Getting Into You - Parte III

null saiu atrasada de sua casa. Após seu carro ser guinchado por falta de gasolina, ela o mandou para uma revisão completa, que já durava quase três semanas. Ela começava a pensar que estava sendo enganada. Portanto, ela dependia do metrô.
Mas tudo bem, ela ia pensar positivo! null prometera uma surpresa para a noite, e ela estava ansiosa e curiosa. Esse dia passaria devagar...
- null? – Alguém a chamou enquanto ela trancava a porta.
- Oi – null respondeu a sua vizinha perua e socialite, que geralmente esnobava os tchauzinhos simpáticos que null lhe acenava. Como ela sabia seu nome?
- Sou Andrea Romano, prazer! – ela falou, aproximando-se e lhe dando a mão. Andrea parecia tão simpática agora.
- Prazer, null null.
- Bom, querida, eu sei que você está atrasada, mas se precisar de alguma coisa é só falar comigo, está bem?
- Obrigada, você também.
Andrea entrou em seu volvo preto e sumiu de vista, deixando uma null no mínimo confusa. Ela morava ali há quase sete meses, por que Andrea só se apresentara agora?
A garota tirou esses pensamentos da cabeça. Ela estava curiosa demais com a surpresa de null para pensar em outra coisa. Eles não se desgrudavam desde que null finalmente a achou após perder seu telefone. Ela riu se lembrando de tudo o que ele tinha feito para achá-la. Será que ele finalmente a levaria para conhecer a tal da loja dele? Ele fazia tanto mistério com o trabalho dele.
null já estava acostumada com a pequena caminhada que enfrentava até a estação de metrô mais próxima. Porém, tudo estava tão estranho naquele dia! As pessoas estavam olhando demais para ela.
null ajeitou o cabelo e as roupas, mas continuava com a horrível sensação de estar sendo observada por todos.
Ela entrou num café que transbordava gente e foi direto para o banheiro. No mínimo, seu rímel tinha escorrido e ela parecia uma fantasia de Haloween ambulante. Para sua surpresa, sua maquiagem estava intacta, assim como seus cabelos e suas roupas. Não tinha motivo para ser a atração do dia!
Ela devia estar ficando louca. Sim, era isso. Ela estava imaginando todas essas pessoas a olhando.
null saiu do banheiro e foi para a fila do café. A essa altura, ela já estava tão atrasada que não faria diferença perder mais cinco ou dez minutos.
A sensação de ser cuidadosamente observada não passava e ela jurava ter visto duas moças apontando para ela. Ela perderia mais do que dez minutos naquela fila. Adeus, primeira aula!
- Com licença. – Uma garçonete se aproximou dela na fila e falou baixinho. – A senhorita pode ser atendida primeiro. Me acompanhe, por favor.
Será que ela tinha ganho alguma promoção e não sabia? Enfim, ela não perderia a chance de furar toda aquela fila!
A garçonete a levou até um canto vazio do balcão e lhe atendeu. Em menos de dois minutos, null saia de lá com o seu capuccino nas mãos!


null sentou-se no último assento vago no metrô. Só agora ela começava a beber seu capuccino, pois antes ele estava quente demais. Ela ainda não entendia por que todos tinham resolvido encará-la hoje.
A senhora a sua frente lia atentamente o The Sun, assim como muitos outros passageiros do vagão. null achava aqueles tablóides ridículos. Não entendia o por quê de tanto interesse pela vida dos famosos.
Ela não tinha mais nada para fazer, por isso entortou o pescoço para que pudesse ver a capa que tanto interessava a todos.
O capuccino quente em sua garganta desceu machucando e ela começou a tocir descontroladamente.
Aquilo era algum tipo de pegadinha?
- Com licença! – null tomou o The Sun das mãos da senhora.
Ela não acreditava na foto que via. Ela (sim, ela null null), e null passeavam de mãos dadas pelo Saint James Park. null reconheceu as roupas que usara no dia anterior.
A manchete dizia em letras bem grandes: “null null com nova namorada”. Em uma letra menor se lia: “Saiba tudo sobre ela na página 6!”
- Mamãe, aquela é a moça do jornal! – Uma garotinha sentada a poucos metros de null falou a mãe, mas chamou a atenção de todos do vagão.

null estava ansioso pelo final daquele dia, apesar de ainda ser pouco mais de uma da tarde. Ele iria pedir null em namoro naquela noite. Ele passara a semana passada inteira planejando tudo cuidadosamente. Seria perfeito. Ele mal podia esperar para falar para quem quisesse ouvi-lo que ele tinha uma namorada perfeita.
Mas, por enquanto, ele estava no meio de uma entrevista para a Rolling Stone.
- Bem, agora nós vamos para a parte que vocês menos gostam! – a repórter anunciou. – Vamos começar por você, null!
- Claro! – ele respondeu. Ela provavelmente perguntaria se ele estava saindo com a Hilary Duff ou alguma outra musa teen e ele responderia que não.
- Certo, você já deve ter visto isso... – Ela pegou o The Sun e entregou a null. – Você poderia nos contar mais sobre ela?
null se deparou com uma foto dele e de null. Os dois andavam pelo Saint James Park de mãos dadas sorrindo um para o outro. Ela não podia ver aquilo. Não podia mesmo. Como ele se explicaria? Ele contaria hoje sobre a banda, fãs e paparazzis e cia para null.
- Fodeu – null falou antes de sair da sala deixando a repórter e o resto da banda assustados.


