Escrita Por: Isa e Thali | Revisada Por: Thai Barcella
Capítulo 1
“É aquela velha história... Ou vai ou racha.” (Linus – Amigo de Charlie Brown)
– Não! Eu não vou! – Disse , batendo o pé e se jogando na cama.
– Ah, não, . Você vai e pronto! – insistia, pulando na cama.
– Pára de pular na minha cama! Você vai acabar fazendo nós duas cairmos.
– Nem adianta ficar de manha, ! A idéia foi sua. – Falou , saindo do banho.
– Ah, ! Mas eu não sabia que vocês iam aprontar isso comigo! Que saco!
– , conhecer o Rio foi idéia sua. Agora levanta esse traseiro mole da cama e vai se arrumar! – Disse , chutando-a da cama.
– Traseiro mole é sacanagem, ! Vocês são cruéis, cara! A idéia foi minha, mas foram vocês que distorceram a droga toda, eu queria ir ao zoológico, à praia... Não andar de bondinho! – se levantou e foi para o banheiro, toda molenga.
– Qual o problema de andar de bondinho? – Perguntou , olhando para .
– Ela tem pavor de altura! – Respondeu , dando de ombros.
– Ah.
– Nem acredito que a gente está no Brasil! – Comemorava Dougie, pulando na cama do hotel.
– Nem acredito que estamos de férias. Achei que o Fletch ia fazer a gente trabalhar! – Disse Harry, deitado na cama.
– Vamos logo, seus molengas! A gente tem muito que conhecer do Rio. – Tom entrou no quarto deles como um trovão, carregando um monte de mapas.
– Ah, Tom, a gente quer descansar. – Dougie fez biquinho.
– E a gente quer pegar umas brasileiras... – Disse Danny, entrando no quarto todo sorridente.
– Depois a gente faz tudo isso. – Tom dispensou as idéias com um abano da mão e consultou sua lista. – Hoje nós vamos conhecer o Pão de Açúcar.
– Vamos andar naquele bondinho? – Perguntou Harry, levantando a sobrancelha. (N.A.: Uau! Que sobrancelhas!)
– Aham... E vamos logo que eu quero chegar cedo lá.
desceu as escadas, encontrando as meninas assistindo à televisão. Eram nove horas da manhã das férias! Ninguém em sã consciência sairia às nove da manhã para andar naquela gaiola de vidro!
– Você vai assim, ? – Perguntou .
– O que tem ir com essa roupa? – perguntou, olhando para sem entender.
Não estava fazendo um calor tão grande, então optou pela sua calça grande cáqui (empréstimo do armário do primo), uma camiseta preta e All Star.
– Só que está meio estranho, só isso. – Respondeu .
estava usando uma bermuda jeans e uma camiseta lilás com uma borboleta; usava uma saia e uma camisa baby look branca e sandália; usava um vestido verde e sandálias rasteiras.
– Não está estranho! Só não quero que vejam a minha calcinha enquanto eu estou partindo para a morte...
– Ih, , não exagera! Além do mais... Olha pelo lado bom! – Falou . ”Qual lado? Morrer de uma queda imensa ou balançar em uma gaiola de vidro?”, pensou , amargamente. Seus pais não estavam lá, ela gostaria que estivessem... Assim poderia dar seu último adeus.
– Quem sabe, , a gente não encontre uns caras lindos nesse passeio? Aí vão achar que você é sapatão e nem vão te dar bola.
– Ah, cala a boca. Ela só está parecendo recruta do exército, sapatão já é exagero! – foi em defesa.
– Calem todas as bocas e vamos embora!
Tom já estava sentado na beira da cama, pronto para dar um ataque (N.A.: Fletchers, me desculpem. Mas, tipo, que coisa gay! Haha.), Danny ainda estava no banho, Dougie estava trancado no banheiro e Harry se encontrava jogado na cama, roncando alto.
Tom resolveu tomar alguma atitude. Bateu na porta de Dougie cheio de raiva.
– Sai dessa droga, Dougie! Parece mulher!
– Ah, querido. Eu estou ficando linda só para você e você ainda reclama? – Dougie gritou, fazendo voz fina.
– Sai daí, está ouvindo? Se não a gente vai se atrasar!
Ele bateu na porta de Danny, ameaçou jogar fora o seu pôster do Bruce Springsteen.
– Pronto! Já saí, Tom. – Danny passou por Tom, irritado, e jogou a toalha na cara de Harry, que pulou assustado. – Meu cabelo nunca fica bom quando eu quero.
– Para que tanto estresse, dude? A gente está de férias! – Harry falava, enquanto coçava os olhos.
Dougie entrou no quarto colocando o boné.
– O estresse é culpa do Tom! – Disse, olhando para o dito cujo. – Já chegou naquela época do mês, querido? – Dougie sorria para Tom, fingindo preocupação.
– Sabia! É TPM. – Harry bateu na testa. – Vamos logo, antes que a mocinha aí tenha um ataque.
Capítulo 2
“O Rio de Janeiro continua lindo...” (Aquele abraço – Gilberto Gil)
– Nossa! É lindo esse lugar. – olhava assustada
– Detestei! – Resmungou , colocando um boné, cobrindo os cabelos, e óculos escuros. – Quero voltar para casa.
– Não acredito que a gente cresceu no Rio e nunca veio aqui! – Disse , ignorando o comentário de .
– Estou louca para subir e ver tudo de lá de cima. – sorria, cobrindo o rosto do sol. – , por que você está com essa droga de boné e óculos escuros? Está parecendo um trombadinha!
As meninas começaram a rir. saiu andando, rabugenta.
– Ah, não! Volta, ! Volta aqui! – As meninas correram atrás dela, rindo.
Passaram por quatro garotos muito sorridentes. Elas não deixaram de olhar quando passaram. Nem eles.
– Dude, esse lugar é sinistro! – Falou Dougie.
– A gente vai ficar lá no alto, né? – Harry ficou admirado. – É um pouco assustador.
– Deixa de ser covarde, Harry! – Reclamou Tom, que ainda olhava um mapa. – Temos que achar o lugar para comprar entrada, eu acho.
– A gente pensa nisso depois, Tom. Vamos só aproveitar a paisagem...
Danny abaixou os óculos e olhou para as meninas que vinham correndo. A primeira parecia bem chateada e era um tanto estranha; a menina de camiseta lilás e bermuda, que vinha atrás, chamou bem mais a sua atenção.
Os outros três viraram, curiosos, cada um olhando para uma garota. Harry ficou admirado com a menina que vinha a frente. Ela era diferente, parecia um moleque com a calça larga, mas era um moleque bem lindo. Dougie pousou os olhos na menina de saia. Ele olhou para as pernas dela e sentiu um arrepio na espinha, ela era sexy. (N.A.: Só porque eu te amo, Isa. Hehehe.). Tom só tinha olhos para a menina que vinha atrás, o vestido esvoaçando com o vento, seus cabelos balançando naquela corrida alucinada atrás da menina com calça cáqui.
– Dude, vamos segui-las! – Dougie disse.
– Mas e se elas não estiverem indo comprar ingresso para ir ao bondinho? A gente vai perder... – Falou Tom.
– Tom, se formos atrás delas, não perderemos nada. Eu garanto isso, meu rapaz! – Danny falou e já saiu andando, perseguindo as meninas.
– Finalmente, você parou! – Arfou , cansada. – Isso não se faz, esse seu chilique me deixou toda suada. E fez a gente pagar mico na frente daqueles caras bonitinhos.
– Hum... Você está falando daqueles que estão vindo na nossa direção? – apontou a contragosto.
Elas olharam e viram os rapazes correndo na direção delas.
– Gente, vamos comprar logo os ingressos! Quero chegar lá rápido! – puxou as meninas.
Elas compraram e foram na direção do bondinho, ansiosas. Acomodaram-se no bondinho. ligou o iPod e colocou os fones, sem dar atenção para o que estava acontecendo. Só percebeu algo quando sentiu um empurrão e viu que mais gente tinha entrado no bondinho com elas.
– Dude, elas já estão entrando! – Harry apontou.
– Vai mais rápido! – Reclamou Dougie.
Tom comprou tudo e os quatro começaram uma corrida louca até o bondinho, que continuava parado, onde as meninas continuavam paradas, conversando. Eles entraram e ficaram olhando para as meninas, que riram. Harry ficou ao lado da menina da calça cáqui. Ela nem o olhou, parecendo concentrada na música alta que tocava no iPod.
ficou olhando para o loirinho com a franja caindo no olho. Era inevitável, ela parecia que o conhecia de algum lugar, não sabia de onde.
olhava para a paisagem. Ela percebia que era admirada por Tom, mas não deu o braço a torcer. estava ao lado de . Ela olhou para Danny na hora que ele lhe sorriu. Ela o identificou. Seu coração deu um salto. Ela examinou os meninos apenas para fazer uma checagem, teve certeza de quem eram. Ela pegou o celular e apertou alguns botões e depois o colocou no bolso, resolveu ficar calma.
O telefone de vibrou e começou a tocar “Clocks”, do Coldplay. Ela pegou no bolso mais fundo. Tinha uma mensagem.
“Levanta a droga da sua cabeça! Os caras do McFly estão do nosso lado! Uau! Beijos, .”
espiou pelo canto do óculos e viu os olhos azuis de Harry. Ela quase esqueceu que estava sacudindo em um bondinho de tão nervosa que ficou. Ela pegou o celular e fez o mesmo que .
Os telefones de e de tocaram ao mesmo tempo. Cada uma tocando uma coisa. O de tocou “She Will Be Loved” do Maroon 5, e o de tocou “Diamonds On The Inside” do Ben Harper. Na tela, a mensagem de apareceu.
“Sem chiliques, ok? Mas o caras do McFly estão do nosso lado. Pelo menos a gente morre feliz. Beijos, ”
As duas olharam automaticamente para os meninos, completamente assustadas. Eles abriram grandes sorrisos.
– Hi! How are you? (Oi! Como estão?) – Danny falou, sorrindo.
Mais uma onda de calor passou por elas.
(Atenção: Agora vou fazer tradução simultânea, ok? Finge que vocês estão falando inglês com eles. Estou com preguiça de traduzir tudo!)
– Oi! Primeira vez aqui? – Perguntou , sorrindo.
– É, sim. É a de vocês também? – Perguntou Dougie.
– Primeira vez no bondinho, sim. No Brasil, não. – sorriu. – Somos brasileiras, sabe.
– Ah... Legal. – Harry olhou para , que cantava em silêncio. – Ela é muda ou algo assim?
– Ah, não, é só que... – lançou um olhar de desaprovação e então resolveu puxar o fone de ouvido da menina.
deu um grito de dor e ficou com a mão na orelha, que estava bem vermelha.
– Está louca, ? Perdeu o senso de perigo, é? Podia ter arrancado a minha orelha! (Isso ela falou em português, óbvio!)
– Cala a boca, , e tira esse óculos horrível. – arrancou os óculos da amiga e colocou na bolsa. – O rapaz estava falando com você. – Ela apontou para Harry. sentiu-se corar.
– Hum... Oi! – Ela quase sussurrou. – Foi mal, é só que eu estava... Concentrada.
– Deu para perceber. – Ele riu e ela reparou que ele tinha o sorriso mais lindo que ela tinha visto, mais bonito que o pôster dele em seu armário. – Por que tanta concentração? Quero dizer... A vista daqui é linda!
– Francamente, eu não quero perceber quando esse treco cair! – Respondeu , enigmática.
Todos a olharam, assustados.
– Hã... Relaxa. A tem medo de altura, então ela está meio surtada nesse momento.
– Ah, sim. – Respirou Tom, aliviado.
Se eles morressem nesse acidente, Fletch faria questão de fazê-los voltar a vida só para matá-los por terem quebrado o contrato.
– Desculpa, como eu sou mal educado. – Danny deu um tapa em sua testa. – Eu poderia saber o nome de vocês?
– Eu sou a ... – Ela estava vermelha. – Pode me chamar de .
– E você...? – Dougie olhava para , sorrindo.
– , mas pode me chamar de , é mais simples.
– Que nome lindo! – Elogiou Dougie, olhando-a.
Era a vez de se apresentar, mas ela estava muito ocupada olhando para o chão de vidro e medindo o quanto doeria cair daquela altura.
– Ô, , sua lerda! – a cutucou.
– Ui... Ah, sim, meu nome é , e, para seguir a moda, pode me chamar de .
olhou para eles, fazendo pouco caso. Ela não era fã, nem ao menos conhecia o McFly direito, não tinha motivos para ficar nervosa. Bom, motivos ela tinha, seus olhos pousaram no loiro com a covinha que a olhava. Ela estava com um frio na barriga! Seria por causa da altura? Não... Ela não era tão fresca quanto . Poderia ser o rapaz, mas ela nem sabia o seu nome!
– ... – Ele esperava o acompanhamento. – Pode me chamar de mesmo.
As meninas riram, e deu para ver que Tom ficou um tanto decepcionado.
– O meu nome é Thomas...
– A gente sabe quem vocês são! – Disse toda animada, mas recebeu a cotovelada de e e um tapa no braço de .
– Besta! – Murmurou em português.
– Vocês sabem quem somos nós? – Perguntou Dougie, assustado. ”Ferrou! Agora elas vão dar uma de fãs loucas e nos agarrar... E eu que tinha tantos planos...”
– Você é o Dougie, este é o Danny. – ignorou a dor nas costelas e no braço. – Esse é o Harry e esse daí é o Tom.
– Não se preocupa, não, nós sabemos que vocês são do McFly, mas não vamos pirar ou algo assim. – tratou de acalmá-los.
– Para quem nós contaríamos? Vamos morrer mesmo. – deu de ombros, guardando o iPod que ainda estava pendurado em seu pescoço, dentro de um bolso. Harry riu.
– A gente estava pensando, depois desse passeio... Vocês gostariam de sair com a gente? – Arriscou Danny.
– Claro! – Respondeu bem rápido.
Nesse momento, o bondinho deu um tranco e parou de vez, pendurado bem alto. O tranco jogou todos para frente. caiu em cima de Harry; , de Danny ; , de Dougie e , de Tom.
– Se a gente for morrer agora, eu morro feliz! – Disse Harry, enquanto se levantava cheia de vergonha.
logo se levantou também, quase saltou de cima de Tom, mas ainda ficou um tempo ali. Dougie ficou muito feliz.
– Caham. – limpou a garganta, chamando a atenção da dupla. – , querida, saía de cima do menino, por favor.
– Ah, não! Deixa ela ficar um pouco mais! – Pediu Dougie, fazendo bico, mas já era tarde. tinha esticado a mão para ela e a fez levantar.
Eles ficaram ali em pé por alguns minutos, não tinham o que falar. ”Uau! Eu estava em cima do Dougie Poynter! Que sinistro!”, pensava olhando para Dougie. ”Alguém me belisca! Eu estou preso em um lugar com uma gata. Tudo bem, ainda tem três marmanjos do meu lado, mas nada que não se resolva!”, pensou Dougie, sorrindo para .
– Então, Danny, o que te traz a esses lados do mundo? – Perguntou .
– Férias. A gente resolveu fazer algo diferente, aí o Danny teve a idéia de a gente vir para cá, pegar uma corzinha, sabe?
– Até vocês estão precisando! – Provocou Harry, apontando para e . deu um soco em seu braço, revoltada. – Ai! Isso dói, garota!
Verdade que a duas passavam mais tempo trancadas em sem casa estudando e no computador, mas compará-las com eles já era sacanagem! Eles eram tão brancos que já estavam transparentes.
O bondinho deu uma sacudida, se apavorou e se aconchegou em Harry, assustada. Ele ficou nervoso com o toque da garota. Qual era o seu problema? Ele só tinha conhecido a menina agora. Ao perceber o que fez, se afastou, mas o apertado bondinho não lhe deu a possibilidade de ficar distante de Harry, já que os meninos aproveitaram esse momento para sentar ao lado das meninas que tinham se interessado.
O bondinho deu mais um solavanco, quase foi parar no colo de Harry dessa vez de tão assustada. aproveitou a idéia e também se encolheu ao lado de Dougie, que aproveitou para passar o braço nos ombros da menina. Tom tentou fazer a mesma coisa, mas se afastou no mesmo momento. Danny esticou o braço e sorriu, deitando a cabeça em seu ombro. ”Se vamos ficar presos aqui, que seja desse jeito!”, pensou , com a cabeça apoiada.
Capítulo 3
“Se as coisas fossem para ser fáceis, nós não iríamos para escola, iríamos para o parque de diversão.” (Ned – O manual de sobrevivência do Ned)
Demorou quinze minutos para o bondinho andar. Nesse meio tempo, tomou várias sustos provocados pelos solavancos do bondinho. Alguns deles eram provocados até por Harry, que se balançava para poder sentir o cheiro de menina mais perto de si.
Dougie já tinha engatado uma conversa com . Ele falou de Zukie, e ela contou que queria fazer veterinária. Ele ficou fascinado por ela e ela por ele. (N.A.: Preciso dizer que ficou? Putz! Ele é o Dougie Poynter, impossível não ficar!).
falou um pouco com Danny. Ela até contou que ia se mudar junto com a irmã e as meninas, ela iria terminar o ensino médio (isso causou um pouco de surpresa para Danny, ele a imaginava mais velha.). Ele tentou chegar mais perto dela, mas o chutava “sem querer” na hora que ele chegava mais perto.
– Ela parece meio braba, mas é gente boa. – tentou justificar para Danny, enquanto ele massageava a perna depois do vigésimo chute.
– Sem problema... É assim que o Harry gosta, mesmo! – Respondeu Danny sorrindo e olhando para os dois.
Harry agora dividia o iPod com , ele com um fone e ela com outro.
Tom tentou uma aproximação maior, mas não conseguiu muita coisa. estava mais concentrada na paisagem do que em Tom, ou pelo menos era o que ela fingia fazer. Eles conversaram um pouco sobre música e o Brasil. Os dois mostraram os seus itinerários e planos de viagem. Quando compararam melhor, viram que eram bem parecidos.
O bondinho deu mais um solavanco, todos já estavam se acostumando, mas dessa vez ele fez algo que os surpreendeu. Ele começou a andar! Tudo bem que estava descendo, mas já era um avanço.
pulou para fora do bondinho assim que ele tocou o chão. Ela se jogou no chão de um jeito cômico, fazendo todos rirem. Ninguém fazia idéia do quanto estava aliviada de ter descido de lá. Ela se sentia um tanto decepcionada, poderia ter ficado mais um tempo sentindo o cheiro de Harry, o que ela não sabia era que ele também gostaria muito disso.
– Vamos embora? – Perguntou .
– Vou para qualquer lugar que seja em terra firme! – Disse , olhando assustada e ajustando a calça que caía. (Quem mandou roubar roupa do primo?)
– Beleza, vamos para casa, então. – deu de ombros e saiu andando.
Os meninos olharam desesperados, vendo as meninas irem embora, afastando-se cada vez mais. Tom lançou um olhar de cachorro que caiu da mudança (Com o adicional da covinha. Ai, ai, ai.) para os meninos.
Dougie caminhou mais a frente e tocou no braço de de leve, causando-lhe vários arrepios. O toque da pele dela o deixava nervoso; ele tocando em sua pele a deixava louca.
– Vocês vão embora?
– Não temos mais nada para fazer, então a gente vai voltar para casa, mesmo. – o olhava nos olhos. Sua vontade era pular em seu pescoço e gritar, mas ela se conteve.
– Ah, não. Vocês disseram que sairiam com a gente! – Reclamou Danny, intrometendo-se. – Afinal, a gente precisa de alguém para mostrar o Rio, e, convenhamos, o Tom para fazer isso é uma droga.
– Ei... – Tom ia começar a reclamar, mas essa era a chance dele se aproximar de e ele não era nem tapado de desperdiçá-la. – É mesmo... Eu sou uma droga.
riu e ele abriu o maior sorriso. Tinha conseguido arrancar um sorriso da rabugenta, bom sinal.
– É melhor a gente ajudá-los! – Apoiou . – O que você acha, ?
ia abrir a boca para dizer que não. , que conhecia a irmã, começou a dizer.
– A se perde até dentro de casa, a opinião dela não importa muito. – olhou para Danny. – A gente mostra o Rio de Janeiro para vocês, com todo o prazer.
Dougie seguiu a frente com , ele tentou colocar a mão na cintura da menina.
– Que tipo de garota você pensa que eu sou, Poynter? Tira essa mão daí! – fingia estar brava, mas estava gostando de tudo aquilo. Só não queria que Dougie pensasse que ela era qualquer uma.
– Foi mal... – Desculpou-se. – Você é muito bonita, sabia? - Ela o olhou envergonhada e continuou andando. – Ei, me espera! – Disse Dougie, tentando alcançá–la. – Não me abandona assim nunca mais! – Sussurrou ele em seu ouvido, fazendo voz de bebê.
– Eu não espero por ninguém! – Sussurrou no ouvido dele. (Tudo bem, ela ficou meio assim: “Caraca, eu estou sussurrando no ouvido do Dougie Poynter. Uau!)
– Vou ter que me esforçar mais para te acompanhar, então... – Respondeu Dougie bem baixo.
Ela saiu correndo, e ele saiu correndo atrás.
ia um pouco atrás, não queria ficar de “vela”. Se ela conhecia bem , nesse momento, ela estava tremendo nas bases com as investidas de Dougie.
– Você é do tipo solitária, né, ? – Ela olhou e avistou Tom.
– . – Corrigiu, sem sorrir.
– Quê?
– Você me chamou de , não acredito que eu tenha te dado intimidade o suficiente para isso. - Tom a olhou triste e envergonhado, ela sentiu uma fisgada no coração. Ela tinha sido grossa com alguém que ela nem ao menos conhecia! ”Ela não quer nada com você, dude! Deixa de ser otário!”, Tom pensava nervoso. ”Ah, se é para ser otário, que seja até o fim. Ela parece ser do tipo que vale muito a pena ser otário para conquistar.””Que educação, hein, dona ? Sua mãe ia ficar extremamente feliz com isso. Pensa em algo para falar, cacete!” – Desculpa, Tom...
– Não acredito que eu tenha te dado intimidade o suficiente para me chamar de Tom. – Ela o olhou, assustada. Por essa ela não esperava. Ele riu da cara que ela fez. – Nossa! Você tinha que ver a sua cara! Ficou, tipo ‘oh, meu Deus!’. Relaxa, pode me chamar de Tom.
– Certo... Já tem idéia do que quer fazer amanhã?
– Tipo, nós juntos?
– Não força, Tom. Pelo que parece nós vamos passar muito tempo juntos, então quero aprovar os seus planos, para não parar em uma furada. – Ela não estava brava, estava rindo dele.
– Andei pensando em ir para a praia... – Ele sugeriu, com medo da resposta.
– Ótima idéia!
Ele ia começar a falar algo, mas foi interrompido por Danny e , que passaram correndo.
– SAI, DANNY! – saía correndo.
– VOLTA AQUI, GAROTA!
Eles passaram por Tom e .
– Ela roubou o meu alargador, disse que eu fico feio com ele! Saiu correndo com ele na mão! – Explicou Danny, aproveitando para respirar um pouco.
E voltou a correr atrás da menina.
vinha atrás, acompanhada de Harry.
– Você é sempre tão calada? – Perguntou Harry.
– Eu prefiro a palavra reservada. – Ela respondeu sorrindo. O sorriso dela o fez sentir um frio na barriga. – Feliz de estar no Brasil?
– Sim, agora, então, estou mais feliz ainda. A companhia é boa.
– Não força, Harry. Não combina com você essas cantadas, você não precisa dessas coisas. – ”Por que sempre que eu abro a boca sai droga?!”. – Quero dizer, você é muito inteligente, por isso, não precisa disso.
Ela tentou corrigir, mas o estrago já estava feito. Os olhos azuis do rapaz brilhavam com o sol.
– Você... – Harry tentou perguntar se ela tinha namorado, mas a atenção da menina já estava voltada para Danny e , que estavam muito próximos.
– EI, DANNY! QUE TAL DAR DISTÂNCIA DA MINHA IRMÃZINHA? – Ela gritou, fazendo Danny dar um salto para trás. – O que você estava dizendo, Harry?
– Hã... Nada demais. – Ele estava bem desconcertado. – Por que essa implicância com o Danny?
– Não confio nele, e você também não confiaria se fosse a sua irmã mais nova. – Ela cruzou os braços e bufou.
– Verdade! – Concordou Harry.
O pior é que era verdade mesmo. Quem queriam enganar? Estavam falando do Danny. (N.A.: Meninas que gostam do Danny, vocês nos perdoam pelo comentário? Ele é necessário para a continuidade da história. Prometemos que recompensamos vocês depois!).
Eles chegaram perto de onde estava o carro das meninas.
– Para onde vamos? – Perguntou , ofegante de tanto fugir de Danny.
– A gente poderia ir naquela sorveteria imensa que é a quilo! – Sugeriu .
– Sorvete? Vamos, sim! – Dougie pulava e batia palmas, animado.
– Mas a gente não sabe como chegar lá! – Reclamou Danny.
– Vocês tem carro? – Perguntou .
– O Tom teve a idéia de alugar um. – Respondeu Harry, apontando para o carro.
– A gente faz assim, a vai em um carro para dar as instruções. – Disse .
– Fantástico! – Comemorou Dougie. – Eu, , Danny e em um carro, e no outro, Harry, , Tom e .
– Não gostei dessa idéia! – Disse . – Façamos assim, no meu carro vamos eu, , Danny e Harry, e no outro vão vocês.
Arrumados nos carros, eles partiram. brigou com antes de entrarem, porque insistia que ela iria na frente com ela ou Danny iria na frente com ela. Harry achou que era porque ela não queria sua companhia, mas ela acabou tendo que aceitar.
Chegaram à sorveteria de dois andares e começaram a caça pelos sorvetes. Dougie encheu sua tigela a tal ponto que parecia uma torre pronta para despencar.
– Dude, manera no sorvete. Não queremos você doente nas nossas férias! – Sugeriu Tom.
– Relaxa, Tom. O Dougie tem um buraco negro no lugar do estômago, nada o faz passar mal! – Disse Harry enquanto roubava o biscoito do sorvete de .
– Ei... Devolve! – Exigiu , enquanto via Harry colocar o biscoito na boca.
– Vem pegar. – Ele sorria maliciosamente.
– É, , vai pegar! – Provocou .
Dougie, aproveitando a deixa, pegou um biscoito e repetiu a ação.
– Vem pegar, .
– Desculpa, Dougie, mas eu não gosto de biscoito. – Os outros começaram a rir, deixando Dougie sem graça e com um ar triunfante.
Depois de muita conversa e muito sorvete, eles se despediram. Já eram quatro da tarde e eles estavam cansados.
– Ei, a gente vai se ver amanhã? – Perguntou Dougie.
– Eu e a pensamos que a gente poderia ir para a praia amanhã... – Disse Tom.
– Ótima idéia! – Comemorou . – Onde a gente se encontra?
– A gente está no Copacabana Palace, a gente podia se encontrar lá na frente, às oito horas. – Disse Dougie, todo feliz. – Até amanhã, .
– Até amanhã, Dougie... – se despediu dando um beijo na sua bochecha, fazendo com que ele ficasse vermelho.
Era estranho, ele estava acostumado a ganhar beijos e abraços (pegadas na bunda...), mas com ela era diferente.
Já na casa da e da ...
– Caraca! Se um raio me atingisse agora, eu morreria feliz! – Gritou .
– Por que raio? Afogamento, fogueira, essas coisas também não funcionam, não? – Perguntou , jogando-se no sofá.
– Há, há, há... Você está muito engraçadinha, hein, dona ! – Disse , irônica.
– Ela está assim porque ficou pertinho do Harry, ela até dividiu o iPod dela com ele! – Observou , deitada no tapete.
– O que tem de mais isso? Eu o deixei ouvir meu iPod, isso não tem nada demais... – Defendeu-se.
– Ah, qual é! A gente é amiga há séculos, passamos por tudo juntas e você nunca me deixou pegar no seu “precioso” iPod. Nem a , que é sua irmã, consegue ouvir uma musiquinha ali! – Completou , provocando.
– Nem vem! Eu te vi dando o maior mole para o Dougie. E que história é essa de beijinho de despedida? – tentava desesperadamente mudar de assunto. – Cara, eu jurava que ele ia desabar depois daquilo, fiquei até surpresa...
– Surpresa por quê? – Perguntou , desconfiada.
– O cara é um pop star, já viu até aquela descerebrada da Lindsay Lohan e quase desmaia quando ganha um beijinho no rosto. Muito estranho! – Analisou .
As outras três começaram a rir.
– Por que vocês estão rindo?
– Ah, , só você mesmo para usar uma palavra como “descerebrada” para descrever a Lindsay Lohan. Mesmo quando você tem ataque de ciúmes, não deixa de ser nerd! – Zoou , dobrando-se de rir.
murmurou algo como: “Ciúmes? Nem morta...”, mas resolveu não falar aquilo alto, já que nem ela sabia direito o que sentia.
– E você e o Tom, ? – Perguntou .
– Ele é um cara muito legal! – Respondeu , fazendo cara de poucos amigos.
– Ah, qual é, ele é lindo, muito fofo e ainda tem aquela covinha... – Provocou . – Se você não pegar, eu pego.
– Nem pense nisso! – Avisou .
– Há! Você ficou afim dele! Eu sabia! – Riu .
– Sério, gente, eu não vou estragar tudo agora! Consegui entrar para uma boa faculdade, vou morar com vocês... Acham que eu vou estragar tudo por causa de um pop star com uma covinha realmente maravilhosa?
– Como eu disse, se você não pegar, eu pego! – Completou .
– Vocês estão loucas? Vocês não estão nem aí para o fato de isso ser só um casinho de verão? Piraram de vez? A única pessoa sã nesse lugar, além de mim, é a , que sabe os riscos que corre. – tinha se descontrolado. – E você, , é a ultima pessoa que deveria estar pensando nisso!
Ela subiu batendo os pés, deixando as meninas no andar de baixo com cara de tacho (N.A. – by Thali: Há! Eu rimei... Hehehehe... Desculpa, é que são duas de manhã, então eu estou meio surtada).
No hotel...
– Dude, o que foi isso? Eu achei que você fosse desmaiar! – Disse Harry, olhando para Dougie, que ainda mantinha a mão na bochecha.
– Sei lá, ela me deixa assim, com as pernas moles... – Respondeu Dougie, tentando sorrir.
– Há! Que otário... – Observou Harry, rindo.
– Você é o ultimo a falar qualquer coisa! Ficou todo de quatro pela . Nem sabia que você tinha uma queda por meninas agressivas. – Danny se jogava na cama de Dougie sem cerimônia.
– Ela não é agressiva. Ela só é... Reservada. – Ele riu quando respondeu, lembrando-se do que ela tinha dito.
– Bom, a minha perna cheia de hematomas diz o contrário. Fiquei até com medo de chegar mais perto da irmã dela. – Danny sorria. – Falando nisso, que irmãs, hein? Melhor ainda, logo quatro amigas? Isso é muita sorte...
– Não fala assim, Danny! – Ralhou Tom. – Elas são uns amores, gente boa de verdade.
– E HOTS! – Completou Dougie rindo.
– Isso também! – Apoiou Tom. – Deixa de ser sacana um pouco e pensa nelas.
– Qual é, Tom? A gente está de férias, e elas também. Para elas, isso também é um caso de verão.
– Só espero que isso não dê em droga depois... – Disse Tom, quase como prevendo.
– Tipo o quê? Elas se apaixonarem pela gente? – Arriscou Dougie.
– Não... Nós nos apaixonarmos por elas! – Disse Tom, saindo do quarto e indo para o seu quarto para tomar banho.
Tinha sido um dia cheio para eles, e eles não faziam idéia no que tinham se metido.
Capítulo 4
“Há algo no modo que você brilha na luz... eu me sinto um peixe fora d’água” (All The Fish In The Sea Are Stupid Sluts Anyway – Big Japan)
Elas não tinham dormido direito, era muita coisa para processar. se levantou da cama, passou por e , que dormiam no chão, e desceu. Depois de algum tempo, ouviu um barulho e viu de pé, olhando-a.
– Não conseguiu dormir, certo? – Perguntou . fez que não com a cabeça. A casa estava vazia, os pais tinham decidido viajar, e as meninas ficaram de dormir ali com elas enquanto isso. Depois disso, teriam mais três semanas e se mudariam para morarem todas juntas. – Você tem que parar de pensar nele, . – a olhava preocupada.
– Como faço isso, ?
– Se eu soubesse, te diria, com toda a certeza. Pensa assim, ontem você conheceu seus ídolos, o seu objeto de adoração ficou afim de você e daqui a quatro semanas nos mudaremos.
– A idéia de me mudar é a que mais me agrada, o resto eu não sei direito... Você que me pareceu bem animada com isso, e olha que você nem gosta de McFly, hein? – olhou para ela, os olhos ainda marejados de lágrimas.
– Ah, é só que o Tom é muito mais do que eu esperava, mais do que as suas quinhentas fotos do McFly no computador mostram, mas eu não vou ficar com ele, não. – Ela falava de um jeito que parecia mais para se convencer do que para convencer .
– Por que isso? Se tiver alguém que consegue ficar com outra pessoa sem se ligar completamente a ela, esse alguém é você.
– Porque ele tem namorada que eu sei. Isso me decepcionou, sabe. Ele me parecia o tipo correto. Não sei se interpretei errado como ele me tratou ontem, só que, se ele tem namorada mesmo, isso foi extremamente assanhado para o meu gosto. Ele terminou com ela, né? – Ela perguntava aquilo desesperada.
– Não, querida. Eu leio o Addiction todo o dia e não falaram nada disso, sinto muito.
sentia mesmo. Ela estava preocupada com tudo isso, não queria que ninguém se machucasse nessa história. Sabia que para os meninos era só um jogo, mas para elas poderia significar muito mais.
levantou algum tempo depois, foi direto para a cozinha.
– Você pretende ficar com o Dougie, ? – Perguntou .
– Se ele se comportar bem, sim! – respondeu, enquanto tomava o seu chocolate.
– Você não tem medo de se envolver demais? – olhava com curiosidade para a amiga.
– Medo, todo mundo tem. Como a gente escolhe enfrentá-los é que varia. – Observou sabiamente . – É uma chance única, não vou desperdiçar por besteira. Agora, se vocês me dão licença, eu vou tomar banho e me trocar, porque já são sete horas.
As meninas foram tomar banho e se trocar. foi rápida, já que tinha acordado mais tarde que as meninas. Ela tinha sido a única a dormir a noite inteira.
– Vocês vão com qual biquíni? – Perguntou , olhando os seus biquínis no armário.
– Eu vou com o meu preto de lacinho! – Respondeu , enfiando um boné mais uma vez.
– Com o meu biquíni azul claro. – Disse , fazendo um rabo de cavalo.
– O meu rosa de cortininha. – Falou , enfiando a camiseta.
– Então, vou com o meu lilás de lacinho. – deu de ombros e entrou no banheiro.
– Acho que elas não vêm! – Disse Dougie, olhando no relógio pela sexta vez. Eram oito e vinte.
– Calma, Dougie. Mulher atrasa mesmo. – Disse Tom.
– Há! A gente sabe, Tom. Esqueceu que a gente morou com o Danny? – Disse Harry, que recebeu um pedala de Danny.
Eles agora moravam no mesmo prédio para facilitar as coisas, todos no mesmo andar, apartamentos um do lado do outro. Era mais simples assim.
– Olha, elas estão chegando... – Apontou Dougie, animado.
Ele saiu correndo para falar com .
– Olha lá, Danny. A veio falando algo com a irmã dela. – vinha falando algo no ouvido de , que a olhava séria. – Aposto que é sobre a gente. Ela não foi com a minha cara.
– Deixa de ser babaca, Harry. Ela gostou de você sim, até dividiu o iPod com você. – Harry ia abrir a boca para dizer que não era nada demais isso. – Ela ama o iPod dela, não deixa nenhuma das meninas mexer, segundo a . Nem o Papa receberia autorização para mexer nele. Ela te deixar ouvir é um grande avanço. Aposto que ela está falando de mim.
– Olha, , eu só acho que você tem que pensar bem para não fazer uma burrada muito grande. Ele é o Danny Jones! Depois você vai ficar chorando no travesseiro. – aconselhava, esperando que desse certo. Elas chegaram bem perto dos meninos, então ela parou de falar. – Oi, meninos.
Eles as cumprimentaram. Dougie estava animado para ir à praia logo e já tinha saído rebocando para irem logo.
Todos se acomodaram na areia.
– Vamos, ! Vamos logo para a água! – Chamava Dougie, animado.
– Não, não, Dougie. Você vai passar protetor solar antes! – Disse .
– Passa em mim, então? – Perguntou, fazendo carinha de bebê.
– Vem cá que eu passo. – Ela chamou e começou a passar o protetor solar em Dougie. Ela começou a descer suas mãos pelas costas do rapaz, provocando um arrepio nele. Ela sorriu confiante. – Pronto. É só esperar um pouco agora.
– Nada disso, você tem que passar filtro soltar também, mocinha. – Disse Dougie. – Deixa que eu passo em você.
ficou nervosa cada vez que Dougie tocava nela, e ele estava adorando aquilo. Podia tocar nela sem ganhar um tapa em sua mão quando tentasse.
Eles esperaram um tempo, o que quer dizer cinco minutos, porque Dougie não agüentou de nervoso e saiu correndo rumo ao mar, e saiu atrás dele, chamando-o.
resolveu caminhar pela praia, Tom se ofereceu para ir com ela.
– Você gosta de caminhar, Tom? – Ela ajeitava a saída de praia.
– Gosto, a brisa do mar é gostosa. Então, , o que você pretende fazer da vida?
– ... – Corrigiu a menina. Ele murmurou um “foi mal”, e ela sorriu – Quero fazer faculdade de medicina.
– Uau, uma médica. Me avisa quando você começar a clinicar, quero ser o seu primeiro paciente! – Disse Tom, sorrindo.
– Vamos para dentro da água. – Chamou .
– Mas você ainda está com a saída de praia! – Disse Tom, enquanto era rebocado pela garota.
– Deixa isso para lá, vamos logo! – Ela falou e mergulhou antes da onda vir, enquanto Tom recebeu toda a água salgada na cara.
– Ei, pequena! – Chamou Danny. – Vamos para lá. – Ele apontou um ponto da praia completamente deserto.
– Beleza. – Ela se levantou. Nesse momento, seu celular tocou, e ela pegou para atender. – Oi!... Sim, eu estou na praia. Com quem? Com a , a e a . Certo... Certo... Te amo também.
