Capítulo 1

Amor? Eu realmente não acredito nele. Você precisa apenas de alguém para satisfazer seus prazeres sexuais, nada mais. Não venha me dizer que eu nunca senti pra falar. Isso é papo furado, eu já fiquei com pessoas suficientes pra chegar a tal conclusão. Eu não sou uma vagabunda que sai por aí pegando qualquer cara que aparece na minha frente pra ver se eu me apaixono, não, bem longe de mim. Permita-lhes que eu me apresente, meu nome é , tenho 20 anos e sou editora-chefe de uma revista local, aqui em Londres. Eu sou jovem, bem-sucedida, e tenho qualquer homem aos meus pés. Quer mais que isso? Ter alguém todo dia diferente na sua cama pra fazer o que você quiser, e quando eu digo alguém não é qualquer um, não, é aquele bonitão que as adolescentes se suicidam pra ter um autógrafo, aquele que saiu na última revista fútil e juvenil como o solteirão da vez, enfim, um gostosão, famoso e rico. Eu pergunto mais uma vez quer mais do que isso? Não, eu acho que não.
Mas isso eu pensava antes de me apaixonar.
Sempre tem alguém pra contrariar seus conceitos. Sempre tem alguém pra te fazer sentir borboletas no estômago, sempre tem alguém pra te fazer sorrir feito criança quando ganha doce. É como um grande quebra-cabeça, cada um acha sua peça perfeita. Pode parecer engraçado, eu achei a minha.
Em uma dessas entrevistas com astros do rock, que eu fazia melhor do que ninguém, eu o conheci. A pessoa que eu viria me apaixonar mais tarde. A pessoal na qual eu aprendi a amar. Esse encontro aconteceu uma semana depois da tal entrevista, quando eu achei um papelzinho na minha agenda com o número dele. Eu passei a semana toda pensando no tal rockstarzinho, e resolvi ligar.
Na primeira vez que nós saímos, eu achava que era só mais um qualquer que eu levaria pra cama e no dia seguinte não lembraria seu nome. Mas foi tudo absolutamente diferente.
era baixista da tão badalada e famosa banda McFly. Era bonito, famoso e fazia qualquer menina cair aos seus pés. Ele era o galinha mais gostoso de Londres e eu, a jovem editora de revista mais gostosa e mais bem paga de Londres. Até os galinhas e as pessoas que não acreditam no amor, se apaixonam, meus amigos.
Como eu disse, pra mim era só mais uma noite. Acontece que não foi. No dia seguinte, ele acordou e me fez um belo café da manhã e me trouxe até flores vermelhas.
- O que seria isso, ?
- Torradas, suco, e algumas coisas que todo mundo adora comer de manhã.
- As pessoas gostam de comer flores vermelhas no café também?
- Ah, eu quis ser romântico. Só isso. Algum problema? – Ele olhou profundamente pra mim.
- Eu... er... Nada, esquece. Problema algum, eu adorei. – Dei um selinho rápido nele.
A verdade é que eu fiquei chocada. Nenhum outro cara tinha feito isso por mim, pelo contrário, quando eu acordava, não tinha mais ninguém na minha cama além de mim.
- , está tudo bem? Você está meio pálida. – Ele perguntou todo preocupado.
- Ah sim, está tudo bem. – Disse me livrando daqueles pensamentos.
- Olha, eu tenho uma entrevista agora, ok?
- Ok, ok.
- Eu passo aqui as três, pra gente passear no Hyde Park e tomar um sorvete, certo?
Como assim? Ele quer me levar pra passear e tomar sorvete? Eu quero sair desse sonho logo, Deus!
- , ?
Acordei do meu transe com ele parado na minha frente, estalando os dedos.
- Está tudo bem mesmo, amor?
Amor? Ele me chamou de amor?
- Er, está tudo bem sim. – Sorri amarelo.
- Então vou indo, eu passo aqui. Esteja pronta, ok?
- Vou estar. – Disse, dando um selinho nele.
Ok, agora está tudo ficando muito estranho. Vou me beliscar pra ver se não é sonho, mas pra que? Eu sei que é.
- Ai!
Não, eu não estou sonhando. Definitivamente eu não estou. Ele não podia estar gostando de mim, não mesmo. Ele era um galinha! Isso tudo deve ser parte do plano de conquista dele. Ele mima, faz com que as garotas se apaixonem por ele e ‘dê’ pra ele a hora que lhe for conveniente. Ah,eu sou um gênio.

