Meio dia-e-meio. Bendito sinal, já disse que te amo? Pois agora digo, EU TE AMO, SINAAL! *se recompõe* Ah, vamos lá, sexta-feira...tudo que mais se quer na vida é ouvir o sinal anunciando que você tem um liindo final de semana pra não fazer nada pela frente, não é? É!
Aaaai caramba *dá um praticamente soco na testa* não acredito que eu to no meio do caminho e so agora eu lembro que tenho que pegar o meu maravilhoso dvd na casa da . Tudo bem, quem disse que eu queria chegar cedo em casa? Claaro que eu não queria, óbvio. Aaaah me diz que não sou eu quem faz o almoço hoje? Droga, sou eu. Ok, eu só vou apanhar um pouco, quem liga? Epa, a ta demorando. Vamos enfiar o dedo na campainha até ela atender *cara de malvada*
- Hey, . Eu vim buscar o meu...-interrompida, já disse que odeio isso? u.u
- Dvd, eu sei. Não precisa estragar a campainha pra isso, ta bom? – e viva a tpm, nem vou discutir.
- Aaah, eu achei que precisava, poxa – ta, eu tenho que lembrar que não é bom brincar com ela quando ela ta assim, porque ela quase voou em cima de mim, dude – ok, eu já to indo. Passo aqui mais tarde, pra...sei lá, não tem nada pra fazer. – virei e fui embora. É, eu tenho mania de sair e deixar a outra pessoa sem responder. Ah, qual é, eu não quero saber o que eles vão falar mesmo.
Chego em casa e abro a porta.
- Boa tarde também, James ‘muito-educado’ Bourne. – reviro os olhos so pra irritá-lo.
- Aaaah, mascote. Cadê nosso almoço, ein? Eu to com fome – pelo menos ele me deu um beijinho no rosto *-* OOOOPA, vocês devem estar me achando a mais safada, não é? Caiam do cavalo, ele é só o meu irmão mais velho.
- Interesseiro, já to indo. – corre pro quarto de estudos... guardar mochila, sabe? – HEEEEEY – paro com tudo, quase que eu arremesso minha mochila na cabeça de um menino gato, opa, aquele que pelo jeito é amigo do meu irmão.
- Oi mascoote – Samantha, irmã gêmea do James, é, praga em dobro. Mentira, eles são legais :D
- Hey Sam – ta, eu fiquei com vergonha, e olha que isso é beeem difícil, mais alem de quase arrancar a cabeça de um desconhecido eu ainda tive um pensamento nada legal para com um amigo dos meus irmãos. Ok, dona Bourne, pode parando. Coloquei minha mochila civilizadamente e o mais rápido que eu pude no devido lugar dela e tava saindo sem chamar atenção.
- Não vai apresentar a irmã mais nova ate então desconhecida pros amigos não, James? – ai caralho, ‘ooh garoto gato que é amigo do meu irmão, será que dá pra calar a boca ou ta difícil...até porque eu poderia ajudar, sabe.’ AI MEU DEUS, cala a boca, .
- Não – eu amo o Jimmy. Dei um sorriso vitorioso, e sai do quarto, olhando pro garoto gato enquanto fechava a porta, hááá eu vi a cara emburrada que ele fez, ein.
O que você acha? Lógico que eu fiz o almoço da cambada o mais rápido possível, até porque diferente dos gêmeos, eu penso e fiz qualquer coisa congelada que tinha no freezer. Eeeeba, vou lá avisar eles que ta pronto. É, bem...eu acho melhor trocar de roupa antes. Não, bobona, não é por causa do menininho não. É porque eu vou à casa da , lembra? Não vou de uniforme com um avental de cozinha por cima, né? Claro que não. E como cozinhar me lembra tomar banho, porque cheiro de fritura não dá, né *imita uma patty*. Ok, calça jeans, camisa branca, all star branco. Tudo certo.
- Errr, licença. O almoço ta pronto. Eu não vou lavar a louça de ninguém hoje, ta bom? Então sejam legais e dêem tudo pra Sam ou pro Jimmy, vocês decidem, tchau – eu tava meeesmo achando que eu ia fechar a porta e sair tão fácil? Quando se mora sozinha com seus irmãos mais velhos, as coisas não mudam tanto, são quase seus pais, dude.
