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‘Droga, eu preciso ir ao banheiro! Mas... onde? Vai Dona , vai beber água o dia todo!’ pensava enquanto batia com a mão no volante ‘Mas também, com o calor que estava, eu ia morrer desidratada!’ Concluiu ‘Ah! O shopping!’ Disse quando avistou o shopping, entrou no estacionamento. Ela estava voltando da faculdade, a tarde tinha sido estressante.
‘Dude, ela não pode me ver, cara!’ dizia para , se escondendo entre as folhas atrás de um grande vaso que tinha em um dos corredores do shopping.
‘Pára com isso, essa história já desencanou... ou não?’ perguntou.
‘É, mas eu não quero falar com ela!’ disse um tanto quanto apavorado.
‘E por que não?’
‘Porque, eu não terminei com ela, exatamente... ’ disse um pouco enrolado com as palavras.
‘Como não, ?’ Foi a vez de perguntar.
‘Eu disse que eu ia fazer uma pequena turnê com a banda e que era melhor darmos um tempo, se ela me vê aqui vai vir atrás de mim. ’
‘Você é idiota!’ retrucou ‘Disse que tinha terminado com ela!’
‘E por que fez isso?’ perguntou novamente ‘Ela não tentou te ligar?’
‘Porque eu não tinha coragem de terminar, assim, na cara dura... ’ saiu de trás das folhas ‘E eu não entendi porque ela não tentou me ligar, é uma louca!’
‘Ela te viu! HAHA pobre ... ’ bateu no ombro do amigo.
‘Oh, aqui! Banheiro!’ entrou no banheiro do shopping apressada, sentia que sua bexiga ia explodir.
‘?’ Susan estava com as amigas e avistou o garoto de longe, foi correndo em sua direção.
‘Ah não... droga!’ correu pelo corredor do shopping, a primeira porta que viu ele entrou, leu algo como banheiro feminino.
lavava as mãos na pia, quando viu a porta do banheiro bater fortemente. Olhou e deu de cara com um homem. Oh céus! Aquilo era um banheiro feminino!
‘Hey, garoto! O que está fazendo aqui?!’ Ela disse secando as mãos numa toalha de papel ‘Eu vou chamar os seguranças!’
‘NÃO!’ Ele gritou e chegou mais perto dela ‘Ouça, eu preciso de ajuda... eu estou sendo pers...’
‘E você acha que eu vou ajudar um tarado que entrou no banheiro feminino?!’ Ela arregalou os olhos colocando a mão na cintura.
‘Ei, eu não sou tarado!’ Ele disse pra ela, viu uma mulher passando com a filha com um olhar espantado para ‘Eu não sou tarado!’ Disse para a mulher que saiu do banheiro, ainda espantada.
‘Se não é, se explique, anda!’ Ela disse cruzando os braços.
‘Eu estava explicando, mas você não me deixou terminar!’ Ele rolou os olhos.
‘Vamos, meu filho! Acha que eu tenho o dia todo?’
‘Então, eu estou sendo perseguido pela minha ex-namorada!’ Ele disse apavorado.
‘Certamente porque você aprontou alguma com ela!’ disse pegando sua bolsa em cima da pia e caminhando até a porta, para sair.
‘Eu não aprontei não!’ Ele se virou para ela ‘Ei, você não vai me ajudar?’
‘Eu não vou ajudar um tarado que apronta com a namorada!’ Ela rolou os olhos e abriu a porta. Ele correu até ela e fechou a porta fervorosamente ‘Mas que droga garota! Eu não sou tarado! E eu não aprontei nenhuma com ninguém!’ ele ficou com a mão na porta, seu braço estava esticado e ele estava próxima da menina.
‘Fale logo, o que quer de mim?’ Ela se virou para ele e encarou seus olhos, não podia deixar de notar com eram bonitos.
‘Quero que me ajude a sair daqui sem a Susan me ver!’ Ele respondeu.
‘Quem é Susan?’ Ela perguntou sem entender.
‘Puxa vida! Você é mais lerda que... ’ Ele ia dizendo, mas viu a cara da menina de poucos amigos ‘Susan é minha ex-namorada... afinal, qual o seu nome?’
