Por: Sury Poynter | Revisão: Thai Barcella




- Desistam, Guys… Vocês não vão conseguir me pegar desta vez... – Dizia null, correndo na frente dos quatro garotos que insistiam em correr atrás dela.
- Vamos, sim, dude... – Disse null, correndo um pouco mais que os outros.
- Ai! Meu pé... Acho que torci! – Resmungou null, sério, e se abaixou para pegar em seu pé torcido.
- Você está bem, null? – Perguntou a menina, correndo para perto do amigo acidentado.
- Urgh! – Disse ele, fazendo cara de dor. – TE PEGUEI! – Continuou ele, segurando o braço da garota, enquanto os outros se aproximavam, fazendo cócegas nela.
- Ótimo plano, null! – Agradeceu null, ainda com suas mãos na barriga da menina.
- Okay... Já chega! Por que vocês estão fazendo isso? – Dizia ela entre risadas, com sua melhor cara de ingenuidade.
- Ora! Porque você comeu todo o brigadeiro, sozinha! – Disse null com cara de bravo.
- É... E, ainda por cima, bebeu toda a cerveja! – Completou null.
- Ah, isso foi porque vocês me obrigaram a assistir a aquele filme de novo! – Disse ela, se fazendo de vítima.
- Come on, De Volta Para O Futuro não é tão ruim assim! – Disse null, levantando a garota do chão.
- Okay, agora vamos... – Ia dizendo null, quando foi interrompida pelos quatro marmanjos que gritavam sem parar “McDonald”s, McDonald”s!” – Está bem... A titia aqui leva vocês! – Continuou ela, caminhando em direção ao McDonald”s.

Assim que eles chegaram, já quebraram tudo por lá. Guerrinha de batata frita, sal na coca-cola, concurso de arrotos... Enfim, eles se divertiram da maneira que mais gostavam...
Como aqueles garotos amavam null... Pareciam irmãos... Eram muito amigos, desde quando a viram pela primeira vez...

FLASHBACK
- LOSER! Você achou mesmo que o Austin queria ficar com você, “menininho”?! – Disse null, a garota mais pop da escola, se referindo às roupas de null: calças de menino, com um pouco da calcinha aparecendo, uma blusa meio larga de manga curta, por cima de uma blusa de frio, cinto, correntes, munhequeiras e um boné, com o qual ela prendia boa parte do cabelo.
- Você é uma vaca, null! Mas vai para a merda você, sua popularidade, e seu namoradinho hot! – Disse null, saindo do lugar, levantando do tombo que levou quando null a empurrou. Saiu de lá chorando e só parou de correr quando achou um corredor deserto naquela vasta e cheia escola. Sentou no chão, flexionou as pernas, pôs o rosto sobre os joelhos e abraçou as pernas para tampar o seu rosto, que já ardia por causa das lágrimas que caíam a cada segundo em que lembrava do que havia acontecido. Ficou um bom tempo naquele corredor, sozinha, até que de repente sentiu uma mão leve a tocar nos ombros.

- Vai me xingar de quê?! – Perguntou ao garoto que havia a tocado.
- Hey! Calma, não estou aqui para te xingar, não, okay?! – Disse o garoto.
- Não?! – Perguntou, surpresa, a menina, já que todos naquele colégio a odiavam.
- Não! – Afirmou ele. – Estava passando por aqui, te vi aí sozinha... E resolvi... Sei lá... Dar uma força... – Disse, sem jeito, o menino. – Bom, meu nome é null! – Continuou ele, estendendo a mão para null.
- null! – Disse ela com um sorriso e apertando a mão dele.
- Tem amigos aqui? – Perguntou ele, já sabendo a resposta.
- O que você acha? Acha que as pessoas daqui gostariam de andar com uma garota que se veste como um garoto, faz coisas de garoto, e fala gírias de garoto? – Perguntou ela, incrédula, para ele.
- Vem, tenho que te apresentar aos outros! – Disse o menino, a puxando pelo braço.
- Ham?! Outros??! Quer dizer que tem outros E.T.s como você? – Disse ela rindo e o fazendo rir também.

E assim null a apresentou para null, null e null. A partir desse dia, não se separaram mais...
FLASHBACK

- Ah… Já é tarde, acho melhor a gente ir embora… Já é o quinto McLanche Feliz que o null come... – Diz null com cara de sono.
- Hey! Eu faço coleção desses bonequinhos que vem nesses sanduíches! – Disse null, pegando os seus cinco bonequinhos novos, e todos riram da cara do amigo.
- Okay, mas amanhã tem aula... – Disse null.

No dia seguinte, foram para a escola. Era o primeiro dia de aula, e eles foram em direção aos seus armários. Eram todos lado a lado; primeiro o de null, depois o de null, null , null, e, por último, o de null, que era ao lado do armário de Austin, seu antigo amor (lembram?!). null ainda não tinha o esquecido, apesar de ter levado um fora dele. Tudo bem que foi na sétima série, e, de lá para cá, muita coisa havia mudado. Ela agora já era praticamente uma mulher, estava no seu último ano, como os amigos e Austin; apesar das roupas, null tinha um belo corpo. Era bem difícil notar, mas quem soubesse olhar para ela, a veria como uma garota tão hot quanto null, que é, na opinião de muitos, a mais hot de toda a escola.
- Hello! Tem alguém aí?! – Perguntava null para null, que estava totalmente perdida em pensamentos ao ver Austin pegar seus materiais em seu armário.
- Quê?! – Respondeu a menina assim que Austin saiu de lá (só assim para ela sair do transe).
- Anda, nós temos aula na mesma sala agora! – Disse o menino, a puxando para sala.
- Aula?! – Pergunta, desentendida, a garota.
- É... Aula de química ainda... O que deu em você, null? – Perguntou o menino, agora entrando no laboratório e puxando a garota.

- Bom, classe, como vocês já devem saber, meu nome é Peggy D”Lacour, sou professora de química de vocês... E, como todo primeiro dia de aula, como vocês também já devem saber, tem o sorteio de parceiros... Eu irei passar na mesa dos meninos, que irão pegar um papel, e dizer, em voz alta, o nome da parceira. – Disse a professora, com uma espécie de vasilhame com papéis dentro, passando por todos os meninos, que fizeram o que ela pediu.
- null null. – Disse uma voz conhecida de null, era a voz de Austin.
- A-Austin?! – Gaguejou ela, assim que ouviu seu nome sair pela boca dele.
- É, acho que, sim... – Afirmou ele, indo, obrigatoriamente, se sentar ao lado dela.
- null null. – Disse null, olhando para ver se encontrava a dona do nome, ela era, provavelmente, nova no colégio.
- Aqui! – Disse a menina, levantando a mão, e null foi logo para perto dela. – null, encantado... – Disse ele assim que chegou perto o suficiente da menina para pegar a mão dela e beijar...
- Prazer... – Disse ela, simpática, tirando a mão da dele.