- Mascote, volta aqui – uníssono. Ah odeio esses ataques deles. Abri a porta com uma bela cara de poucos amigos, tava quase fechando na cara deles e mandando tudo a merda. Mais eu sou legal, claro.
- Ooi, amores. – sorriso o mais irônico possível.
- Aonde você vai? – ai ai, meu saco u.u
- – reviro os olhos de novo, que malas, caara.
- Ah, então ta. – pra que eles perguntam mesmo? Fechando a porta de novo.
- O MASCOOOTE! – Jimmy gritando. Ai meu deus.
- Que foi, James? – agora eu realmente tava me irritando. Aquele garoto gato não pára de olhar pra mim, e eu já to ficando com muita vergonha, cara. Digamos assim, ele é amigo dos meus irmãos, ele é muuuito gato, vai que a Sam gosta dele? Que tipo de irmã eu seria se desse em cima do garoto que minha irmã gosta? Oh meu deus.
- Quem vai ta lá? – aaaah, não u.u
- James, eu vou na casa da , quem você acha que vai ta lá? – acho que ele percebeu que eu to com raiva.
- Deixa ela ser feliz, Jamesito – eu olhei feliz pra Sam, irmãs se entendem so por olhar, sabe? (h)
- Aquele garotinho não vai, ne? – ooh, eu nunca vi essa cara de desprezo do James. Droga, sem querer eu olhei pro bonitinho e ele tava com a mesma cara. Ai ai.
- James, ele é irmão dela. Lógico que vai. Olha, eu to indo porque vai começar – não começou a chover, ta caindo o mundo mesmo - ... a chover. – olhei pra ele bem brava e peguei minha capa de chuva. Lógico que não vai fazer diferença nenhuma. Maravilhosa hora que eu tive a idéia de deixar roupas na casa da . Eu já tava virando quando eu escutei uma voz que eu não conhecia:
- Eu posso te levar. To de carro mesmo. – virei sorrindo, carona nunca é ruim, né. Ah, droga. Retiro imediatamente o que eu disse. O garoto bonito.
- Isso , leva ela, por favor – Saaam, não faz isso comigo .-.
- Errr, não! Não precisa. Afinal, chuva não mata ninguém, ne. – deu pra perceber que o James apoiou a idéia da carona. Ah qual é, se eles gostaram tanto assim, porque eles não me levam lá? Aquilo que ta na nossa garagem e que eles usam pra ir pra escola é um carro ou uma peça pra não ser utilizada, afinal?
- O ta bem adiantado no trabalho já. Se não eu te levava, pequena. – James, eu te mato, seu preguiçoso. Olhei pra Sam, ela não vai me ajudar a sair dessa, ne? Olhei pro tal do , O gato. Ah qual é, é só uma carona, afinal.
- Aff, tanto faz. Eu to indo. Tchau pra quem fica. – ta bom, eu ainda tinha uma pequena esperança de ele desistir, mais quando eu escutei mais passos na escada eu percebi que tava errada. Droga, e a nem mora tão perto assim!
Eu tava dentro do carro, fazendo de tudo o possível e o impossível pra não manter um diálogo. Quem disse que eu quero ser simpática? Eu não quero mesmo!
- Err, se você não disser onde é, as coisas complicam, ne? – ta, eu me senti a mais burra agora. Como que eu não falei o endereço pra ele? Acho que é porque eu to acostumada com os gêmeos saberem exatamente, já. Pronto, disse onde é. – Ah, eu tenho um amigo que mora nessa rua.
- Legal. – acho que deu pra perceber que eu não quero papo, então não força a amizade, mermao. O resto do caminho ninguém falou nada, e eu me senti absurdamente grata por isso. – É aqui nessa casa branca com portão vermelho – aee, a já ta na porta. Ah, o Math ta ali, também...Droga.
- Ah, meu amigo mora ai! O Math, você deve conhecer ele! – ele me olhou super empolgado.