Danny não tinha entendido uma palavra do que ela tinha dito, só a parte do “te amo”, isso ele conhecia bem. Interessou-se em saber quem era que tinha ligado.
– Quem era no telefone?
– Hã... Era... Senta aí, Danny, que vou te contar. – Ele se sentou na areia, olhando para ela. – Era o meu namorado, pronto, falei.
– Você tem namorado? – Perguntou Danny. – Há quanto tempo?
– Há uns três anos... A gente não dá certo há muito tempo, e...
– Foi por isso que a sua irmã ficou cheia de palhaçada comigo? – Ele perguntou, sem acreditar.
– Foi... Ela acha que vou acabar terminando com o Rafael para ficar com você e que depois você vai embora e vou ficar sem nada, arrependendo-me de tudo.
– Então, você não vai terminar com ele? – Perguntou Danny, esperançoso. Ele não era canalha, não ficaria com uma garota com namorado.
– Não... Acho que não. – Respondeu , de cabeça baixa.
– É melhor eu ir para a água, esfriar a cabeça.
– Eu vou com você...
Os dois foram para água.
Danny não entendia porque tinha ficado tão triste, existiam muitas garotas no Rio. O problema era que ele queria aquela, não qualquer outra.
– Sua irmã parece bem triste, o Danny também. – Disse Harry, que tinha saído da água e se sentava na canga junto com .
Ela não estava prestando muita atenção no que ele dizia, estava prestando mais atenção no corpo dele molhado.
– Vai ver ela contou para ele que tem namorado. – disse, tentando espantar os pensamentos pecaminosos que teve com um Harry molhado e só de bermuda.
– Ela tem o quê? – Perguntou Harry, sem entender nada.
– Namorado, oras. Eu fiquei insistindo que ela não deveria terminar com o Rafael pelo Danny, porque vocês vão embora e ela vai ficar sem nada. Por isso eu estava tão nervosa, tirando a questão de estar em um bondinho e morrer de medo de altura.
– Então, eu não te deixo... Nervosa? – Perguntou, chegando bem perto dela, mas encontrando como obstáculo o bico do boné. A respiração dos dois ficou ofegante.
– Nem um pouco, Judd. – Respondeu, levantando-se.
– Ah, não, você não vai escapar tão fácil assim! – Ele disse.
Harry correu, pegou a garota no colo, arrancou o seu boné da cabeça, jogando-o na canga, e saiu correndo com ela no colo para dentro da agua, passando por Dougie e .
olhava para Dougie com cara de ‘o que deu neles?’. Dougie olhou da mesma forma, mas deu de ombros, estava mais interessado em entrar na água com .
– Então, , vamos entrar também? – Disse Dougie, esperando uma resposta.
– A água deve estar muito gelada. Vai você, eu fico aqui olhando.
– Ah, ! – Dougie se sentiu desapontado. – Sem você não vai ter graça nenhuma. Vamos comigo, por favor, você não vai ter outra oportunidade dessas! – Disse Dougie, com cara de criança quando passa em frente à loja de doces.
– Ok, você venceu, mas não fica se sentido muito com isso, não, ok? Só estou indo porque agora deu vontade! – Disse , ficando corada.
– Uhum, sei! Então, vamos logo. – Dougie ia correndo, jogando areia pra cima, quando olhou pra trás e viu o observando. – Anda logo!
levantou, saindo do transe.
– Estou indo, apressado! – Disse, rindo depois que se pegou observando Dougie. Quando botou o pé na água, deu um pulo para trás. – Ai!
Dougie se assustou com o grito de .
– O que aconteceu agora? – Perguntou Dougie, já chateado com o showzinho que a menina fazia.
– Está fria demais, não vou conseguir entrar, vou congelar! – Disse , fazendo biquinho.
– Será eu vou ter que ir te buscar? – Disse Dougie, saindo da água.
o olhou com uma cara de medo. ”O que ele pensa que vai fazer?”, pensou isso.
Quando terminou de pensar, só sentiu o corpo gelado de Dougie encostar-se ao seu. Ele pegou-a no colo, levando-a a força para dentro da água.
– Você bebeu? – Disse , rindo.
– Por incrível que pareça, não! – Dougie sorriu para a menina, que sentiu um calafrio na hora.
não sabia o que fazer. Abaixou a cabeça. Estava vermelha de tanta vergonha, até que sentiu muita água em seu rosto. Quando ela deu por si, viu Dougie iniciando a famosa brincadeira de um tocar água no outro. (N.A. – by Isa: quem nunca fez isso na praia ou na piscina ou em outro lugar com água? Todo mundo um dia já brincou de tocar água um no outro, é tradicional.). A menina, na hora, entrou na brincadeira.
– Você é maluco, Dougie Poynter? – Disse , entre uma risada e outra.
Dougie foi se aproximando dela, que gelou na hora. O que ele iria fazer? Dougie segurou pela cintura e disse ao pé do ouvido da menina, o que a fez sentir calafrios:
– Eu seria maluco se eu tivesse com uma menina tão linda como você e não me divertisse.
– Não fale isso, fico sem graça! – Disse , fazendo seu charminho, enquanto seus corpos ficavam mais próximos.
– Só falo isso porque é verdade. – Dougie foi aproximando seus rostos.
Nessa hora, ela se esqueceu do mundo a sua volta, só enxergava Dougie se aproximando cada vez mais dela. Ele olhou bem fundo nos olhas da garota e viu que ela estava nervosa. Ele gostava quando deixava as garotas assim, mas com ela estava sendo diferente, não sabia realmente o que estava acontecendo com ele. Dougie sorriu para , que na hora fechou os olhos. Ele levou isso como um “siga em frente”, não queria desapontar a menina. Fechou os olhos e encostou seus lábios nos dela, sentiu algo que nunca sentira antes com qualquer outra menina, mas é claro ela não era qualquer menina, ela era especial. Dougie forçou mais suas bocas, abriu um pouco sua boca, dando permissão para que Dougie pudesse dar intensidade ao beijo. Ele foi esperto e entendeu o recado, encostou a ponta de sua língua na dela. Nessa hora, não sabia ao certo o que estava fazendo. Que situação era essa? Ela beijando seu ídolo na praia, para ela era inexplicável, parecia mais um sonho do qual ela não queria mais sair. Conforme o beijo ia ficando cada vez mais intenso, ia ficando mais apaixonado. bagunçava o cabelo de Dougie, e este passava sua não pelas costas de e sentia que ela ficava arrepiada, isso o fazia dar uns risinhos durante o beijo. e Harry, que estavam perto conversando e brincando, levaram um susto com a cena inesperada e começaram a rir.
– Meu Deus, eu sabia que isso iria acontecer, mas não tão cedo assim! – Disse , colocando a mão na boca.
– Pois é, esse é meu amigo, ele não resiste ao capricho da carne e nem a garotas hots! – Harry falou, recebendo um pequeno e “delicado” pedala de .
– Ai! O que foi que eu disse?
– Não fale assim da minha amiga, tenha mais respeito! – riu.
– Ok, não falo mais nada perto de você. – Harry fez cara de triste.
– Deixa disso, Harry, você não é mais criança!
– Ih, nem pode brincar com você. Bem, vou atrapalhar o casalzinho.
– Ah, você não vai fazer isso! Que coisa feia! – Disse , segurando o menino pela mão.
– Se fosse o Dougie, ele também atrapalharia o nosso beijo por essa causa. – Disse Harry, indo em direção a Dougie e , que ainda estavam se beijando.
ficou parada, assustada e feliz, ao mesmo em tempo que Harry seguia em frente. ”Como assim, “nosso beijo”? O que quis dizer com isso? Será que ele quer me beijar? Ai, meu Deus, não estou acreditando. Uau! Não... Não... Tira essa idéia da sua cabeça, ele é um pop star, é furada na certa!”.
– Ahaaaaaannnn! – Harry fez um barulho estranho para que e Dougie rompessem o beijo.
– Ah, qual foi, dude! Logo agora que estava ficando melhor? – Dougie disse, com cara de menino malvado.
– Dougie, não fala assim! – estava morrendo de vergonha. Harry estava rindo, e isso a deixava incomodada.
– Foi mal, dude, é só que estou indo procurar alguma coisa pra comer, aí achei que você ia querer ir junto. ”Não acredito que ele chamou o Dougie só para isso. Vou matar o Harry!”, pensava, enquanto escutava Harry terminar de falar.
– Caraca, você me fez parar para falar de comida? – Dougie não estava acreditando.
– Ah, cara, eu sei que se fosse você, também iria me atrapalhar. – Harry ficou sem graça ao ver que o amigo não gostou nada dele ter atrapalhado.
– Está bem! Você está certo, eu iria te atrapalhar mesmo! – Dougie admitiu. – , me espera que eu já volto. Vou arranjar algo pra comer com o Harry. Você quer alguma coisa? – Perguntou Dougie, enquanto botava uma mecha do cabelo da garota atrás da orelha dela.
– Não, Dougie, obrigada. – Respondeu , desapontada.
– Então, eu já volto. – Dougie se despediu com o selinho na menina, que ficou com um sorriso bobo no rosto.
Enquanto os meninos saíam, chegou perto de com uma cara de ‘ahá, eu vi você o beijando’.
– Não precisa dizer nada, eu vi que você viu! (N.A. – by Thali: Viu a redundância? Ela viu que a outra viu. Hehe... Coisas de Isa!) – disse, antes que pudesse falar qualquer coisa.
– Ei, calma, eu ainda não falei nada! – Disse , rindo. – Mas já que você falou, me conta tudo, desde o início.
– Ai... Foi mágico, não tem como explicar. Ele me chamou de linda, falou que era impossível não se divertir comigo do lado dele, aí ele veio e me beijou... – imitava, abraçando-se com seus próprios braços.
– , eu sei como você deve estar agora, mas entra na realidade, ele é um pop star, e só está de férias aqui. Não entra de cabeça, você não pode esquecer-se disso... – lembrava a amiga, que parecia estar no mundo da lua, não dando a mínima para o que ela estava falando. – , você escutou o que eu disse?
– Sim, , não me lembre disso. Eu sei o que vai acontecer, mas não pude evitar, foi mais forte. Eu sei que ele é um pop star e que vai embora daqui a umas semanas, mas eu vou aproveitar enquanto ele estiver aqui.
– Ai... Tenho tanto medo de você se machucar com isso. – sabia que poderia acontecer depois com , ela mais do que ninguém sabia, já tinha passado por isso com a amiga.
– Está bom, vamos mudar de assunto, por favor. Está muito bom por enquanto, e eu nem sei se a gente vai ficar, o Harry tinha que atrapalhar a gente. Mas me diz, como anda você e o Harry?
– Como assim, como a anda a gente? – se fez de desentendida.
– Ah, pára! Você sabe muito bem do que eu estou falando.
– Ai... Sei lá. Está bom assim do jeito que está, eu tenho medo de, sei lá, me apaixonar por ele.
– Sei como é. Mas ele não deu nenhuma investida ainda? Ele está se saindo mais lerdo do que eu imaginava.
– Claro que já, você não sabe o que ele me disse agora.
As meninas ficaram conversando sobre o assunto, enquanto Harry e Dougie estavam perto da canga, pegando o dinheiro para comprar alguma coisa, quando Tom e chegaram.
– Hey, dudes, o que vocês vão fazer? – Tom perguntou.
– Vamos procurar alguma coisa para comer. Nosso amigo Dougie perdeu muitas calorias agora pouco. – Harry ria de Dougie, que ficava vermelho.
– Como assim? – Tom não estava entendendo nada.
– Não foi nada, Tom, é palhaçada do Harry.
– Como assim, palhaçada? Beijar a agora virou palhaçada?
– BEIJAR A ? – Tom gritou, não estava acreditando.
– VOCÊ BEIJOU A ? – agora entendia o que estava acontecendo.
– Falem baixo! – Pediu Dougie, envergonhado. – É... A gente se beijou, e se não fosse o tosco do Harry, eu ainda estaria fazendo isso.
– Eu estou com fome. Não queria sair para comer sozinho! – Protestou Harry.
– Ah, qual é! Só porque você está no zero a zero com a , quer que todo mundo fique também! – Dougie disse, dando língua para o rapaz.
– Fiquem discutindo aí que vou continuar a minha caminhada. – saiu andando. –Você vem, Tom?
– Já estou indo... – Tom saiu andando atrás dela, ouvindo os meninos zombando dele, fazendo “Uh... Vai lá, totó!”
Os meninos caminharam um bom tempo, procurando algo que desse vontade de comer, até que passou um camarão no palito (N.A.: Aquele tipo que ficam horas no Sol numa bandeja que é levada para lá e para cá... ECA!). Dougie resolveu comprar aquilo mesmo.
– Dougie, isso não me parece bom, não! – Observou Harry.
– Olha só, eu não agüento mais andar de lá para cá, enquanto você rejeita tudo que é tipo de comida. Nós vamos comer isso e pronto.
Eles compraram, comeram e voltaram para onde as meninas estavam.
– Vocês demoraram! – Reclamou , fazendo biquinho.
– Desculpe... O Harry ficou todo enjoado, não queria comer nada, mas agora eu estou de volta. – Dougie se sentou ao lado de e a puxou pela cintura.
– Essa é a minha deixa para sair daqui. – deu um salto da canga, olhando para os dois, rindo.
– Agüenta aí que vou com você! – Chamou Harry, que se levantou e foi atrás dela.
O dia passou correndo. Sem perceberem, o sol já estava alto e as meninas resolveram que era hora de voltar.
Eles caminharam até o hotel e se despediram.
– Ei, como a gente vai fazer para se encontrar de novo? – Perguntou Tom.
se esticou até Tom e pegou o celular que estava na sua mão. Ela digitou alguma coisa nos pequenos botões.
– Pronto. Agora você tem o meu celular e o número da casa da , que é onde a gente está no momento.
Dougie chegou bem perto de .
– Me dá o seu telefone também? Assim a gente pode sair amanhã, só nós dois.
suprimiu uma risada, pegando o celular de Dougie, que pegou o dela também para adicionar o seu número.
esticou a mão para receber o telefone de Danny, mas ele se recusou.
– Você não quer o meu telefone? – Perguntou, olhando-o triste.
– Não... O seu NAMORADO precisa do seu telefone, eu não preciso de nada. – Ele respondeu, lançando-lhe um olhar frio.
encostou na parede, esperando as meninas acabarem com aquilo. Harry se encostou ao seu lado.
– Acho que você não vai me dar seu telefone...
– Supus que você não precisaria, elas já deram o telefone da minha casa. – deu de ombros, olhando para o seu chinelo.
– Se eu disser que eu quero muito o seu número de celular, você me daria? – Arriscou Harry.
– Hum... Não acho que você vá usar, mas... Me dá logo esse celular aqui! – esticou a mão e pegou o celular. Logo, o entregou com um sorriso.
Todos se despediram, alguns sorrindo, outros mais tristes.
Danny entrou no hotel rapidamente, não queria mais ter que ficar encarando e lembrando que ela tinha um namorado. ”Dude, ela tem namorado, só isso! Por que será que estou tão triste com isso? Nos conhecemos agora e ela me faz ficar nervoso, sem saber o que dizer.”
Tom caminhou até o quarto, animado. Tudo bem que nada tinha rolado entre ele e , mas dava para perceber que ela estava interessada nele. ”Ela me acha bonitinho! Deus abençoe essa covinha! Quem sabe isso não vá além... Essa garota me deixa nas nuvens!”
Harry abriu a porta do quarto com um sorriso largo, o dia passado fora fantástico. fugia dele, mas ele estava determinado a conquistar a garota. ”Ela dividiu o iPod comigo...”, repetia sorridente.
Dougie parecia flutuar pelo hotel. era tudo o que ele procurava em uma garota, e era dele, pelo menos por um tempo. Ele sentiu seu coração pesar, eles só poderiam ficar juntos por um tempo. Todo aquele romance tinha data de validade... ”Eu penso nisso depois. Enquanto isso, quero esse tempo dure para sempre.”
dirigia sem pressa, ela tinha passado uma das melhores tardes da sua vida com alguém que ela conhecia há dois dias! Para uma pessoa tão racional quanto ela, parecia difícil de crer que aquilo era possível. Tom era tudo o que ela mais sonhava nesse mundo.
– Bota aquele seu CD do McFly, . – Pediu , fingindo não estar interessada.
– Ué, desde quando você quer ouvir McFly? Você sempre manda a gente parar de idiotice, deixar de ser tão obcecadas por garotos do outro continente! – Disse , olhando para , como se ela tivesse sugerido que elas pulassem da ponte Rio-Niterói vestidas de Pokémon.
– Desde que o dono da covinha mais sexy do planeta apareceu na cidade Maravilhosa! – Respondeu , gargalhando.
– Ah, cala a boca! – Rugiu , toda vermelha.
– Ok... Deixa pra lá. Quais são os planos de amanhã, gente? – Perguntou , fingindo se esconder de , que abanava a mão, tentando dar um tapa nela.
– Ai, , você me acertou! – Gemeu , depois de ter recebido o tapa destinado a . – Os meninos não falaram nada, então acredito que será um dia só nosso.
– Me contem fora dessa... – As meninas viraram assustadas para , quase provocando um acidente sério, já que era para estar dirigido, e não olhando para , como se ela tivesse enlouquecido de vez. – O Dougie sugeriu que saíssemos só nós dois amanhã. - As meninas começaram a gritar todas felizes. – Quem será a próxima a cair nas graças dos McFly, hein? – Perguntou .
– Me contem fora dessa, gente. O Danny não quer me ver nem pintada de ouro. Ele ficou bem abalado com a notícia que eu tenho namorado. – parecia triste e confusa.
– Se você aparecer pelada para ele, eu tenho certeza que ele vai querer fazer muito mais do que te ver! – Disse , ainda olhando para a estrada.
– Ei! Olha lá como você fala da minha irmã! Ninguém vai ficar pelado aqui, não. Ainda mais ela, que tem namorado. – parecia alterada com a sugestão.
– Vamos encerrar esse assunto, certo? Nada mais dessas conversas. – Encerrou . Ela precisava pensar.
Já no quarto de Danny e Tom...
– Que cara é essa, dude? – Perguntou Tom, enquanto saía do banho com uma toalha enrolada na cintura. (Com aquela tattoo a mostra! Ai... Como eu queria ser uma mosquinha!)
Danny olhava para o teto, deitado na cama.
– Hum... Nada. Não seria legal se o mundo fosse controlado por macacos? Tudo seria tão mais simples! – Respondeu Danny.
– Poxa, Danny, bebendo a essa hora da tarde?
– Bem que eu gostaria...
Nesse momento, o quarto foi invadido por dois malucos de roupão.
– Amor... – Dougie pulou em Danny, segurando algo em suas mãos.
– Querido! – Respondeu o outro.
– Gays... – Resmungaram Tom e Harry ao mesmo tempo.
– Hey, Dougie, o que é isso na sua mão? – Perguntou Tom, enquanto Danny saía debaixo de Dougie.
– Minha filmadora! Achei-a na mala, quero gravar a nossa viagem! – Respondeu Dougie, animado.
– Ah, não! Mais um vídeo para a Internet, Dougie? – Harry passava as mãos pelos cabelos, mostrando nervosismo.
– Não! É mais para a gente ter mesmo, ter uma lembrança das meninas quando a gente for. – Essa última parte foi quase como um sussurro.
Mas eles deixaram a tristeza de lado quando, na vez de Harry falar, ele correu para o banheiro com a mão na boca.
– Harry, está tudo bem? – Perguntou Tom.
Em resposta, ele ouviu o barulho de algo caindo no vaso.
– Ele não está nada bem – Observou Dougie. Nesse momento, ele botou a mão na boca e correu rumo ao banheiro. – Nem eu!
Harry voltava meio tonto para dentro do quarto.
– Dude, o que está acontecendo?
Mais uma vez, não houve resposta, só uma poça de vômito lançada ao pé de Tom.
– Argh... Que nojo! – Tom tampava o nariz.
– Vai ser uma longa noite! – Sentenciou Harry, tentando se recuperar.
Capítulo 5
“Quando o sol de cada dia entrar
chamando por você
querendo te acordar
vai ter sempre alguém pra receber
Dizer para esperar
Você já vai chegar...” (Canção pra quando você voltar – Leoni)
– , SAIA DESSE BANHO! – esmurrava a porta, tentando tirar do banheiro, para que ela tomasse banho.
– Já estou saindo...
– ISSO FOI O QUE VOCÊ DISSE HÁ QUINZE MINUTOS! DÁ PARA SER OU TÁ DIFÍCIL? – começava a se estressar.
saiu sorridente, com uma toalha envolvendo o corpo e outra os cabelos.
– Eu tenho que estar muito linda para o Dougie hoje.
– Ué, você está planejando reencarnar a tempo para o encontro de hoje? – perguntou com cara de inocente. – Porque para você ficar bonita, só reencarnando. - deu a língua e tacou uma almofada na menina, que caiu do banco que estava sentada. – Isso dói...
– O Dougie ligou, ? – Perguntou , apreensiva.
– Nada ainda. – respondeu, ainda encarando o celular da menina, como se esperasse que isso fizesse com que ele tocasse. – Estou tentando usar do meu controle da mente Jedi para fazê-lo ligar.
As três rolaram os olhos. Nerd, como sempre.
Elas tinham incumbido da tarefa de cuidar do telefone e monitorar se Dougie ligaria. O telefone de casa e todos os celulares estavam na mesa perto do computador, enquanto os observava.
– São onze horas da manhã, gente! Ele até agora não ligou... – Resmungava .
– Vai ver aconteceu alguma coisa. – Disse , entrando no banho.
– Vai ver ele comeu um daqueles camarões na praia, chegou ao hotel e começou a vomitar. – Sugeriu , olhando para o nada.
– Ai, , deixa de ser lerda! Isso nunca aconteceria! – jogou mais uma almofada na menina.
Para acalmar , elas fizeram pipoca, brigadeiro e assistiram alguns filmes. foi proibida de ver os filmes, já que sua função era monitorar os telefones. Ela deu de ombros sem se importar, colocou os fones de ouvido e começou a cantarolar ao som de “RUN”, do Snow Patrol.
O relógio de pulso de tocou avisando que já eram seis horas e nada de Dougie ainda.
– Eles foram para uma boate e ele me esqueceu! – Choramingava , no colo de .
afagava os cabelos da menina e estava no seu quarto, sem saber do circo que estava ocorrendo.
– Agora vai acabar essa palhaçada! – se levantou rápido, provocando a queda de , que bateu com a cabeça no chão.
– Ai... – gemia, sem entender o que ia fazer.
Ela viu a amiga sair do quarto de , onde estavam, e ir para o de .
– Ei, o que você está fazendo? – Perguntou , tirando os fones de ouvido.
– Vou ligar para eles. – Rugiu.
A verdade é que o que mais mexeu com foi a idéia de que Tom poderia estar em uma boate nesse momento, com uma loira de peitos enormes.
As meninas entraram no quarto correndo bem a tempo de ouvir quando Tom atendeu.
– ONDE VOCÊS ESTÃO? – perguntou, gritando.
– Hã... – Tom parecia confuso com o tom da menina. – A gente está no hotel. – Ele disse, como se fosse óbvio.
– QUEM VOCÊS PENSAM QUE SÃO? A MINHA AMIGA AQUI ESPERANDO O DOUGIE LIGAR E VOCÊS VÃO PARA UMA BOATE E VOLTAM PARA O HOTEL COMO SE NADA ESTIVESSE ACONTECENDO!
– ... Eu... – Tom tentava falar.
– ELA FICA AQUI TODA TRISTE E VOCÊS VÃO PARA A FESTA!
– Olha...
– SÓ PORQUE VOCÊS SÃO BONITOS E GOSTOSOS, ISSO NÃO DÁ O DIREITO DE VOCÊS BRINCAREM COM A GENTE!
Tom sorriu do outro lado. Ela o achava bonito e gostoso? ”Ok...”, pensou Tom. ”Isso é muito legal, mas ela ainda está gritando como uma louca no telefone...”
– , CALA ESSA BOCA! – Tom gritou, ainda rindo. se calou do outro lado. As meninas ouviram Tom gritar e se esconderam para que nenhum objeto pesado voasse na cabeça delas. Agora é que a bomba iria explodir. Ninguém gritava com , nunca. Mas, para a surpresa geral da nação, se calou calmamente e escutou o que Tom tinha a dizer. – Olha só, a gente não foi para festa nenhuma, nós não saímos do hotel desde que nos despedimos de vocês, e, para falar a verdade, talvez nem sairemos hoje. O Dougie e o Harry estão bem mal, não param de vomitar.
– Mas por que o Dougie não ligou para ela? – Perguntou , toda educada.
– Ai, meu Deus, a se acalmou mesmo quando gritaram com ela? Isso é o sinal do apocalipse! – botou as mãos na cabeça, fingindo desespero, e as meninas riram. olhou feio para elas e elas se calaram.
– O Dougie não queria ligar porque não queria que ela soubesse que ele estava doente. Ele disse que ela provavelmente viria para cá e ele ficou com vergonha de vê-la, por estar vomitando como um louco.
– Coitadinho do Dougie! – Disse . ouviu e se assustou.
– O que aconteceu com o Dougie?
– Ah, ele e o Harry estão doentes, estão vomitando como uns loucos. Por isso que ele não ligou. – Tom esperava do outro lado da linha, ouvindo o que elas diziam. – Tom, a gente está indo aí. Não conta para os meninos, não.
– O quê? Você está louca? O Dougie e o Harry vão me matar se vocês aparecerem. – Tom ficou desesperado.
– Relaxa! É só dizer que a gente apareceu sem avisar para fazer uma surpresa. Agora eu vou desligar. Tchau, Tom.
Ela ouviu um “Tchau, ” e desligou toda feliz.
– Cara, você é sádica! Os garotos estão com a cara no vaso e você sai com esse sorriso! Que maldade. – olhou assustada.
– Não é isso, sua anta! Eu vou ter uma oportunidade de cuidar de alguém, tipo paciente e médico.
– O Tom amaria brincar de médico com você! – disse, com uma olhar malicioso.
– Cala a boca, tapada. Vamos nos arrumar logo que eu quero chegar lá rápido.
escolheu uma roupa e saiu procurando por sua maleta de primeiros–socorros. (N.A. – By Thali: [As N.As. estão sendo mais minhas porque a Isa está viajando, juro que não sou tão chata!] Tem uma amiga minha que quando viaja leva uma maleta dessas, resolvi homenageá–la um pouco).
Levaram quinze minutos para se arrumar. foi dirigindo, porque não estava em condições de dirigir.
– Ai, que nervoso! Meus primeiros pacientes. – Ela abraçava a maletinha.
– Estou dizendo, essa garota pirou de vez. Que sádica... – repetia, enquanto dirigia.
– Vou entrar na faculdade de medicina já com alguma experiência. – Ela olhava para o teto, sonhadora. – Será que eles me deixam tirar sangue deles?
– VOCÊ NÃO VAI MEXER NA PRECIOSA VEIA DO MEU DOUGIE! – pulou do banco de trás para tentar enforcar .
– Ei, eu estou dirigindo! Dá para tentar matá–la depois? – olhou para , tentando segurar o riso.
As meninas se acomodaram no banco, quietas.
– ... – Chamou .
– Oi...
– Se você tentar fazer qualquer coisa com o Harry, eu juro que te arrebento. – Quando terminou de falar, as meninas começaram a rir.
– É assim que se faz, maninha! – incentivava.
– Cara, agressividade rola no sangue de vocês pelo visto, hein? – Observou .
Mais alguns minutos e elas estavam na porta do hotel. Andaram rumo ao saguão. Chegando à recepção, pegou o celular e ligou para Tom.
– Já estamos aqui. Pede para liberarem a nossa entrada.
– Estou indo aí agora.
Tom desceu com uma bermuda florida e uma camiseta do Weezer.
– Hey, vamos? – Ele fez sinal para que as meninas subissem.
As meninas pegaram o elevador, nervosas, chegaram em um quarto. Tom passou o cartão e abriu o quarto. Harry estava estirado em uma das camas com cara de morto, Danny estava na outra cama, deitado com o violão, Dougie estava no banheiro.
– Esse é o quarto deles? – Perguntou .
– Não. Esse é o meu e do Danny.
– Harry… – Chamou .
– Oi... – Ele respondeu fraco, olhando devagar.
– Como você está se sentindo? – se sentou na cama, sentindo-se “A MÉDICA”.
– Um caco.
– , deixa que a gente cuida disso, ok? – caminhou até a porta do banheiro. – Dougie!
– ? O que você está fazendo aqui? – A voz de Dougie vinha abafada por de trás da porta.
– Vim cuidar de você, Dougie, e não adianta dizer que não quer. Sai daí logo para a gente ir para o seu quarto. – estava com as mãos na cintura.
Dougie saiu do banheiro mais branco que o gasparzinho, mais branco que aquela camiseta do comercial do Vanish poder O2.
– , eu não estou com ânimo para isso.
– Ah, cala a boca, Dougie. Vamos logo.
já estava com o cartão do quarto nas mãos, Harry se encontrava pálido e abatido ao seu lado.
Elas saíram do quarto e foi atrás.
– Gente, vocês estão tirando os meus pacientes!
– , deixa que a gente cuida disso, ok, querida? – Finalizou , fechando a porta na cara de uma surpresa. – Vai se divertir com o Tom-Covinha-Sexy-Fletcher.
Tom tinha ido atrás e estava vermelho com o comentário de .
Já dentro do quarto dos McFlys doentes, a história era muito diferente...
– Nada contra esse negócio de ter garotas bonitas no meu quarto, mas hoje não dá. – Harry forçava um sorriso.
– Harry, a gente não está aqui para isso. Vem cá, o que você comeu ontem? - foi até o ar condicionado, não achou um botão, mas achou um controle remoto. Depois de apertar uns quinhentos botões, conseguiu fazer a bodega funcionar.
– A última vez que a gente comeu foi na praia. – Harry olhava para o nada. – Foi camarão.
e se olharam assustadas e tiveram de segurar o riso. estava certa, afinal de contas.
– Ok... Vocês estão vomitando muito? (N.A.: Sei que essa parte tá meio nojenta, mas a gente jura que compensa vocês! Palavra de escoteiro!)
– Não mais. – Respondeu Dougie.
– Certo... Dougie, vai para o banho agora, bem gelado e coloca uma roupa confortável. – dava instruções. – Harry, deita um pouco, você é o próximo a tomar banho.
Dougie tomou banho e apareceu só com uma boxer do Bob Esponja, derrubou o copo que carregava com a visão. Harry se levantou bem devagar e foi tomar banho também.
– Você está... Bem. – Foi a única coisa que ela conseguiu dizer.
– E eu escovei os dentes também. – Ele disse, chegando mais perto de , fazendo com que os narizes se tocassem.
soltou uma risada nervosa.
– Se isso era para soar sexy, você falhou.
– Hum... Veremos.
Ele puxou pela cintura e a beijou bem forte. As mãos passeavam pelas costas da menina, e ela ainda estava meio imóvel.
Depois de alguns segundos, parecia ter sido ligada. Ela colocou as mãos em volta do pescoço de Dougie, e eles começaram a caminhar até a cama, onde caíram. Dougie começou a beijar o pescoço da menina. Eles logo saíram do transe (N.A.: Eu disse TRANSE, ok? Um momento fora do consciente. é que eu fui mostrar isso para uma amiga e ela achou que eu tinha escrito aquela outra palavrinha. Hehe.) quando ouviram Harry gritar.
– !
saiu correndo, preocupada, ela tinha estado na outra parte do quarto que era como uma sala, para dar privacidade aos pombinhos.
– Aconteceu alguma coisa, Harry?
– Esqueci de pegar uma roupa para mim. Você pode pegar?
– O Dougie não pode fazer isso, não? Ou a ?
Ela tinha vergonha de mexer na mala. Só Deus sabe o que não estaria guardado naquela mala.
– Não... Eu prefiro que você mexa. É só pegar uma boxer aí dentro. ”Ai, meu Jesus Cristinho, eu estou mexendo na mala do Harry Judd, meu príncipe encantado. E eu ainda tenho que pegar uma boxer para ele? Será que se eu pegar uma e vender no Mercado Livre, ele se importaria? Não... É melhor não. Ai, isso é um sonho! Me belisca!”
Como se lesse pensamentos, ela deu um belo beliscão no ombro de .
– Ai, , isso dói!
– , o Harry está te chamando há um tempão.
Ela deu um pulo e se levantou correndo, pegou uma boxer xadrez, bateu na porta, mas ninguém lhe deu atenção.
– Está aberta.
– Eu não vou entrar aí, você está pelado! ”Ai, meu Deus, Harry Judd pelado! O que eu fiz para merecer tanta coisa boa?”
– Não tem problema nenhum, eu estou de toalha.
– É, mas vai que ela cai! Aí é “Olá, pequeno Harry”.
e Dougie começaram a rir descontroladamente.
– Te garanto que não existe pequeno Harry. Pena o Dougie não poder dizer a mesma coisa.
Dougie parou de rir e ficou encarando a porta fechada com cara de ofendido. cruzou os braços, fazendo cara de poucos amigos.
abriu a porta, mas não entrou. Ela esticou o braço e entregou a boxer, toda sem jeito.
– Só para constar, não existe pequeno Dougie.
– Sei disso, Dougie. – olhou maliciosa.
Nisso alguém bateu na porta. , para fugir do clima estranho, correu para atender a porta. Um homem entrou com um carrinho abarrotado de comida.
– O que é tudo isso? – Perguntou Harry, que saía do banheiro secando o cabelo.
– O jantar de vocês. – Respondeu .
– Você quer que a gente vomite de novo? Nada pára no nosso estomago. – Dougie olhava para ela com cara de “Qual é o teu problema?”
– Olha só, quando eu e a viajamos com os pais dela, a gente fez a burrada de comer o camarão também, só que a gente não teve a sorte de vocês. – tentava explicar. – Por algum motivo, vocês só vomitaram depois de comerem esse treco. Eu e a não só vomitamos como tivemos febre e diarréia. – Os meninos deram risadas quando ouviram “diarréia”. – Ah, vocês são duas criancinhas mesmo, hein? Ter diarréia não é engraçado! Bem, a mãe da cuidou da gente assim. Então, nós resolvemos fazer assim também. Só não entendi como vocês só tiveram esse sintoma...
– Vai ver eles criaram anti-corpos por causa daquela comida horrível que é a comida inglesa! – Provocou rindo, deixando os garotos com raiva.
– Isso não teve graça! – Disse Harry, fazendo biquinho. (Ai, ai, ai... Que biquinho!).
– Vamos logo, vocês não comem há muito tempo.
começou a tirar os pratos do carrinho e colocar na mesa, sinalizou para os meninos se sentarem. Eles se sentaram. botou na frente deles um prato com batata cozida, arroz e peito de frango.
– A gente vai comer ISSO? – Dougie não parecia muito feliz com o prato.
– Come e não azucrina, Douglas. – se sentou em outra cadeira ao lado dele.
se sentou ao lado de Harry.
– Quer que eu faça aviãozinho para você comer? – Perguntou , em tom de zoação, vendo a cara que o rapaz fez para a comida.
– Ah... , faz aviãozinho para eu comer? – Pediu Dougie, fazendo cara de bebê.
deu um longo suspiro, pegou o garfo e fez aviãozinho. Dougie começou a comer animado. Harry protelou, mas comeu.
Depois de terminado o jantar, as meninas ainda empurraram frutas e suco para eles.
– Vocês têm de se manter hidratados. – Disse , empurrando um copo imenso de limonada para Harry.
– Como vocês estão se sentindo? – Perguntou .
– Cheios! – Respondeu Harry.
– Nenhuma vontade de vomitar? – Perguntou .
– Nope. – Respondeu Dougie.
– Então, a gente já está indo. – Despediu-se , pegando a mochila preta do sofá da ante-sala do quarto e indo para a porta.
– Vocês vão embora? Mas e se a gente passar mal no meio da noite? – Dougie olhou para com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança.
– Além do mais, está muito tarde para vocês irem embora. – Harry ficou bem próximo de , próximo até demais.
tremia sem saber o que fazer. Ficou fitando seus olhos azuis por um longo tempo, suas pernas pareciam não possuir ossos nenhum.
– , SÃO ONZE HORAS! – gritou.
– O quê? Ai, meu Deus! – saiu de perto de Harry, agradecendo mentalmente o ataque de .
– As meninas! Vou ligar para a para ver o que aconteceu. Ela vai querer matar a gente.
sacou o celular e apertou a discagem rápida. Alguém atendeu, mas não era .
– Tom? O que você está fazendo com o celular da ? Ah, ela dormiu. Não... Eu não estou pensando besteira, longe de mim pensar besteira sobre isso. A também dormiu? Então o jeito é a gente dormir aqui hoje. Obrigada, Tom. Boa noite para você também. Tchau.
– Elas dormiram? – Perguntou .
– Eles estavam assistindo um filme e acabaram pegando no sono.
– Então, vocês vão ter que dormir aqui, pelo visto. – Harry fingiu aborrecimento.
– É melhor vocês não dormirem com essas roupas, sabe. Elas são muito desconfortáveis, fiquem só de calcinha que vocês dormem melhor! – Sugeriu Dougie, como quem não quer nada.
– Há! Você acha que nós somos idiotas, né, Dougie? – olhou para ele, indignada. – Mas você falou algo certo, calça jeans não é um pijama aceitável.
– Nisso ele teve razão! – Concordou , pensativa.
– Eu sou um gênio! – Sussurrou Dougie para Harry, que sorriu orgulhoso.
– Se elas fizerem o que você sugeriu, eu te dou o que você quiser. – Harry murmurou de volta.
– Eu só quero você, meu amor. – Dougie agarrou Harry.
– Ah, que lindo, eu também te amo. – Harry o abraçou.
– Hey, desculpa atrapalhar o namoro, mas eu queria saber onde a gente pode se trocar. – Disse .
– Se trocar?
Antes de receber uma resposta, Dougie conseguiu ver o que elas tinham em mãos: eram camisetas deles mesmos, que estavam no topo das malas abertas.
As meninas entraram no banheiro.
– ?
– Oi.
– Hum... Sei que você vai me matar por pedir isso, mas você poderia dormir com o Harry hoje?
– QUÊ?!
– Quero dizer, na mesma cama.
deu de ombros. Dormir em uma cama com Harry Judd? Ela faria isso com o maior prazer.
Elas saíram do banheiro sob os olhares atentos dos meninos.
– Vamos dormir, minha linda? – Dougie perguntou para .
– Vamos. – tinha ficado vermelha.
se deitou na cama de Harry e se cobriu, ela sentiu que Harry também tinha se deitado.
– Boa noite, .
– Boa noite, Harry. – Ela estava a centímetros dele. – Ah, se você tentar dar uma de engraçadinho para o meu lado, eu te arrebento.
