Já tinham se passado dois dias desde que null tinha escrito seu telefone na mão de null, mas ele ainda não tinha ligado.
Ela sabia que meninos tinham toda essa preocupação em não ligar cedo demais, mas tudo tinha sido tão diferente com null que ela pensou que ele ligaria mais cedo.
Será que ele não ligaria mais? Mas se ele não fosse ligar, por que tinha pedido o telefone dela?
Será que ela não tinha significado para ele o que ele tinha significado para ela?
Ela já estava começando a ficar confusa.
O fato era que, desde que os dois ficaram presos naquela cabine telefônica, ela vinha pensando muito em null.
- null, você viu um papelzinho? – null entrou correndo na cozinha perguntando ao amigo.
- Papelzinho? – null perguntou com a boca cheia de pão e lambuzada de geléia.
- É! – null respondeu como se fosse óbvio. Por que ninguém acompanhava o raciocínio dele?
- Que tipo de papelzinho? Higiênico? De bala?
- null! Pára de gracinha, dude!
- Não é gracinha. Você só tem que descrever o papelzinho que você tá procurando!
- É um post-it verde, tem um número de telefone anotado.
- Ah! Eu sei!
- O quê? Você sabe onde tá? – null perguntou animado.
- Não, não vi não. – null respondeu enquanto se sujava mais ainda com a geléia.
- Porra, null! – null falou enquanto saía da cozinha como um furacão.
Ele não acreditava que tinha perdido aquele papel. Como ele tinha tido a capacidade?
Ele conhece a menina de seus sonhos e simplesmente perde o telefone dela.
Era muito azar para uma pessoa só.
Há dois dias atrás ele tinha conhecido null. Agora, toda vez que ele via uma cabine telefônica, seu estômago revirava.
Ela tinha escrito seu telefone na mão dele. Ele ficou encarando-a por longas horas antes de ser necessário lavá-la. Foi aí que null anotou o número no maldito post-it que não achava mais.
Ele procurava pelo papel desde que acordara naquela manhã. O menino revirou seu quarto: sacudiu a roupa de cama para ver se o papel caía lá de dentro, tirou tudo o que tinha em todas as gavetas e em seu armário. Não estava lá, simplesmente não estava.
Pelo menos, ele tinha achado umas dez libras em moedas e um cinto do null que ele achava que tinha perdido.
- null, você pode se acalmar, por favor? – null perguntou. null estava sentado no sofá roendo as unhas. Não tinha nenhum espaço livre para que ele se sentasse em seu quarto.
- Você não ta entendendo, null! Eu preciso vê-la de novo!
null olhou para null como se o menino fosse totalmente demente, mas falou:
- Ta bom, eu te ajudo a procurar. – null sorriu agradecido, mas já estava meio sem esperanças. – Eu procuro aqui na sala, você procura na cozinha e eu vou chamar o null e o null para procurarem lá em cima.
- Valeu, null! – null respondeu levantando do sofá num pulo e indo direto para a cozinha.
À essa hora, null imaginava que ele era um canalha, que só tinha ficado com ela para passar o tempo.
Ele não suportava a idéia de ela estar tendo aqueles pensamentos sobre ele.
null queria tanto ver null novamente! Ele ficava relembrando a noite que os dois passaram juntos e já tinha até programado o primeiro encontro oficial deles. Como ficar em uma cabine telefônica não era exatamente o que ele chamava de romântico, agora ele a levaria para fazer um pic-nic no Green Park ou talvez a levaria para um restaurante elegante e lhe daria flores. Era tudo muito clichê, mas seria perfeito. Tudo o que null não tinha sido de romântico por toda sua vida, ele seria com ela.
Isso se ele achasse o telefone dela...
- Achou alguma coisa aí? – null entrou perguntando.
- Garrafas vazias de cerveja em TODOS os armários e pizza estragada de três semanas atrás – null respondeu desanimado. – E você?
- Garrafas vazias de cerveja em TODOS os armários, os óculos que você achou que tinha perdido... – null sorriu ao ver os óculos, eram um de seus favoritos! – E uma calcinha.
- Uma calcinha? – null perguntou surpreso.
- Pois é! – null mostrou uma calcinha fio dental preta entre seus dedos.
- Isso é coisa do null, ele tava com uma garota com cara de vagabunda lá semana passada.
- Ele podia pelo menos respeitar o nosso sofá! Eu como lá de vez em quando! – null fez uma cara de nojo e indignação ao mesmo tempo.