E assim seguiu o horário... null, null e null, estavam em outro departamento, tendo aula de Matemática com a Senhora Hastings.
- Um saco isso aqui, hãm?! – Cochichou null para null e null.
- É mesmo... Como será que a null e o null estão se saindo? – Perguntou, curioso, null.

- Um saco essa aula, hein?! Não estou entendendo nada... – Comentou Austin.
- Mas a professora ainda não disse nada! – Disse null ao rapaz.
- Por isso mesmo... Se ela não diz nada, como eu posso entender?! – Disse o menino, rindo e se achando por ter feito uma “piada”.
- Hahaha... – Ela riu da piada mais estúpida que alguém poderia contar... Mas quem estava ali era Austin, e ela queria, de algum modo, agradar ele.

O sinal do intervalo logo tocou, e os alunos saíram das salas varados de fome, e foram todos ao refeitório.
null, null e null foram pegar seus lanches juntos, e depois para uma mesa. Não demorou muito, e também chegaram null, null, e null.
- Er, null, estes são null, null, e null, os três que faltavam! – Disse null animada à nova amiga, null havia a apresentado no final da aula de química, e elas tinham se dado muito bem.
- Oi! – Sorriu, simpática, a menina.
- Já vi que você é tímida, né, null?! – Disse null, puxando papo.
- Um pouco... – Disse ela.
- Um pouco, tipo muito, né?! – Comentou null, que fez todos na mesa rirem, e null se soltar um pouco mais.

Eles lancharam e voltaram às aulas, null e null teriam aula na mesma classe, então, seguiram juntas, conversando animadamente, e entrando na sala.

Era aula de Inglês com o professor Shüller. Elas sentaram-se mais no fundo, provavelmente para fazer mais bagunça, e, porque, segundo null, “é no fundo que as pessoas legais sentam!”. Fizeram mais duas amigas, null e null.
Logo o sinal bateu, e as quatro meninas saíram da sala, se encontraram com os outros quatro, e null as apresentou para os amigos.

- Babes... Hoje não vai dar para eu ir ao ensaio, porque eu vou sair com as meninas, okay?! – Disse null.
- Okay... Assim que você chegar, dá uma passada na casa do null... Nós vamos dormir lá hoje... – Disse null.
- Okay, babe... – Disse null .

- O quê? – Disse null surpresa, quando já estavam longe dos rapazes. – Você dorme com eles? – Continuou a menina.
- Ué... O que tem?! – Disse null, como se fosse algo natural.
- Amiga, você dorme com quatro homens e diz “o que tem?!” – Foi a vez de null se pronunciar.
- Espera aí! Gente! Eles são meus amigos... Não tem nada demais nisso... É como se eu dormisse com vocês, sacaram?! – Se defendeu a menina.
- null, não me leve a mal, mas não é a mesma coisa... Eu não tenho a boca do null, muito menos a bunda do null! – Disse null.
- Okay... Vou explicar da maneira fácil pra vocês meninas... Eles me enxergam como um menino... Um deles... Nunca irão me enxergar de outro jeito... – Disse null tristonha.
- Oh, null, não fica assim, okay? – Disse null, consolando a amiga. – Olha, tem uma coisa que nós vamos fazer e que vai te deixar muito feliz agora...
- O quê? – Perguntou, com medo, a menina, afinal, parecia uma marciana no meio daquelas garotas.
- COMPRAS! – Responderam as três juntas, e a puxando para dentro de uma das lojas do Shopping.

null, null e null estavam animadas com as compras mais que a própria null; Elas tinham um plano: iriam comprar inúmeras roupas para null, iriam ser as “fadas madrinhas” dela; iriam transformá-la para que fosse realmente notada em toda escola... E aí a ajudariam a encontrar o “príncipe encantado”...
Compraram vestidos, sapatos, blusas, calças e até saias... Deram um verdadeiro banho de loja em null.

- Gente, muito obrigada, mas eu não preciso desse tanto de roupa... Acho que nem tem espaço lá em casa para isso tudo! – Disse null, carregando suas 7489237923790 sacolas de roupas novas.
- Claro que precisa... null, minha amiga, vai por mim... Se você quer fazer sucesso, vai ter que colocar umas roupas um pouco mais decotadas, apertadas... Enfim... Mostrar suas curvas! – Disse null, quem também carregava 67378266248590 sacolas.
- Você acha minhas roupas feias? – Perguntou, indignada, a menina.
- Não... O que a null quis dizer, é que suas roupas escondem sua beleza... – Consertou null.
- Então, devem ter escondido muito bem... – Disse null, fazendo as amigas rirem...

- Queridas, CHEGUEI! – Disse null abrindo a porta da casa de null.
- Que isso na sua mão? – Perguntou null.
- Hãm... – Disse ela, fazendo cara de pensativa. – Sacolas?! – Terminou ela, dizendo como se fosse óbvio.
- Isso eu sei... Perguntei no sentido de “o que tem dentro?!” – Se explicou null.
- Ah... Umas roupas... Nada de mais... – Respondeu a garota, dando de ombros e se jogando no sofá.
- Quem eram aquelas? – Perguntou, interessado, null.
- Elas, são... Elas! – Explicou null, fazendo gestos exagerados com a mão. – Okay... Chega de graça... Em qual delas você está interessado?
- null… - Disse ele fazendo gestos tipo curvas no ar, e mordendo os lábios.
- Ela não é pro teu bico, null, sinto muito... – Respondeu a menina, rindo da cara do amigo. – Bom, talvez... – Terminou ela ao ver que null não tinha gostado da brincadeira. – E você, null?!
- Como?! – O garoto estava perdido em pensamentos.
- Não se faz de sonso... E diz logo qual delas você quer! – Disse null, o incentivando a contar.
- Ah, null… Sei lá… Acho que a null... – Respondeu o garoto com um pouco de medo.
- Vá em frente... Ela é uma patty... Mas... É legal. Vocês vão se dar bem... – Disse ela, dando tapinhas em null. - Er... null, nem precisa… Já sabemos que é a null... null? - Continuou ela.
- Ãm?! – Disse ele, despertando de seu transe, ele estava perdido nos lábios, nos gestos da amiga, enquanto falava com os outros.
- Menina, garota, girl, lady, txutxuca?! Se interessou por alguma das minhas amigas novas?! – Perguntou ela, interessada na resposta.
- Nop... Já tenho uma musa... – Disse ele, sem perceber que acabara de dizer besteira.
- Hum... E quem é a sortuda?! – Perguntou ela.
- Er... Você não a conhece... Ela não estuda no nosso colégio... O nome dela é... É... Joanna! – Disse o primeiro nome que veio na cabeça.
- Quero conhecê-la... Ver se ela tem o SELO DO INMETRO, para ver se ela é segura para você brincar... – Disse null, rindo.
- É... Agora diz mais sobre essa tal de Joanna... – Disse null, querendo complicar o amigo... Sabia que Joanna era uma invenção de null... Ainda não sabia o porquê dele ter mentido, mas sabia que era mentira.
- Ah... – Disse null, coçando o cabelo. – Ela é... É incrível. Ela consegue ser linda, sem ser fresca... Ser meiga, até quando me bate... Ser legal até quando me xinga... – Disse ele com o brilho nos seus olhos azuis que pareciam iluminar todo lugar.
- Nossa... Se você achar outra dessas, você me apresenta?! – Disse null, ainda desacreditando que uma mulher dessas existisse.
- E você, null?! Como vai o coraçãozinho?! – Perguntou null, preocupado com a amiga.
- Austin Amms... – Disse ela com um sorriso bobo no rosto.
- Quê? – Se pronuncia null .
- Você não pode gostar desse... Desse... SEM CÉREBRO! – Disse null, nervoso.
- Claro que posso! Ele nem é sem cérebro, null! Ele é até legal... Hoje, na aula, ele foi demais comigo... Me tratou super bem.... – Disse ela, irritada com null. - Deve ser muito melhor que essa tal de Joanna... Aliás... Ela deve ser uma daquelas siliconadas fúteis, que passam o dia no shopping fazendo compras, e tomam laxante para emagrecer! – Disse a garota, subindo para o quarto. – Vou dormir no seu quarto, null! – Gritou para null.