‘!’ Ela respondeu sorrindo ‘E qual o seu nome, tarado?’
‘’ Ele respondeu ‘Não me chame de tarado... ’
‘Ok, mil perdões!’ Ela riu ‘Me mostre quem é a tal Susan. ’
Ele a empurrou educadamente para o lado e abriu um pouco a porta, Susan estava sentada em um banco do shopping, que ficava à frente do banheiro.
‘Está vendo aquela louca, chorando e olhando para os lados desesperadamente? Sim, ela é a Susan, deve estar me procurando... HAHA tonta!’ Ele ficou rindo e foi pra trás da porta ‘Ela não me viu entrar aqui. Ela nunca vai imaginar que eu entrei num banheiro feminino!’
‘É melhor parar de rir, . Eu acho que ela vai terminar de chorar aqui no banheiro... ’
‘Hãn? Mas hein?’ Ele arregalou os olhos ‘Ah, meu Deus!’
‘Vem aqui, rápido!’ Ela o puxou pela camiseta e o enfiou dentro do armário que havia em baixo da pia, fechou a portinha do gabinete, pegou sua bolsa, tirando um lápis preto de olho para retocar a maquiagem, para disfarçar quando Susan entrasse.
‘Eu não entendo, por que ele fugiu?’ Susan entrou chorando, perguntando para a outra menina que estava com ela.
‘Sei lá, eu sempre disse que ele era um imbecil!’ A outra respondeu.
‘O QUÊ?’ soltou alto. Fazendo chutar o gabinete.
As duas meninas olharam para ela.
‘Bati o pé aqui... sem querer... ’ Ela deu um sorriso para as duas e continuou retocando a maquiagem.
‘Ele ia fazer uma turnê com a banda... agora que eu o vi ele correu... mas que droga, o que eu fiz?’ Susan perguntava pegando milhares de folhas de papel toalha, para enxugar as lágrimas.
estava começando a ficar com pena da outra menina. Mas, turnê? Como assim? Mas do mesmo jeito, ele tinha dito que ia numa turnê, voltou e não falou com ela? Que cachorro!
As meninas saíram do banheiro e deu espaço da frente do gabinete para sair.
‘Sabe... ali em baixo é molhado e apertado!’ Ele disse arrumando sua roupa.
‘O que aconteceu, entre vocês, ?’ perguntou encostando-se na pia.
‘Eu e Susan? Ah, ela é chata e possessiva... ’ Ele riu.
‘Você foi embora e não falou com ela?’ Ela estreitou os olhos.
‘Eu... eu não tive coragem de terminar e...’ Ele tentou se explicar.
‘Além de tarado é cachorro!’ Ela pegou a bolsa e saiu do banheiro.
‘Eu não sou tarado! Mas que inferno!’ Ele disse olhando para o espelho, foi atrás dela.
‘!’ gritou da porta banheiro, quando saiu.
‘!’ Susan correu na direção do menino o abraçando.
estava olhando para ele e deu de ombros. Estava andando de costas e trombou com um garoto ‘Opa!’ sorriu para ela.
‘Desculpe. ’ Ela deu um meio sorriso e continuou andando, dessa vez, de frente.
‘!’ gritou de novo.
‘Quem é , ?’ Susan perguntou.
‘Depois a gente conversa... ’ Ele se livrou dos braços dela, correu atrás de para fora do shopping, ela já estava dando partida no carro.
foi pra frente do carro e colocou as mãos no capô ‘Espera!’
‘Sai da frente, tarado!’ Ela colocou a cabeça pra fora, gritando a buzinando.
‘Não saio. ’ Ele disse para ela ‘Só saio da frente do carro quando você me ouvir!’
‘Eu não vou te ouvir... então...’ Ela acelerou. jogou o corpo pra cima do capô para não ser atropelado ‘TÁ MALUCA?’ Ele perguntou com os olhos arregalados. Ela arqueou uma sobrancelha e acelerou mais o carro. Ele se agarrou mais ao capô do carro ‘Por favor, não me mata, !’ Ela dava várias gargalhadas com a cara de espanto de . Só se assustou quando ouviu um barulho de batida e de um alarme disparando, sentiu um tranco também. Desceu rapidamente indo pra frente do carro.