- Vamos ver se ele e o null tiveram mais sorte lá em cima.
Os garotos deixaram a cozinha e subiram as escadas.
O corredor estava praticamente interditado. null e null tiraram parte das coisas do quarto e jogaram lá.
null tropeçou na gaiola de Zookie quase matando o bichinho e caindo de nariz no chão.
- Porra, null! – null gritava do quarto de null. – Isso é meu!
- Ah, é mesmo! – null respondeu. – Esqueci de devolver! Desculpa...
- Nunca mais te empresto nada também, dude!
- Acharam alguma coisa? – null perguntou entrando no quarto, mas estava vazio. Ele tinha os ouvido agora mesmo! Como aquilo era possível? O garoto achou que estivesse ficando louco.
Porém, do nada, a pilha de roupas do chão fala:
- Não! – Era null.
- Eu achei uma camiseta que o null tinha roubado de mim! – A cabeça de null saiu da outra pilha de roupas e respondeu.
- Puta que pariu! Onde eu enfiei esse papel? – Além de tudo, null já estava meio exausto por revirar a casa.
- Tem certeza que você anotou mesmo? – null perguntou. Ele estava o zoando, só podia ser.
- Não, agora eu sonho com papéis e saiu por aí procurando eles – null ironizou. – Claro que eu tenho!
- Talvez você tenha deixado perto da janela e ele tenha voado. – null falou sem nem mesmo acreditar no que falava, mas para null, aquilo tinha sido uma nova esperança!
- Isso! – null falou já descendo as escadas. Os outros três garotos pareciam não acreditar.
- Dude, o que você vai fazer? – null perguntou enquanto ele e os amigos seguiam null.
- Procurar lá fora! – Era óbvio! null vestiu seu casaco e abriu a porta, se deparando com milhares de folhas caídas das árvores. Outono idiota. Levaria dias para vasculhar tudo aquilo.
- Outono filho da puta! – null falou olhando para o jardim.
- Exatamente o que eu estava pensando. – null respondeu encarando o nada com preguiça de se mexer.
- Vamos logo, vai! – null falou começando a mexer num monte de folhas.
null, null, null e null “escavaram” o jardim até perceberem que aquilo não levaria a nada e começarem uma guerra de folhas secas que acabou com centenas de folhas na cueca de null.
null estava deitado na grama encarando o céu escuro e nublado. O ar estava frio e cheirava a fumaça de lareira. Ele queria que null estivesse ali com ele.
Bom, não exatamente ali, já que ao seu lado estavam null, null e null que acabariam com qualquer clima romântico.
- null? – null o chamou.
- Quê?
- O que essa menina tem de tão especial?
null não sabia o que falar. Seus sentimentos estavam confusos fazia dois dias. Mas, ele se ouviu falando, ele nem pensava, apenas falava:
- Quando eu tava perto dela, a primeira vez que eu a beijei, eu senti uma coisa estranha. – Seus amigos escutavam calados. – Mas era um estranho muito bom, nem sei explicar. Aí, eu pensei: “Será que isso que é amor?” – null respirou fundo. – Aí, eu continuei ali com ela e eu simplesmente sabia que amava ela! – Ele sorria. – Mas esses dois dias que eu não tive nem notícias dela têm sido tão difíceis! Eu quero abraçar ela! Em todo canto que eu olho eu vejo o rosto dela. E principalmente, eu quero beijar ela de novo, para ela saber que eu a amo. – Tudo parecia tão simples falando. – Às vezes, eu me pego imaginando se daqui a alguns anos eu vou ter ela do meu lado.
Pronto. Ele tinha falado tudo o que estava entalado, e se dado conta do que realmente sentia. Ele sabia que sentia algo forte, mas ao falar tudo em voz alta, tudo tinha ficado mais claro e ele tinha certeza agora. Ele amava aquela garota.
Por mais que, para algumas pessoas, amar alguém que você apenas passou algumas horas junto, não faz sentido. Para null fazia total sentido.
- Você ta chorando, null? – null perguntou sério.
- Quê?? Eu chorando? – null falou todo indignado, mas o fato era que uma ou duas lágrimas tinham escorrido de seu rosto. – Pára de falar besteira, null!
Ninguém sabia o que falar. A única coisa que sabiam é que precisavam achar o número daquela garota.
- null? – null o chamou de novo.
- Quê?