Os quatro dormiram nos sofás da sala, e null no quarto de null... SIM! Ela estava com raiva de null... Eram umas duas horas da manhã quando null se levantou do sofá, com insônia... E foi até o quarto de null. Queria vê-la dormir...

“Você é minha Joanna, null“, pensou ele ao ver a garota na cama. Ele ficou no quarto a observando, ela estava apenas com as boxers de null, uma blusa mais apertada e meias. “Poxa vida... Até assim você fica linda!”, pensou ele com um sorriso bobo no rosto.

- null?! – Pergunta ela, sonolenta, tinha acordado com um barulho qualquer que fizera no quarto.
- É... Olha, me desculpa... – Ia dizendo ele, nervoso.
- Cala a boca! Dorme... E amanhã a gente se fala... – Disse ela em um tom de brincadeira.
- Okay... Vou fazer isso... – Disse null, dando um “beijinho de boa noite” no rosto dela.

Depois de escutar o que ele queria, ele conseguiu dormir...
No dia seguinte...

null levantou mais cedo, preparou o café-da-manhã, arrumou algumas coisas em uma bandeja e levou para o quarto onde null dormia.

- Bom dia! – Disse ele, entrando no quarto.
- Ah... Não acredito nisso, null! – Disse a menina se levantando.
- É... Trouxe café na cama para você... Agora, diz que me desculpa! - null estava preocupado com a discussãozinha da noite anterior.
- null, pára de graça! Você sabe muito bem que eu não consigo ficar sem você! – Disse ela alegre, pegando alguns biscoitos que estavam na bandeja.
- Sério?! – Disse ele, esperançoso.
- Claro que é! Somos uma família, esqueceu?! – Disse null, acabando com qualquer tipo de esperança que ele pudesse ter. “Claro que é isso... Eu não passo de um amigo...”, pensou null ao ouvir as palavras da menina.
- Eu vou acordar os outros, null, ainda são 6:05, e 7:30 temos aula... – Disse null, descendo as escadas e acordando os amigos...

- Hello, meninas! – Disse null para as amigas que acabara de encontrar no corredor do colégio.
- null, descobrimos uma coisa que vai te deixar muito feliz! – Disse null.
- O quê?! A nova coleção D&G?! – Disse null em um tom de brincadeira para as amigas.
- Não! Não é sobre isso, exatamente... – Ia dizendo null.
- Austin Amms... Solteiro! – Disse null, pulando.
- Sério?! – Perguntou, aos berros, null.
- Aham, e, não olha agora... Mas ele está chegando... – Disse null num sussurro para que somente o grupinho delas ouvisse.
- O quê?! O Austin o quê?! Fala alto, null! – null disse alto.
- Atrás de você. criatura! – Disse null, forçando um sorriso;
- Ah, okay... – Disse null, calmamente. – O QUÊ??! – Ela voltou a gritar, olhando para trás. Austin estava com seus dois amigos: Luke e Chad. null poderia ver tudo bem devagar: Austin rindo e falando ao mesmo tempo, jogando a bendita bola de futebol americano para o alto, batendo no peito para arrotar mais alto… “Urgh”, pensou null ao ver a última cena.

- null! null! – Diziam as outras três, balançando null.
- Ele é tão HOT! – Gritou null, enlouquecida.
- Okay, eu sei que ele é hot, mas, presta atenção! – Disse null.
- Vai ter uma festinha aqui no colégio, em uma semana, para abrir o campeonato de futebol americano... – Disse, animada, null.
- Nós vamos, você vai, Austin Amms vai... – Ia dizendo null.
- Será que vai dar certo?! – Pergunta null, um pouco aflita.
- Claro, null... Nada vai dar errado! – Disse null, confiante.

NO CAMINHO DA FESTA...
- Você disse que não daria nada errado! – Disse null, um pouco irritada.
- Meu bem, essa chuva definitivamente não estava nos meus planos! – Respondeu null molhada e enlameada como as outras três meninas.
- Carona?! – Perguntou null às quatro.
- Claro! – Responderam elas em coro, e foram entrando no carro...

null, null e null também estavam no carro, então tiveram que, além de se apertarem no carro, sentarem uma no colo das outras e eles também tiveram que sentar no colo uns dos outros.

- Está apertado aí?! – Pergunta null, rindo da confusão dos amigos.
- Você nem sabe o quanto, xú! – Disse null, que estava no colo de null.
- Meninos?! – Pergunta null, rindo mais ainda da situação.
- Há há há!! Como que você acha?! – Disse null, com null no colo.
- Para mim está ótimo! – Disse null, fazendo voz de bicha, fazendo todos presentes no veículo rirem, exceto null, claro.
- Vocês ainda vão para a festa? – Pergunta null.
- O que você acha?! Que nós vamos a uma festa à fantasia?! Na qual nós estamos de mendigas? – Respondeu null, diretamente do colo de null.
- Olha, já que não vai rolar festa mesmo, o que vocês acham de, sei lá... Assistir um filme... Ou algo assim?! – Convida null.
- Okay... – O resto do povo disse, e null os leva até sua casa.

Em poucos minutos, todas as meninas vestiam roupas de null e tomavam cerveja do null, comendo a pizza que o null comprou.

- Vocês não são Ave-Maria, mas são cheias de graça, hein?! – Disse null.
- Valeu, nullzito… Sabemos que somos uma gracinha! – disse null.
- Er... Já que ninguém está prestando atenção no filme, que tal uma brincadeira?! – Pergunta null, já quase caindo em cima de null.
- Que tipo de brincadeira, Senhor ? – Pergunta null.
- Verdade ou desafio! – Responderam os quatro meninos presentes.
- Okay... Vamos nessa! – Responderam as quatro meninas.

Eles fizeram uma espécie de roda no tapete da sala, pegaram uma das garrafas de cerveja e rodaram. Na primeira rodada:

- null pergunta para null! – Disse null, que era o “rodador da garrafa”.
- Verdade ou desafio? – Perguntou null.
- Verdade! – Respondeu o menino, com medo do que ele poderia perguntar para ele.
- Essa tal de Joanna é de verdade? – Bombardeou null.
- É... Ela existe sim, mas não é esse o nome dela. – Disse null, com a voz trêmula.