- É, conheço. – cocei a nuca e fiz uma cara estranha.
- Calma ai, você é a , ex do Math? – ele tava sorrindo, qual é a graça nisso? Nem um pouco legal, ta bom!
- É, sou – mordi o lábio e abri a porta. Droga, amigo do Math e amigo do meu irmão? Poxa, pura furada. Como a não é nem um pouco discreta ela me olhou com uma cara de ‘sua safada’ e chegou me dando um belo abraço. Eu olhei pra ela rindo, é impossível não rir quando a ta pensando besteira.
- Oi, . – olha, agora ele tem nome e sobrenome. AH NÃO! Eu não vi a olhando pra ele com cara de safada, vi? Ai meu deus.
- Quer que te busque depois, ? – ouh, como ele sabe meu apelido?
- Ah, não precisa, já parou de chover – eu disse apontando pro céu. Coisa idiota, mais é mania, fazer o que. A olhou pra mim quase gargalhando. Ela deve estar pensando horrores! – Obrigada. – eu virei e sai quase correndo pra porta da casa, com a atrás de mim, agora gargalhando abertamente. Cumprimentei o Math, afinal eu sou educada e ele ainda é meu amigo, ne! Foi ai que eu reparei que o ainda tava parado encostado no carro, olhando pra mim. Ué gente, o que ele quer? Depois que eu cumprimentei o Math com um aceno, ele sorriu mandou um oi pro Mathew também e entrou no carro.
- Ele é legal, . – err, o que ele quis dizer com isso?
- Ah, que bom pra ele – eu olhei pro Math agora com uma cara de ‘você é estranho, cara’ e entrei. A ria cada hora mais.
- Conta tudo, a-go-ra, Srta Bourne. – entramos no quarto da e ela bateu a porta, literalmente.
- Não tem tudo – eu respirei fundo e sentei na cama, contando o tudo-nada que tinha acontecido. Desde a hora que eu quase tirei a cabeça dele do lugar, ate a carona, incluindo os olhares. – E foi só isso, babaganuche.
- É, foi um tudo-nada mesmo. – ela sorriu – Mais vai ser rabuda assim no inferno, ! O é o maior gato e ta comendo um caminhão de bosta por você, pelo jeito! – eu finjo que a é normal, mais ela não é.
- Quem disse que ele ta comendo um caminhão de bosta por mim? Porque eu não disse isso! E larga de ser babaca, ele é amigo do meu irmão e amigo do SEU irmão, dude. – eu fiz uma cara desanimada, que ate eu fiquei com pena de mim.
- É, ele sabe que você e o meu irmão namoraram. O Math sempre falava de você pra ele, e ele sempre quis te conhecer.
- Ele me disse. – eu olhei pra fora e vi o Mathew olhando pra janela do quarto da , que era onde eu tava nessa hora. Droga, Mathew sai daqui. – ...você sabe, ele ainda gosta de mim? – irmãs sempre sabem essas coisas, ainda mais se tratando de , ne!
- Ele gostava, você sabe...na época que você terminou. Mais agora...já faz tempo, . E ele aprendeu a te ver como amiga. Acho que ele não gosta mais de você do jeito que era antes, sabe? Ele era viciado em você, até cansava. – u-a-u.
- Eu que o diga – dei um pulo e me joguei em cima dela, que tava deitada na cama, e comecei a rir.
- Sai de cima de mim, sua obesa. Quer me matar? – ela também não parava de rir, cara, a gente não mudou nada.
- Claro – fiz uma cara super malvada e a gente começou a brincar com as almofadas. Mais um dia normal na casa da .
- Hey, . – eu tava jogada no chão, com um imenso pote de pipoca na mão, comendo igual uma criancinha feliz.
- Chora – odeio isso u.u
- Dorme lá em casa hoooje? – voz de neném rules nessas horas.