- Você já procurou no lixo?
null deu um pulo assustando os amigos que pularam junto com ele. Claro! Como ele não tinha pensado naquilo antes? Se não estava em lugar nenhum da casa, só poderia estar no lixo!
- Eu não vou mexer nisso aí, null! – null quebrou o silêncio enquanto os quatro encaravam a gigantesca lixeira.
- Nem eu – null falou com cara de nojo.
- Eu também não! – null falou com uma voz de pato, já que tampava o nariz com o dedo.
- Vão, sim! Eu já fiz coisa pior por vocês!
- Fez nada! – null falou.
- Ok! Não fiz mesmo! Mas se vocês precisarem de um rim algum dia, eu dôo o meu pra vocês!
- Vou fazer você assinar isso, null! – null falou começando a remexer o lixo.
Eles passaram horas lá. Já era madrugada e null tinha até entrado dentro da lixeira. O que ele mais tinha visto foram embalagens vazias de produtos para cabelo. Eles tinham que parar com essa obsessão por cabelos.
null estava exausto, infeliz e fedendo.
- Foda-se! Não ta aí! Vamos desistir – ele falou e saiu desanimado, correndo para o seu quarto.
Ele tomou um banho longo e deitou-se em sua cama torcendo para que conseguisse adormecer rápido.
- null?! A gente já sabe o que você vai fazer! – null ouviu alguém falando, mas não reconheceu qual dos meninos era. Ele tinha acabado de pegar no sono e agora aquelas três mulas estavam em seu quarto abrindo janelas e fazendo barulho.
Ele cobriu a cabeça com o travesseiro e gritou:
- Sai!
- Não, null! Acorda! – null pulava em sua cama e ele logo sentiu mais dois pesos nela. Ótimo, três brutamontes pulando como gazelas em sua cama.
- Conta tudo o que você sabe dela, null. – null pediu.
O que eles queriam?
- Ela não te falou onde estuda ou trabalha? Ou algum lugar que costuma ir? – null perguntou.
null já se sentia mais acordado.
- Eu não sei muito sobre ela. A gente não conversou muito, sabe? – Ele sorriu malicioso. – Hum... o nome dela é null, ela é brasileira, meio estressada e ... Faz faculdade de jornalismo em Cambridge!
- Pronto! – null comemorou. – Agora a gente só precisa ir até lá!
- Que horas são? – null estava animado.
- 12:15. – null respondeu.
- Vamos logo!
null, null, null e null foram direto para o prédio da administração da universidade ao chegarem lá. Não deveriam ter tantas nulls assim no curso de jornalismo.
O campus era enorme e null olhava atentamente para todos os lados. Talvez ele a visse.
O prédio da administração era elegante e decorado com móveis antigos. O garoto perguntou para a mulher velha e esquelética no balcão:
- Com licença, a senhora pode me dar uma informação? - Ela respondeu que sim, com a cabeça, sem muita boa vontade. – Eu queria o endereço ou o telefone ou qualquer jeito de encontrar uma aluna.
- Eu não posso dar esse tipo de informação – ela respondeu e virou o nariz torto para o lado. Aquilo não ia ser tão fácil quanto ele imaginava.
- Mas é uma emergência! Por favor!
- Não faço favores para ninguém – ela falou encarando as unhas compridas e rosas.
Mas que mulher mal amada! Mal amada não! Estava mais para mal comida mesmo!
- É que ela tem uma doença muita grave, mas ela ainda não sabe disso e eu preciso contar pra ela! – Ele poderia ter pensado numa história melhor.
- Olha aqui, garoto... – ela falou, irritada. – Se você não sair daqui agora, eu vou chamar a segurança!
Nessa hora, null resolveu agir. null conseguia qualquer coisa de qualquer mulher. Dava até raiva.
- A gente pode conversar um pouquinho? – ele perguntou todo charmoso para a mulher que pareceu surpresa e histérica.
Ele a levou para o outro lado do balcão deixando null, null e null sozinhos com o computador.
null tentava achar o banco de dados enquanto ouvia null prometer ingressos, cds e autógrafos para a velha. Ele digitou o nome “null” e conseguiu mais de trezentos resultados. Isso realmente seria difícil. Mas agora ele só precisaria achar as nulls que estudam jornalismo.
- Ahh! Você! – A mulher berrou para null fazendo os quatro garotos pularem. Ela pegou o telefone e rosnou qualquer coisa enquanto os garotos saiam correndo de lá.
Para o azar deles, dois seguranças já estavam no corredor e os impediram de sair.
