português para tocar.
Ela se sentou na toalha que estava estendida, ansiosa pela música.
Ele começou os primeiros acordes de Não precisa mudar de Ivete Sangalo. Ele tropeçou na letra, se enrolou no português, mas ela não teve vontade de rir, apenas de abraçá-lo cada vez mais forte para que ele não fosse nunca embora.
“ Não precisa mudar
vou me acostumar ao seu jeito
Seus costumes seus defeitos
Seus ciúmes suas caras
Para que mudá-las?”
Ele estava concentrado em tocar e ela o admirava.
Quando terminou, ficou olhando para a namorada que tinha os olhos marejados.
- O que achou?
- Eu vou para o Brasil. – Respondeu .
- Tão ruim assim?
- Não. – Negou rindo. Tinha bancado a louca e seu namorado não tinha entendido nada. - A música ficou linda, amor. É que eu estava me remoendo com esse assunto e acabou saindo.
- Você vai para o Brasil? – Ele engoliu em seco. – Como assim?
- Eu vou, e você, se quiser, vai também. - Afirmou a menina, mexendo nos cabelos, tensa. – Minha mãe te convidou para passar o Natal com a gente porque vou voltar para passar com a minha família.
- Ela me convidou? – Agora ele tinha ficado surpreso. Não imaginou que a mãe de soubesse que ele existia.
- Disse que faz questão que você esteja lá.
- Se a senhora faz questão... Quem sou eu para dizer não?
- Sério? – não conseguia acreditar. Tom balançou a cabeça em sinal afirmativo. - Ah, Tom, você não existe. – Ela pulou nele dando beijinhos em seu rosto – Você é o melhor namorado do mundo!
Dougie parou o carro em frente a um pub.
- O que estamos fazendo aqui? – Perguntou .
- Vamos ver um show do Blink. – Respondeu Dougie com os olhos brilhando.
- Mas o Blink...
- Acabou. Eu sei, amor. - Falou dando-se por vencido. - Essa banda faz cover do Blink. Já que eles acabaram, eu me contento com os fakes. Pelo menos, eles são a cara.
- Sério?
- Yeap. Vamos? – Ele saiu do carro e o seguiu.
Os dois entraram em um pub repleto de gente. Sentaram em uma mesa próxima do palco. Três homens subiram ao palco. Se não soubesse que Blink tinha acabado, poderia jurar que Travis Baker, Tom Delonge e Mark Hoppus estavam ali. Os caras eram impressionantemente iguais. Apenas o “Tom” não possuía a tatuagem e “Travis” não tinha tantas tatuagens quanto o original. Fora isso, eram iguais.
Eles tocaram “Stay Together For The Kids”, “Mutt”, “Josie”, “Anthem part 2” e “Dumpweed”. Dougie tinha pulado da cadeira logo na primeira música.
o acompanhava, igualmente animada.
Eles diminuíram o ritmo e começaram a tocar “I Miss You”.
- Vem cá. – Chamou Dougie e ele a abraçou, dançando juntinho. Quando a música terminou, sorriu e o beijou. Nem em seus mais loucos sonhos imaginara aquilo. - Já volto. – Disse Dougie, sumindo na multidão.
sentou-se à mesa, bebendo sua água. Dougie tinha saído há uns dez minutos. Começou a pensar bobagem. “Será que ele encontrou alguma garota e está se agarrando pelos cantos enquanto a idiota aqui fica esperando?”
- Boa noite! – Ela olhou e viu Dougie no palco junto com o “Blink”. Várias garotas começaram a gritar. - Eu pedi um favorzinho para o Blink e eles concordaram. Eu queria dedicar essa música para uma pessoa muito especial na minha vida.
Dougie começou a tocar “Always” acompanhado pela banda e quis agarrá-lo ali mesmo, e se socar por ter desconfiado do namorado.
Optou por sentar e ouvir a música.
Quando a música acabou, ele sumiu nos bastidores e ela foi atrás.
Procurou por Dougie por tudo que era canto. Parou um pouco perdida naquele monte de gente, alguém a abraçou pela cintura e cantou em seu ouvido.
- Come on let me hold you, touch you, feel you…always. Kiss you, taste you…all night…always (Deixe-me te abraçar, te tocar, te sentir… Sempre. Te beijar, te provar… A noite inteira… Para sempre). – Ela virou e deu de cara com Dougie.
- Opa! Só se for agora. – Disse , beijando o rapaz.
A viagem foi mais tranqüila do que imaginava que seria. Eles foram conversando, trocando histórias da infância, ouvindo música. Chegaram ao hotel com suas pequenas malas e fizeram o check in.
- , vai subindo que eu já estou indo.
subiu e se surpreendeu com o quarto. Era lindo. Uma linda suíte com uma cama king size de lençóis de seda azul.
- Uau! – Se jogou na cama. Alguém bateu na porta e ela levantou para abrir. Deu de cara com Danny empurrando um carrinho cheio de potes de sorvetes. - Uau!
- Eu prometi uma noite do sorvete.
- Vamos comer? – Perguntou .
- Claro.
Eles ligaram a televisão e estava passando o filme O Diário de Bridget Jones.
- Lembra quando vimos esse filme? – Perguntou .
Danny sorriu.
- Dougie e Harry estavam passando mal. Vocês foram até lá, eu tinha acabado de sair do banho, nós lanchamos e ficamos zapeando pelos canais quando paramos nesse filme. – Ele lembrava, fazendo carinho na bochecha da namorada – Você me olhou fazendo aquela carinha linda e não pude resistir.
- Pois é... Minha carinha é irresistível. – se gabou e Danny jogou sorvete nela. – Agora preciso tomar um banho.
- Mas o sorvete vai derreter! – Reclamou Danny.
- Se eu não tomar banho vou ficar com o cabelo todo melado. – Ela disse, já entrando no banheiro.
Dois minutos depois...
- DANNY?
- OI, PEQUENA! – Respondeu enfiando uma grande colherada no sorvete de brigadeiro.
- EU ESQUECI O SHAMPOO. PEGA PARA MIM?
- ESTÁ NA MALA?
- AHAM.
- VOU PEGAR.
Ele remexeu na mala da namorada e encontrou uma lingerie preta. Engasgou com o sorvete, mas se controlou e pegou o shampoo.
Bateu na porta e ela apareceu enrolada na toalha.
- Está aqui. – Ele entregou o shampoo sorrindo.
- Que sorriso é esse?
- Felicidade pela nossa viagem. – Justificou, omitindo a parte da lingerie preta.
Dez minutos depois...
- DANNY?
- OI, PEQUENA! – Respondeu dando a última colherada no sorvete de brigadeiro.
- ESQUECI A ROUPA! PEGA PARA MIM?
- PEGO, SIM. – Ele correu para a mala, animado. Pegou a lingerie preta.
Bateu na porta e abriu.
- O que isso, Danny?
- A roupa que você pediu. Estava na sua mala! – Respondeu feliz da vida.
- Danny...
- O quê?
- Essa lingerie é da !
- AI, MEU DEUS! – Ele jogou a lingerie longe.
começou a rir.
- POR QUE VOCÊ TROUXE ISSO?
- Porque essa mala é dela.
- E o que você está fazendo com ela? – Ele perguntou, pegando a “roupa” com a pontinha dos dedos.
- Porque eu só tinha mala grande e a tem essa mala pequena. Hum... Foi essa mala que ela levou com as roupas para a casa do Harry. - Ela riu, tirando a lingerie da mão do namorado. - Acho que ela esqueceu isso.
- É... – Ele concordou, desanimado. pegou a roupa e voltou ao banheiro. - Pequena, vem logo. – Danny chamou. O sorvete começara a derreter.
saiu do banheiro e Danny derrubou as batatas-fritas que pedira no chão.
- Meu Deus... - Murmurou.
- Minha lingerie é branca, Daniel...
- Muito boa...
Ela colocou uma camisa cumprida por cima.
- Ah, pequena, tira... – Danny pediu, babando.
- Depois... Depois... – Ela pegou a batata-frita e passou no sorvete.
- Hey! – Danny reclamou.
- Amar é dar suas batatas sem esperar as batatas da pessoa em troca, Daniel. - filosofou.
- Humpf... - Danny resmungou. – Só não reclamo porque, se não, corro o risco de não ver nunca mais essa lingerie.
beijou o namorando, rindo.
- Está ficando esperto, hein, Danny Jones?
Capítulo 29
“Ainda vejo o luar refletido na areia
Aqui na frente desse mar sua boca eu beijei.” (Ainda Gosto Dela – Skank)
Eram quatro horas da manhã quando e Dougie saíram do pub onde estavam. O cover do Blink tocou até as três horas, depois disso ficaram sentados os cinco, conversando.
- Adorei o show! – Elogiou , chegando perto do carro e parando.
- Eu também. Só dá uma tristeza saber que eles acabaram. – Comentou Dougie, abrindo a porta. – Por que você está parada?
- Você não vai abrir a porta para mim, não? – Questionou , fingindo-se irritada.
- Não. – Ele respondeu, rindo.
Ela abriu a porta e entrou, batendo-a com força.
- Esse carro foi caro, sabe. – Disse Dougie, gargalhando.
- Idiota. - Ela de um soquinho nele, rindo. - Só porque a gente está namorando acha que não precisa mais ser romântico?
- Eu nunca fui o tipo de cara que abre portas. – Justificou, agora dirigindo e rindo. – E nem venha dizer que eu não sou romântico! Eu subi em um palco e cantei “Always” para você.
- É verdade. Você é maravilhoso!
- É, eu sei. – Concordou todo confiante. bateu nele de novo. - Que mania de me bater! - Ele parou o carro no acostamento. - Vem cá, minha estressadinha. – Chegou perto da namorada e a beijou.
- Eu não sou estressadinha. – Reclamou.
- Ok, para fora do carro agora, dona . – Ordenou Dougie.
- Para que, Dougie?
- Não questione minhas ordens, mocinha. Apenas obedeça.
Ela reclamou, mas tirou o cinto e saiu do carro. Dougie saiu também.
- E agora? – Perguntou.
Ele não falou nada só abriu a porta.
- Minha amada senhora, pode entrar.
entrou e ele fechou a porta.
- Por você eu sou romântico, minha estressadinha.
- Por que nós estamos vendo esse filme, mesmo? - Perguntou Harry, deitado no colo de .
- Porque esse filme é lindo. – Respondeu , sentada no chão.
Os dois tinham chegado ao apartamento de Harry, tomaram banho e pediram comida chinesa. Ficaram sentados no chão comendo yaksoba e agora assistiam “Antes do Pôr-do-Sol”.
- Se um dos caras me pega vendo esse filme, eu estou ferrado. Vão achar que me tornei gay, como o Tom. – Resmungou.
- O Tom é sensível, não gay, seu bobo. – Corrigiu a namorada, tirando a bolsa de gelo que estava no olho roxo de Harry.
- Então, namora ele.
- Se a concordar em dividir.
- Ah, é? – Harry se levantou e olhou para ela de cara feia.
- Claro, o Tom é lindo! Aquela covinha é super sexy. – Concordou , rindo.