- E você ainda pede, ? Claro :D – a gente levantou e ela foi lá avisar o irmãozinho dela que ela ia pra minha casa hoje, como se ele não soubesse, ne. Eu já ia começar a arrumar a mala dela, quando eu lembrei que já tinha tudo lá em casa... melhor, pelo menos não tem nada pra carregar no caminho. Diz ai, foi idéia de genia deixar roupas reservas lá. A gente foi o caminho inteiro sonhando com a piscina. Nem parecia que fazia pouco tempo que tinha chovido, nunca vi tanto calor assim, por aqui. Chegando em casa, eu corri pro meu quarto e me troquei, qual é, passar o resto do dia curtindo um sol, ouvindo musica, sem fazer absolutamente nada e falando merda com a ... não poderia ser melhor, dude. Quando a gente tava saindo do quarto, de biquíni, com um monte de cd nas mãos, toalha, e todas as coisas comestíveis que engordam bastante mais que a gente ama de paixão possíveis, eu dei, literalmente, de cara com alguém.
- Ai, caramba – derrubei tudo, óbvio né.
- Desculpa, eu não tinha te visto – AI MEU DEUS, AI MEU DEUS, AI MEU DEEEEEUS. Eu olhei pra com A cara de ‘me ajuda, por favor’ e ela só dava risada da situação. Como que eu pude esquecer que todos os amigos do meu irmão se encontram em casa? E eu saindo desfilando de biquíni! Ai, o James vai me matar. Mais o pior de tudo... não era um amigo dos gêmeos, era O amigo dos gêmeos.
- Err, tudo bem – eu peguei tudo e levantei rápido. Droga, eu não devia ter feito isso. Ele ta me olhando com uma cara, que chega a dar medo. Mentira, cara de safado mesmo. Só agora caiu a minha ficha da roupa que eu, realmente, estou usando. – Opa – olhei pra baixo e vi minha situação, como que pra confirmar. Ele abaixou a cabeça e sorriu.
- Ai cara, vamos logo pra essa piscina, . Eu realmente não to a fim de ficar no clima, aqui – , eu te mato, sua beesha retardada. Nem olhei pra ela, só dei um pedala, no que ela riu. Apanha e ri ainda? Vo te dizer, viu. Eu virei e sai. Não tinha como piorar, tinha? É, tinha.
- Eepa, meninas. Que trajes são esses? – A Sam ta sendo influenciada pelo Jimmy, né? Ta ficando lesada também, cara. Coitado desses gêmeos é mal de nascença.
- Piscina, Sam. – nem parei. Olha minha cara de quem ta com paciência pra ficar ouvindo o povo, hoje. Me joguei na piscina, e a foi lá colocar os cd’s, mais tinha que ser baixo, porque eles tavam estudando lá, né. Quando eu coloquei a cabeça pra fora da água, eu ouvi a gargalhando.
- O que foi? – eu já disse que ela é doente, né?
- Cara, o que deu em você, hoje? Que dia é esse menina? Se fosse assim todo dia, sua vida dava um filme de comédia e ia bombar. – haha, quem disse que eu quero que minha vida seja um filme? Nada engraçada essa.
- Haha, piadista. Não vai entrar na água não, esperteza?
- Aaah, to com preguiça, . Você sabe como é. – aaaai, eu sei. Sai da piscina e fui lá dar um jeito na preguiça dela. OPA, GENTE! Parem de pensar besteiras, ok? Eu só taquei ela na piscina, não fiz nada do que vocês tão pensando u.u – obrigada, mais eu ainda estava considerando um jeito civilizado de tomar coragem. – jato de água na minha cara, ótimo.
- Eu sei que você ia ficar ali enrolando e não ia entrar, ai depois ia falar que devia ter entrado e bla bla bla. – enrolamos o resto de tarde inteiro ali, eu nem vi os amigos dos gêmeos indo embora, e fico feliz por isso.
O final de semana passou como sempre. O James ficou fora praticamente o tempo todo, ensaiando com a banda dele, enquanto eu passei o tempo conversando com a Samantha e fiquei sabendo altas coisas do bonitinho. Bom, ele tem uma banda, é novo na cidade, conseqüentemente novo na escola deles, em muito pouco tempo ele e o Jimmy viraram bons amigos, minha querida irmã não esta afim dele, o que não me tornaria uma irmã desnaturada, e ela ficou falando que ele é legal e que ficou perguntando sobre mim. Cara, isso foi estranho, eu olhei pra Sam com uma cara de felicidade, mais ela não quis me contar o que ele queria saber, e eu mudei de assunto, pra não parecer que eu estou muito afim dele. Porque eu não estou, qual é. Segunda-feira chegou muito mais rápido do que eu queria, mais fazer o que, eu não tenho essa escolha, não é? Eu ainda tentei faltar, mais eles não deixaram.
