aguardava impacientemente o trânsito andar.Observava o motorista cantarolando alguma música que tocava na rádio naquele momento, também na espera dos carros deixarem de se aglomerar.
- Senhor, a que horas isso poderá parar?
- Nos dê 1:30h ou 2 horas!
- Em quanto ficou?
- Ainda nem andamos direito, não foram nem 5 dólares!
- Toma 10, então! – Entregou o dinheiro ao taxista e saiu em pleno trânsito. Pensou em como poderia chegar à casa de sua avó. – Metrô! – falou, feliz por achar uma solução. Pegou o metrô e em questão de alguns minutos já estava batendo na porta de casa de sua avó.
- !!! – atendeu uma mulher de sobretudo vermelho e os cabelos levemente presos. – Que bom que veio! Já estão todos aqui à sua espera! – Abriu espaço para que ela passasse.
- Obrigada, tia Liza! – Sorriu e tirou seu casaco, encarando as escadas da casa. – Ela está lá em cima?
- Uhum... só seus primos que estão na sala.Vá lá ver ela, está morrendo de saudades de você! – Pegou o casaco de e pendurou em um dos cabides do armário.
- Okay. – Subiu as escadas e admirou cada quadro pendurado no corredor do andar de cima.Tinha fotos da avó dela e seus netos, filhos... Em todas, ela estava sorrindo! Lembrou-se de como a sua “queridinha”, como era acostumada a chamá-la, era feliz! Mas sua lembrança logo sumiu.
- Vó? – Entrou no quarto de sua avó e se deparou com uma velha senhora sem vida no olhar.
- Minha filha! – falou devagar, sentindo dor ao falar, porque estava no período pós-cirúrgico.
- Calma, ‘vó, eu vou aí te dar um beijo! – Sorriu para seus tios e tias, que sorriram de volta, e alcançou a cama de sua avó, beijando assim sua testa, em sinal de respeito.
- Minha filha... – Passou as mãos em seus cabelos e sorriu. – Senti sua falta!
- Eu também, ‘vó, eu também... – Seus olhos se encheram de lágrimas.
- Com licença, mas precisam deixar essa senhora descansar. – Apareceu saindo da porta do banheiro um rapaz loiro, não muito alto, de olhos azuis.
- Por favor, a deixa comigo, Doutor! – pediu a senhora.
- Mas você precisa dormir...
- E você quer alguém melhor do que ela para me fazer dormir? – Sorriu para o Doutor e ele sorriu novamente para ela.
- Claro... se for assim!
- Obrigada, Doutor – disse , sorrindo e analisando seus olhos azuis.
- Sem problemas! – Sorriu para ela e saiu do quarto.
- Bonito, não? – perguntou a avó para provocar sua neta.
- Ahhh, dorme aí, vó! – Riu com o comentário dela e segurou suas mãos. – Vim até aqui para lhe fazer companhia, e não flertar!
- Pauvre son! – [“Coitada” em Francês] Lívia, que estava fechando a porta do quarto, se assustou, mas sorriu ao ver quem era.
- Parlez-vous Français? – [“Você fala francês?”]
- Na verdade, minha mãe era da França, mas só sei algumas coisas, digamos... para sobreviver lá! – Sorriu.
- Ah!
- Prazer. – Estendeu sua mão. – Sou Dougie Poynter!
- Prazer, Dougie... Quer dizer, Doutor Dougie! – cumprimentou.
- Pode ser Dougie! – Seus olhos transmitiam um brilho encantador.
- O quê ela pode vir a ter?
- Ela talvez não agüente muito tempo, senhorita...?
- Ah, é! ... !
- ...Senhorita , foi muito delicada a cirurgia, e como ela já é de idade, sinto muito, mas talvez não agüente mesmo... – Ela só abraçou a si mesma e virou-se em direção à janela no final do corredor, observando a neve cair... Por quê? Por quê? Essa pergunta não saía de sua cabeça, sua avó era a única pessoa na sua vida, a única. Tinha seus parentes e tal, mas... – Você está bem? – Dougie tocou seu ombro.
- Claro, eu só preciso de um banho... – Retirou-se dali e Dougie teve dó.
- Não, não, não... NÃO!!!
- Oh, meu Deus, ‘vó, o que houve? – segurou em seu rosto a fim de acalmá-la.
- Não...
- Não? – estranhou, tentou olhar realmente fundo nos seus olhos azuis clarinhos, clarinhos, por estar velha demais. Seu olhar transmitia dor, angústia e medo, muito medo.
- Não me deixe sozinha! – viu lagrimas caírem de lá.
