Capítulo 1
Numa noite de Natal, quando você acha que ninguém, ninguém mesmo, poderia estar na rua...
null voltava da casa de sua amigas, às 3 horas da manhã. Completamente bêbada!
null,
null e
null insistiam pra que
null ficasse, dormisse lá...
Nem que fosse só um dia... Mas essa não queria, sua
mãe estava em casa sozinha. Brigaram de manhã... Como
sempre, por causa do pai de
null, que queria saber por que ele as abandonou.
De repente, a cabeça de
null estava confusa, bêbada, arrependida...
Luzes, sirenes, gritaria, choros...
null abre os olhos... Vê-se
em um hospital... Danos? Gravíssimos... Não sentia os
joelhos e nem seu braço! Mas o que acontecera? A menina se
perguntava. Ouvia várias vozes ao mesmo tempo... Parecia tudo
tão distante...
Tentava gritar, fazer um simples som, não conseguia, tentou levantar sua cabeça...
Desmaiou de novo.
- E agora tia? O quê houve? Ela desmaiou novamente! Parece que
não ouvia a gente aqui gritando! O quê a gente vai fazer?
Foi minha culpa eu sei e... –
null não parava de falar, e falava muito rápido, ninguém entendia.
- Acalme-se querida, o médico disse que não foi
tão grave... Mas parece que o outro menino se feriu gravemente.
- Tomara que morra! –
null dizia chorosa e desesperada
- Não fale assim! Ele deve estar bem pior que a
null! Dirigia uma moto hora essas! Coitado! –
null dizia – A
null vai se sentir super culpada!
- Calem a boca vocês! –
null parecia irritada – A questão é
null! Se esse cara tava bêbado ou sei lá o quê... Ele que se vire... Deve ter família.
A mãe de
null parecia preocupada com o outro menino também, sabia que a culpa cairia toda em
null e não queria ter que gastar dinheiro com isso já que
null não sofrera nada grave, já dava graças a deus por não ter que gastar com isso também...
- Parece que o menino sofrerá de esclerose, mas não
sabemos ao certo ainda... Com certeza o caso dele foi bem mais grave,
bateu com a cabeça no vidro do carro de sua filha e... – O
médico dizia quando foi interrompido pela mãe aflita
- Mas eu não tenho dinheiro!
- Sim senhora, ele tem plano de saúde, mas sou certo de que
alguém da família entrará com uma
ação na justiça contra a senhora e sua filha...
Quantos anos ela tem mesmo?
- 16!
- O rapaz tem 17... Os dois são menores... A senhora não
devia preocupar-se com sua filha? As próprias amigas delas
estão mais preocupadas.
A mãe de
null saiu irritada do leito do menino e dirigiu-se às amigas de sua filha.
- Eu vou pra casa meninas. Vocês também deveriam...
null você pode vir aqui um estantinho? –
null se aproximou, mas sem nenhuma palavra - Eu ia viajar amanhã, mas como sempre ela me atrapalhou mais uma vez... –
null estava impressionada com essas
palavras, mas continuava assentindo com a cabeça sem dizer nada
– Bem eu vou indo então aqui está a chave do
trailer. E o meu celular caso precisem falar comigo. – Entregou
um papelzinho com o número de seu celular anotado. Voltou-se
para as outras duas amigas de sua filha - Tchau queridas! –
Apenas deu um tchauzinho pra
null e
null e foi embora.
-A mãe da
null vai embora! –
null parecia impressionada
- Como assim “vai embora”? –
null parecia indiferente
- Quero dizer, tudo bem, ela nunca se importou muito com a nossa amiga,
mas agora sim eu posso dizer que essa mulher é maluca! Como ela
deixa a filha assim, estando no estado que ta... Numa noite de Natal...
- Onde exatamente ela foi
null? –
null agora se interessava
- Não sei, não me disse, apenas algo como “a
null me atrapalhou mais uma vez, mas eu tenho que ir”
- Essa mulher é doida? Como ela abandona a filha assim? E logo agora? –
null ia falando, mas foi interrompida por
null.
- E vou atrás dela!
null era assim, sempre impulsiva, ainda mais por
null, que era uma de suas grandes amigas.
- Não vá! Deixe... Ela estava reclamando com o médico de pagar alguma coisa ao menino que a
null atropelou... É uma...
- Ok deixa... Estamos aqui por causa da
null, e vamos continuar... Se ela abandona o barco assim, nós continuamos nele!
null era sempre a que “ditava
as ordens”, sabia sempre o que fazer nas piores horas, nunca
perdia a cabeça e sempre era uma ótima conselheira.
- Onde está aquela senhora?
null, eu acho?
- Ela... err.... –
null parecia sem graça em contar ao médico que a mãe de sua melhor amiga sumira...
- Ela teve que voltar pra casa, qualquer coisa sobre a
null pode falar conosco doutor.
- Ok. É que o menino do leito ao lado teve alguns progressos e eu queria avisá-la... Mas tudo bem.
Capítulo 2
Horas passaram e
null continuava desacordada. As meninas se preocupavam, mas as enfermeiras as asseguravam que estava tudo bem.
De repente 3 garotos aparecem no hospital, às 7:30 mais exatamente, loucos, gritando e furiosos.
null espancou a porta do hospital.
- Que merda de atendimento, onde está o
null? -
null parecia desesperado.
-
null
null minha senhora!
null
null! Acabaram de ligar dizendo que
ele não estava bem e me disseram que na carteira dele estava um
papel com meu telefone! –
null gritava.
- Vocês poderiam me acompanhar? – O médico apareceu
na sala de espera onde a enfermeira estava quase chorando com os
meninos gritando daquele jeito.
- Você vai me levar a
null
null? –
null gritava
- Cavalheiros! Isso é um hospital! Poderiam ter mais respeito? Há mais pacientes aqui!
- Não, não podemos! Irá nos levar ou não?
- Assim que se acalmarem explicarei a situação – O
médico parecia estar mais calmo possível, era
médico de plantão e já estava acostumado a lidar
com situações como aquela. Os meninos ficaram quietos.
– Ótimo. Acompanhem-me.
Eles seguiam o doutor e escutavam tudo que ele tinha a dizer. Seu amigo
fora atropelado na estrada por um Corola às 3 da manhã e
possuía ferimentos gravíssimos, e há algumas horas
poderia até sofrer de esclerose, mas disso conseguiu escapar.
- Mas nós podemos vê-lo? –
null estava quase chorando
- Terão que aguardar, ele se encontra desacordado... Se quiserem
voltar para suas casas tudo bem, podemos avisar quando obtivermos
melhoras e...
- NÃO VOLTAREMOS PRA CASA ESTAMOS BEM AQUI! –
null estava furioso enquanto
null tentava acalmar o amigo. O médico trouxe os amigos do paciente de volta para a sala de espera.
- Cara, calma! Ele vai ficar bem, eu sei que vai... Nós temos
que acreditar... Mas como será que foi esse acidente?
- Vocês não deixaram nem o cara falar! Ele ia dizer, eu sei que ia! O quê vamos fazer agora? –
null dizia voltando a chorar.
null tentava acalmá-lo.
- Dude, só podemos esperar mesmo... Uma hora essa merda desse doutorzinho volta.
null estava triste também... Mas tinha que consolar os amigos, era o melhor amigo de
e se sentia nessa posição.
para os meninos era como se
fosse a criança entre eles, o mais tímido, mais
brincalhão. Sentiam-se como se fossem os culpados de não
terem cuidado do garoto quando ele sofreu o acidente...
Mal sabiam eles que
não estava tão triste pelo acidente...
null ficou fitando os garotos...
Conhecia aqueles rostos.
Elas estavam na Inglaterra há pouquíssimo tempo, ainda
mais por aqueles lados... Ficaram 6 meses pelos lados de Londres, mas
agora as 3 (
null,
null e
null) resolveram se mudar.
null e sua mãe eram
viajantes. Sempre pelos lados da América do Norte. E agora, na
Europa. Não tinham casa, tinham apenas um trailer e de vez em
quando paravam em algum lugar... Não tinham moradia fixa, ainda
mais quando
null não estava em
período de provas na escola, mas pra falar a verdade, sua
mãe não se importava muito com isso...
null,
null e
null moravam sozinhas desde que
null e
null perderam suas mães que sofreram um acidente de ônibus violentíssimo já fazia 1 ano.
null apenas não
agüentava mais seus pais e resolveu ir junto com as amigas...
Estudavam juntas no Brasil e ficaram amigas no colégio mesmo.
Conheceram
null na sua atual escola. Já estudavam há uns 3 meses, mas não conseguiram as mesmas salas;
null estava junto com
null e
null com
null, mas sempre matavam aula juntas e quase nunca assistiam às aulas.
Todas vinham de famílias meio riquinhas, mimadas. Com exceção de
null, que apesar de ter dinheiro,
nunca fora mimada, aliás, estava mais pra largada do que mimada,
não ligava pra coisas materiais também. Não que as
outras ligassem tanto, mas gostavam de ter uma coisinha ou outra mais
cara ou “de marca”, como elas mesmas viviam dizendo.
null Só ficava escutando as
conversas dessas malucas, às vezes até opinava, mas era
raro. Viraram inseparáveis! Faziam tudo juntas, e
null quase não voltava pro
seu trailer mais, quase não via a mãe, estava sempre com
as amigas no que elas gostavam de chamar de república... Que era
uma casa mesmo...
- Hey! Vocês estão acompanhando a menina que atropelou meu amigo? –
null disse num tom arrogante às garotas, que estavam do outro lado daquela mesma sala.
- Ela não atropelou ele! –
null quase soltava faíscas
- Mulher no volante, como sempre, perigo constante – disse
null debochando e soltou uma risadinha. Queria fazer piadas com as meninas, e sempre olhava pra
null e
null num tom de confirmação a cada gracinha que dizia.
- Vão se ferrar!
- Olha elas combinam entre si em ferrar a vida da gente! O quê vai fazer? Me atropelar depois?
- Só não meto a mão na tua cara por que eu tenho pena de você!
- Vem então!
null quase ia... Quando
null e
null a impediram.
null também saía do seu lugar quando
null o impediu também. - Desculpe, ele nem sempre é assim, está abalado!
- Tudo bem, ela nem sempre é assim também... –
null ia dizendo quando foi chamada
pela enfermeira – Eu vou lá ou você vai? – A
garota disse esperando uma resposta de
null
- Eu vou ficar aqui com a
null.
- Mas eu quero ir! –
null dizia chorando
- Vamos logo! Apenas uma! – A enfermeira dizia impaciente com sua verruga assustadora na ponta do nariz
- Melhor não discutir! –
null dizia apontando pro nariz imitando a enfermeira. –
null fica aqui! Você não tá bem! Depois você vai ok?
- Tá... –
null fez uma cara triste, mas não podia ir agora mesmo.
- Moça espera... Eu tô indo... –
null foi correndo atrás da enfermeira
- Sua amiga acordou, quer falar com uma de vocês urgente!
Capítulo 3
null foi guiada até o leito de
null pela enfermeira que também tinha um bigodinho além da verruga.
“Ecaaa dude” –
null pensou
- Amiga! Como você tá???
-
null corre aqui! Vocêtemquedescobrironomedessemenino !!!!
- Calma amiga! Fala devagar!
- Esse menino, eu o conheço... QUAL O NOME DELE?
-Calma! Você acha que tá na hora de pensar nisso? Cara ele
ta mal, você também! Depois você fica amiguinha
dele... Ai você já tá bem né... –
null deu uma piscadinha sarcástica.
-
null... Você não
entende... Por isso que a gente bateu, eu tava pensando nos problemas,
tava com vontade de vomitar, eu olhei pra ele, ele olhou pra mim...
É como se tudo tivesse parado, mas não tinha sabe, sei
lá... E aí eu só vi a luz...
- Ihh caraca... O quê eles tão te dando aqui hem? Temos que te levar pra casa!
- É sério!
- Calma, o nome dele?
null eu acho...
-
?
-Pode ser um apelido... Conhece?
-Não sei... Sei que eu conheço ele de algum lugar, e que o nome dele é
... Eu fiquei meio arrepiada quando o vi...
- Como assim você conhece com ele? E ficou arrepiada?
- Você precisa saber se ele tá bem! –
null ignorava o que a amiga dizia
- Na verdade, não muito... Dude, você nunca falou com ele!
Quer que eu chame o médico? Que pergunta claro que vou chamar!
–
null já saía da sala quando deu de cara com
null, as enfermeiras a deixaram passar, pois ela chorava muito e o caso de
null não era tão grave.
null saiu da sala pra que as duas conversassem à vontade.
null tinha se ligado muito à
null desde que se conheceram.
-Amigaaaaaaaaa!!!!! Como você tá???? –
null pulou em cima de
null.
- Agora? Amassada!
null sorriu – Hehe, desculpe!
- Tudo bem! –
null abriu um sorriso pra amiga.