– Eu nunca tentaria algo assim, . – Disse Harry sorrindo, admirando a menina virar para o lado.
deitou-se na cama nervosa. Dougie também estava muito nervoso. ”Se controla, Dougie. É só uma garota, dude. Ok... Ela não é SÓ uma garota, ela é A garota. E eu vou dormir ao lado dela. Deus abençoe o Danny pela idéia de vir para cá. Para alguma coisa esse traste presta!”
– Boa noite, Dougie. – se virou, olhando nos olhos dele.
– Boa noite, . – Ele se despediu, dando um selinho nela.
Por um impulso, o puxou para mais perto e lhe deu um daqueles beijos de cinema. Deixando o rapaz sem ação, ela virou para o outro lado e sentiu que ele abraçava a sua cintura, puxando-a para mais perto dela.
Muito boa noite mesmo.
Enquanto isso, no quarto dos McGuys saudáveis...
– Não acredito que elas me deixaram de fora! – se jogou na cama, irritada.
– , não fica assim. Foi melhor. – Tom sentou na cama e começou a afagar os cabelos de bem devagar.
– Não é justo fazer isso, eu quero ser uma médica, droga. – Choramingava .
Ela não estava tão triste assim, mas era bom ver como Tom se importava com ela. Ai, o carinho dele era tão bom.
– Eles estão em boas mãos. Se você estivesse lá, ia ficar sobrando. – Ele queria que ela nunca mais saísse de lá.
– Aqui não está tão mal assim... – Ela sussurrou, virando-se pela primeira vez e dando de cara com aquela covinha.
– Não está nem um pouco ruim, mesmo. – Ele foi se aproximando, nervoso. Ela conseguia sentir a respiração dele. ”Ele tem namorada...”, ela conseguia ouvir seus pensamentos. ”Não, querida. Não li nada sobre um possível término de namoro. Eles namoram há uns três anos. O nome dela? Ela se chama Giovanna.” ouvia tudo aquilo em sua cabeça, tudo o que ela tinha perguntado para as meninas sobre o namoro de Tom ecoava em sua cabeça.
Antigamente, ela se sentiria revoltada por um cara tentar beijá-la tendo uma namorada. Agora, só sentia-se triste por saber que aquele cara não poderia ser dela. ”Namorada estúpida! Larga um cara desses em outro continente. Ela bem que merecia ser chifrada, mas não é justo com ninguém.”
– Hum... Vou lá falar com a . Obrigada, Tom.
Ela se levantou e foi até a ante-sala. Deixou Tom confuso, ainda sentado na cama. Danny tinha levantado para tomar banho.
– Ei, tudo bem? – Perguntou , olhando para .
– Ah, está tudo tranqüilo. – tentou espantar os pensamentos.
Ela sentou ao lado de , que jogava algo no celular. Alguém bateu na porta.
– TOM, tem alguém na porta. – Disse .
– Ué, você está do lado da porta! – Gritou Tom.
– Mas o quarto é seu! – Respondeu .
– Ai, você é muito preguiçosa. – Tom passou por elas, rindo, deu língua. – Você também, .
– O quarto é de vocês, eu sou uma mera visita. – Ela disse, dando de ombro.
Tom abriu a porta e deu passagem para um homem de uniforme, carregando um carrinho com melancias e sanduíches.
– Isso é coisa da e da ! – Disse .
– Com os cumprimentos do quarto ao lado. – O homem de uniforme empurrou o carrinho até o quarto e se retirou.
Todos foram para dentro do quarto. Danny entrou no quarto só com uma toalha. engasgou com um pedaço de melancia que tinha na boca. Ele sorriu. Pela primeira vez, depois de um bom tempo, ele tinha sorrido para ela. Ela ficou vermelha, e ele também. Tom percebeu o que ela tanto olhava.
– Danny, bota uma roupa! Daqui a pouco a vai botar o coração para fora. – riu, e só desejava que um buraco se materializasse para ela se enfiar e que uma bigorna, como aquelas de desenho, caísse na cabeça de Tom.
Danny entrou no banheiro com um sorriso de orelha a orelha, saiu e se juntou aos outros em um “jantar”.
Resolveram assistir um filme, Danny se jogou na cama.
– Senta aí, . – Ele apontou para o lugar vazio ao seu lado.
se sentou, rindo. Era bom ter Danny feliz com ela de novo. Ele pegou o controle remoto e ficou passando canais.
– Pára nesse, Danny! – Pediu , sorridente.
– Nesse filme? – Danny torceu o nariz.
– Eu amo “O Diário de Bridget Jones”. – Disse .
Danny mudou de canal mesmo assim.
– Ah, Danny, volta! Por favor. – pediu, olhando para ele.
– Ai, não faz isso que eu não resisto – Pediu Danny. Ele voltou para o canal.
sorriu para , triunfante.
se sentou na cama de Tom, que sentou ao lado dela.
– O que será que eles estão fazendo lá naquele quarto, hein?
– Conhecendo os garotos, nem queira saber.
– Conhecendo as meninas, não está acontecendo nada. – disse, metendo-se na conversa.
De repente, seu celular começou a tocar. Ela olhou o visor, seu sorriso murchou.
– Eu já volto.
Ela se levantou e botou o celular no ouvido. Danny ficou sério, e correu para ouvir a conversa que estava acontecendo na ante-sala, mas não era necessário ficar com o ouvido colado na porta. Para falar a verdade, toda Copacabana tinha ouvido aquela... Conversa.
– Não, eu não estou em casa. QUER PARAR DE GRITAR! EU NÃO ATENDI AO TELEFONE DE CASA PORQUE EU NÃO ESTOU EM CASA.
– O que eles estão falando? – Perguntou Danny.
– Deixa de ser fofoqueiro, Danny. Isso é coisa de mulher! – Ralhou Tom. – Mas o que eles estão conversando?
– Ué, você não disse que isso era coisa de mulher? – botou as mãos na cintura.
– Sempre achei o Tom meio estranho... – Comentou Danny, que tomou uma almofadada.
– Eu só acho que a conversa não está indo bem, fiquei preocupado. – Explicou Tom, envergonhado.
– Deixa para lá... Ele parece ter ligado para a casa dela, e ela, como não estava em casa, não atendeu e ele ficou meio chateado.
– MEIO? – Tom ironizou.
– EU SOU UMA ÓTIMA NAMORADA, VOCÊ É QUE É UM LESADO. ONDE EU ESTOU? EU ESTOU NA CASA DE UNS AMIGOS DA MINHA IRMÃ, PORQUE ELES PASSARAM MAL E A GENTE FOI VER COMO ELES ESTÃO! SE VOCÊ NÃO ACREDITA, NÃO É PROBLEMA MEU!
– Ih... A coisa está pesada. – Comentou Danny, mesmo sem entender um pingo da conversa.
– NÃO VOU CONTINUAR DISCUTINDO ISSO COM VOCÊ. ESSA CONVERSA ACABOU PARA MIM. ACABOU! SERÁ QUE EU TENHO QUE SOLETRAR PARA VOCÊ? TCHAU, RAFAEL. EU DISSE: TCHAU!
Ouviram um baque, o celular tinha sido tocado na parede. Os três ficaram imóveis.
– Danny... – Chamou .
– Hum.
– Vai lá.
– Vai aonde?
– Atrás da , sua anta! – Tom o empurrou, rumo à ante-sala.
Danny entrou e viu jogada no chão, chorando. Ele se sentou ao seu lado, passando o braço em seus ombros e puxando-a para si. Ela começou a soluçar mais alto.
– E-e-el-ele d-di-di-disse c-coisas h-horríveis sobre mim.
– Ei, ele não te merece.
– Merece, sim, Danny, eu que tenho sido cruel com ele. Ele disse que não me conhece mais, que não sabe o que está acontecendo. Eu sou uma pessoa péssima.
– Você é uma pessoa ótima, é linda, educada. E eu digo isso porque te conheço há três dias, ele te conhece há três anos. Se ele não viu isso até agora, é porque é um perdedor. – Ele olhava para ela, que ainda chorava.
Mesmo assim, ela estava linda. O nariz vermelho e os olhos inchados deixariam qualquer garota feia, mas não ela. Ela fazia o seu coração bater acelerado.
Eles ficaram assim, até que Danny olhou e viu que ela tinha adormecido. Ele se acomodou e fechou os olhos também. E assim eles adormeceram.
– Vou ver esse dois. – se levantou, Tom foi junto.
Eles chegaram ao batente da porta e viram os dois dormindo. se levantou, pegou uma coberta e colocou nos dois. Voltou para o quarto e se deitou na cama para assistir ao filme.
– Eu vou tomar banho, já volto.
– Ok... – esticou o braço, pegou um sanduíche e mordeu com força.
Tom saiu do banho todo animado.
– Sabe, , eu andei pensando. O que você acha... – Ele olhou para e viu que ela dormia levemente em sua cama.
Ele trocou de roupa. A calça de tremia, mas ela nem se movia. ”Isso que é sono pesado”. Tom esticou e colocou a mão no bolso de trás de . ”Por favor, não queira me matar por isso, eu juro que, por mais que esteja sendo legal colocar a mão aí, não é nada divertido saber que não é com o seu consentimento.”
Ele pegou o celular e atendeu. Era .
– A está dormindo, e a também. Ela está dormindo na minha cama, sim, mas não pense besteira. A está com o Danny, mas não conta para a , o McFly não sobrevive sendo um trio. É melhor vocês dormirem aí mesmo. Boa noite, . Tchau.
Ele deitou na cama de Danny, cobriu-se e dormiu sorrindo. ”Essa foi a melhor idéia que o Danny já teve.”
Capítulo 6
“Estou sonhando de dormir ao seu lado
Estou me sentindo como um pequeno garoto perdido numa
nova cidade” (Sleeping to dream – Jason Mraz)
(N.A. – by Thali: Desculpa gente, sei que o outro capitulo ficou muito longo, mas é que eu me empolguei escrevendo. (Voz do além: Thali, sua anta, você se empolgou foi muito). Prometo que faremos os outros mais curtos. Culpem a Isa também, ela viajou e me deixou sem supervisão. É ela que diz quando eu escrevo demais, quando ela não está eu exagero. Tô parecendo criança... Hehe... Bom, voltando ao assunto: espero que vocês estejam gostando. Serei mais objetiva nos próximas capítulos, até porque a Isa vai escrever alguns do próximos. Espero que vocês gostem desse capitulo! Beijos)
acordou animada e olhou no relógio. Eram sete e meia. Ela tinha acordado sete e meia e não estava com um pingo de sono! Era quase um milagre. Ela olhou para Dougie, que dormia ao seu lado. Não conseguiu impedir de abrir um sorriso imenso com aquilo. ”Anotação mental: Escrever uma fic sobre isso depois.”
Ela se levantou sonolenta, olhou para a cama onde e Harry estavam e abafou uma risada. estava praticamente em cima de Harry, a cabeça encostada no peito do rapaz, o braço o abraçava e a perna direita em cima. Harry estava com o braço ao redor do seu pescoço. ”A vai ficar muito envergonhada quando acordar”. Ela desejou ter uma câmera. De repente, sorriu. A sua câmera estava na mochila preta de . Ela pegou rindo, ligou a câmera e tirou a foto, mas o flash estava ligado e foi direto na cara... De Dougie.
– Ai... O que foi isso? – Dougie parecia assustado.
– Estava tirando uma foto da e do Harry. - Dougie levantou a cabeça e riu. Ele levantou rápido e pegou a filmadora. – O que você está fazendo?
– Filmando o Harry e a , oras.
Mas tropeçou no tapete do quarto, derrubando o telefone da mesinha, fazendo e Harry acordarem com a barulheira.
– Ai, o que foi isso? – falou.
– Estávamos tirando umas fotos suas e do Harry.
– Por quê? – Ela perguntou.
Sua resposta veio logo quando Harry disse, em tom de brincadeira:
– Você poderia sair de cima de mim? Não é que não esteja gostando, é que preciso ir ao banheiro.
pulou para fora da cama.
– Desculpa.
Eles se arrumaram logo. Dougie tomou banho e se arrumou. Os dois foram para a ante-sala esperar e Harry.
– Como você está?
– Bem melhor. Vocês terem vindo cuidar da gente foi o melhor remédio, sem dúvida nenhuma. - ficou vermelha. - – Você é linda, sabia? – Dougie afastou uma mecha de cabelo de .
– Aposto que você diz isso para todas as garotas.
– Normalmente, eu diria que eu nunca disse isso para garota nenhuma, mas sim, eu disse isso para várias garotas já. – baixou os olhos, decepcionada. – Mas você é a primeira que, quando eu falo, eu fico nervoso. É verdade, você é linda, só que você é mais que isso. Você é... Especial.
, na hora, deu sorriso de orelha a orelha. Quando ela imaginaria que seu ídolo iria dizer para ela que ela era especial?
– Dougie... – Ele levantou o rosto, olhando fixamente nos olhos dela. – Você é muito fofo! – Disse , apertando as bochechas do rapaz. Dougie rolou os olhos, não acreditando. – Hum... Cortei com o clima, né?! – Disse envergonhada e se sentindo a mais burra de estragar o momento mais fofo de sua vida (até agora).
– É... Mas é quase impossível você conseguir estragar alguma coisa.
Dougie abraçou pela cintura e a puxou para mais perto. entrelaçou seus braços no pescoço de Dougie, e se beijaram apaixonadamente.
– Oh, que lindo! O amor é lindo, né, ? – Harry saiu de trás da porta do quarto.
– Apoiado, Harry, vai ficar ainda mais lindo em vídeo! – sorria abobada.
– Vocês filmaram? – parecia em pânico.
– Não só filmamos como tiramos fotos. – Harry olhava triunfante. – É a nossa vingança pessoal.
– "Nossa vingança pessoal", Harry? Nossa vingança já mostra que é pessoal! – Disse , olhando para ele com cara de "ele bebeu, só pode ser".
– Ai, gente, que vergonha! – enterrou a cabeça no peito de Dougie, que sorriu, dizendo obrigado mentalmente a Harry e . Aquela era uma lembrança que ele queria levar para o resto da vida.
– Fica assim, não, , depois eu deleto. – ”Há! Como se eu fosse deletar isso. Nem morto!”, pensou Dougie. – Agora, vem,vamos tomar café.
Enquanto isso, no quarto de Danny e Tom...
acordou com uma dor de cabeça infernal. O que tinha acontecido na noite anterior mesmo? Ah, claro, tinha brigado com seu namorado. Levantou a cabeça e viu Danny. O que ele estava fazendo ali? O que ela estava fazendo com a cabeça no colo dele? Lembrou-se que fora ele quem ficou com ela na noite anterior, consolando-a.
se mexeu, tentando não acordar Danny. O rapaz dormia pesadamente, encostado na parede, com um sorriso estampado no rosto. ”Ai, ele fica tão lindo assim. Queria ficar assim com ele para sempre.” A menina tentou se levantar, mas foi impedida por algo que a puxou. Ela percebeu que era Danny, que nem parecia ter dormido. Seus olhos estavam atentos e brilhantes, sem sinal algum de cansaço. Ele a puxou para mais perto ainda.
– Danny... – chamou, quase implorando. Ele colocou um dedo em frente aos seus lábios para que ficasse quieta. Nada estragaria aquele momento, nada. Ela tentou lutar contra aquilo por um tempo, mas depois desistiu. O beijo foi cortado por , que lembrou de seu namorado (N.A. - by Isa: eu mataria meu namorado, por aparecer na minha mente justo nesse momento.). – Danny, isso não está certo, ainda estou com o Rafael. E também não é justo com você, eu gosto dele, mas a gente não está dando certo e eu vou terminar com ele, mas ainda estamos juntos. Se você quiser esperar... Mas acho que você não faria isso, até porque você é um pop star, e nunca iria esperar por uma menina que você só conhece há uns dias, e... – falava tão rápido que Danny fez uma cara de assustado.
– Nossa, como você fala! – Disse Danny, puxando e lhe dando outro beijo.
“Eu gosto dele”. Essa frase foi ecoando pela cabeça de Danny, enquanto estava super entrosado com o beijo. ”Mas por que ela aceitou esse outro beijo? Ela devia ter negado. O que ela está querendo? Usar-me só pra depois fica dizendo que pegou um pop star? E o que diabos eu ainda estou fazendo com a minha boca na boca dela?” Danny pensava, enquanto beijava (N.A. - by Isa: não sei como ele consegue pensar isso enquanto beijo, mais a gente espera tudo de Danny Jones) (N.A. - by Thali: Apoiado a sua N/A, amiga).
– Ok, o que você está achando? Que você está com ele, gosta dele, mas vai ficar comigo? – Danny falava.
– Mas você quem... – tentava dizer alguma coisa.
– Olha aqui, garota, me esquece, vai ficar com seu namoradinho, porque é dele que você gosta.
– Danny, o que você está dizendo? Eu disse que vou terminar com ele! – tentava relembrar.
– Deixa de ser cínica, garota. – Danny se alterava, já de pé, apontando para . – Você não vai terminar com ele, você gosta dele, você é uma vaca.
se levantou na hora em que Danny a xingou.
– Você está maluco? Quem você pensa que é? Você não tem direito de me xingar. Agora sou eu quem faço questão de não olhar mais na sua cara.
saiu correndo de dentro do quarto, chorando desesperadamente, rumo ao quarto de Dougie e Harry. Sua irmã estava certa, Danny não valia nem um pouco. Como ela pôde ser tão burra? Quem ele pensava que era?
acordou assustada com o barulho da porta batendo, junto com Tom, que perguntou assustado:
– O que foi isso?
– e Danny. – lembrou-se que os dois estavam em outra sala. – O que ele fez com ela?
– Vamos saber agora. – Tom disse, levantando e indo para onde estavam Danny e .
Quando chegaram, viram um Danny chorando como criança.
– O que aconteceu aqui? – Perguntou , abaixando-se e ficando de frente para Danny.
– A gente brigou feio. – Dizia Danny, ainda chorando.
– Sabia que não ia dar certo vocês dois dormindo juntos aqui. – Disse Tom.
– Mas por que vocês brigaram? – perguntou, ignorando o comentário de Tom.
– A gente se beijou, só que ela disse que não estava certo por causa do imbecil do namorado dela. Ela disse que ainda gosta dele... – Danny ia contando enquanto chorava. e Tom prestavam atenção em tudo.
bateu na porta, uma sorridente abriu. Logo que olhou a amiga, seu sorriso murchou.
– O que aconteceu, ?
– Eu e o Danny brigamos. – As lágrimas rolavam sem cessar.
– A gente não pode deixar a ver isso ou ela vai lá matá-lo. – puxou para dentro.
– Eu não posso ver o quê, ?
Tarde demais, entrava na ante-sala, calçando o All Star. Ela olhou para .
– O que aconteceu entre você e o Danny?
– Ele me beijou... – respondeu, fraca. Ela viu os punhos de cerrarem. –... E eu retribuí, mas aí eu pensei no Rafa e disse que gostava dele, que não achava justo fazer isso com ele. O Danny se irritou e nem me deixou explicar... Foi muito ruim.
ouvia em silêncio. Ela foi rumo à porta, as meninas tremeram, mas só o que ela fez foi fechá-la direito.
– Vai ficar tudo bem, querida. – Ela se sentou ao seu lado e a puxou para o colo.
– Você não vai matá–lo? – Perguntou , curiosa.
– Não... O erro foi da , não dele.
– Foi erro meu? – olhou, incrédula.
– Ah, qual é? Se você não quisesse, não o beijava. Quando um não quer, dois não beijam. – limpou as lágrimas dela. – Você gosta dele?
fez que sim com a cabeça.
– Mas foi como você disse... É furada.
– , EU acho que é furada e por mais que eu queira te proteger de todos os problemas do mundo, eu não vou conseguir fazer isso. Então, a escolha é sua.
– Você já sabe o que fazer? – Perguntou para .
Ela mexeu a cabeça em sinal afirmativo.
– Vamos lá, ?
olhou para ela e confirmou.
– , a gente está indo para a casa, ok? – ia abrir a boca para reclamar. – Ei, estou dizendo eu e . Tenho certeza que o Dougie vai amar te levar para casa. Toma as chaves para você entrar, e se despeça dos meninos pela gente.
pegou a mochila e elas saíram andando, sem dar tempo de protestar. Deixaram uma confusa e intrigada na ante-sala.
Capítulo 7
“É tudo sobre você.” (All about you – McFly)
Danny resolveu tomar banho para se acalmar. se sentou na cama, pensando no que tinha acontecido.
– Que confusão, né? – Tom a tirou de seu transe. Ela o olhou, intrigada. – Tudo isso, sabe. Nunca vi o Danny chorar por uma garota.
– E você... Já chorou por uma garota? – Ela não agüentou, tinha que perguntar.
– Pela Gio. – sentiu o coração apertar. – Eu chorei milhões de vezes por ela.
– Ela deve ser uma pessoa ótima... – Elogiou .
– É, sim! Ela é maravilhosa, muito amiga. – Tom sorria enquanto falava. – Estou soando muito piegas, né?
– Não, que isso. Você é romântico. São raros os caras românticos na nossa idade. - ”Solteiros, então, não tem nenhum”, pensou desgostosa.
– Você gosta de caras românticos? – Tom estava incrédulo.
– Claro que sim! Por que o espanto?
– Nada... É que você me parece do tipo que não se interessaria por caras como eu.
– Tipo: famosos, inteligentes, bonitos e gostosos? – Ela percebeu a bobagem que tinha falado, mas já tinha saído. Paciência. Tom ficou em silêncio, digerindo a conversa. – Eu vou ver como a está. – saiu como um furacão pela porta.
Tom, depois de um tempo, se tocou no que tinha dito. ”Ela me acha gostoso mesmo? Bom saber!”, Tom pensava e ria de si mesmo.
– DANNY, ESTÁ TUDO BEM AÍ DENTRO? – Tom gritou para que Danny escutasse.
– Está tudo certo. – Danny saía do banheiro com os olhos vermelhos e inchados.
– Dude, nunca pensei em te ver chorando por uma garota... – Tom dizia, olhando para Danny, que se deitava na cama só com uma boxer.
– Nem eu, Tom, nem eu... – Danny falou, virando-se.
O assunto morreu, Tom percebeu que Danny não estava para papo, resolveu não insistir no assunto. Foi para o banho, lembrando da noite anterior que fora muito divertida.
TOC! TOC! TOC! batia na porta do outro quarto. Harry escutou e foi abrir.
– Oi, . – Disse Harry, seco, afinal, não estava nada feliz com por ter ido embora e nem se despedido.
– Nossa, está tudo bem? Posso entrar? – perguntou.
– Ah, claro, desculpe, entre.
– A está melhor, você sabe? – estava angustiada, Harry não falava nada.
– Não sei. Ela foi embora com , e nem se despediram.
– Ah, entendi o mau humor. – disse rindo, Harry fechou a cara. – Ih, foi mal! E a também foi? ”Que pergunta idiota, claro que não, o Dougie está aqui. Dã!” falava com ela mesma.
– Não, está lá dentro com o Dougie.
– Hum, será que você pode chamá-la para mim? Sabe como é, não gosto de ver certo tipos de cenas, se é que você me entende! – deu um riso cínico.
– Oh, sim, claro. Espera aí, rapidinho. – Disse Harry, indo até o quarto onde estavam e Dougie.
– Ahanhan... – Harry fez um barulho estranho antes de entrar no quarto, evitando ver algo não muito, hum... Estranho para ele.
– Pode entrar! – Escutou Dougie falar.
– Tem certeza? – Perguntou Harry.
– Entra logo. – O outro retrucou.
– Estou entrando, hein... – Harry ria. – Nossa! – Ele ficou espantado com que via. – Vocês estão bem? – O rapaz perguntou, achando aquela cena estranha.
– Claro, por que não estaria? – perguntou, não entendendo o espanto do menino.
– É, por que não estaria? – Dougie refez a pergunta, e rolou os olhos.
– Ham... Oorque você está na minha cama e a na sua... – Harry dizia e ia apontando.
– E daí? – Perguntou .
– Bem, se eu conheço o Dougie, nesse momento, ele estaria na cama dele junto com você, colocando uma boxer, com a cara vermelha de vergonha. – Harry dizia aquilo com naturalidade.
– Harry, quem você acha que eu sou? – perguntou.
– Harry, meu caro, você está me deixando constrangido. – Dougie fazia voz fina.
– Dougie, você sabe que é verdade!
– Foi ela quem não quis... – Dougie disse.
– Ah, sabia, eu te conheço. – Harry falou, piscando para ele.
– Eu sei, amor, não tem ninguém que me conheça melhor que você. – Dougie fez voz de mulher.
– Então, andei pensando... Que tal ir para o Cristo Redentor hoje? A gente está precisando se animar! – Disse , tentando ignorar a conversa que incomodava.
– Beleza. Será que o Danny vai querer sair? – Perguntou .
– Se não quiser, a gente o carrega. – Harry se levantou e pegou o celular, preparando-se para sair.
– O que você está fazendo, Judd? – olhava para ele.
– Vou ligar para a para que ela encontre com a gente lá. – Ele respondeu, simplista.
– É melhor, não. Deixa ela lá com a , que ela está precisando mais que você. – tirou o celular de sua mão.
– Que saco! – Ele murmurou, colocando as mãos nos bolsos e saindo de cabeça baixa.
Enquanto isso, no quarto dos outros McGuys...
– Danny, sai dessa fossa. Conversa com ela!
– Não quero, Tom, pára de insistir! – Danny vociferou. – Quero sair e esquecê-la.
– Meninos! – chamou.
– Estamos aqui dentro!
– Vamos para o Cristo Redentor! Querem ir? – Chamou .
– Ótima idéia! – Disse Danny.
Tom deu de ombros. Em poucos minutos, eles saíram rumo ao Cristo Redentor. Dougie estava no saguão, esperando .
– Vamos, Dougie! – sorriu.
Dougie alcançou e pegou em sua mão. Os dois saíram de mãos dadas, ostentando enormes sorrisos. (N.A. - By Isa: apoiado pela Thali – *sorriso de orelha a orelha* imaginando ele lindo, gostoso, como está agora, fica fácil, né?!).
Danny saiu do hotel olhando para baixo. Ele tinha que esquecer de qualquer jeito. Harry estava com o celular na mão, decidindo se ligava ou não para .
Tom passou a mão pelo ombro de e assim os dois saíram andando. Ela tinha decidido. Que mal faria um dia se deixando levar? Afinal, ela tinha passado boa parte da sua vida jogando conforme as regras.
saiu do banho e encontrou sentada na cama, fitando o chão.
– Você tem certeza que vai fazer isso?
– Tenho. Eu não o amo, sabe? Quer dizer, se eu o amasse, não faria isso com ele, não é?
– Eu acho que quando a gente ama, não tem jeito de querer trair à outra. O Lucas não me amava.
– Mas você o amou, ? Tipo, você ficou bem mal quando descobriu o que ele fez?
– Nem sei se eu o amei.
– É por isso que você foge do Harry?
– É, talvez seja. – fitou o nada. – Agora vamos logo, você tem um namoro para terminar.
– O meu dia está cheio e não são nem meio-dia ainda. Tomei o fora de um pop star e agora vou terminar o meu namorado de três anos por ele. Eu sou muito idiota, né?
– Hum, acho que isso é genético.
pegou a chave e elas saíram de casa.
O Space Fox que Tom tinha alugado acabou sendo uma ótima idéia. Todos couberam ali sem grandes apertos. Por mais que Dougie insistisse que poderia ir em seu colo, Tom garantiu que daria para a menina ir sentada. Danny fez a viagem calado, sem soltar uma piadinha. Harry resolveu que não ligaria, mandaria uma mensagem.
Em alguns minutos (N.A. - by Thali: A gente faz parecer que o carro é a jato. De copacabana até o cristo... Alguns poucos minutos?), eles estavam lá. Uma mulher vendia flores, Tom correu até lá e comprou uma para .
– Para mim? – Perguntou, encantada.
– Não, é para o Danny. Eles estão namorando, você não sabia? – Harry soltou sarcástico.
– Ei, não seja grosso só porque a te abandonou! – Ralhou Tom. – É para você, sim, minha linda.
, sem pensar duas vezes, deu um selinho em Tom. Ele ficou parado com cara de paisagem, enquanto os outros saíram andando.
– Você bem que poderia fazer algo assim. – Reclamou . – Ser romântico não mata ninguém.
– Eu estou sendo eu mesmo, . Você deveria ficar feliz que não estou sendo falso.
– Que desculpa esfarrapada! – Resmungou .
Eles subiram animados. Danny já estava mais animado, pena que o mesmo não servia para , que, há alguns quilômetros de lá, estava prestes a tomar umas das mais difíceis decisões da sua vida.
parou o carro em uma casa amarela, tirou as chaves da ignição e tentou sorrir para a irmã.
– Quer que eu entre com você? – Perguntou, olhando para , que se mantinha pálida.
– Não, faço isso sozinha, mas obrigada por ter me trazido.
– Ok... Se precisar de mim, eu vou estar no shopping aqui perto. – abriu a porta para sair. – Vai dar tudo certo, você vai ver.
– Espero que você esteja certa.
ligou o carro de novo e arrancou.
– Eu também espero.
Dougie estava atacado com a filmadora. Filmava tudo. Desde Danny e Harry fazendo um concurso de cuspe do alto do Cristo Redentor (que ele participou depois, deixando de câmera man temporária), até Tom e conversando ao pé do ouvido.
– Você poderia perder cinco minutos comigo pelo menos, Dougie? – Perguntou .
– Eu só vou filmar mais um pouquinho, ! Nossa, você está chata hoje.
Ela ficou vermelha de raiva e saiu batendo o pé. Passou por Tom e , que conversavam felizes.
– Vocês se conhecem desde quando?
– Bom, a e a se conhecem desde o jardim de infância, mas eu só as conheci quando estávamos com nove anos, e ... Bem, ela veio no pacote, sabe? Pague um e leve dois. – sorria. – Ela é dois anos mais nova, mas parece que é da nossa idade e, às vezes, até mais velha. E vocês e os meninos se conheceram só na banda, né?
– Como você sabe? Achei que você não gostasse de McFly. – Tom a olhou, confuso.
– Eu não gostava, mas quando se vive oitenta por cento do tempo com meninas viciadas em McFly, é meio difícil não captar algumas coisas.
– Ah... Então, elas são viciadas? Diz aí, os McFlys favoritos delas são compatíveis com os interessados nelas?
– Por incrível que pareça, sim. A baba pelo Danny, a é fascinada pelo Harry e a nem preciso dizer, não é? Completamente louca pelo Dougie. – E você? Quem te interessa?
– Ah, ninguém. Eu só ouvia as músicas e as coisas que as meninas falavam. – percebeu o olhar decepcionado de Tom. – Mas sempre quis saber quem era o dono daquela voz linda em “Broccoli”.
Tom sorriu, mostrando a covinha.
– Aí eu conheci o Danny e o mistério foi resolvido.
– Ah... – Tom soou mais triste.
– Brincadeira, Thomas.
Ela o observou esperando que ele sorrisse. Contudo, ele se manteve sério, olhando para ela parecia hipnotizado.
– Tom? Tom? – chegou perto dele, tentando entender qual era o problema.
Ele a puxou pela cintura rapidamente, deixando-a na pontinha do pé. Ela segurou em seu pescoço para não se desequilibrar. Ele a beijou sem pedir licença, sem enrolação. sentiu um frio percorrer sua espinha, seu bom senso tinha sido desligado por um tempo enquanto ela se entregava ao beijo. Ele explorava sua boca. Tom sentiu como se estivesse sonhando. Ele tinha mesmo a agarrado? Ele, Tom Fletcher, tinha agarrado uma garota? Parecia inacreditável até para ele. Era algo novo para ele. Não beijar, mas aquilo que ele sentia. Sentia medo, felicidade, enjôo, vontade de pular, tudo ao mesmo tempo.
Danny e observavam a cena abismados. Era sério aquilo mesmo? Tom tinha agarrado e ela não tinha lhe dado nem um tapa? Aquilo só poderia ser o aviso que o mundo estava para acabar ou era a simples realização de um medo de Tom: eles se apaixonarem por elas.
não pôde pensar muito, Dougie apareceu com filmadora. Ele gravava Tom e se beijando.
– Deixe-os, Dougie. – Pediu . – Já não basta você me excluir, agora vai os expor?
– A gente tem que ter lembrança de tudo. – Dougie olhava tela. – Danny, será que você poderia continuar gravando para mim?
Danny deu de ombros, recebendo a câmera.
– O que você quer, Dougie?
– Te dar isso. – Ele tirou uma rosa vermelha das costas.
– Que lindo! – o beijou, agradecendo, e os dois ficaram ali, curtindo a presença um do outro.
Harry olhou melancólico para cena. Ele tinha sobrado, definitivamente.
bateu na porta já tão conhecida, ouviu passos ao longe. Logo, a porta tinha sido aberta. Ela olhou para Rafael, tentando sorrir, mas desistiu ao ver que ele também não sorria.
– Oi.
– Oi. – Rafael ficou na porta por um tempo, encarando-a com seus olhos verdes. – Entra.
caminhou até o sofá azul e se sentou, ele se sentou na poltrona na sua frente.
Antigamente, ela gostava de encontrar aqueles olhos verdes, agora ela só pensava em como os olhos de Danny, naquele azul quase transparente que a faziam flutuar nos ares. Os olhos de Rafa nunca provocavam aquilo nela.
– Eu vim aqui para dizer... – começou a falar.
– Sinto muito... – Rafa a interrompeu.
– É que... – Ela tentou dizer de novo.
– Isso não está dando certo... – Ele completou.
– É... Não tem...
– Dado certo há muito tempo.
– Quer parar de completar o que tenho a dizer? – Perguntou , rindo.
– Desculpa, acho que depois de tanto tempo, a gente já sabe o que o outro vai falar. – Ele riu também, os dois relaxaram. – Você concorda comigo... Sobre terminar?
Ela balançou a cabeça, fazendo que sim.
– Eu conheci outra pessoa... – Ele disse. levantou a cabeça, encarando os olhos do rapaz. – Nós ficamos ontem, percebi que gosto mesmo dela. Não achei justo com você. - riu. Eles eram muito parecidos mesmo. – Por que você está rindo?
– Aconteceu a mesma coisa comigo. – Ele a olhou, sem entender. – Eu conheci outra pessoa e a gente ficou, vim falar com você porque não achei justo. E aí, qual o nome dela?
– Amanda. Ela é do meu curso. E seu cara?
– Danny. Bom, o nome dele é Daniel.
– Tipo, Danny Jones do McFly? – Ele a olhou, incrédulo.
Ela estava mal mesmo com isso, até inventando histórias mirabolantes.
– É verdade! Sei que não parece, mas é sim.
Ela colocou a mão no bolso e puxou o celular, que, por milagre, não tinha quebrado depois de ter voado na parede. Acessou a pasta de fotos, pegou a que ela e Danny tiraram na sorveteria. Ele a olhou, assustado.
– Nossa! É ele mesmo. – bufou, triunfante. – Tive muito ciúme desse cara quando a gente namorava, mas sempre achei que era ciúme bobo.
Os dois ficaram ali conversando. contou como se conheceram e tudo mais.
andava pelo shopping, olhando vitrines. Sentiu seu celular vibrar.
“Posso saber por que a senhorita foi embora sem se despedir? Harry.”
Ela sorriu, sentando-se no banco em frente a um McDonalds.
“Tive que resgatar a minha irmã que saiu com o coração partido por culpa do seu amigo. Sentiu saudade, é? .”
“Senti, muita. Queria que você estivesse aqui. A vista é linda. Como a está?”
“Queria estar aí também, mas... A está melhor. Ela foi conversar com o Rafa, espero que esteja tudo bem.”
“Vai ficar tudo bem. Aproveitando que você está sem nada para fazer, vem para cá!”
“Não disse que estou sem fazer nada! Estou fazendo compras, e dirigir até aí não me parece uma boa idéia. Estou com preguiça, não tive uma boa noite de sono.”
“Você me pareceu ter dormido muito bem em cima de mim. Eu sei que dormi fantasticamente, fora a garota maluca em cima de mim. O resto foi legal.”
“Aposto que foi você quem me puxou para cima de você de noite. Tenho certeza que sua noite foi maravilhosa, EU te fiz companhia.”
esperou resposta por uns dez minutos. Não houve resposta. Cansada de esperar, entrou em uma loja para fazer algumas compras. No momento que vestia a terceira jardineira do dia, ouviu o celular tocar.
– ?
– Fala, .
– Onde você está?
– Estou no shopping.
– Estamos indo aí, então.
– Desistiram de ficar no Cristo Redentor?
– Menina, você não sabe! Deu a maior confusão! Uma menina identificou o Danny e foi chamar as amigas também para elas irem atrás dele! A gente saiu de lá correndo, foi uma loucura. E outra lá ficou dando em cima do Harry, uma americana. Eles ficaram conversando um tempão.
– DANDO EM CIMA DELE?!
– Relaxa, amiga, fica calminha. A gente já está chegando aí. Quando chegar, eu te conto tudo com detalhes. Beijos!
nem se despediu, ficou com cara de quem tinha sido atropelada por um caminhão. Provou mais algumas roupas, pagou e saiu andando pelo shopping. Seu celular tocou mais uma vez.
– Já estamos na praça de alimentação. Encontra a gente aqui.
A menina nem pôde responder, pois desligou bem rápido. Caminhou até lá e logo distinguiu todos eles. Dougie parecia um turista de verdade, filmando tudo ali, largou a sacola no chão, tomou impulso e pulou em cima dele, fazendo os dois caírem no chão.
– Dougieee!
– Dude, você é louca.
– E você é turista. Larga a droga dessa filmadora um pouco.
– Vocês dois são duas crianças mesmo. Levanta aí, vai. – esticou a mão, segurando o riso. Entregou a sacola para a amiga, que agradeceu.
– Onde está a ? – Perguntou Tom.
– Na casa do Rafa... – respondeu sem pensar, viu que Danny fechou a cara imediatamente. – Eles tinham muito que conversar.
– Que tal a gente ir ao cinema? – Sugeriu .
– Beleza, mas tem que ser um legendado. Se não, a gente não entende nada. – Disse Dougie, ainda gravando tudo.
Eles seguiram andando. não olhava para Harry, Harry estava todo sorridente ao perceber que tinha ficado com ciúme, e Danny olhava para o chão.
e Tom foram para a fila do cinema. O resto ficou conversando calmamente, até que congelou seu olhar em um lugar, ela parecia em choque.
– , o que você... – virou na mesma direção e viu algo que antigamente deixaria seu coração pronto para sair pela boca.
