Wondering the streets and a world underneath it all… {Andando pelas ruas, num mundo além de tudo…}
Era a terceira vez na semana em que
fechava a própria mão no armário ao ver a garota passar, a intercambista
que havia falado com ele algo como 3 vezes nos dois meses em que ela estava
em
Londres, mais precisamente na escola dele, e o garoto havia se encantado.
Apenas encantado?
"Cara, você tem que seriamente falar com ela"
disse, balançando a cabeça negativamente.
"Ah, claro, mas antes disso ele quebra a mão, 'to falando."
disse, rindo alto, como de seu costume. Costume que irritava
veemente.
"Aposto 5 paus que ele quebra antes de falar com ela!"
entrou no meio da conversa, assim, do nada, o que fez
olhá-lo meio que, ok, totalmente espantado.
"Aposto dez! Alguém precisa apostar contra, duh."
disse, apertando a mão de
, e olhando pra
, mexendo a cabeça como se disesse pra ele fazer isso.
"Aposto que ele não vai quebrar, vai estar anestesiado com a beleza da... qual
o nome mesmo? Ah, da
."
riu, pondo a mão em cima da dos dois. Encerrando aquela aposta definitivamente.
"Ei, ei, ninguém vai apostar nada às minhas custas, e eu não ganho nada?"
levantou uma das sobrancelhas, vendo a cena, que era no mínimo rídicula, não era como se ele não fosse prestar atenção da próxima vez que abrisse o armário.
Aham, sei.
"Você ganha a honra de se apressar e ir falar com ela, antes que eu perca 15
paus, pense nisso."
disse, num tom ameaçador: 'me faça ganhar ou eu te mato', e
apenas rolou os olhos, pondo o livro debaixo do braço, indo pra sua primeira
aula.
's P.O.V
Física, era a primeira aula. Eu podia ter me atrasado, mas ficar ouvindo o
e suas piadinhas de como eu sou lerdo ou coisa assim com garotas, como se ele
fosse o pegador, pff. E ali estava ela, sentada na fileira do lado, cara,
que ódio.
As únicas vezes que eu falei com ela, foi de coisas idiotas, sabe? Música, escola,
casa. E ela me contou do país dela, que tem muitas praias e faz calor quase que
o ano todo, que tem irmãos, falou das bandas que gosta... e como isso foi
acontecer?
Eu sei lá, eu meio que... ela falava de tudo tão animada, e sempre pulando ou
sorrindo, eu não sei, eu sei que eu achava que esse era o tipo de coisa que não
acontecia com garotos como eu, você sabe, me apaixonar, ainda mais por um estrangeira!
Deus, onde eu 'to com a cabeça? Quer dizer, ela é bonita, mas cara, ela nem é daqui,
cacete!
Ei, ei, não é como se eu estivesse apaixonado, né? É isso! Eu só a acho bonita,
só isso.
A parte legal da história é que eu vou mal pra caramba na matéria, e nem 'to
prestando
atenção nas porcarias dos gráficos, isso aí, bom trabalho,
.
E aí se foi uma hora de aula e de briga com a minha consciência. Consciência,
vozinha idiota que fica me perguntando coisas idiotas, idiota. Se você não gosta
dela, por que se importa tanto com o fato de ela estar vindo falar com você?
É... O QUÊ?
But nothing seems to be. Nothing tastes as sweet as what I can't have. {Nada parece ser. Nada é tão doce quanto aquilo que eu não posso ter.}
"Hey,
." Ela disse, ela falou comigo, ela falou comigo, ela 'ta sentada perto de mim,
credo, que gay. Pára de ataque,
.
"Oi,
." A menina torceu a boca, abrindo os olhos bem, e eu pude notar que eles brilham
muito, pelo menos, mais do que o normal. É,
, aceite, você 'ts de quatro.
"Já disse que pode me chamar de
, criança." Maldita hora pra lembrar a frase do
, maldito.
"Tudo bem,
,
pode me chamar de
, se é assim. Eu me sinto meu pai, velho." Ela riu da cara de nojo que eu
fiz, quando disso que lembrava o meu pai, mas cara, lembra mesmo.
"Hmm, 'ta. Eu só vim perguntar se você quer ser minha dupla no trabalho de física." Ela
sorriu, por favor, me deixa ter ódio de você e tira esse sorriso da cara,
porra.
"Trabalho?" É, eu realmente prestei atenção na aula, aham. Tava ali no meio da
lousa, o trabalho dos gráficos, a única aula que eu não assisti, que vontade
de mandar aquele professor se foder, mas ao invés disso, o que eu disse foi: "Ah,
o trabalho, claro
, faço com você, mas... Eu não sei bem
a matéria"
Ela deu um daqueles pulinhos, é gay, mas dude, é uma garota, pense nisso.
