Autoras: Bii Poynter* e Thá | Betada Por: Jú.Barbie | Revisada Por: Thai Barcella





null, null... null! Socorro, não me deixa aqui!“ gritava null.

“Ai, cuidado... Para... Aaa... NÃÃÃÃÃÃO!” gritou null, acordando assustada e já suando frio.
Na mesma hora, a luz de seu quarto se acendeu e seu marido a abraçou para confortá-la.
“Shhh, hey, hey... Eu estou aqui! Se acalma, vai...” disse null calmamente.
“Ah, null, eu não estou agüentando mais isso...” disse null chorando e afundando seu rosto no peito do marido.
“De novo aquele pesadelo com ele, hein?” perguntou null.
“Er... É... É... Sim! Me-e desculpe, na-ão é... Ah, é contra minha vontade.” disse null, abaixando a cabeça, triste.
“Hey, se acalma, null, você não tem culpa. Aliás, ninguém manda no próprio pesadelo. Eu só... Acho meio estranho, afinal, você não o vê há seis anos e vem tendo esse pesadelo do ano passado para cá. Sei lá... Eu me preocupo com você, amor, você sabe disso.” disse null levantando o rosto da menina.
“Pois é, null, eu não agüento mais ter esse mesmo pesadelo, sabe? Sempre o vejo em um lugar muito escuro e chamando pelo meu nome, dizendo que não está bem e que precisa de ajuda, ele parece tão... Mal arrumado, mal cuidado... Parece doente, sabe?” explicou null. null, por sua vez, não disse nada, apenas ficou observando sua esposa contar aquele sonho. 'Não pode ser!' – pensou ele. - “Quê? É, eu sei, estou ficando louca! Acho que é tanto ódio que eu sinto por ele que... Na verdade, tanto ódio que senti por ele, que agora meu subconsciente o quer mal!” disse null.
“Não, não, é que na verdade nenhum de nós sabe como ele está! Depois que James o substituiu na banda, ele nunca mais apareceu...” mentiu null, sabia que isso seria melhor para ela.
“É, e eu só o vi três meses depois de eu ter terminado com ele. Foi bom, assim fico mais tranqüila dele não saber nada sobre a Kitty.” disse null com uma expressão triste.
null, nós já conversamos sobre isso. Eu me comprometi a cuidar dela como se fosse o verdadeiro pai, mas lógico que vamos contar para ela um dia, não é?” disse null abraçando a esposa.
“Ah, null, ela é tão novinha, poxa, só tem cinco anos. Eu não queria que ela soubesse do pai cafajeste que ela tem...” disse null, deixando algumas lágrimas caírem no colo do marido.
“Sim, null, mas ela é a cara do null, com certeza um dia vai querer saber. Mas tudo bem, olha, eu sou o pai dela, não sou? Então, vamos mudar de assunto, ok?” disse null enxugando as lágrimas do rosto de null.
“Ah, null, o que eu faria sem você? Sério, obrigada por tudo! Por existir!” disse null olhando fundo nos olhos dele.
“Haha, null, também amo você! Para de me agradecer, isso está parecendo uma novela mexicana! É meio piegas, hm?” disse null, tentando animar um pouco a esposa.
“Haha, desculpa, eu me empolguei. Quem mandou ser tão... Assim... Perfeitinho?” disse null.
“Ok, chega de brincadeiras então, haha. Já está de manhã, vou ao quarto da Kitty para ver se ela já acordou, enquanto isso, que tal ir fazendo algumas panquecas para o café, huh?” disse null se levantando da cama.
“Sim, senhor, mais alguma coisa, senhor?” disse null, batendo continência.
“Sim, mais uma coisa, diz que me ama e me dá um beijo de bom dia!” disse null, apoiando o joelho na cama e fazendo biquinho para ela.
“Uh, está pedindo demais! Haha, brincadeira! EU TE AMO!” disse null dando um selinho no marido.
“Acho bom...” disse null, apertando o queixo dela com a ponta dos dedos e logo em seguida saindo do quarto.

null levantou-se da cama, colocou seus chinelos e foi em direção ao quarto da filha. Empurrou a porta cuidadosamente, entrou sem fazer barulho e sentou-se ao lado da filha que ainda dormia. ‘Deus, cada dia que passa ela se parece mais com o pai.’ – pensou null enquanto acariciava o rosto da filha.

”Psiu, acorda, meu anjo! Está na hora de se arrumar para ir à escola.” disse null baixinho, enquanto via sua filha abrir os olhinhos com dificuldade.

null entrou as pressas no quarto onde se encontravam a ‘filha’ e a esposa com uma panqueca na boca.

“Mfe figaram dfa grafadorfa...” tentava dizer null, ainda mastigando.
“Hey, mastiga, engole e depois diz o que tem a falar.” disse null rindo.
“Ligaram-me da gravadora, eu tenho uma reunião agora! Acho que vou voltar só à noite, meu amor.” disse null calçando seus sapatos enquanto dava um beijo na esposa.
“Ah, tudo bem. Eu levo a Kitty à escola hoje. Afinal, é meu dia de folga, vou aproveitar para fazer compras à tarde!” disse null dando um selinho no marido.
“Ok, me liga qualquer coisa. Hey, princesinha, papai já vai. Tenham um bom dia!” disse null, beijando a testa da menina.
“Tchau, papai!” disse Kitty se levantando da cama.
“Te vejo mais tarde, pequena...” null falou, depositando um pequeno beijo nos lábios de null.
“Boa sorte lá, amor.” Ela falou, sorrindo. “Vamos, Kitty, se não você se atrasa...” completou, passando a mão pelos cabelos de sua filha.
“Já estou indo, mãe...” Ela respondeu, dando um beijo na bochecha da mãe.

null sorriu e olhou sua filha caminhando até o banheiro, era incrível como ela havia crescido, e como cada dia mais se parecia com null.
A fim de afastar esses pensamentos de sua mente, null entrou em seu quarto e foi direto para o chuveiro. 'Nada como um bom banho pela manhã...' ela pensou, ao entrar na ducha.
Quinze minutos depois, null já estava pronta, e se encontrava na cozinha esperando Kitty para que pudessem tomar seu café da manhã.