Lucas tinha sido seu namorado, ela fora apaixonada por ele. Para ela, o namoro era perfeito, mas aparentemente não era, já que ele foi pego se agarrando com Pamela no armário de sua casa. Agora, ele estava lá, de frente para ela, depois de seis meses de profundo sofrimento, acompanhado de Pamela.
– , não fica assim. – tinha abaixado a cabeça, ele ainda mexia com ela, mas não a faria mais ficar para baixo, não mesmo. – Ai, não olha agora, mas ele está vindo na nossa direção.
E vinha mesmo, com toda a cara de pau.
– Oi, ... Oi, . – Ele sorriu sarcasticamente. – Você não mudou nada, hein, . Ainda age como um menininho.
Ele olhou para a sua camiseta preta com uma foto do Snoopy, a calça jeans larga e o All Star. olhou assustada, estava pronta para ver começar a chorar e para, depois, acalmá-la.
– Você também não, continua babaca e baixinho. - Os meninos olhavam sem entender nada. abafou uma risada. – E aí, Pâ? Tudo bem? – Perguntou , educada.
– Tudo, . E você?
– Quer saber mesmo? Estou ótima. Ah, esqueci de apresentar, esses são Douglas, Daniel e Harold.
Pamela ficou de queixo caído frente aos meninos. Eles eram lindos!
vinha andando com Tom.
– Bom a gente tem que ir andando para conseguir ver o filme. Foi realmente um prazer ver vocês de novo. – apertou a mão dos dois. – Francamente, muito obrigada, Lu.
– Pelo quê?
– Se você não ficasse com ela, eu não teria percebido que consigo coisa muito melhor que você. Valeu mesmo.
Dougie, Danny, , Harry, e Tom já estavam mais a frente. teve de correr para alcançá-los. tinha explicado o que tinha acontecido, eles estavam rindo da cara dele.
Harry chegou perto de e a pegou pela cintura, acenando para Lucas e Pamela.
Todos entraram no filme, sorridentes. Tinha sido um dia bom, apesar de tudo.
Capítulo 8
“Minha canção é amor
Minha canção é amor desconhecido
E eu estou em chamas por você claramente
Você não tem que ficar sozinha” (A Message – Coldplay)
As meninas chegarem a casa à noite, e foi direto para o banho. foi assistir televisão, foi para o computador. tinha ligado e avisado que ia jantar na casa de Rafa mesmo.
– Gente, olha isso! – Chamou .
saiu do banho correndo, se levantou, tomando o maior susto.
– O que houve, mulher?
– Achei o blog da menina que viu o Danny. Estava pesquisando umas coisas e a encontrei. Olha só o que ela escreveu:
“Gente, que dia estranho! Hoje fui visitar o Cristo Redentor. Tudo bem até aí, mas quando eu estou lá, no meio de todos aqueles turistas, vejo o que me pareceu uma miragem: Danny do McFly! Sério. Estavam todos lá, Danny, Harry, Dougie (acompanhado de uma menina rabugenta. Não gostei dela.) e o Tom (se agarrando com uma menina que nem dava para ver a cara de tão junto que eles estavam.). Quando fui chamar minhas amigas, eles tinham sumido. Elas disseram que foi muito Sol na cabeça. Se eu não soubesse que eles estão passando as férias com a família, juraria que era verdade. Além do mais, o Tom tem a Giovanna, né?
Vou indo. Tchau,galera!”
– Como assim, “rabugenta”? Ela que é uma histérica.
– Ridícula essa garota! – Apoiou .
As meninas olharam para , esperando alguma exclamação calorosa e agressiva contra a menina da internet. Só o que viram foi o rosto da menina ficar vermelho e explodir em lágrimas.
– Eu sou uma piranha! Fiquei com um cara que tem namorada! – se jogou no colchonete que dormia. – Sou uma besta! Anta!
– Calma, ! Não fica assim!
– Como “não fica assim”? Você sabe o que eu fiz? Sabe? Eu-fiquei-com-um-carinha-que-tem-namorada, meu Deus, como eu pude? – dizia, desesperada.
– Isso não é, de todo, ruim, . – tentava ajudar.
– Eu sou o pior ser humano da face da Terra, EU SOU UM MONSTRO! Como eu pude, como eu pude, COMO EU PUDE?! – Uma que elas nunca tinham visto, surgiu, assustando a todas.
– Nossa! – Soltou , baixinho.
– Calma, , pensa pelo lado bom. Pelo menos, você ficou com o loirinho de covinha! – Disse , tentando animar a amiga.
– É, isso é um lado muito bom! – falou, com cara de sapeca.
– , isso não é hora para piadinhas! – Disse , séria, para a amiga.
– Ih, está bom, estava só amenizando o clima. Estou com fome. Qualquer coisa, estou na cozinha. – avisou, abanando o ar.
– Ah, novidade. Quando você não está com fome?! – Ironizou . fez qualquer som antes de bater a porta.
– Agora com que cara que eu olho para ele? , amanhã eu não vou sair com vocês, vou morrer de vergonha. – Dizia , já se acalmando. (N.A.: by Isa – menina neurótica cara, Deus me livre).
– O quê? Como assim, você não vai? Foi você quem programou que amanhã a gente iria ao zoológico e agora vai dar para trás? Você vai, sim! – Disse , decidida, batendo a mão na cama.
– Acho melhor não. Não estou muito bem, não vou me divertir nada e, além do mais, ainda vou estragar o dia de vocês. – falou, triste.
– Você já pensou em como o Tom vai fica triste se você não for? – Perguntou , que, pela primeira vez, se manifestou a respeito do assunto.
– Não quero saber dele, ele tem uma namorada. Ai, meu Deus, eu fiquei com um garoto que tem namorada, eu realmente sou um monstro. – voltava a chorar.
– Ah, não, de novo não! Pára com isso, , AGORA! – se estressou, assustando , que quase virou da cadeira do computador, e , que na mesma hora calou a boca. – Você não tem culpa. Quem traiu a namorada foi ele, e não você. Quem tem que estar se culpando é ele, e não você. Então, fica quieta, toma seu banho e vai dormir, porque amanhã o dia vai ser longo.
Todo aquele caos e infelicidade faziam contraste com a felicidade dos McGuys, no hotel.
Os meninos estavam reunidos no quarto de Dougie e Harry. Danny parecia mais feliz enquanto eles falavam bobagem. Tom parecia nas nuvens.
– Tom! – Chamou Dougie. – Dude, o lerdo aqui é o Jones, não você!
– Desculpa, eu estava pensando...
–... Na ! – Completou Harry, rindo.
– É... – Respondeu, sonhador. – Ela é...
– Neurótica?
– Estranha?
Os meninos brincavam de um tosco jogo de adivinhação.
– Gostosa? – Arriscou Danny.
Tom fechou a cara.
– Isso também, mas eu ia dizer perfeita.
– Que lindo, Thomas está apaixonado! – Zoou Harry, bagunçando o cabelo de Tom.
– Vocês vão ficar de babaquice? Então vou para o meu quarto.
Tom levantou e foi para o quarto.
– O Danny também está apaixonado. Olha a cara dele.
Dougie apontava para a cara de Danny. O rapaz o olhou com cara de perdido.
– Você também não fica atrás! Pensa que a gente não percebeu suas olhadas para a , é?
– É mesmo... Está louquinho por ela! – Apoiou Danny.
Danny fitou o nada e se virou de repente, assustando os outros.
– Eu não estou apaixonado! – Ele se levantou e foi para o quarto.
– Dude, o que foi isso? – Perguntou Dougie.
– Efeito retardado...
– Ele nunca foi muito rápido. Apaixonado, então... – Finalizou Harry. – Vou dormir.
– Okay, dude. Vou tomar banho.
Dougie foi para o banheiro. Harry pegou o celular.
"Estou indo dormir. Resolvi te dar boa noite. Vou dormir sentindo falta da menina maluca em cima de mim. Durma bem. Beijos."
O celular tocou alguns minutos depois.
"A menina maluca também sentirá falta. Bons sonhos. Te vejo amanhã. Beijos."
Dougie voltou do banho, encontrando Harry já apagado.
Olhou para a cama, pensou na noite anterior. Nunca tinha tido companhia tão boa. Pensou em mandar uma mensagem, afinal, já estava tarde. Optou por ligar mesmo. Ficou alguns segundos esperando, até que uma voz cansada atendeu.
– O que você quer, Dougie?
– Ia dizer que tinha ligado para ouvir sua voz porque senti sua falta, mas deixa para lá. Do jeito que você me atendeu, não vale à pena.
– Não desliga. – Pediu . – É que eu já estava dormindo, fico meio mal humorada, mas, se quer saber, também senti sua falta.
– Sentiu mesmo? – Ele perguntou, esquecendo que tinha sido tratado mal.
– Muita, muita.
– Eu também... A cama parece meio vazia.
– Hum... – estava com muito sono.
– , vou desligar e te deixar dormir. Só quero dizer que... Eu estou muito feliz com você.
– Eu também. Muito feliz mesmo.
– Que bom. Durma bem, meu amor. Sonha comigo
Ele desligou, deixando estática. O sono a tinha deixado. Ele disse "meu amor"? Ai, meu Deus!
O que ela não sabia era que Dougie também não dormia, a noite parecia comprida demais. Ele queria encontrá-la de novo o mais rápido possível.
Outras pessoas não dormiam aquela noite. olhava as estrelas que brilhavam no teto de seu quarto, pensando em Harry e se sentindo a pessoa mais hipócrita do mundo. Ela queria ficar com ele, mesmo que aquilo tivesse um prazo de validade.
fingia que dormia, mas, na verdade, derramava lágrimas silenciosas de arrependimento e amargura. Ele era de outra e não havia nada que pudesse fazer para mudar isso.
Tom pensava em , pensava no beijo, nos cabelos dela, no rosto dela... Ele tremeu. Tinha medo de adormecer e perder todas aquelas lembranças. Queria ficar com ela para sempre. (N.A.: by Isa – ele é muito fofo...)
Capítulo 9
“Deixa a chuva cair
E despertar meus sonhos
Deixe-a carregar
Minha sanidade
Pois eu quero sentir o trovão
Quero gritar
Deixe a chuva cair
Eu estou me purificando” (Come clean – Hillary Duff)
se levantou e olhou para o colchão ao lado, não estava lá. também não estava do outro lado. Ficou alarmada. Será que elas tinham saído sem se despedir dela? Levantou a cabeça assustada e pôde ver abraçada ao travesseiro, babando e em sono profundo. ”Elas não teriam ido sem , Harry não deixaria!”, pensou sorrindo. Harry - McFly - Tom. Fazendo aquela analogia, sentiu-se triste.
Optou por abandonar a tristeza e acordar para que descessem para tomarem café. Depois de muitas sacudidas, acordou, dirigiu-se ao banheiro e voltou de dente escovado e o cabelo preso em um rabo de cavalo. escovou os dentes, e as duas desceram as escadas. Ouviram risadas altas na cozinha.
– Ô, . Abaixa o volume aí que daqui a pouco os vizinhos vão reclamar! – Disse , entrando na cozinha e dando de cara com os McFly sentados, tomando café.
abafou um grito e subiu as escadas correndo.
– O que deu nela? – Perguntou Tom, preocupado.
– Dor de barriga! – respondeu, mordendo um biscoito.
ficou parada, olhando atônita para eles. Que vergonha! Ela usava um pijama de porquinho azul com pantufas do Pernalonga, de frente para todos eles. Ela fez menção de subir, mas Harry foi mais rápido.
– Aonde você vai, mocinha?
”Enfiar-me em um buraco bem fundo...”, pensou, horrorizada.
– Ver como a está. – Respondeu.
– Deixa ela lá, dor de barriga não precisa de companhia. Vem tomar café que hoje o dia é cheio.
Ela se sentou ao lado de Harry, que deu um beijo em sua testa.
Todos comeram rápido, já estava arrumada para sair, assim como . subiu para se arrumar e viu deitada na cama, assistindo televisão.
– Você não vai?
– Não. Diz que eu estou com diarréia ou algo assim.
– Ok...
se vestiu e saiu. O resto do pessoal já a esperava do lado de fora.
– não vai? – Tom parecia ansioso.
– Não dá, ela está com... Diarréia. – Como não tinha coisa melhor para pensar, saiu aquela desculpa.
Tom se sentou no banco do motorista, sendo seguido por e Danny. Eles pareciam não ter gostado muito de serem empurrados para o carro juntos.
– , quando eu preciso, você nunca age como irmã mais velha! Que saco! – Reclamou .
– Eu estou sendo sua irmã mais velha, mais do que nunca. Entra logo e não reclama.
entrou no banco do motorista de seu carro. Harry se sentou ao seu lado, enquanto Dougie e se acomodaram no banco de trás.
– O que nós vamos fazer, ?
– Sobre o que, ?
– Sobre a e o Danny.
– Vamos deixá-los se resolverem.
– , esse seu olhar... Tem algum plano maligno?
– Não, Pinky. – fez voz maléfica.
– O que vamos fazer hoje, Cérebro? – Perguntou , entrando na brincadeira.
– A mesma coisa que nós fazemos todas as noites, Pinky. Tentar dominar o mundo!
As duas começaram a rir. Pararam só quando perceberam o olhar confuso dos meninos
– O que foi isso, ?
– Nada, meu amor. Brincadeirinha de brasileira. – deu um beijo na bochecha de Dougie, que corou ao ouvir "meu amor".
– O que você pretende fazer, ? – Perguntou Harry.
– Nada de mais, Harry. Você vai ver quando a gente chegar lá. Relaxa.
A viagem até o zoológico não promoveu grandes novidades. No carro de , e Dougie se agarravam no banco de trás, e Harry conversavam sobre música.
No carro de Tom, a tensão conseguia ser cortada com uma faca de tão densa. Danny se sentou no banco do carona, ficou com o rosto colado no vidro a viagem inteira. jogava no celular, e Tom dirigia pensando em . Sabia que a menina não estava doente, tinha certeza. Ela o evitava, mas por quê?
Estacionaram os carros e saíram rumo à entrada do zoológico. Dougie já tinha colocado a filmadora em posição, captando qualquer movimento possível de todos eles.
– Vamos à sessão dos répteis, primeiro? – Perguntou .
– Mas você odeia cobras! – Disse , confusa.
não se deixou abater.
– É, mas a gente vai ter que mostrar o zôo todo para eles, então quero que essa parte acabe logo.
Todos concordaram e foram em direção à escada que levava para a comprida caverna que abrigava os répteis.
Danny ia andando mais atrás, sozinho, pensando. (N.A.: by Thali – Como isso é uma fic, ele pensando foi algo inventado por nós. Hehe.)
– Ela terminou com o namorado, sabe. – Danny se virou assustado e viu ao seu lado. Os outros estavam bem à frente.
– E você queria vir jogar isso na minha cara?
– Não, seu idiota. O seu caminho está livre, vim te avisar.
– Por que você? Você nem gosta de mim. – Danny a olhou, desconfiado.
– Eu gosto de você, Danny, mas amo a minha irmã, e parte do meu trabalho é protegê-la. O que você quer? Que eu torça por um pop star ou por um cara que esteve do lado dela por três anos? - Danny não respondeu nada. – Além do mais, ela escolheu você, e como outra parte do meu trabalho é apoiá-la nas suas escolhas, aqui estou eu. Você já virou meu amigo, Danny, e quero te ver feliz também. – Ele sorriu para ela. – Vai atrás dela, mas te aviso que se você fizer ela sofrer...
– Já sei, já sei. McFly vira trio, você vai me socar, esfolar, jogar em uma vala. Posso ir agora?
– Está liberado.
viu Danny correr em direção a e voltar.
– Obrigado, cunhadinha. – Ele deu um beijo em sua bochecha. – Você é uma grande amiga e pode deixar, se eu a fizer sofrer, eu mesmo me esfolo, soco e jogo em uma vala.
Danny voltou a correr.
– Cunhadinha?! – disse, indignada. Todos se dirigiram a áreas dos répteis. Era uma área fria, úmida e um tanto escura. puxou Harry e . – Vamos embora. – Anunciou .
– Mas a gente acabou de chegar aqui! – Reclamou Dougie, que ouviu a conversa
captou a idéia rapidamente.
– É para deixar a e o Danny se resolverem! Que lugar melhor que o escurinho? – puxou Tom, e os cinco saíram sem serem percebidos.
– Para onde vamos? – Perguntou Harry.
– Vamos ver os macacos. – puxou Dougie.
Tom ficou encarregado de filmar tudo, já que não tinha vontade nem de estar lá.
– Gente, vou comprar sorvete. Alguém quer?
Fizeram que não com a cabeça.
– Espera, . Eu vou com você.
Harry e caminharam sem pressa até a sorveteria.
pediu o sorvete e voltou para o banco em que Harry estava.
– Que cara-de-pau! – olhou e viu uma loira conversando animadamente com Harry, jogando os seus cabelos para trás e quase pulando em cima do rapaz.
ficou com tanta raiva que passou por eles correndo, derrubando o sorvete no cabelo da menina.
– Hey!
– Ah, desculpa, eu tropecei. – fingia falso arrependimento.
Continuou andando bem rápido.
– ... Espera! – Chamou Harry. – Por favor. - parou. – Ela quem veio falar comigo
– Você não me deve explicações.
– Devo, sim. Pelo que me parece, você ficou com ciúmes.
– Fiquei nada!
– Ficou sim! Mas não há nada com o que se preocupar, a única garota que eu quero é você.
Ela congelou, sem saber o que dizer, olhando para Harry ali tão perto. Eles foram se aproximando mais ainda.
– , HARRY! – Chamou Dougie, fazendo os dois pularem para lados opostos. – A e o Danny estão juntos, eles acabaram de nos ligar agradecendo por termos os “esquecido” lá.
– Que bom! – Harry disse, amaldiçoando Danny.
caminhava lentamente, olhando aqueles “bichos asquerosos”, como ela mesma pensava. Não percebeu na hora em que todos saíram de lá. Estava tão entretida naquele lugar, pensando em nada, quando sentiu uma mão em seu ombro.
– Danny?! – levou um susto. Olhou para os lados e não viu ninguém. – Cadê o pessoal? O que está acontecendo?
– Hum... É que.. eles... Hm... medesculpeportudoqueeutedissenaquelanoite? – Danny desandou a falar, fazendo com que fizesse uma cara, nada mais nada menos, que estranha.
– Er, desculpe, Danny, mas você pode repetir com um pouco mais de calma? Eu não entendi. – deu um sorrisinho.
Danny estava tremendo, suas mãos suavam, mesmo frias, não sabia se deveria mesmo fazer aquilo.
– Bem, eu queria te pedir desculpas pelas coisas que eu te disse naquela noite. Eu não sabia o que estava dizendo. Estou arrependido, nunca deveria ter falado aquilo... – Ele disse, abaixando a cabeça.
– Ah, ok. – disse, virando-se. Danny não entendeu nada.
– Você vai me desculpar? – Perguntou, angustiado.
– Claro, Danny, já passou. E além do mais, eu também tenho que te pedir desculpas, eu não deveria ter te beijado sabendo que ainda gostava do Rafa. – Disse , como se fosse a coisa mais normal do mundo.
– Ah, que isso, , você não precisa pedir desculpas. A culpa foi minha, não devia ter beijar sabendo que você tem um namorado... – Danny falou, mesmo sabendo que ela tinha terminado. – Não é certo com ele, sei como você deve estar se sentindo.
– Ah, estou muito bem, até porque não tenho mais namorado.
– Ah, não, é? – Ele disse cínico.
– Não. Terminei com ele por causa de um pop star que apareceu na minha de uma hora para a outra, fazendo com que minha cabeça virasse do avesso. – Falou , olhando dentro dos olhos azuis de Danny.
– Ah, é? Um pop star? Sortudo ele, não? – Ele disse, puxando-a pela cintura.
– Claro. Para me ter, tem que ser muito sortudo.
– Nossa, então preciso jogar na loteria.
– Para que, Danny? Você já é rico!
– Ah, é, tinha esquecido! – Disse Danny, dando beijinhos na bochecha de .
– Ai, meu Deus, por que eu fui gostar logo de você? – perguntou, com a respiração falhando.
Danny não respondeu, apenas encostou seus lábios nos de , fazendo com que a menina se arrepiasse. Era um beijo doce, mas com muita vontade, como se entre eles nunca tivesse acontecido nada. enrolava seus cabelos com a ponta dos dedos, enquanto Danny passeava suas mãos pelas costas da menina. Danny foi a levando até uma parede que ficava ao lado dos estandes das cobras. Ele encostou a menina na parede, apertando mais seus corpos. estava tão alucinada com o beijo que estava viajando. O beijo era intenso, eles brincavam com suas línguas. Danny arriscou botar suas mãos em baixo da blusa de e não foi barrado. agora puxava de leve os cabelos dele, fazendo com ele desse uns pequenos gemidos durante o beijo. Sua mão foi descendo e parou no cós da calça dele, ficou com a mão parada ali. Danny não se controlava, apertava a coxa de , passando sua mão por de baixo da saia dela. viu que continuasse ali, algo poderia acontecer. Por mais que não quisesse, parou o beijo.
– O que houve? – Perguntou Danny, ofegante.
– Acho melhor a gente parar. – falou, tentando recuperar o ar.
– Tem certeza?
– Não, mas agora que já paramos, vamos. Eles devem estar preocupados.
– É, vamos ligar agradecendo o nosso momento a sós e para saber onde eles estão. – Danny falou, já pegando o celular. – Dougie?
– Hey, dude, onde vocês estão? – Ele perguntou. – Estamos saindo daqui. Ligamos para agradecer o nosso momento a dois aqui, e para saber onde vocês estão. – Disse Danny, com um sorriso de orelha a orelha.
– Vocês, hum, ficaram?
– Estamos juntos, sim. Foi a melhor coisa que já aconteceu. – deu um tapinha no braço dele. – Mas então, onde vocês estão?
– Estamos na sessão dos macacos. – Disse Dougie, rindo.
– Ah, legal! Estamos indo, avisa aos outros.
– Ok!
Dougie desligou o celular e foi com falar com Harry e .
– Acho que atrapalhei alguma coisa, não? – Disse Dougie, vendo corar.
– Er, não, claro que não. Ela só estava tirando um cisco que entrou no meu olho. – Harry falou, tentando disfarça.
– Cisco? – perguntou, abafando o riso.
– É, entrou um no olho do Harry e ele pediu para eu ajudar. E eu não devo explicação da minha vida para vocês! – Disse , cada vez mais vermelha.
– Está bem, desculpa, mas também não precisa ficar vermelha como um pimentão. – não segurava o riso.
– Não estou vermelha, só estou com calor.
– Aham, sei bem esse seu calor! – Disse .
– , pára com isso! – falou, olhando para sua amiga com um olhar de assassina.
– Ai, está bom, já parei.
– Mas, então, cadê eles? – Perguntou Harry, mudando o rumo da conversa.
– Já estão vindo. – Respondeu Dougie.
– Já chegamos! – Falou um Danny sorridente, de mãos dadas com uma que parecia estar flutuando.
– Nossa! Vocês aproveitaram mesmo, hein? – disse.
– Cara, , é impressionante a capacidade que você tem de fazer piadinhas na hora errada! – falou, olhando para a amiga.
– Ai, nossa, a aparência está bem melhor, mas o humor continua o mesmo! – Disse , irônica.
Tom filmava tudo e desde então não tinha dito uma palavra, ele só pensava em . O que será que tinha acontecido com ela? Ele não iria agüentar ficar ali por muito tempo, estava atordoado, queria saber o que estava acontecendo, por que estava o ignorando.
Sobre aquele dia feliz, nuvens cinzas começavam a rondar. Não nuvens imaginárias, nuvens de verdade! Carregadas de água, ameaçando romper a qualquer momento. Um trovão ressonante soou alto, dando o alerta para os sete ali.
– Acho que vai chover! – Observou Danny, olhando para o céu.
– Sério? Achei que esse trovão significava que era o inicio da luta de focas. – Tom o olhou, sarcástico.
- Tem luta de focas? Ah, dude, vamos ver isso antes que a chuva caia! A gente tem que ver! – Danny implorava sem saber da ironia. Todos rolaram os olhos e seguiram para a saída. – Nós não vamos ver as focas?
– Não hoje, Danny. Depois a gente vai, prometo. – saiu, rebocando o rapaz.
Antes de irem embora, passaram pela loja de presentes. Os meninos deram uma de bons turistas e fizeram a festa na lojinha. As meninas esperaram do lado de fora, com medo do céu desabar em suas cabeças.
Em quinze minutos e dez trovões depois, eles saíram da loja, carregando milhares de sacolas e chapéus de animais (Dougie de jacaré, Danny de macaco, Harry de tigre e Tom de urso).
– Já acabaram, crianças? – Perguntou .
– Já, sim, tia. Já podemos ir. – Dougie saiu animado, sem ligar para os olhares desconfiados das outras pessoas.
Voltaram aos carros, com a diferença de que o carro de Tom pairava um incomodo ar de alegria. Danny tinha ido para o banco de trás com , que tinha deitado a cabeça no ombro do rapaz e descansava satisfeita. Tom se sentia triste, até Harry possuía mais chances que ele. Aquilo, de fato, não era nada justo.
Harry se sentou em seu posto, no banco do carona. evitava olhá-lo desde o "cisco".
– , olha para mim. – Pediu Harry.
e Dougie, que conversavam e tiravam fotos, tinham parado para assistir aquilo. Será que algo aconteceria? Será?
Ela virou com muito custo. Olhou para ele, seus olhos encheram de água. Harry foi chegando mais perto, não agüentou e explodiu... Em risos.
– Ah, Harry, tira esse chapéu estúpido! Eu estou me segurando aqui, mas não dá mais... – olhava para o chapéu, rindo sem cessar.
Harry reparou que o chapéu de leão ainda estava na cabeça. e Dougie voltaram a fazer o que estavam fazendo.
– Sem graça! – Resmungou Harry, cruzando os braços e olhando a janela.
Grossos pingos começaram a cair no vidro. Com muito custo, pararam na casa das meninas. A chuva começou a ficar mais forte.
– Nossa! – Exclamou , acordando e olhando para a chuva.
– Vocês não vão voltar para o hotel de jeito nenhum! Está muito perigoso! – Disse .
– É, hoje, vocês... Hã... Dormem aqui! – disse, tentando mostrar firmeza, mas no fundo estava morrendo de medo do que faria com ela quando soubesse.
Todos olharam-na, assustados. Esperavam aquilo de qualquer pessoa, menos dela. Passado o choque, correram para dentro de casa, chegando encharcados e divertidos. Molharam a sala de estar toda.
desceu as escadas de roupão, tentando entender o porquê daquela bagunça. Seu olhar congelou em Tom, que a olhava triste.
– O que vocês... Eles estão fazendo aqui?
– Eles vão dormir aqui, , está muito perigoso para eles voltarem! – Anunciou .
– Você está melhor? – Perguntou Tom, sua voz saiu rouca e fraca.
– Um pouco, mas vou voltar a dormir. Boa noite para vocês. – E voltou a subir as escadas.
subiu para pegar toalhas e encontrou com os olhos fechados e fones de ouvido. Resolveu não perturbá-la. Pegou as toalhas e voltou, encontrando todos sentados no chão, brincando.
– Sua vez, Dougie... Se você pudesse ir para uma ilha deserta, quem você levaria? – Perguntou .
– A ! – Respondeu sem pensar.
– Fariam o que lá? – Perguntou , juntando-se à brincadeira.
– Coisa que o horário não permite dizer! – Dougie respondeu, deixando toda vermelha. Todos começaram a rir. - Quer começar a praticar, ? – Ele perguntou, tentando fazer uma cara sexy.
– Ô, está achando que aqui é o quê? Isso é uma casa de família, Douglas! – Ralhou .
– Ok... Continuando... – tentou mudar de assunto. – Quem você levaria para uma ilha deserta, Harry?
Harry estava olhando para o nada.
– Harry? – Chamou Dougie.
– Hã...
– Quem você levaria para uma ilha deserta?
– Lindsay Lohan! – Harry respondeu sem pensar.
sentiu como se seu coração tivesse descolado do lado esquerdo e caído dentro do estômago. Quando percebeu a idiotice que tinha falado, já tinha saído. Todos prenderam a respiração, preparando-se para o pior.
– E você, ? Quem levaria para uma ilha deserta? – Perguntou Danny, sem perceber a tensa situação em que estavam.
– O Steve do Son of Dork. – Respondeu , cheia de desdém.
– O STEVE? – Harry estava chocado.
– Achei que seu tipo era mais bateristas... – Danny provocou, ainda sem se tocar. lhe deu uma cotovelada. – Ô, , doeu.
– Não gosto de bateristas, eles são uma raça... Nojenta. – O olhar da menina pairava frio em Harry. – Eles não possuem o mínimo de gosto. Agora, se vocês me dão licença, vou lá fora.
– Vai lá, dude, e leva o presente! – Sugeriu Tom.
Harry pegou uma das sacolas que estava jogada e foi para a varanda.
– A vai ganhar presente e eu nada! – Choramingou .
– Eu também não vou ganhar nada. – Choramingou para Danny.
– Oh, olha a carinha delas, Danny. Elas não são lindas? – Dougie puxou para perto e beijou a menina na boca, passando as mãos pelos cabelos dela.
Tom se sentiu desconfortável naquela situação, resolveu ir para a sala de televisão. Saiu sem ser notado.
– Isso quer dizer que tem presente para mim? – Perguntou , partindo o beijo.
– Aham. – Dougie estava mais ocupado em beijar o pescoço da menina.
Danny e estavam ocupados também.
– Dougie? – Chamou , impaciente.
– Vou pegar o seu presente. – Ele soltou um muxoxo e foi até uma das sacolas.
Entregou para a menina que abriu animada, tirou um lagarto de pelúcia que segurava um coração escrito “Você é a pessoa mais especial para mim”.
– É lindo! – o beijou e abraçou o lagarto.
estava do outro lado da sala, entre as pernas de Danny.
– Eu também ganho presente?
– Sim. – Danny passava a mão na bochecha da menina, se sentindo o cara mais sortudo do mundo. – Vou lá buscar. - deu passagem, ele se levantou e pegou uma sacola igual a de Dougie. Abriu com rapidez, pegando um macaco, também segurando um coração, mas nesse estava escrito “Para a menina mais linda do mundo.” – Queria que você tivesse uma lembrança de mim. Eu tenho o Dylan, então pensei em você ter um também.
– Que maravilhoso! – o beijou forte, Danny ficou quase sem fôlego.
estava sentada em um canto da varanda, encolhida, segurando os joelhos. Sabia que Harry estava ali a observando, mas não queria conversar agora.
– Eu juro que tento te entender... – Harry falou, finalmente. – Estou desistindo.
virou e olhou para ele.
– O quanto você sabe de mim, Harry?
– Hum... Você tem dezoito, vai se mudar, fazer jornalismo, é fã de McFly e extremamente protetora em relação a sua irmã.
– Você quer saber o quanto sei de você? Seu nome completo é Harold Mark Christopher Judd, cidade natal é Chemsfold, nasceu em 23 de dezembro, tem um irmão e uma irmã, você é o caçula, tem tendinite... Quer mais? – Ela o olhou, desafiando.
– O que você quer provar com isso?
– Que você me conhece há apenas uma semana, nem a minha irmã que cresceu comigo me entende ainda. Você desiste muito rápido.
– Mas você nem me dá chance! Fica toda irritada cada vez que piso na bola.
– Fico nada!
– Fica assim! Conversei com aquela garota no zôo, você deu chilique. Respondi Lindsay Lohan, você surtou. Toda vez que você fica com ciúme...
– Eu não fiquei com ciúme!
– Ficou, sim! E quer saber, fiquei feliz. Pelo menos, sei que você gosta de mim...
– O que te garante isso?
– Nada, mas se quer saber, eu gosto de você, muito mesmo. E se eu tivesse de ir para uma ilha com alguém, eu iria com você. – O rapaz se sentou ao lado da menina.
– E faria o que lá? – olhava, fingindo-se de desentendida.
Ele passou o braço no ombro da menina, puxando-a para perto.
– Hum... É complicado falar, mais fácil te mostrar. – Harry deu um beijo no pescoço de , fazendo-a arrepiar.
– ! – Chamou Dougie, botando a cabeça para fora da porta.
– Oi, Dougie. – Ela respondeu, esticando o pescoço, odiando Dougie naquele momento.
Harry tinha cerrado os punhos, a menina percebeu e segurou a mão dele, em sinal de paciência.
– Onde a gente vai dormir?
– A gente está dormindo no quarto da , então vocês vão dormir no meu quarto. Ela mostra onde é.
– Vocês já estão de bem? Harry, você já deu o presente dela?
– Não... Era surpresa. – Harry o olhou com vontade de matá-lo.
– Sorry, dude. Eu vou entrar, deixar vocês aí. Continuem o que estavam fazendo.
Dougie entrou de novo, deixando-os na varanda, sentados.
– Eu vou ganhar presente? – Os olhos dela brilhavam de excitação.
– Vai. Agora que o Dougie já estragou a surpresa mesmo. – Esticou o braço, mostrando uma sacola. agarrou a sacola e abriu, vendo um pingüim com uma camiseta florida e óculos escuros. – Eu ia te dar um com uma mensagem, mas os caras pegaram todos com as mensagens legais, aí eu encontrei esse pingüim e achei que você gostaria.
– Ah, Harry, ele é a coisa mais linda que eu já vi! – A menina o abraçou com toda força, derrubando os dois no chão. Ela ficou com vergonha e gaguejou. – Vamos entrar para ajudar a arrumar as coisas. É melhor.
Os dois entraram na sala.
Tom entrou no quarto de , viu deitada em um colchão. Abaixou até ficar na sua altura, colocou a sacola ao lado dele e pegou a borboleta que estava dentro. Ela segurava um coração com os dizeres “Meu coração é só seu.”
– Como não te encontrei acordada para te dar, vou deixar aqui para você encontrá-lo, certo? Sei que estou soando ridículo falando com você dormindo, mas estava ansioso para entregar. A vendedora me disse o que está escrito, foi a maior sorte encontrar uma vendedora que falasse inglês. Espero mesmo que goste. Eu vou dormir. Durma bem, ok? – Tom se curvou e deu um selinho na menina, saiu caminhando bem devagar e fechou a porta silenciosamente.
Ele não conseguiu perceber que ela estava acordada e tinha escutado tudo. Olhou para a linda borboleta com o coração, leu a mensagem e sentiu uma lágrima quente rolar. ”Por que será que ele está fazendo com isso comigo? Ai, que presente mais fofo!” (N.A.: By Thali – Dude, essa fala ficou muito Isa! Só digo isso porque ela está aqui do meu lado chupando o dedo. Hahaha.)
fechou os olhos, tentando dormir.
carregava as fronhas para cobrir os travesseiros, enquanto os meninos brigavam sobre quem dormiria na cama. colocava os lençóis nos colchões.
– EU durmo na cama, porque a cama é da ! – Argumentou Harry.
– Ué, e isso é desculpa? – Danny colocou as mãos nas ‘cadeiras’ (N.A.: By Thali – Sempre quis dizer “cadeiras” ,imagina o Danny fazendo isso?). – Ela é minha cunhadinha.
– Você nem ficou um dia com a minha irmã e eu já sou cunhada? – olhou com espanto. – De qualquer jeito, vão dormir dois na minha cama. Ela é de casal e a gente só tem dois colchões extras.
– Ok... Pode dormir aí, Danny. – Cedeu Harry, jogando-se no colchão.
– Poxa, Harry, eu acabei de arrumar isso! Você já amassou tudo! – Reclamou .
– Desculpa, , mas ia amassar do mesmo jeito.
– Antes tarde do que agora. – Filosofou .
– Antes tarde do que nunca! – Corrigiu .
– É que eu fiz para ficar parecido com a situação. – fez bico. – Mas e aí, quem vai dormir com Danny?
– NINGUÉM VAI DORMIR COMIGO, NÃO! – Danny olhou ofendido. – Só você, , se quiser. – Sussurrou.
– Olha a palhaçada, Danny. Lembra que a minha oferta de fazer o McFly trio ainda está valendo.
– Foi mal, cunhadinha. Mas quem vai dormir na MESMA CAMA que eu?
– O Dougie dorme. – Ofereceu . – Né, amor?
– É? – Dougie soava confuso. – O que você decidir, amor.
– Ótimo! Resolvido. Danny e Dougie dormem na cama, Tom e Harry dormem nos colchões.
Os quatro concordaram. As meninas continuaram a pegar cobertores, travesseiros, toalhas e outras coisas, quando viram...
– Danny! O que você está fazendo? – Perguntou assustada, botando as mãos nos olhos, deixando um espaço para espiar. (Óbvio! Ela não é burra, saca?)
– Me preparando para dormir! – Respondeu, como se estar se despindo completamente na frente delas fosse algo tão normal quanto dizer “o céu está azul”.
Harry já estava sem camisa e abaixava a calça jeans, Dougie já estava só de boxer (Rapaz rápido esse...), Danny só faltava tirar as meias.
– Vocês acham que a gente vai dormir como? De calça jeans e camiseta? – Perguntou Dougie.
– Não... É que... É... Bom... A gente... Hã... – balbuciava, cheia de vergonha.
– Calma, , não precisa gaguejar. Eu sei que eu sou hot! – Harry foi até ela rindo e a abraçou.
– Convencido! – Resmungou Dougie, olhava para o chão, sem se mover. – , está tudo bem?
levantou a cabeça, mostrando o rosto todo vermelho.
– Está quente aqui, né? – disse, abanando-se, ainda olhando para o chão.
– Não precisa só olhar, , eu sou todo seu. – Dougie a abraçou.
– Ai, gente, liga esse ar, pelo amor de Deus! – Implorou , ainda se abanando, presa nos braços de Dougie, morta de vergonha.
continuava com os olhos tapados.
– ...
– Oi...
– Olha para mim, vai... – Pediu Danny, olhou. Ele estava pertinho dela, só de boxer. ”Ai, meu pai. Daí-me forças...”, pediu mentalmente.
– Eu acho melhor a gente ir dormir, né? – Sugeriu , dando um selinho em Danny e saindo porta afora.
As meninas a seguiram, pensando umas mil vezes antes de fazer isso.
colocava o pijama, já estava na cama que ocupava com a irmã. Ela se encontrava abraçada com o pingüim, toda sorridente. saía do banheiro animada.
– Noite interessante, né? – falava.
– Shhh... Fala baixo, a está dormindo! – Pediu .
– Não estou, não. – A voz abafada de veio de debaixo do travesseiro. Ela revelou um rosto inchado e vermelho.
– Cara, o que houve contigo? Foi picada por um enxame? – olhava assustada.