"Valeu!" Bateu palmas, rindo. Às vezes ela me lembra uma foca, e você um pitbull
de tanta baba que solta em cima dela. O
disse isso uma vez, filho da boa mãe. Eu realmente tenho que parar de prestar
atenção no que os meus amigos dizem. "Eu te ensino a matéria, relaxa, eu só precisava
de uma dupla, você sabe 'to meio deslocada aqui. Valeu mesmo." Cara, me ensina
o que você quiser até o kama-sutra. Eu não me importo, vou ser um aluno exemplar.
Ok, vou me controlar. Não que eu fosse dizer isso, claro que não. Engasguei.
- x -
"Aleluia! Vai sair com ela mesmo?"
veio pondo o braço em volta do meu ombro, gay.
"Vai nada, é só pra fazer trabalho."
chegou do lado, rolando os olhos daquele jeito que um dia ainda vou arranca-los.
"Tsc, tsc,
, você é uma desonra."
chegou ali, como se estivesse desde o começo da conversa, ele me dá medo, seriamente.
"De onde vocês tiram essas coisas?" Eu disse, ainda fico meio perplexo em como eles descobrem as coisas sem eu nem ao menos abrir a boca, eu sei, eu não
deveria.
"Fontes, caro
, fontes."
disse, me dando um tapa na cabeça, que foi respondido com um amigável soco
no ombro dele.
"É, e que soltam muita água, por sinal." Todo mundo ao mesmo tempo olhou
pro
com cara de ponto de interrogação, eu nunca entendia as piadas dele, e o pior era que ele não estava rindo. Tipo, ele falou sério, ele é totalmente mongo, por isso eu só rolei
os olhos enquanto o
ainda coçava a cabeça, tentando entender o que ele tinha dito. [N/A: só tem
graça com o Jones falando. :'D]
"
, você é uma negação."
rolou os olhos que nem eu, dando uma risada. Acho que o
'tava pegando a síndrome do
, porque ainda coçava a cabeça tentando sacar a tal... piada?
Like you and the way that you’re twisting your hair round your finger {Como você e o jeito que está enrolando seu cabelo em volta do dedo.}
Lá estava eu na Starbucksàs quatro da tarde, como ela tinha marcado, quer dizer,
era
essa
a hora, não era? Cara, por que eu 'to nervoso? Tenho que parar de roer as unhas,
isso tá virando hábito, nada legal. E eu volto a dizer pra mim mesmo que não
'to apaixonado, qual é, eu só 'to nervoso porque não a conheço direito, só isso.
Quatro e cinco, cadê ela? É uma garota, garotas se atrasam, é isso. E eu não
tenho que ficar nervoso, é só uma colega. COLEGA, ouviu? Aliás, quem ouviu, se
eu 'to falando comigo mesmo? Ok, 'to ficando paranóico, relaxa
. Juro que se eu tiver que esperar mais dez minutos, eu dou ataque aqui. É sério,
'to meio estressado ultimamente, quer dizer, é a primeira vez na minha vida que
eu quero negar que gosto de uma garota, aliás não quero negar nada porque é a
verdade, eu não gosto dela, e aí vem aquela vozinha e pergunta de novo: então
por que 'ta suando agora que ela apareceu? Voz idiota. Eu me ajeitei na cadeira
em que eu estava balançando os pés de nervoso, idiota.
"Tudo bem,
?" Ela me perguntou com aquela cara de preocupação, fora que eu estou há quinze
minutos
te esperando e quase comendo meus próprios dedos, eu 'to bem, não se estressa.
"Aham, só achei... que você não ia vir." Ela riu, cara, todo mundo ri de mim, já reparou? Parei, mas só porque a risada dela é legal. E eu não gosto dela, não
desse jeito.
"Awn, desculpa. É que eu me atrasei, nem vi a hora, e até eu me arrumar, você sabe, desculpa mesmo." Awn?
Cara, se ela gemer de novo vou parar de me proibir de pensar coisas indevidas,
desculpa se eu sou um adolescente com alto teor de testosterona. Uh, falei
bonito.
"Nada,
, nem te estressa."
E a gente ficou ali, ela tentando me explicar a matéria e eu tentando prestar atenção. Não que eu não tenha entendido, mas metade eu ouvia, e metade a vozinha da minha cabeça não parava de falar idiotices, não é minha
culpa. Pelo menos em parte.
"E aí cara, como foi o encontro?"
perguntou, e pela primeira vez, ele não apareceu do nada, uau.
"Que encontro?" Perguntei pra ele, que estava encostado no armário ao lado do meu, me olhando com aquela cara de mongo que ele tinha desde que nasceu, pobre criança. Fechei o armário, olhando pra ele com a sobrancelha levantada, era tiração, ele bem sabia que não era um encontro, aliás não
foi ele que tinha afirmado isso pro
no dia anterior?