“Cheguei, mãe!” Kitty falou, entrando na cozinha.
“Vai querer quantas panquecas, filha?” null perguntou, já servindo uma panqueca para a filha.
“Uma só está bom, obrigada.” respondeu, sorrindo e pegando o prato da frente de sua mãe.

Após alguns minutos, elas já haviam acabado de comer e se levantavam da mesa.

“Filha, vá escovar os dentes e buscar seu material, depois venha para cá, sim?”
“Está bom...” Respondeu a menina, subindo as escadarias da casa correndo.

null subiu as escadas logo depois de sua filha e foi até seu banheiro escovar os dentes, e, após acabar a escovação, desceu as escadas e encontrou com sua filha sentada no sofá, a esperando pacientemente.

“Vamos?” null perguntou para a filha, que agora a olhava.
“Uhum...” Ela respondeu em um murmúrio, se levantando do sofá e dirigindo-se até a porta de casa.

null tirou o carro da garagem e parou para a filha entrar. No caminho, Kitty não parava de brincar com suas Barbies e null olhava para a filha abobalhada, até que seu celular começou a tocar, atrapalhando os pensamentos dela.

“Alô?” disse null.
null, tudo bom?” disse null do outro lado da linha.
“Hey, null, estou bem e você?” perguntou null.
“Bem. E aí, onde está?” disse null.
“Estou deixando a Kitty na escola... Pronto, filha, pode descer, te busco à noite, porque você tem aula de ballet hoje. Eu te amo! Boa aula!” disse null, abrindo a porta para a filha. “Pronto, null, pode falar.”
“Então, vamos fazer algumas comprinhas hoje?” disse null.
“Haha, o James liberou o cartão para você, foi?” disse null, rindo.
“Não, eu peguei emprestado só por hoje, sabe?” respondeu null, rindo maliciosa.
“Sabia, haha! Vamos sim. Te encontro lá às três, certo?” disse null.
“Combinado. Beijos e até mais tarde!” confirmou null.
“Beijos, até.” disse null desligando o celular e voltando a dirigir.

null voltou para casa e foi se arrumar para passar a tarde no shopping com a amiga, fazendo muitas compras e estourando os cartões de crédito dos maridos. Vinte e cinco para as três, null saiu de casa, pegou seu carro e foi em direção ao shopping.
Ao chegar lá, encontrou null sentada em uma mesinha da praça de alimentação, tomando sorvete.

null!” null disse ao vê-la.
null! Quanto tempo!” null falou, se levantando para abraçar a amiga.
“Deus, que barrigão!” disse null, passando a mão na barriga da amiga.
“Pois é, às vezes me olho no espelho e me pergunto se não engoli uma melancia.” null disse, com um sorriso no rosto, fazendo null gargalhar.
“Olha, amiga, já passei por isso, mas vale a pena.” Sorriu. “Já sabe o sexo da criança? E o nome? Já escolheu?” disse null, curiosa.
“Haha, é um menino! Vai se chamar Joey, James que sugeriu, ele é o pai mais babão que já vi. Precisa vê-lo cantando para minha barriga, diz ele que os bebês escutam tudo.” disse null, sorrindo. “Mas então, me fale você, como vai o null, e a little Kitty? Faz tanto tempo que eu não os vejo...”
“A Kitty está cada vez maior, nada de little. Ela já está com cinco anos! Acho que estou ficando velha...” null disse, balançando a cabeça em sinal de negação e arrancando risos de null.
“Então? Vamos ao que interessa?” disse null dando pulinhos.
“Compras?” null disse, com os olhos brilhando.
“Sim! Isso mesmo!” null disse, com uma cara sonhadora, fazendo null rir.

null e null passaram a tarde toda fazendo compras, tomando sorvete, dando risadas e se lembrando dos velhos tempos.
Quando o relógio marcava quinze para as sete, null se despediu de null e se dirigiu até o estacionamento para pegar seu carro, e poder ir buscar sua filha na escola.
null corria em direção ao carro que estava em um estacionamento fora do shopping, olhava freneticamente seu relógio toda hora. Entrou em um beco para cortar caminho, estava meio escuro e tinha um cheiro desagradável. Mesmo assim não ligou. Continuou correndo até que, sem querer, tropeçou em um homem que se encontrava meio desacordado, sentado no chão e encostado na parede.
“Ai, Deus, me desculpa, eu... O senhor está bem? Fala comigo!” disse null, que se encontrava ajoelhada em frente ao homem, que parecia murmurar algo. “Eu não consigo te enxergar. Ah, já sei!” continuou null, pegando o celular em sua bolsa para iluminar o local. “Então você precisa de aju...” null ia continuar a frase quando focou a atenção no rosto do homem, que por sua vez estava muito pálido. “Cacete, não pode ser...” ela dizia, colocando a mão na testa dele para ver se estava com febre ou algo do tipo. “null? É você?”
O homem, então, em um impulso, abriu seus olhos para ver quem o chamava pelo nome e se deparou com ela. Sim, ELA!
null? É você?” disse ele com dificuldade.
null, eu... Santo Deus, você está péssimo! Seus olhos, eles... Ok, você precisa de ajuda.” disse null, pegando novamente o celular, até que null, com muito esforço, esticou o braço e a impediu de ligar.
“Na-ão, por favor... Não quero que ninguém me veja assim, já basta você... E-eu, vou para casa, não se preocupe comigo.” disse null, tentando, inutilmente, se levantar.
“Shh, se acalma. Eu vou só ligar para o null e pedir para ele buscar a... Enfim, não vem ao caso. Fique aí que EU te levarei até a sua casa.” disse null, ligando para o marido.

“Alô?” disse null do outro lado da linha.
“Hey, amor, tem como você buscar a Kitty na escola? Por favor, estou com um probleminha aqui e não chegarei a tempo.” disse null, sussurrando.
“Claro, meu amor, mas que problema?” perguntou, preocupado.
“Não, relaxa, amor, coisas de mulher, sabe como é, né? Então, obrigada, sim?” disse null, sussurrando cada vez mais baixo.
“Nada. Mas por que está sussurrando?” perguntou novamente.
“Não é nada! Bom, deixa eu ir. Beijos, eu te amo!” disse ela desligando o celular rapidamente, antes que ele fizesse mais alguma pergunta.