- Você me largaria pelo Tom? – Perguntou Harry.
- Em um piscar de olhos. – Respondeu , fingindo seriedade. Ela segurou o riso e ele nem pareceu perceber.
- Ótimo! - Ele levantou, irritado, rumo ao quarto.
- Harry, volta aqui! – Pediu , rindo. Ele sumiu pelo corredor e ela levantou atrás. – Harold Mark Christopher Judd, volta aqui!
- Que é? – Ele colocou a cabeça para fora do quarto. – Vai atrás do Tom, ele é o namorado perfeito.
- Você levou isso a sério, Harold? Ah, Harry, eu te amo. - Ela tratou de acalmá-lo. - Nem em um milhão de anos eu te trocaria.
- Certeza? – Ele saiu do quarto. – Nem pelo sensível do Tom?
- Nem pelo sensível do Tom. – Ela colocou as mãos em volta do pescoço dele.
- Vem comigo. – Ele a puxou para a sala. – Vou te mostrar que posso ser tão sensível quanto o gay do Tom.
Ele a levou até a sala no momento em que Julie Delpy cantava “A Waltz for a Night”. Segurou uma das mãos da namorada, colocou a outra em sua cintura e começaram a dançar ali mesmo na sala.
e Tom caminharam pelo parque por um tempo e ele tocou mais um pouco só para ela. Vencidos pelo cansaço, foram para o apartamento dele.
- Sabia que em todo o tempo que a gente namora eu só vim na sua casa duas vezes? – Comentou enquanto entrava no apartamento do namorado.
- Sério? Que péssimo. – Tom se jogou no sofá e sinalizou para que a namorada sentasse perto. Ela se sentou ao seu lado. – Acho que é um bom momento para te dar isso. - Ele colocou a mão no bolso e tirou um chaveiro do mestre Yoda. - Fiz uma cópia da chave para você.
- Para mim? Oh, Thomas, você não existe. - Ela o abraçou.
- Pode tirar o chaveirinho do mestre Yoda, ok?
- Eu vou guardar, ele me lembra você. – Respondeu , deitando a cabeça no ombro de Tom.
- Um carinha verde, anão e de orelhas pontudas faz você se lembrar de mim?
- É. – Afirmou . – Algum problema?
- Não. É melhor ser comparado com o mestre Yoda que é fofo do que com um hipopótamo, como da última vez.
E ele passou a mão pelo ombro da namorada, puxando-a mais para si.
e Danny chegaram ao estádio, prontos para o jogo. Ele comprou uma camisa do Bolton para que ela usasse e ela a vestiu animadamente. Não pareceu importar-se com a quantidade de homens de cara pintada e sem camisa que gritavam.
O jogo começou e em cinco minutos o Bolton já tinha quase tomado gol duas vezes.
- Danny, qual o nome daquele de cabelo comprido? – Perguntou , gritando para ser ouvida além da multidão.
- Richard, ele é da defesa do Bolton.
- HEY, RICHARD, VOCÊ É UMA DROGA! ATÉ UMA VELHINHA MANCA, CEGA DE OITENTA ANOS FAZ UMA DEFESA MELHOR QUE A SUA! – gritou sem piedade. A torcida do Bolton ficou silenciosa.
- ! – Danny repreendeu, envergonhado.
Mas, de repente, a torcida toda começou a apoiar o grito de .
- Quem é aquele loirinho, pequeno?
- É o Jeff. Você não vai gritar de novo, vai?
- Não, só o achei bonito. – Danny fechou a cara. – Algum problema?
- Prefiro quando você grita com os jogadores, só isso.
riu.
Em trinta minutos de jogo ela tinha gritado com os zagueiros, artilheiros, defesa e centroavantes. Só não gritou com o goleiro porque ele era o Jeff.
Danny ria e, às vezes, gritava junto com ela.
- VAI BOLTON! – Ela deu um salto da cadeira quando Clide chutou para o gol do time adversário. – GOOOOOOOOOOOL! - Ela pulou no pescoço do namorado em comemoração. - 1x0 Bolton, pequeno. – Informou feliz.
- 10x0 para mim. – Informou Danny.
- No que?
- No quesito namorada.
Em meio à torcida eles se beijaram.
Dois dias se passaram e estavam quase todos reunidos no apartamento de Tom.
- Tudo certo para a viagem ao Brasil? - Perguntou , saindo da cozinha junto com .
- Aham. – Respondeu Tom. – Nós vamos quando mesmo?
- Dia 12 de dezembro. – Informou , cuspindo vários salgadinhos no tapete.
- Eca, ! Que nojo! Parece um dos garotos. – Reclamou . – E vê se para de comer, Deus!
- Essa é a minha namorada! – Dougie abraçou a namorada rindo e cheio de salgadinho na boca. – Falando em namorada, cadê a sua, Harry?
- Engole antes de falar, Dougie. Nojento. – Harry limpou a camisa cheia de pedaços de salgadinho. – Respondendo sua pergunta, ela está em uma sessão de fotos.
- Ah... Que legal. Que tipo de sessão de fotos? – Perguntou , animada.
Harry desmanchou o sorriso.
- Sessão de fotos de roupas de banho... - Ele pigarreou. -... Masculina.
Os seis começaram a rir.
- A está em uma sessão de fotos de roupas de banho masculina? – Perguntou Danny, ainda rindo.
- Sim. – Concordou Harry, nervoso.
- Você não está sentindo uma coceirinha na testa não, Harry? – Perguntou Tom. O rapaz fez que não. – Que bom. Seus chifres ainda não estão incomodando.
- Eu vou embora. – Harry levantou e abriu a porta, mas deu de cara com que parecia ter chegado naquele momento. – Oi, princesa.
- Oi. – Ela beijou o namorado e entrou. – Oi, gente. Sobre o que falavam?
- Sobre a sessão de fotos. – Disse .
- E sobre como o Harry é o maior corno da história. – Completou Dougie.
- Ah... Por isso essa cara? Harry, deixa de ser bobo. – Ela foi até o namorado que continuava na porta. – Aqueles modelos não têm graça nenhuma. Foi bem engraçada a sessão. Modelos fúteis de sunga e no meio da neve, foi hilário! Eu e Charlie encasacados e os modelos rolando na neve de roupa de banho. - Harry pareceu se acalmar e foi até a namorada, abraçando-a por trás. - Mudando de assunto, o que vamos fazer no seu aniversário, Dougie? – Perguntou .
- Boa pergunta. - Elogiou Dougie. - Não sei.
- Temos que pensar em algo, amor. – Incentivou .
- Podíamos fazer uma festa privada, só eu e você. – Disse Dougie, lançando um olhar pervertido para a namorada.
- Vocês podiam comemorar depois e podíamos, antes, fazer algo todos juntos. – Sugeriu .
- Sei que ninguém se lembrou disso, mas... E o meu aniversário? – Perguntou Harry.
- É mesmo! O aniversário do Harry é dia 23, nós já estaremos no Brasil. – Lembrou .
- Nós não vamos passar o Natal nem o aniversário do Harry juntos. – Disse Tom – Quer dizer, , Danny, e Harry estarão juntos, mas não o resto de nós.
- Eu tenho uma idéia! – e falaram juntas.
Os seis olharam para as duas.
- Está pensando o mesmo que eu, B1? – Perguntou .
- Eu acho que sim, B2. – Respondeu .
- O que é “B1” e “B2”? – Indagou Dougie.
- São os bananas de pijamas. – Explicou . – Eles falavam isso quando pensavam na mesma coisa. Faziam um sucesso grande no Brasil.
- Bananas de pijamas que pensam a mesma coisa faziam um grande sucesso no Brasil? - Perguntou Danny. - Vocês, brasileiros, são muito esquisitos.
- Cala a boca e deixe-as falarem. – Ralhou .
- Bom, corrija-me se estiver errada, , mas a idéia é comemorar o aniversário do Dougie e do Harry juntos...
-... Com uma ceia de Natal. – Completou .
- Exatamente. – Concordou .
- Que idéia fantástica! – Concordou Tom. – Todos a favor?
Todos levantaram a mão.
- Então, tudo certo. – Disse . – Nós podíamos fazer amigo oculto.
- Ah... Seria perfeito! – Apoiou .
- Todos a favor? – Perguntou Tom.
Todos levantaram a mão.
- Dia 30 é a nossa ceia. Não esqueçam.
- Tem que ter muita comida! – dizia, pegando mais salgadinhos.
- , o que você tem, amiga? Algum bicho te mordeu? – a olhava estranho.
- Não, só estou feliz e com fome! – Deu de ombros e comeu os salgadinhos.
- Vou pegar um papel para a gente tirar logo o amigo oculto. – saiu e logo voltou com papel e caneta.
Escreveram os nomes e em seguida fizeram o amigo oculto.
Capítulo 30
“Achei que nunca veria você
Achei que nunca conversaríamos
Achei que nunca iria ficar cantando canções de amor.” (Fidelity – Regina Spektor)
Era dia 28 de novembro e a casa das meninas estava uma loucura.
- , preciso ir ao supermercado. Vamos comigo? – Perguntou .
- Vamos todas! – Sugeriu . – Faz muito tempo que não saímos todas juntas.
- Concordo. Vamos chamar as meninas?
As duas subiram as escadas correndo, porém pararam no corredor.
- Sabe o que eu estava pensando?
- Cuidado, hein, ? Você não faz muito isso, corre o risco de se machucar.
deu um pedala na amiga, que continuou rindo.
- Estou falando sério, palhaça. Lembra aquela brincadeirinha?
- Qual? – Perguntou .
- Depois eu que sou a lesada. – Resmungou . - Estou falando da nossa “brincadeirinha”.
- Ah... Sei qual é. Vamos logo!
As duas entraram no quarto de , que dormia enrolada no edredom, abraçada com o macaco que Danny deu.
abaixou e falou no ouvido de .
- , acorda! O Danny foi visto correndo pelado pelo Hyde Park.
- O QUÊ? – pulou da cama. e ficaram rindo. – Aquela brincadeirinha sem graça de novo... Que droga! Quero fazer com a .
As três entraram no quarto de que dormia de barriga para cima.
- Vai lá, .
- , o Tom está do lado de fora da casa peladão, fazendo uma serenata para você. Vem rápido!
- THOMAS! – não só pulou da cama como abriu a janela e meteu a cabeça para fora. Ela olhou por um tempo, para constatar que era brincadeira. - Brincadeira sem graça. – Resmungou, sentando-se na cama. – O que vocês querem aqui?
- Vamos sair às compras! – Anunciou .
Dougie, Harry, Tom e Danny estavam ensaiando algumas músicas para o novo CD.
- Gostei de como ficou. – Elogiou Tom.
- É... Legal. - Concordou Danny, meio desanimado.
- Aconteceu alguma coisa, dude? – Perguntou Harry.
- Não sei o que dar para a de Natal, só isso.
- Sofro do mesmo problema. – Disse Dougie colocando o baixo no suporte. – Nada parece bom o suficiente, criativo o suficiente.