- A senhora está tendo problemas, Mrs. Bates? – Um segurança maior do que o McFly inteiro perguntou.
- Eles invadiram o computador e me desrespeitaram! – Na última parte da frase, ela começou a chorar lágrimas de crocodilo.
Falsa!
- Sua velha mentirosa! – null berrou. Ele não agüentava mais aquilo! Além de dificultar tudo aquela mulher ainda queria arrumar problemas para ele.
- null, não faz isso – null falou baixinho, apenas para que null o ouvisse. Num estalar de dedos aqueles seguranças aposentariam o McFly para sempre. Porém, já tinha sido tarde demais.
- O que você falou, seu anão? – o segurança falou alto empurrando null. null, null e null pareciam apavorados.
- Foi o que você ouviu, Sr. Anabolizante... – null não terminou de falar. A última coisa que viu foi o punho do segurança vindo em sua direção. Ele podia ser tão burro de vez em quando.
- null? – Ele ouviu null chamando, mas parecia tão longe. – Você ta aí dentro?
A cabeça de null doía muito e seu olho latejava.
- Dude, to ficando preocupado com ele. – Ele ouviu null falar. – Ele ta apagado faz muito tempo.
Ainda sem abrir os olhos, ele tentou sem lembrar onde estava e a última coisa que tinha feito. Porém, a única coisa que ele via e se lembrava era de null e que ele ainda não a tinha achado.
- Logo ele acorda. Não deve ser fácil levar um soco dum cara daquele tamanho! – null falou.
Ah sim, o soco.
Tudo voltava para a cabeça de null agora. O segurança tinha socado ele!
Isso com certeza explicaria as dores que o garoto sentia.
Ele abriu os olhos e deu de cara com seus amigos, mas onde ele estava?
- Dude, onde a gente tá? – Ele perguntou. Aquilo parecia...Não, não poderia ser.
- A gente foi preso, null. – null falou encostado na grade da cela.
- Quê? – ele tremia. Como ele tinha sido preso?
null olhou para os amigos e reparou o estado que se encontravam. Não parava de sair sangue do nariz de null, null tinha o queixo inchado e null um olho roxo.
- Você lembra quando aquele palhaço te deu um soco? – null perguntou.
- Então... – null completou. – Nós começamos a bater nele, aí o amiguinho dele começou a bater em nós. – null apontou para o próprio olho. – Aí, aquela velha encalhada chamou a polícia.
- E aqui estamos nós! – null falou com um papel enfiado no nariz para tentar conter o sangue e se fingindo de animado.
- Eu não posso ser preso! – null gritava e nem reparava. – Eu nunca fui preso! Como eu vou achar a null se eu estou preso? – null ainda não tinha se acalmado. – Ai. Meu. Deus! Minha mãe!! Minha mãe vai matar!
- Na verdade, a gente ta mais preocupado com outra pessoa... – null falou, mas foi interrompido.
- Vocês têm o que na cabeça??? – Fletch gritava enquanto se aproximava da cela.
- Falando no diabo... – null completou o que estava falando.
- Como? Como? Como vocês são presos? Os quatro ainda! De uma vez só!!! – null tinha a impressão de ver foguinhos nos olhos de Fletch. – Ta lotado de fotógrafos lá fora! O que eu vou falar pros jornais? – Os meninos escutavam calados com cara de cachorrinhos arrependidos. – E olha o estado de vocês! – null olhou para os amigos e segurou uma risada. Eles estavam tão podres que estavam até engraçados. – Vocês têm compromissos, sabiam? – Fletch fez uma pausa e se apoiou na cela. – Ai, minha úlcera!
- Fletch, você não tem úlcera. – null falou baixinho.
- Ainda não! Mas se vocês continuarem assim eu vou ter! Onde já se viu? Maltratar uma senhora e agredir os seguranças!
- Fletch, olha pra nós. Nós é quem fomos agredidos. – null se defendeu.
- É! Fora, que você foi totalmente mal informado sobre o que aconteceu! – null falou, mas Fletch já se dirigia para fora da carceragem, bufando.
- Será que ele vai deixar a gente aqui? – null perguntou com os olhos arregalados.
- Não! Ele nunca faria isso! – null falou sem muita convicção.
- Se bem que ele tá bravo... – null falou encarando seus pés.
- Nunca tinha o visto tão bravo. – null falou enquanto sentia sua cabeça latejar. – Dude, preciso de gelo.