- Não... não vou, não posso! – Abraçou de leve sua avó para não machucá-la e beijou sua testa enquanto a balançava e acariciava seus cabelos brancos.
- O que houve? – Apareceu o Doutor, com uma cara de assustado.
- Ela teve um pesadelo, só isso, não é, ‘vó? – E a velhinha balançou a cabeça afirmando. – A senhora vai ficar bem? – A velhinha afirmou novamente e eles sorriram, mas quando já estavam de saída...
- Filha, toca piano para o Doutor ver, enquanto me acalma! – Deu um sorriso de criança que aprontava. queria ter uma “conversinha” com sua avó sobre ficar tentando casá-la, principalmente com Doutores!
- Por mim... – Ele deu de ombros, sorrindo para . Ela retribuiu, seu sorriso era lindo.
- Okay!
- Deixa a porta aberta para eu ouvir!
- Okay, ‘vó... – Sorriu amarelo. Dougie só ria enquanto iam ao quarto da frente, “a sala de piano”. Ela sentou e começou a tocar “Lough Erin Shore” do “The Corrs”, uma banda Irlandesa que a avó dela admirava muito. Dougie se aproximou do piano e ficou observando-a. Era tão delicada tocando, seus cabelos compridos caíam sobre seu ombro. Mesmo no escuro, eles tinham um certo brilho. Sorriu ao perceber que a mulher arrepiou-se ao sentir seu toque em sua mão, ela olhou-o assustada, querendo saber o porquê de ele interrompê-la.
- Você me ensina a tocar um pouco? – No momento ela ficou sem reação, ainda encarava a mão dele sobre a sua.
- Claro! – Inverteu a situação, colocou sua mão sobre dele e encarou-o sorrindo, seus olhos tinham um olhar especial até no escuro. – É assim, ó... – Foi direcionando seus dedos para tocarem as notas certas. A cada nota certa, Dougie festejava, sorria ou ria e sua avó contava com sinos de casamento!
- ...E minha avó era a única que estava lá para me socorrer! – Estavam os dois rindo, ainda na sala de piano, tomando chocolate quente. – Ela me socorreu e eu estava cuspindo água salgada... eca, muito ruim! – Riram mais um pouco e tomaram um gole do chocolate. – Sinto falta desse lado dela – falou, olhando o dia amanhecer.
- É, deve ser muito ruim mesmo. – Dougie olhou para o sol nascendo e encarou-o, seus olhos ficaram menores por causa da luz, mas não deixavam de ser lindos, e então sorriu. Ele percebeu e retrucou. – Eu sinto muito por ela, , sinto mesmo!
- Nhá, uma hora tinha que acontecer, não é? – falou triste.
- Ela é muito especial para você?
- Minha única “parente”! Quem eu posso falar: essa sim!
- Por quê?
- Desde que meus pais morreram, em 99, minha avó é minha mãe, meu pai, meus irmãos, que por algum acaso nem tive! – Sorriu. – Entende? Depois dela... serei só eu... de novo. – Chorou. – Ai... desculpa. – Tentou impedir as lágrimas enxugando-as. – Eu não queria...
- Queria sim, pode chorar. – Foi até ela enxugando as lágrimas – Sei como é duro. Abraçou-a.
- Não, você não tem idéia de como é! É horrível!
- Eu não passei por isso pessoalmente, mas tive varias experiências! Posso te ajudar...se quiser!
- Olha Doutor... – Soltou-se dele.
- Doutor não, Dougie!
- ...Dougie, eu não posso lhe envolver em meus problemas pessoais, muito obrigada, mas não! Você já tem suas preocupações!
- Quando virei Doutor, minhas preocupações passou a ser meus pacientes! – encarou-o meio sem saber o que responder – Vem! Vamos sair para comer e depois vamos dar o que comer a sua avó junto com seu remédio! – Puxou-a do chão.
- Claro! – Sorriu fraco e levantou-se.
- Bom dia! Bem-vindos ao Coffee Express! Em que posso servi-los? – Sorriu o atendente.
- Um café expresso para mim com chantilli e você ? ? – olhou-a e viu-a sorrindo.
- Eu quero o mesmo! – disse ainda encarando o teto do lugar sorrindo.
- Vem, vamos nos sentar! – ela o acompanhou sem tirar os olhos do teto até o lugar que iriam sentar – O tato é mais interessante que eu? – riu.
- Não é isso ... – encarou-o – É que essa música foi a primeira que a minha avó me ensinou á tocar no piano! E...a gente sempre vinha comer aqui! – sorriu.
- Nunca ouvi essa música! – Deu de ombros.
- São o Savage Garden! Eles já acabaram mas essa música...