- Também. – Concordou Harry. – Com a Izzy era mais fácil, dava um cordão de ouro e ela ficava feliz.
- Eu sou o único que sabe o que vai dar para a namorada? – Perguntou Tom, incrédulo.
- É! – Gritaram os três.
- O que você vai dar, Tom? – Indagou Harry, sentando no chão.
- Segredo. – Disse Tom. – Mas posso ajudar vocês.
- Pode? – Danny parecia mais feliz.
- A gente sai mais cedo e vai às compras. Com certeza, a gente acha algo.
- Ok. – concordou Dougie, desanimado.
- Ok, , porque seus olhos brilham tanto? – achou suspeito.
- Eu QUERO essa pipoca de microondas de BACON! – babava no pacote.
- Ah, não, , você odeia essa pipoca, além do mais ela fede! – puxava a amiga.
- Não, , eu QUERO mesmo a pipoca! – Voltou correndo e pegou cinco pacotes de pipoca de bacon.
- Você é estranha! – deixou o comentário no ar e fingiu que não escutou e jogou os pacotinhos no carrinho.
- Leva chocolate. – colocava mais uma vez cinco barras dentro do carrinho.
- Não! – e tiravam mais uma vez.
- Mas eu quero! – Ela protestava. – Me ajuda, !
- Você está sozinha nesse momento, amiga. – Anunciou .
- Estamos todas de dieta para o verão. – Informou . - Tenho que estar gostosa para o Dougie.
- Está planejando reencarnar nesse meio tempo? – Perguntou que foi atacada por um saco de miolos de frango. – AH... QUE NOJO! VOU FICAR CHEIRANDO A MIOLO!
- Mereceu. – Resmungou . – Suas usurpadoras da felicidade alheia.
- Sua felicidade depende de chocolate, ? – Perguntou . – O Harry está negando fogo?
começou a rir descontroladamente, atraindo a atenção de todos no supermercado.
- Não. É porque chocolate tem muito açúcar... Açúcar da energia para... Hã... Viver feliz. – Respondeu corando e colocando os chocolates mais uma vez no carrinho. – Deixem a amiga de vocês feliz.
- Ah, deixa a nossa criança feliz. – Disse .
riu mais.
- Criança feliz aqui só o Dougie. – Informou . – Eu sou pré-adolescente feliz.
- Eu estava pensando, se o Dougie é uma criança, a é pedófila? – Perguntou , lançando uma das suas filosóficas perguntas.
- Não, porque a e o Dougie são crianças, então é sacanagem infantil mesmo. – Explicou . – Resumindo... São crianças pervertidas.
- Falta de abraço na infância. – Disse .
- Para a informação, a sacanagem não tem nada de infantil. – Disse , toda vermelha.
- Uh... Que menina selvagem. - Disse um senhor passando.
- Ô, moço, vai procurar mulher no museu! A sessão de múmias deve ter umas gatinhas para o senhor. – Disse .
- Que tarado! – Disse . – Que vergonha, moço.
- Ih... Esse é fogo de palha. – Retrucou .
- Há! Ele fala demais. Aposto que a pipa do vovô não sobe mais. – Disse e as três começaram a rir.
O velho saiu de lá, envergonhado.
- Ok... Depois de ter ficado traumatizada, provavelmente para o resto da vida, acho que é hora de ir embora. – Sugeriu .
- Vamos... Vamos. – saiu empurrando o carrinho até o caixa.
Chegaram ao caixa e passaram as compras.
tirou um cartão da carteira.
- De onde é esse cartão, dona ? – Perguntou .
- É do Danny. Ele me deu para pagar as compras. - Informou , toda feliz.
- Pelo menos isso, ele come e bebe de graça na nossa casa. – Disse .
- Cruzes! Está virando mão-de-vaca? – Perguntou .
- É que ela está chateada porque o Danny comeu o sanduíche que ela tinha deixado na geladeira. - Disse .
abaixou a cabeça.
- É... Hã... ... Não foi o Danny. Eu... Comi.
ficou furiosa.
- VOCÊ COMEU O MEU SANDUICHE?
- Eu cheguei com fome aí... Comi. - Explicou.
- Mas eu deixei um papelzinho em cima.
- Tinha papelzinho? Ih, eu comi também. Não me mata, por favor!
e riam.
- Só não te mato porque você é tão esfomeada que até papel come.
- Obrigada. – Agradeceu .
- Vamos logo, cambada! – chamou e elas seguiram.
Passaram por uns carros onde uma mulher saía com seus filhos e ficou parada olhando.
- Eles são lindos, não são? – Perguntou .
- Aquele da esquerda é vesgo. – Disse . – E o outro tem a maior nareba. Lindos aonde?
- Ai, , sua insensível. – deu um tapa nela. – São muito fofos.
- Já imaginou ter alguns desses? – Indagou . – Pequenos Tom Fletchers correndo pela casa.
- Imagina os filhos do Danny? Saem correndo e batem a cara na parede, aí andam mais um pouco e tropeçam, depois vão correr e dão de novo com a cara na parede. – mais uma vez apanhou de .
- Você está tão engraçadinha. Estou morrendo de rir. – falou irônica. – O Danny seria um ótimo pai. O que acha, ?
- Seria... Não sei... Assustador.
Sem falarem mais nada, voltaram para a casa.
- Aqueles livros velhos são a cara da . – Disse Tom.
- Está chamando minha namorada de acabada? – Harry fez cara feia.
- Não. Estou chamando de esperta, seu estressado. Ela gosta dessas coisas.
- Quero algo que diga: “Eu quero ficar com você pelo resto da minha vida, sem pressão.”
- Vai ter que ser um presente grande para tantas palavras. – Disse Dougie.
- Ou um muito bom para convencê-la a ficar com você para sempre. Estão juntos há uns seis meses e já brigaram umas duas vezes.
- Aquele relógio é a cara da . – Disse Tom.
- Aquela blusa também. – Disse Harry, apontando para uma blusa super decotada. – Ela fica bem nisso.
- Hey, pára de olhar para a minha namorada, seu pervertido! Se não, eu te soco.
- É melhor eu parar... Não quero que você soque meu joelho e eu tenha que fazer outra cirurgia.
- O Harry não é ninguém para falar nada. – Reclamou Danny.
- Por quê? – Indagou Harry.
- Eu descobri aquela lingerie preta da ...
- Você viu? Como?
- A usa essas coisas? – Perguntou Dougie. – Eu imaginava que ela usava aquelas calçolas de velha. Que legal!
- Pára de imaginar minha namorada, Dougie! – Ordenou Harry. – Se não, vou começar a falar da também.
- Vocês poderiam parar de discutir como crianças? - Pediu Tom. - Temos compras para fazer!
- Só tira uma dúvida minha, Tom. – Pediu Danny. – Quando você era criança... Você discutia a lingerie da sua namorada?
- Safadinho. – Disse Dougie. – Essa cara de bonzinho é só fachada.
Tom ficou vermelho como um tomate.
- Não vou comentar. – Murmurou Tom, envergonhado.
- Continuando, e a , Danny? – Perguntou Dougie.
- Branca, cara, branquinha. – Informou sonhador.
- Seus pervertidos. – Resmungou Tom.
- E a , Tom?
Ele virou e olhou para os amigos. Sorriu vitorioso.
- Vermelha.
- Uau. – Disse Danny. – E a , Dougie?
Ele abriu um sorriso maior ainda.
- Ela não usa nada. – Respondeu e saiu andando.
- NÓS TEMOS UM VENCEDOR! – Gritaram os outros três. – Dougie, seu sortudo desgraçado.
- Agora já chega. Vamos continuar as compras. – Disse Harry.
As meninas chegaram em casa, guardaram as compras e se sentaram no sofá.
- Esse dia está sendo ótimo. – Disse .
- Fazia tempo que não ficávamos só nós quatro. – Disse .
- Eu senti falta. – Murmurou . – Tudo bem, ?
- Não... Sim... Quer dizer, eu não sei.
- Como assim? Seja específica. – Pediu .
- É que eu... Hã... Estou atrasada.
- Ué, vai logo. A gente guarda o resto das compras. – Disse .
- Não é atrasada de atrasada, . – Insistiu .
- É atrasada de que, oras? Eu só conheço esse “atrasada”.
- Ô, inocente. – bateu em . – Ela disse atrasada em relação à menstruação dela que ainda não desceu.
- VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA? – gritou.
- , a Miss Sutileza. – Resmungou . – Como isso aconteceu, ?
- Foi no London Eye? Eu sabia! Sexo sem camisinha só dá problema! Ai, Jesus, como você vai fazer? Será que alguém gravou? Será que por causa das circunstâncias o bebê vai nascer com algum problema? Eu sabia que ia dar droga...
- Cala a boca, ! – disse com os dentes cerrados e com os olhos fechados.
- Ai, calei, sua chata. – se jogou no sofá e ficou calada de braços cruzados.
- Não foi no London Eye. – Assegurou . - Não sei exatamente quando foi, mas é recente porque faz pouco que eu não mênstruo.
- Vou à farmácia agora e compro o teste. – Disse .
- Eu tenho. – Afirmou . Elas olharam para ela. – Ai, gente, não me olha assim. É só que eu tive que fazer um trabalho sobre gravidez...
- Aham... Aham... Só vou fingir que acredito porque preciso fazer esse teste urgentemente.
- Ai, senhor, qual será o resultado? – Indagou , apreensiva.
- Logo, logo a gente descobre.
Capítulo 31
“E nós estamos vivendo tantas coisas não ditas
E nós estamos respirando profundamente de preferência
E nós estamos vivendo tantas coisas não ditas” (Unsaid – The Fray)
As meninas correram para o banheiro com o teste.
- Deixa eu ver se entendi... Tenho que fazer xixi nesse palitinho aí, depois de três minutos, eu vejo o resultado. – apertava a caixa em suas mãos, amassando-a.
- Só não quebra o palitinho, amiga. – Aconselhou , encostada na porta do banheiro.
- Faz logo. – Pediu – Estamos tensas aqui.
- Vocês podem sair? Eu não me sinto bem fazendo xixi com público.
- Já estamos saindo. – Disse e as três se retiraram.
Logo saiu do banheiro segurando o palitinho.
- Agora só temos que esperar. – Disse , ajustando o relógio.
Mas três minutos pareceram três horas. As quatro olhavam para o teto sem coragem de olhar para o palitinho que, sem saber, definiria a vida de todas elas. Querendo ou não, todas estavam juntas naquilo.
O relógio apitou, dando o sinal de que os três minutos acabaram.
- Olha alguém, eu estou sem coragem. – Pediu .
pegou o palitinho e olhou.
- Dois traços. Você não está grávida. – Disse .
suspirou. No fundo, esperava estar grávida.
- Gente, sem querer ser estraga-prazeres, mas aqui na caixa diz que dois traços indica gravidez. – Disse , que estava com a caixa no colo.
- Isso quer dizer que... – parou de falar.
- Parabéns, amiga, você vai ser mamãe! – Disse , abraçando que continuava sem reação.