‘Eu morri?’ ainda estava agarrado ao capô de bruços e com as pernas para cima, ele estava com os olhos fechados.
‘Droga!’ Ela gritou dando um soco no capô ao lado de . Encostou no carro. Sim, ela havia batido em um outro carro que estava estacionado mais à frente.
‘Viu só? Deus castiga mocinha!’ apontou para ela rindo. Ela olhou pra ele com cara de desdém.
‘Ok, me desculpe... ’ Ele se encostou ao lado dela ‘O carro tem seguro?’
‘Não, vou esperar aparecer o homem-aranha e assim ele vai me tirar daqui. ’
‘Mas e o carro? Vai ficar?’ arregalou os olhos.
‘Céus!’ rolou os olhos ‘Eu preciso de um celular pra ligar pro seguro!’
‘Ah sim!’ Ele tirou o celular do bolso ‘Aqui está!’
‘O que aconteceu?’ Um homem veio na direção do carro vermelho que tinha sido atingido.
‘Ah moço, me perdoe!’ disse indo até ele ‘Eu perdi a direção e... ’
‘Percebe-se que você perdeu a direção, não é?’ Ele apontou para o carro ‘Oh, céus!’
rolou os olhos ‘Eu já chamei o seguro... eu posso pagar os danos causados ao seu carro!’
‘Assim espero!’ Ele disse com as mãos na cabeça ‘Meu carro, meu carro! Meu carro novinho!’
O seguro já havia chegado. Os danos ocorridos não eram tão grandes assim, deu seu telefone para o dono do outro carro que iria entrar em contato para acertar as contas como dizia ele. Já o carro de como dizia , o seguro paga!
‘Então moça, viu o que dá tentar matar um cidadão?’ chegou ao lado de .
‘Grandes conseqüências... ’ Ela riu.
‘Eu posso te processar... sabia?’
‘Sério?’ Ela arregalou os olhos ‘Que horror!’ Foi indo em direção ao seu carro.
‘Ei, moça!’ Ele correu atrás dela ‘Não quer saber como você pode ganhar a causa?’
Ela abriu a porta do carro e olhou para ele rindo ‘Como eu posso ganhar a causa?’
‘Posso te mostrar?’ Ele chegou mais perto dela ‘Eu sou o tipo de pessoa que não sei explicar com palavras... ’
‘Uau... ’ Ela riu debochada ‘Você não sabe o medo que eu fiquei agora, ... ’
‘Pois é bom ter medo mesmo!’ Ele riu ‘Posso mostrar para você como ganhar a causa?’
‘Pode.’ Ela disse quando viu ele aproximar o seu rosto ao dela. a beijou.
‘Olha! pegador!’ riu apontando. deu-lhe um pedala.
‘Mas... mas... é o !’ Susan apareceu no estacionamento e vendo a cena, desatou a chorar novamente.
‘Eu disse que ele era um cachorro!’ A mesma menina que estava com ela aquela outra hora disse. Voltaram para dentro do shopping com uma Susan chorando.
e olharam sem entender.
‘Mas você ainda é um tarado... ’ disse cortando o beijo.
‘Eu já nem posso mais contar quantas vezes você me chamou de tarado!’ Ele rolou os olhos.
‘E cachorro também!’
‘Rá! Cachorro é a segunda vez!’ riu alto.
‘Quieto !’ Ela o calou com um beijo.
‘Opa!’ Ele parou.
‘O que foi?’
‘Preciso ir ao banheiro!’ Ele fez uma cara engraçada e saiu correndo.
‘! Entre no banheiro masculino!’ gritou para o menino e pode ouvi-lo rindo enquanto corria.
Ela encostou-se em seu carro e fez cara torta para a batida que estava na frente do pobre. Era isso, ela nunca imaginou que uma bexiga impaciente fosse tumultuar tanto mais um dia de estudo. Aconteceram coisas ruins, mas e as boas não contavam? Saiu do transe quando viu se aproximando, não pode deixar de notar que o zíper da calça do menino estava aberto. Apontou para o zíper, olhou.
‘Ops.’
‘Depois diz que não é tarado!’ riu. fechou o zíper e a encostou no carro, beijando-a como se quisesse fazer aquilo há anos.
FIM!
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