– Ela chorou, isso sim. – se ajoelhou no colchão de . – Fica assim, não, , vai dar tudo certo.
– E aí, que bichinho o Tom te deu? – tentou animá-la.
– Uma borboleta que dizia “meu coração é só seu”. Que mentiroso! – voltou a chorar. (N.A.: By nós duas – Essa menina vai desidratar, na boa. Vai ter que beber muita água depois disso!). – Andei pensando... Será que a gente deveria contar?
– Contar o quê? – tirou os olhos do pingüim.
– Que a gente vai morar e estudar em Londres.
– A gente bem que podia contar! – soava feliz com a idéia. – Imagina só, poder ver o meu Dougiezito todos os dias...
– Não acho uma boa idéia... – Observou .
– Por quê? – Perguntou .
– Porque isso é um simples caso de verão, eles acham que depois disso cada um vai seguir o seu caminho. Se a gente chegar lá e dizer “ei, nós vamos morar pertinho de vocês” vai deixar explícito que a gente quer um relacionamento com eles. – Argumentou .
– Ela está certa! – Concordou .
– E você, ? – Perguntou , sentindo-se abandonada.
– A tem razão, o melhor é aproveitar esse tempo que a gente tem com eles.
– Pode ser... – Concordou , sem opção.
– Então, vamos prometer que não iremos contar para eles isso. Sob nenhuma hipótese.
Todas concordaram, sentindo-se estranhas. Não queriam concordar, mas parecia a coisa certa a se fazer. E com isso, dormiram com os respectivos bichinhos, embaladas em um doce sono onde não existia abandono ou saudade, apenas longas idas à praia, vigorosos passeios ao Cristo Redentor, animadas viagens ao zôo e muitos ciscos nos olhos.
Após a saída das meninas, Harry, Dougie e Danny se acomodaram para dormir. Tom já estava no colchão, completamente adormecido.
– Harry... – Chamou Dougie, no escuro.
– Fala...
– Que tal a gente brincar um pouco com o Tom?
– O que você sugere?
– Que tal a brincadeira do copo? – Sugeriu Danny, metendo-se na conversa.
– Genial! – Elogiou Harry. – Achei que nunca usaria o termo genial para me referir ao Danny.
– Nem eu.
– Vamos, então? – Danny já estava com um pé fora da cama.
– Beleza. – Os outros pularam também e foram rumo a cozinha.
Desceram os degraus com cautela para não acordarem as meninas. Chegaram à cozinha, animados. Procuraram pelos copos. Resolveram usar uma tigela, encheram-na com água bem gelada. Subiram abafando os risos. Pousaram a mão de Tom dentro da tigela de água bem gelada.
– Dude, o Tom vai ter uma noite bem molhadinha... – Observou Danny.
– Agora sim vou dormir bem. Boa noite! – Dougie se despediu e foi dormir.
Os outros dois responderam e foram dormir com sorrisos nos rostos.
Capítulo 10
“Eu não acredito que alguém sinta o que eu sinto por você agora.
Existem milhões de coisas que gostaria de falar para você, mas não sei como.
Eu disse: Talvez será você que nos salvará.
Afinal de contas, você é o meu muro de desejos.” (Wonderwall – Oasis)
Havia algo no ar naquela manhã de sexta-feira. O temporal tinha se extinguido sem deixar rastros, como se nada tivesse acontecido. Os únicos resquícios do temporal eram os quatros rapazes jogados em colchões e na cama dentro de um quarto lilás.
e resolveram descer para preparar o café, queriam fazer uma surpresa para os rapazes quando acordassem. estava no banho com o som ligado, ignorando qualquer sinal de outra presença humana. Simple Plan tocava a altos brados. A noite passada tinha a deixado perturbada, precisava pensar.
foi a escolhida para acordá-los, assim que foi anunciado que o café estava na mesa. Entrou no quarto tentando não fazer muito barulho, passou por Harry jogado em um colchonete, tropeçou em Tom deitado ao lado, sentiu seu pé molhando. ”O que é isso?”, pensou , examinando o lençol de Tom melhor.
– ISSO É XIXI?
Os meninos acordaram assustados.
– XIXI? ONDE? – Tom olhou assustado.
– Tom, você fez... Xixi. – não olhava para o rapaz, cheia de vergonha.
– Mas eu não faço xixi na cama! – Ele tentava se explicar, enquanto os meninos riam.
– Mas você... Fez.
– Mijão! – Zoava Dougie.
– Ok... Vocês três vão lá para baixo tomar café. Tom, a já deve ter saído do banho, toma um banho. Deixa que eu resolvo tudo isso.
Danny, Harry e Dougie desceram morrendo de rir. Tom pareceu muito envergonhado ao entrar no banheiro, ficou de cabeça baixa o tempo todo.
– Me entrega a sua boxer! – Pediu .
– Por quê? – A voz de Tom soava melancólica.
– Porque eu vou lavá-la, oras!
A porta foi destrancada, Tom esticou o braço para fora e entregou a boxer.
deixou Tom tomando banho e desceu as escadas rumo à área de serviço. Passou pela cozinha onde todos tomavam café.
– O que aconteceu, ? – Perguntou , olhando para a roupa de cama e a boxer na mão da amiga.
– Tom fez xixi na cama... – Harry respondeu, ainda se dobrando de rir.
lhe lançou um olhar assassino.
– Se algum de vocês mencionar esse assunto mais uma vez, eu juro que faço vocês ficarem incapazes de fazer xixi pelo jeito normal. Fui clara?
Os meninos concordaram com um aceno de cabeça, ainda olhando horrorizados. Ela saiu rugindo até a área de serviço.
– O que deu nela? – Perguntou Danny.
– Danny, quando você é lerdo ao extremo mesmo, hein? – deu um tapa em sua testa.
– Foram vocês que aprontaram isso, né? – lançou um olhar desafiador a Dougie.
– Foi, sim! – Dougie admitiu, fingindo arrependimento. – Ah, foi legal! Admita.
– A minha oferta ainda está de pé, Douglas. – gritou de área de serviço. – Repita isso mais uma vez para você ver.
– Me desculpe, senhora-não-mexe-com-o-Tom-que-eu-mato! – Dougie disse, rindo.
– Você não está acreditando? – apareceu na cozinha com sabão em uma mão e a boxer de Tom na outra.
– Ok, ok, parem vocês de falar do Tom, brincadeirinha sem graça! – disse na cozinha, depois do banho.
– Ih, já está estressada, ? – passava geléia em uma torrada.
– Não interessa.
– Nossa, que grossa. Dormiu comigo?
– Não.
– Claro que não, , você não viu que ela dormiu com o pingüim que o Harry deu para ela?! – disse, vendo uma vermelha.
– Eu te mato, ! – disse entre os dentes.
– Calma, ! O que tem que você gostou do presente que eu te dei? – Harry falou, rindo da cara vermelha de .
O clima foi cortado quando todos viram um Tom cabisbaixo adentrar na cozinha.
– Hã... Bom dia.
– Bom dia, Tom, senta aí, o café hoje é especial! – falou, tentando não deixá-lo com vergonha.
– Ah, ok... – Tom disse apenas.
– Hey, Tom, não precisa ficar com vergonha. Essas coisas acontecem! – falou normalmente.
– Não, isso não acontece! – Tom reclamou.
– Ah, dude, não fica assim. Vai ver que você estava sonhando... – Danny disse, tentando segurar a risada e levando um pedala de .
– Cala a boca, Danny! – Tom disse bravo. – Aposto que foram vocês, seus engraçadinhos.
– Dude, a gente não resistiu, tivemos que fazer a brincadeira da água, mas a idéia foi do Danny! – Dougie falou, tirando a culpa de cima de si.
– Espertinho você, né, mini-Dougie? – Danny disse, irritando o amigo.
– Ei, não me chama de mini! Eu cresci três centímetros desde quando a gente chegou aqui, está bom? – Dougie falou crente, crente.
– Nossa, Harry, ele cresceu três centímetros, temos que comemorar! – Danny dizia, deixando-o mais furioso ainda.
– Meninos, deixem o Dougie em paz, parem de dar uma de crianças. Vamos falar de coisas interessantes, já acabou a graça. – Disse , voltando da área de serviço.
– O quê, por exemplo? – Harry perguntou, com a boca cheia de pão doce.
– Tive uma idéia! Que tal a gente ir à biblioteca nacional? – falou empolgada.
– Ótima idéia, . Lá tem bastantes corredores escondidos! – Disse , com cara de sacana, olhando para um Dougie com vergonha.
– Tarada! – Exclamou , que não tinha pensado naquilo, mas não descartou a idéia de ficar com Harry lá.
– Ei, eu gosto de livros. Vamos, eu quero ir lá também! – dizia, com os olhinhos brilhando.
– É, eu gosto de corredores. – Danny levava um peteleco de na orelha. – Ei, isso dói.
– Não fique espalhando nossa intimidade por aí.
– Nossa, hein? Mas então, vamos ou não vamos? – estava atentada naquele dia.
– hoje acordou com a corda toda. Cuidado, Dougie. – Danny, mais uma vez, soltava uma de suas piadinhas.
– Nossa, Danny, como você está engraçadinho hoje – Dougie dizia irônico.
– Então no meu carro vamos, eu, , Dougie e... – estava com vergonha de chamar Harry. – E .
– Ah, não, eu quero ir no mesmo carro que o Danny. – fazia cara de criança que acabava de deixar o último pedaço de chocolate cair no chão.
– Ai, que lindo! – dizia. – Então vai , Danny, Tom e no outro carro, e o Harry vem com a gente. Está bom pra você, ? – sabia que aquilo era o que mais a amiga queria, sabia que ela estava com vergonha.
– Por mim... Vamos logo, então.
Todos corriam para terminar de arrumar as coisas na casa de , que estava uma bagunça e irem logo para a biblioteca. Acabaram trocaram de roupa e foram até o hotel dos meninos para eles poderem se trocar também. Depois, foram o mais rápido possível.
Quando chegaram lá, não sabiam em que lugar ir primeiro. Optaram pelos livros de ficção. Ficaram lá vendo alguns. Para alguns, estava ótimo, mas outros estavam esperando coisas a mais daquele passeio, como Harry! Como podia ser ele? Logo ele, um pegador de carteirinha, ser o único que ainda não tinha ficado com ninguém. Nem queria, para dizer a verdade, ali naquele lugar, naquele país. Desde quando chegaram e encontraram aquelas meninas, ele não quis mais ficar, pegar, ter uma noite com qualquer menina. Ele queria só uma, e ela estava ali na sua frente. Mas por que ele não sabia o que fazer? Por que suava frio? Isso nunca tinha acontecido antes. Por que ela era diferente de todas?
– Hey, dude, acorda, está babando aí em cima desse livro. – Tom chegou perto de Harry, que estava com olhar perdido em . – Nunca te vi assim por uma garota.
– É, cara, ela é... Diferente das outras. Não sei o que está acontecendo.
– Eu sei, você está apaixonado. – Tom apertava as bochechas de Harry.
– Ai, pára com isso, ela vai ver. E eu não estou apaixonado.
– Não? Então por que está todo preocupadinho com medo que ela veja?
– Ai, como você é chato. Está bom, está bom, eu estou gostando dela mesmo. Ontem, a gente quase... Bem, a gente quase se beijou ontem.
– Sério? E por que não se beijaram? – Tom não entendia muito bem.
– Porque a miniatura em pessoa chegou. – Harry ainda tinha raiva de Dougie por ter estragado tudo.
– Miniatura? – Tom não entendia mesmo.
– É, cara, o baixinho, miniatura, nanico do Dougie. (N.A.: by Isa – foi mal Poynter’s, mas eu precisei dizer isso, mas ele é o nanico mais lindo do mundo.)
– Ah, o Dougie, claro... – Tom não se segurou e soltou uma alta gargalhada.
– Shhh. Tom, silêncio, você está em uma biblioteca. – brigava com ele.
– Sorry, senhorita -sou-intelectual! – Tom disse baixinho. – Harry, tive uma idéia para você ficar sozinho com a , para conversar com ela.
– Sério? Como? – Harry parecia radiante.
– Simples, chame-a para ir para outra parte da biblioteca, na parte de livro de romances. Bem sugestivo, não acha? – Perguntou Tom, vendo um Harry radiante.
– Dude, como eu não pensei nisso antes?!
– Você é muito lerdo, nunca iria pensar algo assim! – Tom disse, recebendo um pedala de Harry.
– Ai, que nervoso, o que eu vou dizer para ela?
– Cara, já te dei uma dica, agora é com você. Não sou professor, apesar de que poderia ser, me dou muito bem nesses assuntos. – Via-se um Tom todo se querendo.
– É, percebe-se, vendo sua situação com .
– Ah, isso é outra história. Não sei o que está acontecendo, eu fiz tudo certo.
– Mulheres, meu caro, mulheres. – Harry dava tapinhas nas costa de Tom, criando coragem e indo em direção à .
– Vai lá, garanhão! – Tom disse, rindo.
Enquanto isso, bem longe daqueles corredores, , Danny, , Dougie e riam na seção de histórias em quadrinhos. Quer dizer, quase todos se divertiam. não estava tão feliz, não sabia porque Tom fez aquilo com ela, mas seria por isso que não ia deixar de se divertir, quer dizer, não tanto assim.
– Hey, , vem ver isso aqui comigo. – Dougie puxava pelo braço.
– Ver o quê, Dougie? – Às vezes, era impressionante como era inocente.
– Você vai ver, ora.
parou de repente.
– Estou com medo! – disse.
– , não é nada de mais, só queria fica sozinho com você! – Dougie falou, triste.
– Ai, amor, desculpa. Vamos, então.
– Gente, nós vamos ali e já voltamos, ok?! – Dougie disse, puxando pela mão e saindo correndo.
– Nossa, já?! – Danny ria.
– Acho que vou lá falar com a ... – Disse , saindo e deixando Danny e sozinhos lá.
– Até que fim eles saíram daqui! – Danny disse, abraçando por trás.
– Danny, pode passar alguém aqui.
– Ah, não passou desde quando a gente chegou. Vai passar logo agora, só por que eu estou sozinho com você? – Danny falou, virando de frente para ele.
– Só você mesmo! – passou os braços em volta do pescoço de Danny, selando seus lábios.
– Dougie, você é maluco! Ninguém percebeu porque a gente saiu correndo de lá, né?! – tentava recuperar o fôlego depois de correr até o ultimo corredor onde ficavam os livros de crônicas.
– Ah, quem liga? Aposto que se a sair de lá, eles vão fazer a mesma coisa.
– Dougie, que coisa feia, mas pode passar alguém aqui... – dizia, olhando para os lados.
– Na seção de crônicas? Está brincando comigo, né?! Quem lê isso? – Dougie ria, vendo os livros.
– Não fala isso! A lê, ok?!
– Ok, mas acho que ela também está fazendo coisas mais interessantes. – Dougie abraçava .
– Seu tarado. – abraçava Dougie.
Aquele lugar era o último que ela podia pensar em estar com seu ídolo. Será que era tudo um sonho?
– Já te falei que essas são as férias mais legais e felizes que eu já tive em toda a minha vida? – Dougie dava vários beijinhos na bochecha de .
– Sério? Por quê? – Ela se fazia de desentendida.
– Porque eu encontrei você!
Dougie beijava com intensidade. Não queria que aquele beijo acabasse nunca.
– Hã, , será que... Você e eu... É... A gente... Podia dar uma volta? – Harry parecia um verdadeiro pimentão.
– Claro, Harry, queria mesmo ir à seção de romance, quero ver se tem um livro lá... – Disse , rindo para ele. ”Ufa, foi mais fácil do que pensei!”, pensou Harry.
– Anda, Harry, desistiu? – provocava.
– Não, jamais desisto dos meus objetivos.
– Hã? O que você está dizendo, Harry? – não entendia, ou pelo menos fingia que não.
– Nada, vamos logo. – Harry saiu. Chegaram à seção de livros de romance. já ia pegando uns cinco livros de uma só vez. – Nossa, você é uma traça de livros.
– Poxa, você é bem... Hum, deixa pra lá.
– Não, agora fala. – Harry ficou curioso.
– Deixa pra lá.
, na verdade, não sabia o que dizer. Será que ele ia fazer alguma coisa ali? Iria falar sobre o que quase tinha acontecido no dia anterior se não fossem atrapalhados por Dougie? Ela se fazia várias perguntas, até que escutou Harry falando alguma coisa.
– Bem diferente esse livro que você está lendo, não? – Harry apontava para o livro que tinha em mãos.
– Ué, é um livro normal! – disse, olhando para o livro e ficando vermelha.
– É, não sabia que esse se lia de cabeça pra baixo... – Harry disse rindo, pegando o livro das mãos de e fechando. ”Harry, não fica tão perto assim, não respondo por mim!”, pensava, começando a suar frio.
– Er... Bem, ah, , vou falar logo de uma vez, se não, não consigo mais. – Harry disse, assustando a menina.
– Ai, meu Deus, fala, então. – Ela sentia borboletas dançarem em seu estômago.
– Ok, é que... Eunaoconsigomaisficarlongedevocê.
– O quê? – dava uma risadinha.
Ela sabia que ele estava nervoso, ela também estava.
– Eu não consigo mais ficar longe de você. Eu quero sempre estar do seu lado, quero sempre estar te olhando... Às vezes, me pego viajando pensando em você. – Harry despejava essas informações todas de uma só vez em cima de , que estava de boca aberta.
– É... Eu, bem, eu não sei o que te dizer.
– Eu te entendo, sei que você terminou com aquele seu namorado e ficou muito triste.
– Sabe? – Como ele poderia saber se ela nunca tinha dito?
– É, a me contou. – Harry olhava para o chão.
– Sério que ela te contou isso? Eu a mato. - Um silêncio de matar tomou conta do lugar. não agüentava mais, ele era mais lerdo do que ela pensava. Aquilo matava qualquer um naquela situação. – Harry... – chamou o garoto.
– Sim.
– Eu também.
– Também o quê?
– Também não consigo mais ficar longe de você! – disse, olhando nos olhos de Harry.
Ela não sabia de onde tinha saído tanta coragem, mas já tinha falado mesmo, esperava só pela reação do garoto.
Ele não pensou duas vezes. Deu dois passos para frente, abraçando-a pela cintura. A garota sentiu suas pernas falharem. Harry levantou o rosto dela pelo queixo, pela ponta dos dedos, selando seus lábios. Eram tão doces e ao mesmo tempo quentes. Em um impulso nada a cara dela, entrelaçou suas pernas na cintura de Harry, que a abraçava com força, como se quisesse transformar os dois em um só. , ao sentir a língua quente de Harry em seus lábios, abriu-os um pouco, deixando com que ele explorasse sua boca e indo de encontro com sua língua. Ela passava a mão na nuca de Harry, deixando-o arrepiado, o que a fazia dar pequenos risos durante o beijo. Ela soltou suas pernas da cintura de Harry, que foi a guiando até a prateleira, onde a encostou com cuidado para não derrubar nenhum livro. Harry passeava a mão pelas costas de , que parecia estar no paraíso, até que acordou de seu conto de fadas e lembrou que estavam em um lugar público e que a qualquer momento alguém poderia aparecer ali.
cortou o beijou, deixando um Harry parado de olhos fechados, tentando digerir tudo o que acontecera naquele momento.
– Nossa. – Foi a única coisa que ele conseguiu dizer.
– Er... Harry, acho melhor a gente voltar. Pode aparecer alguém aqui.
– Não se preocupe. Se alguém aparecer, a gente pára! – Ele disse, voltando a beijar a garota com vontade.
(N.A.: by Isa – Tá... Ficou grande, mas, poxa, foi o primeiro beijo deles, tinha que ser grande, as Judd me entendem, né?!) (N.A.: by Thali – A Isa está querendo poupar um presente da aniversário. Só porque o meu aniversário está chegando e ela sabe que eu sou Judd. Hehehe)
– Tom, cadê a ? – Perguntou , quando chegou ao corredor e só viu Tom sentado, lendo um livro que não parecia ser nada interessante.
Tom olhou rápido para trás e viu .
– É, eles foram à seção de romance... – Disse Tom, com um sorrisinho.
– Ah, entendi. – Ela tinha mesmo entendido.
– É... – Ele respondeu.
Ele não sabia o porquê daquele clima entre eles. O que ele tinha feito de errado com ela? Ele foi tão verdadeiro (e fofo), não entendia nada.
– Pois é... Esse livro parece legal. – Ela tentava puxar um assunto.
– É parece ser. – Tom soava aéreo. – , o que eu fiz para você estar me tratando assim?
– Tom, por favor, não se faz de cínico, você sabe muito bem.
– Se eu soubesse, não teria perguntado. Eu achei que estivesse indo tudo bem, mas você correu, fugiu.
– Tom, por favor, não quero falar nisso, ok?
– Não consigo entender.
– Nem precisa, você sabe muito bem do que eu estou falando.
– Não sei, não, mas vou procurar entender. – Tom se levantou e foi até uma longa prateleira, procurando ficar o mais longe possível de .
– Dougie, eu estou com fome. – disse, partindo o beijo.
– Eu também. – Dougie estava ofegante. – Você me cansou.
deu um tapa em seu ombro.
– Vamos procurar a e o Danny e ver se eles querem comer.
O casal (Já classificamos como casal. Que fofo!) começou a caminhar. Passaram pela longa prateleira onde Tom parecia extremamente entretido, olhando para os livros.
– Ei, Tom. – Chamou Dougie. – Cadê o resto?
– Não vi o Danny e a . A está bem ali. – Apontou para a mesa onde ele estava algum tempo atrás. estava com a cabeça deitada na mesa. – Harry e a sumiram lá na sessão de romance.
– Sério?! – estava impressionada.
A amiga tinha sido devagar, mas tinha a surpreendido de qualquer jeito.
– Vamos lá ver! – Dougie puxou rumo aos romances. Tom foi atrás.
e Harry tinham se separado um pouco, ficaram olhando um para o outro. Harry exibia os lábios vermelhos e inchados, não estava atrás.
– Sua camisa está toda amassada. – A menina olhava para a camisa azul do rapaz, que apresentava um excesso de dobras.
– Foi por um bom motivo. – Ele lhe lançou um sorriso e chegou mais perto. Mais feliz do que estava era impossível.
– Com certeza. Hum... O que a gente faz agora?
– Eu tenho algumas idéias, mas elas envolvem amassar um pouco mais as nossas roupas. – Harry lhe lançou um sorriso malicioso.
– Acho que posso correr esse risco. – balançava os pés, estava sentada na mesa. Harry se encontrava na sua frente.
Os dois se aproximaram, a estática ali era imensa.
– Dude... – Os dois se largaram, tomando um susto.
Dougie, Tom e estavam na entrada da sessão, com enormes sorrisos no rosto. escondeu a cabeça no peito de Harry, cheia de vergonha.
– Ah, que lindo! – olhava, cheia de emoção.
– A gente não acreditou no que o Tom disse, tivemos que vir para confirmar! – Explicou Dougie. – Mas a gente já está saindo. Vamos comer alguma coisa lá fora.
– Ah, a gente vai também! – se levantou da mesa, ficando mais perto de Harry ainda.
– Vamos ficar mais um pouquinho... – Ele pediu.
– Eu estou com fome, Harry. – fez bico.
– Ai, o que você pede que eu não faço? – O rapaz deu um selinho na menina, e saíram com o resto. saiu andando mais a frente, Harry correu para alcançá-la. – Nem pense em desgrudar de mim, moça! – Sussurrou no ouvido, segurando sua mão. Ela sentiu um arrepio passar por sua espinha.
– Nem passou pela minha cabeça isso.
Os dois desceram as escadas de mãos dadas.
Eles estavam nas portas da biblioteca, quando o celular de Tom tocou.
– Que mania é essa de esquecer a gente? – A voz de Danny saía do fone, indignada.
– Foi mal, a gente realmente esqueceu! – Tom desculpava-se.
– E qual a razão dessa vez? – pegou o telefone.
– Foi só a emoção de ver a sua irmã e o Harry ficando. – partiu para cima de Tom para bater nele, mas foi segurada por Harry. – Calma, ! Eu não menti em nenhum momento, menti?
Todos puderam ouvir os gritos de Danny e do outro lado de linha.
– Sério? Ela não fez nada para estragar tudo dessa vez, fez?
– Não. Ela fez tudo direitinho. Está até de mãos dadas com ele. – pegou o telefone de Tom e respondia. – Vocês tem que ver! É tão bonitinho.
ficou vermelha e mais uma vez enfiou a cara no peito de Harry, que apenas sorria abobado.
– Estamos saindo. Esperem a gente aí.
Em poucos minutos, os dois estavam reunidos ao grupo.
– Ai, finalmente, Harry. Já estava achando que você tinha perdido o charme. – Danny cumprimentou-o. – Judd pegador.
– Pegador?! – perguntou, com os olhos arregalados.
– Você sabia que está linda, cunhadinha? – Danny tentou salvar a situação.
– Pegador?! – Ela insistiu.
– Ei, mana! – a abraçou e sussurrou no seu ouvido. – Na escala de um a dez, o beijo foi...
Soltou a irmã de seus braços, esperando a resposta. fingiu pensar.
– Hum... Vinte.
riu.
– Bom, para mim, foi uns trinta, mas isso é outra história.
Todos ficaram olhando para elas, com cara de ponto de interrogação. Vinte? Trinta?
– Vamos comer logo, gente. Eu estou com fome! – Reclamou .
– Yeah, ela tem que alimentar o pequeno Poynter. – Dougie passou a mão na barriga.
– “Pequeno Poynter”? Já está nesse ponto a situação? – riu.
– Yeap.
– Dougie! – deu um tapa nele.
– Ah... Você bem que gostaria, confessa. – Dougie alisava o braço da menina, sorrindo.
– Nem vou responder isso, Douglas. – ficou muito vermelha.
“Pequeno Poynter”? Ele não fazia idéia do quanto ela tinha gostado dessa sugestão.
– Vamos logo, antes que a exploda de tão vermelha. – saiu na frente, em busca de uma lanchonete.
Tom foi ao seu lado. Eles conseguiriam esquecer tudo aquilo por algumas horas. Não conseguiriam?
– O que você acha de pequenos Danny Jones andando por aí?
– Acho que o mundo já tem tragédias suficientes.
– Poxa! Ah, vai, admita, seria legal...
– Tenho pena da mãe dessas crianças. – sentia pena é se a mãe NÃO fosse ela, isso, sim.
– Eu acho que você daria uma fantástica mãe, pequena. Nossos filhos seriam lindos.
– “Nossos”? – Ela fingia indignação, mas tremia de felicidade por dentro. – Isso não é conversa de mulher, Danny? Homens normalmente não falam disso.
– Eu sou diferente! – Danny respondeu, dando um beijo em .
A verdade era que nem ele tinha dito isso para qualquer outra, só com ela aquela idéia passara pela sua cabeça.
andava em silêncio com Dougie ao seu lado.
– ...
– Hum?
– Você ficou chateada com o que eu falei?
– Claro que não, Dougie.
– Mas eu mantenho o que disse, seria legal.
– Seria legal o quê?
– Pequenos Poynters.
– Pois é... Seria legal.
– Fazê-los, então, seria ótimo. – Dougie olhou para ela de esguelha, esperando uma reação.
– Aposto que sim.
Dougie a puxou pela cintura, ficando cara-a-cara.
– Então, você topa?
– Topa o quê?
– Fazê-los comigo. – deu um tapa nele. – Nossa! Como você gosta de me bater! Eu só apanho.
– Cala a boca, Dougie, e me beija.
Os dois se beijaram ali mesmo, na rua. Só existiam os dois naquele momento. Nada mais perfeito que aquilo.
– Estão todos se beijando! – Reclamou Harry.
– A e o Tom não! – Replicou , de forma ríspida.
– O que houve dessa vez? – Ele já estava cansado daquele joguinho. Por que será que ela estava incomodada agora?
– Pegador?! – virou, olhando para ele.
– Ainda isso?
– É, Harold, ainda isso.
– Ah, , isso é do passado.
– Aham, sei. Passado, tipo, dois minutos atrás?
Ele soltou um longo suspiro .
- Não... Meio desde que dei de cara com uma menina maluca em um bondinho.
– Menina maluca? E você nem me contou! Que cara de pau!
– Pois é... E eu gosto muito dela, sabe. Ela é inteligente, linda e muito irritante.
Eles chegaram mais perto um do outro.
– Irritante, é?
– Eu tenho que ficar repetindo o quanto gosto dela a cada cinco minutos.
– É? – mordeu o lábio do rapaz, ele se arrepiou. Ela nem sabia de onde tinha arranjado tanta coragem.
– Você quer é me deixar maluco, só pode ser. – Ele a puxou pelo passador de cinto da calça com toda a força e a beijou com vontade.
parou no meio do caminho, olhou para trás e viu cada casal parado em um ponto da rua. As pessoas olhavam, mas eles nem ligavam. ”Ai, como seria bom estar assim também!”, pensou, olhando para Tom e tendo ávidos desejos que algo de muito ruim acontecesse com a namorada do rapaz. ”Pára com isso, ! Se controla! Ela é uma boa pessoa, eles se amam... É, eles se amam.”
A amargura tomou conta de si. Examinou Tom atentamente. Seus cabelos loiros um tanto arrepiados, a calça jeans meio surrada, o All Star azul claro tão lindo e a covinha... Ah, a covinha! Que sonho!
– Tudo bem, ? – Perguntou Tom, preocupado. – Você está se sentindo bem?
Tom se encontrava genuinamente preocupado com ela, ela mexia com ele. Por trás de toda aquela aspereza e atitude defensiva, tinha uma menina que valia a pena e ele não desistiria.
tremeu. As únicas pessoas que ela deixava chamá-la de eram suas amigas, e agora, Danny, Dougie e Harry, porque não importava quantas vezes dissesse que não era para chamá-la assim, eles continuavam chamando. Só que havia algo no jeito que Tom pronunciava que a fazia querer que ele dissesse aquilo para sempre.
– Estou um pouco zonza, acho que é de fome. – Ela respondeu.
– Fica calma, ok? Não vou sair do seu lado e vou apressar esses molengas. – Tom virou para os outros um pouco atrás. – EI, SUAS LESMAS, ANDEM RÁPIDO!
– Muito sutil você, Tom! – Disse , sarcástica.
– Eu faria tudo por você, .
O rapaz se sentia mais seguro. Ela não tinha o repreendido por chamá-la pelo apelido. Aquilo era um avanço, mas ter dito isso cruzava a tênue linha que o “relacionamento” deles se mantinha, onde o desrespeito e o aceitável andavam de mãos dadas.
– Desculpe, não deveria ter dito isso.
– É, não deveria mesmo... – Sussurrou , e ainda mais baixo comentou. – Assim você só me dá mais esperanças.
Os outros seis se juntaram a eles e seguiram para uma lanchonete.
Dougie, Danny, Tom, e iniciaram uma guerrinha de batatas-fritas, enquanto comia silenciosamente, sorridente. Gostava de estar com eles, apesar de tudo. Harry e não participavam, preferiram ficar juntos, curtindo um o outro.
– A gente não teve tanto tempo quanto vocês! – Argumentou .
– Eu e o Danny só ficamos ontem!
– É, mas vocês ficaram antes... A sua irmã não me deixava nem chegar perto dela... – Harry disse, abraçando ainda mais a menina.
– Agora só falta o Tom e . – Danny falou. Todos olharam para Danny, e deu uma cotovela no rapaz. – O que eu disse dessa vez que foi tão errado? – Ele massageava as costelas.
– Você é muito sem noção às vezes, amor. – botou a mão na cabeça, em sinal de desespero.
– Você me chamou de “amor”?
– Ah, desculpa... Reflexo. – A menina enterrou o rosto no hambúrguer.
– Não... Eu gostei.
Danny, na verdade, tinha amado ser chamado assim. Foi tão doce e tão espontâneo.
– Ah, nem vem, a me chama assim! – Protestou Dougie.
– É mesmo. Não pode, escolhe outra coisa. – apoiou.
– Tipo o quê?
– Hum... Azeitona! Aí ele te chama de empada! – Sugeriu , animada.
– Que ridículo!
– Que tal... Chuchu? – Arriscou Dougie.
– Que tal... Dan? – entrou na brincadeira.
– Bregas, todos bregas.– descartou todas idéias.
– Fica assim não, pequena. Apelido não importa! – Danny a consolava.
Ela deu um salto, batendo com a cabeça no queixo de Danny.
– É ISSO! Ai, Danny, seu queixo é duro! – Ela reclamou, passando a mão na área atingida. – Você me chama de pequena e eu te chamo de pequeno.
– Não... Pequeno aqui só o Dougie! – Provocou Harry. Dougie jogou uma batata nele.
– Hum... Eu gostei da idéia! É carinhoso... – Danny acariciou a bochecha da menina. – Minha pequena.
– Você é lindo, Danny. – o beijou com vontade.
– É... Eu sei. – Ele disse, partindo o beijo. – Você é mais ainda. – E voltou a beijá-la.
– Eles não são lindos, Dougie?
– Nós somos mais, amor. – Dougie deitou o queixo no ombro de .
– Yeap! Com certeza.
– Pegou a minha mania, é?
– Yeap! – confirmou.
– Você fica linda falando assim. – Dougie mordeu a orelha da menina, sorrindo.
olhava para o hambúrguer. Queria sugerir um apelido ridículo para ela e Harry, mas achou que aquilo iria forçar muito a barra. Resolveu admirar o quão bonito ficava o alface em cima do hambúrguer entre duas fatias de pão.
– Só falta a gente...
– Só falta a gente o quê, Harry?
– Apelido para a gente. Se você quiser, claro. - abriu um grande sorriso. Obviamente que ela queria! - Minha menininha maluca não vale, né?
– Não, Harry, não vale.
– Sem querer me meter, mas já me metendo... – olhou para os dois, do outro lado da mesa. – Do que é que você chamava o Harry, ?
arregalou os olhos e ficou muito vermelha.
– Hum... Mr. Fit? – Ela arriscou, sabendo que não era aquele.
– Não... Não é esse.
– Hum... Não estou muito lembrada, não, .
A menina olhava para , suplicando para que ela não falasse. Ia morrer de vergonha. Será que o truque Jedi para controle da mente funcionaria agora? Tentou... Pensou fixamente em como queria que ela esquecesse.
– Se me lembro bem... Você dizia que ele era o seu príncipe encantado.
Não tinha funcionado. Se ao menos ela tivesse tido aulas com o Mestre Yoda...
– Eu sou seu príncipe encantado? – Harry levantou a sobrancelha, indagador.
– Hum... Era o que eu dizia.
Ela se encolheu, envergonhada. Maldita boca! Se ela tivesse deixado aquilo só para ela!
Harry chegou mais perto, colocou a mão no queixo da menina e o levantou.
– E você... É a minha princesa.
Os olhos de encheram de água. Ela o abraçou bem forte, sorrindo.
– Depois dessa, acho melhor irmos embora! – Anunciou Tom, já se levantando.
Todos se levantaram, acompanhando-o. Sentiam-se leves e felizes, daquele jeito que só se sente quando se está apaixonado.
Capítulo 11
“E no meio de tanta gente
eu encontrei você
Entre tanta gente chata
sem nenhuma graça
Você veio
E eu que pensava
que não ia me apaixonar
Nunca mais
Na vida” (Não vá embora – Marisa Montes e Arnaldo Antunes)
Os oito chegaram à casa das meninas, foi checar as mensagens da secretária eletrônica. ”Oi, meninas, aqui é a Gabi. Vocês nem devem estar mais aí, devem já ter ido para Petrópolis, né? Se vocês ouvirem essa mensagem antes de irem, eu só liguei para avisar que vai ter festa na minha casa semana que vem. Curtam os três dias na serra e peguem caras lindos! Amo vocês! Beijos!”
– AI, MEU DEUS! – gritou e tapou a boca de repente.
– O que houve? – Harry correu ao seu encontro assustado.
– Nós esquecemos! – Sussurrou .
– Esquecemos o que, ? – Perguntou .
– Que a gente vai para Petrópolis amanhã, ver aquele show de luzes do museu.
– A gente esqueceu mesmo! Ficamos tão empolgadas com as novidades... – apontou para os meninos. –... Que esquecemos completamente.
– Quer dizer que vocês vão viajar e nos abandonar aqui? – Dougie abraçou por trás, fazendo bico.
– É... Nós sozinhos uma semana inteira... Eu posso até voltar para os meus velhos hábitos... – Danny provocou .
– O quê?
– Nada, pequena.
– Eu vou morrer de saudade. – Harry abraçou também, que sentiu o coração pesar.
– Eles podem vir com a gente, a casa é da minha tia, mesmo. – Ofereceu .
Tom tinha namorada, mas ela não o deixaria solto pela cidade sem ela, de jeito nenhum.
– Yeah... Nós vamos para Pet... – Dougie tentava falar, mas começou a se embolar.
– Relaxa, amor, o importante é que vamos todos!
– Bom, então é melhor eu ir buscar as chaves da casa da minha tia lá na casa dela. – pegou a bolsa para sair de novo.
– Ela vai para a serra e vai voltar? – Perguntou Tom, preocupado.
– Não, a casa de Petrópolis é de veraneio. Ela vai à casa da tia dela buscar as chaves de lá. – Explicou . – É pertinho daqui. Uns quinze minutos.
– Bom, a gente vai precisar se dividir. Alguém precisa ir ao mercado, arrumar a casa, arrumar as malas... – enumerava o que devia ser feito.
– Temos que buscar algumas roupas também. – Tom disse.
– Resolvam isso logo. Eu vou lá. Até daqui a pouco, gente. – saiu da casa rapidamente.
– Vamos fazer assim: e Danny ficam arrumando a casa; eu e Dougie vamos ao supermercado; , Harry e Tom vão buscar as roupas. – organizava a questão. – Vamos logo, então!
Todos se organizaram. subiu para trocar de roupa e começar a arrumação. Os outros se dividiram nos carros.
– É melhor eu ir com o seu, . – Disse . – Tem um porta-malas maior.
– Mas eu amo o meu carro! – abraçou o carro.
– Ah, qual é, eu não vou arrebentá-lo!
– , o que a senhorita fez com o SEU carro?
– Eu o bati, saindo do shopping... – Sussurrou , envergonhada.
– O quê? – Perguntou Dougie.
– EU BATI O MEU CARRO SAINDO DO SHOPPING! – Gritou , morrendo de vergonha.
– Por esse motivo, você não vai com o meu bebê.
– Você é muito egoísta! – deu língua.
– Ruim de roda!
– Mão-de-vaca!
– Carteira de motorista comprada!