null foi parar em um dos raros corredores calmos da edição da Rolling Stone. Ligou para o celular de null, mas estava desligado. Na casa dela, estava ocupado. O desespero de null ia crescendo. null já tinha lido tudo e estava evitando ele.
Ele procurou o número das garotas que dividiam a casa com null na agenda de seu celular. Ele ligou primeiro para Lucy. Estava chamando.
- Alô? – A voz doce de Lucy atendeu.
- Lucy! É o null, posso falar com a null?
- Hum...null, ela não quer falar com você, desculpe.
Antes que ele pudesse falar qualquer coisa, Lucy já tinha desligado em sua cara.
Certo, null sabia. Ele só tinha que se explicar. Ele tinha certeza que ela entenderia. Ele esperava.
Ele ligou para o celular da outra amiga de null, Sharon. Ele tocou apenas uma vez.
- Vai se foder, null! – Sharon falou com uma voz irada e desligou na cara de null.
Se ela não o atenderia, ele teria que vê-la pessoalmente. null passou pelo lobby do prédio, a caminho da saída. Ele dirigiria até Cambridge, não tinha outra opção.
- null! Onde você pensa que vai? – Fletch gritou assim que ele colocou o pé para fora do prédio. Ele parecia bravo.
- Cambridge!
- null, você tem uma entrevista ao vivo na Mtv daqui a ... - Fletch olhou para seu relógio. – Exatos 58 minutos. Você pretende ir e voltar de Cambridge em 58 minutos?
- Desculpe, Fletch, mas vou faltar na entrevista!
- null... – Fletch falou calmo e null até estranhou. – Você sabe que a banda não está na sua melhor fase. Essa entrevista na Mtv é importante. - null olhava para os próprios pés desejando que Fletch estivesse errado. – Por favor, null.
- Tudo bem, mas assim que acabar a entrevista eu vou.
- Sim, claro! Assim que acabar! – Fletch prometeu.
Talvez esperar um pouco não seria tão ruim assim. null poderia esfriar a cabeça e ele pensaria na melhor forma de se desculpar.


null continuou tentando se comunicar com null até o momento que entrou nos estúdios da Mtv, de onde só saiu duas horas depois. Sim, duas horas, eles provavelmente tinham batido um recorde bem no dia que null mais tinha pressa.
null não sabia como tinha agüentado toda aquela angustia por tanto tempo. A única coisa que lhe restava era ligar para ela durante os intervalos.
Óbvio que ela não o atendeu.
Assim que foi liberado, null correu para seu carro, que estava no estacionamento, e amaldiçoou as malditas duas horas que o separavam de Cambridge.


Uma hora e meia depois, null chegou na rua de null, com a certeza que pagaria fortunas pelas multas de excesso de velocidade. De longe, ele olhou para a casa estilo clássico de tijolinhos que ela morava.
- Merda! – Ele praguejou ao ver fotógrafos, repórteres e curiosos em frente à casa. O que eles pensavam que eram? Eles não podiam simplesmente acampar em frente a casa dela!
E null definitivamente não poderia ser visto. Ele estacionou o carro a alguns quarteirões de distância; vestiu seus óculos escuros, seu boné e seu capuz; e andou em direção aos fundos da casa, que pareciam tranqüilos.
Para sua sorte, a janela de null dava para o fundo da casa. A luz de seu quarto estava acesa.
null se equilibrou no suporte das trepadeiras e, com dificuldade, escalou até a janela de null.
Ela estava sentada no computador, de costas para ele.