Na verdade estava feliz, suas amigas estavam bem preocupadas com ela,
sabia que alguém se importava enfim. Diferente de sua mãe
que ela nem viu no hospital.
null contou a história toda pra
null que também não sabia o que dizer.
Silêncio de 45 segundos...
- Mas
null... Você tem certeza?
- Tenho, eu não sei... Eu preciso falar com ele... É como se eu o esperasse há anos...
- Ele ainda tá inconsciente e...
-O tempo acabou, vocês não podem mais ficar aqui! E
deveriam almoçar, aqui perto tem um restaurante. – A
enfermeira entrou expulsando a menina.
- Ok já vou então xuxu... Pensa bem no que você disse... Pode ser confusão sua! –
null disse fechando a porta,
null apenas mandou um beijo e fez sinal de paz...
“E se for confusão minha mesmo? Mas o
... Ele é... Como se
fosse meu... Ta eu tô ficando maluca, é melhor saber mesmo
o quê eles tão me dando aqui...” –
null sorriu sozinha.
- Estamos indo almoçar bela adormecida! – As duas acordaram
null que já estava em seu quinto sono...
- Quê? Anh?
- Vamos dorminhoca, a gente não tomou café e já são 11:30... Precisamos comer alguma coisa...
- A
null tá bem?
- Tá sim! –
null disse.
- Ótima!
- Bem até demais!
- Viu “O” passarinho rosa!
- Tá nas alturas... –
null não tinha mais como continuar seu joguinho de palavras com
null
- Chega vocês duas! –
null encerrou o assunto!
- AHÁ! Ganhei!!! –
null fez uma dancinha em volta de
null
Capítulo 4
-Vocês estão indo almoçar? –
null abriu um sorriso gigante pra
null que ficou envegonhada. “Nossa, ele é até bonitinho”
- Vamos sim... Err... Vocês querem vir?v
- Com essa ignorante junto? –
null disse num sorriso apontando pra
null
- Paz? Err....
-
null
null!
-
null! Desculpe, só queria proteger a minha amiga... E como está o amigo de vocês?
- Melhorando, acordou, mas disse que tava muito cansado e voltou a dormir...
- Ahh... –
null na verdade esperava ouvir uma
história meio estranha de quê o amigo deles também
estava doido. Dizendo coisas como “Eu conheço ela”.
Mas estava começando a pensar que quem bateu com a cabeça
mesmo foi
null...
E foram pra primeira espelunca que acharam, comeram mal, mas pelo menos conversaram muito, se conheceram melhor.
- Uhhhmmm!!!! Isso tá delicioso!
- Haha, não ta não! -
null disse dando careta pra
null.
- Liga não, ele geralmente gosta de tudo que come –
null disse apontando pra
null.
- Coitadas das meninas que já saíram com ele que você acabou de humilhar! –
null disse rindo
- Não, mas ele tem bom gosto não é amigão? –
null disse batendo nas costas do amigo
- Com certeza xuxu –
null deu um beijinho na bochecha de
null.
- Aqui não benhê!!!
Todos riam. Conversa vai, conversa vem...
- Acho que devemos voltar pro hospital. –
null disse preocupada
- Caaraca! Já são 4:30!
- Nossa,
null! Valeu pelo susto –
null disse após ter dado um pulo da cadeira.
- Foi mal dude!
- Foi péssimo cara, tem comida no meu cabelo!
- Aff. –
null fez uma cara de aff mesmo [N/A: aquela cara assim: ¬¬]
- Ok, vamos!
Após a “viagem” de volta pro hospital, que por sinal
era meio longe do restaurante, foram falar com o doutor pra saber se
tinha alguma novidade...
- Nada,
null
null dormiu novamente e
null
null eu não sei, vou ver agora...
- Ok, obrigada doutor! –
null disse num sorriso simpático. – Caraca,
null, um trem te atropelou? Que cara é essa?
- Esse nome... – Falou rápido e baixinho
- Só se foi você que atropelou ele né... Com essa
cara! Agora que você descobriu que atropelou seu melhor amigo
dude? –
null disse pra todos ouvirem e em seguida deu um tapinha nas costas de
null, todos riram é claro.
- Dude. Você tá bem? -
null parecia preocupado com a cara de seu amigo que parecia nem ter ouvido o quê
null dissera e apenas dera um sorrisinho quando todos estavam rindo.
- O
... Já disse esse nome... Eu acho...
- Que nome cara?
-
null
- Não to lembrado não cara...
- Mas disse! Eu preciso falar com ele... Cara ele saiu lá de
casa e nem tava bêbado... Por que será que foi o acidente?
- Não sei... Depois quando ele melhorar, a gente descobre... Fica tranqüilo cara... Talvez seja outra
null...
- Não é!
- Depois a gente vê então... Relaxa.
null e
null se entreolharam, sempre sabiam o que uma tinha a dizer a outra...
- Tá! O que foi que eu perdi? –
null entendia os olhares que as duas trocavam
-Nada, a gente vai descobrir logo, logo... –
null parecia impressionada estava imóvel... Não dizia nada, apenas olhava –
null? Você ta bem?
- Tô!
Capítulo 5
- Visitantes do paciente
null
null! – Gritou uma voz.
Todos os três amigos se levantaram, as meninas permaneceram sentadas.
Apareceu a enfermeira mal encarada de novo na porta da sala de espera.
- Ele chama pelo acompanhante
null
null.
- Eu!
- Acompanhe-me.
- Claro! Já volto pessoal – Disse em direção aos que iam ficar na sala
- Dude!!! Você nos assustou! –
null já ia abraçar o amigo
- É ela!
-
null?
- É!
- Eu sei...
- Como?
- As amigas me disseram o nome.
- Ah...
e
null tinham brigado uns instantes antes do acidente,
pensava nela, não bebeu
na noite de Natal que passara com os amigos e ia em
direção à praia no momento em que o acidente
ocorrera. Ele a conhecia apenas em sua memória. Não tinha
certeza, mas achava que sua mãe os havia apresentado alguma vez,
pois lembrava dela indo em sua casa.
- Hey dude, acho que é melhor esquecermos aquela briguinha de ontem, temos um problemão maior aqui. –
null apontou pra perna de
.
- Ahh isso... O médico disse que eu fraturei Mas vai ficar tudo
bem. Talvez tenha que usar umas muletas por uns 2 meses no
máximo... mas eu consigo tocar mesmo assim –
piscou para o amigo, parecia bem.
- Brotha, não fica chateado comigo não... E pensar que o
“problema” atropelou meu amigo... Ahh mas essa menina vai
se ver comigo...
- Hey, ela não tem culpa... Vamos começar essa história toda de novo? Ela não fez nada...
null e
haviam brigado exatamente por causa de
null. Na noite de Natal,
não bebera, o quê não era muito normal...
null tentava animá-lo e como estava meio bêbado, ele insistiu de um jeito que
não gostou e foi embora de carro pra praia... Queria fugir dali...
- Eu sei cara... Mas então me conta como foi o acidente!
- Ah... Ela olhou pra mim e parou de dirigir, eu não sei, eu
olhei fundo nos olhos dela e percebi que ela também tava me
olhando, sei lá... Parecia que ela já me conhecia
também, e foi um momento intenso... Parece que foi... Não
deve ter passado nem um minuto, mas sei lá... Parece que
estávamos nos olhando e o tempo parou, tinha que parar... Eu
não sei... Eu acordei aqui e não lembro de nada depois...
Só de quando vocês entraram na sala há pouco tempo
e da enfermeira falando o nome dela...
null
null.
- Dude você tá péssimo!
- É sério –
soltou um risinho
simpático – Não vejo a hora de sair daqui e
encontrá-la. Perguntar se ela me conhece, conversar com ela...
Eu não sei... Acho que ela também gosta de mim... –
agora tinha uma expressão de sonhador – E eu...
Mais uma vez o silêncio de 45 segundos.
- Eu sei lá... –
queria que seu amigo o respondesse.
- Você irá vê-la. E terá muito tempo pra
isso... Agora relaxa. Vamos ligar pro Fletch amanhã e cancelar
todos os shows até fevereiro tudo bem? –
null tentava mudar de assunto por que não gostava do seu amigo daquele jeito, e não tinha certeza se
null sentia a mesma coisa por ele. E se não?
ficaria péssimo, pior do que estava naquele momento.
-Okay. É bom que vocês vão ter umas férias. E eu vou poder conhecer a
null melhor...
-
null?
- É o apelido dela!
null =
null! Dããããã!!!! –
ria da cara do amigo, como se o apelido fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Pelo menos você ta pondo um sorriso nessa tua cara feia dude! –
null deu língua.
- Olha não me mostra essa língua aí não que eu fico excitado!
- Po querido, aqui no hospital alguém pode ver...
No mesmo instante a enfermeira entrou no quarto.
- Os 15 minutos acabaram rapazes.
Os dois a olharam ao mesmo tempo e deram um risinho um pro outro sem
que ela percebesse “Parece que o humor dela mudou” –
null pensou.
- Vai lá cara, fala com os outros que eu tô bem que eu vou tirar um cochilo aqui agora...
- Okay dude. Melhoras!
null saiu rápido do quarto e foi em direção da sala de espera quando viu outro doutor indo entrar no quarto de
e o parou.
- Hey moço!
- Pois não?
- Você é o médico do plantão desse horário?
- Sou sim! Alguma ajuda?
- Meu amigo ta aí dentro. O quê foi passado pro senhor? Sabe me dizer o quê vai acontecer com ele?
- Desculpe jovem. Eu ainda vou olhar a ficha – E entrou rápido no quarto deixando
null. Vida de médico é assim, corrida, não pode parar pra conversar.
- Mas senhor...
- Vamos garoto! O doutor McFety tem o que fazer...-
null foi interrompido e violentamente empurrado pela enfermeira.
“Nossa, o humor dela muda rápido... McFety... Parece o nome da nossa banda...” –
null deu um sorrisinho e apenas disse
– Tô indo a SENHORA não precisa se estressar –
disse num tom de deboche
- Vamos. – O empurrou para a sala de espera e entrou no balcão para pegar alguma coisa com a recepcionista.
null deu uma careta pra “verruguenta” e foi falar com os amigos.
- Dudes ele ta bem... Hey meninas, ele queria falar com a
null depois. Vocês podem não esquecer isso? – Disse se virando para as meninas.
- Claro... Acho que ela também vai querer falar com ele... –
null disse num tom simpático
- OK! –
null também deu um sorriso
simpático – “Nossa como ela é linda...Depois
disso aqui vou pedir o telefone... Ahhh.... Concentra dude! Ela disse
que a menina que atropelou seu amigo também quer falar com
ele... O quê será que é? Ahh depois eles que se
resolvam... Fala alguma coisa pra ela... Pensa seu loser....”
–
null se perdia em pensamentos e ninguém falava nada.
- Então! –
null disse quando
null ia dizer a mesma coisa, então esse soltou um sorrisinho pois acabara de abrir a boca pra falar,
null não havia tirado os olhos do menino.
- Nossa
null! Você interrompeu o
null!
- Ah foi? Desculpa
nullzinho querido! –
null disse com uma cara de deboche.
- Não tem problema não! –
null disse num sorriso gigantesco.
null sentiu uma pontada de ciúmes, pois mesmo quando ela havia falado ele não olhou muito pra ela, parou o olhar em
null apenas.
- Entaão? Não vai continuar o quê ia dizer?
- Ahh não era nada importante
null! Pode dizer primeiro!
null sentiu um ódio mortal crescer, então cortou os dois:
- Então
null o quê vamos fazer mesmo depois daqui?
- Ahh não sei! Alguma sugestão? Quando esses losers
estiverem melhores podemos tira-los daqui e dar uma volta por aí
todos nós... Eles precisam dar uma arejada depois de tudo que
passaram...
- Boa idéia... Depois falamos com eles então! –
null respondeu à menina com o
seu sorriso galanteador. Era o quê chamava mais
atenção entre eles... Seu sorriso era lindo e todos o
diziam.
null parecia sem graça. Pois
null não parava de
encará-la; desviou o olhar e depois deu uma disfarçada e
olhou de volta pro meninos dos olhos mais bonitos que ela já viu
em toda a sua vida. – “Ahhh que mico, ele ainda ta olhando
e com aquele sorriso! Um buraco pra eu enfiar essa cabeçona de
retardada por favor?”
- AHHHHHHHHH –
null disse pulando do sofá.
Todos se assustaram pois já estavam calados há um tempo.
- Hey seu loser! Que susto! Deixa de ser lesado!!! –
null disse depois de dar um “salto” do sofá
- Posso?
- Gente coitado! –
null disse – Vocês não deix...
- IHHHHHHHHHHH – Todos disseram ao mesmo tempo, interrompenso-a.
null corou no mesmo instante – Valeu
null, você é a única que me entende!
- Ih já ta até chamando de única!!! –
null disse fazendo um coração no ar.
