História e script por: Bii Poynter* | Revisada por: Thai Barcella
Ela falava, ele não ouvia
ela sofria, ele nem ligava
ele mentia, ela acreditava...
“Bebê, você não sabe! Eu consegui aquele emprego de fotógrafa que eu tanto queria, mandei meu currículo para o cara da empresa e ele disse que eu posso começar já amanhã!” – Disse null, pulando no colo do namorado, que por sua vez tentava se esquivar para continuar vendo o jogo de futebol que passava na televisão.
“Hum...” – Murmurou null, ainda se contorcendo para olhar a televisão. “null, me dá licença, esse é o último jogo do campeonato e você está me atrapalhando, poxa!” – Resmungou null, a tirando de seu colo e sentando-se do outro lado do sofá.
“Mas eu... Você nem ouviu o que eu disse, não é, null?” – Disse null, fitando os próprios pés enquanto deixava uma lágrima cair depois de ter percorrido seu rosto. ‘Na verdade, você nunca ouve o que eu tenho a dizer, não é?’, pensou a menina enquanto levantava o rosto com dificuldade para encarar o garoto.
“Eu ouvi sim e você quer que eu faça o que? Solte rojões? Olha, me dá licença que eu vou terminar de ver o jogo na casa do James, ok?!” – Disse null com o timbre de voz já alterado, se levantando do sofá, indo em direção à porta e a batendo com força.
null ficou observando a porta por, pelo menos, uns quinze minutos. Não conseguia nem piscar, estava numa espécie de transe, só conseguia pensar no quanto o namoro deles era perfeito até a primeira semana, do tanto que ele a tratava com carinho e amor. Por fim, null balançou a cabeça, conseguiu esquivar-se de seus próprios pensamentos e deitou no sofá, dando uma trégua para si mesma, ‘talvez ele só esteja passando por uma fase ruim’, pensava a garota. Pegou uma almofada e colocou sobre o rosto, em uma tentativa de abafar um grito que mais tarde sairia de sua garganta. Passou mais uns cinco minutos fitando o teto e acabou adormecendo ali mesmo.
Ela o esperava, ele não voltava
ela sorria, ele ria dela
ela queria uma coisa séria, ele só queria se divertir...
null acordou assustada devido ao pesadelo que acabara de ter, estava suando frio. Olhou para o relógio que marcava dez pras dez, havia esperado este tempo todo por ele. Resolveu olhar pela casa para ver se null já havia chegado e nada, tudo isso em vão...
Pegou o celular e apertou a tecla send, para ligar para o último número discado que, obviamente, era o dele. Chamou duas vezes, na terceira ele atendeu.
“Alô?” – null atendeu, berrando por causa do grande som de vozes e música que se misturavam no local em que estava.
“Hey, bebê! Onde você está?” – Perguntou null.
“Ah... Oi, null! Eu estou na casa do James, ele trouxe uns amigos para cá e a gente está conversando e ouvindo música.” – Respondeu null.
“Hum, é que eu pensei que nós fossemos jantar hoje, você disse que tinha reservado dois lugares naquele restaurante que inaugurou há alguns dias...” – Disse null, desapontada.
“Nossa, é mesmo! Me desculpa, pequena, eu acabei enrolando aqui e ...” – Ia continuar a frase quando foi interrompido pela garota.
“Ei, ei, não tem problema, não! Vamos fazer assim: Outro dia nos saímos juntos, certo?! O importante é que você está se divertindo com os garotos agora. E outra, eu estou cansada também, vou dormir. Boa noite, bebê! Divirta-se... Beijos!” – Disse null, desligando o celular com um sorriso estampado no rosto, estava feliz em saber que null estava se divertindo e havia esquecido do pequeno problema que tiveram hoje mais cedo, na hora do almoço. Deixou o celular em cima da mesa e foi dormir.
“Patética... E então, gata, onde foi que paramos? Ah, sim, me lembrei agora!” – Disse null, jogando seu celular longe e voltando a beijar a garota que estava a sua frente.
A verdade era que null não estava na casa de James, e sim na casa de alguém que ele nem conhecia, foi lá, pois sabia que o dono da casa estava dando uma ‘festinha’ e que haveria muita bebida e, o mais importante para ele, garotas!
Ela acreditava em tudo o que ele dizia, ele dizia o mesmo pra todas as meninas
ela o queria para sempre, ele só por um momento
ela se entregava, ele só aproveitava.
null acordara de repente, com null olhando para ela.
Espreguiçou-se, sorriu e sentou na cama ao lado do namorado.
“Está aqui há muito tempo, amor?” – Perguntou null, abraçando o garoto.