Capítulo 2

Ele passou aqui e nós fomos pro Hyde Park, como ele havia dito. Paramos em uma barraquinha de sorvete e eu comprei um grande sorvete de chocolate e ele um de creme.
- Sabe, eu adorava vir aqui com a minha mãe. – Ele disse, com aqueles olhos brilhantes e as bochechas sujas de sorvete. Parecia uma criança! Uma criança linda, eu diria.
- Eu adoro aqui. Londres é muito mais que Big Be, London eye e a Tower Bridge. – Eu disse, dando uma lambida no meu sorvete. [N/A: Pervás u.u]
- Sabe , desde aquela entrevista você não sai da minha cabeça. – Ele disse, olhando bem em meus olhos.
- Er, você também não.
O QUÊ? O QUE EU ACABEI DE DIZER?
Ele me beijou. Um beijo simples, demorado e apaixonado.
APAIXONADO? Não, não, eu não estou me apaixonando. Eu não acredito em amor, que isso.
- , eu preciso te dizer uma coisa.
- Fala, amor.
Amor? Ah, não!
- Bom, eu vou ser breve. Eu não acredito em amor.
Ele riu de mim. Como assim ele ri de mim? Eu estava sendo sincera, aliás, muito sincera. Eu nunca havia dito aquilo pra ninguém. Ele parou quando viu que era sério.
- Não pode ser verdade, né, ?
- Er, é verdade sim.
- Fala sério! Quem não acredita em amor?
- EU! – Eu disse, ofendida. Me levantei e saí pisando forte. Ofendida? Eu nunca me afetava com o que os homens que eu ficava falavam! Eu não estava nem aí. Porque com ele tem que ser diferente? Por quê? A verdade é que eu me importava com ele de certa forma.
- ! Espera! – Ele disse, correndo atrás de mim.
- Não, me deixa em paz! – Eu disse, andando mais rápido.
- Espera, eu...
- Você o que, ? Hun? Vai brincar com a minha cara? Ou melhor, vai me encher com as suas palavras de amor quando na verdade elas significam que você quer apenas me comer quando lhe for conveniente? É? – Eu falei, explodindo.
- , primeiro. Eu ia dizer que, er, eu posso te ensinar como amar alguém. Segundo, as minhas palavras não significam que eu quero te “comer” quando me for conveniente, elas significam que eu gosto de você.
Eu gelei. Eu estava pasma com tudo que ele havia me dito. Ninguém havia ‘corrido’ atrás de mim assim. Bom, alguns caras me ligam pra saber como eu estou, mas isso só quer dizer que eles querem satisfazer seus prazeres sexuais.
- Er, eu... eu... – Gaguejei. – Eu não sei o que dizer. – Meus olhos começaram a se encher de lágrimas. De arrependimento pela minha explosão desnecessária? É,exatamente.
- , me desculpa? – Me joguei nos braços dele, já chorando.
- Claro, ! Olha, eu nunca fiz isso por ninguém, é sério. Me deixa te ajudar? Eu não sei como se ensina a amar, mas eu faço isso por você! – ele disse, dando seu melhor sorriso.
- Sim! Sim! Sim! – Disse, dando selinhos nele a cada ‘sim!’.
Eu estava ficando louca, isso sim. Ou apaixonada?
- Ótimo! – Ele me deu um beijo.