- Parem! –
null disse envergonhada!
- Deixa eu falar! –
null disse tentando mudar de assunto
- Gente deixem o namorado da
null falar! –
null disse num tom de deboche e todos riram.
“
null eu te mato” –
null pensou fingindo rir também.
Seu olhar e o de
null se cruzaram, e logo desviou. Mas ele não. – “Droga por que ele gosta tanto de ficar me encarando?!”
- Como eu dizia... O
não já falou de uma
null? Por que eu lembro de um dia que ele disse sobre um sonho que ele...
- Cala a boca dude! –
null disse rapidamente
- Mas não é...
- Tá eu vou falar... Também se for viagem dele é
bom que a gente nem deixa os dois se verem pra ele não ficar
triste. –
null fez menção de contar uma coisa importante, mas
null o interrompeu.
- A gente sabe! Ela também gosta dele.
- É ela disse lá no quarto... –
null entrou na conversa.
- E eu não estou sabendo de nada??? –
null disse indignada.
- É só pros VIPS! –
null disse rindo – Você não entrou no quarto!
- Mas então é verdade... –
null disse interrompendo alguma coisa que
null ia falar.
- Gente ela já conhecia ele? Eu tô boiando aqui literalmente! –
null disse com cara de desentendido.
- Eu também! –
null se aproximou.
- E eu!!! –
null falou mais alto.
- Calma gente! – Foi a vez de
null falar – Ela acha que o
conhece! Ainda não é certo... Bom, mas ainda bem que
é da parte dos dois... Vamos deixá-los resolverem
sozinhos.
- Também acho melhor assim! –
null fez que sim com a cabeça e
null afirmou também logo em seguida.
- Ainda bem mesmo que ninguém vai se magoar nessa história...
Capítulo 6
A enfermeira vinha avisar das novas sobre
null junto com o doutor, ela iria
ser liberada. Mas agora a outra enfermeira também havia trocado
de turno e essa era bem mais bonita. Loira de olhos claros e toda
arrumadinha.
- A paciente
null
null já recebeu alta. Apenas
fraturou o braço. Mas já está engessada, pode
voltar pra casa. A mãe dela precisa apenas assinar esse papel
aqui por causa do plano de saúde. Onde ela está?
- Err... –
null,
null e
null se entreolharam. O quê
diriam? – Bem, a mãe dela não está...
Está viajando... Mas eu tenho o número do celular dela
–
null lembrou-se do papelzinho que a senhora
null havia entregado em sua mão.
A enfermeira foi ligar imediatamente pra mãe de
null.
-Alô? – Uma voz masculina atendeu ao celular.
-Boa tarde. Eu gostaria de falar com a senhora
null...
- E da onde fala?
- Do hospital onde a filha dela está internada.
- Ah sim dando trabalho de novo essa guria, só um momento. - O
homem afastou o telefone o telefone e gritou pela mãe da menina.
- Alô?
- Boa tarde senhora
null. Aqui é do hospital onde
sua filha está internada e eu vou passar o telefone pro doutor
do plantão que está cuidando do caso dela agora.
- Só uma perguntinha querida. Você sabe se os pais do
menino que ela atropelou apareceram ou ligaram aí pro hospital?
- Ãããnh?
- Esqueça, pode passar pro doutor.
- Ok
- Alô? Senhora
null?
- Sim, ela mesma. Como está o menino?
- Sinto muito? Não entendi. A senhora não é mãe de
null?
null
null?
- Sim. Mas ele está bem?
- Sim está. Apenas fraturou a perna. Mas vai ficar muito bem dentro de uns 2 meses no máximo.
- Eu não acredito que ela perguntou do
antes de perguntar da
null–
null disse indignada.
- Shiiiu, vamos prestar atenção –
null disse fazendo sinal pra ela ficar quieta.
- Ahh sim que bom. E os pais dele? Ligaram?
- Não aqui na ficha consta que os pais são
impossibilitados e a guarda é dos tios que apenas mandam
dinheiro pra ele sobreviver em Londres.
- Ahh sim... Eles também não ligaram?
- Acredito que não. Mas já foram informados e o plano de saúde irá cobrir tudo.
- Unh... E pra que o senhor ligou então?
- Sua filha está bem melhor e vai sair daqui apenas com um
braço quebrado. O plano de saúde também
cobrirá o caso dela. Só precisava que a senhora assinasse
um documento. Mas a senhora está fora do país?
- Sim estou.
- Então a senhora confirma tudo que fizemos? Ela está apenas com o braço engessado.
- Confirmo sim.
- Ok vamos justificar a assinatura aqui então. Muito obrigado senhora
null. Tenha um bom dia.
- Obrigada a você doutor. As meninas, amigas da minha filha estão aí?
- Sim estão. Passo pra alguma delas?
- Chame a
null por favor, e mais uma vez obrigada doutor!
- Claro. Foi um prazer. Um instante.
-
null? Ela quer falar com você.
- A mãe dela? – “Mas o que será que essa maluca varrida quer comigo?”
- Alô?
-
null, querida, tudo bem por aí?
- Tudo sim.
- Mande um beijo pra todas as meninas. E mande
null pedir desculpas ao menino se tiver a oportunidade, mande ela se lembrar que é uma
null.
- Sim eu irei. – “Irei lembrá-la desse desgosto” – pensou.
- E mais uma coisinha. Eu deixei o cartão de crédito dela
em cima da mesa do trailer. Tem limite de 7 mil por mês. Eu
ligarei para falar com ela sobre mais detalhes depois. Avise que ela
não pode passar disso no cartão, por favor.
- Avisarei.
- E cuide bem dessa trombadinha. Fale pra que ela não me traga mais problemas. Tchau querida.
- Tchau.
Desligaram.
- O que ela queria? –
null perguntou curiosa.
- Nada falar do cartão de crédito dela com limite de 7 mil que ta em cima da mesa do trailer.
- Caraca ela mora num trailer? Sempre foi meu sonho –
null fez cara de sonhador.
- Mora!
- Que foda... Um dia vamos morar num trailer também... –
null disse fazendo cara de sonhador também.
- No way! Sou muito mais feliz na minha casinha enoorme! –
null dizia quando o médico voltou.
Capítulo 7
- Vem cá... Vocês são os McFLY?
Todos os 3 se entreolharam “Ferrou!” Todos pensaram juntos.
- Err... Somos sim... –
null disse já com medo.
- Eu reparei quando estava engessando o braço do menino mas
não quis falar nada pois não tinha certeza. Mas agora que
vi todos os quatro assimilei melhor. Minha sobrinha é maluquinha
por vocês.
- Errr... Que bom...
- Vocês podem me dar um autógrafo?
- Mas é claro! –
null já ia chegando todo simpático.
“Nossa até um doutor pediu nosso autógrafo, que estranho!” –
null pensou consigo mesmo. E foi assinar o pedaço de papel ao lado do nome de
null.
Em seguida foi o
null – Qual o nome dela?
- Cadence!
“Beijos para Candance,
Com amor,
null
null - McFLY”
- Obrigado meninos, ela vai amar, vou ao quarto do outro paciente agora!
- Disponha senhor! Obrigada pelo nosso amigo também! –
null disse em um tom simpático
O médico se dirigiu para o quarto de
e a enfermeira peituda o acompanhou.
- Eu aposto 10 pratas que aquele cara come a enfermeira! –
null disse rindo
- Pô, mas só se ele for besta que não! -
null afirmou.
- Cara vocês são uns pervertidos! Eu nem pensei nisso! –
null disse com cara de santinho.
- IMAGINA! –
null segurou o riso. Mas todos riram, então ela começou a rir também!
- Gente o
null é virgem vocês não sabiam? Ele nem sabe direito do quê estamos falando! –
null ria sem parar.
- Deixa o
sair daquela sala que ele vai provar pra vocês que não!!!
Todos caíram na risada novamente. Silêncio de 15 segundos...
- Mas ela era muito gostosa! –
null disse pra que todos ouvissem
- Aff – Todas as meninas fizeram juntas.
- Encerrou o assunto já? –
null disse emburrada.
- Para
null! A
null já ta ficando com ciúme! –
null disse fazendo piada.
“Eu mato o
null, juro que mato” –
null pensou consigo mesmo.
- Mas então... Vocês são mesmo os McFLY? –
null puxou o assunto. Estava entalada pra fazer essa pergunta desde que o doutor pedira os autógrafos.
- Somos sim... Vocês já conheciam? –
null respondeu.
- Já sim! Eu,
null e
null fomos em um show de vocês já. Com aquela banda... O Busted eu acho...
- É mesmo!!!! Arrumamos um convite quando ainda estávamos
lá em Londres. Nossa, ainda nem conhecíamos a
null... Faz mais de 3 meses isso... Caramba... Agora eu me lembro! –
null entrou na conversa também.
- É... Eu lembro que eu baixei uma música de
vocês... 5 colours in her head eu acho... E tinha aquela que eu
AMEI que foi That Girl… Nossa… perfeita! –
null já se animava
- Que bom que vocês gostaram! Mas na verdade, é 5 colours in her HAIR!–
null disse com um sorriso gigantesco. E todos riram, menos
null que ficou sem graça.
- Cara, tinham muitas garotas gritando no show! Foi uma histeria! E
agora nós conhecemos vocês... Que engraçado...
Já temos o quê contar pro neto. - Disse ainda vermelha.
- Depois a gente toca That Girl pra vocês! –
null disse todo metido.
- É claro que vocês VÃO! –
null fez uma cara engraçada de mandona, mas era o que ela era mesmo...
- Sim senhora! –
null bateu continência.
Todos riram.
A enfermeira voltou pra sala de espera:
- Meninos, tenho notícias de seus amigos. – Essa era bem
mais simpática do que a outra. Estava sempre sorrindo e os
tratava muito bem.
- E o que é moça? –
null levantou da cadeira.
- A menina sai agora mesmo, e vocês já podem ir
ajudá-la a ir embora. Mas só podem ir no máximo
duas na ambulância.
- Ok. Podem ir vocês duas eu vou ficar aqui com esses losers
famosos e depois vocês voltam de carro pra me buscar. –
null disse apontando pros 3.
- Ok! Podemos passar com ela aqui nessa sala pra ela falar com os nossos novos amigos moça?
- Claro! Ela pode andar! Só não pode apertar a mão
de ninguém! Só se for com o outro braço! – A
enfermeira sorriu. Todos sorriram de volta.
- Já voltamos. –
null disse dando um tchauzinho pra eles.
-
null!!!!!!!!! –
null estava péssima. Tinha
os cabelos bagunçados, sem maquiagem e com uma cara amassada de
quem acabara de acordar, cara de quem ia sair do hospital agora –
Você nunca foi mais linda! –
null riu alto olhando para a amiga.
- Obrigada pela parte que me toca querida, também te amo!
Não pude nem passar meu querido lápis de olho... A
mão que eu usava, sabe... Está meio incapacitada no
momento... – Disse
null apontando pro seu braço quebrado.
- Ahhhh eu quero pichar o gesso!!! –
null pulou no braço da amiga
- Aiii... Não mexe muito não que dói!
- Meninas, acalmem-se. A jovem está meio fraca no momento, mas
já já terão sua amiga de volta. Vamos? A
ambulância já chegou! – A enfermeira novinha disse
em seu sorriso simpático.
- Claro! Não vejo a hora de chegar em casa...
null?
- Ela vai ficar... Só dão duas na ambulância. Mais tarde a gente volta pra busca-la.
- Okay!
- Mais uma coisa moça, a gente pode passar lá na sala de espera rapidinho com a
null? –
null perguntou com uma carinha de cachorrinho pidão. – Por favoor...
- Ahhhh... Está bem. Faça disso 5 minutos tudo bem?
- Brigada moça!
- 4 minutos e 38 segundos...
- Vem
null! –
null puxou a amiga pelo braço em direção à sala onde os McFLY estavam... “McFLY...
null gostou tanto dessa banda quando mexeu nas minhas músicas no PC... Que engraçado, ela atropelou um deles.”
null pensava e ria sozinha.
- Está maluca menina?
- Esses são
null,
null e
null! –
null disse apontando pra todos os meninos, um por um.
- Olá! – Todos os meninos disseram ao mesmo tempo.
- Oi... Eu errr... Meu nome é
null. – Disse sem graça. Os meninos eram bonitos.
- Eles são os McFLY! – Disse
null dando um sorriso.
- McFLY? Sobrenome... Igual ao do Marty? –
null fez cara de impressionada.
- Você gosta de De Volta Pro Futuro? –
null disse mais impressionado ainda cortando alguma coisa que
null ia dizer.
- Claro!!! Mas não é o sobrenome de vocês!
- Nossa banda se chama McFLY. Não conhece? De onde você vem? –
null a olhou como se fosse alguma coisa de outro mundo não conhecer McFLY.