Mais uma rodada, e null pergunta para null.

- Desafio! – Adiantou o menino. - Okay, vamos começar com uma coisa leve... Beije a null... – Disse ela, levantando uma das sobrancelhas para ele.
- Claro! – Disse ele se levantando e indo em direção à null... A beijou com certo desejo, e depois os dois voltaram aos seus lugares.

Outra rodada: null pergunta para null.

- Desafio... – Disse null, com um pouco de medo do que a amiga pudesse pedir.
- Okay... Aperta a bunda do null! – Ordenou null.
- Nem pensar! Eu não vou apertar a bunda do null! – Disse null, indignada.
- Pegou pesado, null! – Disse null que observava a cena.
- Okay, então, beija ele... – Disse null.

null pensou e pensou antes de se levantar… Mas o fez. Eles foram se aproximando lentamente, null só pensava em como agradecer null depois... null pensava em fugir dali… “Como assim? Ele é meu melhor amigo...”, ia pensando ela até que finalmente encostou seus lábios nos dele. Ele segurava o rosto dela, enquanto ia dando intensidade ao beijo. null podia sentir as bochechas queimando de vergonha, e null sentia manadas de elefantes alados cor-de-rosa no seu estômago...

- Já chega, né?! – Disse null os separando, pondo o dedo entre a boca dos dois.
- Eca! Nem sei por onde esse dedo seu andou, null! – Reclamou null. Não sabia o porquê, mas algo em seu subconsciente dizia que ela tinha se irritado porque null interrompeu, não por causa da “sujeira” do dedo dele.

Mais uma rodada (animados, não?!). null pergunta para null...

- Desafio! – Gritou ela. Já estava um pouco alterada pela bebida.
- Me beija! – Disse null animado e todos riram.
- Que desafio mais mixuruca! – Ia dizendo null. - Beijar quem faz a pergunta, null?!
- É! Há alguma regra que impeça isso? – Respondeu null.
- Meninos, meninos... Acalmem-se... null! Eu vou te beijar, sim… - Disse null se levantando e indo cumprir a profecia.
- Ah... Acho que já acabou o ritmo da brincadeira, né?! – Disse null, sabendo que null ainda tinha esperanças de poder ficar com a null.
- Não! Falta eu! – Gritou null, desesperado.
- Calma! – Disse null, acalmando o amigo. – Pronto! null, pergunta para null. - Continuou null, pegando a garrafa e colocando com o bico apontado para null, e o fundo para null.
- E anda rápido, é a última rodada! – Disse null, entrando na brincadeira de null.
- Okay... Vou ser direto, então... null… - Ia dizendo o menino com as pernas bambeando.
- Quero, null… - Disse ela antes que ele dissesse o que ele queria. Ela saiu correndo e o beijou.

Depois que todos já haviam se beijado, depois que null dançou na boquinha da garrafa de boxers, null gritou na rua “EU SOU RETARDADO!”, e null foi obrigada a dizer “ODEIO AUSTIN AMMS”, a brincadeira acabou e eles dormiram embolados no tapete da sala.

- Acordada a essa hora?! – Pergunta null à null que estava na varanda, sozinha, acordada.
- É... Acho que peguei um pouco da sua insônia... – Respondeu ela, tentando amenizar o clima entre eles. Depois do beijo, parece que certa nuvenzinha de preocupação assombrou a mente deles.
- É... - null estava totalmente sem ter o que falar… Não sabia como ela reagiria se ele tocasse no assunto - null, sobre o que aconteceu hoje, er... – Ele estava decidido a contar tudo que sentia por ela.
- Pode ficar tranqüilo, null, vou fingir que nada aconteceu; acho que é melhor assim. Afinal, a gente é amigo... Aí você pode seguir com a Joanna, e eu com Austin. Já disse que ele me cumprimentou hoje no recreio?! Nossa, como ele é... – Disse null, praticamente estraçalhando o coração de null... Ela ficou falando mais umas 8947247974263426427634 qualidades que só ela, e metade do colégio, via em Austin. Enquanto null tinha que fingir que estava tudo bem, e dar uns risinhos quando ela repetia alguma piada idiota que Austin a contava nas aulas de química.

Aquela tarde de domingo parecia não passar para null; tinha que escutar a garota dos seus sonhos falar de outro... null e null haviam repetido a dose umas mil vezes. null e null apenas davam uns “beijinhos” pornográficos no sofá da sala, enquanto null fugia da fúria dos beijos de null... E null lá, sozinho, vendo todas aquelas cenas, com uma trilha sonora bem agradável: null cantando uma de suas músicas que fez para ; não que ela cante, ou componha mal... Mas é que era exatamente o que null queria dizer para ela:

"Wake up!
(acorda!)
I have been waiting for you
(eu estou esperando por você)
To open your eyes
(para abrir seus olhos)
So that I can tell you
(então eu posso te dizer)
That I think I”m ready
(que eu acho que estou pronta)
I”m ready to freefall into
(eu estou pronta para mergulhar dentro)
Into the unknown if you wanna be with me..."
(dentro do desconhecido, se você estiver comigo)


Cantarolava null… A tarde foi passando, e null e as outras meninas, foram assistir “A Nova Cinderela”, e os meninos foram jogar vídeo-game no quarto de null, exceto null, que ainda continuava na varanda, sozinho…

- Pensando na Joanna? – Perguntou null, que tinha ido fazem companhia ao amigo.
- É... Pensando na Joanna... – Disse null, longe.
- Até quando vai esconder isso?! – Perguntou null, assustando null
. - Isso o quê?!
- Que você gosta da null! – Disse null um pouco alto.
- Ah... Isso... – Disse o menino vermelho.
- Cara, você tem que contar para ela isso que você está sentindo! – Disse null, tentando dar uma força ao amigo.
- Não! Eu não posso contar. Ela vai ficar estranha comigo; vai estragar a amizade. Além disso, ela não gosta de mim assim... Ela gosta do Austin! – Disse null atropelando as palavras de tão nervoso.
- Olha, não vai estragar nada... E o beijo de ontem?! – Argumentou null, dando tapinhas no ombro de null.
- null, não viaja… Ela acabou de me dizer que era pra gente esquecer esse beijo; que ela ia seguir com o Austin, e ficou me dizendo o quanto ele é lindo, forte... E até cantou uma daquelas músicas que ela fez para ele... – O menino chorava por dentro ao lembrar-se de cada detalhe.
- CHEGA! – Gritou null. - Pára de sofrer, null! Você precisa contar para ela o que você está sentindo; olha, de boa, já está dando para perceber que você gosta dela! – Alertou null.
- Okay, talvez eu conte a ela... Mas isso tem que partir de mim... – Disse null, pensando que, talvez, o amigo estivesse certo.
- Pro que der, e vier... Pode contar comigo! – Disse null dando um abraço em null. (n/a: *.* que cuti!!)