- Two Beds And a Coffee Machine? – Ela se surpreendeu.
- É! – Riu – Você disse que não conhecia!
- Me enganei! – Riu da cara dela e chegaram seus cafés.Conversaram sobre suas infâncias e Lívia não cansava de falar de sua avó!
- Ahh,pelo amor de Deus,eu insisto em pagar! – persistiu Dougie pela última vez.
- Está bem, está bem ...te espero lá fora! – sorriu retirando-se,ele sorriu ao ver seus cabelos voarem ao abrir a porta.
- Minha noiva fazia igual á sua senhor! Não deixava eu pagar! – Falou o caixa sorrindo e tirando Dougie do transe.
- Ela não é minha noiva – riu envergonhado tirando o dinheiro da carteira.
- Não é o que seus olhos me dizem! – Dougie ficou vermelho e guardou seu troco – Rapaz, ela parece ser uma boa moça, tenta arriscar!
- Conheci ela ontem! – Riu envergonhado.
- Nada como conhecê-la melhor! Tenho um bom dia senhor!
- Obrigado.
Capítulo 2
- Ahh,minha neta...tive saudades disso – Riu a senhora na cama, meio sentada. havia deitado ao seu lado e lá estavam vendo Tv.
- Toc,toc – Apareceu Dougie na porta, batendo com o dedo lá.
- Oi meu anjo, entre! – Sorriu a senhora á ele e ele obedeceu e sentou do lado dela, sorriu para – Como vai minha paciente?
- Ela está ótima! Graças ao senhor!
- Dougie!
- ...á você Dougie! – virou os olhos sorrindo.
- Senhora ,você me dá a permissão de levar sua neta para jantar?
- Quê? – estranhou mas depois riu pela cara que ele fez.
- Claro,não precisa da minha permissão! – Ela abriu um sorriso vitorioso.
- E então ...? – Disseram os outros dois ao mesmo tempo.
- Mas quem vai ficar com a senhora?
- Estou te convidando porque você precisa tomar um ar ...e sua avó também!Sua avó vai descansar em um Spa!
- Spa?
- Ela precisa,vai ficar relaxada, vai esquecer das coisas, e como ela ainda está se recuperando eles vão tomar cuidado com ela!
- Hum, um Spa? – A velhinha fez uma cara traquinas.
- É ...mas de noite?
- É um Hotel Spa! Marquei para ela desde o final de tarde de hoje até amanhã antes do almoço! – sorriu querendo ouvir um “sim”!
- Está bem então...
Naquela noite,tudo estava tão calmo ... viu que sua alegria havia retornado.Animou-se ao ver a avó relatando no dia seguinte como ficou maravilhada com o tratamento que recebeu no Spa.Dougie passou a observá-la nos dias seguintes, o tratamento que tinha com sua avó era maravilhoso, nem ele era assim! A maioria das pessoas não seriam...Ah! É mesmo, o jantar! O jantar foi uma ocasião boa para esfriar a cabeça mesmo, escolheram comer comida Italiana! Naquela noite,ocorreu algo que chateou Dougie:
- Flashback -
- Puxa vida! Que bom... – sorriu ao escutá-lo relatando como foi o caso cirúrgico mais difícil que ele passou.
- É, e o paciente ainda ... – de repente, parou de falar e ficou olhando preocupado para um lugar fixo.
- Dougie? Você está bem? – estranhou a garota,ele não respondeu nada,até que ela decidiu olhar ao local no qual ele estava olhando – O que...? – Viu uma moça ruiva bêbada caminhando até eles,muito bonita,mas seu hálito...nada bom...
- Quem é ela? – falaram as duas ao mesmo tempo.
- Chelsea essa é ,e essa é minha ex-noiva,Chelsea! – apresentou.
- Prazer...Chalsea – sorriu e estendeu á mão em comprimento.Chelsea olhou desconfiada para ela e sua mão e depois para Dougie que esperava reação.Ela simplesmente pegou a mão de e colocou dentro de seu copo de Uísque. ficou assustada e o sangue de Dougie subiu.
- Prazer! - respondeu sorrindo.
- Gostaria de lhe fazer uma pergunta... Chelsea! – Tirou sua mão do copo calmamente e enxugou – Porque fez isso?
- Não admito que me troquem por uma igual á você!
- Desculpa, mas ninguém aqui me trocou!
- Você que pensa!Poynter me largou e escolheu uma como você para não ficar de olho na grana dele! Não é mesmo,amor? – Sorriu irônica para Dougie e depois virou-se para a outra – Você deve ter dinheiro...por isso que ele te escolheu! Para nenhum dos dois ficaram de olho no dinheiro de cada um!