- Venho do Brasil e vocês? São daqui mesmo? –
null não entendeu a cara do menino.
Todos riram.
- E o que foi que eu perdi? –
null era a única que estava confusa.
-
null, você tem problema ou o quê? –
null disse irônica.
- Ué?!
-
null, é claro que eles são daqui mesmo. Com essas caras de ingleses!
- Aff eu não sou obrigada a saber! –
null deu língua pra
null.
- Ah mas a gente só conhece porque foi no show! –
null defendia a amiga.
- Quando isso? Aqui na Inglaterra né?
- Pra ser mais exata, em Londres, a gente ainda não te conhecia
null.
- Ah sim!
- Ahh sua cabeça de vento! Você já os ouviu! No meu
PC... Aquela música. 5 Colours in her hair! Você amou!
–
null disse e arrumou o cabelo da amiga.
- Claro que eu lembro! Dude! Vocês são muito bons! Quem é o cara que canta e tem a voz mais grave?
- Sou eu aqui! – Disse o guitarrista de cabelo cacheado das pontas, meio sem graça.
- Sou sua fã! Sua voz é linda! –
null sorriu sem graça em sua direção.
- Obrigado...
- E vocês amiguinhas queridas? Dando uma de groupies na minha
ausência não é? Vocês não perdem tempo
mesmo!
- Nunca! –
null disse piscando pra amiga.
- Ah eles são bonitinhos né... –
null disse apertando as bochechas de
null.
null não fez uma cara muito boa, mas tentou não demonstrar isso.
- Peraí. Nós não sabíamos quem eles eram
ta? Vocês podem ser groupies, mas eu não sou! –
null teve que interromper. A amiga apertou a bochecha de
null. Não ia ficar assim.
-
null você é a pior!
- Não sou não!
- Você não lembra no show do NXzero quando você tava quase dando pro Gee pra conseguir um autógrafo?
- Ahh... Mas era O GEE!
Todos riram menos os meninos que não sabiam o que era NXzero.
- A enfermeira disse 5 minutos povão! Temos que voltar tomatinho podre de braço quebrado!
- Você me ama né
null?
- Claro!
null deu um tchauzinho sem
graça para os meninos – Bye. – E saiu da sala. Eles
apenas mexeram a cabeça em afirmação ao seu tchau.
- Vocês demoraram hein espertinhas? – A enfermeira disse
abrindo um sorriso. – Ahh sim, vocês gostaram dos meninos
né? Eu percebi! – E fez uma cara de esperta. Todas coraram
imediatamente.
- Err... Não é isso... A
null pode voltar depois com a gente pra conhecermos o outro menino?
“O outro menino? Que outro menino? Claro, sua cabeça de vento! Você não conheceu
! A banda tem 4 garotos não é? Será que ele é o 4º?” –
null pensava sozinha.
- Pode sim! Não tem problema algum.
null já está bem.
Só não vai poder se esforçar pra muitas coisas,
nem empurrar um carro se vocês enguiçarem... Essas
coisas...
- Nem lavar a louça não é moça? –
null sorriu em sua direção.
- Está livre disso também!
- Hehe! Mas e minha mãe meninas?
- Err
null... Ela... Viajou. –
null foi curta e terminal nessa última palavra.
null não disse mais nada. Talvez fosse melhor assim.
Capítulo 8
E foram assim a viagem inteira. A enfermeira agora conversava com o
motorista pela janelinha que havia tipo as daquelas viaturas de
polícia...
Cada menina tinha seu pensamento centrado em alguma coisa.
null pensava na sua mãe... Como queria tê-la de volta.
null agora sentia falta da sua.
Teve problemas nos primeiros meses quando queria ficar por Londres. Os
pais brigaram muito com ela. Mas depois que
null afirmou que tinha que fazer
um curso por lá e que quando voltasse para o Brasil seria uma
ótima profissional em qualquer carreira que seguisse, pois teria
uma quantidade de cursos terminados muito boa. Tinha apenas 2. Seus
pais ligavam toda semana pelo menos uma vez.
null também ligava uma vez.
A ligação não era muito barata, por isso
não podiam se falar tanto assim.
null não pensava em muita
coisa. Pensou em sua mãe. Como as coisas poderiam ser até
melhores sem ela por perto.
invadiu seus pensamentos de
repente. Precisava conhecê-lo mais que urgente. Agora prestava
atenção no caminho que a ambulância percorria.
- Meninas, vocês vão ficar no endereço que a mãe de
null deixou lá na recepção mesmo?
- Você precisa pegar umas coisas no trailer né
null?
- Eu posso deixá-lo do lado da República? Podem assaltar
ou alguma coisa assim. Minha mãe deve vir buscá-lo
depois, não vai ficar lá nem uma semana.
- Okay! Mas você fica na casa com a gente?
- Claro!
- Ficamos no endereço que ela deixou lá mesmo!
- Tudo bem!
Chegaram ao trailer, acenaram para a enfermeira. Essa estimou melhoras pra
null e a ambulância retornou ao hospital.
Entraram no trailer.
null foi dirigindo e
null e
null ficaram na parte em que
null dormia no trailer e foram conversando até chegarem à República.
- Vamos criar uma irmandade?
-
null você é louca? Não quero qualquer um na minha casa não!
- Seria tão legal... E um Grêmio?
- Precisamos ser eleitas! ¬¬
- Ahh então... Podemos nos eleger...
- Eles vão muito votar em garotas brasileiras, que acabaram de
chegar no colégio e andam com blusas que não são
transparentes e calça jeans!
- Se a gente passar a usar saia... A
null empresta pra gente... Olha eles podem votar nela...
- Ela ainda é brasileira. –
null encerrou o assunto. Os argumentos de
null acabaram.
- Tá calada chuchu! - Disse a menina reparando em
null que permanecia calada.
- Ahh... É só que eu não tô muito acostumada
a quebrar o braço e ainda por cima, a perna de outras pessoas.
- Eita. Não foi sua culpa baby! Relaxa!
- É... Tem razão...
null trocou de roupa rápido
e lavou o rosto com a mão que restara. Passou seu lápis,
olhou no espelho, deu uma piscadinha e saiu. Estava confiante. Mas de
repente pensou em
novamente – “E se
ele me achar feia? Droga... Ele vai ter razão!” –
Toda sua auto estima se foi em menos de um minuto.
- Vamos amores? –
null perguntou lá de dentro da cozinha onde bebia sua água.
- Gente e o meu carro? Minha bolsa ficou aqui, já achei... O que será que vai acontecer com ele?
- Sua mãe já falou com o povo do seguro. Mas parece que
ela vai ficar com o carro daqui em diante. Ah não esquenta! A
gente deixa você dirigir o beagle pink. –
null piscou pra amiga.
- Okay! Prometo não bater com ele! –
null piscou de volta.
null dirigiu até o hospital. Estacionou e entrou com as amigas no lugar de novo. Viu
null na sala de espera. Estava
pensativa e... Sozinha. “Peraí? Sozinha? Será que
os meninos foram e não nos esperaram? O que será que
houve?”
-
null? Cadê eles? –
null perguntou desesperada. Não iria ver seu
? – “Ele deve estar lá dentro, tem que estar!” – pensava desesperada.
- Até que enfim suas lerdas! Vocês são umas inúteis! Osmeninosaíramchorandodaquieforam
- O quê? Fala direito sua maluca!
- ¬¬ O
foi transferido pra outro
hospital. Parece que ele teve uma reação alérgica
a algum antibiótico daqui... Ou sei lá o quê...
Eles acabaram de ir embora. Eu tinha que esperar aqui. O
null tá no banheiro há
20 minutos e não voltou mais... Ele também não
pôde ir na ambulância...
- Ele deve estar super mal! –
null disse indo consolar
null que estava bem triste.
null foi logo depois.
- Mas eles estavam chorando? Você disse que eles saíram chorando ou coisa parecida!
-Estavam... Cara foi muito triste. Foi super rápido! Não
deu nem pra pensar!– Caiu uma lágrima dos olhos de
null, ela fez uma pausa e
então continuou – Os médicos falavam super
rápido entre si... Deviam ter uns 3 enfermeiros e 2
médicos... Apenas quando os meninos ouviram
infecção eles foram correndo e sem saber quem era, depois
viram e
null gritou “
”.
null e
null foram correndo atrás da maca que o
estava.
null foi por último,
então não deixaram ele entrar na ambulância.
– A menina começou a chorar mais ainda e as amigas deram
um abraço muito forte. Mas logo depois soltou-se do
abraço e continuou a falar. – Eu tentei correr
atrás também...E eu tava bem atrás do
null. Aí ele me abraçou
tão forte. Ele tava muito mal... Foi correndo de volta pro
hospital e eu fui atrás dele, mas ele entrou no banheiro e eu
voltei pra sala. Ele tá lá até agora. –
null disse a última frase abaixando a cabeça e abraçou as amigas de novo.
Ficaram abraçadas chorando.
Nada de
null.
Nada de
null...
Nada de
null?
- Cadê a
null? –
null se soltou rápido do abraço quando lembrou-se que a amiga não estava entre elas.
- Eu não a vi... Nós viemos abraçar
null... E depois eu não sei pra onde ela foi! –
null falou procurando por
null pelos lados.
null levantou – Onde ela se meteu?
- Vamos procurar no banheiro! –
null saiu correndo atrás do banheiro e foi seguida pelas amigas.
- É aqui! –
null parou. Olhou pra porta ao lado... Era o banheiro masculino.
null estava ali. Não pensou duas vezes e abriu a porta. –
null onde você está? – E foi batendo em todas as portas das cabines.
- Sái!
- Aí você está! – E abriu a porta de onde vinha sua voz.
- Isso é um banheiro masculino.
- Eu sei.
Calaram-se.
null estava choramingando.
null começou a chorar
também, ele estava muito mal. – “Como eles
são unidos!” – Pensou. Abraçou o menino. Ele
a abraçou também.
- O que eu vou fazer sem aquele loser? Onde será que ele
tá agora? Os caras ainda não ligaram... Não me
avisaram nada... Já faz mais de meia hora. Não sei nem se
o
tá vivo!
null não sabia o que dizer e
então apenas concordou com a cabeça. Pensou em dizer
alguma coisa. Mas não seria o melhor a se dizer, permaneceu
calada.
- Quero dizer, eles teriam me ligado não é? Se ele
tivesse bem... Boa notícia é sempre bem vinda e...
null entrou no banheiro junto de
null, interrompendo o que Hary dizia.
- A
null não abre a porta da
cabine de jeito nenhum, não dá pra passar por baixo nem
por cima da porta. Não responde... A gente só sabe que
ela tá viva porque tá chorando muito!
null abaixou a cabeça...
null se levantou, olhou pra
null cabisbaixo, olhou pras amigas e o puxou pra fora do banheiro.
- Vem!
-
null sai daí agora! –
null disse séria pra amiga batendo na porta da cabine.
- É sério! –
null disse num tom como se fosse mãe de
null
- A gente sabe que você ta mal! Sabe mesmo! Também
não estamos muito felizes, mas você tem que sair
daí! E a gente... A gente... –
null pensou em alguma coisa que fosse tirar a amiga de dentro do banheiro – A gente tá indo pro hospital que o
está nesse exato momento! – Gritou.
null não pensou duas vezes e
saiu do banheiro. Estava péssima. Sua figura era a pior
possível. Com a maquiagem toda borrada, descabelada.
null não dizia nada... Talvez ele e
null fossem os que estavam pior ali.
null também ficou calada.
Apenas as outras meninas falavam.
- Onde é esse hospital hem?
- Direita, segue reto, na primeira esquerda depois do viaduto
você entra e vai reto... É o único prédio
grande na rua.
- Como você sabe? –
null disse impressionada olhando pra
null. – Eles não falaram nada antes de sair.
-
sempre vai pra esse hospital quando acontece alguma coisa parecida.
- E isso costuma acontecer?
null ficou calado. Não agüentava mais falar.
null resolveu não insistir. Mas
null não quis saber.
- Costuma
null?
- Sim... Ele tem essa alergia desde pequeno e o hospital que o trata melhor é esse.
- E o quê é?
- Eu não sei explicar direito. Mas ele não pode tomar a
maioria dos remédios que essas UTI’s dão aos
pacientes... Todos no hospital já o conhecem e tudo. Ele
provavelmente passou a frente muitas pessoas, eu não entendo por
quê os caras não me ligaram até agora!
Capítulo 9
null resolveu calar-se de novo.
Em 15 minutos chegaram ao hospital.
null saiu correndo do carro de
null e
null em direção ao hospital.
As meninas logo foram atrás e não disseram nada, apenas o acompanharam.
- Por favor,
null
null e seus acompanhantes. Nós estamos com eles. Só pudemos chegar agora! – Disse
null meio rápido sem ao menos perceber com quem estava falando.
- Olá
null! O
está mais ou menos... Mas já passou por coisa pior...
null e
null estão no corredor 7.Precisa que acompanhe?