- Heya – abraço daqueles bem apertados quebra-costelas logo de manha, eu não tava de mal-humor, isso é um milagre.
- ? Você ta bem? – ela colocou a mão na minha testa com uma cara de mãe, que eu jurava que devia estar com uma aparência horrível.
- Err, estou. Só acordei bem humorada, hoje. – e nisso o professor entrou na sala. Ótimo, ele vai entregar a prova, e acho bom eu ter tirado uma nota boa, ou eu vou morrer, porque eu quase morri de tanto estudar e os gêmeos são a prova disso. Peguei a prova. Tudo bem, eu to com medo de olhar a nota. Vamos lá, Bourne, coragem mulher. Nove. Dei um belo grito, e a me olhou sorrindo. Eu sou uma geeenia, fala sério. Quero aumento de mesada, eu sou estudiosa, dá licença? Todo mundo ficou vindo aqui na minha carteira perguntar as respostas de algumas questões, e eu fiquei me sentindo A boa. Afinal, não é qualquer dia que eu tiro nove nessa merda. O sinal tocou, anunciando o término das aulas. Eu dei graças a Deus, porque na boa, popularidade me cansa. Se eu gostasse entrava (?) pra equipe de torcida fútil, mais eu não gosto mesmo. Eu tava saindo com a , só pra variar, quando parei de andar e fiquei olhando pra um ponto fixo.
- Mais então... ? Você ta me ouvindo?
- Err, não. – não vou mentir, né? Ela olhou pra onde eu tava olhando.
- Oh meu deus. Eu disse, ele esta comendo um caminhão de bosta por você, larga de bobeira. Vamos lá. – o que ela quis dizer com ‘vamos lá’? Eu não vou lá!
- Nem ferrando, dude. Se você quiser ir, vai lá. Mais eu não vou. Aposto que ele nem sabe que eu estudo aqui, ai eu chego lá e me ferro. Não mesmo. – cruzei os braços e encostei no portão.
- E o que você vai ficar fazendo ai, encostada no portão, então? Toma seu rumo e vai pra casa, ué! Ou você ta esperando alguma coisa? – boa pergunta, o que eu tava fazendo mesmo?
- Claro que eu vou pra casa – desencostei do portão. – Você tem cada idéia, – dei um abraço ligeiro nela e fui saindo sorrateiramente, vendo que a ia cumprimentar o . Ai meu deus. Comecei a andar mais rápido.
- ! – Droga. Droga. Droga de verdade! Virei o corpo. , eu vou te matar com vontade. FATO! Ela ta me chamando, e ela ta do lado, eu disse do LADO, do . Quero dizer, ela está com ele, no momento. Eu não posso virar agora e fingir que não é comigo, ne? Ta, eu não posso. Maldita hora em que eu fui ver o que e quem era. Bem feito, , bem feito. Ele ta sorrindo. Ai, eu já disse que o sorriso dele é lindo? Não? Mais é, e ponha lindo nisso. Fui andando super desanimada até o carro, onde eles estavam.
- Oi – acenei pra ele. Qual é, você não quer que eu me jogue em cima dele, ne? Já basta a fazendo isso por mim!
- Eu tava te esperando e você nem me viu – ‘dá licença que eu vou ali morrer e já volto, ok?’
- Ah, é? – olhei pra , cara ela ta pasma. Duas. – Desculpa, mais não te vi mesmo.
- É, sorte que a veio falar comigo, ai ela te chamou pra mim. – pára de sorrir agora, garoto. Que saco.
- Ah, MUITO obrigada mesmo, – pura ironia, ela bem que podia ter dito que eu já tinha ido embora, ou qualquer coisa.