“Er... Sim, sim! Estava com saudades, e resolvi dar uma passada aqui na tua casa para ver como estava.” – Disse null, com um sorriso falso no rosto.
“Oun, que lindo, bebê!” – Disse null se aproximando para dar um beijo no garoto quando foi interrompida pelo celular do garoto que começara a tocar freneticamente uma música do Not Your Hero.
null olhou para ver quem era e pediu licença para a garota, que não entendeu muito bem, mas foi em direção ao banheiro tomar um banho para que pudesse deixar o garoto a sós.
“Hey, Lindsay. Como vai, gata? Estava com saudades de você.” – Disse null, na maior cara-de-pau.
Ficou conversando com a tal de Lindsay por uns vinte minutos até que ouviu o barulho do chuveiro sendo desligado e desligou o celular também. Deitou na cama e observou null saindo do banho apenas de toalha, sorriu malicioso para a garota, que entendeu o recado. Deixou a toalha escorregar pelo corpo e cair no chão e foi lentamente se aproximando de null. Subiu em cima do menino e começou a beijá-lo com voracidade. Em poucos minutos a respiração dos dois estava falha, ela tentava desabotoar a camisa dele, sem sucesso, ele apenas pegou na gola e a rasgou até em baixo, jogando o que havia sobrado da camisa no chão. null, por sua vez, beijava o abdômen de null e parou para abaixar o zíper da calça dele, que também foi parar no chão, logo mais, junto com sua boxer. null parou de beijar a menina e em um movimento rápido fez com que ela ficasse por baixo e ele por cima. null o puxou com força para mais perto, sua perna envolveu a cintura dele e em questão de segundos eles estavam em um encaixe perfeito para serem confundidos como um só. null fazia por amor, se entregava de corpo e alma. null, por tesão. Ele continuava com os movimentos até que chegou ao ápice e despejou todo seu corpo em cima do dela, e assim os dois descansaram. Ficaram um tempo se olhando e null nunca deixava de fazer carinho nele enquanto seus olhos ainda estavam fechados, ela sempre ficava com mesmo sorriso bobo depois de tudo, e ele? Ele esperava alguns minutos, se levantava e colocava suas roupas. E dessa vez não foi diferente. Deu um último beijo nela, se levantou para pegar suas roupas que estavam espalhadas no chão.
“Hey, null... Eu vou nessa, ok?! Mais tarde a gente se fala. Eu te ligo.” – Disse null, já saindo do quarto da menina.
null não se surpreendeu, não, apenas fechou os olhos e assim adormeceu.
Ela falava ‘eu te amo’, ele apenas respondia da boca para fora,
ela procurava o príncipe, ele procurava a próxima
ela o queria, ele queria muitas.
Era quinta de manhã, e null havia saído para fazer compras, estava com o intuito de comprar algo para null, claro, o que ela não fazia que não fosse voltado a favor desse menino? Parou em frente a uma lojinha e avistou algo perfeito, entrou na mesma e pediu a vendedora sua atenção.
“Bom dia, será que eu poderia dar uma olhada naquele enfeitezinho ali?” – Perguntou null, se debruçando no balcão e apontando para o enfeite que era uma torre de um castelo, onde estava uma delicada princesinha olhando para baixo, onde se encontrava um príncipe ajoelhado com somente uma pern,a segurando um coraçãozinho apontando para ela.
“Claro que pode, mas já vou te avisando, é meio caro, os donos desta loja são loucos. Todos que pedem para ver isso aí desistem na hora que lhes digo o preço.” – Indagou a atendente.
“Ah, não faz mal, eu pago o preço que for. É para o meu namorado.” – Disse null, observando a peça com os olhos brilhando já.
“Oun, que graça. Aniversário dele ou dos dois?” – Perguntou a atendente.
“Não, nenhuma ocasião em especial não. Bom, vou levá-lo.” – Disse null, entregando o objeto para que a atendente pudesse embrulhá-lo e tirou seu dinheiro da bolsa.
“Hey, a propósito, não teria como você escrever no embrulho: ‘Para meu príncipe encantado!’?” – Perguntou null, voltando-se para a atendente que na hora assentiu com a cabeça e colocou-se a escrever o que mandara.
“Prontinho, senhorita! Obrigada pela preferência e volte sempre!” – Disse a atendente, acenando para a menina que saía pela porta da loja.
null andava feliz pela rua, já havia planejado tudo. Chegaria de surpresa na casa de null com o presente nas mãos e ingressos para uma sessão especial de ‘Tartarugas Ninja – O Filme’ que estava a meses para consegui-las, agora só faltava ligar para ele para saber se realmente estava em casa. Pegou o celular na bolsa e ligou.