- NÓS VAMOS SER TITIAS! – e começaram a pular – SEREMOS TITIAS! TITIAS! TITIAS!
- Eu vou ser mãe... – A futura mamãe murmurou, abraçando a caixa e sorrindo.
- Vem para o papai. – Dizia Dougie para Zukie, sem saber da realidade de sua situação.
- Dougie, a gosta do Zukie? – Perguntou Harry.
- Ela diz que é lindo.
- Perto de você até o lagarto é lindo. – Disse Danny enquanto jogava palhetas para o alto.
- Mudando de assunto: já compraram o presente do amigo oculto? – Indagou Tom.
- Yeah! – Confirmou Danny – Quem vocês tiraram?
- É amigo oculto, bestão! – Reclamou Harry - Não podemos falar.
- Eu estou animado para esse meu aniversário. Acho que será o melhor de todos.
O que Dougie não sabia era que o seu aniversário estava destinado para grandes surpresas.
Capítulo 32
"Eu quero uma mãe que segure minha mão,
e que me faça sentir como se estivesse de férias.
Uma mãe que me deixe na cama à noite,
e que espante os monstros para longe.
Eu quero uma mãe para ler histórias para mim
e cantar uma canção de ninar.
E se eu tiver um sonho ruim,
me abraçar quando eu chorar." (I wanna a mom that last forever – Cindy Lauper)
O dia 30 de novembro chegou rápido. fez o teste médico que confirmou a gravidez, e ela planejou contar a novidade no aniversário do rapaz.
A ceia tinha sido combinada para às sete horas. Nesse meio tempo, as meninas fizeram a comida enquanto os meninos ficaram responsáveis pelas bebidas (álcool foi proibido por razões óbvias, porém não reveladas a eles) e pela decoração.
Dougie achou esquisito o fato de estar distante, mas creditou isso ao excesso de coisas a serem feitas.
Lá pelas cinco horas tudo estava pronto e cada um foi para sua respectiva casa para se arrumar.
- Uau! Que isso, hein, ? – Brincou quando apareceu em seu quarto vestindo um vestido verde, curto, e botas de cano alto.
- Pára, eu estou com vergonha. – Ela ficou vermelha – Você viu a ?
- Está no quarto dela. – Informou .
- Não está não. Fui lá agora.
- Deve estar tomando banho, sei lá. , você está nervosa?
sentou na cama da amiga.
- Muito. É um misto de muitas coisas, ainda não assimilei o fato de que serei tia. E você?
- Demais. – Afirmou enquanto amarrava o vestido azul. Sentou na cama e calçou as sandálias.
- Nada cabe em mim! – chegou no quarto desesperada. – Eu ia vestir minha calça jeans nova e ela não cabe em mim!
Ela sacudiu a calça na frente das meninas.
- Antes de tudo, você está com a calça da na mão. - Respondeu - Óbvio que ficaria pequeno em você, sua lunática.
- Você ainda não engordou, . Fica calma. – Acalmou .
- Estou desesperada, gente, é hoje que vou contar. Isso é assustador!
- Vai dar tudo certo. – Afirmou . – Estamos aqui para tudo!
- Gente, alguém viu minha calça? – chegou no quarto de calcinha e com a camisa vermelha que usaria – Ah, está aqui! Fiquei como uma louca procurando.
Às sete e meia os McGuys chegaram à casa das meninas, todos bem vestidos.
- Boa noite, princesa. – Harry abraçou a namorada por trás. – Você está linda, sabia?
- Obrigada. – Ela ficou vermelha. – Você também está lindo!
- Boa noite, pequena. – Danny virou , empurrando-a na parede – Feliz Quase-Natal.
- Feliz Quase-Natal para você também, pequeno. – Ela colocou os braços em volta do pescoço do namorado.
- Sosseguem vocês aí. – Tom passou pelos dois, dando um pedala em Danny. Abraçou a namorada. – Oi, querida.
- O que acha da minha roupa? – Perguntou .
- Perfeita, como sempre! – Respondeu Tom.
Dougie chegou até a cozinha onde estava.
- Oi, amor. – Ele cumprimentou e ela virou, carregando vários potes. Quando o viu ela tropeçou e caiu, assim como os potes. – !
Ele correu e a pegou no chão.
- Está tudo bem, amor?
- , está tudo bem? – correu até a cozinha, acompanhada de Danny.
, Harry, e Tom chegaram logo depois.
- Como está o nosso amiguinho? – Perguntou .
- Ele está bem. – Respondeu , envergonhada.
Dougie esticou a mão e ajudou a namorada a levantar.
- Que amiguinho? – Perguntou o garoto.
- É o Robert. – Respondeu .
- Quem é Robert? – Perguntou Danny.
- O nosso... Hã... A nossa lagartixa de estimação. – Respondeu .
- Vocês têm uma lagartixa de estimação? – Indagou Harry para a namorada.
- Nós pensamos em ter um cachorro, mas a lagartixa saiu mais barata. – Respondeu .
- Eu estou com fome. – Reclamou Danny.
Todas as meninas respiraram aliviadas e agradeceram mentalmente pelo estômago de avestruz de Danny.
Sentaram-se à mesa e começaram a ceia. Eles conversavam e comiam.
Os meninos fizeram até um joguinho com uvas que participou. Eles faziam as bocas de alvo e jogavam as uvas.
não conseguiu comer direito.
- Amor, está tudo bem? – Perguntou Dougie, acariciando a mão da namorada.
- Está. – Respondeu sem muita força – Dougie, será que podemos conversar?
- Claro. – Ele começou a levantar.
- , a gente poderia...? – começou a perguntar, mas entendeu.
- Pode sim. Eles precisam saber.
Ela saiu da sala de jantar e foi para fora da casa.
- O que precisamos saber? – Indagou Tom, curioso.
- É que... – pensava nas melhores palavras.
- Ela está grávida. – Disse .
- Miss Sutileza. – bateu na amiga.
- A está grávida do Dougie? Tipo, um mini Poynter? – Harry tentava assimilar a situação.
- Mini-Mini Poynter. – Corrigiu Danny. – O Dougie já é mini.
- Meu Deus, o Dougie será pai! – Exclamou Tom.
- Não imaginava que seria o primeiro... – Murmurou Harry – Para mim o primeiro seria o Tom, sei lá...
- Que presentão de aniversário. – Elogiou Danny.
- Se eu viesse dizendo que estava grávida no seu aniversário, o que você faria? – Questionou .
- Eu seria o cara mais feliz do mundo, pequena. – Respondeu Danny, se esticando e dando um beijo na ponta do nariz da namorada.
- Só espero que esteja tudo bem lá fora... – Sussurrou , tentando olhá-los pela janela.
- , aqui está frio. – Disse Dougie ao sentar no degrau da escadinha em frente da casa.
- Prometo ser rápida. – Ela respirou fundo. – Dougie...
- Você vai terminar comigo no meu aniversário? – Ele perguntou, mostrando seu medo.
- Terminar? Não, Dougie, é claro que não. – Negou, tentando sorrir. – Na verdade, a situação é outra...
- O que houve? – Ele estava menos tenso, mas ainda nervoso.
- Sabe aquela história de pequenos Poynter’s? - Ela olhava para o chão. – Os planos foram levemente adiantados... Pois é, eu estou grávida.
- Grávida do tipo tendo um bebê?
- Grávida do tipo tendo um bebê seu. – Concordou, agora olhando para ele.
- Eu serei pai?
- Você será pai.
Sem falar mais nada, ele a abraçou e ela percebeu que ele chorava.
- Pai? Isso é... Uau! - começou a chorar junto. - - EU SOU PAI!
Capítulo 33
"Você não pode brincar com nossas cordas partidas
Você pode não sentir nada
Que seu coração não quer sentir
Eu não posso te dizer uma coisa que não é real" (Broken Strings - James Morrison & Nelly Furtado)
Dougie e entraram em casa e encontraram todos os amigos reunidos.
- MONTINHO NOS DOIS! – Gritou alguém e todos os seis pularam nos dois.
- O BEBÊ, SEUS LOUCOS! – Gritou , levantando rápido.
- SE ALGUÉM MACHUCAR MEU FILHO, MORRE! OUVIRAM? – Gritou Dougie.
Todos saíram de cima e ficou rindo. Dougie a abraçou.
- Depois de tudo isso, acho melhor fazermos esse amigo oculto logo. – Sugeriu Tom.
- Eu estou louca para esse amigo oculto! – pulou no sofá – Vamos começar.
Cada um pegou o presente do seu amigo oculto e sentou no chão e sofá.
e Harry sentaram no chão, ela apoiou a cabeça no ombro do namorado; sentou no colo de Dougie, que ficou fazendo carinho na barriga da namorada; sentou na poltrona e Tom sentou-se no braço da poltrona; sentou no sofá e Danny também, deitando a cabeça no colo da menina.
- Posso começar? – Pediu . Todos concordaram. – Meu amigo oculto é uma pessoa que eu amo, muito.
- Sou eu! – Brincou Danny e fez careta.
- Não é você, pequeno. Desculpa. Sempre esteve ao meu lado quando precisei e agora me deu uma das melhores notícias do mundo, já que vou ser titia. - levantou e abraçou a amiga. Pegou o presente e abriu. Tirou do embrulho duas camisas de bebê. Uma com a bandeira do Brasil e outra com a da Inglaterra. - Para o bebê já começar a conhecer suas raízes. – Explicou .
- Obrigada! - pegou o embrulho do seu amigo oculto – O meu amigo oculto é uma pessoa muito especial para mim. Além de uma das minhas melhores amigas, será, com certeza, a melhor médica do mundo.
levantou e abraçou a amiga, rindo.
- Assim não vale! Elas estão se tirando. – Reclamou Danny.
- Fica quieto, Danny. – Ralhou . Ela tirou do embrulho um estetoscópio lilás com o nome “Dra. Fletcher” gravado.
- Gostei do “Dra. Fletcher”. – Elogiou Tom. ficou envergonhada.
- Mudando de assunto... Meu amigo oculto é muito legal. Ele é pequeno, mas tem um coração gigante. – Os seis gritaram “DOUGIE” enquanto Dougie sorria. – E agora será papai.
- O pai mais feliz do mundo, definitivamente. – Respondeu Dougie. Ele abraçou e abriu o presente. Era um papel com a foto de um dragão. – Você adotou um dragão de Komodo para mim!
- É. – Confirmou, sorrindo tímida.
- Obrigado! – Ele a abraçou. – Bom, o meu amigo oculto é um dos meus melhores amigos. O cara é fantástico...
- Sou eu! – Comemorou Harry.
- Não, Harry, desculpa. – Interrompeu Dougie. – Você é gostoso, não fantástico. - Harry abaixou a cabeça, fingindo tristeza. - Ele é um cara fantástico, como já disse. Um pouco esquecido e muito lerdo, mas fantástico.
- Nem precisa falar nada! Já sei que sou eu. – Danny levantou rindo. Abriu a caixa e pegou um par de luvas de boxe. – Uau! Valeu, dude. Bom, agora é minha vez... Hum... Meu amigo oculto é um cara muito gay.