- Chelsea...Por favor,se retire daqui – Disse Dougie nervoso,mas não expressava.
- Claro! Mas me convidem para o casamento Senhorita Perfeição! – e se retirou.
- O que foi isso Dougie? – Sua cara estava pasma.
- Desculpa ! É que depois que eu terminei com ela, ela me persegue!
- Tudo bem... – começou á comer.
- É que eu descobri que ela estava de olho no meu dinheiro!
- Percebi!
- Ela sabe que você é melhor que ela! – Sorriu docemente e ficou vermelha.
- Fim do Flashback –
- Vó? – falou baixinho no ouvido dela, ela não respondeu. com muito cuidado,para não acordá-la, se desfez de seu abraço.Antes de sair do quarto, ficou observando-a respirar profundamente. – Eu te amo muito vó!
- Eu também querida! – sorriu e fechou a porta.
- Oi!
- Ahh! – assustou-se – Dougie...não me mate! – riu.
- Quero lhe mostrar algo – pegou em sua mão e levou-a até a sala de piano – Olha o que aprendi... – começou á tocar no piano um pouco e abriu a boca para cantar. And she takes another step
Slowly she opens the door
Check that he is sleeping
Pick up all the broken glass
And furniture on the floor
Been up half the night screaming
Now it's time to get away
Pack up the kids in the car
Another bruise to try and hide
Another alibi to write
começou a se emocionar e ele abriu um espaço para ela se sentar junto com ele.
Another ditch in the road
You keep moving
Another stop sign
You keep moving on
And the years go by so fast
Wonder how I ever made it through
And there are children to think of
Baby's asleep in the back seat
I wonder how they'll ever make it
Through this living nightmare
But the mind is an amazing thing
Full of candy dreams and new toys
And another cheap hotel
Two beds and a coffee machine
But there are groceries to buy
And she knows she'll have to go home
E então juntou-se a ele,começando assim á cantar e tocar em uma parte do piano.
Another ditch in the road
You keep moving
Another stop sign
You keep moving on
And the years go by so fast
Wonder how I ever made it through
Another bruise to try and hide
Another alibi to write
Another lonely highway in the black of night
But there is hope in the darkness
You know you're going to make it
Another ditch in the road
Keep moving
Another stop sign
You keep moving on
And the years go by so fast
Silent fortress built to last
Wonder how I ever made it
(Two Beds And A Coffee Machine – Savage Garden)
Terminaram um sorrindo para o outro,Dougie teve a oportunidade perfeita e a fez: Pegou de delicadamente o rosto de e puxou-a para um beijo,um beijo no qual ela não negou.Foi romântico,apaixonante. que cessou o beijo.
- Desculpe... – olhou tímida para o chão – Não pense errado sobre mim Doutor...
- Tudo bem,fui eu que iniciei...não foi sua culpa! A verdade é que... – ela encarou-o confusa – é que eu queria desde o inicio ter pelo menos a coragem de se aproximar de você! – sorriu e instantaneamente ela também.
- Isso foi lindo Dougie...
- Dougie,Dougie,acorda!! – balançava-o rapidamente.
- Anh ...quê...?
- Dougie ...vai ver minha avó,ela...eu acho que ela... – começou á chorar.Ele saiu correndo até o quarto da velhinha.Ela realmente não respirava.Dougie começou a fazer os procedimentos de respiração,mas a velhinha realmente não respirava e nem reagia. foi se encolhendo em um canto da parede tentando não guardar aquela cena na sua cabeça e só lembrar da viva avó em sua mente! Fechou os olhos e não queria mais abrir ...
When your day is long ... and the night
and the night is yours alone
when you think you've had enough... of this life, well hang on.
Don't let yourself go
cause everybody cries
and everybody hurts... sometimes.
Nunca houve manhã mais fria naquela família! Todos quietos,só se ouvia alguns dos netos da senhora tocaram e cantarem a música que ela costumava cantar para poder fazer eles dormir.Eles amavam isso e com certeza,iriam sentir sua falta! Sometimes everything is wrong.
Now it's time to sing along.
When your day is night (hold on, hold on)
if you feel like letting go (hold on)
if you're sure you've had too much... of this life, well hangon.
cause everybody hurts... sometimes
Take comfort in your friends
Everybody hurts.
Don't blow your hand. Oh, no.
Don't blow your hand.
If you feel like you're alone,
no, no, no, you're not alone
Dougie,no fundo,chorou,não queria demonstrar na frente de todos,mas chorava também.Observava um dos netos de tocando violão e a outra violino no som leve da música.Olhou para os outros netos... cantando,mais uma no tambor e o resto chorando em volta...foi a cena mais triste de sua vida.