“Pronto, vamos?” disse null se abaixando e passando pelo seus ombros um dos braços de null, para o ajudar a levantar.
null, não precisa, eu vou para casa sozinho...” disse null, tentando resistir.
“Fica quieto, null! Parece que continua o mesmo teimoso de seis anos atrás! Shh, eu estou no comando agora. Me diz onde fica sua casa.” disse a garota, se impondo. O levou, ou melhor, o arrastou até seu carro no estacionamento e seguiu direitinho as coordenadas que null dava com dificuldade.
“Pronto, é aquela casa à direita. Aquela grande com um portão amarelo.” disse null.

null, então, chegou ao destino e estacionou o carro em frente a casa dele.

“Olha... Muito obrigado mesmo. E-eu, juro que não te darei mais trabalho e você nunca mais vai me ver... Eu... Tchau, obrigado mais uma vez.” disse null abrindo a porta do carro.
“Não, senhor! Nada disso! Eu vou te levar até lá dentro e te dar um banho. Cara, você está péssimo! Não tem condição de fazer nada agora.” disse ela, dando um pulo para fora do carro e o ajudando com a porta de casa.
“Eu... Eu acho melhor você não entrar... Não quero incomodá-la.” disse null, receoso.
“Já disse para ficar quieto...” disse null, entrando na frente dele e abrindo a porta da casa.
null, não!” disse null, tentando impedi-la.

null entrou na casa e se deparou com uma visão totalmente... Chocante! A casa estava um lixo, empoeirada, com várias latinhas de cerveja espalhadas pelo chão e o pior, ela deu mais alguns passos para frente e se deparou com uma mesinha de centro, que seria normal se em cima dela não estivessem seringas espalhadas, cigarros de maconha de um lado e do outro ‘carreirinhas’ de cocaína.
null estava em choque, olhou para null que fazia força para continuar em pé.

null, eu... Vem cá, eu vou te dar um banho e depois teremos uma conversa séria! Não que você me deva explicações, mas irá dá-las mesmo assim.” disse null, indo em direção a ele, que, por sua vez, não disse uma palavra. “Onde fica o seu banheiro?” null perguntou, fitando null.
“Subindo as escadas, primeira porta à direita...” null respondia à ela, com dificuldade.

null apoiou o braço esquerdo de null em seu ombro e o ajudou a subir o lance de escadas, até chegar ao banheiro.
Ambos entraram no banheiro, null soltou de null e mandou o mesmo se despir e entrar em baixo do chuveiro, enquanto ela ia pegar uma roupa para ele.
null apenas balançou a cabeça, olhando null deixar o banheiro com um olhar triste.
null saiu do banheiro fechando a porta atrás de si, e encarando uma única porta no final do corredor, foi andando até lá, imaginando que seria o quarto de null. Passou pela porta e se deparou com um quarto tão bagunçado quanto à sala. “Bom, pelo menos já sei onde é o quarto...” Ela pensou, andando até o guarda-roupas e procurando roupas decentes para null.
Demorou um pouco para encontrar, até que achou uma blusa apresentável, uma boxer limpa e um calção xadrez. Pegou as roupas e se dirigiu ao banheiro novamente.

null?” disse ela, entrando no banheiro, e ouvindo o barulho do chuveiro ligado.
“Hm?” null soltou um muxoxo debaixo da água, um muxoxo quase inaudível.
“Aqui estão suas roupas...” ela falou, deixando as roupas dele em cima da pia de mármore do banheiro. “Estou te esperando na sala. Quando acabar o banho, vá até lá. Não demore, nós precisamos conversar.” Dizendo isso, sem ao menos ouvir uma resposta, null saiu do banheiro e rumou em direção à sala.

Ao chegar à sala, null sentiu uma tristeza imensa invadir seu coração, ela nunca poderia imaginar null naquela situação, agora ela conseguia entender o porquê de algumas pessoas dizerem que sonhos, às vezes, se tornam reais, e porque acordava tão mal quando tinha um daqueles pesadelos. Tudo que ela sonhava, estava realmente acontecendo.
A mulher parou para analisar cada cantinho daquela sala, até que seus olhos pararam em uma prateleira, não era uma prateleira qualquer, pois nela estava o enfeitinho que ela havia comprado para null no dia que eles terminaram, e o papel que o embrulhava estava bem ao lado dele.

'Então, depois de todos esses anos, ele ainda guardou isso...' null pensou, se aproximando do enfeitinho e enxugando uma lágrima que teimava em escorrer por sua face.

Após alguns minutos admirando o pequeno enfeite, null percebeu a presença de mais alguém na sala, e, ao se virar de costas, se deparou com um null a olhando com um olhar de cachorro abandonado.

“Er... null, muito obrigado por me trazer até aqui, e se preocupar comigo. Agora você já pode ir...” disse null.
“Não, null.” Ela respondeu firme. “Nós precisamos conversar.”
“Você poderia vir outro dia? Eu não me sinto muito bem...” null falou, tentando arrumar um pretexto para fazer a garota ir embora.
“Vá dormir, eu ficarei por aqui e amanhã pela manhã nós conversaremos. Não tente fugir, null null. Você sabe que não pode.” Ela disse ainda firme, encarando null e o vendo subir para seu quarto.

null iria dormir na casa de null, mas o que diria para null? “Oi, amor, eu vou dormir na casa do meu ex, e, ah! Não posso esquecer de te contar! Ele está completamente drogado!”
Definitivamente não diria isso, pensaria em alguma coisa. Então, pegou seu celular e discou o número de null.