- Não... Obrigado Jordan! Eu vou até eles... O
está em algum quarto do corredor 7?
- Está sim.
E foi correndo para o elevador, as meninas ficaram paradas, então ele as chamou e deu um risinho de lado.
- Vocês querem que eu as carregue no colo?
- É que... Aqui tudo é tão... Tão... –
null disse olhando em volta.
- Chique? –
null disse olhando tudo também.
- Nossa, deve ser caro aqui... –
null também analisava o hospital em detalhes.
null apenas ria da cara que elas
estavam fazendo – É sim... Ele é um popstar!
– E riu. Seu olhar encontrou uma
null cabisbaixa, perdida em seus
pensamentos e com cara de quem estava se culpando. – Você
ta bem? – E colocou a mão no queixo da menina, o
levantando em sua direção.
- Não... Eu só vou estar quando vê-lo em minha frente, saudável.
- Ele tá bem. O Jordan está sempre preparado pra dar as
notícias mais horríveis na frente de qualquer um. Se ele
disse que o
tá bem, é por que ele realmente está.
- É... –
null não prestava muita
atenção só queria saber quando que a droga do
elevador ia chegar no sétimo andar.
- Obrigado pela sua atenção mocinha atropeladora! – E
null riu pra menina.
Pra quê?
null caiu em prantos.
– “Eu atropelei o
, meu Deus, é tudo minha culpa... Eu sou a pior pessoa do mundo. Eu quero morrer!”
Todos a consolaram, até
null abraçou a menina que ainda nem conhecia direito.
- Desculpa! Desculpa! Desculpa! Não foi isso que eu quis dizer!
Você não tem culpa de nada! Por favor pára de
chorar! – Ele falou desesperado beijando a cabeça da
menina e a abraçando muito forte. – “Dude, ela ta
péssima” – Pensou consigo mesmo.
O elevador finalmente chegou no sétimo andar, todos saíram e seguiram
null que ia na frente com
null. Ele procurava pelos meninos e nada... Até que os achou.
null grudado com a cara pra parede.
null sentado na poltrona de cabeça baixa, pouco confortável e olhando pro nada.
-
null?
null? – Nada! Eles não respondiam, estavam hipnotizados.
null parecia estar chorando. –
null!!!!
null!!!! –
null gritou.
- Ele tá lá dentro.
null abraçou os amigos forte. – Ele vai ficar bem caras! Eu sei que vai! –
null soltou do abraço - Vocês não me ligaram seus putos!!!
- Íamos dizer o que?
- Que ele tava vivo pelo menos!
- Eu não tinha condição cara, foi mal dude...
- Tudo bem
null... Ele vai ficar bem né?!
- Vai. Mas sei lá. Eu não gosto quando essas paradas acontecem!
- Nem a gente...
null olhou para
null,
null olhou pra
null. Nem tinham percebido suas presenças ali.
null e
null estavam abraçando as amigas.
null era a que estava pior com certeza.
- Meninas tá tudo bem fiquem calmas! –
null falou e foi abraçar
null.
null abraçou
null e
null abraçou
null.
E
null...
null chorou mais.
Não tinha ninguém pra consolá-la.
Dentro do quarto
acordou.
Estava meio zonzo. Olhou pela janela e viu todos s amigos ali e umas
meninas desconhecidas – “Dude, eles não perdem
tempo! Ainda bem que eles se preocuparam comigo!” – E riu
sozinho. – “Devem ser as amigas dela” – E seus
olhos pararam em
null. Ela estava ali. Ele já estava bem. Ela se importa.
null se soltou de
null - Olhem ele acordou! – Apontou para
dentro da sala olhando pra
null, perdido.
- E tá olhando pra
null! –
null disse num impulso.
null rapidamente se virou, olhou pra
também. Grudou as mãos na janela de vidro entre eles.
tentou se levantar, mas não conseguiu. Olhou pra
null mostrando os fios que os ligavam às máquinas e abriu os braços.
null riu.
Os amigos perceberam. Como os dois estavam melhor depois que se viram. Mesmo que através de um vidro.
null não desgrudou do vidro.
não desgrudou dos olhos
da menina. Como eram profundos, verdadeiros, e no momento, estavam
cheio de lágrimas. E um sorriso. Linda. Talvez a mais bonita.
Queria abraçá-la mais que tudo nessa hora. –
“Fios desgraçados!” – Pensou.
A menina fez um coração no vidro.
Uma enfermeira assistiu tudo aquilo e chegou perto de
null.
notou sua presença e apontou pra enfermeira pra que
null pudesse perceber que ela estava ali.
null não entendeu –
“Anh?” – Então olhou pro lado e viu a
enfermeira. – “Que mico!” – Depois olhou em
volta e estavam todos olhando pra ela.
- Precisa de alguma coisa querida? – A senhora gorda sorriu pra
null“Depende do que é
‘alguma coisa’ ” – Não obrigada. - Nem
ao menos devolveu o sorriso à enfermeira.
- Nem mesmo ver seu amigo que está aí nessa sala?
- Eu já posso?
- Na verdade não. Mas o médico que cuida do caso dele
está almoçando e eu posso dar um jeitinho de você
entrar? Fica apenas entre a gente! Você quer?
- Claro –
null então abriu seu sorriso.
- Então vamos!
A moça gorda abriu a porta, olhou pros lados e chamou a menina.
Entraram, ela resolveu então fechar as cortinas pra que
ninguém visse – “Coitada. Ficou tão
feliz!”
- Olha lá o que vocês vão fazer aí! Ele
ainda está se recuperando – E piscou. – Fica entre a
gente hem meninos?
- Tudo bem! –
sorriu – Obrigado Dona Lisa.
A enfermeira deu mais um sorriso e fechou a porta.
Silêncio...
Mais silêncio...
SILÊNCIO DE 3 MINUTOS!
- Então... Desculpa por ter te atropelado... –
null iniciou a conversa, mas logo caiu no choro, desta vez, não sabia por que.
- Não foi você! Acho que foi culpa dos dois! Não foi? –
queria que a menina dissesse
que sim, por que então ela estaria olhando pra ele
também, do mesmo jeito que ele a olhava.
- Foi.
Ele estava muito feliz. Ela também gostava dele! Era tudo perfeito. – Por que você tá triste?
- Não sei... Acho que é por que você ainda tá aqui...
- Ahh relaxa! Já já vou sair daqui!
- É eu sei...
a abraçou como nunca
havia abraçado uma garota. Foi profundo. Foi um momento muito
importante pros dois. Então o primeiro beijo. O tão
esperado. Os dois queriam aquilo. O beijo foi ficando intenso,
várias memórias passaram pela cabeça de
naquele momento. Tudo. De repente ele soltou do beijo.
null não entendeu.
- É que... Tem alguma coisa errada. Eu sei que tem!
- O que? O que houve
?
Ela falou seu nome, era a primeira vez que ele a ouvira falar seu nome.
E foi mágico ouvi-lo da boca da garota que ele amava.
“Amava?”
- Eu... Precisamos conversar.
- Claro! Agora?
- O mais rápido possível!
- Diga!
- Você não freiou o carro... Por quê?
- Ahh
... Eu não sei... Acho que eu... Foi quando eu olhei nos seus olhos.
- Não... Isso não responde à pergunta. Não
tá certo! Pode dizer. Você sabe que pode! Nem se eu fosse
o Brad Pitt você não se arriscaria assim, eu quero dizer,
perder sua noção assim, do mesmo jeito que eu...
- Não sei, não sei!
- Claro que sabe!
- Olha eu tô dizendo... Você... Não sei, me atraiu... –
null já ia levantando pra sair da sala num impulso.
segurou seu braço. - Eu só sabia seu nome.
- Sabia meu nome? Não lembra de onde?
- Não pô... Podemos ter amigos em comum... E saímos juntos e não nos lembramos... –
null sabia que não era aquilo, mas não sabia mais o que dizer e talvez estivesse maluca mesmo.
- Eu já sonhei com você... Mas parecia bem mais nova.
null fez uma cara esquisita. – Como assim mais nova?
- Tipo, criança.
- Mas você não sabe como eu era? Sabe?
- Tem uns desenhos lá em casa... Eu acordava e te desenhava. Você pode comparar depois, ou me mostrar uma foto.
- Não tenho fotos aqui. Na verdade, acho que ficaram com a minha
avó... Mas ela morreu, eu acho... Bem, não tenho fotos!
– e sorriu.
- Eu posso desenhar agora.
- Depois.
- Okay.
- Mas com o que exatamente você sonhava?
- Estávamos brincando, num parquinho. E em outro sonho
você estava correndo atrás de mim. Em outro eu corria
atrás de você, gritando seu nome: ‘
null’... Por isso eu sei. Só tive esses três sonhos. Mas várias vezes.
- Ahh... Bem, eu não costumo lembrar dos meus sonhos, pode ter acontecido algo parecido.
- Talvez.
- É.
Eles estavam distantes desde que
largou do beijo de
null. Agora não se sentiam
tão confiantes. Crianças? O quê era isso? Ela
não entendia mais nada. Ele queria entender alguma coisa.
- Então... Você não mora aqui não é?
- Na verdade eu nunca tive uma moradia fixa.
- Como assim?
- Eu vivia com a minha mãe num trailer. Minha vida toda. Ou
até onde eu sei dela... Mas agora eu vou morar com as meninas.
- Unh... Você parece não saber de muita coisa mesmo.
- Er...
- Não foi isso que eu quis dizer. Eu quero dizer... Você... Desculpe.
- Tudo bem! –
null sorriu.
“Que sorriso bonito” – Você tem algum parente conhecido? Que você costuma ver? Ou costumava...
- Não... Quero dizer, minha mãe costumava dizer que eu
já vi a minha tia umas 2 ou 3 vezes quando eu era mais nova.
- Unh...
Eles estavam estranhos. Esperaram tanto por aquilo. E agora não se falavam por quê?
- Ok, daqui há pouco seu médico chega. Acho melhor eu ir embora.
- Fica. A Dona Lisa vem avisar quando ele for chegar. –
ficou olhando
null, analisando cada traço
de seu rosto. Não queria que fosse embora. Esperava por isso.
Não esperava as atitudes que partiam de ambos os lados.
- Olha eu não esperava por isso. Na verdade, não sei
exatamente o que esperava. Mas alguma coisa não está
dando certo. –
null disparou.
- Eu não sei o que dizer.
- Nem eu... Só sei que queria que fosse diferente! E o que está errado?
Nesse momento a enfermeira entrou no quarto de olhos tapados.
Interrompeu o que
ia responder.
- Parem o que estiverem fazendo. Vou abrir os olhos hem!
- Pode abrir Dona Lisa – Os dois riram.
- O doutor está chegando queridos! Espero que tenham matado a saudade! Vocês formam um casal lindo!
- Obrigado Dona Lisa –
respondeu por educação.
null ficou vermelha como um pimentão. “Matado a saudade? Casal? Não!”
olhou pra
null e desviou o olhar. Ela então saiu do quarto sem se despedir. Apenas olhou para a enfermeira e agradeceu.
Logo depois a enfermeira deu um sorriso pra
, checou alguma coisa nos equipamentos e saiu também.
estava sozinho no seu quarto
novamente. As cortinas permaneceram fechadas. Ainda bem. Senão
seus amigos veriam sua cara confusa e não entenderiam nada... Se
bem que nem ele entendia nada no momento. - “Sou um
estúpido! O que há de errado comigo? Por que eu desviei
dela? O que foi tudo isso? Casal?” –
estava totalmente confuso.
Fora do quarto...
- Dude,
null, que cara é essa? –
null esperava um sorriso da amiga, mas ela estava com uma cara confusa.
- Não sei
null... Não sei... Também não sei por que não sei...
- Anh?
- Vou beber água... – E saiu de perto dos amigos. Ninguém entendera nada.
- O que houve com ela? Pensei que fosse voltar com um sorriso de orelha a orelha! Será que aconteceu alguma coisa com o
? –
null perguntou à
null.
- Não... A enfermeira acabou de sair do quarto e parecia estar tudo bem... Pode ser problemas deles mesmos...
- Dude, eles acabaram de se conhecer. Esperavam por isso! Que estranho!
- Coisas de
nulls... Problemas mal resolvidos...
- Eles não tiveram muito tempo...
nulls também não são fáceis!
E riram juntos. Era problemas deles, eles resolveriam.
null e
null estavam mais juntos do que tudo, e acabaram de voltar da “padaria”.
null estava com um sorriso imenso na boca e
null estava meio corada.
null puxou a amiga num canto - E aí amiga? Comeu o quê na “padaria”? –Fez aspas com as mãos.
- Arrr... Me deixa!!! –
null deu língua pra amiga.
– Você sabe né... Nós ficamos... Só
isso... – E corou mais ainda.