- Não há de que, – ela começou a rir – Bom gente, eu tenho que ir. Vocês sabem que deixar o Mathew sozinho em casa não é nem um pouco aconselhável. Ne ? – me ofendi agora.
- O que? Eu não sei de nada! , eu não ficava sozinha com o seu irmão na sua casa, ok? Eu, ein. – e dá-le pedala nela. O ta rindo. Maravilhoso, agora o menino vai achar que eu sou uma puta e que eu ficava me esbaldando com o Math na casa dele. Ah, qual é. Ela deu risada e saiu, indo pra casa dela. Beleza, eu to sozinha com ele e não sei o que falar.
- Err, não pense besteira. Foi so uma brincadeira idiota da . –eu tava vermelha, com certeza. Me chame de tudo, mais puta é a mãe. Ele começou a gargalhar. Só eu que não estou achando isso nem um pouco engraçado?
- Eu sei, . Digamos assim que o Mathew me contou tudo que vocês fizeram e o que não fizeram também. – filho da mãe. Nota mental: quebrar o Math quando ver ele.
- Sério? Fico feliz pelas coisas que eu não fiz, então. – respirei aliviada. Já pensou se eu faço alguma coisa e um amigo do meu irmão fica sabendo? Meio caminho andado pra eu estar morta.
- Eu também. – olhei pra ele com a testa franzida. Dude, essas indiretas.
- Mais então – ignorei absolutamente o que ele disse, doce é muito bom – o que você veio fazer aqui?
- Te buscar, oras. – morri – Por que você acha que eu estava te procurando?
- Não sei. Talvez você viesse aqui buscar alguém, ou fazer qualquer outra coisa. – chegar tarde na segunda-feira em casa. Vão me matar.
- Eu já falei com o James e a Samantha, e eles concordaram na boa. – ele leu meus pensamentos, ne? O cara é ninja, dude.
- E o que você falou pra eles? – to ate imaginando a cena, agora.
- Que eu ia vir aqui te buscar, pra gente ir ver um filme. – beeelo sorriso.
- Err, , eu preciso tomar um banho. Sabe como é, eu passei a manha inteira nesse calor aqui, nada agradável ir ver filme de uniforme e fedendo, ne?
- Eu te levo na sua casa e depois a gente vai, então. – será que nada é problema pra ele? Ai – os gêmeos não vão estar lá, foram pra casa do Dave.
- Ta bom. Então, vamos? – já que eu não tenho outra saída. Ooh, como se eu não quisesse mesmo ir, ne? Entramos no carro e logo chegamos em casa. É tão perto que eu acho idiotice os gêmeos me levarem de carro até lá. – Err, acho que você já conhece a casa, não é? – ele balançou a cabeça, em sinal de afirmação – bom, pode fazer o que você quiser. Eu vou lá e já venho. – nisso eu já estava na metade da escada. Entrei correndo no meu quarto e bati a porta. Ai meu deus. Que roupa eu ponho? Vestido e sandália? Ah, qual é, eu só uso isso quando to perto dos meus pais. Eu tenho que estar bem original, certo? Então ta, calça jeans, camiseta vermelha, all star vermelho. Simples? Fazer o que? Eu sou assim, oras. Entrei no banho e fui bem rápida, sai, me troquei, peguei dinheiro e tudo que eu precisava e desci. Cheguei na sala e o tava vendo algum desenho animado, que eu não reconheci, e rindo igual uma criança. Tava tão lindo, que deu ate pena acabar com a diversão dele, então eu fiquei ali, parada na porta, vendo ele se divertir. Estranho como eu nem sei nada sobre ele, e gosto dele mais do que de muita gente que eu conheço faz tempo. Quando bateu um vento mais forte [janelas estavam abertas, claro], ele virou e sorriu pra mim.
- Uhm, cheiro bom – ele falou enquanto desligava a televisão.
- Err, obrigada. – cara, ou ele pára de ficar jogando verde, ou ele faz alguma coisa logo u.u
- Não há de que – ele sorriu mais ainda. Acho que eu fiquei com uma grande cara de boba agora, porque eu fiquei sorrindo e olhando pra ele.