“Alô?” null respondeu do outro lado da linha.
“Amor...” Ela ia dizendo, mas foi interrompida por null.
“Onde você se meteu, pequena? Eu já estava ficando preocupado!”
“Calma amor, eu estou aqui na casa da null. Ela pediu para eu dormir aqui, porque o James saiu e ela tem medo de ter o bebê a qualquer momento, então não queria ficar sozinha. Você leva a Kitty amanhã para a escola, por favor? Desculpa por só poder avisar agora. Bom, preciso desligar, a null está me chamando, parece que ela não está se sentindo muito bem... Eu te amo, ok? Beijos, até amanhã!” Dizendo isso, desligou o celular e suspirou aliviada. Agora só restava dormir, esperar o novo dia nascer e ter aquela conversa com null.
Ela ajeitou o sofá e deitou-se lá, e em menos de vinte minutos pegou no sono.

null acordou no dia seguinte com um feixe de luz que ia direto em seu rosto e virou-se para o lado, olhando para o relógio e vendo que ainda era cedo. Espreguiçou-se, calçou um chinelo e desceu as escadas indo em direção à cozinha. Assustou-se quando viu null dormindo em seu sofá. 'Merda, não era sonho!' – pensou null, dando um tapa na própria testa. Andou mais alguns passos e viu em uma mesa, ao lado do sofá em que null dormia, suas ‘coisas’. Correu na cozinha, pegou uma sacola e pôs-se a guardar tudo aquilo dentro da mesma, para que quando a menina acordasse não se deparasse com aquilo de novo. Ele estava quase acabando de guardar quando sentiu uma mão em seu ombro, virou-se e se deparou com a imagem de null em sua frente.

null, não... Não tente esconder o que eu já vi.” disse null, que, agora, se encontrava com os olhos marejados.
null, eu...” null ia tentando dizer algo, quando foi interrompido por null.
“Para, null! Cara, você está vendo o que está fazendo consigo mesmo? Sabe, eu não acredito. Você está se matando pouco a pouco. Heroína, null? Heroína é uma coisa muito séria! Isso mata, sabia? Mata! Isso não é novela! É A VIDA REAL, POXA!” disse null, em um tom de voz mais elevado. null, a essas alturas, também estava com os olhos marejados, jogou a sacola em um canto qualquer e dirigiu-se ao sofá, não agüentava ficar de pé. Não tinha forças o suficiente.
null, para! Você não sabe de nada...” disse null com a cabeça baixa.
“Cala a boca e me escuta, null! Isso não é brincadeira, você aí se drogando... Você tem uma vida inteira pela frente. Está com o quê? 26, 27 anos? Pensa nos teus amigos, na tua família. Pensa em você, pelo amor de Deus, caramba!” disse null, olhando-o fixamente.
“PARA!” disse null gritando, levantando-se e ficando de frente para a menina. “Você acha que é fácil para mim? Você acha que é fácil te esquecer? null, eu não agüentei te perder, sabe, não estou dizendo que a culpa é sua. Porque a culpa realmente é minha! Eu perdi todos os meus amigos, agora só tenho à ela... A droga! Eu sei que está me matando. MAS É ISSO QUE EU QUERO! Eu não tenho mais motivo para viver, não tenho família, não tenho amigos... Não tenho você!” continuou null.
null, VOCÊ TEM UMA FILHA!” disse null em um impulso, percebendo, só depois, o que acabara de falar.
“O quê?” disse ele, arregalando os olhos e ficando mais pálido do que já estava.

null abaixou a cabeça e ficou encarando o chão, percebendo o que ela havia acabado de falar. Ela revelara o segredo que escondia há seis anos de tudo e todos, mas, agora, quem devia explicações para null era ela.

“É isso que você ouviu. Você tem uma filha de cinco anos, e é até impossível de negar que ela é sua filha, ela tem seus olhos, seu sorriso...”
“E por que você nunca me disse?” ele perguntou, sentando-se no sofá, cabisbaixo.
null... Foi complicado... Eu... null, você me traía, e quando a Kitty nasceu, eu já estava com o null, e ele prometeu que ia me apoiar, e cuidar da Kitty como se fosse filha dele.”
“Então ela se chama Kitty, é?” disse ele, esboçando um sorrisinho. “É um nome bem bonito...” falou, suspirando por fim. “Mas, null, se você tivesse me falado, eu teria te ajudado! Eu daria um jeito!” ele falava, com um tom desesperado na voz, mas sem encarar null.
null, você me traiu! Você acha que seria fácil chegar para você e falar: ‘Olha, eu sei que você já me traiu e traía sempre que podia, mas sabe, né, eu estou grávida de você, ou seja, gostando de mim ou não, você vai ter que assumir nossa criança?’ Não, senhor, não é assim que as coisas funcionam...” ela falou, com os olhos marejados e a voz embargada.
“Ela o chama de pai?” perguntou null, com um nó no peito.
“Hã?” murmurou null, virando-se para ele.
“Ela... A Kitty, chama o null de... Pai?” perguntou null.
“Uhum... Afinal, ela realmente acha que ele é o pai dela.” respondeu null.
“Eu entendo... Mas será que... Er, eu poderia vê-la?” perguntou null com um certo brilho nos olhos.
null, eu acho melhor... Bom... Por enquanto não. Você está doente! Ela não pode te ver nesse estado.” disse null, com pena nos olhos.
“Mas... Ela, um dia, vai poder saber que eu sou o pai dela?” perguntou receoso.
null, olha, ela um dia vai ter que saber da verdade, até porque, ela não se parece nada com o null. Já com você, digo, ela é a sua cara...” disse null sorrindo para ele, porém, em questão de segundos, ele desapareceu. “Mas, null, isso não irá mudar muita coisa... Digo, ela saber da verdade e tal. Afinal, tem o null, que é o pai dela, o pai que ela nunca pode ter de verdade. Então, não crie expectativas.” disse null, pegando sua bolsa e se dirigindo até a porta.
“E você? Digo, será que você pode me perdoar por tudo o que eu fiz? Porque, er, eu realmente me arrependi, e, sabe, null, você sempre foi a única, sabe? Eu te...” dizia null, quando foi interrompido pela voz da garota.
null, não continue, por favor. Nem tudo é tão simples, não é com um simples ‘desculpe-me’ que tudo irá mudar. Você me magoou muito, sabia? E-eu, demorei a me acostumar com a idéia de ter que viver sem ter você. Eu te amava com todas as minhas forças e você fez aquela palhaçada comigo... Enfim, não quero mais falar disso! Deixei o número do meu celular em cima da mesa, se precisar de algo me ligue, e, por favor, eu te peço, não volte a usar aquelas porcarias, isso está acabando com você! Você queria uma razão para viver, não é? Pois bem, pense na Kitty, e quando estiver realmente bem, você me liga que eu irei conversar com o null. Tchau, null.” disse null, abrindo a porta da casa de null e saindo em seguida.