- TOM! - Gritaram Dougie e Harry, rindo.
- Ah, deixa-me terminar. Sim, é o Tom, mas eu queria dizer que ele é O cara, sempre que preciso está do meu lado, me ajudando, apoiando... Vou parar por aqui se não vou soar tão gay quanto ele.
Tom levantou e esticou a mão para Danny que o puxou e lhe deu um abraço.
Tom ganhou uma mochila do Mestre Yoda.
- Que lindo. – Ele colocou a mochila nas costas. – Meu amigo oculto é uma pessoa muito estabanada. Ela é cabeça-dura e, normalmente, fala demais, é a Miss Sutileza, mas você acaba se afeiçoando à ela e as suas calças largas.
levantou rindo e abraçou Tom.
- Obrigada pela Miss Sutileza, seu chato. – Ela agradeceu. Ao abrir seu presente descobriu ser uma calça cáqui larga com "Mrs. Judd" bordado na parte de trás. – Que lugar impróprio para você colocar esse negócio, hein?
- Eu adorei. – Elogiou Harry, fazendo cara de safado. Ela deu um pedala no namorado dando língua.
- Minha vez. – Anunciou . – Meu amigo oculto... Bom, só sobraram dois então, fica quase óbvio, mas eu ensaiei isso por muito tempo, portanto, deixa eu falar. - Ela respirou fundo, ajeitou o vestido e olhou para os amigos. - Meu amigo oculto, se disser que é especial soa pouco e batido, ele é mais que tudo. É o namorado... - Harry sorriu. –... Mais implicante, lindo, compreensivo... Só não falo mais porque corro o risco de inflar demais o ego dele. Só tenho a agradecer por me carregarem até o bondinho naquele dia e por passar por tudo que passei, já que, até agora, está valendo mais que à pena. - Todos bateram palma e Harry beijou a namorada. Ele abriu o presente e deu de cara com o filme “Antes do Pôr-do-sol”. - Uma cópia só para você. – Ela deu uma piscadela e ele riu.
- Bom, meu amigo oculto fica bem óbvio depois disso, mas não custa puxar o saco da minha cunhadinha preferida... – olhou feio para ele. – E única! Minha cunhada linda que namora o cara mais idiota do mundo.
o abraçou rindo e abriu o presente. Era uma camisa com um macaco escrito: Meu namorado.
- Ah... Que maldade com o Danny! – Exclamou .
- Maldade mesmo. – Concordou Danny. - Não sou nenhum macaco.
- Apoiado. – Disse Dougie.
- Obrigado. – Agradeceu Danny.
- Macacos são mais educados. - Completou Dougie, esquivando-se rápido da almofadada.
- Agora eu quero meu presente. – Pediu Harry.
- Eu já te dei, Harold. – Respondeu .
- O presente de Natal, oras. – Ele insistiu.
- Esse é só no Natal, seu bobo.
- Vocês já compraram? – Perguntou .
- Já. – Respondeu Tom, envergonhado. - Achei que trocaríamos hoje também.
- Não, é só no Natal. – Insistiu .
Os meninos olharam uns para os outros, sentiram-se idiotas.
Todos ficaram conversando por um tempo ali na sala.
- Eu estava tão nervosa para te dar a notícia. – Disse .
- Por quê? Eu amei a notícia!
- É, mas teríamos que correr com tudo: casamento, mudança...
Dougie engasgou.
- Casamento?
- É. – Disse . Os outros ficaram em silêncio.
- Eu não quero casar.
- Não falo agora. - Retrucou . - Podemos casar depois.
- Não, amor, eu não quero casar nunca.
começou a tossir e Harry deu leves tapas nas costas dela, tentando ignorar a situação.
- Você não quer casar? Seu filho ou filha nascerá como bastardo, é isso? – começou a se exaltar.
- A gente mora junto, cria essa criança junto... – Sugeriu Dougie, sentindo que toda a felicidade de horas antes estava se esvaindo pelas suas mãos.
- Dougie, me faz um favor? – Pediu . – Vai embora. Preciso de um tempo para pensar. - Dougie ficou em choque. - Gente, eu preciso de um tempo, ok?
Ela levantou e subiu as escadas.
- Acabou de acontecer o que acho que aconteceu? – Perguntou Dougie, sentindo-se péssimo. - Perdi a ?
- Não fala isso, Doug. – Pediu . – Ela precisa pensar.
- E você também. – Disse Tom.
- Você está com um bebê a caminho e diz para a mãe da criança que quer viver em regime de concubinato? Que tipo de cara você é? – Harry despejou aquilo nele, sem pena.
- Vai para casa, dude. E pensa em tudo. – Aconselhou Danny.
Dougie levantou, pesando mil quilos.
- Doug, a gente nem teve tempo de dar seus presentes. – Disse .
- Acho que perdi um dos melhores presentes do mundo, certo?
- Não pensa nisso agora. – disse, abraçando-o. Ela pegou os embrulhos que eram os presentes de Dougie e o entregou. – Faz o que o Danny disse. Vai para casa e pensa.
Ele assentiu e foi embora.
- Depois dessa, vou para o meu quarto. – Anunciou e Danny a seguiu.
- Acho que está na hora de ir também. – Concordou e Tom a seguiu.
- Quer subir também? – Perguntou Harry para a namorada.
- Não. – Respondeu. – Só me abraça, Harry.
Ele abraçou forte e ela chorou.
- Por que você está chorando? – Perguntou Harry, confuso.
- Por que... Sei lá. – Ela fungou.
- Pela gente, não é? – Indagou Harry.
- Percebeu que nunca falamos sobre isso? Nós nunca falamos sobre casamento, filhos... Só sobre morar juntos. Vai que daqui a um tempo eu me descubra grávida e você resolva que casar não é para você?
- Você só se casaria comigo se estivesse grávida? – Ele se ajeitou no sofá.
- Claro que não.
- Então, se eu te pedisse agora você aceitaria? – Arriscou Harry.
- Agora não, mas se você pedir no futuro próximo, eu aceitaria.
- Vamos esclarecer algumas coisas então. – Ele a puxou para perto. – Eu quero casar, principalmente, se for com você. Não costumo falar sobre essas coisas. Pensa comigo, eu digo: “Hey, eu quero casar com você.” Te conhecendo como conheço, você entraria em pânico.
- É... Provavelmente eu entraria em pânico. – Ela concordou, ainda chorando.
- Combinemos o seguinte, em um futuro próximo eu te chamo para ir à biblioteca comigo, me ajoelho na mesma sessão de livros que você me agarrou...
- Eu não te agarrei! – Reclamou, batendo nele e rindo.
- Não, mas eu te fiz sorrir. – Ele brincou. – Continuando, eu me ajoelharei e te pedirei em casamento com um enorme anel de diamante.
- Não precisa ser enorme. – Ela interveio.
- Eu quero te dar um enorme anel de diamante, sua chata. Aí você diria sim, nós mudaríamos para uma enorme casa e teríamos filhos lindos. O que acha?
- O que te garante que eu diria sim?
- A sua crise de choro nesse momento. – Ele respondeu e ela o bateu. – Pára de me bater, chata. Eu te amo.
- Também te amo. – Ela encostou-se a ele e fechou os olhos.
entrou no quarto e se deitou na cama.
- Que viagem! Em uma hora estava tudo bem e na outra...
-... Foi tudo para o inferno. – Danny completou, deitando ao lado da namorada.
- Imagino que a deva estar apavorada. – virou e abraçou o namorado. Ela enfiou o rosto no peito de Danny, quem ficou afagando os cabelos da namorada. - Seráf queif aconteferá...
- Pequena, não estou entendendo nada. – Avisou Danny.
levantou cabeça.
- Será que acontecerá o mesmo com a gente?
Danny fechou a cara.
- Só se você resolver me abandonar. Depois daquele tempo que nos separamos, percebi que é com você que quero passar o resto da minha vida.
- Como você pode ter tanta certeza, Danny? - Indagou , olhando-o. - Estamos juntos há sete meses, é pouco para saber.
- Pode ser pouco para você. – Disse Danny. - Para mim é suficiente.
Ela riu.
- Onde está o velho Danny Jones que em entrevistas dizia que só se casaria aos trinta e poucos?
- Ele conheceu uma garota no Brasil e resolveu que precisava mudar seus conceitos. – Respondeu sorrindo.
- E quais seriam eles? – deitou no peito do namorado, fechando os olhos. Ele virou olhando-a e deu um beijo em seu rosto.
- Bom, o velho Danny concluiu que passar o resto de sua vida com alguém seria perfeito se fosse com a garota perfeita, tipo você.
- Eu não sou perfeita, tenho uns mil defeitos. – Retrucou a menina.
- Você tem os mil defeitos mais perfeitos desse mundo. – Ele a abraçou mais forte.
Ela sorriu.
andou de um lado para o outro do quarto.
- Minha amiga está grávida e o Dougie faz esse papelão? Que péssimo!
- Tenta entendê-lo, , a imagem que ele tem de casamento não é boa. – Argumentou Tom.
- Fico preocupada com ela, com o bebê,...
- Nós estamos do lado dela e eles vão se entender.
- Será que vão, Tom? – Ela perguntou. – Posso fazer uma pergunta?
- Claro.
- Aqueles planos de conhecer minha família e então pensarmos em morar junto, são para valer?
- Óbvio. – Respondeu Tom. – Para você não?
- Sim. Eu só queria checar. – Ela riu. – Falando em checar, vou dar uma olhada na .
- Acho melhor irmos ver o Dougie e checar se ele está bem.
Tom e saíram do quarto e deram de cara com Harry subindo as escadas, carregando .
- Ela pegou no sono no sofá. – Explicou Harry. – Ia colocá-la na cama agora.
- Precisamos dela acordada. – Disse .
- Ok. – Harry beijou a testa da namorada. - , acorda.
Ela abriu os olhos e notou sua situação.
- Você ia me levar para o quarto no colo? – Perguntou.
Harry assentiu tímido.
- Caham. – fez um barulho esquisito com a garganta. - Sem querer acabar com o momento romântico de vocês, mas tava querendo ver como a está.
- E nós vamos lá ver o Dougie. – Disse Tom.
- Saquei. – Disse , parecendo que não tinha sacado nada de tanto sono. – Vamos fazer o seguinte? A última vez que alguém me levou no colo para o meu quarto foi quando tinha cinco anos, dormi no carro, voltando da festa da minha prima, e meu pai teve que me carregar até minha cama então...
- Já entendi. – Interveio Harry rindo. – Vou levar a minha senhora até a cama e já volto.
- Serviço completo. – Brincou Tom enquanto via os dois entrarem no quarto.
- Vamos falar com a . – rumou até o quarto de .
Eles acabaram encontrando Danny fazendo carinho na cabeça de enquanto ela dormia.
- Elas são irmãs mesmo. – Exclamou Tom.
- O que estão fazendo aqui? – Perguntou Danny, sussurrando.
- Vocês verão se o Dougie está bem e nós a . – Explicou .
- Isso significa que tenho que acordá-la, certo? – Ele indagou e fez que sim. – Mas ela está dormindo tão bonitinho.