– Ei, parem com isso! Levem o nosso carro. – Tom resolveu a situação. – Afinal, tem mais espaço para colocar as compras.
– Obrigada, Tom, você não vai se arrepender. – pegou a chave, dando um beijo na covinha do rapaz.
- Vai, sim! – Murmurou só para Tom.
– Espero que você esteja errada. – Tom colocou as mãos no bolso, apreensivo.
– Já vamos, então. Tchau, meninos.
chegou perto da amiga. Os meninos seguraram a respiração. Será que elas brigariam de novo?
– Eu te amo, . Obrigada por tudo. – As duas se abraçaram.
– Também te amo, . Obrigada também.
As duas entraram no carro, sorridentes, deixando os meninos atônitos.
– O que foi isso? – Perguntou Dougie
– Mulheres, dude, mulheres.
E entraram nos respectivos carros, seguindo para as suas tarefas.
saltou do ônibus e caminhou até a casa de sua tia. Cantarolava calmamente enquanto andava. Parou na porta do prédio da tia e apertou o interfone. Uma voz abafada saiu do aparelho:
– Sim?
– Tia, aqui é a .Vim buscar a chave da casa.
– Oi, querida! Um momentinho.
Ouviu um zumbido e empurrou a porta. Entrou, seguindo para o elevador, e apertou o número 4. O elevador deu um leve solavanco ao chegar ao segundo andar. Um rapaz alto, moreno e muito bonito entrou e apertou o botão para o térreo.
– Agora o elevador está subindo, vai demorar um pouco... – Avisou de forma educada.
– Tudo bem, eu não me importo. – O rapaz encostou-se a uma parede. – Eu poderia saber o seu nome?
– Não, não poderia, não! – Respondeu de forma ríspida.
– Ai, você é durona.
– E você é abusado, nem me conhece.
– Mas gostaria de conhecer...
– Meu namorado não iria gostar muito disso. – Foi algo automático, o rapaz se assustou com a resposta.
– Você tem namorado? Desculpe, eu não imaginei.
– Pois é... Eu tenho! – Lançou de forma triunfante. O seu telefone tocou. – Olha, é ele no telefone agora mesmo. – Atendeu ao telefone depois de ver o nome Tom no visor. – Oi, amor! Eu ainda estou na casa da minha tia, não vou demorar muito, não. Não tem necessidade de vir me buscar, não, eu volto sozinha. Ok... Ok... Beijos. Tchau.
desligou, sentindo-se a pessoas mais idiota do mundo. Tinha acabado de chamar Tom de amor, e pior: disse em inglês! Ele tinha entendido tudo o que ela tinha dito. No fundo, queria que o rapaz ouvisse, mas não admitiria aquilo para si mesma nunca. Eles tinham apenas ligado para ver se queria que passassem na volta para buscá-la e ela tinha feito disso um circo!
– Você falou em inglês? – Perguntou o rapaz moreno, que parecia meio confuso.
– É... Ele é inglês.
– Legal... – Respondeu sem convicção.
Mais um solavanco, a porta se abriu no quarto andar. Será que ela conseguiria morar com a tia? Porque de jeito nenhum ela voltaria para a casa das meninas e encararia Tom depois de tê-lo chamado de “amor”. A tia a recebeu com um grande sorriso.
– Oi, querida! Tudo bem?
– Hum... De certa forma, sim! – Ela respondeu, forçando um sorriso.
– Conte-me tudo! ”Por onde eu começo? Pela ida ao bondinho ou pela parte de eu estar gostando de um pop star com namorada?”
– Tia, é melhor você se sentar.
saiu do banheiro com uma camiseta velha e uma bermuda rasgada, amarrou os cabelos em um rabo de cavalo. Danny estava vendo sua coleção de DVDs.
– O que é “ Holmes e Watson em: O mistério da calcinha perdida”? – Danny olhava assustado. – É filme pornô?!
– Claro que não, seu idiota! – deu um tapa no braço de Danny. – Que idéia pervertida! A gente gravava uns filmes caseiros com a filmadora que a ganhou no aniversário de dez anos. Esse a gente gravou quando a , não conta para ela que eu te contei isso, perdeu a calcinha do Super-Homem dela. Aí, a gente resolveu criar uma história com isso.
– Que legal! Não a parte da calcinha perdida, mas os filmes caseiros. A gente também tem essa mania.
– É... Eu sei disso... – Ela lembrou-se do vídeo em que os meninos acordam Danny. O rostinho dele todo amassado quando acorda. Muito lindo. – Então, vamos começar a arrumação?
– Temos mesmo?
– Claro que sim, Daniel!
– Eu tinha outras coisas em mente...
– Depois que a gente acabar a arrumação, quem sabe?
– Depois que acabar essa arrumação, você estará a minha mercê, pequena.
– E você vai fazer o quê? – Ela perguntou desafiadora.
– Mais ou menos isso. – Danny a empurrou na cama desarrumada e se jogou por cima dela, beijando-a.
estacionou o carro no supermercado, Dougie saiu também. Entraram no supermercado, procuraram por um carrinho de compras em todos os lugares.
– Eu tenho um meio mais rápido! – Disse Dougie, quebrando o silêncio entre os dois.
– Qual?
– Esse aqui. – Dougie pegou e a colocou de cavalinho.
– DOUGIE!
Dougie percorreu vários corredores com em suas costas ainda gritando com medo, todas as pessoas os olhavam, assustadas.
– Esses casais apaixonados... – Observou uma senhora que passava.
O McGuy a deixou descer quando chegaram à sessão de congelados.
– Por que aqui? – Perguntou .
Dougie apontou para o carrinho ao lado do freezer, abarrotado de nuggets.
– E por causa disso. – Ele a puxou pela cintura e a beijou, esquecendo-se que se encontravam no supermercado.
– Acho melhor a gente fazer as compras logo... – disse, partindo o beijo.
– Eu pego um carrinho e você pega outro. – Sugeriu Dougie.
– Mas a gente só achou esse!
– Que nada! A gente passou por vários, você que não percebeu.
– Por que, então, essa corrida doida para achar um carrinho? – Perguntou , sem entender nada.
– Porque eu queria te carregar de cavalinho, achei essa uma oportunidade boa. ”Ai, como ele é perfeito!”, pensou com seus botões.
– Vamos logo, então. – Ela pegou o carrinho “achado”, deu um selinho em Dougie e se dividiram.
passou pela senhora que os tinha visto.
– Não perca aquele rapaz, minha filha. – Aconselhou a mulher. – Vocês foram feitos um para o outro. Amor assim não se encontra em cada esquina, não. ”Amor se encontra no bondinho do Pão de Açúcar.”
– Pode deixar... Ele não vai a lugar nenhum! – Ela respondeu, sorrindo.
dirigia em silêncio, estavam quase chegando ao hotel. Tom parecia nervoso no banco de trás. A menina teve uma idéia.
– Tom, liga para a e vê se ela quer que a gente a busque na casa da tia dela, é caminho na volta.
Sem pensar duas vezes, ligou para a menina.
– Oi, . A está perguntando se quer que te busque na volta. – O rapaz parecia animado, depois ficou vermelho e muito calado.
– O que aconteceu, dude? – Perguntou Harry, virando
– Ela me chamou de “amor”. – Ele parecia chocado.
– Mulher é um bicho muito complicado mesmo. – Observou Harry, que ganhou um soco no braço de . – Menos você, minha linda.
– Aham... Vou fingir que acredito. - desligou o carro ao chegar ao estacionamento do hotel. Os três entraram, Tom foi explicar que ficariam fora por três dias, enquanto e Harry subiram para o quarto do rapaz. Harry passou o cartão e entrou, entrou logo depois. Fechou a porta atrás de si. Quando foi dar um passo a frente, foi impedida pelo braço de Harry. – O que você está fazendo?
– Eu? – Ele fez cara de inocente. – Recuperando o tempo perdido...
Encostou-a na porta e a beijou.
– Por mais que isso seja muito legal, temos que arrumar tudo. – partiu o beijo e passou por debaixo do braço do rapaz. A menina se dirigiu até a mala de Dougie, pegando algumas roupas, dobrando direito e colocando na pequena mala que tinham levado. Eles só iam passar três dias, não precisavam de uma quantidade absurda de roupas.
Demorou só alguns minutos para arrumar tudo. Virou-se para Harry, que estava jogando algumas roupas para fora da sua mala, de forma rabugenta. – Hey... – Ele se virou para olhá-la. – Senta aqui. – A menina apontou para o lugar ao seu lado, na ponta da cama.
– Não posso. Tenho que arrumar tudo, não foi o que disse?
– Oh... Você fica lindo rabugento, sabia disso? – Ela se sentou no chão.
– Agora você vem? Me dispensou toda preocupada com a arrumação. – Ele sacudiu uma camisa na sua frente.
pegou a camisa e jogou longe.
– Isso pode esperar. – Colocou os braços ao redor do pescoço de Harry e o beijou. – O que você acha?
– Concordo plenamente. – Harry a puxou para mais perto e a beijou.
A tia de ouvia tudo aquilo boquiaberta.
– E foi isso... Agora eu acho que estou gostando dele. – A menina esperava alguma reação da tia, mas só o que ela fez foi ligar o computador, que ficava na sala. – O que você está fazendo, tia?
– Quero ver esses meninos! – A tia digitou algumas coisas e fez aparecer a foto dos McFly. – Qual deles é o seu, querida?
– O do lado esquerdo, na ponta, com o cabelo de chapinha é o Danny, mas ele não está mais com o cabelo assim, não, e ele é da , que é maluquinha por ele; esse loiro com franja é o Dougie, ele é da , os dois já até se chamam de “amor”, estão encantados um pelo outro; o inglês do cabelo preto e esses olhos azuis é o Harry, esse daí está todo perdido pela , que o considera o príncipe encantado; esse loiro com essa covinha maravilhosa é o Tom, ele não é perfeito?
– É, sim, querida. Sabe o que estava pensando aqui? – A tia se virou para olhá-la. – Eu nunca te vi falar assim de algum menino. Você não está gostando, você está completamente apaixonada por ele.
– E o que eu faço sobre isso? Quero dizer... Como faço para deixar? – engoliu em seco.
– Há! Isso não tem jeito. Mas se você gosta dele, tem que lutar com tudo.
– Ele tem namorada, tia!
– Mas não está casado, certo? Além do mais, se ele ficou com você e te deu a borboleta, é porque você mexeu com ele, essa é a minha opinião.
– Só que...
– Não vou mais discutir isso, . Se você não quer ouvir, não adianta falar. – A tia se levantou, pegou um molho de chaves e colocou na mão de menina. – Aproveita lá, ok? Usem a casa com responsabilidade, foi lá que comecei a namorar com seu tio.
– Sério? Você nunca me contou isso. – ficou animada.
– Pois é... Ele era meu vizinho, apareceu lá, no meio da noite, eu estava na varanda. Ele me pegou pela mão e me beijou.
– Que romântico!
– Ele foi lá para me dizer que tinha acabado de terminar um namoro por mim. – A tia a olhou de esguelha. ficou chocada. – Agora vá lá e divirta-se.
saiu do apartamento, pegou o elevador e saiu andando na rua sem nem ao menos perceber o que fazia. Ainda estava com o que a tia dito na cabeça. ”Vai ver isso é genético...”
tinha se desvencilhado de Danny rapidamente. Os dois já tinham lavado toda a louça, arrumado os quartos, e a sala, tinha, também, passado pano e lavado o banheiro. Tinham terminado tudo rapidamente.
– Agora, estamos liberados! – Comemorou Danny.
– Você está. Eu tenho que arrumar minha mala.
se levantou e começou a arrumar a sua mala. As meninas já estavam com as malas prontas, mas ela tinha enrolado.
– Posso te ajudar? – Ele ofereceu, entrando no quarto da menina.
– Claro!
Ela foi tirando algumas camisetas da gaveta e deixou cair um papel. Quando percebeu o que tinha derrubado, já estava na mão de Danny. A menina abafou um grito.
– Ei, esse aqui sou eu! – O rapaz apontava para a pequena foto na sua mão. – Você tem uma foto minha na gaveta de camisas? ”E outra na de meias, na de calcinhas, na de roupas de dormir, no armário de sapatos...”
– Aham.
– Ah, eu quero uma para colocar na minha também!
– Tem umas duas mil fotos na câmera já tiradas. – Respondeu , com muita vergonha.
– Eu quero outra! – Danny sacou seu celular, apontou para e tirou uma foto sem nem dar tempo de fazer pose. – Você ficou linda!
– Fiquei nada! Estou toda estranha.
– Você está linda nessa foto, como sempre. Você é linda. – Danny deu um beijinho na testa da menina. – Vamos continuar a arrumar sua mala, quero acabar logo isso para poder ficar um pouco com você sem a presença da sua muito agressiva irmã.
riu com o que ele disse e continuou arrumando a mala. Danny ficou olhando, enquanto aquelas delicadas mãos selecionavam a roupa com toda a calma. Ele ficou se perguntando o que faria quando não tivesse aquelas mãos por perto.
já estava no caixa, passando todos os produtos, enquanto Dougie estava do outro lado, preparado para embalar tudo. Botou a mão em algo estranho, pronta para colocá-lo na esteira. Olhou para o que estava segurando... Cerveja.
– Dougie! – Chamou sem paciência.
– Oi, amor!
– O que é isso? – Ela perguntou.
– Cerveja, ué.
– Isso não vai de jeito nenhum! – colocou do lado de fora e continuou passando as compras.
– Por que não vai?
– Porque a gente odeia bebida alcoólica e ninguém vai ficar bêbado lá.
– Você é muito estraga-prazeres. – A caixa estava ficando nervosa.
de um lado, Dougie do outro, discutindo em inglês, a pobre coitada estava no meio e, ainda por cima, não entendia nada do que eles diziam.
– E você é um bêbado ridículo. – A menina pagou e saiu empurrando os dois carrinhos de forma atrapalhada.
– Ei, me espera! – Ela ouviu a voz de Dougie. Sem se abalar, abriu o porta-malas e começou a colocar as bolsas dentro. Dougie tocou seu braço e ela sentiu aquele arrepio em seu corpo. – , por favor, você ficou chateada?
– Fiquei, Dougie. A gente vai viajar e você pensa em beber.
– Mas é para relaxar!
– Bebida não relaxa, Dougie, deixa a gente meio pirado, isso, sim! E vicia. – Ele ia abrir a boca para falar alguma coisa. – Deixa para lá, só o que você quer é se divertir.
Dougie não conseguia entender o porquê daquilo, nem sabia a razão de seu ataque. Não era a favor de bebidas alcoólicas, nenhuma delas eram, mas para que ter dado aquele ataque todo? No fundo, a razão daquilo tudo foi a triste noção de que aquilo era uma diversão e, como todas as diversões, acabaria.
A menina entrou no carro com as mãos trêmulas, encostou a cabeça no volante, sentiu uma mão sobre a sua.
– Hey. – Ela não levantou a cabeça, só ouviu. – Se você não quiser que eu beba, não beberei. Não quero te ver triste, você foi a coisa mais repentina e maravilhosa que já aconteceu na minha vida.
o olhou com os olhos marejados.
– Sou?
– Yeap.
– Vamos para casa, amor. – deu partida no carro e os dois foram embora.
arrumou a mala de Harry, que implorou que ela o fizesse, acabaram tudo e ficaram esperando Tom, que tinha resolvido tomar banho. Resolveram ver algum filme, não que estivessem realmente prestando atenção no que estavam vendo. começou a zapear pelos canais. Parou em “Sorte no Amor”.
– Olha eu lá na televisão! – Apontou Harry, rindo.
bufou. Era a cena onde estavam tocando, logo no início do filme. Ficaram em silêncio, estava deitada no colo de Harry, ele fazia carinho nos seus cabelos. A televisão passava a cena em que Lindsay Lohan era eletrocutada. explodiu em risadas.
– Nossa! Você é sádica, hein?
– Eu não gosto dela, simples assim.
– Isso é uma pontada de ciúme? – Harry abaixou a cabeça, encarando-a.
– Óbvio que não. – A resposta soava tão falsa até para um surdo (N.A.: by Thali - Eu e minhas análises cretinas. “Soava tão falsa até para um surdo”? Só eu mesmo...). – Ok... Talvez um pouquinho, mas eu tenho motivos!
– Tem? Quais?
– Ela viu um pouco demais de você! – respondeu, indo em direção à porta.
Harry correu e fechou a porta, deixando-a presa entre ele e a porta.
– Ela viu mesmo. – O rapaz riu, mas parou ao ver a cara de emburrada de . – Mas você é a única garota que eu quero que me veja um pouco a mais todos os dias.
Ele chegou perto para beijá-la, quando Tom bateu na porta.
– Ei, vamos logo! Já está tudo pronto!
Harry bufou e foi pegar as coisas.
Capítulo 12
“Eu estou tão cego por você que parece que estou me apaixonado pela primeira vez.” (Falling for the first time – Barenaked Ladies)
acordou as seis da manhã com o toque do escandaloso despertador de . nem se moveu. resmungou algo e voltou a dormir. levantou, foi ao banheiro e deitou-se na cama de novo.
Todos tinham combinado de sair às oito horas, mas tinham a idéia de se levantarem antes para todos poderem tomar banho, afinal, o banheiro dos pais das meninas era proibido, deixando só um banheiro para oito pessoas.
Resolveu acordar . Ela sacudiu a menina, que apenas abraçou mais o lagarto.
– , o Dougie está pelado andando pela casa... – Sussurrou, esperando a reação.
abriu os olhos e levantou correndo.
– Onde? Cadê ele? - se dobrou de rir. – Era brincadeira? – perguntou, decepcionada.
– Foi para te acordar, boba, não achei que funcionaria.
– Bom, agora eu estou acordada e quero brincar assim com outra pessoa!
Elas olharam para , deitada de barriga para cima.
– Vai você, . Está na tua vez.
se aproximou de e sussurrou no seu ouvido:
– , Danny está pelado andando pela casa.
– O QUÊ?! ONDE? – saltou e, em questão de segundos, estava de pé.
As duas se dobravam de rir. Mesmo com a bagunça, ainda dormia como se lá estivesse o mais profundo silêncio.
– Era brincadeira. Só para te acordar! – olhou para elas com um olhar furioso.
– Só não mato vocês porque gostei da brincadeira e quero testar com a minha irmãzinha querida.
A menina se aproximou da irmã e fez a mesma coisa.
– , Harry está pelado andando pela casa.
– Mande-o ir colocar uma roupa e voltar a dormir. Agora, não enche o saco! – respondeu sem nem abrir os olhos.
As meninas se olharam assustadas, não se abalou.
– Um... Dois... Três... – Contou .
– O QUE ELE ESTÁ FAZENDO?! – abriu os olhos assustada.
A única que riu foi , que já imaginava que isso fosse acontecer.
– De manhã, ela fica meio devagar, demora um tempo para processar as informações. – Explicou .
– Dessa eu não sabia! Putz! Ela fica mais lerda que o Danny – analisou .
– Onde o Harry está? – Perguntou , segurando uma colcha com os olhos ainda pequeninos.
– Relaxa, menina, era brincadeira! – Acalmou .
– Ah... Então eu vou... Hã... Lá... No banheiro... Fazer... Lavar... – saiu cambaleante até o banheiro. As meninas ficaram dobrando as roupas de cama e rindo da brincadeira, voltou do banheiro já de volta ao normal. – Vamos acordar os meninos? – Perguntou ela, ajeitando o pijama.
– Vamos! – Responderam as outras.
Entraram silenciosamente no quarto, todos dormiam calmamente.
– No três! – Anunciou – Um... Dois... Três!
Cada uma pulou em um, gritando:
– Aííííí!
– Acordem, mocinhas!
– Bom dia, flores do dia!
– Levantem, McBoys!
– Eu não poderia acordar melhor, de fato! – Disse Dougie, olhando para em cima dele. – Bom dia, amorzinho!
– Bom dia, pequena! – Disse Danny, sorrindo para . – Você podia me acordar assim todos os dias.
– Fala sério, você adora ficar em cima de mim, né? – Harry abraçava , que estava em cima dele, sorrindo. – Minha menina maluca...
– Bom dia, . – Tom se sentia o cara mais sortudo.
tinha se levantado após constatar que tinha acordado o rapaz. Não queria que ele achasse que ela estava dando liberação para ser “a outra”, mas também não conseguia evitar ficar ao lado dele.
– Do jeito que fui acordado, só pode significar que o dia será bom...
Sortearam o banho, a ordem ficou: , Harry, Danny, , , Tom, e Dougie.
Enquanto foi tomar banho, as meninas foram preparar o café e os meninos foram arrumar as malas nos carros.
Depois de dez minutos, desceu já pronta e Harry foi tomar banho.
– Sua roupa está em cima da cama. – Avisou .
– Obrigado, minha linda. – Harry deu um selinho na menina.
– Ow... Vocês parecem aqueles casais de velhos! – Elogiou , rindo.
deu língua e continuou comendo.
Harry desceu arrumado e com os cabelos todos molhados. Danny se levantou para tomar banho.
– Ai, gente, já são sete e dez! – Reclamou .
– Para encurtar a parada, eu e a podemos tomar banho juntos! – Sugeriu Danny.
– Cala a boca e sobe, Jones! – Ordenou Tom. – Antes que você apanhe seriamente.
Danny saiu do banho e entrou , que demorou quase uma hora.
subiu para tomar banho, depois foi a vez de Tom.
Depois de dez minutos de espera, subiu atrás de Tom.
– Ô, TOM, SAI DESSE BANHO! – Gritou, batendo na porta.
– , eu estou aqui! – Chamou Tom, saindo do quarto de .
Ele estava só com uma toalha na cintura, deixando a tatuagem de estrela no peito.
– Uau.
Tom sorriu, um tanto envergonhado.
– Eu gritei avisando que o banheiro estava vago, mas ninguém me respondeu. – Ele explicou.
– Não... Não... Tem... Estrela... Quero dizer... Problema. – Ela tentava recobrar consciência. – Não tem problema. Você está gostoso, quero dizer, certo. Ai, é melhor eu entrar e tomar banho logo.
Ela entrou no banheiro correndo. Tom ficou ainda um tempo olhando para a porta fechada, depois entrou.
saiu do banheiro cinco minutos depois. Naquela loucura, tinha esquecido a toalha e a roupa. Rezou para que não encontrasse Tom no caminho. Deu sorte, ele já tinha descido.
Desceu alguns minutos depois, Dougie se levantou para tomar banho.
– Vai sentir saudade? – Perguntou para .
– Yeap.
– O quanto de saudade? – Perguntou, fazendo voz de bebê.
– Esse muitão. – esticou os braços o máximo que pode.
– Eu vou sentir mais.
– Vai sentir quanto? – Era vez de perguntar.
– Vou sentir assim, ó. – Dougie apontou para o seu tamanho.
– Ih... Ele vai sentir pouquinha saudade, ! – Zoou Harry, rindo.
– Cala a boca, Harry.
Dougie se levantou e foi tomar banho. O resto ficou lavando a louça.
– Eu já estou pronto! – Anunciou Dougie, pulando os dois últimos degraus da escada e ajeitando o boné. – Vamos?
Todos se levantaram rumo aos carros.
– Fica o mesmo esquema: Tom, Danny, e , e no outro, eu, , Harry e Dougie. – Disse .
– Ah, Dougie troca comigo! – Pediu .
– Sorry, , mas eu quero viajar com a . – Dougie passou o braço pelos ombros da menina.
– Harry? – O desespero na voz de era uma nota extremamente audível.
Harry abraçou e fez que não com a cabeça.
Tom abaixou a cabeça. Ela não queria ir com ele, fato.
– Vamos logo! – Danny entrou no carro correndo, puxando .
Dirigiram-se para os carros, alguns animados, outros mais tristes.
– Vamos ouvir música. – Pediu Dougie.
– Pega os meus CDs aqui do lado, Harry. – apontou para o porta-luvas. – Escolham aí.
– Pega o do Three Doors Down ou o do Barenaked Ladies. – apontava para os CDs mais a frente.
Escolheram Three Doors Down. Ficaram ouvindo pelo caminho quase se falar nada, enquanto Dougie filmava algumas coisas na estrada. Engataram uma longa conversa sobre como era lá.
– Tem certeza que a gente vai a um... – Dougie fez uma careta e continuou desgostoso –... Museu?
– É legal! O show de luzes é fantástico! – tentou animá-lo.
– Duro vai ser agüentar a e o Tom deprimidos... – Suspirou , cansada.
– Falando nisso, por que a foge tanto do Tom? – Perguntou Harry.
– Você ainda pergunta? Ele tem namorada e fica dando em cima dela! – mostrava toda a sua indignação. – Sabendo que a nossa amiga está interessada nele, sacanagem!
– Mas o Tom não tem namorada! – Protestou Dougie.
– Tem sim, Dougie! Ele já namora há uns três anos, o nome dela é Giovanna. Esqueceu? – estava confusa.
– Não tem, não. Eles terminaram há uns seis meses, mas decidiram que só vão divulgar isso depois das férias. – Explicou Harry. – Eles não se gostavam mais e, se você quer saber, eu acho que o Tom está apaixonado pela .
– ... – Chamou .
– Oi...
– Você sabe o que fazer, certo?
– Já estou ligando, . – estava com o celular colado no ouvido. Esperou um tempo. – ? Oi... Tenho uma novidade, mas fica bem quietinha aí. Não grita nem nada, ok? Ok... Presta bastante atenção: Tom não está namorando, não! Ele e a Giovanna terminaram há uns seis meses, mas resolveram não divulgar ainda! E, para completar, ele está apaixonado pela !
– Eu acho! – Corrigiu Harry. – Não tenho certeza de nada!
– Cala a boca, Harry! – lhe lançou um olhar feio. – O que nós vamos fazer? Hum... Calma aí... Já sei! Avisa para o pessoal aí que o Dougie precisa ir ao banheiro e vamos ter que parar. Avisa aí. Beijos!
– O que você vai fazer, ? – Perguntou .
– Isso são cenas do próximo episódio, cara espectadora! – Brincou . Dirigiram por mais cinco minutos até que pararam na “Casa do Alemão”. – O negócio é o seguinte: Dougie e Harry, carreguem o Danny para o banheiro; , enrola a . – abriu a boca para perguntar como faria isso. – Não sei como você vai fazer, você é boa em enrolar. Eu e vamos ter uma conversinha com o Tom.
Os quatro saíram do carro, cada uma para sua respectiva “missão”.
– Vamos ao banheiro, ? – Perguntou , enquanto os meninos seguiam para o banheiro.
– Eu vou também. – Disse .
– Não vai, não, , por favor! – Pediu , com voz chorosa.
– Por que, ? Está tudo bem? – Perguntou , preocupada.
– Por que... Por que... – Ela viu Harry sorrir perto do banheiro, as meninas já tinham ido também. – Eu estou muito mal, ! Preciso conversar com você.
fungou algumas vezes, sentindo-se a pessoa mais falsa do mundo.
– Fica calma, vamos sentar lá. – apontou para uma mesa bem no fundo. As duas foram até a mesa e se sentaram. – O que aconteceu? Foi o Harry, não foi? – olhou para o chão e balançou afirmativamente.
– A gente brigou feio. Ele foi tão grosso comigo!
– Me conta tudo. Eu não tenho pressa.
sorriu. Tinham ganhado bastante tempo, o negócio era achar uma história...
– A está chorando! – Harry olhava de longe, cheio de preocupação. – Eu vou lá!
– Não vai, não! – o puxou de volta. – Ela está é ganhando tempo para a gente. Ela nem está chorando de verdade, está só de cabeça baixa e tremendo.
Harry encostou-se à parede, ainda olhando para a menina.
– Afinal, o que vocês querem comigo? – Disse Tom. – Por que a está chorando?
– Ela está enrolando a para a gente poder falar com você.
– Sobre o quê?
começou a explicar tudo o que tinha acontecido.
– Então, ela não quis ficar comigo por que achou que eu tinha namorada?
– Aham. Ela ficou decepcionada, achando que você estava dando em cima dela tendo uma namorada.
– Então... – Os olhos de Tom brilhavam. – Ela gosta de mim?
– Cara, ela gosta muito de você! – Disse .
– Vai lá falar com ela! – Incentivou Dougie.
– Não.
– NÃO? – Todos o olharam, sem entender nada.
– Eu quero que seja especial quando eu contar, quero que ela saiba que significa muito para mim.
– Ah, que lindo! – As duas suspiraram. – Por que vocês não fazem isso pela gente?
Dougie e Danny olharam assustados.
– Poxa, Tom, assim você ferra tudo para o nosso lado! – Reclamou Danny.
– É mesmo! Não tem como competir com o Senhor Sensibilidade! – Apoiou Dougie.
– Todos já estão resolvidos? – Perguntou Harry, rabugento. – Então, vamos!
– Ele falou isso na raiva, ! Não precisa ficar assim! – não sabia o que falar. – Fica calma, eles estão vindo aí.
respirou fundo, esperava que tudo tivesse dado certo.
– , minha linda, está tudo bem? – Harry mexeu nos cabelos da menina, que continuava com de cabeça baixa.
– Você deveria ter vergonha, Harry! Vem todo carinhoso depois do que fez e nem pediu desculpa! – parecia furiosa.
entendeu logo o que tinha acontecido.
– Pede desculpas, Harry! A gente sabe que você está se sentido péssimo com isso.
– Ah... – Harry começou a entender. – Desculpa, eu não devia ter feito aquilo. Me perdoa.
se segurou para não rir. Pulou no pescoço do rapaz e escondeu o rosto no seu ombro.
– Tudo bem, Harry! – Ela sussurrou. – Foi mal ter te metido nessa confusão, foi a única idéia que eu tive.
– Sem problema. – Ele deu um beijo na testa da menina. – Vamos?
Ela fez que sim.
– Fala aí, o que você disse para prender a atenção da por tanto tempo? – Perguntou .
– É mesmo! Ela ficou toda preocupada com você. – Dougie apontou a filmadora para o rosto de , que se mantinha concentrada na estrada.
– Eu disse que o Harry tinha brigado comigo porque tinha encontrado uma foto do Lucas. – A menina respondeu, rindo. – Comecei a contar uma história muito bem elaborada, na minha opinião, sobre como ele tinha dito que eu ainda gostava do Lucas e quando eu fui responder, ele me mandou calar a boca...
– Você o quê? – Harry ficou chocado. – Quer dizer que fiquei como o monstro da história?
– Foi por um bom motivo! – Disse . – Como ficou a história com o Tom?
– Ele quer esperar o momento certo para falar com ela... – Respondeu Dougie
– Presta atenção, , ele disse: Quero que ela saiba que significa muito para mim. – pronunciou a frase com a voz embargada de emoção.
– Aww... ele é muito fofo! Se a não quiser ele, eu quero! – Harry deu um tapa no braço da menina. – Ai, eu tô brincando, seu agressivo! Eu prefiro mais você.
– E você, ? – Perguntou Dougie.
– Eu prefiro o Tom ao Harry! – Respondeu , olhando para o nada. Dougie fez cara de desolado. – Ah, amor, sinto muito. Eu prefiro você a todos os outros.
– Acho bom mesmo. – Dougie cruzou os braços, emburrado.
– Fiquei assustada com o Harry, não imaginava que ele fosse tão grosso! – Comentou ao entrar no carro.
– O que ele disse para deixá-la tão triste? – Perguntou interessada e segurando o riso. – Ela ficou bem mal...
– Parece que ele encontrou uma foto do Lucas e deu chilique, mandou-a calar a boca... O maior barraco.
– Nossa! – Tom fingiu espanto. – Nunca achei que ele fizesse o tipo que desse esse tipo de chilique.
– Pois é... – Apoiou , ainda chocada. Os outros três tiveram que segurar o riso.
– É que ele está apaixonado! – Justificou Danny. – Todos nós estamos meio loucos por causa dessas meninas.
– É mesmo... – Concordou Tom de forma sonhadora.
– Até você, Tom? – Provocou .
– Até eu... – respondeu Tom, ficando muito vermelho.
olhou chocada para Tom, ela estava ao seu lado. Sentiu muito calor e se sentiu envergonhada. ”O que ele quis dizer com isso?”, ela pensou, enquanto olhava a paisagem, que agora mudava de apenas cimento para verde conforme eles subiam.
– EU ESTOU FICANDO SURDO! – Gritou Danny, tirando todos do seu transe.
– Ai, Danny! Pára com isso! – Reclamou . – É só pressão porque estamos subindo a serra.
– E COMO FAZ PARA ISSO PARAR? – Danny continuava gritando.
– Você pode mascar chiclete ou prender a respiração! – Respondeu Tom.
– VOCÊ NÃO ESTÁ SENTINDO ISSO, NÃO?
– Não, eu estou mascando chiclete. – Explicou Tom. – E pára de gritar que nós não somos surdos.
– COMO VOCÊ... – Danny notou que todos o olhavam, irritados. – Como você sabia disso?
– Eu leio, bestão. – Tom deu língua e continuou dirigindo.
– Ei, chegamos! – Anunciou , apontando para um portão imenso de madeira.
Capítulo 13
“O amor te escapa pelos dedos, e o tempo escorre pelas mãos.
O sol já vai se pôr no mar...
Saber amar é saber deixar alguém te amar.” (Saber Amar – Paralamas do Sucesso)
A casa da tia da era uma casa colonial de dois andares, era o seu xodó. No andar de cima, tinham cinco quartos, sendo que um era da sua tia e vivia trancado, e os outros eram para as visitas; ela sempre fora uma fã de casa cheia. A parte de baixo consistia em uma imensa sala com dois longos sofás brancos, com televisão de plasma, DVD player e lareira. O chão era todo de mármore escovado e as portas de correr eram de vidro. A cozinha era toda planejada com armários laranja e brancos. A varanda de baixo era imensa, e a de cima corria ao redor de toda a casa.
A casa era no meio de um longo terreno. Na parte de trás, tinha um lugar específico para churrasco, e na parte da frente, além do longo jardim e garagem, tinha um pequeno parquinho, resquício da infância de e do seu primo.
Os dois carros estacionaram na garagem. Enquanto os meninos tiraram os montes de malas, as meninas entraram na casa.
– Olha só, tem um bilhete pregado na porta. – pegou o bilhete na mão e começou a ler.
Querida e companhia,
Sua tia me mandou esse pacote com a missão de entregá-lo para você. Ela disse que você saberá o que fazer com isso e me deixou encarregada de me certificar que você irá cumprir com o que ela mandou. O que é? Não sei.
Vejo vocês depois.
Beijos,
Senhora D’Ávila.
– Quem é essa senhora? – Perguntou Tom, segurando umas três malas e quase se desequilibrando.
– É a melhor amiga da minha tia e vizinha aqui. – Explicou , pegando o pacote no chão. – Vamos entrar e ver o que tem aqui dentro.
Os meninos entraram, jogando as malas no chão.
– Abre logo isso! – Pediu , ansiosa.
fez um longo suspense, mas, por fim, abriu. Tirou quatro pequenas placas de madeira.
– Gente, olha isso! – pegou uma placa na mão, sorrindo. – Está escrito: & Harry!
– A minha está & Danny!
– Nem preciso dizer, né? & Dougie! – levantou a placa. – E a sua, ?
A menina balançou a placa, ainda atônita: & Tom. Ela também segurava um papel azul, acompanhando tudo.
– Lê aí! – Pediu Dougie, sentando no sofá.
Olá, crianças!
Sei que vocês estão surpresos com o meu presente, certo? Tem mais uma cópia dessas placas aqui comigo e eu entregarei às meninas depois, portanto, essas são dos meninos para que eles levem de lembrança... "
– Há! Me dá isso aqui. – Danny tirou a placa da mão de .
o olhou feio e continuou a ler.
"No momento, essas plaquinhas deverão ficar na porta de seus quartos. Sim, temos quatro quartos vagos e cada “dupla” dormirá em um. Vocês já são bem grandinhos para isso.
, nem pense em reclamar quanto a isso. Deixe de ser tão puritana!"
Como se tivesse prevendo futuro, a tia de tinha dito exatamente o que estava para acontecer. ia reclamar sobre o quão estúpido era aquele “joguinho”.
" e , conto com vocês para que se cumpra o que descrevi aqui, as outras duas são reais imprestáveis nesse ponto.
Não façam nenhuma bobagem, ok? Estou dando a oportunidade para vocês, não me decepcionem. Aproveitem Petrópolis e divirtam-se bastante!
Amo vocês, queridas!
Meninos, façam essas meninas felizes como merecem ser feitas.
Beijos da tia de todos vocês."
– Então, o que a gente faz? – Perguntou Dougie.
– A gente cumpre o que a tia da mandou! – Respondeu .
– Não mesmo! – Protestou .
– , você não tem poder nesse ponto! Ela nos deixou encarregadas. – apontou para ela e , que sorriram satisfeitas. – Vamos subir e deixar as malas nos quartos, como foi combinado!
Os oito subiram as escadas que dava para um corredor com seis portas e, no final, uma grande janela com um banco de pano embaixo.
– Hum... Cada um agora vai para o seu quarto. – Sugeriu . – Arrumamos tudo e vamos para o museu!
e Harry entraram no quarto no final do corredor do lado esquerdo. Harry saiu logo depois.
– Harry, o que aconteceu? – Ela perguntou, de dentro do quarto.
– Faltou colocar a placa! – Ele respondeu, colocando a placa no prego. – Perfeito.
Dougie escolheu o quarto do meio, no lado esquerdo, pendurou a placa e entrou.
– Vem, . – Ele chamou. – Vamos para o nosso quarto.
Ela entrou toda sorridente.
Danny e ficaram analisando os dois quartos restantes.
– ESSE! – Falaram na mesma hora, apontando para a mesma porta.
Era o quarto do lado direito, perto da escada.
– Vamos, minha pequena? – Danny deu passagem para e menina, e os dois entraram.
e Tom sobraram no corredor, sozinhos.
– Acho melhor a gente entrar no quarto... – Disse .
– Nosso quarto nos espera. – Tom abriu a porta para a menina, sorrindo.
Ela tremeu. Tom parecia muito animado e diferente com ela, mais... Carinhoso.
Não tinha se passado nem dez minutos, quando Harry os chamou do lado de fora. Danny, Dougie e Tom saíram correndo para ver o que tinha acontecido.
– O que houve, dude? – Dougie pareceu assustado.
– A gente não entrou certo com elas, Dougie.
Harry sussurrou algo para os meninos, que deram pequenas risadas.
– ...
– ...
– ...
– ...
As meninas saíram do quarto.
– Agora, caras! – Gritou Tom.
Os quatro pegaram cada uma no colo.
– O que vocês estão fazendo? – Perguntou , olhando para Danny.
– Entrando no quarto com vocês do jeito que vocês merecem! – Respondeu Danny, dando um selinho em .