“Alô?” – Disse null com uma voz ofegante.
“Bebê? O que houve, por que está com essa voz?” – Perguntou null, calmamente.
“Ah, eu estava fazendo abdominais no chão do meu quarto.” – Disse null, tentando se acalmar.
“Ah, sim! Bom, o que vai fazer agora à tarde?” – Perguntou a menina.
“Ah, eu estou muito enrolado em um projeto aí com os caras da banda, desculpa não poder sair de casa hoje.” – Respondeu null.
“Ah, tudo bem, bebê. A gente se fala outro dia, não é?! Beijos. Te amo e boa sorte!” – Disse null desligando o celular. ‘PERFEITO’, pensou null, era a hora perfeita para que ela pudesse ir de surpresa na casa do menino. Ele iria se distrair e aliviar a tensão do trabalho. null pegou um táxi e em menos de vinte minutos estava à frente da casa, torceu para que estivesse destrancada, torceu e por um milagre conseguiu.
“Isso!” – Disse dando um pulinho de alegria.
A menina entrou na casa com as pontas dos pés, sorriu e sentiu um frio na barriga. Subiu as escadas com todo cuidado do mundo e girou a maçaneta da porta do quarto de null e abriu a porta devagarzinho...
“SURPRESAAAA.” – Disse null entrando no recinto e se deparando com uma situação um tanto como ‘surpresa’ mesmo.
“Merda.” – Disse uma menina se cobrindo com os lençóis enquanto null saía de cima dela, sem parar de olhar para null, que essa hora já havia deixado os presentes cair no chão junto com o mar de lágrimas que tomava conta de sua face.
“null, eu... Er, posso explicar.” – Disse null, colocando suas boxer e indo em direção à menina.
“null, não ouse me tocar! E... Eu fui muito cega. Claro que eu já sabia, mas... Não queria acreditar, sei lá. Quer saber? Dane-se também!” – Disse null dando um passo para trás quando null tentou inutilmente passar a mão no rosto dela. “Não, já disse para não encostar em mim... Eu vou embora. Não tente me procurar, ok? Boa sorte nesse seu novo ‘projeto’.” - Disse null apontando para a menina que permanecia na cama, com um expressão meio confusa, logo em seguida saiu da casa dele, sem rumo. Parou em uma pequena lanchonete e por lá ficou um pouco até ir para sua casa.
Enquanto isso, null já havia mandado a menina que estava com ele ir embora e agora se encontrava em sua cama, abrindo o embrulho que null deixou cair no chão. Abriu e pôde ver os dois ingressos para o filme que ele mais gostava, que já havia saído de cartaz e tinha apenas uma sessão especial, ‘Como ela havia conseguido?’, pensou o garoto.
Continuou desembrulhando e viu o pequeno enfeite com o príncipe entregando o coração para a princesinha, que estava no alto da torre. Riu irônico. Sim, ironia, pois no embrulho falava ‘Para meu príncipe encantado.’ e de príncipe ele não tinha nada, quem era o ‘príncipe’ dele era ela, sim, ela que fazia tudo por ele. Agora ele que se encontrava com os olhos marejados, com um enorme nó que apertava seu peito. Ele a amava, isso era fato. Mas a diversão sempre gritava mais alto e ele a obedecia. Agora ele estava pagando o preço disso tudo. Sabia que, talvez, nunca houvesse volta.
‘A gente só passa a dar valor para as pessoas, quando nós as perdemos. Te amo, minha princesa.’, foi a mensagem que ela estava lendo dele enquanto deitava na cama. Mas ela não chorou, não, apenas ignorou, desligou o celular e o jogou longe.
No fim, ele descobriu que ela era única, ela descobriu que ele era apenas mais um...
Fim!
Nota da Autora: Heeeeeeey. Mais uma fic para fazer vocês perderem tempo, ein. Hauahuehue. Brincadeira ._. . Mais ein, essa daí ficou bem diferente das minhas outras né, meio drama demais. Mais eu juro que gostei viu. Bom com certeza vai ter parte dois, assim como as minhas outras fics também que eu já comecei a escrever a segunda parte delas. Enfim, comentem okz? Eu sei que muita gente não vai gostar por causa do final e pans, mas não encarem isso como terminado, como eu já disse... Com certeza virá parte dois! Ah é isso viu, tentei mostrar que nem tudo é um mar de rosas, se é que vocês me entendem. Eu queria agradecer ao Guto que está fazendo a parte dois da fic ‘Um natal Inesperado!’. Yeah, também estou louca para lê-la! Hauahuehue. Haa, já falei demais. Beijos na bunda #***