- Ahhhhh!!!! Minha amiga pegou
null
null! –
null disse dando pulinhos e fingindo gritar sem fazer som.
- Liga não... Você já já vai ser a próxima
null!
- Não vou não! – E deu língua pra amiga.
- Ahhh vai sim!
- Não vou!
- Claro que vai!
- NÃO VOU! O JONES NEM É TÃO...
- Ah ele é sim!
null ouviu a conversa... – Não sou tão o que xuxu?
- Não é tão... Tão... –
null olhou pra amiga – “Eu juro que te mato”
- Estávamos falando que você não é tão inteligente pra ser um McFLY.
- E nós estávamos aqui comentando que você pegou o
null! –
null deu língua pra
null.
Todos riram. E
null continuou, defendendo
null.
- Pelo menos minha amiguinha aqui é inteligente! – Agora ela deu língua pra
null.
- Você me ama que eu sei!
- Você não sabe de nada
null!
- Ahh eu sei! Se sei!
null partiu pra cima de
null e a beijou, na frente de todos.
A menina estava mais do que sem graça. Não sabia onde ia
enfiar a cara. Então afastou
null. Todos ficaram olhando, ela olhou a volta e... Puxou
null para si, lhe deu outro beijo,
esse mais profundo. Estavam se esfregando no hospital. Tá, tudo
bem, a cena podia ser muito feia. Mas estamos falando de
null
null não é leitora?
Bom, com isso, os outros estavam super sem graça e fingiam
não conhecer o casal “foguento”.
null finalmente largou
null.
Onde enfiaria a cara agora?
- Amiga não conhecia esse seu lado... Feroz... –
null fez uma cara reprovadora. – Ótimo! – Fez “joinha” e riu.
-
null! Você é bem agressiva hem? –
null disse e começou a rir também.
- Se você não gostou eu não faço mais! –
null agora fez cara de difícil.
- Sinta-se à vontade!
Capítulo 10
null estava no primeiro andar, foi
pro bebedouro de lá para não ficar no mesmo andar dos
amigos. Estava sozinha e não pensava em nada no momento, apenas
uma mosquinha chata que não parava de passar na sua frente.
- Querida, precisa de alguma ajuda? Está aí sozinha
já faz um tempo. – Jordan (N/A: Aquele cara da
recepção...) perguntou simpático.
- Não obrigada!
- Tem certeza? Você veio ver o
não é?
- Foi sim...
- E tem muitas pessoas junto com você que eu vi quando chegaram! Por que está aqui sozinha?
- Eu não o mereço! – “O que disse? Você
ta contando mesmo da sua vida pessoal pro recepcionista do hospital?
null, que decadência!
Desconverse desse assunto agora” – Quer dizer... Ele me
irrita às vezes sabe... não agüento mais ele...
– “Agora você piorou sua burra” – Eu...
err...
- Não entendi nada!
- Esquece!
- Hey, não fica assim. Uma moça bonita não deve
ficar assim. – Jordan disse levantando o rosto da menina.
null sorriu. Nossa. Ele tinha olhos
verdes muito bonitos. – “Ele ta dando mole pra mim ou
é impressão mesmo?”
- Mas o que foi isso no seu braço? – Jordan apontou para o braço quebrado de
null.
- Acidente. Já estou melhor agora. Ficou meio feio mas...
- Ficou não! Depois quero pixar!
- Tudo bem! - “Aiii aqueles olhos estão me olhando daquele jeito de novo.”
Ficaram meio calados. Jordan sentou-se do outro lado de
null.
- E aí... Você e o
... Estão... Namorando?
- Eu e o
? Er... Não... – “Não estamos namorando mesmo... NEM FICANDO ESTAMOS...” – E
null ficou triste.
- Por que essa cara?
- Nada... Jordan não é?
- Sim... E você?
-
null.
- Nome bonito!
- Obrigada! –
null abriu um sorriso imenso, como o do menino.
- Você é daqui?
- Bem, na verdade eu nasci no Brasil. Mas a minha mãe nos trouxe
pra cá quando eu ainda era pequena. Eu nem ao menos sei falar
muita coisa em português... Ou seja, eu sou uma péssima
brasileira. – Ela sorriu e ele deu um sorrisinho de lado de
volta.
- Se todas as brasileiras forem como você eu me mudo com certeza!
- Eii!!
- Mas você deve ser ainda melhor mesmo... Melhor não arriscar...
null corou. Sentia-se como se estivesse traindo
... Mas como não tinham
nada ela não estava fazendo nada errado, certo?! Errado! No
fundo ela sabia sim que estava errado. Mas não ia ligar...
Até ela dar um beijo em Jordan estaria tudo certo...
-Ei... Mais tarde... Você quer dar uma volta por aí? Sei lá... Uma pizzaria... Eu passo na sua casa...
“Agora você não pode dizer que não...
Você deu o maior mole pra ele mesmo!” - Claro! Às 9
pode ser?
- Beleza!
Trocaram telefones,
null deu endereço da casa
das meninas. Tudo certo! Tudo errado! Erradíssimo! Os meninos
provavelmente irão pra casa das suas amigas e ela estará
perdida! O
deve receber alta nos próximos minutos e ela vai fazer o que? E se ele se desculpar? Sim,
null estava ferrada e sabia muito
bem disso. Ótimo, contaria tudo pra alguém... Não
deve ter sido uma coisa tão assim...
null! Com certeza, seria a única que a ajudaria!
Voltou pro sétimo andar.
- Você o que??? –
null praticamente gritou.
- Calma!!!
- Você não tem o direito de fazer isso!!! Você quase matou o
! Quase se matou e agora vai deixar tudo isso de lado? –
null parecia irritada.
- Você não disse que era uma besteira “tudo isso”?
- Mas não é! Você quase matou o garoto! E vocês se gostam!
- Eu quase o matei? Agora que ele tem uma alergia a algum
antibiótico do hospital e teve um estrago maior que o meu, a
culpa é minha?
- Você sabe o que eu quis dizer!
- Não
null, eu sinceramente não
sei! Se todas vocês do nada resolveram ficar com um McFLY, boa
sorte pra vocês, que sejam felizes! – Agora a menina
apontou pra cada uma de suas amigas com um McFLY do lado - Mas eu
não preciso ficar com um também pra completar o grupinho
de vocês! Vocês sabem o que esses caras pensam de
fãs?
-
null! Você não disse isso!
- Eu disse sim! E não quero saber! Passe bem! – E saiu do
hospital naquele exato momento não querendo saber o que
null estava gritando pelo corredor.
Resolveu passar na recepção. Falou com Jordan que estaria
na pizzaria esperando por ele às 9, que não precisava
buscá-la em casa.
E foi andando sozinha pela rua... Sem destino e sem bolsa. Esquecera no
hospital. Estava apenas com o celular e £10 em dinheiro
trocadinho no bolso da calça. Ok. Estava ferrada pra ser mais
exata. Por mais triste que parecesse, ela não tinha
ninguém a não ser as amigas. Aquelas que acabara de
chamar de groupies e talvez nunca a aceitassem de volta... Perdeu
... – “Droga!
null deve estar contando tudo pra eles agora mesmo! Todos vão me odiar!”
Resolveu pegar o trailer na garagem da casa de suas amigas. Estava
lá do mesmo jeito que fora estacionado. Ninguém estava em
casa.
ainda estaria no hospital? Ou estariam as meninas na casa de algum McFLY?
Ia pegar o celular pra ligar pra alguma delas. Parou no meio do
caminho. Era quase um impulso ligar para as amigas quando não
sabia de alguma coisa. Para quem
null ligaria agora? Sua mãe?
“Há...” – Pensou e deu um riso
sarcástico. O fato é que não tinha ninguém.
Ninguém mesmo.
Parou. Pensou.
Capítulo 11
“Onde eu tô?” –
null falou para si mesma olhando
à sua volta. Onde estava? Um quarto escuro. Apenas uma pequena
luz pela fresta da porta. Olhou suas roupas. – “Não
uso isso há bastante tempo!” – Estava com uma
camisola rosa de ursinho.
Normalmente chegava cansada com as amigas em casa; tirava a maquiagem e
apenas botava uma camisa grande e velha de algum time ou de algum
evento que houve no colégio e ela ficara com a camisa. Bem. Uma
camisola bonitinha não era muito comum pra
null.
Levantou-se.
Não lembrava de ter ido pra lá. As cortinas estavam
fechadas. Resolveu abri-las. Era dia. Muito bonito por sinal.
Não estava na Inglaterra. Não mesmo. Nessa época
deveria estar nevando. O quê havia de errado?
Saiu do quarto, foi parar no que ela deduziu ser a sala da casa.
- Bom dia querida. Até que enfim levantou!
- Sua dorminhoca! Seu primo já está lá fora!
“Dorminhoca? Meu primo? Eu fui adotada?” –
null estava confusa. E as duas
mulheres que falavam com ela pareciam não entender sua
expressão. – Olha, deve haver algum engano. Eu estava na
rua agora há...
-
null você está bem?
“Como assim ela sabe meu nome?” – Vocês me
seqüestraram? – Deu uma pausa. Pensou no que disse. Poderia
ser. Entrou em desespero. – Eu não tenho muito dinheiro.
Apenas um trailer. Mas se vocês o quiserem podem levar, levem
tudo!
- Minha filha onde você aprendeu essas coisas?
- O que? Filha?
Agora as mulheres estavam impressionadas com o jeito que
null falava.
A menina deparou-se com um espelho, ao lado da cristaleira,
àcima de um móvel cheio de fotos e compoteiras. Ela
era... Era... - “Uma criança!” – Olhou as
fotos novamente. Estava em uma delas. Mas era muito pequena, devia ter
uns 2 ou 3 anos. Agora não parecia ser muito mais velha que
isso. Uns 4 mais ou menos... – Quem são vocês?
- Sua mãe e sua tia! Prazer! – As duas riram da cara de
null. – Vamos! Venha logo
tomar o seu café. Seu primo te espera lá fora e eu e sua
mãe vamos conversar assuntos de mulheres! – A que parecia
ser a mãe agora a chamava.
- Querida venha aqui. Deixe-me arrumar seu cabelo – Agora a sua
“mãe” arrumava seu cabelo. – Sente-se e tome
café conosco. Depois vá arrumar sua cama e troque de
roupa para brincar com seu primo. – Virou-a de frente para si e
deu um suspiro como se estivesse orgulhosa – Está linda!
null resolveu não discordar
com o que a moça disse. Parecia estar em desvantagem mesmo. -
“Até que ela se parece com a minha mãe em uma das
fotos que está no trailer. Mas não me lembro de nada
disso! O que está acontecendo? Eu quero acordar!” –
Tomou café. Fez tudo o que a mãe mandou. Passou pela sala
já de roupa trocada. Achou alguma coisa em seu... –
“meu guarda-roupa?” – Deu um sorrisinho para sua
mãe e sua tia e foi para o jardim brincar com seu suposto primo.
– “Eu posso estar lembrando de alguma coisa que aconteceu
comigo quando eu era pequena. Melhor aproveitar. Minha mãe nunca
me contou dessas coisas mesmo...”
- Oi beka!!!
- Oi! – “Qual é o nome desse peste?”
- Vamos brincar de quê priminha?
- Er... Não sei. Do quê você quer brincar?
- É sua vez de escolher. Ontem à noite fui eu! Você
ainda tá sem graça? – Agora aquele menininho com
bochechinhas rosas e barriguinha de criança fazia uma pose
tímida.
“Como ele é fofinho!” –
null pensou vendo o menino fazer
aquela pose. – “Isso com certeza é melhor do que
estar na Inglaterra brigada com as amigas.”
- Hem prima?
- O quê? Er... Hã... Não estou não!
- Que bom! Eu posso ser seu namorado então? Você não respondeu ontem!
“Cara sério isso que eu comecei rápido assim?” – Err... Namorado? Como assim?
- Ontem eu segurei na sua mão e você saiu correndo! Não lembra não
null?
- Não!!!
- Desculpa... – Agora o menininho abaixou a cabecinha.
null achou super fofo...
“Por que eles crescem e mudam tanto?” – Hey!
Não precisa pedir desculpas. Só não conta pra
mamãe – “ Tá! Por que eu tô falando
isso?”
null se confundiu um pouco em seus
pensamentos e resolveu falar alguma coisa normal. – Vamos brincar
de pique pega? Tá comigo... E... –
null encostou rápido no primo. – E... Agora tá com você!
Os dois corriam pelo campinho. E logo já estavam correndo pelo resto do sítio. A mãe de
null falara algo sobre morarem em
um sítio quando ela era pequena. Mas a menina tinha vagas
lembranças sobre esse assunto.
Resolveram brincar de pique - esconde. Estava com
null e ela deveria achar o primo. Achou! Mas e agora? Não sabia o que dizer...
- Um, dois, três... Err... Primo?
- Hey
null! Por que não fala meu nome? Esqueceu que tem que dizer o nome? Não valeu!!!