Harry entrou no quarto com no colo.
– Você é louco! – disse, ainda no colo.
– Mas você bem que gosta.
– Verdade. – A menina o olhou nos olhos. – Eu não estou pesada, não?
– Não... – Harry sussurrou. – Eu poderia passar o resto da minha vida assim.
Ela não pôde conter o sorriso. Ele a colocou gentilmente em cima da cama. ”Onde você esteve a minha vida toda, hein? Quero dizer, eu sei onde você estava, mas por que você não estava aqui comigo?”
– Você é muito malvado, Harry.
– Por quê?
– Porque eu me contentava em te ver no papel de parede do meu computador. Quando você for, o buraco que vai deixar vai ser imenso.
– E como você acha que eu vou ficar? – Harry deitou ao lado da menina, encarando-a. – Vou ficar um caco, sentindo a maior falta da minha menina maluca...
sorriu e deu um selinho em Harry. De repente, os dois adormeceram.
Dougie passou pelo batente da porta como um cavalheiro. Depois disso, desembestou a correr até a cama, onde jogou e pulou também.
– Ô, Dougie, estava indo tudo tão bem! – Reclamou .
– Ah, é mais legal assim!
– Você não consegue ser romântico por muito tempo, né? – Ela perguntou.
– Eu consigo dizer isso: eu não sei como passei todos esses anos sem você, realmente não sei. - Ela o beijou, e ele a olhou, sorrindo. – Prepare-se! – Avisou Dougie.
– Para quê? – perguntou, assustada. Dougie subiu em cima dela e começou a fazer cócegas. – Pára, Dougie! – Ela gargalhava.
– Diz que eu sou o maioral!
– Nem morta! – Ela riu mais alto. – Ok... Você é o maioral.
– Não serviu... Vou ter que fazer mais cócegas!
– Não! – Ela voltou a rir.
sentiu-se completa naquele momento. Os dois ficaram se revezando nas cócegas. O mundo tinha parado para os dois.
Danny entrou cheio de pompa no quarto. Ele carregava todo sorridente, até que tropeçou no cadarço do tênis e caiu, derrubando e caindo por cima dela. Os dois se olharam e começaram a rir.
– Você é muito desengonçado!
– Você que é pesada!
– Você está me chamando de gorda, senhor Jones? – Ela colocou as mãos na cintura. – Olha lá, hein? Vai ter que dormir no chão!
– Nossa! Minha pequena é muito durona! – Danny a empurrou de costas para o chão e a beijou. – Se eu tiver que dormir no chão, você dormirá comigo.
E continuou a beijá-la ali mesmo.
Tom entrou em silêncio com no quarto, colocou-a em cima da cama com todo o cuidado, como se ela fosse quebrar.
– Eu não vou partir em dois, não, Tom!
– Quando a gente gosta, a gente tem que cuidar bem! – Foi a resposta do rapaz, que a olhava com todo o carinho.
Tom afastou uma mecha de cabelo que caía no olho da menina.
– Por que você faz isso? – Perguntou , com a voz trêmula.
Eles estavam muito perto um do outro. Toda aquela proximidade ia fazer mal.
– Você vai entender meus motivos daqui a pouco. – Tom foi chegando mais perto, fechou os olhos. Sentia Tom chegar mais perto, tão perto que as suas respirações estavam ritmadas. ”É agora... Eu sou a outra...”, pensou, enquanto esperava ansiosamente pelo beijo. O beijo veio, mas não no lugar certo. Tom deu um beijo no nariz da menina. – Eu vou tomar banho. Estou meio suado! – Tom tirou a camisa no quarto mesmo, ela ficou olhando para o corpo do rapaz. – Eu já volto. Me espera.
Ela só balançou a cabeça, não conseguia falar nada. Aquela estrela tinha colado na sua cabeça...
Ficou fitando o teto. O que estava acontecendo com ela?!
Tom saiu do banho, enrolado na toalha. olhou chocada.
– Eu vou pegar uma roupa para você.
Ela se levantou correndo e meteu a cara na mala. Pegou tudo e entregou para ele. Ele voltou do banheiro, sorrindo.
continuou deitava, fingindo que não tinha visto que Tom tinha voltado.
– Então, , o que você espera do museu hoje? – Tom perguntou, segurando-se para não abraçar a menina.
– Como assim? – ”O que ele quer perguntando isso?”, pensou .
– Ah, sei lá, será que vai ser legal?
– Espero que sim! – Disse ela, sentando com as pernas para fora da cama.
– Espero que seja a melhor noite desde que eu cheguei aqui.
– Nossa, você está bem feliz hoje. – realmente não sabia o que estava acontecendo com ele, definitivamente estava estranho.
– Você não tem nem noção.
Tom se agachou, ficando de joelho, na altura do rosto de , que agora voltava a respirar rapidamente. O que ele iria fazer? Beijar seu nariz de novo, deixando-a só com água na boca? Mesmo assim, não podia, ela ainda era a outra.
Tom foi se aproximando de , que sentia seu estômago dar cambalhotas. Ele percebeu que a garota estava nervosa e deu um riso de canto de boca. Ele foi se aproximando mais dela, já sentia a respiração falha da garota. Encostou seu nariz no dela, que fechou os olhos.
Tom encostou seus lábios nos dela, naquele momento o mundo parou para os dois, estava em transe, até que se lembrou de um detalhe. (N.A.: by Isa – pô, ela é muito chata. Caracolis!). (N.A.: by Thali – “caracolis”? Isa, quantos anos temos? Sete?).
– Não, Tom, não posso fazer isso.
– Não acredito que você fez isso. – Tom já estava irritado com ela, mas claro, ela ainda pensava que namorava com Gio.
– Tom, você está errado, sabe disso, e eu me sinto mal por participar disso. – Disse , com os olhos cheios de água. – Tom, por favor, não faz assim, só é pior.
– , presta muita atenção no que eu vou te dizer agora. – O olhar de Tom estava sério. ficou com um pouco de medo, mas resolveu escutar o menino. – Eu nunca senti por ninguém o que eu estou sentindo por você, você revolucionou minha vida, virou-a de ponta cabeça. Como eu poderia imaginar chegar a outro país e encontrar alguém assim como você? – Ela não agüentou e deixou escapar uma lágrima, Tom continuou. – Só que você só me dava patada, não falava comigo, e isso me deixou muito triste. Eu não estava entendendo, não tinha te feito nada, até que hoje, na hora que paramos para o Dougie ir ao banheiro, a me disse que você só está assim comigo por causa da Gio.
– Um ótimo motivo, você não acha? – Ela interrompeu Tom. – Até onde eu saiba, ela ainda é sua namorada.
– Não, acho que não. Sabe por quê? – Ele perguntou, dando um pequeno sorriso.
– Por quê? – fez cara de quem estava boiando e ao mesmo tempo curiosa.
– Porque eu não tenho mais nada com ela, há uns... – Tom fez suspense. –... Seis meses.
Ela não estava acreditando no que ele estava lhe dizendo. ”Por que não tinha dito isso antes? Seria tudo mais fácil e mais rápido.”
– Pára, Tom, isso não tem graça, não é legal ficar brincando com os sentimentos dos outros. – derramava mais uma lágrima.
– Eu nunca brincaria com você assim, eu gosto tanto de você.
Tom se levantou e sentou ao lado da menina na cama, abraçando-a. Como queria fazer aquilo! , na mesma hora, parou de chorar e olhou fundo nos olhos do garoto. Tom foi se aproximando aos poucos da menina, que fechou os olhos, não acreditando no que acabara de escutar. Como fora burra! Por que, também, não tinha perguntado antes? Mas não seria tão lindo como foi ele se declarando para ela, tudo estava tão perfeito.
Tom a abraçou pela cintura com um dos braços, enquanto o outro acariciava o rosto da menina com a parte de cima da mão. Ele foi se aproximando, sentia a respiração acelerada dela, encostou seus lábios nos dela. Ele sabia que dessa vez não tinha nada que os iria atrapalhar.
apoiou os braços na nuca do garoto, mexendo carinhosamente em seus cabelos. Ela sentiu Tom passar sua língua em seus lábios, então os abriu um pouco, dando passagem ao menino.
Tom brincava com a língua de , era um beijo intenso e ao mesmo tempo muito apaixonado. Esperavam por isso há muito tempo.
Depois de alguns (muitos) minutos de beijos e amassos, Tom parou o beijo e disse baixinho no ouvido da garota:
– Eu esperei tanto tempo por isso que não poderia ter sido de outra maneira.
tinha um sorriso de orelha a orelha em seu rosto, a ficha ainda não tinha caído.
– Eu ainda não acredito nisso.
– Quer que eu te belisque? – Tom perguntou, rindo.
– Não. Você pode fazer coisa melhor. – Tom logo entendeu o recado, voltando a beijar a garota.
e Dougie estavam esparramados na cama, cansados e doloridos de tantas cócegas.
– O que vamos fazer agora? – Perguntou Dougie.
– Mais cócegas não, por favor! – Implorou .
– Não... Vamos fazer algo diferente!
– Vamos lá falar com a e ver se ela tem alguma idéia de programa.
Os dois se levantaram e foram para o quarto em frente ao deles. A placa ainda não tinha sido pendurada. abriu a porta sem cerimônias, dando de cara com Tom e aos beijos, sentados na cama. Ela fechou a porta imediatamente, nem tinha sido notada pelos dois.
– Funcionou! – Ela comemorou baixinho para que não fosse ouvida. – Temos que falar com os outros!
Dougie foi para o quarto ao lado daquele, entrou, também sem bater (N.A.: by Thali – ô, galerinha sem educação! Meu deus!). Danny estava deitado no colo de , que estava inclinada, dando pequenos beijinhos no rapaz.
– Ei, casal! – Chamou Dougie. Os dois levantaram a cabeça para prestar atenção aos visitantes. – Temos notícias!
– Fala, Dougie!
– A e o Tom se acertaram, os dois estão lá ao beijos. – apontou para o quarto ao lado do deles.
– Uau! Vamos lá ver essa! – Danny pulou, indo em direção da porta, porém foi impedido por .
– Deixa os dois lá, Danny. Eles têm que recuperar o tempo perdido.
– O que vamos fazer, então? – Perguntou Dougie.
– Hum... Vamos chamar a e o Harry e ver se eles tem alguma idéia.
Os quatro foram até o quarto perto do janelão. O sol estava forte do lado de fora. Abriram a porta e deram de cara com os dois dormindo calmamente na cama. Harry a abraçava de forma protetora, enquanto ela repousava a cabeça em seu peito, com a perna e o braço também em cima do rapaz.
– ... Harry... – chamou bem baixinho.
abriu os olhos preguiçosamente, sorriu ao olhar Harry já desperto.
– Hora de acordar, minha linda. – O rapaz deu um selinho na menina.
– Oi, gente! – Cumprimentou , levantando-se acompanhada de Harry.
– Dormiu bem, Harry? – Perguntou Danny, debochando.
– Melhor impossível! – Ele respondeu. – A que devemos a honra?
– Temos novidades! – se jogou na cama dos dois. – e Tom estão juntos!
– Sério? – parecia muito animada. – Que lindo!
– Resolvemos dar privacidade aos pombinhos, mas estamos entediados. Alguma sugestão?
Todos pensaram por alguns segundos.
– Que tal guerra de água? – Sugeriu .
– Mas como? – Questionou .
– Eu e a compramos umas bolas de festa.
– Para quê? – Perguntou Harry.
– Sei lá, deu vontade! – Respondeu , dando de ombros.
– Vamos, então! – Gritou Danny. – Meninos contra meninas!
Os seis desceram as escadas, fazendo a maior bagunça, enquanto, em um quarto, um casal curtia a sós a simplicidade da companhia um do outro.
– Você ouviu esse barulho? – Perguntou , encostando a cabeça no ombro de Tom.
– Devem ser aquelas seis crianças fazendo alguma bagunça... – Ele respondeu, beijando o topo da cabeça da menina.
– Está tudo tão perfeito...
– Não está, não, falta uma coisa. – Tom se levantou e foi rumo à porta.
se sobressaltou e levantou também. Qual deveria ser o problema desta vez? Chegou ao corredor e viu o rapaz pendurando a placa com o nome dos dois na porta.
– Agora sim está perfeito. – Ele admirava seu trabalho. Percebendo que ela o observava, virou-se e a abraçou por trás. – Os nossos nomes ficam lindos juntos, não acha?
– Realmente, ficam lindos! – Ela concordou, admirando aquela singela placa. Sua tia era um gênio.
– Parecem destinados a ficar juntos... Nossos nomes, sabe... – Ele apressou-se em completar.
– Não seja piegas, Thomas. – Ela não iria admitir que seu coração parecia sair pela sua boca a qualquer momento de tanta felicidade.
– Eu só disse a verdade, .
– Meu apelido soa tão bonito quando você o diz. – deixou escapar o que estava pensando.
Ela colocou as mãos na boca, como se quisesse fazer com que as palavras voltassem de onde nunca deveriam ter saído.
– Não precisa ficar assim, amo quando você diz o que de fato pensa. Não precisa ter medo de me dizer nada. Além disso, espero poder repetir seu apelido ainda muitas vezes. – Ele deu um selinho na menina, que ficou vermelha.
– Hã... Vamos ver o que eles estão fazendo. – saiu, rebocando o rapaz.
– Onde tem duas bacias? – Perguntou , olhando nos armários.
– Armário debaixo perto da porta do quintal. – Respondeu .
– Como você sabe? – Perguntou Harry, enchendo as bolas na pia, junto a Dougie e Danny.
– Eu e a já viemos várias vezes aqui! – Respondeu , pegando uma das bacias da mão de e enchendo de bolas infladas com água.
Depois de duas bacias completamente cheias de bolas e quatro sacos de bolas de encher no lixo, os quatro seguiram para o quintal.
Danny nem esperou dizer “já”, lançou uma bola na camisa de , deixando-a encharcada.
– DANNY! – Repreendeu a menina. – Sorte sua que não estou com uma blusa branca, se não você estaria ferrado.
Ele apenas riu, aí a real guerra aconteceu. Cada um dos meninos atacava a sua menina e elas não os deixavam sem resposta. Em dez minutos, os seis já estavam encharcados e ofegantes.
– O que vocês estão fazendo? – Perguntou .
– Guerra de... AI... – Dougie, que era o mais próximo, respondia, quando tomou uma bola na cabeça. – Controle sua força, !
– Foi mal, Dougster! – Respondeu , recebendo um bola de água de . – Ai... Para que isso? É meninas contra meninos!
– Só porque você jogou no Dougie! – Respondeu , recebendo uma bola de água de Danny. – Ai, Danny! Isso tudo é proteção?
– Não mexe com a minha pequena... – Danny tomou uma bola de água de . – Mas eu nem toquei no Harry!
– Mas tacou na minha amiga, dá no mesmo. – deu língua e recebeu uma bolada de Harry. – Para que isso, Harry?
– Porque eu sou mais especial que a , oras. – Harry fez bico, a menina foi lá beijá-lo. Advinha? Harry tomou uma bolada de Dougie.
– O meu amor é muito mais especial que você, seu feio! – Justificou Dougie.
A discussão se instalou, e Tom assistiam aquilo, morrendo de rir.
– Vem brincar! – Chamou .
– Ah... Acho melhor não. – respondeu.
– É... Eu também não vou. – Tom parecia com vontade de ir brincar, mas se deteve. Queria ficar com a menina.
percebeu que ele queria brincar, resolveu tocar a bola nele. Molhou-o todo.
– Agora é GUERRA! – Tom esqueceu-se de tudo e saiu correndo atrás de .
Danny jogou em , que se enervou e entrou na brincadeira.
Passaram um bom tempo naquela brincadeira, correndo de um lado para o outro, até que as oitocentas bolas de encher se acabaram e eles notaram o quão cansados estavam.
– Gente, são três horas da tarde! – olhou no relógio, assustada.
– Eu estou com fome! – Reclamou Dougie.
– Eu estou encharcada! – falou.
– Pensasse nisso antes de brincar de guerra de bola de água. – Disse , torcendo a ponta da camiseta.
– Vamos trocar de roupa e comer alguma coisa! – Sugeriu , já entrando na casa.
– Eu estou atrás de você, docinho. – Danny saiu saltitando, mas foi segurado pelo colarinho da camiseta molhada por .
– Se você olhar qualquer parte do corpo da minha irmã, pode ser o tornozelo nu, eu juro que te jogo do segundo andar dessa casa sem piedade. Fui clara?
– Sim, cunhadinha. – Danny deu um beijinho na menina, todo sorridente. – Eu também te amo.
Ele subiu as escadas correndo, antes que a pudesse gritar alguma coisa.
– Ah... Ele me dá nos nervos. – Ela bufou, batendo a mão na mesa de mármore. – Eu vou lá.
Harry segurou-a no braço.
– Não vai, não, ela sabe se virar. – Ele a puxou para perto. – Além do mais, a gente tem que se trocar também, e eu prometo que me contentarei em ver o seu tornozelo.
– Gente, nós vamos subir também. – disse, puxando Harry pela mão e sorrindo.
– Ah... Sua hipócrita! – tocou um guardanapo nela.
– Vamos subir, ? – Perguntou Dougie.
– Yeap. – saiu da cadeira e foi até a escada. – E vocês dois... – Ela apontou para e Tom. – Comportem-se na nossa ausência, ok?
– Eu não prometo nada. – Tom abraçou pela cintura. Ela respondeu dando um leve tapa no ombro dele.
entrou no quarto, mostrando sinais de cansaço.
– Você não vai dormir de novo, vai? – Perguntou Harry.
– Eu estou cansada! – Ela reclamou, bocejando. – Eu vou dormir um pouco, sim.
– Vai nada! Você vai tirar essas roupas molhadas e tomar um banho decente, porque você está toda suja de lama!
– Que lindo! Preocupação com a minha saúde!
– Que nada... Estou preocupado de você sujar e molhar a cama em que vou dormir, isso sim. – fechou a cara. – Brincadeira, minha princesa.
– Aham... Sei... – entrou no banheiro carregando uma muda de roupa. – Vou tomar banho então, Harold.
Ela bateu a porta bem forte. Harry ficou rindo para a porta fechada.
se jogou na poltrona perto da janela que tinha no quarto.
– Ei, mocinha, o que você pensa que está fazendo? – Perguntou Dougie, olhando desconfiado.
– Descansando... Tudo isso me cansou.
– Não mesmo, você vai tomar banho. Está imunda!
– E você está muito limpo, né, Poynter? – Perguntou , sarcástica.
– Mas vou tomar banho.
– Vai logo, então, eu espero.
– Não... Você vai agora!
– E quem vai me obrigar?
– Eu. – Dougie pegou-a no colo e levou se debatendo até o banheiro do quarto e a jogou na banheira.
– DOUGIE!
– É para o seu bem, meu amor. – O rapaz deu um beijo na sua testa. – Sugiro que você tome banho logo. Ou vou ter que dar banho em você? – Seu rosto se iluminou com aquela idéia.
– Não precisa. – Bufou . – Sai logo, então.
Dougie saiu do banheiro, sentando-se na poltrona outrora ocupada por . Ficou admirando a porta fechada.
Como ele tinha tido tanta sorte? Nem ele sabia...
tinha se desvencilhado dos braços de Tom. Agora, ela se concentrava em enfiar as compras na geladeira. Ela abaixou para pegar mais algumas coisas na sacola. A porta da geladeira, de repente, se fechou.
– Mas o que...? – Ela levantou a cabeça e viu a mão do rapaz na porta. – Tom?
– Depois eu te ajudo a arrumar isso tudo.
– Promete?
– Com toda a certeza. – se levantou e ficou olhando para ele.
– Qual é o seu plano, então?
– Este. - Tom a empurrou até a porta da geladeira e a beijou com carinho. sorriu. De repente, sentiu um formigamento no nariz e espirrou, empurrando Tom. – Ai, meu Deus, você está muito molhada. – O rapaz saiu, carregando-a escada acima. – Tem que tomar um banho e colocar uma roupa seca. Eu sou muito estúpido mesmo.
Ele a empurrou para dentro do banheiro.
– Mas e as minhas roupas?
– Eu pego. Vai tomar banho, para não ficar doente. ”Ele se preocupa comigo. Ele é diferente de todos os outros caras.” Com isso na cabeça, ela ligou o chuveiro e tomou banho.
estava escolhendo a roupa que usaria à noite, enquanto Danny tomava banho. Ouviu o chuveiro desligar e a porta se abrir.
– Da... – Ela não conseguiu falar mais que isso. Danny estava com a toalha na cintura, todo molhado na sua frente.
– Eu tenho uma tendência a ficar só de toalha na sua frente, né? – Ele sorria sem graça.
– Aham. Qual o motivo dessa vez?
– Hã... Eu não peguei roupa. – O rapaz olhava para o chão.
– Deixa que eu pego. Cadê a sua mala?
– Esse é o problema... Eu... Hã... Acho que esqueci lá na sua casa.
– O quê? – Perguntou , chocada.
– Foi assim: o Tom mandou que eu guardasse minha mala no carro, só que vocês chamaram para tomar café, aí eu acabei esquecendo.
– E agora você está sem roupa nenhuma?
– É...
soltou um suspiro e saiu do quarto.
Bateu na porta do quarto ao lado.
– Tom?
– Fala, .
– Temos um problema. O Danny está sem roupa.
– Isso seria um problema para mim. Vê-lo sem roupa não seria nada legal, só não sabia que era um para você também.
– Não é esse tipo de sem roupa que eu estou falando. Eu estou dizendo que...
– Ai... Ele esqueceu a mala de novo?
– É, mais ou menos por aí.
Tom mexeu na sua mala, tirando uma boxer, uma camiseta e uma calça.
– Entrega isso para aquele lesado.
– Obrigada, Tom.
Ela entrou no seu quarto de novo, Danny estava sentado na cama, muito envergonhado, ainda com a toalha. jogou as roupas para ele.
– O que vamos fazer?
– Pensei em te deixar andando por aí pelado.
– QUÊ?!
– Vai ser divertido. – segurava o riso.
Ela sempre achara que era brincadeira tudo aquilo sobre ele ser meio idiota, mas, para sua surpresa, era a mais pura verdade.
– Por favor, diga que está brincando! – Implorou Danny.
– Estou, sim. Coloca as roupas que vamos ter que sair para fazermos compras.
Ela saiu do quarto mais uma vez.
saiu do banho emburrada, passou por Harry e não falou nada. Ele bloqueou sua passagem de volta para o banheiro.
– Eu tenho que ir escovar os dentes!
– Você sabia que fica linda quando está brava? – O rapaz ignorou o que ela tinha dito.
– Harry, você não vai gostar de dividir a cama com uma menina com bafo...
– Eu corro meus riscos. – Harry foi se aproximando, deixando sem ação.
Alguém irrompeu no quarto, cortando clima. Harry bufou.
– , me empresta o seu carro? – Pediu .
jogou as chaves para ela.
– Para quê?
– Versão resumida, ok? Danny esqueceu a mala com todas as roupas dele lá em casa e agora a gente vai ter que sair para comprar algumas, se não ele vai andar pelado por aí. Estou liberada?
– Vai lá, pelo amor de Deus.
fechou a porta. se voltou para Harry, que já estava tirando a camisa molhada para entrar no banho.
– Harry?
– Por que todo mundo só interrompe a gente?
– Calma! – Respondeu , rindo e chegando mais perto.
– Ah, nem vem. A sua irmã cortou o clima.
Ele ia entrar no banheiro, mas a menina puxou a maçaneta, fechando a porta e deixando Harry a centímetros da porta.
– Deixa de dar uma de mocinha, Judd. – o empurrou contra a porta e o beijou.
saiu do banho já vestida. Dougie estava para entrar, quando ela o chamou. Ele voltou só de toalha.
– Está tudo bem, ?
– Você vai sentir falta de mim... Quando você voltar?
Dougie se sentou na ponta da cama, ao lado dela.
– Aconteça o que acontecer, eu sou seu. – Ele a olhou, sorrindo.
sentiu as lágrimas escorrerem.
– Quem diria que um dia eu ouviria o meu McFly favorito dizer isso para mim...
– Esquece que eu sou um McFly. Antes disso, eu sou um cara. Esquece o Dougie um pouco e pensa no Dougie, Dougie...
Ele se sentiu inseguro. Será que ela gostava do Dougie baixista ou do Dougie pessoa? Aquilo nunca tinha passado pela sua cabeça... Nunca importou, contanto que a garota fosse hot, mas agora fazia toda a diferença.
– Ultimamente, eu só tenho pensado no Dougie, Dougie. – Ela respondeu, sorrindo.
– Ótimo, porque a única pessoa que tenho pensado ultimamente é na . – Ele secou uma lágrima que caía. – Pára de chorar, por favor. Eu quero ser a pessoa que seca as suas lágrimas, não a que as provoca.
sentiu um impulso, empurrou Dougie e o beijou ali, com ele de toalha mesmo.
– GENTE, NÓS ESTAMOS SAINDO! – Avisou , saindo pela porta da frente com Danny ao seu lado.
– Já sabe aonde vamos? – Perguntou Danny.
– Aham, mas é melhor você dirigir. Eu ainda sou menor de idade. – se sentou no banco do carona e colocou o cinto. – Você sabe dirigir, não sabe?
– Claro que sei! Posso parecer idiota, mas não sou tão idiota! – Reclamou Danny, colocando o cinto e ligando o carro.
– Ai, seja o que Deus quiser...
Capítulo 14
“Primeira vez que te vi
Eu não achei que você era especial
Agora percebi que é só com você que quero crescer” (A Song About You – Weezer)
arrumava as roupas na mala enquanto Tom tomava banho, sentindo-se nas nuvens. Tudo tinha acontecido de uma forma que parecia que o Universo tinha planejado aquilo nos mínimos detalhes. ”Esse é o tipo de coisa que a pensa, não eu!” Porém, ela não parou de pensar nisso. Ele tinha quebrado todos os muros que ela, com todo o cuidado, tinha criado para si, protegendo-se das possíveis dores. Nesse momento, Tom saiu do banho, já arrumado.
O show de luzes começaria às oito da noite, e já eram cinco horas.
– Qual a programação de agora, moça? – Perguntou Tom.
– Você prometeu que ia me ajudar a arrumar a comida na geladeira.
– Ah... Eu tenho que ir mesmo? – Ele gemeu.
– Vai dar para trás na sua palavra, Thomas?
– De jeito nenhum, mas tenho que parar de prometer as coisas para você.
– É assim, agora? – Ela perguntou, provocando.
– Culpa minha que você estava tão linda? Eu prometeria qualquer coisa para você naquele momento. ”Bom saber...”
Os dois estavam para descer, quando colocou a cabeça para fora do quarto.
– Vai arrumar a comida?
– Aham.
– Vou descer para te ajudar.
– Okay... A gente está lá embaixo.
Danny seguiu todas as instruções de , parando em local parecido com um shopping, só que apenas de um andar e ao ar livre.
– Vamos naquela loja ali em frente. – Apontou .
Os dois entraram na loja, uma jovem os atendeu.
– Olá! Meu nome é Angeline. Em que posso ajudá-los?
– A gente vai dar uma olhada por aí, se a gente precisar, nós chamamos. - Escolheram algumas roupas e foram para o trocador. – Danny, eu vou olhar umas roupas aqui, ok?
– Ok, pequena.
olhava alguns casacos, resolveu ver Danny.
– Então, que tal essas camisas? – A mulher levou algumas camisas. Danny saiu do provador sem camisa. – Uau, que corpo, hein?
O rapaz só sorriu, não estava entendendo nada que a mulher dizia. sentiu borbulhar de ciúme, foi até eles.
– Algum problema? – Ela perguntou, tentando se manter calma.
– Oh... Eu só estava mostrando para o seu irmão algumas roupas. – Ela chegou mais perto dela. – E que gatinho ele, hein? Ele tem namorada? Quando perguntei, ele apenas sorriu.
Danny saiu do provador, colocando uma camisa e mostrando para . Ele a abraçou por trás, dando um beijinho no pescoço dela.
– Você está lindo! – Elogiou , em inglês.
– Tudo isso só para você, pequena. – Ele deu um selinho na menina.
Danny entrou mais uma vez no provador, deixando uma vendedora muito incomodada e uma triunfante.
– Ele é o meu namorado.
– Ai, que vergonha.
– Pois é... Que tal você poupar um embaraço maior e sair andando, deixando uma vendedora, de preferência um bagulho, cuidando das nossas compras?
– O que você quer dizer com isso?
– Sai andando, queridinha, e não olha para trás. – colocou as mãos na cintura. A vendedora saiu, indo chamar outra. – Ah, só para deixar claro, a nossa compra vai ser imensa! Da próxima vez, segura os seus hormônios, sua pervertida. - Angeline lançou um olhar furioso para a menina, que ainda sorria. Os dois saíram com todas as roupas, Danny pagou e os dois foram embora. – Amei a nossa saída! – Disse , abraçando Danny.
– Eu também, principalmente na hora que você brigou com a vendedora por mim! - Ela o olhou, chocada. – Só porque sou inglês achou que não ia entender o que estava acontecendo? Sei quando uma garota está dando em cima de mim e o jeito que você a olhava, parecia que ia matá-la.
– Ai, que vergonha! – escondeu o rosto.
– Na verdade, eu achei bonitinho. Você fica mais linda quando fica com ciúme. – Ele deu um beijo na sua testa. – É melhor a gente ir, são seis e meia.
– Putz! O tempo passou muito rápido!
Chegaram a casa as seis e cinqüenta, entraram e encontraram Dougie, Tom e Harry esparramados no sofá.
– MENINAS! – Chamou .
– Estamos na cozinha! – Respondeu .
entrou na cozinha sorridente e encontrou as meninas emburradas.
– Que bicho mordeu vocês?
– Bicho nenhum, foi mais uma descoberta. – Respondeu , brincando com o joguinho do celular.
– Hã?
– Eles descobriram que tem televisão a cabo aqui. – Explicou . – Congelaram-se ali no sofá, assistindo futebol. Muda-se o país, mas os homens não mudam. Impressionante.
– Sorte que o Danny não é assim.
– Sério, é? Então cadê ele? – Perguntou , ironicamente.
Danny não estava atrás dela, ele estava esparramado no sofá com os outros.
– Saca isso... – foi dizendo e saindo da cozinha, indo na direção dos meninos. – Dougie, você poderia amarrar isso aqui? – Ela tinha aberto a parte de trás da camiseta que era de amarrar, o seu sutiã aparecia.
– Hã... Pede para uma das meninas amarrar, amor, a gente está ocupado. – Dougie nem olhou para , continuou com o rosto colado na televisão.
– Nossa! – se assustou.
– Eu tenho uma tática! – Disse .
– Vamos ver se você consegue, já estou ficando desesperada.
foi para sala a passos vagarosos. Sentou-se com os meninos e ficou olhando para a televisão do mesmo jeito que eles.
O Manchester fez um gol, começou a comemorar. Todos a olharam feio.
– Fica quietinha, . – Pediu Harry, sem nem olhá-la. – Que tal ir dar uma passeada e deixar a gente assistir, hein?
se levantou irritada e foi para a cozinha.
– Que ódio!
– Agora é minha vez. – saiu marchando até... A televisão!
Com um forte puxão tirou o fio da tomada, desligando-a.
– Ô, ! – Eles reclamaram juntos.
– Agora chega! Dêem o chilique que vocês quiserem, mas não vão mais assistir droga nenhuma. Vocês nos ignoraram por uma porcaria de jogo, estragaram a nossa noite, é a nossa vez de estragar a de vocês. – soltou a tomada e subiu as escadas, seguida pelas outras três.
Os quatro ficaram olhando as meninas subirem.
– Isso quer dizer que a gente não vai para o museu? – Perguntou Danny.
– É impressão minha ou a está com a camisa aberta? – Questionou Dougie.
Ouviram portas baterem.
– Quem acha que nós erramos, levante a mão. – Tom sugeriu. Todos levantaram a mão.
– Quem acha que devemos subir agora mesmo, levante a mão. – Todos, menos Danny, fizeram isso.
– O que aconteceu, Danny? – Perguntou Harry.
– A gente não precisa subir, porque elas estão descendo. – Ele apontou para as escadas.
– Nós decidimos que não vamos estragar nossos planos por vocês, portanto, assistam quanto futebol quiserem, estamos saindo. – Uma por uma passou pela porta.
O silêncio de fez na sala.
– Quem está se sentindo muito idiota por ter dispensado quatro garotas lindas por um monte de homem suado, levante a mão. – Todos os quatro fizeram o falado.
– Se a gente correr, talvez dê tempo...
Os quatro pularam do sofá e foram para a porta. Quando a abriram, deram de cara com as meninas de braços cruzados.
– Até que vocês foram rápidos... – Disse .
– Achamos que tinham nos abandonado. – Tom foi abraçar , que recuou.
– A gente pensou seriamente nisso, mas resolvemos dar uma chance. – Explicou , fugindo de Harry.
– Vamos logo! – Chamou , entrando no carro.
Jogaram duas toalhas de piquenique na grama e se sentaram, o show de luzes estava prestes a começar.
– Você vai chegar perto de mim ou vai ficar assim? – Perguntou Harry à , que se mantinha distante.
– Para quê? Para você brigar comigo de novo?
– Eu estava sob a influência do futebol... Me desculpa, vai... – Harry fez cara de pidão. – Por favor, .
se encostou no ombro dele. Os dois ficaram sorridentes, assistindo.
estava olhando fixamente para o lugar onde seria o show.
– Você nem ao menos vai olhar para mim?
– Agora é minha vez de te ignorar, Tom.
– Ai... Eu mereci essa, provavelmente. Mas é a ultima vez que eu te ignoro, juro. – Tom chegou mais perto, abraçando-a.
– O que me garante isso?
– Eu não cometo o mesmo erro, com uma pessoa tão especial, duas vezes. – Ele deu um beijo na menina.
– Você está chateada comigo, ?
– Não...
- Que bom... Sabe, eu prometi para a sua irmã que se te magoasse, eu mesmo me esfolaria e jogaria em uma vala.
– Então, você vai ter que se manter bem na linha, hein?
– Te fazer feliz é algo que faço com todo o prazer. – Danny deu um beijo no pescoço da menina, fazendo os dois sorrirem.
– ... Andei pensando, você ainda está precisando que alguém amarre a sua camiseta...
– Desculpa, amor, mas você perdeu essa chance! – Ela respondeu sorrindo.
– Ah, eu sou muito estúpido mesmo.
– Yeap! – Ela concordou. – Mas é o cara estúpido mais lindo do mundo.
– Eu sou um sortudo mesmo. Quais as chances que tinha de encontrar uma garota como você?
– Pois é... Eu sou demais.
– E ainda por cima é convencida. – Dougie começou a fazer cócegas nela.
– Que mania de cócegas, Dougie! – Ela ria.
– E você tem mania de me bater. – Ele parou de fazer cócegas e a puxou para perto. – Estamos quites. – Ele a beijou.
O show de luzes começou. O palácio começou a se iluminar de um jeito que parecia um sonho, toda aquela construção arquitetônica projetando-se sob o céu estrelado. A atmosfera de felicidade pairava no ar. Parecia ser emanada por aqueles oito jovens, sentados em toalhas de piquenique, abraçados e sorridentes. Contrastavam-se com a outras pessoas faladeiras e animadas, aqueles oito jovens peculiares pareciam atentos apenas a presença uns dos outros, como se fosse um sonho prestes a terminar com um abrir de olhos.
Capítulo 15
“Eu farei qualquer coisa que você sonhar
Pequenos pedaços de nada que caem
Ponha seus braços em volta de mim
O que você sente, é o que você é
O que você é... é lindo.” (Slide – Goo Goo Dolls)
O segundo dia também estava sendo ótimo, tinham decidido passear pela cidade. Almoçaram em um restaurante, foram ao museu, mas não ficaram muito tempo lá, pois Dougie e Danny foram expulsos por tentarem sentar no trono de Dom Pedro II.
O terceiro dia estava para começar, o sol raiava no horizonte e só havia dois jovens apreciando aquela bela vista.
– É muito lindo mesmo! – Elogiou Tom, que estava sentado no banco embaixo do janelão e tinha deitada em seu ombro.
– Pois é...
– ...
– Oi...
– Obrigado por fazer tudo valer a pena.
– Obrigada por não ter desistido de mim.
Os dois continuaram olhando para o sol nascendo. Todos os outros tinham ido para os quartos, mas os dois tinham ficado ali conversando. Faltavam só duas semanas para que eles fossem embora. Eles queriam passar a maior quantidade de tempo possível juntos.
Dougie estava acordado há muito tempo, tinha a câmera em punho. Sorrateiramente, tinha entrado em todos os quartos e os gravado dormindo. Tinha até conseguido pegar um momento em que e Tom cochilaram.
Agora se encontrava gravando . Queria que cada pedaço dela fosse captado por aquele aparelho, porque talvez assim doesse menos quando estivesse longe dela. Sentia-se como um louco por se sentir assim, ainda mais por uma garota que conhecia há duas semanas.
se mexeu na cama e ele guardou a câmera. Resolveu deitar ao seu lado e a abraçou. Sorriu ainda mais ao ouvi-la murmurar seu nome quando a abraçou. Dormiu mais uma vez.
Harry tinha acordado, sentia em cima dele e estava amando. ”Parece que você foi feita para ficar aqui.”
– O que te perturba tanto, Harry boy? – Perguntou , ainda com os olhos fechados.
– Como você sabe?
– Você começou a respirar meio pesado... – Ela respondeu, ainda sem abrir os olhos. – Sabe... Eu também.
– Você o quê?
– Também acho que fui feita para ficar aqui. – Disse . De alguma maneira, ela sabia que era isso que ele estava pensando.
– Você não gostaria de ir para o Reino Unido comigo, não? Eu poderia te ter sempre dormindo em cima de mim.
– Hum... Isso não era para ser um pequeno caso de verão?
– Eu acho que a gente poderia estender para as outras estações. O que acha?
– Boa idéia. – Ela sorriu.
Danny estava dormindo de boca a aberta, e, ao seu lado, também estava no mais pesado sono. De repente, ela se virou, acertando a mão na cara do rapaz.
– AI! – Ele gemeu, abrindo os olhos. Viu dormindo calmamente. – Sua mão é pesada! Nossa! - Ele ficou encarando a menina, que ainda dormia. – Vou sentir uma saudade absurda dessa mão pesada. Do corpo inteiro, para falar a verdade.
Danny ouviu o celular tocar. Enrolou um pouco para ver se a pessoa ligando se tocava e parava. ”A única pessoa que quero me ligando está dormindo do meu lado.”
– Danny, atende aí... – Pediu , com a voz sonolenta. – A pessoa não parece querer desistir.