- Bom, vamos? – caiu minha ficha. Ultimamente o negocio anda difícil, viu.
- Claro. – eu ia saindo normalmente quando ele entrelaçou a mão dele com a minha. Eu olhei pra baixo, depois pra ele, e... bom, eu não ia reclamar, ne? Quem disse que eu não tava gostando? Bom, entrei no carro e não ta sendo muito agradável. Sabe como é, ele olha pra mim, eu olho pra ele, ele ta com aquela cara de malícia. E eu nem tenho coragem pra falar alguma coisa, qual é, o que é que esse garoto pensa que ta fazendo comigo, ahm? Ele parece estar se divertindo com a situação, embora eu não esteja vendo graça nenhuma nisso. A gente já passou metade do shopping e já estamos quase na bilheteria do cinema e não falamos absolutamente nada. Err, isso já está ficando estranho, dude. Ninguém vai falar nada mesmo? Então ta!
- Hey – já tinha acabado o filme e estávamos tomando sorvete, sentados naquelas mesinhas da praça de alimentação, e ele não parava de me olhar e sorrir, eu já devo estar bem vermelha.
- Oi – eu só disse isso e sorri. Ele ficou um tempo só me olhando e meio que sorrindo.
- Cara, o que ta acontecendo? – Err, então ta, então.
- E eu que sei? – eu dei uma risada – Não to entendendo nada mesmo.
- Sei lá, cara. Quando você quase jogou a mochila na minha cabeça, e eu olhei pra você, a única coisa que eu pensei foi: UAU. Ai eu pensei que a Samantha e o James iriam ficar bem emburrados comigo. Vamos lá, que tipo de amigo que fica apaixonado pela irmã dos melhores amigos? – OMFG, vou ali morrer de novo e já volto, ok? – Mais ai sei lá, parece que eles sacaram, e a Sam veio conversar comigo, hoje. E ela me passou uma segurança, sabe? Ai eu parei e pensei: vira homem e vai em busca do que você realmente quer. E cá estou eu. – ele disse tudo isso muito rápido e ficou esperando eu falar alguma coisa. MEU DEUS. Eu não sei o que dizer, eu estou realmente em choque e...e... Ele ta me olhando esperando uma resposta e o sorriso dele já está desaparecendo. Eu tenho que falar, mais eu não consigo!
- Err, uau – ele respirou aliviado, e eu fechei os olhos tentando assimilar aquilo tudo, caramba, uau – Bom, eu... não sei muito bem o que dizer... ou ate sei, mais sei lá – nossa, acho que comunicação é exatamente o rumo que eu devo seguir profissionalmente, como eu sei me expressar bem – acho que isso não foi nem um pouco esclarecedor, foi? – nos dois rimos e ele balançou a cabeça negando – é, isso é estranho. Sabe, até sexta-feira eu não tava nem ai com nada, minha maior preocupação ainda era como encarar o Mathew, e do nada eu chego em casa num dia em que nada tava saindo direito, e quando eu vou guardar minha mochila, eu vejo você e foi bem como você disse. UAU. – ele sorriu, e eu vi aqueles lindos olhos olhando pra mim e brilhando, como eu nunca tinha visto antes, meu deus, isso é demais – e ai você me levou na casa da e cara, você é amigo do meu ex e ele te contava tudo que acontecia com a gente, caramba. Depois quando eu chego em casa e to indo pra piscina e dou de cara com você, no corredor. Meu deus, como eu queria sumir naquela hora. – eu parei de falar do nada, e fiquei olhando pra ele. Nossa.
- Foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida – ele riu mais, e eu quase sai correndo. Qual é, eu tenho vergonha, poxa – e foi bem perceptível a sua vergonha, você saiu praticamente correndo de perto de mim, e você nem deixou eu manter uma conversa com você.
- Claro. Você é amigo dos meus irmãos, isso não me parecia nada bom.
- E agora te parece algo bom? – nessa altura do campeonato o sorvete já tinha acabado e estávamos andando pelo shopping, mais agora eu parei e olhei pra ele. Nem te conto, meu amigo!