Desde aquele dia, um ano havia se passado, null já perdera as esperanças de receber alguma ligação de null, também não teve mais notícias do mesmo. 'Melhor assim' pensava ela. 'Pelo menos ele não vem mais com essas idéias loucas de conhecer a Kitty...'

Em uma manhã londrina ensolarada, null acordou alegre, como se o seu dia tivesse tudo para dar certo. Pensando nisso, ligou para null, para saber se ela estaria em casa à tarde para colocarem a conversa em dia e para os 'pestinhas' se divertirem.
Pegou o telefone e discou o número de null, e ficou esperando, pacientemente, a mesma atender.

“Alô?” disse uma voz do outro lado da linha.
null! Bom dia, é a null...”
“Oi null! Bom dia.”
“Então, eu queria saber, você vai estar aí hoje à tarde? Nós temos fofocas para colocarmos em dia, e a Kitty disse que quer ver o Joey!”
“Claro, vou estar aqui sim!” Falou null, rindo. “Podem vir que horas? Umas duas?”
“Duas está ótimo!”
“Então ok, te vejo as duas! Beijos.”
“Beijo, null.” Dizendo isso, null desligou o telefone e caminhou até o banheiro para tomar um belo banho.

Vinte para as duas, null saiu de seu quarto e foi até o quarto de Kitty, pedir para a mesma se arrumar.

“Princesinha?” Falou null, entrando no quarto da filha.
“Oi, mãe!” Kitty disse, largando seu giz de cera no chão e correndo para abraçar as pernas da mãe.
“Pequena, nós vamos visitar a tia null e o Joey!”
“Eu vou poder brincar com ele?” Ela perguntou, com seus olhos brilhando. 'Incrível, me olhando assim ela parece ainda mais com o null' null pensou, olhando para a menininha que a abraçava nas pernas e a olhava com os olhos brilhando.
“Sim! Claro que vai. Mas agora vá se arrumar, se não, não poderemos ir...” disse null.
“Ok! Me espera que eu já vou!” disse a criança indo em direção a sua penteadeira.

Cinco minutos depois, Kitty apareceu no pé da escada, e viu a mãe sentada no sofá da sala, lendo alguma revista de moda.

“Mamãe! Estou pronta!” Disse, sorrindo para a mãe.
“Vamos, então!” null disse, levantando-se do sofá e caminhando até a porta de sua casa.

As duas foram até a garagem, null pegou o carro e dirigiu até a casa de null, que não ficava muito longe da sua.
Ao chegarem, null tocou a campainha e esperou que null fosse atender a porta.
Em menos de um minuto, null abriu a porta com Joey agarrado em seu pescoço.
null! Kitty!” Ela falou, sorrindo. “Entrem, por favor!”
“Oi, tia!” Kitty falou, entrando na casa.
null, tenho cada coisa para te contar que eu fiquei sabendo no clube do livro dessa semana!” null falou, arregalando os olhos e olhando null rir.

null entrou na casa, viu a mesinha de centro de null arrumada com um bolo de chocolate, duas xícaras e um bule de chá.

“Sente-se aí, enquanto eu deixo o Joey lá com a Kitty.” null disse, apontando o sofá para a amiga.

Logo null apareceu e sentou-se em frente à amiga, servindo chá para ambas e começando a contar sobre a mais recente fofoca do clube do livro que null e null participavam aos domingos.

“Então, amiga, lembra que a Mary Jo disse que estava saindo com seu novo sócio, 22 anos mais novo que ela? Então! Eles terminaram! Ela deu um fora nele porque disse que ele não servia para ela, que ela é mais madura e...” null ia continuar, mas foi interrompida pelo celular de null tocando.
“Desculpa, mas pode ser importante, sabe como é...” Disse null, sem graça, atendendo ao telefone:
“Alô?”
“Alô, null?” disse uma voz masculina do outro lado da linha.
“Sim, com quem eu falo?” Ela perguntou, não estava reconhecendo o número que havia ligado para ela, e muito menos a voz da pessoa que a falava.
null, null null.” Disse o mesmo.

Após ouvi-lo dizer o nome, o coração de null disparou, seus olhos se arregalaram e suas mãos ficaram geladas.

“O... O que você quer?” Ela disse, com dificuldade.
“Eu ligue para te dizer que eu quero conhecer minha filha...”
“Nós já conversamos sobre isso...”
“Mas eu estou ‘limpo’. De verdade!”
“Ok, eu quero comprovar isso, me encontre no Starbucks em meia hora.”
“Ok, te vejo lá então.” Disse, logo em seguida desligando o telefone.

“Amiga, você está bem?” null perguntou, preocupada.
null, surgiu um pequeno problema, você olharia a Kitty para mim enquanto eu vou resolver isso? Prometo não demorar muito...”
“Claro, null. Mas o que aconteceu?”
“Depois eu te explico com mais calma...” Disse null se levantando e indo em direção à porta. “Você é um anjo, null, obrigado por olhar a Kitty!”
“Imagina, ela não dá trabalho nenhum!” null respondeu, sorrindo. “E boa sorte, seja lá com o que for...”
“Obrigada!” null disse, saindo da casa de null.

Em menos de quinze minutos, null se encontrava estacionando seu carro em frente ao Starbucks que combinara com null, avistou-o lá dentro e se dirigiu para a porta de entrada.
null acenou para ela, que em seguida foi em sua direção.

“Vem, sente-se.” disse null, puxando a cadeira para ela.

null não disse nada, apenas obedeceu. Ele estava certo, estava realmente ‘limpo’, esboçava um sorriso inconfundível, estava com sua ‘cor’ normal, estava cheirosinho e, principalmente, estava bem vestido. 'É ele mudou...' – pensou a menina.