Um longo mês se passou depois daquele dia. null ainda estava ficando com null; null namorava null; null insistia com null... E null ainda estava pensando em uma maneira delicada e romântica de contar tudo à null...

null, eu tenho uma coisa para te dizer, que já começou tem muito tempo...” Ia ensaiando ele, o que ele já estava ensaiando o mês inteiro. Estava na porta da casa da garota que amava, enrolou meia hora para criar coragem de tocar a campainha.

- Oi, null, eu vim aqui porque… - Ia dizendo ele, tímido.
- null, você não vai acreditar! – A garota nem deixou ele terminar. Estava visivelmente alegre, e também arrumada; vestia uma calça jeans um pouco mais apertada, uma blusa de frio lilás com estrelinhas rosa e All Star lilás, tinha seguido o conselho das amigas de se arrumar mais. – Entra, null, tenho que te contar... – Continuou ela, puxando ele para dentro de sua casa.
- Deixa eu adivinhar, é algo sobre o Austin?! – Arriscou ele.
- Nossa, você agora lê meus pensamentos?! – A garota abriu um sorriso. – Ele me convidou para sair, hoje! – Disse ela com os olhos brilhando.
- Ah, legal... – Disse null triste, mas forçando um sorriso. Decidiu nem contar mais sobre o que sentia... Ela estava feliz, e isso bastava para null.
- Você ia dizer algo?! – Perguntou ela, um pouco curiosa.
- Ah... Nada não... Era sobre a banda... – Desconversou ele. – Depois eu te conto. Agora vai lá e curte seu encontro! – Ele tentou demonstrar que estava feliz. – Eu já vou indo... – Disse ele abrindo a porta e dando de cara com Austin. Mas nada fez... Apenas saiu de lá, e foi apra casa. Assim que chegou, pegou um de seus violões e começou a dedilhar Mr. Brightside, do The Killers. Era a música que mais se encaixava para ele no momento...
Enquanto isso, null acabava de entrar no carro de Austin. Finalmente o que ela planejou o mês inteiro estava acontecendo; ela fez de tudo: soltou o cabelo, mudou as roupas, até mesmo fez as unhas... Tudo para Austin reparar nela. E deu certo. Austin a levou no point dos populares: o “Pop”s Dinner”.

- Então, é... – Ele ficou pensando qual seria o nome dela. - null, não é mesmo?! – Arriscou ele e ela afirmou com a cabeça. – Então, você já deve saber que eu era o namorado da null, nós brigamos e tal... Tudo pelo ciúme e egoísmo dela... Acontece que, você sabe, ela não é do tipo de se jogar fora... Então eu queria te pedir um favor. Se você topar, poderia me ajudar muito... – Disse Austin pegando no queixo da garota, que já temia o que ele fosse dizer. – Eu queria que você fingisse ser minha namorada... Topa?! – Disse Austin, já com seu sorriso vitorioso; sabia que null era louca por ele, e que iria aceitar.
“Cachorro! Cafajeste! Não! Eu não vou aceitar!”, pensava null se segurando para não socar Austin ali mesmo...
- Aceito! – Disse ela, dando um sorrisinho malicioso. Já tinha uma idéia.
- Okay, o seu táxi, pode deixar que eu pago, okay?! – Disse ele dando uma nota de £20.00 para ela.

“Imbecil, acha que eu preciso de esmola, é?! Há-há-há, me aguarde!”, pensava null já dentro do táxi.

- O quê? Ele quer que você finja ser a namorada dele?! – Perguntava null, inconformada.
- Isso mesmo, null! – Disse null, chorando.
- Cachorro! – Xingou null, que também estava no quarto de null.
- Você não aceitou, não, né?! – Perguntou null.
- Aceitei... Sabe, eu não tive coragem de dizer não... Ele sabia como me provocar... – Disse ela se lembrando da mão de Austin em seu queixo. – Mas eu já tenho um plano! – Disse null, finalmente dando um leve sorriso depois de tanto choro.
- Conta tudo! – As três exclamaram, e null foi contando o plano...

- Ela saiu com o Austin?! – Perguntou null do outro lado da linha.
- É... Cara, eu demorei um mês para criar coragem... Ensaiei o que eu ia dizer o mês todo, com medo de errar na hora... E quando eu finalmente chego lá, ela me diz que aquele babaca a convidou para sair! – Disse null, inconformado.
- Mas, também, você demora uma eternidade para falar... Aquele dia que vocês se beijaram, era o dia perfeito! – Disse null.
- null! Não está ajudando me falando o quanto eu fui burro de não ter dito isso antes! – Disse null, agora já chorando. Era coisa demais para a cabecinha dele.
- Okay... Agora não adianta chorar “o amor não falado”... Olha, espera o dia de amanhã chegar, pergunta como quem não quer nada... – Aconselhou null.
- Tudo bem... Você está certo... É isso que eu vou fazer! – Disse null, finalmente dando um curto sorriso.


No dia seguinte... No colégio.

- E, então, null, seu plano começa hoje! – Disse null, animadíssima. Achava o plano da amiga um “arraso”.
- É... Hoje começa. Mas o grande dia é daqui a um longo mês; quando a primavera chegar... – Disse null, abrindo um belo sorriso.
- E com a primavera, o baile de primavera do colégio! – Suspirou null.
- E o “felizardo” está chegando! - null aponta para Austin. – E te chamando! – Completou ela, vendo que Austin chamava pela amiga.
- Já vou indo, bebê! – Gritou null, rindo com as amigas. – Argh! Esse bebezinho vai ver o quão malvada a babá aqui vai ser! – Sussurrou para as amigas e foi ver o que ele queria.

null foi até Austin, ver o que ele queria. Mas foi surpreendida por um beijo dele. Aconteceu o que null queria há um dia atrás, antes do pedido idiota dele. Mas, quando ele estava a beijando, ela percebeu que nunca valeu a pena esperar por aquilo; que Austin não fazia ela sentir as tais “borboletas no estômago”, nem aqueles “sininhos” tocando...

- Pronto! – Disse ele, largando ela. – A null passou, já... Pode ir para perto das suas amigas agora! – Disse Austin, deixando a garota parada no meio do corredor principal.

- Vocês viram isso?! – Perguntou, enojada, null para as amigas e para os amigos, já que null e null estavam com elas.
- Ah... Vi?! – Foi a única coisa que saiu da boca de null.
- Er, eu vou ali... Tenho que... Er... Trocarmeuspés!! – Disse null, totalmente sem palavras, saindo correndo daquele lugar.
- Que deu nele?! – Perguntou null.
- Ele disse “trocar os pés”? – Perguntou null.
- Er, null, você está ficando com aquele idiota do Austin?! – Perguntou null.
- Longa história... Te conto no caminho! – Disse null, puxando null por um lado e null pelo outro. – Ele me pediu para ser namorada de mentira dele, para fazer ciúmes na null... – Explicou a menina.
- E você aceitou?! – Perguntou, incrédulo, null.
- É... Aceitei! Mas, olha... Tenho um plano! – Disse null rindo e começou a contar tudo para null. - Não é GENIAL?! – Disse ela quando tinha acabado de contar.
- null, me orgulho de você! Mas tem um problema: se isso tudo vai dar certo... – Disse null, alertando a amiga.
- Claro que vai dar certo! – Disse a menina se gabando. – Agora deixa eu ir... Tenho aula com o null e o null agora! – Disse a menina que saiu correndo para a aula de educação física.

