- - Já era a pentelha da minha irmã me chamando de manhã.
Vesti-me e desci as escadas rapidamente.
-Quê?
-Delicada como uma borboleta!
-Até parece que você não sabe que eu odeio acordar com você gritando! Mas enfim... Fala o que foi?
-Então o ligou agora e disse que tava pensando em ir acampar com os meninos nesse fim de semana e perguntou se a gente não tava a fim de ir. Você quer ir?
-Claro! Mesmo que eu tenha que olhar pra cara do idiota do todos os dias!
-Ah! Obrigada ! Você é a melhor de todas!
-Eu sei, eu sei - Convencida? Eu? Nem um pouco...
Subi com minha irmã as escadas até o quarto para podermos arrumar nossas malas já que viajaríamos amanhã de manhã; duas horas depois, quando minha adorável irmã já tinha resolvido sua crise existencial de quais das mil e uma roupas ela iria levar para o acampamento, resolvemos ir até a casa do . Decidi junto com os meninos como iríamos para o tal acampamento.
[Casa do .]
- Então pequeno ... Como iremos para o acampamento? - Uma criatura e saltitante falava enquanto batia com o travesseiro na cabeça de outra criatura saltitante.
- e ; tem como as duas crianças felizes pararem de saltitar um segundo e escutar o pequeno ? - Falei com uma autoridade que não tenho, mas por algum motivo deu certo.
- Sim mamãe - Os dois meninos falaram juntos.
- Fala no que você pensou? - Minha irmã resolveu falar alguma coisa.
- Então... - Começou - Nós temos dois carros: O meu e o do ! Eu tava pensando em dividir... Eu, a , o e a no meu e no do : Ele, a , o e a ... Alguém tem algo contra?
Meu olhar encontrou o de e os dois desviaram. Eu queria me matar... Eu e o , no mesmo carro, seria a morte pra mim. Não era a morte, mas eu não agüentava ver o meu ex melhor amigo no mesmo carro que eu e ter que odiá-lo. Ta, eu não tenho que odiá-lo, mas depois dele ter praticamente me excluído da vida dele eu não poderia simplesmente morrer de amores por ele, ou poderia? Mesmo assim eu não vou reclamar da divisão! Só vou mostrar o meu lado franco e isso eu nunca vou mostrar a ele! NUNCA!
Passamos o resto da tarde na casa do brincando e comendo como sempre fazíamos nos fins de semana. Aliás, não era sempre assim. A casa variava e normalmente a minha e a da era a ganhadora pra começar a bagunça.
No fim foram todos para suas casas, pois amanhã teríamos um grande dia pela frente!
[Dia seguinte]
- acorda! – Eu falava enquanto minha irmã dormia profundamente em sua cama.
- Que foi? – Perguntou sonolenta.
- O ligou. Ele disse que já estava passando aqui para te buscar e o já tá aqui em baixo me esperando. É melhor você se apressar!
- Ta bom! – Respondeu enquanto se espreguiçava e, em seguida, levantou da cama.
Enquanto ela se arrumava desci as escadas em direção ao carro do , que se encontrava em frente de casa.
- Vamos? – Ele disse tentando ser simpático. Deu um sorriso e abriu a porta pra mim. Ele tinha que ser tão lindo? Não precisava! Não , esquece ele! Você tem que odiar ele lembra?
- ? – Acordei do meu transe com ele me chamando.
- Que foi?
- Vai entrar? – Foi aí que eu me toquei que ainda estava do lado de fora do carro.
- Claro! Desculpa ainda to com sono...
- Tudo bem! – Novamente aquele sorriso! se você der mais um desses sorrisos eu tenho um problema nervoso aqui fora. Pensando nisso entrei no carro e fomos buscar a e o .
Minutos depois já estávamos na porta da casa da , onde ela e se encontravam parados nos esperando.
- Demoramos?
- Imagina ... Você, demorando? – disse no tom mais sarcástico que conseguia fazer. Tudo bem que eu era lerda, mas não era para tanto!
A me conhecia fazia quatro anos; desde quando eu namorava o irmão dela e nem sonhava em conhecer os meninos! Às vezes eu acho que aquela foi a melhor época da minha vida, mas é claro que tinha que acontecer algo para estragar a minha felicidade. O que aconteceu? O irmão dela, o Chris, me trocou por uma menina da faculdade e desde então eu não namoro mais ninguém!
Durante o caminho eu, e ficamos brincando demais! Como sempre...
- não fala bobagem! Óbvio que “First date” é do Blink! – Falava pela milionésima vez tentando mostrar para a que eu estava certa.
- Mas eu já vi do Simple!
- Eu também! – entrou na conversa do nada.
- Eu sei, gente! Mas a mais famosa é do Blink! “Let´s make this last forever...” – Eu tentava cantar enquanto o resto ria.
- , infelizmente você não é o Tom e muito menos o Mark... – interrompeu minha bela canção com seu adorável comentário.
- Eu sei, mas eu tento...
O resto do caminho foi essa mesma falta de assunto constante que eu sempre tinha quando o estava presente.
Duas horas depois chegamos finalmente no tal acampamento.
- Nossa isso é lindo! – Eu estava admirada! