Ei, eu vou contar uma história sobre uma garota, mas é escondido, ok? Ela não sabe que eu estou contando essa história e, se ela soubesse, coitada de mim! Mas, primeiro, deixa eu me apresentar, eu sou a e tenho vinte e oito anos. Certo, trinta e dois anos. Tudo bem, tudo bem, eu digo a minha idade, tenho trinta e nove anos. Ai! Admito, quarenta e um anos. Agora é sério, juro. Mas a minha amiga tem quarenta e dois. Eu sou casada, mas não tenho nenhum filho, nem quero ter, acho que não é para mim, sabe?! Mas a não! Ela é divorciada e tem três filhos: Ligia, vinte anos, João, quinze anos e Iago de doze. O casamento foi bom, mas ele estava ficando desgastado, já não tinha mais amor entre eles. Faz dois anos que ela está sozinha e te digo uma coisa: ela está insuportável.
- Ela está chata, tia, não agüento mais ela! E isso só tem um motivo: falta de homem. É isso aí! – Disse Ligia para mim. Ligia não mora mais com a mãe, mas trabalha com ela. É até engraçado conversar com ela, parece que ela tem a minha idade!
- Eu estou notando isso, mas o que a gente vai fazer? Uma fila cheia de homem de todos os tipos para ela escolher? Não dá! – Falei, colocando os pés na outra cadeira.
- Olha que engraçado! “Quer um parceiro e não acha de jeito nenhum? Esse é o seu lugar! Mais de dez encontros em menos de uma hora!” que tosco, não? Só vai feio e! – Falou João, o santo. Por que o santo? Ele acabou de dar a idéia mais genial de todas!
- É isso! Passa para cá esse jornal, João! Ligia, nós vamos mandar a cocota para lá!
- Cocota? O que é isso? Tipo de margarina? – Iago e João perguntaram.
- Homens: retardados e imprestáveis.
- Também é idiota! Só acho homem idiota nesse mundo, vamos, não temos tempo a perder!
Nós passamos quase uma semana enchendo o saco da , mas ela só aceitou de teimosia, dizendo que nós iríamos ver o bando de gente idiota que ia lá.
Só que não foi isso que aconteceu.
- Eu estou em um lugar cheio de mesas vermelhas, com rosas em cima e tem um bar lá no fundo. As paredes são de cor vinho, quase pretas, está até aconchegante o lugar... – dizia no celular, conversando comigo. Eu não fui com ela, sabia que eu poderia estragar um momento desses com o meu nervosismo.
- Viu? Você já está gostando! Você vai sair daí com um gatão do lado!
- Ancião? - Isso mesmo, ainda bem que você sabe.
- Quem disse ancião? Agora eu não entendi nada.
- É mesmo, com bengala e tudo! Eca, está tocando George Michael, que velho.
- Eu, hein, está ficando maluca.
- Bruxa? Até agora não tem nenhuma velha aqui não.
- Você está me ouvindo bem?
- Ainda bem? Como assim, elas tinham que ficar com os velhos daqui.
- Okay, tchau! Isso está ficando enrolado.
- Não, eles não estão nesse nível de Chapolim Colorado, não... ? Alô? A vaca desligou na minha cara!
Depois dessa conversa maluca, sentou-se em uma mesa e ficou esperando começar os tais encontros. Não demorou muito e começou com um velho de cinquenta e oito anos. Okay, ela tem quarenta e dois anos... Cinquenta e oito menos quarenta e dois é igual à... Dezesseis anos de diferença. Bom, é meio estranho você namorar um cara que quando você nasceu ele já estava pegando todas as meninas na escola. Pelo menos eu me sentiria desconfortável em uma situação dessas. Ela disse que ele já tinha contado a sua história inteira e beijado a mão dela umas sete vezes em menos de cinco minutos. Eu sinto que a única coisa que ele fez na vida foi coçar, comer e dormir. Porque contar a história toda em cinco minutos não dá! Nem eu, que estudei até os vinte e dois anos e depois disso virei vendedora em uma loja no shopping, conto minha história nesse tempo! Mas voltando ao assunto, ela teve mais sete encontros até encontrar um cara totalmente estranho.
- Vocês têm vinte minutos, começando agora! – Disse o arranjador de encontros, um gerente lá do lugar.
- Eu não acredito que eles me colocaram aqui nessa espelunca... – O homem falava baixo, para si mesmo. – Só pode ser brincadeira com a minha fuça! E diz que estou insuportável por falta de mulher! Eu estou ótimo, me sentindo muito bem por sinal!