- Se você não acordá-la, eu a acordo e não sou nada bonitinha acordando os outros.
- Entendi o recado. – Disse Danny beijando o rosto de e sussurrando “Pequena, hora de acordar.”
Os três chegaram ao prédio e ficaram olhando para a porta de Dougie, sem coragem de bater.
- Bate aí, Danny. – Pediu Harry.
- Bate você. – Disse Danny.
- Melhor o Tom. – Sugeriu Harry.
- Por que eu? – ele perguntou.
- Porque você está mais perto. – Respondeu Danny.
Dando-se por vencido, Tom bateu na porta.
- Quem é? – Perguntou Dougie.
- Somos nós, dude. – Respondeu Tom.
- Não quero falar com ninguém. – Resmungou Dougie, com voz de cansado.
- Deixa de ser criança. - Reclamou Harry. - Abre para a gente.
- Nós trouxemos cerveja. – Avisou Danny segurando um engradado.
- Entra. – Disse Dougie, abrindo a porta, e eles entraram.
As três pararam na porta do quarto de , sem coragem de bater.
- Bate aí, . – Pediu .
- Bate você. – Disse .
- Melhor a . – Sugeriu .
- Por que eu? – Ela perguntou.
- Porque você está mais perto. – Respondeu .
Dando-se por vencida, bateu na porta.
- Quem é? – Perguntou .
- Somos nós, amiga. – Respondeu .
- Não quero falar com ninguém. – Resmungou com voz de cansada.
- Deixa de ser criança. - Reclamou - Abre para a gente.
- Nós trouxemos brigadeiro. – Avisou segurando uma bandeja.
- Entra. – Disse abrindo a porta, e elas entraram.
- Precisamos conversar sobre hoje. – Disse Harry com um tom de urgência, dando um gole em sua cerveja.
Antes que dessem o primeiro gole, Dougie já tinha acabado com uma garrafa.
- Por que você disse aquilo para a ? – Tom foi direto ao assunto.
- Porque não quero casar. Nunca esteve nos meus planos. – Respondeu pegando outra garrafa.
- Ser pai também não estava. – Argumentou Danny. - Você não ficou feliz?
- Claro que fiquei! Um filho é algo maravilhoso.
- E você quer que ele cresça em uma família que não é... Família? – Indagou Harry.
- Você não entenderia, Harry. Seus pais têm algo raro, o casamento deles durou. Não quero passar pelo que minha mãe passou. Ela sofreu muito quando meu pai foi embora, e eu também.
- Você pretende abandonar a ? – Perguntou Tom.
- Óbvio que não.
- Ela também não pretende te abandonar, dude. – Disse Tom.
- Ela não pretende agora, mas depois, quando conviver comigo, vai se cansar e eu...
Ele sentiu os olhos encherem da água e se calou.
- Dougie, se alguém não deveria apoiar casamentos, esse alguém sou eu. Olha para os meus pais! – Exclamou Danny. - Depois dos dois eu deveria perder toda a fé nisso, mas, pelo contrário, tenho vontade ainda mais de prová-los errados. Quero ser o melhor pai e o melhor marido que a pode ter. (N.A. – by Isa – o Danny disse mesmo isso, impressionante! Senti saudades de fazer uma n.a. no meio da fic e por isso eu quero que essa seja grande, quase uma n.a. de final de cap. Brincadeirinha, já to indo!)
- Você quer ser pai da ? Que perversão. – Reclamou Harry. – Não vou deixar a minha cunhada na sua mão, seu pervertido.
- Cala a boca. – Ordenou Tom, jogando uma almofada nele.
- A pergunta é simples, Doug. - Disse Harry. - Você se vê com a daqui uns cinqüenta anos?
Dougie parou para pensar, bebeu mais de sua cerveja. (Ele já estava acabando a segunda).
- Sim.
- Então, está na hora de você começar a planejar coisas novas, Dougie, porque os seus planos acabaram de mudar.
- Eu diria que mudaram no momento que o Danny sugeriu que viajássemos para o Brasil e a gente concordou. – Completou Harry.
- Pois é, eu sou demais. – Danny se vangloriou. Eles ficaram ali no apartamento de Dougie bebendo e assistindo filme. - Por que estamos assistindo esse filme, mesmo? – Perguntou Danny.
- Também não sei. – Respondeu Harry.
Tom e Dougie nem respondiam de tão entretidos (e bêbados) que estavam.
- É “9 meses”, dude. Esse filme é poético. – Argumentou Dougie com a voz meio embargada.
- Onde está a poesia na história de uma mulher que engravida e o marido não quer? – Indagou Harry. - O Tom é gay, eu até entendo, mas você, Dougie?
- É uma comédia, Harry, e eu entendo como esse cara se sente abandonado. – Disse Dougie. – Ele a ama, mas é limitado.
- Dougie, você é um péssimo bêbado. – Reclamou Danny.
- Eu sei. – Ele choramingou.
- Precisamos conversar sobre hoje. – Disse com um tom de urgência, pegando uma colherada de seu brigadeiro.
Antes que comessem o brigadeiro que estava na colher, já tinha acabado com sua colher e partia para a segunda.
- O que o Dougie disse hoje... – pensava no melhor jeito de começar a conversa.
- Eu estou sendo injusta? Estou pedindo demais? Exigindo demais? Sonhando demais? – despejava nas amigas todas suas angústias. – Estou grávida e meu namorado... Será que ele me ama mesmo?
- É claro que te ama! – Afirmou . - Ele ama esse bebê também! O Dougie só teve uma experiência ruim com casamentos.
- Será que eu estou exigindo demais? – Ela tornou a perguntar.
- Não, . Você está fazendo o certo, não só pelo bebê. Você quer casar só por causa do bebê?
- Não. Casar com o Dougie sempre esteve nos meus planos, esse bebê apenas acelerou as coisas. – Ela abraçou sua barriga.
- Não quero ser uma amiga ruim ou nada disso, amiga, você sabe que te amo. – tentava achar as palavras certas. - E você é uma das minhas melhores amigas, mas, caso o Dougie demore a perceber... Quero dizer que nós estamos do seu lado para tudo.
- Os nossos salários são o suficiente para manter uma vida bem confortável para todas nós e o bebê. – Disse . deitou no colo da amiga.
- Se as coisas não se resolverem, estou pensando em viver com minha mãe.
- De jeito nenhum! – Interveio . – Viemos para Londres juntas e ficaremos juntas.
- Com bebê. – Completou .
- Exatamente! – Concordou , fazendo carinho nos cabelos da amiga. – Com bebê.
- Pobre bebê. – Suspirou .
- O que tem de pobre o meu bebê? – Indagou , de cara feia para a amiga.
- O pai é o Dougie, portanto, a criança vai ser anã e você, sendo mãe, o bebê, se for menina, já vai nascer dizendo para o médico: E aí, gatinho, você tem MSN?
- Sem graça. – Resmungou segurando o riso.
- O bom é que poderemos usar as roupas das Barbies da que estão guardadas. – Disse e lhe deu um pedala rindo.
- Que implicância é essa com o tamanho do Dougie? – Perguntou .
- A ausência de tamanho dele sempre gera boas piadas. – Respondeu . – Vocês sabem, perco o amigo, mas não perco a piada.
- Doida. Sabe o que eu estava pensando?
- O que, ? – Perguntou .
- MONTINHO NA PIADISTA!
E todas pularam em .
Capítulo 34
“Corações precisam de uma mente
Como um relógio precisa do tempo
Como branco precisa do preto
Se você for espero que precise voltar” (So Much Love – Rocket Summer)
Era dia 10 de dezembro e estava tudo uma grande loucura.
- Que sacolas são essas, Tom?
- Presente para sua mãe, querida. – Ele colocou as sacolas no chão das meninas. – Onde está o resto do povo?
- está no quarto dela, de novo; e Harry estão no apartamento dele, arrumando as malas dele, porque ele estava com dificuldade, e a e o Danny foram para Bolton, logo estão de volta. – Explicou .
- O que eles estão fazendo lá?
- O Danny foi se despedir da mãe. – Disse .
- Gente, estou saindo. – Anunciou , descendo as escadas e colocando gorro, casaco e cachecol.
- Vai onde? – Perguntou .
- Na casa do Dougie, temos um assunto inacabado.
- Ih... A coisa ficará pesada. – Suspirou Tom, sentando no sofá e puxando junto com ele.
- Nem me fala.
- Mãe, temos que ir. – Anunciou Danny.
- Não! Filho, fica mais um pouco. – Pediu a mãe de Danny. – Você ficará fora por tanto tempo. , promete cuidar do meu filhinho?
- Claro. Pode deixar que ele estará em boas mãos. – Assegurou e Danny ficou fazendo carinho nas mãos da namorada. - Com licença, onde é o banheiro? – Ela perguntou.
- É logo ali à esquerda. - Indicou Danny e foi.
Quando sumiu pela porta, a sogra resolveu falar.
- Como você está?
- Mais feliz impossível. – Respondeu, sincero. – Você gostou dela?
- Ela é fantástica. – Elogiou a mãe. – Ela te ama, sabe.
- E eu a amo. – Ele completou olhando para o corredor onde estava antes.
- Percebi. – Ela disse rindo. – E agora você vai me abandonar para ir ao Brasil.
- Ah, mãe, eu não te abandono por nada. – Ele abraçou a mãe, rindo.
- Poxa! Eu estava tão feliz pensando que você ia embora... – Disse sua mãe e ele a abraçou, fingindo que a esmagava. – Pára, Daniel!
Eles riam e chegou na sala, observando os dois.
- Aí está a outra mulher da minha vida. – Danny a puxou para o abraço.
- Harold, sossega! – Pediu enquanto ele beijava seu pescoço. – Se você não sossegar, eu largo essa mala desarrumada e você só vai para o Brasil com duas camisas, que foi só o que consegui colocar na sua mala até agora.
- Você é tão estressada. – Reclamou Harry, rindo. – Vou deixar você arrumar minha mala.
- Você tem alguma tara por malas? Toda vez que vou arrumar mala você fica assim.
- A tara é por você mesmo. – Respondeu e ela deixou cair a pilha de camisas que segurava. A garota ficou vermelha e ele riu.
- Ainda estou decidindo se sou uma namorada dedicada ou muito tapada por estar arrumando sua mala. – Ela disse dobrando as camisas e colocando-as na mala.
- Você é uma namorada dedicada e excessivamente certinha. – Ela jogou um tênis nele. – Ai! Doeu. ...
- Que é, Harold?
- Nossa! Que mal educada.
- Desculpa. – Ela se desculpou e virou para olhá-lo. - O que aconteceu?
- Será que seus pais gostarão de mim?
- Quando virem como você me faz feliz, vão te amar. – Ela sorriu e ele teve uma vontade enorme de beijá-la, mas se segurou. – Pode me beijar, Harry, sei que você está cheio de vontade.
- Ih... Sua convencida. Também não beijo mais. – Ele cruzou os braços e se virou.
- Ok. – Ela virou e continuou a arrumar a mala.