“Então, er, me desculpe não te ligar nesse último ano, mas... Bem, eu estava em tratamento e...” dizia null quando foi interrompido por null.
“Não precisa se explicar, eu vejo o resultado. Sabe, eu nunca pensei que um dia falaria isso para você, mas eu estou orgulhosa de você.” disse null, passando a mão no rosto de null, era inevitável! Como se ele tivesse um imã que a puxava para mais perto. Ele, em resposta, fechou os olhos. Tudo que corria ao seu redor em um piscar de olhos parou, só queria sentir o toque da menina que, na mesma hora, começou a ficar com a respiração falha, mas logo seu subconsciente começou a gritar que aquilo era errado, então se iniciou uma disputa entre seu coração e seu subconsciente. Amor versus Razão. null tirou a mão do rosto de null e pigarreou.
“Er... Então, eu vim aqui dizer que daqui a uma semana será o aniversário da Kitty. Vai ser uma festinha simples lá em casa e eu queria que você fosse. Vou conversar com o null, tenho certeza que ele amará a idéia. Só que vá como nosso amigo, não como pai dela, por favor, null.” disse a menina, se levantando e pegando sua bolsa.
“Sério? Digo, eu poderia? Com certeza irei estar lá!” disse null se levantando com um certo brilho nos olhos.
“Bom, toma meu endereço...” disse null, entregando um papel a ele. “Não esquece, ok? Seria bom para um novo começo, você comparecer à festa de 6 anos da nossa filha.” disse null saindo do local e deixando null para trás com um sorriso de orelha a orelha.

Uma semana havia se passado e null e null não tinham tido nenhum outro contato.
null pensou muito se havia errado em chamar null para a festa, apesar de null não ter feito nenhuma objeção ao assunto, ela estava insegura quanto ao que ela havia feito.
Estavam a poucas horas da festa, e Kitty estava toda animada correndo pela casa com a sua mais nova Barbie, que havia ganhado de seus pais.
null abria a porta recebendo os primeiros convidados, que entravam e depositavam o presente em um enorme baú que estava no hall da casa.
“Oi, tia null.” disse uma menininha que aparentava ter a mesma idade de Kitty, e que pulava no colo de null.
“Hey, Melissa!” disse null sorrindo para a menina.
“Tia, onde está a Kitty?”
"Está lá dentro com os outros amiguinhos. Vai lá, tem sorvete!” disse null colocando a menina no chão e a vendo correr atrás de sua filha.

Já estava no meio da festa, todos os convidados havia chegado, menos ele. Não ele, e sim ELE!

'Puta que o pariu, ele não vem, como eu previa!' pensou null, enquanto fitava os próprios pés.

Na mesma hora, a campainha tocou e null correu para atendê-la.

“Wow, você não morre tão cedo!” disse null, gargalhando.
“Hã?” murmurou null, sem entender.
“Nada não, esquece, vai. Entre e fique a vontade!” disse null, dando passagem para o menino.
“Olha, me desculpe a demora, mas é que eu estava escolhendo o último presente dela. Foi difícil achar.” disse null com um sorriso amarelo.
“Não tem problema, vou chamar a Kitty.” disse null, indo atrás da filha.

null assentiu e esperou as duas voltarem. Em menos de cinco minutos, lá estava nos braços de null a Kitty, sua filha! Como ela era linda, e tinha os olhos do pai, o mesmo sorriso, a mesma expressão. null sentiu seus olhos lacrimejarem. Estava emocionado, sim, emocionado! Essa era a palavra ideal para o momento.
null, então, para quebrar o silêncio resolveu apresentá-los.

“Er, então, filhinha, esse aqui é o tio null!” disse null meio receosa. Tio? Será que null ficaria magoado? Enfim, já tinha falado.
“O tio null é bonito, né, mamãe?” disse Kitty, erguendo os bracinhos com a menção de ir para o colo dele.

null logo passou Kitty para null e os observou, sorrindo.

“Sim, Kitty, ele é muito bonito!” disse null meio receosa.
“E você também é muito linda, Kitty!” disse null sorrindo.
“Tio, você trouxe presente para mim?” perguntou Kitty com os olhinhos brilhando.
“Kitty!” disse null em um sinal de reprovação.
“Haha, trouxe sim, pequenina! Parabéns, ok?” disse null dando os embrulhos para Kitty que, na hora, saiu correndo para abri-los.
“Ai, ai, ai, ela não tem jeito mesmo! Hahah. Bom, quer conhecer o quartinho dela?” perguntou null.
“Lógico!” disse null, ansioso.

Então null e null subiram o lance de escadas que davam para os quartos, e entraram no primeiro quarto à esquerda, que tinha Kitty escrito na porta, com várias borboletinhas penduradas.

“Bom, é bem... Rosa! A Kitty adora rosa.” disse null, olhando null.

null não dizia nada, estava preocupado demais em ‘babar’ nos desenhos da filha. Andou mais alguns passos e deu de cara com um grande painel cheio de fotos da menina, e algumas dela com null e... null. Sim, tinha esquecido, null era o ‘pai’ da garota. null, então, sentiu seus olhos lacrimejarem e um grande peso em suas costas. Decidiu se sentar. null percebeu o que estava acontecendo e, por mais que não pudesse fazer muita coisa, sentou-se ao lado dele.