- Ahhh valeu sim!
- Mas você tem que dizer ‘Um, dois, três
!!!’ Não valeu!
-
?
- Claro quer me chamar de quê? Carlos Joaquino?
- Anh?
- Você fala isso esqueceu? Sempre fala Carlos Joaquino pra me
zoar... Eu não entendo muito bem... Deve ser espanhol e...
null agora pensou melhor no que o
primo disse, estava tão acostumada a falar inglês que nem
percebera que o estava fazendo. Estava falando em inglês!
Então ela começou a viajar depois dos 4 anos... Alguma
coisa ela já entendia... – “Cara o nome dele
é
!”
-
null?
- Ahh sim...
... Você...
- Eu o quê?
- Nada, deixa.
- Agora fala!
- Esquece e... UM, DOIS, TRÊS,
null!!!
- Ahhh não valeu! Você me destraiu!
null riu da cara de seu primo que ela acabara de saber que um dia existiu. Tinha os olhos de
, a boca de
, tudo de
! Podia ser alucinação... Ele provavelmente não era o único
do mundo mesmo! Mas aquele dali podia ser sim o seu
...
Já era de noite... Sua mãe entrou na sala de jantar com
uma travessa gigante de algum tipo de pernil. Podia ser noite de Natal.
-
nulls!!! Ajudem-me a pegar o presunto e toda essa comida aqui, por favor!
“
nulls? Sua mãe não usava
muito esse nome na família... Que estranho... Era seu nome do
meio. Mas ela sempre usava o último.
null!” – Eu te ajudo mamãe!
null estava gostando de tudo aquilo
pra dizer a verdade. Mas ainda tinham algumas coisas que não
entendia. Tipo seu priminho... Mas tudo bem né... De repente ela
se lembrou – “O
teve um sonho! Eu e ele
estávamos correndo! Corremos hoje! E o priminho disse que a
gente tinha se conhecido na noite de ontem!!!”
Assim que
null terminou essa frase acordou em outro lugar.
Capítulo 12
Essa casa era mais chique e havia várias criancinhas correndo por todo canto.
Ela estava no sofá, acabara de levantar. Sentiu-se maior.
- Mãe, mãe, mãe! Ele não quer me devolver o
pedaço do meu cabelo que ele cortou! Ele quer ficar pra ele! Eu
quero meu cabelo! Mãe faz alguma coisa. – A menininha
chorava alto. Era incrível sua semelhança ao que
null acabara de ver brincando com seu priminho. Eram idênticas. Mas não era ela. Tinha outros olhos.
“Mãe?” – Ahh sim filhinha. Vá brincar
pra lá! – Não sabia o quê dizer. Então
resolveu falar alguma coisa bem mãe mesmo. Quem seria o pai?
Estava cada vez mais perdida.
Levantou-se do sofá. – “Que casa bonita! E
grande...” – Pensou. E era mesmo. Sua casa! –
“Wow” – Apareceu um cara todo bonitão na sua
frente e uma criancinha em seu pé de cabelo moicano. Um menino.
Era lindo! E era o que ela iria fazer em seu filho, um moicano...
- Mãe! O papai me deixou andar de skate no quintal! Você também deixa né?
“Mãe? Mais um? Caraca... Será que essa
criançada é toda minha?” – Claro querido...
- Hey mamãe gostosa! A Joanna já tá de
implicância com o primo... Nossa... Já temos duas pestes
aqui normalmente, nessa noite então que vêm os filhos do
resto do povão... Caraca! Isso tudo cansa minha beleza, dude!
“Isso! O menininho que estava com o cabelo da minha filha na sala tinha o nariz da
null! Eu tenho só dois então... Uffa! Mas quem é esse cara?” –
?
- Não... O vizinho fantasiado de
pra ver se consegue te comer!
- Anh?
- É não se faça de cínica
null! Esse cara já veio aqui pedir farinha ontem... Qualquer dia eu mando esse puto pra casa do caral...
- Hey! As crianças! – Botou a mão na boca de
como um “shiu”
- Ahh é desculpe! –
levou a mão à boca.
“Como minha vida é boa dude! Todo mundo junto. Um casal de filhos.
está tão bonito... Mas isso não é minha vida! O que está acontecendo?”
null entrou na sala com uma travessa de biscoitos muito bonitos. Todos escrito ‘McFLY’.
-
null? –
null gritou quando viu a amiga saindo da cozinha com uma cara de bem adulta já. Sua amiga cresceu, era uma mulher!
- Até que enfim você acordou né desocupada? Esse povo não tem o que fazer mesmo! A
null e a
null estão me ajudando igual a umas condenadas lá e tu fica aí dormindo dude! Acorda pra cuspir né!
- Sorry! Como você ta bonita
null!
- Nem adianta! Essa não cola! Vamos lá pra dentro! –
null ia dizendo no caminho para a cozinha quando parou de repente e se virou para
null – Ahhh!!!! Você não sabe! A
null tava brigando com o
null agorinha! Ela quer por que quer ter um filho! Sabe né... Todas nós temos...
null esperando... Ta até meio deprê ela... Coitada né?!
- É... Coitada sim... Cadê elas? – Queria muito ver
suas amigas. Apesar de tudo aquilo ser uma imensa confusão na
cabeça de
null, queria ver as amigas. E desde quando
null era a fofoqueira? Será
que tinham virado as “fifis” da esquina? E ela trabalhava?
Queria saber de tudo. Sabia pouco até então...
- Meninas!!! –
null abraçou as amigas.
-
null você tá me esganando e sujando sua blusa de purê! –
null disse em um dos seu humores não muito bons...
- Ihh que palhaço que te deixou com esse sorrisão hem?
- Ahh... Me deixa! – E saiu da cozinha com a travessa de
purê na mão, em direção à mesa. As
outras ouviram uns gritos de
null falando alguma coisa com as
crianças na sala. – Sai daqui seu pestinha... Tira esse
skate daqui agora... Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Capoft!!!
Que estrondo foi aquele?
e
null riam sem parar na sala.
null tinha purê até no nariz.
- A parada voou!!! Dude... foi muito engraçado... Você
tinha que ver ela gritando... Escorregando no skate... Foi... –
null não parava de rir. Dava pausas em cada frase que falava.
- Aí ela caiu feio pacas... –
também não parava de rir.
- Calem a boca seus infelizes!
null foi ajudá-la a se levantar, mas não pôde fazer muita coisa.
null já foi logo o empurrando toda enfezada.
- Ixxe... Perdemos o purê!
- Calma
null! A gente faz outro!
- É... As crianças nem gostam... Não vai dar tempo mesmo. Daqui há pouco já é Natal!
Todos caminharam em direção à mesa de jantar. Eram cinco para meia noite.
“Natal? Nossa! Já? Acabei de sair de um Natal! Mas tem
algo errado. As meninas não estão próximas. Eu
preciso mudar isso já! E o que será que...”
Capítulo 13
null terminou mais um de seus pensamentos e acordou em mais uma casa.
Por que aquilo estava acontecendo?
-
null!
null! Acorda!
- O quê?
-
null! Você desmaiou em frente ao trailer! –
null estava estirada no gramado.
- Eu o quê?
-
null!
- Sim!
- Você ta com mais alguém aí?
apareceu com a perna engessada e os olhos tristes em sua frente.
- Desculpa
null! Desculpa! Por favor!
-
! –
null se levantou e beijou o garoto. Todos os amigos estavam em volta. Desta vez
não interrompeu.
O celular de
null não parava de tocar.
Nove e meia.
- Jordan!
- O quê?
- Ele... Err... Espera só um instantinho! – E puxou
null em um canto, esquecendo seu celular com
, que por sua vez, não entendeu nada.
-
null! Você não contou pro
aquilo que eu disse? Nem para as meninas?
- Não... Eu conversei com o
. Ele me explicou tudo! Ele tem seu sobrenome
null... O
null... –
null fez uma cara triste.
- Eu sei...
- Como assim você sabe?
- Ai
null... É uma longa
história que eu vou ter que te contar outra hora... Obrigada
amiga! – Deu um abraço apertado na amiga. E foi correndo
para pegar seu celular com
.
- Eu atendi...
- Você o quê?
- O que o Jordan queria com você?
- O que ele disse?
- Ele desligou quando ouviu minha voz.
“Menos mal” – Pensou
null um pouco aliviada.
- O que ele queria com você
null? –
falava sério. A menina
não sabia o que fazer. Estava quase chorando também. Os
dois estavam. O que iria dizer? Mas
era seu primo. Precisavam conversar urgente.
-
... Os sonhos que você tinha eu...
- Você o que?
- Nós...
Nesse instante
null chegou perto de
null e a abraçou.
- Amiga! Você tá melhor? Vamos lá pra dentro vem! – E a puxou para dentro de casa.
as seguiu, mas ainda não sabia o que
null quis dizer com aquela cara tristonha e o que Jordan queria com ela afinal?
- Eu vou pegar uns biscoitos pra você! Espera aí!
- Não precisa
null... Não estou com fome.
- Eita! Quer jogar videogame então? Tem o laptop também. Eu trago pra você!
- Os meninos não vêm pra cá?
- Eles foram alugar uns filmes... O
ficou por que disseram que ele
tem mau gosto e só ia querer alugar filme pornô... E como
eles se dizem santos e não vêem esse “tipo” de
filme não deixaram ele ir! –
null disse rindo com
null que riu logo depois.
null foi buscar o laptop no seu quarto no andar de cima.
null ainda não estava bem. Tinha que falar com
. Dizer que era seu primo. Para
falar a verdade ela não se importava muito. Queria mais era
ficar com ele. Mas seria egoísmo de sua parte não dizer
pra ele que talvez não pudessem ter um filho ou coisa
parecida...
entrou na sala e sentou ao lado de
null.
- Você pode falar agora?
- O Jordan... Eu acho que não devemos ter esses segredos bobos
entre nós... Eu ia sair com ele... Eu tava muito mal. Você
foi estranho comigo lá no hospital. Ele conversou comigo e me
chamou pra uma pizzaria. Eu aceitei, mas agora ele já deve estar
em casa me xingando de tudo quanto é nome...
- Você ia sair com um cara tendo acabado de me beijar? –
fez cara de surpreso. Quase gritava. Levantou-se do sofá e passou as mãos no cabelo.
null continuou sentada.
- Olha a gente não tem nada... Ele me consolou. Não era tipo um encontro. A gente só ia a uma pizzaria.
- Claro que era um encontro! Você acha mesmo que ele não ia fazer nada? Você é uma burra!
- Eu sou o que? –
null se levantou irritada e botou o dedo na cara do garoto. - É
, eu devo ser uma burra mesmo.
Burra por não ter saído com ele. Burra por ter ficado mal
por sua causa. Talvez eu seja apenas muito burra mesmo!
- É isso o que você é!
Os dois foram para lados opostos.
null viu os dois se separando e não entendeu nada. Foi procurar por
null e
null lá fora.
- Meninas... Eles brigaram...
- Mas já?
- Já... Mas o que vocês estão fazendo aqui fora?
- Esperando os meninos. –
null falou seca. Não ia contar para as amigas.
- Ahh sim...
Os meninos chegaram,
null pegou
null no colo contra vontade da
menina, essa não deixou barato e foi batendo em sua
cabeça até chegar ao sofá da sala...
-
null, manera um pouquinho aí
nessa sua agressividade por que ele já não tem todos os
neurônios necessários... –
null disse sentando no colo de
null “sem querer”. – Opa desculpa amor...
- Hey!!! –
null fez sinal pra que ele saísse.
- Pô... Mas tá tão fofinho aqui...
- Sáái!!! Tá pesando!!! –
null disse sendo esmagada – Ahhh seu bundudoo!!!
- Agora eu fico!!! –
null disse cruzando os braços.
- Seu booi! –
null disse arfando.
null assoviou e virou os olhos.
null fingiu que tinha desmaiado.
-
null! –
null saiu do colo da menina que havia parado de reclamar e agora estava muito quieta –
null! – A sacudiu mais ainda. – GISELA!!!
null abriu só um olhinho e
piscou pro garoto, logo depois riu da cara de preocupado que ele tinha
feito – Seu otário!
- Hey! Você me assustou sua vaca!
- Vaca??? Só a
null pode me chamar assim!
- Anhh?
- Hehe... Nós somos muito carinhosas umas com as outras!
- Percebi!
null ignorou toda aquela “ceninha” que
null e
null faziam e virou-se para
null.
- Quando seus shows começam?
- Ainda não sabemos... Amanhã eu ligo pro Fletch e a gente vê...
- Uhn... Queremos ingressos VIP okay?
- Claro!
- Eu não vou ao show não! –
null disse intrometendo-se na conversa.
- Por quê? – Perguntou
null.
- Por que eu não sou groupie de vocês!
- Até por que se você fosse já teria atingido o seu
objetivo e ia atrás do Dave e os Dorks agora. –
null disse olhando para a amiga.