null pesquisava sobre McFly, pois é esse era o nome da banda que ele escondia, quando uma batidinha na janela a fez morrer de susto. null estava pendurado nela. Por que ela sentia aquelas borboletas até quando estava brava com ele?
- O que você está fazendo aqui, null? – ela perguntou enquanto abria a janela e null se jogava para dentro do quarto, caindo como um saco de batatas no chão.
- Resolvi entrar pela janela hoje! Só para variar um pouco, sabe? – ele falou, rindo da própria “piada”. Em outros tempos, os dois ririam juntos como dois completos babacas. Mas não hoje. null manteve seu rosto sério.
- Desculpe, null. Eu não queria que você tivesse descoberto assim – ele falou olhando profundamente nos olhos dela. Apesar de estar morrendo de raiva de null, ela poderia ceder ali mesmo e perdoá-lo na hora. Mas ele ainda não merecia perdão.
- Por que você inventou toda essa história de ter uma loja com amigos, null?
- Eu não queria te assustar, além do mais, quando eu te falei aquilo eu não sabia que você significaria tanto para mim! – Ele parecia sincero.
- Você errou, null! Assim que eu passei a significar algo, você deveria ter me contado! Seria bem melhor do que saber de tudo isso ao ver uma foto minha no The Sun! Você tem idéia do susto que eu levei? Eu não conseguia acreditar que o meu namorado... – null deu um sorrizinho – que eu pensava conhecer bem tinha toda uma vida que eu nem fazia idéia que existia! - null olhava para o chão agora. – Fora, que a sua fama... – null enfatizou a última palavra, – transtornou toda a minha vida! Eu tive que dar autógrafos no metrô, meu celular não parava de tocar, o telefone de casa também não! Metade da imprensa do país está na porta da minha casa e eu estou ilhada aqui! Eu já tive quatro propostas para trabalhar como apresentadora de televisão, inclusive uma da Mtv! Até parece que eu quero trabalhar como apresentadora de televisão...Além da proposta para pousar para Playboy!
- O quê? – null parecia assustado com essa última hipótese. – Você...Você não vai pousar, vai?
- Claro que não, null! Pelo amor de Deus! – Ela respondeu impaciente.
Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos. null sentou-se em sua cama, sentindo-se esgotada após sua primeira briga com null. Ele se ajoelhou a sua frente mantendo suas cabeças na mesma altura.
- Me perdoa, por favor. – Ele falou, tirando a franja de null de seu rosto. Ela concordou com a cabeça e ele beijou delicadamente seus lábios. – Acho que nós devemos começar de novo então! – null falou se levantando e sorrindo. null também se levantou.
- Meu nome é null null. Meus amigos me chamam de null e eu sou o null do McFly. Eu tenho que fugir de paparazzis e groupies endoidecidas diariamente! – null falou estendendo a mão e sorrindo.
- Meu nome é null null, mas meus amigos me chamam de null e eu sou a capa da próxima edição da Playboy! – Ela falou brincando, enquanto null fazia uma cara de pânico que desapareceu assim que ela sorriu para ele.
-Ah, null! Pára de me enganar assim! Faz mal para o coração!
Os dois riram e se aproximaram beijando-se com intensidade, como se quisessem recuperar o tempo perdido com aquela pequena briga.
null deslizou suas mãos para dentro da blusa de null sentindo-a se arrepiar ao sentir seu toque. Os dois sorriram entre os beijos. As mãos macias de null acariciavam sua nuca e bagunçavam seu cabelo. Ele amava quando ela bagunçava seu cabelo. As mãos dela deslizaram pelas costas de null e o que ele mais queria era tirar as roupas dela.
Porém, ele tinha que fazer algo antes.
null interrompeu o beijo deixando null com cara de quem não estava entendendo.
- Lembra que eu tinha uma surpresa para você? – null perguntou, vendo-a sorrir, curiosa.
- Lembro.
- Bem, o plano original incluía champagne, balões em forma de coração, música romântica e flores... – Cada palavra fazia os dois sorrirem mais e mais. – Mas esse é o momento perfeito de qualquer maneira...
null ajoelhou-se em frente a null pegando em suas mãos, deixando-a de boca aberta e com o coração cada vez mais acelerado. null estava com medo que seu coração pulasse pela boca.
- Ai, meu Deus! – Ela exclamou finalmente. – Você não vai me pedir em casamento, vai!? – ela perguntou com um leve pânico na voz.
- Não! – null respondeu rindo. Ela sempre o fazia rir. – Ainda não! – null enfatizou bastante o “ainda”. – Hoje eu só vou te pedir em namoro! – null sorriu e ele soltou suas mãos para pegar uma caixinha no bolso de suas calças. null abriu a caixinha e tirou de lá duas alianças de prata. Ele colocou uma delas no dedo de null. – Eu quero que todos saibam que eu sou só seu e que você é só minha! – Ele entregou a outra aliança na mão de null que a colocou em seu dedo.
null o beijou nos lábios sentindo cada parte de seu corpo se aquecer.
- Eu te amo, null. – Ela sussurrou nos ouvidos dele.
- Eu te amo, null.
O casal trocou outro beijo intenso enquanto null conduzia null para cama.
- Acho que você não vai voltar para Londres hoje, null.
- Não vou mesmo!
Os dois sorriram e voltaram a se beijar.


Ok, gente, agora acabou Getting Into You! Já tá ficando parecido com “Esqueceram de Mim”, se tiver outra continuação avacalha! Huahaua. Portanto, queria agradecer a todas vocês que leram e pediram continuação! Vocês rocks! Espero que gostem... :B
Ni, vc é a melhor! Amo vc!
Bem, vocês já sabem, né? Comentem, mandem e-mail (ali.broccoli@hotmail.com)...fiquem a vontade pra chingar e etc.
<3

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