“Hey, olha, não fique assim. Você não pode culpar o null de estar exercendo o seu papel, sabe...” disse null enxugando as lágrimas que caíam do rosto do menino.
“Não eu... Eu não estou culpando-o. Na verdade, estou ME culpando, por ter sido um idiota.” disse null, ainda de cabeça baixa.
null, olha para mim...” disse null levantando o queixo dele com a ponta dos dedos. “Você realmente foi um idiota, isso eu não posso negar. Mas, cara, você amadureceu muito, sabe? Eu vejo o seu progresso. Se você está aqui agora, conhecendo sua própria filha, é porque alguma coisa você fez certo. Pare de se martirizar.” disse null, olhando fixamente nos olhos de null.
“Sabe, eu queria fazer certo dessa vez. Queria poder ter uma família, queria a Kitty ao meu lado, queria você ao meu lado.” disse null se aproximando mais de null, que agora tinha a respiração falha. “Eu prometo que, se você me der uma chance, eu... Eu farei diferente!” continuou null, cada vez mais próximo da menina.
null, não!” disse null, quando null estava prestes a beijá-la, ela deu um pulo da cama e se levantou. “null, me desculpa, mas eu não posso!” disse null, deixando teimosas lágrimas caírem de seu rosto.
null, por favor, eu te peço uma chance! Nós podemos começar do zero, eu posso provar o quanto mudei!” disse null encarando a garota que, por sua vez, andava de um lado para o outro.
null, eu não duvido disso, você realmente mudou. Mas, isso envolve outras pessoas. Sabe, eu me casei com o null, não seria justo com ele. E a Kitty, ela ainda acha que o null seja seu pai...” disse null com uma voz embargada.
“É-é... Você tem razão... Talvez tenha sido um erro eu vir até aqui. Eu vou embora, depois te ligo para saber da Kitty ou sei lá... E-eu, não estou me sentindo bem. Tchau e... Por favor, nunca se esqueça que... Eu te amo de verdade!” disse null se levantando da cama, indo em direção à null, passando a mão no rosto molhado dela e logo em seguida dirigindo-se para fora do quarto.

null sentou-se na cama de Kitty e começou a chorar descontroladamente. null, que observava a conversa inteira, entrou logo que null deixou o quarto e sentou-se ao lado da esposa. Eles precisavam conversar. Seria muito difícil para ele, mas sua felicidade era baseada na dela e ele tinha certeza que ela ainda não havia esquecido null.

“Hey, pequena, não fique assim.” disse null, a abraçando.
null, eu gosto muito de você, sabe?” disse null, afundando o rosto no peito do marido.
“Eu sei, não duvido disso. Mas nós precisamos conversar.” disse null, apertando a mulher contra si.
null, eu...”
“Não precisa falar mais nada.” Ele disse, passando a mão pelo rosto da mulher. “Eu sei que você ainda o ama.”
“Mas eu não posso fazer isso! Não com você, null! Que foi tão bom comigo quando eu me vi sozinha...”
null, se tem algo que ninguém manda, esse algo é o coração. E ninguém vive com o coração partido...”
“Mas...”
“Sh, deixe-me terminar.” Falou ele, dando um meio sorriso. “null, eu te amo, amo mesmo! E é por isso que o que eu mais quero nessa vida é que você seja feliz, não importa se não for comigo, se for com o null, com qualquer pessoa, mas eu só quero te ver feliz...”
null...”
null, entenda, por favor, acima de tudo, de sermos casados ou não, nós não podemos esquecer que somos amigos! E amigos estão sempre ao lado um do outro, por isso, se você quiser ir atrás do null, eu te dou todo meu apoio, e se não der certo, eu vou te esperar de braços abertos. Porque você é, e sempre vai ser, a minha pequena, minha null. Aquela a quem eu amo muito, aquela que eu só quero ver sorrindo.” Disse null, por fim, deixando escapar uma lágrima de seus olhos.

null não controlava mais as lágrimas. Já estava chorando abertamente no ombro de null.

null, eu nunca vou te esquecer. Você é meu anjo da guarda. Nunca vou poder te agradecer por tudo que você me fez, nunca mesmo!” null falava, abraçando null cada vez mais forte.
“Eu também não vou te esquecer, null, nunca mesmo, e você não precisa agradecer por nada, tudo que eu fiz, foi por amor à você...”
“Ah, null...” null não conseguia mais nem se comunicar direito, devido a sua respiração falha e aos seus soluços.
null, já está na hora de cantar parabéns. Vamos, se arrume que eu vou levar as crianças para a sala.” null falou, se soltando de null e descendo até a sala.

null ainda sentia seu rosto molhado, e seu nariz provavelmente deveria estar com um aspecto avermelhado. Ela riu com o próprio pensamento, se levantou da cama que estava sentada e dirigiu-se ao banheiro mais próximo, a fim de retocar sua maquiagem e dar um ‘up’ em sua aparência de: “eu-acabei-de-chorar-mas-não-me-pergunte-porquê.”
null desceu as escadas, e lá estava Kitty, em cima de uma cadeira, observando o bolo ‘rosa’ que fizeram para ela. Deu mais alguns passos e viu null abraçar a menina em um gesto paternal mesmo. null sorriu, continuou andando e ficou ao lado de Kitty e de null.

“Bom, vamos começar?” disse null, sorrindo para null.
“Vamos, né, Kitty?” disse null sorrindo.

E em poucos minutos estavam todos cantando a famosa ‘músiquinha’ do ‘parabéns para você’. null não poderia estar mais feliz, estava emocionada com isso tudo. Com as palavras de null, com a festa da filha.

“Hey, null, o que está esperando?” disse null sorrindo.
“Hã?” disse null, não entendendo nada.
“Ai, Deus, vem comigo!” disse null, puxando a menina pela mão para a porta da frente de casa.
null?” null continuava sem entender.
“Vai! Ele te espera!” disse null sorrindo.
“Quê? Ok, eu não estou entendendo.” disse null com uma cara confusa.
null, vá atrás do null, caramba! Ah, espera aí... KITTY!” gritou null.
“Que foi, papai?” disse a menina, que veio correndo.
“Sua mãe quer te levar para visitar uma pessoa.” disse null agachando-se para falar com a ‘filha’.
null, agora...”
“Shh, vai logo!” disse null, fechando a porta de casa.
“Kitty, vai para o carro que a mamãe já está indo...” disse null, entregando as chaves para a filha, que a obedeceu sem pestanejar.
null, espera.” disse null empurrando a porta e a abrindo novamente.
“O que foi?” disse null ainda com um sorriso estampado no rosto.
“Obrigada!” disse null, beijando sua boca e expressando todo o agradecimento que ela tinha por ele.
“Eu te amo, pequena, não se esqueça disso. Agora vai!” disse null, quebrando o beijo.
“Ok, tchau.” disse null correndo para o carro.

null, por sua vez, fechou a porta, se encostou nela de costas e foi escorregando até sentar no chão. Estava chorando, aquele com certeza seria o último beijo que daria na garota, ele a amava, isso era fato. Sabia que ela também gostava dele, mas não como gostava de null. null limpou as lágrimas e logo se levantou para cuidar de alguns convidados que ainda estavam lá.

null estava dirigindo e estampava um sorriso de orelha a orelha.