- Há-há! Agora vai ter que me levar para a quadra de cavalinho! – Disse null, pulando nas costas de null.
- O Austin não vai ficar com ciúmes, não?! – Disse o menino, se virando antes dela conseguir se segurar nas costas dele.
- null, o que deu em você?! – Perguntou null, preocupada.
- Nada... Não aconteceu nada, Senhorita Primeira Dama da escola! – Disse null se virando de costas e deixando a menina sozinha no corredor.

null ignorou null a aula toda. Estava visivelmente triste, e decidiu que esperar por null era uma besteira; viu ela beijando o cara que ele mais odeia, que é exatamente quem ela gosta. Ou será que gostava?
null sentia o coração apertar a cada gelo que null dava nela. Será que algo novo estava começando?!

- null! Você vai ter que me escutar, agora! – Disse null, pegando no braço do garoto, assim que o sinal do intervalo tocou. – O que foi que eu fiz?! – Perguntou a menina, triste.
- Nada, você não fez nada! Olha, o problema, null, não está com você. O problema sou eu, okay?! – Respondeu ele, permitindo que uma de suas lágrimas corressem pelo seu rosto.
- Me conta. null! O que está acontecendo com você?! Por que você ficou tão estranho depois que me viu com o Austin?! Por que está me tratando desse jeito?! – Perguntou null, impaciente.
- null, amorzinho! Vem cá, quero te mostrar para uns amigos meus! – Disse Austin, abraçando null pela cintura, a tirando de perto de null.
- O que você tem na cabeça?! Não viu que eu estava conversando com meu amigo, não?! – Perguntou null quando eles já estavam longe.
- Olha aqui, eu não sou bobo… E também não vou aceitar comentários do tipo “Austin é um chifrudo!” – Disse o menino, um pouco bravo.
- Olha aqui, você! Se você quer ter sua namoradinha de volta, vai ter que respeitar as MINHAS regras, se não quiser que eu acabe com as suas chances com ela, okay?! – Disse null mais alto do que ele, causando um certo “medo” nele.
- Okay... Mas é só você não dar bandeira por aí com esse cara. Eu tenho uma imagem a zelar; sou o capitão do time de futebol... – Disse Austin, se gabando.
- Eu vou ali, okay?! – Disse null quando avistou suas amigas.

- Argh... Austin é tão nojento! – Exclamou null para as amigas.
- Não era exatamente isso que você achava antes! – Disse null.
- Pelo menos ele beija bem? – Perguntou null um tanto quanto interessada, recebendo um pedala de null.
- Não! Quer dizer, sim... Mas... Sabe aquilo?! – Explicava null fazendo gestos exagerados. – Ele não me fez sentir, “aquilo”... Acho que nunca vou encontrar o cara certo... – Terminou ela, desanimada.
- Claro que vai, null! – null tentou animar a amiga.
- Talvez você já tenha encontrado... Só não presta atenção nas coisas... – Arriscou null.
- Você acha?! Alguém disse alguma coisa? Me diz quem está a fim de mim! - null a sufocou de perguntas.
- null, foi só um palpite… Ninguém me disse nada, ainda… - Acalmou null.
- Okay... É, meninas, viram o null por aí? – Perguntou null.
- Não... – Responderam elas em coro. – Por que quer saber dele?! – Continuou null.
- Nada, ele ficou de me dizer uma coisa... Eu vou procurá-lo, okay? – Disse null, indo procurar o amigo.
- Meninas, é impressão minha ou está rolando algo entre esses dois? – Perguntou null.
- null, eu não sei… Mas bem que seria muito cute eles juntos! – Respondeu null apertando as próprias bochechas.

- Alguém viu o null boy? – Perguntou null aos meninos.
- Não... Ele sumiu depois da aula de Educação Física... – Respondeu null.
- Droga! – Exclamou null indo procurar novamente o garoto.

null percorreu toda escola tentando encontrar o amigo... Havia pensado em muitas coisas, e realmente queria saber o motivo para ele ter ficado tão “seco” com ela depois de ter a visto com Austin. Procurou em todos os lugares, menos...

- O corredor vazio! – Exclamou ela, era o único lugar em que ainda não tinha procurado.

- null?! – Disse null vendo o menino no chão, aparentemente com os olhos vermelhos e sinais de lágrimas. – O que aconteceu com você?! – Disse ela, agora, se sentando do lado dele.
- Nada, null, me deixa… Olha, já sofri demais por hoje... – Respondeu, secamente, o menino.
- Eu não vou embora daqui enquanto você não me contar o que aconteceu! – Exigiu a menina.
- Você ainda não percebeu, null?! Eu realmente preciso dizer?! – Gritou o menino.
- Perceber o que? Eu não faço idéia do que você esteja falando... – Disse a menina um tanto quanto espantada.
- Perceber o que eu venho tentando dizer há muito tempo... Na verdade, desde quando eu te levantei daqui, na sétima série... Mas você nunca me dá espaço para dizer... – Ia dizendo null, e null prestava atenção em cada detalhe. – Lembra quando eu fui à sua casa, aquele dia em que o Austin te convidou para sair?! Pois é... Eu ia te dizer aquele dia... Mas você veio com essa de “o Austin é um gato...” e eu preferi não dizer para não estragar seu momento...
- E o que você ia me contar? – Perguntou a menina com o coração já na boca.
- null, já perdi as contas das noites que passei em claro pensando em você, já perdi as contas das vezes que imaginei nós dois... Já perdi as contas das vezes que, quando você dormia com a gente, eu ficava acordado só para te ver dormir... Já perdi as contas das vezes que me doía ouvir você falar do Austin... – Disse null, firme.
- Quê? Eu... E-eu não entendo... – Ia gaguejando null.
- Há muito tempo, eu tive medo de te dizer, mas agora chegou a hora de dizer... Eu te amo... – Disse o menino com um breve sorriso no canto dos lábios.
- Mas, nós somos amigos... - null não sabia o que pensar, o que dizer... Tinha perdido todos os sentidos, mas os recuperou a tempo de sentir os lábios de null roçarem os seus.
- Mas eu quero ser mais, null! - Disse null com os lábios nos dela, dando-lhe um longo beijo apaixonado e carinhoso, do qual null jamais se esqueceria.