- A quem quero enganar? Sou um fraco. – Ele a virou e a beijou. As calças que ela tinha na mão caíram.
Dougie saiu do banho e ouviu a campainha. Olhou pelo olho mágico e tomou um susto.
- ... - Ele abriu a porta e engasgou. - Oi...
- Dougie, você está de toalha. – Ela avisou. O contraste era perceptível. Ela com casaco, gorro e cachecol enquanto Dougie só tinha uma toalha vermelha felpuda, enrolada em sua cintura.
- É... Desculpe.
- Nada que não tenha visto. – Ela sorriu fraco. – Posso entrar?
- Claro... Claro. – Ele deu passagem para a namorada e ela entrou. Eles ficaram se olhando por um tempo até que Dougie resolveu falar. - Você...
- Vim aqui fazer uma coisa rápida. – Ela respondeu e tirou uma passagem de avião da bolsa. – É sua. - Ele esticou a mão para pegar, mas ela puxou de volta. - Quero que você pegue a passagem, mas só entre naquele avião, no dia 12, se você resolver que quer algo a mais. – Ela disse firme.
- Amor...
- Não, Dougie, eu pensei muito nesses dias. - Ela o interrompeu. - Eu te amo, só que não posso ficar com você desse jeito. Até considerei essa opção, mas eu quero casar! Quero vestido branco, alianças, promessas de amor até o fim da vida na frente das pessoas que amamos.
- E o bebê?
- Esse filho é nosso. Você sempre será o pai dele e participará da vida dele.
- Mas não com você? – Ele engoliu em seco, com medo da resposta.
- Por que você não quer casar? – Ela perguntou sem olhá-lo. Também temia a resposta dele.
- É um simples pedaço de papel. – Ele respondeu.
- Se é um simples pedaço de papel... Por que você não aceita? – Ela sentiu seus olhos encherem da água. – Não é só um papel, Dougie, é uma promessa materializada. Promessa que você será companheiro, fiel, que, apesar dos problemas, você estará lá. É um contrato sincero de amor eterno, Dougie.
- Que as pessoas não respeitam. – Ele disse.
- Bota uma coisa na sua cabeça, Dougie. – Ela respirou fundo. – Nós não somos os seus pais. - Ela levantou e foi até a porta. Dougie continuou sentando no sofá, sem reação. - Eu não sou seu pai, Dougie, não vou te abandonar.
Dougie apoiou as mãos na cabeça, sem saber o que pensar, não tinha certeza de nada, só que a amava mais do que sua própria vida. Levantou, foi até a geladeira e pegou uma garrafa de cerveja, era a única coisa que consumia nos últimos dias.
Os dias passavam voando, e sem que eles percebessem, dia 11 estava terminando.
Capítulo 35
“Rio, você foi feito pra mim
Cristo Redentor braços abertos sobre a Guanabara.
Este samba é só porque Rio, eu gosto de você...” (Samba do Avião – Gilberto Gil)
Logo dia 12 tinha chegado e, às seis da manhã, surpreendentemente, todos estavam acordados. Quatro meninas histéricas corriam para cima e para baixo arrumando algumas outras coisas.
- Tom, o Dougie... Hã... Não veio com vocês? - Perguntou , sem jeito.
- Não. - Respondeu Tom. - Acho que ele estava dormindo.
- Só se for em outra casa porque ele saiu ontem e não voltou. - Comentou Danny que levou um tapa da namorada.
- Hum, entendo... Eu... Hã... Vou pegar minha mala lá em cima. – subiu correndo as escadas.
- Danny, você é um idiota de carteirinha! – Harry se irritava às vezes com o amigo.
- O que eu fiz dessa vez?
- O que você faz sempre, pequeno, fala as coisas sem pensar. Agora a vai chorar litros, nunca a vi tão sensível como nessa última semana.
- É... Acho que eu vou lá falar com ela. – se levantou e foi atrás da amiga.
- Vamos também, ?
- Acho melhor deixar só a , temos que terminar de arrumar algumas coisas.
abriu a porta do quarto da amiga devagar, e a viu sentada na cama com os joelhos dobrados e a cabeça apoiada no mesmo. Ela chorava baixinho.
- ...
- , ele não vai! Ele me abandonou! – Ela olhava para a amiga enquanto uma lágrima escorria por sua bochecha rosada pelo choro.
- , agora não é hora para chorar. Tem um bebê a caminho e se Dougie Poynter não quer compromisso, então, vamos esquecê-lo de alguma forma e encarar, porque nós estamos juntas nisso e superaremos tudo juntas!
- , como eu vou esquecê-lo? Tem um pedaço dele crescendo dentro de mim!
- Não sei, amiga, não existe receita para isso. Agora você tem que pensar nesse projeto de pessoa que está aí dentro e lembrar que ele é a única coisa que importa, além de mim, claro.
deu um sorriso chocho com o que a amiga disse.
- Só você para fazer levar as coisas para frente, e o bebê, é claro.
- Então vamos lavar esse rosto, e terminar de arrumar as coisas, não vejo a hora de ver minha mãe!
- E eu a minha... – parou e olhou para a amiga com os olhos esbugalhados.
- Que foi?
- Minha mãe, , ela nunca mais vai olhar na minha cara.
- Está maluca? Por que ela faria isso?
- Eu sou uma adolescente grávida.
- , pelo amor de Deus, você tem vinte anos no meio da cara. Onde você é adolescente?
- Eu sou pré-adulta, logo, sou adolescente em fase de crescimento.
- Ok, ok. Depois a gente pensa nisso, vamos fechar a sua mala.
Na sala, os meninos estavam sentados no confortável sofá das meninas assistindo desenho, enquanto elas subiam e desciam terminando de fazer as coisas.
- Você acha que o Dougie vai, Tom?
- Não sei, o que você acha?
- Não sei. Danny?
- Não sei.
- Hum... – Ficaram em silêncio pensando o que o amigo deveria estar fazendo.
- E se ele não for, Tom?
- Não sei, Harry! Que coisa!
- Ih... Está bom.
- Se ele não for, Harry, não vai só decepcionar a . – Danny disse, sem tirar os olhos da televisão.
Harry levantou e foi atrás da namorada, com o intuito de ajudar.
- Harry, você disse que veio me ajudar.
- Mas eu estou ajudando.
- Não, Harry, você não está!
- Eu só parei um pouquinho para descansar, .
- Então agora que você já descansou, pode levar minha mala lá para baixo. – Disse a menina, empurrando a mala para o namorado.
- Só se você me der um beijo de gorjeta. – Ele levantou e a abraçou por trás.
- Você anda com os hormônios muito a flor da pele, Harold! – Ela virou e beijou o namorado. – Agora leva a mala!
- Nossa, quanta delicadeza.
- Eu te amo, amor. – Assim que Harry saiu, fechou a porta e olhou para seu quarto, mesmo que fosse por pouco tempo que ficaria no Brasil, ela iria sentir falta daquele lugar.
- TOM! - chamava pelo namorado com a cabeça para fora do quarto e entrando logo em seguida, estava muito agitada e ansiosa.
- Fala minha querida senhora, o que lhe aflige? – Ele entrou no cômodo vendo sua amada namorada com a calça que iria sair e com seu sutiã, dessa vez, branco. – Nossa!
- Thomas, não faça essa cara. Qual das duas blusas?
- Nenhuma das duas. – Disse ele, se aproximando da namorada.
- Nem pense nisso, garoto. – Disse ela rindo quando ele a abraçou e beijou seu pescoço. – Sai, Tom, tenho que terminar de me arrumar.
- Mas, , eu queria...
-... Levar minha mala lá para baixo, claro, pode levar. São aquelas três ali.
- Para que três malas?
- A maior para as roupas, a bege para os sapatos, e a branca para os meus livros.
- Ai, meu Deus!
- Agora vai! - Disse ela empurrando o namorado para pegar as malas que estavam no corredor.
- Estou indo! A propósito, você vai ficar gostosa com a blusa verde. – Disse ele piscando para , que fechou a porta na cara do menino rindo.
entrou na cozinha e não se surpreendeu quando viu Danny preparando um super sanduíche para ele.
- Danny, você não tomou café na sua casa?
- Tomei, mas eu estava pensando, já que a gente vai viajar, e vocês vão ficar uns dias longe, eu vou comer isso aqui para não estragar. – Ele disse, muito certo do que estava fazendo.
- Ah, claro, por que eu não pensei nisso antes?
- Já desceu sua mala, pequena?
- Já sim, não estou levando muita coisa.
- Que bom.
- Por que, Dan? – Perguntou ela pegando uma maça.
- Porque isso mostra que você vai querer voltar.
- E por quer eu não iria querer voltar?
- Não sei, vai que você se apaixone por um brasileiro, surfista, de cabelo liso jogado na cara e queimado de praia e ainda que saiba sambar? – riu do namorado.
- Eu prefiro muito mais um inglesão, branquinho, com sardinhas, de cachinhos e uma voz que me deixa maluca. – Disse ela abraçando o namorado e juntando seus lábios.
- , posso entrar? – olhava para a amiga sentada na cama.
- Claro, , entra. – enxugava uma lágrima.
- Oh, amiga, não fica assim. – Ela abraçava fraternalmente a amiga.
- Mesmo com vocês, eu estou me sentindo tão sozinha.
- Shh... Não diz isso, . Ele logo vai ver a besteira que está fazendo.
- Eu estava cheia de esperança de que ele chegaria com os meninos, falando besteiras e rindo, mas, não, meus sonhos estão indo todos pelo ralo a baixo.
- Não, , agora que está tudo começando em sua vida, olha quanta coisa boa vai acontecer, você vai ver sua mãe, vai ter um bebê. Quer coisa melhor?
- Que o pai do bebê se case comigo?
- Meros detalhes que serão resolvidos. – disse sorrindo e abraçando a amiga. – Agora vamos levantar, já está na hora de irmos para o aeroporto. – batia palminhas. riu da amiga e levantou.
- Então, vamos?
- Vamos sim, e... Hã... Bebê. – deu uma gargalhada. – Desculpa, , mas acho melhor você escolher um nome provisório para o bebê.
- Vamos pensar em um, . – Ela abraçou a amiga. - Agora vamos porque eles já devem estar nervosos. - Elas levantaram e desceram as escadas rindo.
- Aí, até que enfim. Vamos? – Danny estava elétrico.
- Sim. – abraçou o namorado. – Estou tão ansiosa para ver minha família.
- E eu estou ansioso para ver se eles vão gostar de mim.
- É claro que vão, Thommy!
- Também, o Tom cheio de frescuras, sua mãe vai amar tomar chá com ele, . – Harry zoava o amigo.
- Sem graça. - estirou a língua para Harry, que riu.
- Gente, o táxi chegou! – Danny gritava do lado de fora, tinham chamado dois táxis para que os levassem até o aeroporto. , Danny, e Harry iriam em um e , Tom e iriam no outro.