If you're on your own... in this life,
and the days and nights are long
when you sure you've had too much ... of this life, to hangon.
yeah, everybody hurts sometimes, everybody cries.
Sometimes
And everybody hurts ... sometimes.
And everybody hurts sometimes. So, hold on, hold on.
Hold on, hold on. Hold on, hold on. Hold on, hold on.
(Everybody hurts. You are not alone.)
(Everybody Hurts – The Corrs)
Dougie sentiu a neve cair em seu nariz,parecia tão branca e limpa... lembrou-se imediatamente do cabelo da velhinha,de como sua neta “queridinha” a acariciava.Pegou o seu rumo de ir para casa...
Doze anos depois...
“ Querida vovó...
Não vou te perguntar se está tudo bem... seria impossível responder! Me lembro de quando falava sozinha... e só você estava lá para responder perguntas bobas ...tals como: ‘Por que o céu é azul? Por que nossos olhos são azuis e os dos Tio Josh verdes? Por que as estrelas não aparecem de dia?...Por que morremos? Essa vida é tudo?’ A senhora perdia a paciência comigo,mas respondia e sempre me abraçava,fazendo eu me sentir protegida,aquecida... amada! Sei o que é isso...estou passando por isso agora...! Muita coisa mudou vovó.Depois da sua morte a pessoa que passou a ser minha companhia foi Dougie...a senhora estava certa! Ele é o homem de minha vida.Tivemos primeiro uma menina, mês que vem é o aniversario dela de oito aninhos! O nome dela é Sarah! E depois tivemos um menino,o Paul! Ele tem três anos só! São lindos,a cara de Dougie! Ninguém puxou para mim... que saco! Hahaha, okay, estou feliz que são a cara dele! Hum,eu não te falei,mas um pouco antes da senhora morrer eu tive o prazer (na época,o desgosto) de conhecer a ex-noiva de Dougie, ela foi grossa e tudo mais comigo na época, mas agora ela virou minha melhor amiga, acredita? Ela virou uma boa pessoa.Depois que fez, acho que dois anos, que eu e Dougie nos casamos ela me procurou e disse que queria melhorar,hoje ela está noiva de um homem que realmente valoriza ela! Ela tem um salão de beleza e foi muito bem sucedida! Ela vai casar hoje...”
- Vamos ! Rápido! – Gritou Dougie do pé da escada.
- Já vou! – Gritou de volta.
- Vai lá pegar a mãe de vocês! – Sussurrou Dougie para as crianças.
“...e vai ser agora o casamento,então...eu vou indo...
Beijos eternos para a pessoa que foi a mais importante da minha vida...
...
‘Outra escoriação para tentar esconder
Outro álibi para escrever
Outra estrada solitária na escuridão da noite
Mas há esperança na escuridão
Você sabe que vai superar’
(Two Beds And a Coffe Machine – Savage Garden)
PS: Sinto sua falta... queria poder sentir seu cheiro novamente.”
- Vamos mamãe!! – Paul pulou no colo de sua mãe.
- É... quero ver Tia Chelsea entrar bem bonita!!! – Sarah puxou a mão de sua mãe.
- Okay crianças, já vou.
- Mãe! O que é isso? – Paul pegou a carta.
- Pa-pa-ra...u-um uma pe-so-ssoa muito especial?
- Para uma pessoa muito especial filha!
- Quem é?
- Quero conhecê-la !- Animou-se Paul.
- Ela morreu querido ...
- Hum... – abaixou a cabeça triste.
- Mas dá isso aqui para mim – pegou a carta e pos sobre uma mesinha – e agora vamos!
- Aeee! Quero ver Tia Chelsea!! – berraram os dois.
- Você está bem? – perguntou Dougie á ao saírem de casa.
- Por que não estaria? Eu não estou sozinha...
F.I.M.
Agradecimentos:
Gostaria de agradecer em Primeiro Lugar a minha T.P.M,por que sem ela,não ia escrever uma coisa sentimental desse jeito! (kkkkkkk)
Ao meu irmão do coração Eduardo (Duda),por me apresentar a música do Savage Garden,a arte de tocar piano,a cifra da música (y) e me ensinar á tocar alguns instrumentos.
Ao meu irmão Thiago (James),por me apresentar a banda The Corrs,ser meu grande influenciador e sempre cantar Everybody Hurts quando estou dodói! (*-*)
Dedico essa Fiction as minhas avós queridas do coração (não,elas não morreram ainda),e eu amo muuuuuuuito elas!
Gente,amem muito a avó de vocês e comentem o que acharam...
Beijinhos e até a próxima fic...
Lív’s.