- Se me parece algo bom? – olhei pra ele com uma cara de ‘não estou entendendo’, embora esteja entendendo perfeitamente. Ah vá, eu não sou tão lerda assim. Ele balançou a cabeça freneticamente em sinal de afirmação e eu comecei a rir, eu sou do mal, dude – o que você acha que eu acho? – nossa, eu definitivamente, não estou sabendo me expressar hoje.
- Err, não sei? – eu ri mais ainda, tadinho minha gente, ele é lerdo. Ficou me olhando de uma maneira bem curiosa, o que fez eu rir mais ainda. Até que eu parei, o garoto devia estar me achando uma retardada já... Não que ele estivesse errado, mais não é uma boa primeira impressão, é?
- Descobri porque você e o Jimmy se deram tão bem – eu estou realmente me controlando pra não voltar a rir, mais a gente abafa isso – você acha que se eu não achasse isso algo bom eu estaria aqui? Não, eu não estaria meeesmo. Até porque eu daria um jeito de ter te ignorado na saída da escola hoje, e nem ao menos teria aceitado sua carona ontem. – ele me olhou com uma cara marota um tanto quanto divertida, e eu voltei a rir, com a mesma expressão no rosto.
- Então quer dizer que foi tudo planejado, dona Bourne? – ele disse começando a me atacar com cócegas. Qual é, cócegas já é apelação, ne? Eu que já estava me matando de rir, agora ria mais ainda, tentando me soltar dele.
- , pááára! – e sai correndo, quando ele me alcançou e me abraçou, envolvendo as mãos na minha cintura, ficando atrás de mim.
- Parar por parar? Sem ganhar nada? Mais assim não tem graça, – ok, ele ta falando isso bem perto da minha orelha, e cara, eu não sou de ferro, não é?
- E o que você quer, ? – eu tava tentando me manter (?) séria, mais vamos lá, todo mundo sabe que não tem como.
- Isso – OOOOPA, ele me virou bem rápido, o que nem deu tempo de eu pensar em alguma coisa, quando eu me toquei, eu estava/estou beijando ele. Eu disse isso como se fosse qualquer coisa normal? Morre, . Porque isso não é NADA normal. OMFG é isso que eu chamo de um beijo bom. Tem tudo que a gente realmente espera em um beijo, sabe? Vontade, carinho e tudo mais. Bom, tudo mais porque vocês sabem como é, não tentem se fazer de santinhos que não cola. A gente se separou ‘meio’, total maneira de dizer, sem fôlego. Ele olhava pra mim e sorria, sem tirar as mãos da minha cintura. Isso tava me deixando com mais vergonha, então eu apoiei a cabeça no ombro dele, esperando minha respiração resolver voltar ao normal.
- UAU. Bem que o Math dizia mesmo... – Oooh, Mathew teu viado.
- Como assim? Ta brincando que ele falou com você sobre isso? – eu tinha desencostado do ombro dele e fiquei mais vermelha ainda. Como é que o Math fala isso pra alguém? Isso lá é coisa que se conte?
- Falou. Eu já sabia muita coisa sobre você, – eu continuava meio boquiaberta. Não acredito nisso.
- Sabe? Meu Deus, eu tenho que lembrar de não contar tanta coisa assim sobre mim pros outros.
- Mais eu ainda quero saber muuuita coisa sobre você, mascote. – eu reparei que ele usou o apelido que meus irmãos usam, e ri. O resto do dia correu perfeitamente perfeito. O é lindo e é a melhor pessoa que eu já conheci na minha vida. Tirando a , lógico, porque ela é minha melhor amiga, e melhor amiga é sempre melhor que namorado.
A partir desse dia, tudo começou a dar bem mais certo do que sempre deu na minha vida inteira. Eu e o estamos namorando e os gêmeos adoram a situação, eles são os melhores irmãos que podem existir, cara. A conheceu o , um amigo do e dos gêmeos, e eles estao namorando também. Incrível como eles formam um casal perfeito. Agora a gente sempre sai junto e ninguém fica de vela.
Dude, isso é muito perfeito. E vai ser assim pra sempre.



Fiiim! (:





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