Capítulo 3

resolveu tirar a semana pra me ensinar. Ok, isso é totalmente esquisito. Como se ensina uma pessoa a amar? Só ele sabia, eu acho. Mas, voltando, ele cancelou alguns compromissos com a banda e eu tirei umas merecidas férias. Ele praticamente se mudou pro meu apartamento. Sabe, era legal a sensação de saber que ele ia passar a semana lá em casa. Saber que ele seria só meu uma semana me fazia ficar com as tão famosas borboletas no estômago. Estaria eu ficando apaixonada? E cadê a pessoa que não acreditava em amor? Eu acho que estava crescendo ou qualquer coisa do gênero.
- , eu não sei como lhe ensinar isso, mas, como eu disse, por você eu vou tentar. – Ele disse com uma voz meiga.
- , se não quiser fazer isso, tudo bem, eu enten...
- , eu vou fazer isso!
- Ok, qual é o plano Sam Winchester? [N/A: Supernatural rox *-*]
- Ta aí, uma boa idéia pra hoje! Assistir Supernatural e comer bugigangas!
- Antes me conte o seu plano.
- Eu acho que ninguém nunca ficou aqui mais de uma noite, estou certo?
- As revistas foram longe demais dessa vez. – Disse em tom de ironia.
Ele deu uma risada gostosa.
- Mas, voltando, o meu plano é ficar aqui uma semana. Fazendo coisas que todo casal faz, sabe?
- Ahn, gostei disso. – Disse, pensativa.
- Nosso primeiro programa pra hoje a noite é supernatural! Eu já vi que você gosta então...
- Adoro! Do Jared tam...
- Epa! Eu sou ciumento, sabia? – Ele disse, se aproximando de mim.
- Ah, é? – Fiz uma cara bem provocativa.
- Ahaaam... – Me beijou, com vontade.
- Vamos assistir supernatural, vai, o Jared está me esperando! – Eu disse, já na porta do quarto.
- Ah, não! Agora eu te pego, menina! – disse, correndo atrás de mim.

Capítulo 4

Nós passamos a semana fazendo coisas que dois bobos apaixonados fazem, tipo tomar sorvete no parque novamente, aliás, lá se tornou nosso atrativo preferido, cinema, alguns shows e outras coisas. É incrível como em uma semana alguém se torna tão especial e tão indispensável em sua vida. Eu chorei tanto quando ele disse que tinha que sair pra uma, er, entrevista. Ah, qual é?! Ele ficaria longe de mim. Tudo bem que era só por uma hora, mas e aí? Ia ficar longe de mim! Ele já tinha se tornado parte da minha vida e eu da dele. - Hey, amor, cheguei! – Ele falou, gritando da cozinha.
- Hey! Como foi lá?
- Normal, er... normal, é. – Ele disse, gaguejando.
- Está tudo bem?
- Está,a gente precisa conversar. – Eu gelei.
- , eu nem sei por onde começar. Bom, desde o começo, você mexe comigo de tal forma que eu não conseguiria explicar. Toda essa semana aqui só fez com que eu gostasse mais de você. Eu sei, eu sei que eu era um galinha e tudo, mas eu mudei. Mudei por você .Mudei porque... porque eu amo você.
Àquele ponto eu já estava desabando em lágrimas, como alguém poderia ser tão lindo e doce ao mesmo tempo? Só ele, só ele.
- Eu digo com toda a sinceridade do mundo que você, não só me ensinou a amar mas me ensinou que os pequenos detalhes fazem toda a diferença e que um sorriso muda tudo. E, er,eu te amo, .
As palavras saíram tão naturalmente que até eu me surpreendi. Em meios as lágrimas, ele abriu um sorriso.
- Sabe, isso é um milagre! , a garota que não acredita no amor, dizendo que me ama?
- Engraçadinho.
- Eu te amo mais do que possa imaginar, eu te mudei e você me mudou. Sem você eu não saberei mais viver. Aceita se casar comigo?
Ok, agora minhas pernas cederam, ele queria mesmo se casar comigo?
- Isso é sério?
- Claro, palhaça! – Ele riu, divertido.
- E eu não seria louca de não aceitar, não é mesmo?
- Não mesmo! – Ele disse, me puxando pela cintura.
- Sei... – Nos beijamos.

Sempre tem alguém pra contrariar seus conceitos. Sempre tem alguém pra te fazer sentir borboletas no estômago, sempre tem alguém pra te fazer sorrir feito criança quando ganha doce. É como um grande quebra-cabeça, cada um acha sua peça perfeita. Pode parecer engraçado, mas, eu achei a minha. Eu aprendi a viver. Eu aprendi a amar.


Agradecimentos:
Primeiramente à Nine, mais uma vez *-*
Obrigada mesmo, xuxu.
Às meninas de sempre,Tay, Jack, Marry e Pi, vocês são TUDO pra mim :D
Às minhas melhores amigas da net *-*
Carol e Lih.
Eu amo vocêeeees demais *-*
Obrigada sempre por tudo!
Amo todos vocês! Comentem :*


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