- Tem certeza? – Perguntou null ofegante assim que partiram o beijo.
- Nunca tive tanta na minha vida! – Respondeu null, abobalhado com o ocorrido. – Pára tudo! – Indagou ele quando caiu em si. – Isso quer dizer que... Você está me dando uma chance?!
- Claro! Mas não é uma chance só para você... É uma chance para nós dois, okay?! – Respondeu a menina acariciando o rosto de null.
- E o Austin?! – Perguntou o menino depois de um tempo em transe.
- Putz! É mesmo... – Disse null, batendo na própria testa. – Olha, a gente vai ter que “ficar escondido” por uns tempos... Tem problema?!
- Por quê? Você tem vergonha de mim? – Disse null fazendo uma de sua caretas engraçadas.
- Não! Bobo! – Disse a menina dando tapas em null. - É que, eu tenho um plano... – Explicou ela, esfregando as mãos.
- E o que essa cabecinha maquiavélica está pensando? – Perguntou ele fazendo cócegas nela.
- É o seguinte... - null foi explicando o plano todo a null, que ficava atento a cada detalhe... A cada detalhe do rosto dela, claro.

null se sentia apenas o cara mais feliz do mundo; disse tudo o que sentia para null, e ela ainda lhe dera uma chance. O que poderia ser melhor pra ele?!
null também se sentia feliz; afinal, ele a amava de verdade… Era ele! O seu null boy, seu amigo, seu “irmão”... Alguém que ela poderia contar para qualquer coisa. Ainda não sentia por ele a mesma coisa que um dia sentira por Austin, mas com certeza algo estava começando a florescer no coração dela. Ela não conseguia explicar, mas a cada toque de null, cada beijo dele a estremecia por dentro, e a fazia sentir muito mais que borboletas no estômago... E sim uma selva inteira.
O novo casalzinho foi despertado com o barulho do sinal.

- null, é melhor a gente ir para a aula… Se alguém ver a gente aqui, adeus plano! – Disse null se levantando.
- Só mais um minutinho, null! – Pediu null.
- Nananinanão! Levanta, vai! – Disse ela, puxando o garoto pela mão.

Quando estavam na metade do corredor...

- Agora, só mais um beijinho! – Sussurrou null ao ouvido de null, enquanto a abraçava por trás; e em um só movimento a virou, encostou ela na parede, beijando levemente seus lábios. Assim que partiram o beijo foram para suas devidas salas.

- Onde a senhorita andou? – Perguntou null quando null entrou na sala, e se sentou ao seu lado.
- Corredor vazio! – Respondeu a menina em uma espécie de transe profundo.
- O quê você foi fazer lá?! – Estranhou null.
- null! - Sorriu null. – Oh, my God! Eu prometi a mim mesma que não iria contar para ninguém agora, mas... – Ia dizendo a menina.
- Contar o que, criatura?! - null já estava se assustando.
- Eutôficandocomele! – Respondeu rápido e null deu um gritinho histérico.
- Quê? Ai, amiga! Conta tudo! Mas, antes, as meninas têm que saber! – Disse null pegando o celular, e mandando mensagens para as outras duas, enquanto null contava cada detalhe do ocorrido.
- E como você está?! – Perguntou null.
- Acho que, pela primeira vez na vida, estou indo no caminho certo! – Sorriu null. - Como eu pude não perceber que ele gostava de mim esse tempo todo?! – Se perguntava a menina.
- Talvez você deve se perguntar porque você não pôde perceber que você gostava dele esse tempo todo! – Corrigiu null.
- Será?!
- Claro... Eu acho que você já gostava dele antes, mas o Austin não permitia que você se tocasse disso... – Filosofou a amiga.

- Espera aí, dude! Você está me dizendo que vocês... – Ia dizendo null para null, na aula de Física.
- Isso mesmo, dude! A gente está... Ficando... – Disse null com seus grandes olhos brilhando.
- Pequeno null está apaixonado! – Exclamou null rindo e batendo no braço de null.
- E como estou... - null pensou alto.

No fim da aula...

null, null, null e null se encontram no corredor.
- null, me amarrota, porque eu estou passada! – Disse null fazendo gestos exagerados.
- IDEM! – Disseram null e null.
- Nossa, até agora eu estou meio abobada com isso! – Exagerou null.
- Eu também... Foi tudo muito rápido! Quando eu dei por mim, já tinha beijado ele! – Explicou null.
- E o plano para o baile? – Lembrou null.
- Já está esquematizadamente esquematizado! – Respondeu null fazendo sua melhor cara de má.
- Você vai mesmo fazer isso?! – Perguntou null.
- Vou. E o null já disse que vai me ajudar... – Disse null e as amigas fizeram uma cara de desaprovação. – Ah, gente!! C’mon! Nem é tão ruim assim, meu plano!
- Não! Imagina! – Disseram elas, tossindo.
- Hum... vocês viram a nova coleção Dolce&Gabanna?? - null iniciou uma conversa sobre roupas...

null nem prestava tanta atenção ao novo papo quando sentiu uma mão tampar sua boca, e a puxar para dentro de uma sala vazia...

- null! Você me assustou! – Disse null, ainda com o coração acelerado.
- Não fala nada... – Disse ele, a beijando. Enquanto brincava com a língua dela, passava a mão por debaixo da blusa dela; a colocou sentada em cima de uma das mesas ainda sem partir o beijo... Já fazia um longo tempo em que estavam se beijando até que null partiu o beijo ofegante e com a língua exausta.

- Uau... Que foi isso, hein?! – Tentou dizer ela.
- Só estava sentindo falta de beijar você... – Respondeu ele dando mais um selinho nela.
- Bom... Agora que você já saciou sua vontade... Vamos para casa?! – Perguntou null.
- Eu posso mesmo te levar para casa?! – Perguntou null, um pouco surpreso.
- Claro! Você deve me levar em casa... – Disse null rindo da cara que null fez.
- Austin Amms não vai ficar com ciúmes, não?! – Provocou o menino.
- Vai! Vai te matar, inclusive... Porque você sabe, né... Como eu sou linda, qualquer um que estivesse “namorando” comigo ficaria com ciúmes... – Devolveu ela, dando ênfase às palavras “linda” e “namorando”.
- Além de convencida é mentirosa! – Disse null dando leves tapinhas na bunda da menina, que logo entendeu a brincadeira e saiu correndo pelos corredores vazios da escola, procurando pela saída, com null querendo “pegá-la”.

Finalmente null tinha o que mais queria no mundo: null.
Estava visivelmente feliz, e estava decidido a fazer de tudo para esse relacionamento dar certo... Até mesmo aceitar o namoro-mentira de null e Austin.
null também estava feliz, porém com a cabeça em mil e um lugares diferentes; tinha que dar atenção a Austin para o plano dela dar certo... E também tinha que dar atenção a null. Mas isso não era nenhum sacrifício, já que agora ela tinha certeza que gostava dele com a mesma intensidade que ele gostava dela.

Austin estava vivendo um verdadeiro pesadelo com null de namorada; ela chegou a colocar dez comprimidos de laxante na Coca-Cola dele enquanto ele se distraía vendo null passar...
null fazia de tudo para vê-lo na pior… Se divertia com isso!! (n.a/: MÁ!!). Não fazia coisas muito perigosas, mas se divertia à custa do pobre-coitado...

null sempre achava um jeitinho de ficar sozinho com null na escola; o corredor vazio que o diga! Todo tempo livre, lá estavam os dois!
null resolveu contar para null e null também… Já que só faltava os dois saberem.