"Vai dizer que vocês estudaram?"
"Estudamos, ué." Rolei os olhos, e depois a gente tomou um daqueles copos grandes
de expresso e conversamos até às onze da noite, aí eu a levei pra casa
e a
gente
marcou de sair no sábado, é, sair... de verdade, sem escola, como amigos, você sabe.
Mas ele não precisa saber disso.
"Você me desaponta muito, sabia?"
"Eu nem me importo com o que você pensa só porque perdeu a aposta, sabia?" Há!
Acertei em cheio porque a cara de tacho do
foi, assim, impagável.
"V-você falou com ela?" Eu não respondi, mas também não menti, eles apostaram sobre falar com ela, não especificaram o quê, então ele não precisava saber o que eu tinha falado, e como eu só ajeitei o boné na cabeça e saí andando pra próxima aula, eu realmente não ligo para o que ele achou, só sei
que o
me deve uma.
But tonight i'm not afraid, to tell you, what i feel about you. {Mas esta noite eu não estou com medo, de dizer a você, o que eu sinto.}
Sábado, 'to morrendo de cansaço e são apenas onze e meia da noite. Ah, e eu não
creio que saí com ela. Fomos no cinema, nada anormal, certo?
Certo, acho. Depois comemos alguma coisa, e sinceramente, eu nem sei o que
comi, não prestei atenção na hora de pedir, por isso que ela deve ter rido quando pus
catchup na minha própria mão, pelo menos não a fechei, ponto pra mim?
Eu nunca ri tanto com uma garota na minha vida, sem brincadeira. Não que tenha acontecido nada demais, digo, não sei se estou apaixonado por ela, mas agora eu tenho um telefone que ela anotou com o lápis de olho numa coisa que devia ser um pedaço
de papel.
Eu deveria ligar, não deveria? Aliás, por que eu ainda 'to pensando nisso? Vamos
acabar com isso.
Chama, chama, atende alguém, pelo amor.
"Alô?" é uma voz de homem? Céus, onde ela mora?
"Hm, oi. É... a
'ta por aí?" Eu sei, eu devia ter desligado, merda.
"Aham, peraí que eu vou chamar." Fiz merda, fiz merda, fiz mer...
"Alô?" É a voz dela. Legal, o que eu falo?
"Oi
, é o
… tudo bom?"
"Ah, oi. Tudo bom sim e aí?" Ela faz parecer tão natural, quer dizer, fora que
seu 'amigo' acabou de me atender com a maior má vontade do caralho? 'To bem.
"Tudo sim." É, acabou o assunto, fodeu.
"Aham... hum, olha, me diverti muito hoje, valeu mesmo." Ainda bem que ela teve algo a dizer, senão
eu ia me arrepender de vez de ter ligado.
idiota.
"Ah, nem estressa,
, eu também me diverti, a seu dispor." Eu ri, tentando disfarçar meu nervosismo.
"Que bom, olha, tenho que desligar, desculpa mesmo, mas preciso ajudar a fazer
o jantar, você sabe." Ela riu também. "Mas valeu pela centésima vez,
. Ahn, tchau."
"Hey, espera, eu... gosto de você." Eu falei, pouco antes de ouvir o 'tu-tu' do telefone sendo desligado, ela ouviu, tenho certeza. Não sei como vai ser segunda, estranho, é claro,
mas alguma coisa me diz que... ela sente o mesmo.
/ The end.
Nota: Alô vocês, ~(:
Geeeeeeeeeente, que vergonha!
Minha primeira short-fic, não ficou ótima, mas eu gostei *-*'
* a monga que nunca gosta das próprias fics *
Não tem nada de restrito a menores, mas sei lá .___.
Feita em dois dias do mês em que eu fiquei sem internet. A criatividade baixa quando a gente não tem pressão
pra fazer as coisas, sabiam?
Todas as minhas fics são baseadas em músicas, e essa é baseada na 'Confidence (For You I Will)' do Teddy Geiger, amo essa música. Eu sei, ninguém
perguntou. ;x
Bom, eu quero dizer que quando você lê, você faz uma loser feliz, mas se você comenta a loser sabe que você leu
e fica duplamente mais feliz ?_?
UHSAUHASUHASUHAS, parei.
Em homenagem a Heloise, minha melhor amiga, minha Juddão, a quem eu devia uma
fic, rs.
Te amo, bitch. (: Pei em você mais tarde */interna*
Bom gente, valeu por ler.
Comentários, sugestões, críticas, perguntas?
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Peço que se forem adicionar, pelo menos digam que leram a porcaria da minha fic *-*, só pra
mim saber, rere, obrigado.