“Mamãe, aonde nós vamos?” perguntou Kitty.
“Vamos visitar o null. Você gostou dele, não é, filha?” disse null sorrindo.
“Eba, adorei! Ele me deu um monte de presentes.” disse Kitty rindo.
“Kitty, que tal você agora ter dois papais? Se você quiser, claro.” disse null, meio receosa.
“Sério? Eu vou ter dois papais, mãe? Posso chamar o tio null de pai também?” perguntou Kitty com os olhos brilhando.
“Lógico que sim. E ainda vai poder visitar o papai null sempre.” disse null sorrindo.
“Que legal, mamãe! Agora eu tenho outro papai. Vou contar para todas as minhas amiguinhas!” disse Kitty.
“Haha, ok, minha linda. Bom, vamos descer, chegamos à casa do papai null!” disse null descendo do carro e sendo acompanhada por Kitty.

null tocou a campainha e logo null foi atender.

“Oi?” disse null com uma cara de sono.
“Papai null!” disse Kitty saindo de trás de null e indo em direção a null, que, por sua vez, abaixou-se e a pegou no colo com um sorriso confuso.
“Papai?” disse null, virando-se para Kitty.
“É, papai! A mamãe disse que eu posso te chamar de papai. E que agora eu tenho dois pais!” disse Kitty, abraçando null.
“Isso é sério, null?” disse null sorrindo de orelha a orelha.
“Lógico que é, null!” disse null sorrindo também, ela entrou na casa e fechou a porta. “Kitty, por que você não vai dar uma olhadinha na sua nova casa e vai escolher um quartinho para você, huh?” disse null. null, então, desceu Kitty de seus braços e deixou que sua filha corresse para o interior da casa.
“Eu não acredi...” ia dizendo null quando foi interrompido pelo beijo que null dera nele.

null, então, foi levando a menina escada a cima, sem se desgrudar do beijo. Entrou em seu quarto e fechou a porta. A deitou delicadamente na cama e logo em seguida deitou também.

“Nossa, quanto tempo eu esperei por isso.” disse null, sorrindo para ela.
“E eu, então?” disse null gargalhando e logo em seguida o puxando para mais um beijo.

Desde o “reencontro” de null e null, haviam se passado cinco meses. Kitty visitava null sempre que pedia à sua mãe e o relacionamento do casal (null e null) nunca esteve tão bom, parecia que, finalmente, depois de um longo e cansativo tempo, as coisas para null estavam começando a se encaixar.
Em um feriado prolongado, onde null e null estavam sozinhos em casa, pois a filha havia ido passar o feriado com null, null entrou no quarto e null ainda estava dormindo, chegou perto e lhe deu um selinho fazendo-o despertar.

“Bo-bom dia, meu amor...” disse null, se espreguiçando e abrindo os olhos com dificuldade.
“Hey, lindo, tenho uma surpresa para você!” disse null mostrando um objeto estranho para null.
“Ok... Que diabos, é isso?” disse null, esbugalhando os olhos.
“Um teste... De gravidez, e ele está azul.” disse null, chegando mais perto de null.
“Isso significa quê?” disse null esboçando um sorriso.
“EU ESTOU GRÁVIDA!” disse null, pulando nos braços de null.
“AAAAA! Dessa vez eu vou fazer tudo direitinho! Não vou perder nem um segundo da vida dela!” disse null, sorrindo e apertando a mulher.
“Ou dele...” completou null.
“Ou dele! Hahaha.” disse null dando um selinho em null.
“O que você acha de Lola?” perguntou null, deitando no colo de null
. “Hã?” murmurou null.
“É! Nomes, meu amor, eu quero nomes!” disse null olhando para ele.
“Eu gosto de Lola. E se for ele?” perguntou null.
“Eu gosto de Allan.” sugeriu null.
“Poderia ser null, afinal, ele cuidou durante seis anos das coisas mais preciosas que eu tenho hoje.” disse null sorrindo.
“Awn! É, null seria legal.” disse null se levantando e beijando o marido.

Agora sim, null e null poderiam afirmar que não poderiam ficar mais felizes, tinham o relacionamento dos sonhos, uma filha linda e mais um bebê a caminho para encher a vida deles com mais alegria e cor.

“O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”


Fim!


Nota da Bii: Cara, estou eu aqui, no msn com a Thá ( a salvadora da fic, porque se não fosse por ela, a fic não andaria para frente çç’ ), nós estamos emocionadas obg. Haushauhsuahua! Cara, é chorante ( palavra inventada por Thá, daule! )... então a fic está tão linda çç’. Haushusa. Gente eu sei que tipo, a estrutura dela esta TOTALMENTE diferente da Ele&Ela1, haushauhsua. Essa aqui não é mais short fic, e não tem aqueles ‘poeminhas’ entre cada estrofe... mais vai dizer que ficou boa?! Ahsuahushau, olha essa é uma das únicas fics que eu gostei do resultado... também né com a Thá junta no comando :D
Enfin é isso, eu queria agradecer MUITO³ a Thays, sim você me ajudou bastante e pans okz.
Bão... é isso. Espero que tenhão gostado tanto quanto nós. COMENTEIN (6). Ahushau
Beijos na bunda ;**

Nota da Thá: Sério, eu e a Bii estamos aqui no msn, e nós chegamos a conclusão (?) que nos ficamos emocionadas com o término dessa fic, e que a fic ficou assim tão, chorante (?) HAHAHA. Ah sim, eu queria agradecer a Bii por ter me chamado para escrever com ela! Foi assim, emocionante... (?)
Boom, Bii, obrigada por apostar em mim pra escrever com você, e se precisar de ajuda, pode me chamar, sem problemas :D'
Espero que voces gostem de ler a fic tanto quanto eu gostei de escreve-la!
E para fazer duas garotas bochechudas suuuper* felizes, existem os comentários abaixo! Não se esqueçam deles! HAHAHAHA (66)'
Beijos caramelizados *-* :***

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