- É amanhã, minha pequena! – Sussurrou null à null. Estavam no corredor vazio, sozinhos.
- Amanhã essa baboseira de ter que aturar o chato do Austin vai acabar! – Agradeceu null.
- Engraçado ouvir você falar dele assim! - null deu uma de suas gargalhadas altíssimas. – Você vivia falando que ele é um gato, e blá-blá-blá... – Continuou ele.
- É, mas ele pisou na bola comigo feio... Eu me senti a última das criaturas quando ele me levou naquele lugar horrível, e me pediu para ajudá-lo a fazer ciúmes para a Senhora Hot... – Disse ela fazendo uma voz nojenta ao citar null. - E ainda por cima quis pagar meu táxi, ao invés de me levar em casa! Foi o cúmulo! – Continuou ela, agora fazendo voz de brava.
- Okay... Calma, baby... Esquece esse panaca! - null tentou acalmá-la.
- Já esqueci! – Disse ela, dando um beijinho em null.

É chegado o grande dia do baile do colégio!


Era um baile à fantasia... null, null e null se fantasiaram de “Os três mosqueteiros”; null de coelhinha, null de “Chapeuzinho vermelho”, null de Barbie Malibú... null de príncipe… e null de... Cinderela.
Estavam todos muito estilosos... Porém null e null formavam o casal mais “cute” de toda festa.
Os oito chegaram juntos, e assim que chegaram despertaram olhares... Austin, que estava como um louco atrás de null, quando a viu chegar, foi logo a puxando para um canto.

- Achei que não viria! – Exclamou o menino.
- Calma, honey... Estava só demorando para me arrumar... – Desconversou ela.
- Okay... Okay... Olha, a null está ficando com outro! – Disse o menino, desesperado.
- Sim... E você quer que eu faça o quê? Que eu a obrigue a parar de ficar com ele?! – Ironizou null.
- Não! Olha... Vamos dançar... Aí a gente se beija no meio da pista; assim ela vai ver e vai se morder de ciúmes! – Austin contou seu plano.
- Pelo visto ela vai morder outra coisa! – Disse null, rindo da própria piada.
- O quê?
- Nada, não... Eu vou ali... Estão me chamando! – Disse null, indo para perto dos amigos.

- Argh! Acredita que ele queria que eu o beijasse no meio da pista para a null ficar com ciúmes?! – Disse ela assim que chegou à mesa em que os amigos estavam.
- E você? – Perguntou, receoso, null.
- Disse que não! Óbvio! – Respondeu ela.
- nullzinho, vamos dançar? – Perguntou null.
- Claro, minha chapeuzinho! – Respondeu o menino a guiando para pista de dança.
- null… – Disse null.
- Quero! – Respondeu ela, adivinhando o que ele queria.
- Você tem que parar com essas coisas de adivinhar o que eu quero... É assustador! – Pediu null enquanto a levava para dançar.
- E você, null-pastel?! - null jogou uma indireta.
- Não, amor... Não quero pastel... – Respondeu ele.
- Argh! Deus! Porque Tu me destes um namorado tão burrinho?! – Disse ela olhando para cima como se falasse com alguém.
- Ah... Lindinha, custava dizer que estava com fome?! – Perguntou null fazendo carinho no rosto de null levando um tapa na mão, dela, e um pedala de null.
- Ela quer que você a leve para dançar, seu bocó! – Explicou null.
- Ah... Vamos dançar, coelhinha?! - null finalmente havia entendido o que a namorada queria dizer.
- null, fico te devendo essa! – Disse null fazendo joinha para null enquanto se levantava para ir dançar com o namorado.
- Enfim, sós... – Disse null com um sorriso malicioso nos lábios, deixando null corada...

Logo o agito da festa é quebrado por uma música mais lenta.

- Princesa... – Ia dizendo null quando foi interrompido pela menina.
- É Cinderela, null! – Ela o corrigiu.
- Okay, Cinderela... Você aceita dançar com esse humilde príncipe?! – Pediu ele se levantando, fazendo uma pequena reverência, e levantando as sobrancelhas.
- “Humilde príncipe”?! – Se perguntou ela. – Aceito! – Disse ela pegando a mão dele, sendo conduzida para o centro da pista.

null e null dançavam abraçados no meio da pista, e algumas pessoas pararam de dançar apenas para observá-los, tamanha era a beleza do casal; pareciam terem sido feitos sob medida um para o outro.
Nem perceberam no momento em que se beijaram, ali mesmo: na frente de todos, inclusive de Austin, que ficou no mínimo “tiririca” de ter visto a cena.

- O que está acontecendo aqui?! Posso saber?! – Disse ele fazendo com que os dois parassem de se beijar, e com que a música parasse.
- Não vê, Austin?! É um conto de fadas! – Disse null como se fosse óbvio.
- Conto de fadas?! – Se perguntou Austin.
- Isso mesmo. Cinderela... – Respondeu ela. – Ah... E está aqui seu sapatinho! – Disse null tirando um de seus sapatinhos e tacando bruscamente contra a testa de Austin. Podia-se ouvir o “Wowwww” da galera toda. – Isso é para você aprender que o mundo não gira ao seu redor, Austin, que você não pode achar que as pessoas são capachos seus, e fazer o que quiser com elas! – Gritou null para que, além de Austin, todos escutassem o que ela acabara de dizer.
- Chega. null… - Disse null abraçando a menina e a tirando do lugar.

- Como se sente agora, depois de ter dado uma bela lição no cara mais cobiçado da escola?! – Perguntou null quando já estavam fora da danceteria.
- Ótima... Cumpri minha missão na Terra! – Disse ela com um sorriso no rosto. – Err... Me leva de cavalinho, null?! Esqueci de pegar de volta meu sapatinho... – Disse ela, levantando o vestido para que ele pudesse ver o seu pé descalço.
- Vida de príncipe não é fácil! – Disse ele se abaixando para a menina subir nas suas costas. – Oh, my God! Você anda comendo o quê? Chumbo? – Disse ele quando ela pulou em suas costas.
- Cala a boca e leva a princesa para casa! – Exigiu a menina.
- Casa?! Mas são onze horas ainda! E como você é a Cinderela, ainda tem que ficar até as doze horas da noite com o príncipe! – Disse o menino se lembrando da história verdadeira da Cinderela.
- Okay... Mas o que vamos fazer agora?! – Perguntou ela.
- Bom, podemos nos beijar... Aí alguém pode dizer “E foram felizes para sempre!” enquanto estivermos nos beijando... E depois nós podemos ficar só pela eternidade juntos, fazendo o “Felizes para sempre” virar realidade... – Disse null parando e pondo null no chão para que pudesse olhar nos olhos dela.
- Isso foi um convite? Uma proposta? Ou o quê? – Perguntou ela, cruzando os braços.
- Um juramento... – Respondeu ele. – Um juramento de amor eterno, pela princesa mais linda de todo o mundo... – Disse null selando seus lábios nos lábios da Cinderela...

Fim!



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