– Estou indo, pequena. – Ele deu um beijo na testa da menina e se levantou. – Alô?
– EU ESTOU COMO UM LOUCO PROCURANDO AS MOCINHAS AÍ! LIGO PARA O HOTEL E ELES ME AVISAM QUE VOCÊS RESOLVERAM FAZER UMA PEQUENA VIAGEM! TOM , HARRY E DOUGIE DEIXAM O CELULAR DESLIGADO! ESTOU LIGANDO COMO UM LOUCO!
– Bom dia para você também, Fletch.
– BOM DIA COISA NENHUMA! AQUI UM CIRCO ESTÁ SENDO ARMADO E VOCÊ FICA TODO: “BOM DIA PARA VOCÊ TAMBÉM, FLETCH”?
– Eu não estou sabendo de nada, Fletch, e está cedo aqui. Você poderia falar direitinho?
– COMO NÃO SABE DE NADA? ISSO ESTÁ EM TODA A INTERNET! – Fletch foi se acalmando. – Aconteceu um problema sério. Vocês resolveram tirar as suas férias secretas, sem contar para ninguém que viajariam juntos, só que o Top Of The Pops resolveu fazer uma surpresa para vocês! Viajaram até a casa dos pais de vocês e a surpresa... Vocês não estavam lá!
– E qual o problema?
– O programa era ao vivo! Agora estão rolando boatos de que vocês foram seqüestrados e não divulgamos porque não pretendemos pagar o resgate. Tem meninas plantadas na entrada da gravadora com cartazes, todas chorosas. Fui recebido a pedradas hoje! Os Dorks passaram por aqui, cheios de boa vontade, querendo contribuir para pagar o resgate, tive que contar a verdade para eles. A propósito, eles disseram que não falam mais com vocês. Ter ido ao Brasil e não ter os convidado foi sacanagem.
– Quando a gente chegar aí, daqui a duas semanas, a gente ajeita tudo.
– Nada de daqui a duas semanas... Vocês vão embora em três dias.
– TRÊS DIAS?!
– As passagens já foram compradas, não quero discussão. Foram vocês quem fizeram essa bagunça, vocês consertarão.
– Mas...
– Sem “mas...”. Espero vocês aqui em três dias. Tchau, Danny.
Danny desligou o telefone, com os olhos se enchendo de lágrimas.
– O que tem três dias, Danny? – Perguntou .
– A gente vai embora. – Ele anunciou, abraçando , que ainda estava na cama.
Os dois se permitiram chorar. Aquele era o fim...
A porta foi aberta, Tom meteu a cabeça para dentro.
– Bom dia, gente... – Ele fechou a cara ao ver que os dois estavam chorando. – Está tudo bem?
– Chama todo mundo, Tom. Precisamos conversar...
Em alguns minutos, todos estavam sentados na cama de Danny e , tensos. Danny explicou para eles o que tinha acontecido. e já choravam, sendo amparadas por Harry e Dougie. estava impassível, não demonstrava nenhuma emoção.
– O que a gente faz? – Perguntou Tom.
– Vamos fazer esses três dias valerem muito a pena! – Respondeu . – Vamos arrumar tudo e vamos embora. Temos muito o que fazer ainda.
entrou no quarto, tentando manter sua atenção na arrumação da mala.
– ...
Harry não precisou dizer mais nada. Ela se levantou e o abraçou, soltando as lágrimas.
– Não vai, Harry... Por favor! – Ela pediu.
– Você ainda quer me ver?
– Muito.
– Então, a gente vai fazer isso possível de algum jeito, a gente vai fazer.
Dougie arrumava as malas em silêncio, e também.
– Essas foram as melhores férias da minha vida! – Disse o rapaz, tentando quebrar o silêncio.
– As minhas também... – Concordou .
– Como eu queria que o tempo parasse aqui. – Dougie falou.
– Eu também.
Os dois se abraçaram, já sentindo falta de um pedaço deles.
Danny estava jogado na cama, engolindo em seco. Estava com medo de não ver de novo. A menina arrumava as malas em silêncio.
– , eu poderia te ligar algum dia desses?
– Claro que sim, eu adoraria. Mas você não vai estar ocupado?
– Para você, não... Lembre-se que agora: It’s all about you. (É tudo sobre você.)
Tom esperava que chorasse, pedisse para que ele não fosse, mas nada foi feito. Ela parecia aceitar a idéia.
Os dois arrumaram a mala em silêncio. Ela anunciou que ia tomar banho.
– Tudo bem... Vai lá.
Entrou no banheiro sentindo um enorme nó na garganta, permitiu-se chorar enquanto a água caía. Começou a cantarolar “I’ve Got You”, enquanto as gotas de lágrimas se misturavam com a água.
Ele a ouviu cantando, sentiu vontade de chorar, mas resolveu escrever uma carta. Talvez para ela aquilo fosse apenas um caso de verão. Para ele, era algo muito maior. ”Deixarei claro isso, mesmo que seja quando estiver fora daqui.”
Saíram de lá ainda de manhã. A viagem pareceu curta demais, triste demais.
– Vocês passam esses últimos dias lá em casa... – Disse .
Os meninos foram fechar a conta, enquanto elas seguiram para casa. Iriam se encontrar mais tarde.
– Gente, eu vou sair. – Disse .
Nenhuma delas a impediu, todas precisavam de um momento para respirar.
e se sentaram na sala, sem falar nada, olhando uma para a outra. foi até o quarto da amiga, retirou um livro de medicina que já tinha comprado, sabendo que precisaria dele, e começou a estudar.
chegou no mesmo momento em que os meninos chegaram. Lançou um sorriso fraco.
– Foi aonde, minha princesa? – Perguntou Harry.
– Fazer algumas coisas... – Ela respondeu, dando um beijo no rapaz.
– Não vai me contar?
– Não mesmo.
Entraram em casa, era uma das últimas vezes que todos eles, até elas, veriam a casa. A diferença é que elas sabiam que se veriam de novo, eles não.
– Vamos fazer isso tudo valer a pena! – Disse Tom, subindo as escadas.
Capítulo 16
“Toda vez que tento falar com você, minha língua enrola.” (Why don’t you and I – Alex Band & Santana)
acordou determinada a fazer daqueles últimos dias os mais perfeitos do mundo. Virou-se para o lado e viu Danny dormindo. As regras de tinham sido banidas pela mesma, que estava triste demais para se manter puritana. se levantou, tomou um impulso e jogou-se em cima de Danny com toda força.
– AH! – Gritou Danny, assustado. – Putz, pequena, que susto. Você está pesadinha.
– Mais uma vez me chamando de gorda?
– Jamais. Você está hot, minha pequena. – Ele deu um beijo nela. – Vamos acordar os outros?
– NÃO PRECISA, NÉ, SUA ANTA? – Urrou Tom. – O seu gritinho gay nos acordou.
– Não fala assim com o meu Danny! – Repreendeu .
– Bom dia, gente! – Cumprimentou e Harry, que entravam no quarto.
– Onde vocês estavam? – Perguntou , desconfiada.
– Lá embaixo. – Respondeu , sentando-se no chão.
– Fazendo o quê?
– Nada da sua conta! – Respondeu Harry, sentando-se ao lado de .
– O que vamos fazer hoje? – Perguntou Dougie.
– Estava pensando em irmos fazer umas coisas separados... – Fisse .
– Como assim? – Perguntou , esfregando os olhos.
– Tipo, conhecer os nossos lugares preferidos... – Disse , já que tinha entendido o que ela queria dizer, lançando um olhar significativo para , que pescou a idéia. – O que você acha, ?
– Meu lugar preferido agora é a biblioteca... – A menina olhou para as outras e entendeu. – Ah, saquei a idéia!
Todos se arrumaram e saíram separados.
A intenção de era visitarem os lugares de seus primeiros beijos, os seus novos lugares favoritos.
e Danny chegaram no zoológico.
– Vamos ver o resto do zôo? – Perguntou . – Da última vez, não deu para a gente ver quase nada.
– Eu pensei que a gente poderia ter um momento flashback! – Disse Danny, sorrindo malicioso.
– Ótima idéia. – Os dois partiram para a parte dos répteis.
– Para onde vamos, ? – Perguntou Tom.
– Para o lugar onde eu fui mais feliz.
Tom pôde avistar para o Cristo Redentor.
– Por que você gosta de lá? – Ele perguntou, fingindo-se de inocente.
– Porque foi lá que eu beijei um cara maravilhoso.
– Uau! Deve ter sido ótimo.
– Foi perfeito.
Os dois subiram, o lugar estava lotado de turistas. Ficaram olhando a vista e sorrindo.
– Sinto como se aqui fosse a minha casa! – Ele disse.
– Gostaria que aqui fosse a sua casa... – Respondeu , virando-se e olhando para ele.
– Aqui é a minha casa, . Onde você está é a minha casa. – Ele ficou em sua frente, segurando o rosto da menina.
– Não seja brega, Tom. – o abraçou com força.
– Não estou sendo brega, estou sendo sincero. – Ele a beijou com carinho, ainda segurando seu rosto com todo o cuidado.
fechou os olhos de Harry antes de saírem do carro.
– Para onde estamos indo? – Ele perguntou.
– Para o lugar onde todos os meus sonhos se realizaram. – Disse , tirando as mãos dos olhos do rapaz.
Harry ficou olhando para a biblioteca.
– A gente poderia passear por outras sessões hoje... – Sugeriu Harry.
– Eu nunca fui à sessão de ficção cientifica. Será que eles têm Guerra nas Estrelas em livro? – Ela perguntou, animada.
– , não quis dizer realmente olhar os livros... – Disse Harry, envergonhado.
– Ah... Você quis dizer... – A menina parecia, agora, ter entendido. – Ah... Ok! Acho que a gente pode fazer isso também.
Os dois entraram rindo.
se sentou na areia, sentindo a brisa da tarde bater em seu rosto. Estavam no lugar mais isolado da praia.
– Você não vai ficar aqui parada.
– O que você sugere?
– Isso. – Dougie a pegou no colo.
– Dougie, eu vou me molhar!
– Não se preocupa com isso, não, depois a gente vai ao hotel e você troca de roupa.
– Você não fecharam a conta, não?
– Não... O Fletch pagou ainda pelos três dias, então a gente ainda tem direito ao quarto. – Ele lançou um olhar malicioso.
– Nada de segundas intenções, Dougie!
– Nenhuma, pensei só da gente ver o sol se pôr.
– Isso me parece perfeito. – sorriu, ainda sendo segurada por Dougie.
– Que bom. Agora, prepare-se.
O rapaz contou até três e correu, jogando-se na água junto com .
Algumas horas depois...
– Danny, acho melhor a gente voltar para casa... – Disse , olhando o relógio.
– Não, eu quero ficar aqui! Quero ficar aqui com você para sempre.
Danny estava deitado no colo de , que estava sentada na grama. Os dois tinham passado uma tarde perfeita, cheia de fotos, brincadeiras e músicas cantadas por Danny no ouvido de .
– Mas a gente tem que ir. Vai ficar muito tarde! – Ela insistiu.
– Já cansou de mim? ”Há! Demoraria uma vida inteira para eu me cansar de você...”
– Claro que não, só que a gente está no Rio de Janeiro. Passar a noite fora de casa aqui não é tão seguro.
– Ok, vamos. – Danny se levantou e deu a mão para que ela se levantasse. – Vou sentir muita saudade disso tudo, pequena.
– Eu também, Danny Jones, eu também.
Os dois saíram andando.
O celular de tocou, quebrando o clima romântico instalado. Já eram cinco horas da tarde. Ela e Tom ainda estavam no Cristo Redentor, ele a abraçava por trás e os dois assistiam o belo show de luzes que a natureza promovia para todo o mundo, mas que parecia ser, naquele dia, exclusivamente para os dois.
– Alô?
– , aqui é a . Só para avisar que eu e Dougie vamos dormir por aqui mesmo.
– Comporte-se, ok? Não faça nada que eu não faria.
– Ah, mas aí não tem graça! Vou ficar só olhando para a cara dele? Não mesmo. Se bem que ultimamente você anda bem saidinha.
– Há-há-há, muito engraçadinha você. Vai lá, aproveita bastante.
– Você me conhece! Vou aproveitar muito. Aproveita a covinha também. Tchau.
– É o que pretendo fazer. Tchau. – Ela desligou o telefone e olhou para Tom. – É melhor a gente ir embora.
– Mas antes eu queria uma foto nossa com essa vista. – Tom se afastou dela e puxou uma menina. – Oi. Você poderia tirar a minha foto com a minha namorada?
– AI, MEU DEUS! VOCÊ É O TOM DO MCFLY! – Gritou a menina.
– Caramba! Nem sabia que a gente era tão famoso aqui! – Disse ele, olhando para . – Você poderia tirar a foto? – Perguntou para a menina.
– Claro que sim!
Ela pegou a câmera, Tom abraçou por trás de novo e apoiou o queixo em seu ombro. A garota apertou o botão e o flash disparou.
– Ficou perfeito! Na minha opinião, essa sua namorada é muito mais bonita que a Gio.
– É... Eu também acho! – Respondeu Tom, saindo de mãos dadas com . ”Ele disse que eu era namorada... Uau!”
Harry e estavam a caminho de casa.
– Pára aqui. – Pediu Harry. O lugar era um parquinho.
A menina concordou e parou.
– O que você quer fazer aqui? – Ela perguntou, desconfiada.
– Brincar. Vem aqui! – Ele a chamou para o balanço, ela se sentou e ele ficou empurrando.
Foram no escorregador, brincaram na caixa de areia e tiraram muitas fotos.
– O que você está fazendo agora, Harry? – Ela perguntou.
– Isso. – Ele saiu de perto da caixa de areia, mostrando sua obra de arte: “Harry e , para sempre.”
– É lindo. – Os olhos da garota encheram de água, enquanto tirava uma foto da areia.
– Vamos para casa. – Ele a puxou para junto de si e começaram a caminhar para o carro.
O sol estava se pondo, Dougie e estavam sentados em uma pedra, completamente ensopados.
– O sol da Inglaterra não é tão bonito... – Observou .
– Amor, é o mesmo sol para todo mundo.
– Bom, ele nunca me pareceu tão lindo. Aqui ele parece... Perfeito.
– Vai ver é a companhia! – Ela disse.
– Vai ver é isso mesmo. – Ele olhou para ela. – É, definitivamente é a companhia que deixa esse sol tão lindo.
– Concordo. Nunca vi um pôr-do-sol tão perfeito na minha vida inteira.
– Aposto que a Lua também fica mais linda.
– Hum... Parece que vamos ter de ficar aqui para comparar. – se aconchegou mais um pouco em Dougie.
– É... Não tem nada mais perfeito, de fato.
O dia seguinte ficou resolvido que eles fariam um piquenique no Jardim Botânico, mas nenhum deles estava com pressa de sair. e Dougie só deram as caras em casa lá para as dez horas da manhã e foi aí que todos decidiram sair.
Eles levaram bola e travaram uma pequena partida de futebol contra as meninas, que ganharam de lavada, deixando os meninos chateados.
– Vocês não são bons perdedores! – Observou , pulando nas costas de Danny.
– A gente não imaginava perder de cinco a dois! – Justificou Dougie, pegando um sanduíche da cesta.
– Seis a dois, teve o gol contra do Tom, lembra? – Disse , deitando no colo de Harry.
– Não precisa lembrar... – Resmungou Tom.
– Não fica assim, Tom. Foi um erro! – Consolou . – O pessoal só está falando disso porque foi meio surpreendente.
– Pois é... Como um goleiro consegue jogar a bola para dentro do gol quando é para jogar fora para o Harry, que estava logo na frente, é um grande mistério! – Disse .
– Eu mirei errado. – Justificou Tom, de cara feia.
– Aham... Sei... Sei.
Depois de algumas horas, voltaram para a casa.
– O que vamos fazer agora? – Perguntou Dougie.
– Que tal... – Danny sacou um DVD da prateleira. – “ Holmes e Watson em: O mistério da calcinha perdida”?
– Vocês gravaram um filme pornô?! – Perguntou Dougie, chocado.
– Não é filme pornô, bestão. É um mistério tipo do Sherlock Holmes! – Respondeu , envergonhada.
– Baseada na minha calcinha perdida... – Resmungou , muito envergonhada.
– Na sua calcinha perdida? Vamos ver logo. O que vocês estão esperando? – Harry se jogou no sofá.
– Tarado! – Xingou-o Tom, mas também se sentou no sofá.
– E você é hipócrita! – Respondeu Harry, dando língua.
Colocaram o DVD. Para a sorte dos meninos, elas tinham gravado em inglês.
O filme começou:
“A falta do que fazer” Produções apresenta: Holmes e Watson em: O mistério da calcinha perdida!
Direção:
Estrelando: &
Participação especial: A calcinha do Super-Homem da e a própria
Edição:
Roteiro: &
Câmera:
Efeitos especiais:
A cena foi cortada para uma sala em preto-e-branco, dava para perceber que era a sala de estar daquela casa, só que com efeitos especiais.
e estavam sentadas no sofá. A voz de foi ouvida, ela era a narradora. “Era uma quente tarde de novembro... Nós estávamos em nosso escritório. Holmes se mantinha ocupada contemplando uma foto de Dougie Poynter, como sempre, enquanto eu me mantinha concentrada nos estudo da anatomia de Daniel Alan David Jones, mais conhecido como Danny Jones.”
Danny, que assistia ao filme, ficou muito vermelho. “Foi naquela tarde que ela veio nos procurar...”
apareceu vestida com uma jardineira e uma camiseta listrada. – Preciso da ajuda de vocês!
– Diga-me o que precisa, jovem senhorita. – disse de um jeito formal. – Já posso perceber que você é uma jovem de quatorze anos, mora em uma casa com mais três pessoas e tem uma amiga muito linda.
– Por que você está sendo tão esquisita? – Perguntou sem entender nada. – Por que a está abaixada com a câmera?
– Porque essa é a história de Holmes e Watson! – Respondeu . – Agora, conte-nos o seu problema.
– A minha calcinha do Super-Homem sumiu! Procurei em tudo que é canto, mas até agora não encontrei!
– Não se aflija, minha jovem. Holmes está no caso. Vamos, Watson. – As duas se levantaram e a câmera as acompanhou.
As duas fizeram um tour pela casa, abrindo gavetas, entrevistando a mãe, a empregada, o grilo do jardim, jogaram-se dentro da máquina de lavar, olharam dentro do vaso e do cesto de roupa suja. “Holmes parecia concentrada em suas investigações de forma que achei correto não interrompê-la.”
– Já desvendei o mistério, Watson. – Anunciou . – Chame a nossa cliente!
– É para já, Holmes. – chegou no pé da escada. – Ô, .
– O QUE É, ESCANDALOSA? – Perguntou , descendo as escadas enrolada na toalha. – Eu estava tomando banho!
Harry engasgou nesse momento, e as meninas tiveram uma crise de riso. – Holmes já desvendou o caso! – Anunciou .
– O que aconteceu com a minha calcinha do Super–Homem? – Perguntou , sentando-se no sofá.
– Depois de árduas investigações, nós descobrimos o paradeiro da sua calcinha.
– E onde está?
– Aqui! – levantou um pano deformado e todo manchado. – Sua mãe molhou com cloro sem querer e escondeu, programando substituí-la sem que você percebesse.
– Ai, pobre da minha calcinha! – Choramingou , pegando a calcinha destruída e subindo as escadas.
– Parece que esse foi mais um mistério resolvido, Holmes! – Disse , sentando-se no sofá.
– Mais uma bem sucedida solução, Watson.
“E foi assim que a calcinha foi recuperada, mesmo que em péssimas condições. Eu e Holmes voltamos às nossas velhas analises anatômicas dos McFly a espera de mais um mistério para ser resolvido.”
Tudo ficou preto e as palavras: THE END apareceram na tela.
– Que filme maneiro! – Elogiou Danny
– Gostei da parte da toalha! – Disse Harry, olhando para encolhida no sofá.
– Cala a boca. – Ela resmungou, dando um soco no rapaz.
– Holmes e Watson... Fantástico! – Completou Tom.
– ... – Chamou Dougie.
– Fala, Dougie.
– Posso conversar com você lá em cima? – Ele perguntou.
– Olha lá, hein, , nada de roubar o meu baixista! – Avisou .
– Se eles nos traírem, a gente fica junto, ! – Disse Harry, abraçando a menina.
– Mas enquanto a gente não faz nada, largue-a! – Disse Dougie, irritado.
– É mesmo, largue-a, Harry! – Apoiou . – Vamos logo, Dougie.
Os dois subiram as escadas e não voltaram. O resto resolveu ficar jogando pôquer enquanto isso.
– Acho que é melhor subirmos... – Bocejou . – Vou logo dormir. Vamos, Tom?
– Vamos, querida. – Tom se levantou e a pegou pela mão.
– Vou subir também, já são onze horas. – também se levantou.
– Eu vou com você, pequena.
Harry e sobraram na sala.
– Acho que os dois estão se divertindo bastante, né? – Observou , desanimada. Era sua última noite com Dougie e passaria com um vazio na cama.
– Por que nós não vamos ver o que eles estão aprontando? – Sugeriu Harry.
Nem precisou de resposta. Os dois subiram as escadas correndo. Ouviram alguns barulhos vindos do quarto de .
– Que saco, Dougie, ajeita isso! – Reclamou .
– É que eu não estou acostumado com esse sistema.
– Você é muito retardado mesmo, francamente.
e Harry se entreolharam assustados e resolveram entrar. Deram de cara com Dougie e , ele mexendo em um laptop e ela no computador.
– O que estão fazendo? – Perguntou .
– Nada de mais, amorzinho. Já vai dormir? – A menina fez que sim com a cabeça. Ele se levantou, deu um selinho nela e voltou ao seu posto. – Vou daqui a pouco. Boa noite.
Harry chegou perto de , que desligou a tela.
– Nossa! Que menina misteriosa!
– Pois é... – Ele virou a cadeira para que ela pudesse ficar de frente para ele. – Boa noite.
– Vou ficar te esperando acordado, minha linda. – Ele deu um selinho e foi em direção ao outro quarto.
– De volta ao trabalho, Dougster!
– É para já, senhora Judd.
Os dois voltaram aos seus postos em silêncio.
Capítulo 17
“Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor.” (Madre Teresa)
O relógio já marcava uma e meia quando e Dougie entraram no quarto silencioso.
Dougie entrou por debaixo das cobertas, ao lado de , que murmurou algo inaudível ao ser abraçada. Logo os dois adormeceram.
deitou na cama ao lado de Harry, já pensando em como ele não tinha cumprido a promessa de esperá-la acordado, mas quem poderia culpá-lo? Já era uma e meia da manhã, afinal de contas.
– Você demorou, minha linda! – Sussurrou Harry.
– Você ainda está acordado?
– Prometi que te esperaria acordado, estou cumprindo. – o abraçou mais forte, feliz. – Andei pensando sobre aquilo que a gente conversou...
– Aquilo o que, Harry?
– Você quer mesmo me ver depois disso tudo? – Ele perguntou com a voz trêmula.
– Claro que sim! Por quê?
– Por nada. Boa noite, minha linda. – E se virou para o lado.
nem teve muito tempo para pensar, estava tão cansada que dormiu rapidamente.
– SORRY’S NOT GOOD ENOUGH... WHY ARE WE BREAKING UP?
pulou da cama, dando um susto em Tom, que dormia ao seu lado.
– Meu Deus, quem estão torturando? – Ele perguntou, levantando-se da cama.
Os dois tinham sobrado. Todas as camas estavam prontas.
– YOU SAID YOU’D NEVER LEAVE!
– EVERYBODY MAKES MISTAKES AND THAT JUST WHAT WE DO!
– DON’T GO CHANGING!
– PEOPLE MARCHING TO THE DRUMS!
– Ô, DOUGIE, ASSIM VOCÊ ESTRAGA A BRINCADEIRA. A MÚSICA NÃO É TRANSYLVANIA.
– DESCULPA, AMORZINHO, ME EMPOLGUEI.
Os dois saíram do quarto à procura da bagunça. Encontraram o foco na cozinha. Todos os seis estavam lá, segurando colheres de pau e dançando de roupa de dormir e meias.
– Bom dia, casal! – Cumprimentou , diminuindo o volume do som.
– O que vocês estão fazendo? – Perguntou , apoiando-se em Tom
– Tentando nos distrair! – Respondeu , rebolando enquanto fazia alguma coisa no fogão.
A ficha caiu, aquele era o dia em que eles iriam embora. O avião partiria às três horas da tarde, o que queria dizer: estar no aeroporto ao meio-dia.
– Vamos aproveitar o pouco tempo que temos! – Dougie aumentou o volume do som.
e Tom ficaram com cara de paisagem, enquanto os outros continuavam a cantar e dançar, preparando o café.
– Piraram de vez. – Observou .
– Com toda a certeza! – Concordou Tom, dando um beijinho na menina e a abraçando.
O café da manhã foi a maior bagunça, mas conforme o tempo passou, os ânimos esfriaram. Todos já estavam um tanto melancólicos, jogados em vários lugares da sala.
– , acho que é hora... – Disse Dougie.
– Também acho. Vamos lá, Dougster. – Os dois subiram as escadas correndo e voltaram correndo, carregando algo na mão que não conseguiam identificar.
– O que é isso? – Perguntou , curiosa.
– É um DVD! Com todas as nossas fotos e a filmagem dessa viagem. – Explicou Dougie.
– Assim ninguém esquece como foi. Eu e Dougie ainda separamos as fotos por casal, assim fica mais fácil. – Completou .
– Idéia fantástica! – Elogiou Tom, pegando um CD para ele.
– Era isso que vocês estavam fazendo ontem? – Perguntou .
– Yeap! – Respondeu Dougie. – Queríamos fazer uma surpresa.
Mais uma vez, todos ficaram em silêncio, admirando os seus presentes. O celular de tocou.
– É o alarme, já são onze horas. – Ela explicou. – Tom, posso falar com você um instante?
– Claro.
Os dois levantaram.
– Harry, também quero falar com você.
– Ok...
– Danny...
– Vamos lá, pequena.
Dougie e sobraram na sala.
– Você não quer falar nada para mim, não? – Perguntou Dougie
não respondeu, apenas correu e o abraçou muito forte, deixando algumas lágrimas caírem.
– Você é a pessoa mais especial que já apareceu na minha vida.
– Você também, meu amor.
– Quero que você fique com isso. – tirou o cordão do próprio pescoço e o deu para o rapaz. O cordão de prata tinha uma medalha com seu nome.
– Vou ficar com ele no pescoço de agora em diante. – O rapaz colocou o colar, sorrindo.
e Tom foram para a cozinha. Ela tirou algo do bolso do pijama.
– O que é isso?
– Uma carta. – Ele começou a abri-la. – Mas não leia agora, leia quando chegar ao avião.
– Eu também tenho uma para você. – Ele entregou uma carta para ela. – Leia quando eu estiver no avião.
– Pode deixar.
– ...
– Oi.
– Você vai sentir a minha falta?
– Claro que sim! E você?
– Vou sentir uma falta imensa de você.
entrou em seu quarto e fechou a porta cuidadosamente.
– O que você está fazendo? – A menina foi puxar algo que estava debaixo da sua cama, e retirou com todo o cuidado.
– O meu presente para você. – Ela entregou nas mãos de Harry um pacote. Ele abriu daquele jeito que meninos abrem as coisas, rasgando tudo, sem piedade. O pacote revelou ser um pingüim, para ser exata, uma pingüim! Um pingüim fêmea com roupinha de turista, óculos e vestido colorido. – Você me deu um pingüim turista, achei legal te dar uma pingüim turista.
– É o melhor presente que já ganhei na vida. – Os dois se abraçaram, sorrindo.
e Danny foram para o jardim, sentaram-se na varanda sem falar nada.
– Queria ter dar isso aqui. – entregou uma pulseira de contas para ele. – Assim você vai lembrar sempre de mim.
– Eu me lembraria de você mesmo sem pulseira. – Danny deu um selinho na menina e ficaram abraçados até a hora em que ela resolveu levantar para trocar de roupa.
Chegaram ao aeroporto ao meio dia em ponto. Resolveram tudo o que tinham para resolver e ficaram na sala de espera. “Vôo 612 para Londres, embarcando no portão 3.”
– É o nosso. – Disse Tom.
– Não vai agora, não. Fiquem mais um pouco! – Pediu , ainda abraçada a Danny. “Vôo 612 para Londres, embarcando no portão 3.”
– É melhor a gente se despedir logo. – Disse Harry, abraçando e chorando. – Abre esse papel quando chegar em casa.
– Ok... – o beijou pela última vez. Sentiu seus lábios quentes. – Vou sentir sua falta.
– Eu também, mas a gente ainda vai se ver, eu prometo.
– Dougie...
– Não fala nada, . - Ele a abraçou pela cintura com força, ela colocou as mãos em seu pescoço. Quando puxou os cabelos de Dougie, acabou derrubando seu boné, mas ele pareceu nem perceber. O beijo parecia de cinema, tudo parecia ter parado para os dois, como sempre. As línguas estavam na mais perfeita sincronia, uma última vez. – Sorria, vai. – Ele falou, quando se afastaram. – Como eu disse antes, eu quero ser quem seca as suas lágrimas, não quem as provoca. Vou sentir saudades!
– Eu também, muita.
Danny abraçou e a beijou, segurando seu rosto. Os dois choravam, era óbvio.
– Não chora, Danny. – Pediu , limpando algumas lágrimas que ainda caiam.
– Dude, a garota aqui é ela! – Brincou Tom.
– Cala a boca, Tom! – Ralhou Danny. – Vai se despedir da e me deixa em paz.
– Que bonitinho! Você ficou vermelho! – apertou suas bochechas. – Nem acredito que passei duas semanas com Danny Jones.
– Eu ainda não acredito que passei as duas semanas mais perfeitas da minha vida com você e agora vou ter que ir. “Última chamada para o vôo 612 para Londres, embarque no portão 3.”
– Posso te ligar mesmo?
– Claro que sim, Danny! – Os dois se abraçaram. – Vai lá antes que eu comece a chorar mais!
– Ok... – Eles se beijaram mais uma vez.
– Então... É hora de ir. – Disse Tom.
– Pois é... Vou sentir sua falta. – o abraçou, segurando o choro. Não ia chorar, ponto.
– Vai mesmo?
– Claro que sim. – Os dois ficaram se olhando. – Você não vai fazer nada?
– Hum... Tipo entrar no avião? – Perguntou Tom, confuso.
– Ai, você anda passando muito tempo com o Danny. Eu quis dizer tipo isso.
Ela o puxou pela camisa e o beijou com força. Quando eles se soltaram, os dois estavam bem amassados.
– Uau! Vou sentir falta disso. – Ele sorriu e a abraçou. – Tchau, meu amor.
As meninas ficaram os assistindo desaparecerem pelo portão e depois correram para ver o avião decolando. Mantinham seus olhos vidrados nas janelinhas, com esperança de poderem vê-los uma última vez. Elas não sabiam que eles faziam o mesmo dentro do avião.
resolveu abrir a carta enquanto as meninas continuavam olhando a pista de decolagem. Começou a ler, as lágrimas forçavam passagem, tudo começou a rodar e de repente, a escuridão tomou conta.
Capítulo 18
“Onde você está?
Parece ser tão longe quanto a eternidade
Braços esticados e corações abertos
E se não terminar, quando começaremos?
Eu nunca te abandonarei ou te tratarei mal
Sei que você entende
E com um lágrima no olho, dê-me o adeus mais doce que já recebi...
Diga adeus e voe embora” (Sweetest Goodbye – Maroon 5)
– ... ... Ai, meu Deus, acho que ela morreu!
– Bate na cara dela!
– Não, joga água.
– Mocinhas, por favor, dêem distância. A amiga de vocês precisa respirar.
– Ela vai sobreviver?
– Ela só desmaiou, sua besta!
– Cruzes, , você está muito azeda!
– Minha amiga está desmaiada! Como você quer que eu fique?
– Ela está acordando!
começou a abrir os olhos, o lugar era muito iluminado. O que será que tinha acontecido? Onde estavam os meninos? Será que tudo tinha sido um sonho?
– O que houve, gente?
– Você desmaiou. – Respondeu .
– Essa parte eu sei. Por que desmaiei?
– Não sei... A gente estava distraída e quando vimos, você estava no chão, tombada. – Disse .
– E os meninos? – Aquilo não poderia ter sido um sonho, não podia. Sentiu as lágrimas caírem, finalmente.
– Eles se foram, faz uma hora mais ou menos... – Respondeu , também segurando o choro.
– É melhor a gente ir para casa. – foi se levantando da maca, quando o enfermeiro a impediu de se levantar.
– Como você está se sentindo? – Perguntou o homem.
– Irritada porque tem alguém me impedindo de levantar e ir para casa. – Ela falou, lançando um olhar irritado. – Agora, com licença.
Ela deu um salto da maca e saiu andando.
– , você deixou cair esse papel. – entregou a carta de Tom e saiu andando.
apertou a carta na sua palma, tinha um pedacinho dele com ela. Aquilo não tinha sido um sonho.
As meninas chegaram à casa de e e largaram-se no sofá da casa silenciosa.
– Essa casa fica estranha sem eles... – Observou , chutando o tapete.
– A casa fica quieta. – Completou .
– Vou tomar um banho. – Anunciou .
– Que tal assistirmos ao DVD depois? – Perguntou .
– Ótimo! Eu vou lá em cima trocar de roupa. – Disse .
– Vou até a casa da minha tia buscar as plaquinhas. – Disse .
– , você está em condições de sair? – Perguntou .
– Claro que sim. Foi só o estresse desses últimos dias que me deixou assim... – Ela respondeu, forçando um sorriso. – Me empresta o carro?
– Vai em frente. – A amiga jogou as chaves do automóvel para ela. – Volta rápido.
– Vou e volto rapidinho.
– Quanto tempo falta para a gente chegar? – Perguntou Dougie pela centésima vez.
– Faltam nove horas de viagem ainda. Pára de perguntar! – Disse Tom, rabugento.
– Eu estou sentindo falta daquelas meninas! – Disse Danny, mexendo na pulseira de .
– Eu também. – Suspirou Harry, tentando dormir.
– Será que a está sentindo falta de mim? – Perguntou Dougie, voltando-se para a janela.
– Deve estar, sim. Espero que a esteja sentindo falta de mim... – Disse Harry, abraçando a pingüim.
– Dude, você está ridículo segurando esse treco! – Observou Tom.
Danny dormia do outro lado, sonhando com .
– Você está reclamando porque não ganhou nada. – Harry deu língua para o amigo.
– Yeah!– Disse Dougie, em sinal de apoio, apertando a medalhinha com o nome da menina.
– Ganhei, sim. – Sussurrou Tom, mais para si do que para os meninos, e resolveu ler mais uma vez a carta.
“Tom,
Nem sei o que me motivou escrever, nunca escrevi para um rapaz antes. Só quero dizer obrigada por ter feito tudo valer a pena, por ter tido paciência, por ter sido carinhoso, por existir e por ter feito parte da minha vida, mesmo que por duas semanas.
Eu gostei de você como pensei que nunca gostaria de ninguém, o que é estranho, porque a gente se conhece há muito pouco tempo, você pode não sentir o mesmo. Não me importo, só quero que saiba.
Vou sentir falta de você e do pedaço do meu coração que você leva com você. (Piegas, eu sei, porém é o que sinto). Saudades dessa sua covinha.
Por favor, não me esqueça.
Mil beijos cheios de saudade. Da sua .”
foi tomar banho, fechou a porta e tirou a roupa. Quando virou para colocar a roupa no cabide, viu que tinha uma boxer pendurada. Olhou a etiqueta: “Pertence a Daniel Jones”. ”Ele é esquecido mesmo. Tem até o nome na etiqueta!”, ela pensou rindo. Foi tomar banho segurando o riso.
foi até a cozinha fazer alguma coisa para comerem, optou por pedir pizza mesmo. Não queria ficar cozinhando sem toda a bagunça que eles faziam.
foi ao quarto tirar a roupa. Retirou a calça jeans, jogando-a sobre a cama; um papel caiu de lá. Curiosa, foi até o objeto caído. Era o papel que Harry tinha dado.
Achei um jeito. Entre no seu email. Vou sentir saudades. Beijos, o seu príncipe.
Sem entender nada, ligou o computador.
entrou no prédio da tia sem grandes problemas. Sua tia já a esperava na porta, sorridente e segurando um pacote.
– Eles já foram?
– Já. – Ela respondeu sorrindo. – Obrigada, tia.
– De nada, querida. Com vocês indo morar longe, vou poder fazer muito pouco por vocês, era o mínimo que podia fazer por vocês. Toma as plaquinhas, guarde-as com cuidado. Vai lá com as suas amigas.
deu um beijo na tia e foi embora.
O computador carregou, a Internet entrou. Ela digitou furiosamente. A página do seu e-mail não queria entrar!
– , a gente está preparando as coisas! – Avisou . – Só faltam você e a .
– Eu desço assim que a chegar! – Ela respondeu sem prestar atenção direito, com o olhar fixado no seu e-mail, que tinha resolvido, por milagre, abrir.
A página estava cheia com o mesmo endereço de e-mail. Seu coração pareceu inchar conforme foi lendo. Os vinte primeiros tinham a mesma mensagem, o que a surpreendeu foi o vigésimo primeiro e último.
– , a chegou. Desce agora! – Gritou .
– Ok! – Ela saiu da cadeira e desceu as escadas correndo.
As meninas se jogaram no sofá e ligaram o DVD. Uma imagem se abriu.
A Lagarto Saltitante produções apresenta: As nossas férias!
Elas ficaram ali, assistindo tudo, sentindo seus corações felizes. Todo aquele tempo tinha sido perfeito. Nunca iriam imaginar que, a doze mil pés, quatro rapazes também assistiam aquele mesmo DVD com a mesma sensação.
E um andar acima, a mensagem, que mostrava que aquela brincadeira do destino com eles ainda não acabara, piscava na tela de um computador.
“Achei um jeito da gente ainda se ver, por mensagem. É o jeito nesse momento, mas ainda vou te convencer a vir para cá. Seria tão bom ter vocês morando aqui, a gente poderia, sei lá... Namorar. É só uma idéia. Sei que os caras apoiariam essa idéia. Vocês mexeram com o nosso mundo mesmo! Andei pensando... Acho que esse poderia ser mais que um caso de verão, a gente poderia estender para o inverno, primavera, outono...
O que acha? Me responda depois. Acho que essas doze horas vão ser as piores das nossas vidas, estou louco para chegar em casa e ver a sua resposta.
Muitos beijos de todos os McFly e, especialmente, meu.