- Shiuuu... Esse é o momento McFLY ainda! –
null disse piscando para amiga.
null fez cosquinha em
null, só que não
agüentou por muito tempo por que a menina fez uma guerrinha.
Rendeu-se ofegante. - É tão engraçado se a gente
pensar agora... Isso tudo começou com uma tragédia...
– Todos arregalaram os olhos. - Tá uma tragédia
não... Mas sei lá... E agora esses losers estão
brigados sem motivos...
Capítulo 14
null olhou para a amiga encostada em um canto. Nem sequer ouvira o que
null dizia.
null estava triste. Era
difícil vê-la assim, por mais que as coisas dessem errado,
que tivesse problemas com a mãe e tudo mais, sua amiga sempre
fazia um esforço a mais para sorrir, não deixava as
coisas a abalarem assim. Enfrentava as piores barras... E agora... Era
duro ver
null triste assim por causa de um garoto que ela nem conhece há tanto tempo. – Vem cá
null!
null nem ouvira o que sua amiga dissera, continuou com seus pensamentos ‘E agora?’
-
null! –
null gritou tentando chamar a atenção da amiga, logo todos estavam olhando.
- O que foi
null? –
null falou com um pouco de impaciência.
- Hey, vamos lá fora... – Agora todos desviavam o olhar e
as duas amigas iam para fora da casa. – Agora me diz
null, o que houve de verdade?
null explicou toda a
história desde o início – E agora eu não sei
mais o que fazer! Toda essa história com o Jordan...
Também atrapalhou e...
- Eu tava muito gorda? Quero dizer, quando você viu o futuro? Que
legal isso! Você viu o futuro! E a sua mãe não te
contou que você teve um primo? Você não lembra de
nada? –
null disparou literalmente.
- Aff
null. Você tava mega gata como sempre! – Nesse momento
null abriu um sorriso de orelha a orelha – E não minha mãe nunca me disse nada sobre tudo isso, como sempre.
- Eu acho que você sonhou com essa parada sabe... Parecem
até aqueles filmes de “fantasmas dos natais” –
null fez aspas no ar – E essa história do
e o Jordan... Esquece cara... Vai lá dentro falar com o seu priminho, resolve isso! –
null já empurrava a amiga pra dentro de casa.
null não respondeu nada. E
se fosse apenas um sonho mesmo? Alucinação? Essa
história de primos podia ser imaginação dela.
Certo? Errado.
-
, vamos conversar. Por favor. – A menina bateu na porta do quarto no qual ele estava.
- Não! –
gritou com uma voz chorosa de dentro no quarto.
null tentou abrir a porta, mas foi inútil essa estava trancada. – Abre aqui a porta
! –
null batia impacientemente.
- O que é? –
abriu a porta, mas mal olhou na cara da menina e voltou para a mesa do computador na qual estava sentado.
- Presta atenção! –
fingia ignorá-la - Eu te
amo ta? – Pausou e mordeu a boca, nossa, como queria que ele pelo
menos a olhasse nos olhos. - Mais do que eu amei qualquer garoto na
minha vida... O Jordan não é nada pra mim.
- Eu imagino esse seu nada.
- Para com isso! Eu sei que você também quer me beijar!
- Quem disse? – Dessa vez
virou e falou olhando nos olhos de
null. Pronto, era o que ela precisava.
Nesse momento
null fez o menino se levantar da
cadeira com um puxão e o beijou. Não como das outras
vezes. Esse foi um beijo mais profundo. Os dois podiam sentir.
sentou ao lado da menina na cama ao lado e começou a intensificar o beijo.
null parou de repente, olhou-o nos olhos – Eu quero você pra sempre.
- Desculpa. –
mal terminou a frase e começou a beijar o pescoço da menina.
Já haviam passado 3 horas e nada de
null e
.
null e
null dormiam no sofá ao lado de
null e
null. Formando casais.
null e
null ainda assistiam ao filme
“Como perder um homem em 10 dias”, era bem legal, mas
não agüentavam mais. Não se beijavam desde
começo do filme e este já estava chegando ao seu fim.
-
null... –
null começou. – Erm... – Procurou por um assunto – O
e a
null hem? Sumiram né?
- Pois é. Tomara que tenham se acertado. –
null fingia prestar atenção ao filme.
null não tinha mais assunto
– Ok, me convida logo pra dormir numa cama porque aqui não
tem mais espaço nenhum! – Na verdade não tinha
espaço mesmo, a não ser que dormissem no tapete.
- Lá em cima é meu quarto, mas eu acho que a
null nele.
- Não tem outro?
- Tem o da
null... Você pode dormir lá e eu durmo no da
null e eu...
null interrompeu – Não tem mais nenhuma cama de casal?
- Já entendi qual é a sua... Saiba o senhor que eu sou
uma menina de família e não vou sair dando pra qualquer
um não! –
null falou com a mão na cintura.
- Ok entendi! Se você tem medo a gente espera, meu amor!
- Medo? Há! –
null deu um riso abafado.
null pensou no quanto a menina ficava
linda naquela pose – Okay, então a gente não espera
– E a agarrou num beijo cheio de “mãos bobas”.
null desligou o dvd e subiu as escadas junto com
null já que o quarto debaixo estava ocupado por
e
null.
Ouviram uns barulhos vindos do quarto de
null – A
null vai ter que deixar meu quarto um brinco quando sair de lá. Ah se vai.
- Se eles saírem de lá né... Já faz um tempo... Eu queria saber como o
ta conseguindo fazer essas coisas com uma perna engessada... Tenho medo deles...
- Caramba é mesmo, a
null com o braço engessado também!–
null levou a mão à boca. – Mas eles não devem estar fazendo nada...
- Seria estranho mesmo.
E continuaram subindo as escadas.
Chegaram no quarto de
null. Essa seria sua primeira vez,
null estava nervosa. Mas relaxada, sabia que com
null não tinha erro. Parecia ser o menino mais “direito”, digamos assim, que
null conseguira ter uma relação.
Era uma menina muito bonita que tinha uma fama e tanto no colégio, mas nunca atraíra os garotos certos.
null foi super calmo e gentil com a menina. Tirou a blusa de
null lentamente e assim ela o fez
também com o menino. Ele beijava todas as partes de seu corpo
tentando criar um clima de suspense, por fim, tirou a calça
jeans da menina.
null estremeceu. Logo trocaram de posição e a menina fez o mesmo com
null.
A noite passou de um jeito diferente para cada casal... Bem não tão diferente assim né...
Capítulo 15
Já era de manhã, fazia um sol fraco e
null acordou, como de costume, às 8 horas. Tomou seu café e preparou o das meninas e... dos meninos...
Quase esquecera, não era sempre que tinham meninos em casa.
null fingira não ver que a
menina estava de pé, mas havia acordado quando ela deixou cair
uma panela na cozinha – Droga! Agora vou ter que limpar isso.
– A menina se lamentava.
- Quer ajuda aí? –
null chegou sem graça na
cozinha. Não se lembrava de quase nada da noite anterior. E
estava com uma camisa da barbie um pouco apertada. Tinha vagas
lembranças de muita bebida.
null assustou-se com o menino.
- Ai você quer me matar? Que susto menino!
- Desculpe.
- Sorry te acordei né?
- É... Foi...
- Hey o que você tem?
- Nada é que de manhã eu fico meio lerdo... –
null fez uma pausa –
null, você vai me odiar por perguntar isso, mas... – O menino se calou.
- Pode falar!
- Sabe ontem...
- Sei. –
null quase não olhava para o menino, pois podia queimar a omelete.
- A gente transou?
Nesse momento
null virou imediatamente e deixou cair a colher de pau.
- Desculpa! Não queria te assustar... –
null pegou a colher do chão e olhou para a menina.
- Não tem nada! É que eu sou boba mesmo... Você costuma não se lembrar?
- Não é isso... É que... Pô eu to com uma blusa da barbie né...
null começou a rir e logo
null também percebeu o que acabara de falar e riu também.
- Não, não transamos... A gente só se amassou mesmo.
- Ah ta... – E
null voltou a rir com
null.
Formavam o casal mais fofo, sempre falando de música e filmes.
Combinavam em tudo o que faziam, tinham quase o mesmo humor; eram
aquele tipo de casal que até em signos japoneses se
correspondiam.
- Que furdúncio é esse aqui? [N/A: dicionário... ‘furdúncio’...] –
null entrou na cozinha.
-
null, pega uma frigideira aí pra mim que eu vou botar as lingüiças. –
null falou sem nem olhar pra
null.
- É pra já!
- Vocês comem isso? –
null falou surpreso.
- Por que não? –
null falou já entregando a frigideira pra
null.
- Vocês são meninas né...
- E? – Foi a vez de
null falar.
- E daí que meninas comem coisas menos pesadas no café da manhã e estão sempre de dieta e...
- Nós somos meninas diferentes! –
null respondeu fazendo joinha e pegando um banco para
null e para si.
null ficou surpreso. Aquelas meninas eram quase iguais a eles. Eram perfeitas.
- Minha queridaaa! –
entrou na cozinha meio desajeitado por causa da perna e abraçando
null.
- Amor! – E se beijaram.
- Hey, tem alguma coisa pra comer? Eu senti o cheiro lá de cima.
- Quase... –
null respondeu.
-
null tem como você me emprestar alguma roupa? –
estava apenas de boxers e com bastante frio.
- Vamos lá no trailer –
null o analisou de cima abaixo. “Nossa como ele é hot”. Pensou.
null o guiou até o trailer e
o ajudou a subir. Procurou alguma blusa grande que usasse para dormir e
entregou ao menino. Achou também uma calça do ursinho
Pooh que nunca havia usado desde que uma amiga de sua mãe errara
seu número num aniversário passado.
- Nossa, to me sentindo muito bonito com essa blusa do Bob Esponja gigante!
- É mesmo, até em você ficou grande!
Ficaram quietos por uns segundos.
resolveu falar.
-
null, você não ia falar alguma coisa ontem? Que eu não quis ouvir...
- Erm... É mesmo...
- Então... Fala!
-
, você lembra de ontem ontem quando vocês chegaram, digo, você e a
null. Eu estava no gramado...
- Sim.
E?
- Eu tive uns sonhos meio doidos. Acho melhor eu te contar, tinha a ver com você. –
null ficou séria por uns
instantes e disparou. Contou toda a história, mas só o
sonho do passado que teve; estava com vergonha de contar do futuro que
viu. Talvez contasse quando eles tivessem intimidade suficiente.
- Nossa! –
estava impressionado - É sério isso?
- Nunca falei tão sério. E me pareceu ser tudo tão real.
- Pode ser. Um dia eu pergunto pros meus velhos.
- Mas e se nós formos primos mesmo? A gente namorar é tão estranho... –
null corou, não tinha
percebido a palavra que usara “namorar”. Logo se corrigiu
– Desculpe... Não estamos namorando não é?
Foi só uma noite e...
- Erm... Não estamos?
- Estamos?
Os dois estavam envergonhados e decidiram encerrar o assunto. A resposta viria a seguir.
deu um beijo demorado em
null – Estamos!
E foi assim. Ficaram no trailer mais uns minutos, de repente os minutos
viraram horas. Apenas conversando bobagens, até Paris Hilton foi
citada. Sabiam tudo um do outro,
null contou o resto de seu “sonho”.
- Nossa que legal, eu sempre quis mesmo fazer um moicano no meu filho!
- Eu pensei exatamente isso quando sonhei!
- Eu tava muito gostoso?
- Por quê todo mundo quer saber isso?
Os dois riram.
falou de suas músicas. O assunto não acabava.
Tudo estava perfeito. Parecia que a história deles estava apenas
no começo mesmo. O importante era a felicidade que estavam
sentindo.
null pensou que tudo aquilo parecia
ter que acontecer mesmo. Era como o momento “presente” de
seu sonho; a parte que estava faltando.
Nada acontece por acaso.
null lembrou novamente do que sua amiga
null dissera: “fantasmas de
Natal”, será? Parecia história de filme mesmo. Tudo
que ela sabia era que esse fora o melhor Natal de sua vida.
De repente,
null acordou.
Alguém aproximou-se dela, alguém bem pequeno.
- Agora é com você! Ajudamos demais já!
E ela viu mais 2 pessoas bem pequenas.
Sumiram.
-
null!
null! Acorda!
FIM.
[N/A: E aí pessoal, gostaram? Eu achei a idéia boa e
resolvi botar aqui no site para vocês lerem! Essa história
foi primeiramente lida pela Gisa *da fic Bubble Wrap* Brigada Jones
preferida! =)
É isso aí então. Xinguem a fic, reclamem do que eu
fiz errado... Ou digam parabéns! =D
Eu sou nova aqui não peguem pesado okay?
Beijinhos!]
*Orkut: www.orkut.com/Profile.aspx?uid=3765398079106443103 *