- Eu vou matar a e a Ligia quando que chegar em casa! Ah, vou! Mato minha própria filha e com vontade! – Disse , que, ao contrário do homem, estava falando bem alto, por sinal.
- Disse alguma coisa? – O homem perguntou.
- Hãn? Não, não disse nada, apenas quero sair daqui!
- Por quê? Arrependeu-se?
- Me arrependo de ter amigos e filhos como os que tenho. Ridículo!
- Eles te colocaram aqui?
- Eles me encheram o saco a semana inteira, tive que vir, se não, não iriam parar nunca!
- Coincidência! Comigo a mesma coisa, os meus amigos, os quais eu conheço há mais de vinte anos, me botaram aqui! Acham que eu estou ficando chato depois que eu me separei. , prazer.
- . Eles também acham que eu estou ficando chata depois da separação. Tem filhos?
- Tenho, John de vinte e um. Você tem?
- Tenho três, Ligia de vinte, João, quinze e Iago de doze. Você está separado há quantos anos?
- Faz quatro anos, me separei com trinta e oito.
- Me divorciei com quarenta, faz dois anos.
- O tempo acabou, senhores! Alguém achou seu par?
Os dois se olharam, procurando uma resposta para aquela pergunta. olhou para o homem e avisou que tinha achado. Convidou para jantar naquela mesma noite e assim foram.
- Bruce Springsteen! Ótima escolha, você tem bom gosto, hein? – falou, olhando o jukebox que havia acabado de ligar.
- Você gosta? Ponto para mim! Você gosta de mais alguma coisa? Eu amo The Who!
- Uau, e eu que pensava que velhos como nós não existiam mais!
- Eu também pensava, hoje em dia ninguém mais na nossa idade pensa em música, é só trabalho, filhos e dinheiro. Eu quando era adolescente não passava um minuto sem música. Tinha queda por s. Ei, é serio!
- Desculpa, não foi minha intenção. Beatles! “Baby It’s you”! Quer dançar?
- Com prazer!
Os dois foram para pista de dança, que estava vazia. envolveu os braços na cintura de e fez com que ela o abraçasse. Ela não se sentia bem há muito tempo. Era uma mistura de nervosismo, desejo e carinho.
“It's not the way you smile
That touched my heart
It's not the way you kiss
That tears me apart”
- Eu sou , se quiser, um dia toco para você! (n/a: sem segundas intenções, minhas caras crianças)
- Irei te ouvir com o maior prazer...
- Eu que irei ter o prazer de tocar para uma mulher tão linda. – beijou a nuca de , a fazendo ter arrepios. – E não precisa ficar envergonhada, eu sei que no fundo você gostou...
- Gostei tanto que quero mais!
- Não precisa falar duas vezes!
Agora, tu achas que eles foram para onde? Ah, não seja bobinha! Quarto de aí vou eu! Quer dizer, aí vai , não é?! Porque eu aqui tenho maridinho...
- Pussycat Dolls? Ah, não me mata assim, não! – falou, deitado no sofá ao ver dar o play na música e começar a dançar.
- Isso te deixa nervoso? Bravo? Ansioso? – chegou extremamente perto de , encostando os narizes – Ou... Excitado?
- Acho que todas as opções anteriores! – a jogou no sofá e deitou por cima dela, entrelaçando suas pernas entre as dela. percebe o que pretende e começa a subir as mãos por baixo da blusa dele, deixando aparecer parte do seu abdômen definido. leva para o quarto e...
- E O QUE? – Ligia perguntou para .
- E que sua mãe não contou mais nada, o príncipe velho dela apareceu na hora. Estraga prazeres.
- Príncipe Velho, mas eu pegava! E aposto que tu também!
- Eu pegava, mas já é dela, dois meses!
E as duas doentes falaram a beça até tarde da noite.
Fim!
Nota da Autora: Olá criançada!O Bozo chegou! Fia, faz duas semanas que eu queria terminar com essa fic e só agora, 3:59 a.m. eu decido terminar essa beleza aqui.
Enquanto eu escrevo uma fic, minha amiga nath escreve outra atrás de mim deitada e a Hanna tenta se esquivar de nossas baboseiras e dormir.
Hanna, obrigado por ficar (ou tentado ficar) acordada e ter criado a cena das preliminares ahsuahushaushaushau.
Nath, obrigada por dar o titulo e por ouvir as baboseiras da minha pessoa em plena madrugada. Eu vou te ajudar a escrever sua fic, pode apostar ^^
Luh, te adoro! Obrigada por betar a fic xD