- Isso ta bem feio, null! – null falou fazendo uma careta.
- Nós quatro estamos horríveis, mas você é o que tá pior! – null completou.
- Putz, valeu – null respondeu irônico.
- Ô, cambada! – Um carcereiro gritou para eles. – O cara que tava gritando com vocês pagou a fiança! – ele falou enquanto abria a cela. – Boa sorte com ele e com o circo que tá lá fora.
O carcereiro estava falando sobre as dezenas de fotógrafos e dezenas de fãs que se amontoavam na delegacia.
null ainda não sabe como, mas deu um jeito de escapar de Fletch e do “circo” e de pegar um táxi.
O táxi parou em frente ao prédio da administração de Cambridge. null carregava uma caixinha de bombons e estava decidido a achar null.
- Mrs. Bates? – Ele falou com sua voz mais inocente.
- Você aqui de novo? – Ela parecia irada e pegou o telefone.
- Calma, eu vim aqui para me desculpar!
Ela ainda o fuzilava com os olhos. null se aproximou e lhe entregou a caixinha de chocolates.
- Eu estou muito arrependido. – Ele podia ser muito falso quando queria. null viu uma sombra de sorriso na mulher.
- Ta desculpado – ela falou secamente. – Mas não é por isso que eu vou te falar dados confidenciais dos alunos.
null gritou um palavrão e saiu de lá correndo antes que realmente agredisse aquela mulher. Ele tinha até comprado chocolates!
null tinha desistido. Ele conviveria para o resto de sua vida com o fato de que ele tinha perdido uma garota incrível. E o pior era que ela provavelmente o odiava a essa altura.
O sol estava forte. null viu várias pessoas sentadas embaixo das árvores. Ele não tinha mais nada para fazer mesmo e não queria voltar para casa. O garoto escolheu uma árvore e se jogou no chão. Colocou os braços no rosto para se proteger do sol e ficou lamentando a sua total falta de sorte.
null não iria mais ligar para ela e null já estava quase conformada.
Era óbvio que ele não ligaria. O que aconteceu tinha sido apenas um impulso e ele ainda a achava uma doida neurótica.
Ela andava pelo jardim do campus a caminho da biblioteca. Ela tentava manter a cabeça ocupada o máximo possível.
- Ahhh! – ela gritou ao tropeçar em alguma coisa e cair de joelhos. – Puta que pariu! – Ela reclamava enquanto limpava a calça.
null olhou para o que a tinha derrubado e sentiu seu coração se acelerar. Não era possível!
- null?!
- null!? Que você ta fazendo aqui? – O garoto a abraçava e lotava seu rosto de beijinhos. – NOSSA! O que aconteceu no seu rosto? – O olho direito de menino estava roxo e inchado. Doía só de ver.
Ele a ignorou e continuou abraçando-a apertado. Ele parecia meio desregulado. Fofo, mas desregulado.
- Não acredito que eu te achei! – Ele parecia tão animado. – Finalmente!
Calma! “Te achei”?
- Você tava me procurando, null? – ela perguntou sem conseguir não sorrir. null estava ali na sua frente!
Ele concordou com a cabeça mordendo o lábio inferior. null sentiu algo estranho no estômago. null colocou a franja dela atrás de sua orelha e ficou acariciando seu rosto de leve. Ela fechou os olhos para aproveitar cada segundo do toque dele.
A menina sentiu null cada vez mais próximo e arrepios cada vez mais fortes. Ele encostou os lábios de leve nos dela.
Se aquilo não era amor, o que era?
Parece loucura, mas ela acha que amava ele.
null e ela abriram mais suas bocas fazendo suas línguas se encontrarem e o beijo se intensificar. Ela adorou sentir o gosto dele novamente.
Os dois se soltaram para poder recuperar o fôlego e null ficou encarando os olhos brilhantes de null. Ele a abraçou e ela falou:
- Eu senti sua falta.
- Eu senti a sua. – Ele beijou sua testa. – Agora vou anotar seu telefone em todos os lugares possíveis.
null não entendeu o que null quis dizer com aquilo, mas não teve tempo de descobrir, já que ela e null não conseguiam manter suas bocas separadas.
Espero que vocês tenham gostado! Foi difícil escrever uma continuação pra Getting! Realmente espero não decepcionar! Bom, COMENTEM ou mandem e-mail (ali.broccoli@hotmail.com), ok!? <3
OS: criickz! Vc me salva todas as vezes! Obrigada*