- Então... Está na hora. Até mais, casa! – fechava a casa pelo lado de fora. Foi caminhando em direção ao táxi quando viu um carro voando parar bruscamente atrás dos táxis. olhou para o carro com seu coração batendo mais forte e cheio de esperanças, mas a perdeu quando viu que o carro era de Charlie. Suspirou e voltou a andar em direção ao táxi.
- !
- Charlie! – A menina o abraçou.
- Vim me despedir de vocês. Natasha não pôde vir, mas mandou um beijo.
- Ah, Charlie, vou sentir sua falta.
- Eu também, minha querida, vê se vocês não demoram para voltar para a terra da rainha. – Ele riu.
- Não vamos! – o abraçou forte.
- Harry, meu rapaz, cuide dessa menina no Brasil. – Ele disse, apertando a mão do menino.
- Pode ficar tranqüilo, ela estará em boas mãos. – Eles riram.
- Aposto que sim, então... Hã.... Odeio despedidas, mesmo que por pouco tempo.
- Oh, Char...
- Boa viajem, princesa. – Harry ficou meio enciumado, mas levou em consideração.
- Obrigada, príncipe-pai. – Ela riu da cara dele.
- Agora vão, não quero que vocês me vejam chorando. Até mais, pessoal. – Ele acenava para os outros que já estavam entrando em seus respectivos táxis.
- Tchau, Char.
- Tchau, Charlie.
- Tchau para vocês. – Ele voltou ao seu carro, e saiu em disparada.
- Senti ciúmes.
- Own, meu príncipe-amor, já te disse que não precisa. – Ela apertava as bochechas de Harry.
- Mesmo assim, vamos logo. – Ela riu dele e entraram no táxi.
No táxi de Harry e Danny, o clima era de total diversão, que envolvia até o motorista, que cantava com eles, no outro, Tom e iam conversando sobre o que iriam fazer quando chegassem lá. parecia longe, olhando a paisagem.
- , você escutou o que a gente falou?
- Hã? Desculpa, Tom, eu estava distraída.
- Percebi. , não fica assim, vai dar tudo certo.
- Será? – Perguntou ela, voltando a olhar a paisagem. e Tom se olharam e resolveram ficar calados, logo estariam no aeroporto.
Chegaram ao lugar eufóricos, Tom foi logo tratando de buscar um carrinho para colocar as malas de .
- Vamos logo, gente, estamos atrasados e ainda temos que fazer o check-in. – lembrava os amigos.
- Vamos logo, então.
Atenção senhores passageiros, segunda chamada para o vôo 5682, com destino à Rio de Janeiro, Brasil, embarque no portão 3.
- Gente, já é a segunda chamada, vocês não acham melhor a gente ir logo para acharmos nossos assentos? – , falava com calma, vendo o desespero tomar conta de .
- Eu não vou.
- Como assim não vai, , está maluca? – começava a se desesperar.
- Só vou entrar quando der a última chamada, eu... – Ela parou e respirou fundo. – ainda tenho um pouco de esperança.
- Então vamos todos na última chamada. – Danny disse, decidido. sentou ao lado da amiga e apertou suas mãos. Mais alguns (poucos) minutos se passaram.
Atenção senhores passageiros, última chamada para o vôo 5682, com destino à Rio de Janeiro, Brasil, embarque no portão 3.
- Bem, agora nós temos que entrar no avião, , eu sinto muito. – Disse Tom se levantando.
fechou os olhos e suspirou pesadamente, suas últimas esperanças tinham acabado de ir embora. Ela levantou e seus amigos viram uma única e solitária lágrima escorrer pelo seu rosto.
- Vamos então, ele não vem mais. – Ela disse olhando para baixo, Harry se aproximou e a abraçou.
- Não fique assim, , tudo vai dar certo.
- Não, Harry, é sempre assim.
- Vamos, não diga isso, estamos indo para o Brasil, vai ser divertido.
- Vai sim. – Ela esboçou um pequeno sorriso no rosto e entraram.
Demoraram um pouco para achar os assentos, já que Danny insistia que era em um lugar e Tom em outro.
- Gente, é só olhar na passagem. – Disse olhando o papel em sua mão. – É onde o Tom disse.
- Viu, sua anta! – Tom dava um pedala em Danny que fazia biquinho indo para perto de .
- Ah, Tom, não fala assim com meu bebê.
Todos se acomodaram da devida maneira, ligou o iPod e Harry abria um livro que não parecia muito interessante, Tom e conversavam baixinho um no ouvido do outro, e de vez em quando davam risadinhas, o que deixava um pouco incomodada com uma poltrona vazia ao lado, Danny e se agarravam descaradamente e só precisavam ocupar uma poltrona para isso, até que um garotinho que estava atrás da poltrona deles começou a chutar o assento, deixando Danny irritado.
- , você quer que eu vá com você?
- Não precisa, , pode ficar lá com o Harry. – Ela sorriu.
- Tem certeza?
- Por que ele não quer casar comigo, ? - chorava, seu rosto já estava inchado, estava passando pela pior semana da sua vida.
- Eu não sei, . – abaixou a cabeça e viu a amiga olhar pela janelinha, enquanto lágrimas silenciosas desciam.
De repente uma movimentação estranha começou dentro do avião, algumas pessoas falavam alto, e outras olhavam com cara feia, , e levantaram para olhar o que estava acontecendo e ficaram pasmas quando viram do que se tratava.
- , olha isso. – puxava a amiga para que olhasse para o final do corredor.
Ela se levantou e olhou, o sentimento de angustia foi embora dando lugar a algo estranho em sua barriga. Tudo que ela esperava estava no final do corredor, vindo correndo em sua direção.
- Dougie...
- , me desculpe pelo atraso, mas é que o Zukie não queria entrar na gaiola. – A menina abriu um sorriso, suas esperanças que não existiam mais pregaram uma peça nela.
- Dougie... Eu... Eu não...
- Me deixa fazer o que eu deveria ter feito há uma semana. – Dougie colocou uma das mãos no bolso e retirou uma caixinha.
- Dougie, seu canalha. Até que fim você apareceu. – Danny dava tapinhas em suas costas.
- Eu não poderia deixar minha mulher ir embora assim, e ainda por cima esperando um filho meu. – Dougie dizia tudo olhando no fundo dos olhos da menina que continuava em pé, sem saber o que fazer, apenas esboçando um sorriso.
- Danny, amor, você pode parar de atrapalhar? – puxava o namorado de volta para seu lugar.
- Então, , você aceita se casar comigo, assinar um simples pedaço de papel, que é uma promessa materializada de companheirismo, fidelidade, e que se tiver qualquer problema eu estarei sempre do seu lado, e, o mais importante de tudo, promessa de amor eterno. Você aceita?
- Eu... Dougie... Eu aceito! – Ele a abraçou forte e se permitiu chorar.
- Me desculpa, , por eu ter sido um idiota?
- Eu também seria idiota se não te desculpasse, eu estava com tanto medo de você não vir.
- Mesmo se eu não viesse, eu daria um jeito e ir ao Brasil atrás de você.
Alguns passageiros que ainda estavam em pé se sentaram e só restaram oito jovens que logo se sentaram ao som de algumas reclamações, porém muito mais contentes e relaxados que antes.
O piloto desejou uma boa viajem aos passageiros, e logo o avião tinha decolado.
- Eu sabia que ele iria vir.
- Como, Danny?
- Ele ama essa garota como eu amo você, eu faria a mesma coisa que ele, então eu sabia que ele viria.
- Ai, Dan, eu te amo tanto.
- Eu te amo muito. – Danny abraçou a namorada e iniciaram um beijo, mas o menininho não estava a fim de dormir, e sim pentelhar Danny. – Que pirralho chato!
- Danny, não fala assim, ele é só uma criança.
- Então, o que você acha da gente conhecer o banheiro do avião?
- Danny, seu tarado. Até que não é uma má idéia. – Eles se levantaram rindo, e foram para o banheiro minúsculo do avião.
- Esses dois não têm jeito. – balançava a cabeça negativamente, quando viu sua irmã mais nova e o namorado indo em direção ao banheiro.
- Deixa eles se divertirem. Quem nunca fez uma loucura?
- Eu, ué!
- E o que foi aquela primeira vez que a gente ficou, lá na biblioteca?
- Hum... Ali foi uma loucurazinha. – Ela riu, e ele a beijou. – Quer dividir o fone comigo?
- Claro. – Ele colocou o fone e ela deitou sua cabeça no ombro dele.
- Lá se vão e Danny para a safadeza. – Comentou , rindo.
- Ele está levando essa menina para o Lado Negro da Força. – Disse Tom. – Não que ela fosse muito pura antigamente.
- E você é o senhor Pureza, né? – Rebateu . - Hoje mais cedo você sugeriu a blusa verde porque eu fico gostosa nela.
- Só para constar: Você está muito gostosa nessa blusa verde.
Ela bateu nele.
- Seu tarado.
- Tarado, não, louco por você. – Ele corrigiu – Uma pena que o banheiro já foi ocupado. Nós poderíamos... Brincar de médico.
Ele lançou um olhar safado e ela riu.
- A gente faz isso quando chegar ao Brasil, eu prometo. – Tom abriu um enorme sorriso.
Os dois ficaram ali, planejando coisas a fazer quando chegassem.
Dougie e ostentavam um sorriso gigante no rosto, ele acariciava o dedo em que ela tinha o anel de noivado.
- Esse anel ficou perfeito no seu dedo.
- Eu achei que você não viesse. – Disse ela olhando para o dedo.
- Eu fui um idiota, ainda bem que deu tempo de ajeitar as coisas, eu quero você para sempre, , eu quero fazer valer a pena.
- Vai valer a pena, já está valendo. – Ela levou a mão dele até sua barriga. Ele a olhou, sorriu e lhe deu um selinho, encostou a cabeça dela em seu ombro e ficou acariciando a barriga de sua noiva.
Lá estavam aqueles oito que, há quase um ano, não imaginavam uma mudança tão brusca de vida. Eles estariam de volta ao local onde o destino, fantasticamente, os uniu. De volta ao ensolarado Rio de Janeiro para muito mais histórias. O que os meninos não eram capazes de imaginar, é que junto com as bagagens, presentes e novidades, as meninas guardavam um segredo. Um segredo que elas carregariam até o fim da viagem...
Beijos girls, foi bom estar com vocês!
Até Casos de Verão 3!
Isa e Thali.
Última Nota da Beta: Ahhh, que orgulho da Isa e da Thali!! Esse final da segunda parte da fic ficou linda, não acharam? *-*
Meninas, eu agradeço de coração por vocês serem tão compreensíveis comigo e por me escolherem para betar CV2. Fiquei superfeliz!!
Vocês são escritoras incríveis, com mentes geniais e criativas. Além da relação "beta/autoras" se estabeleceu uma amizade entre a gente. Adoro conversar com vocês!!
Sucesso nas novas conquistas, na continuação da Fic, e que todos os seus sonhos se realizem!!
Por mais que eu não bete CV3, podem ter certeza de que irei acompanhar sempre que possível!!
Adoro vocês!!
Juízo, hein? haha
E para as leitoras...obrigada pela paciência, e é claro comentem muuuito para essas duas fofas!!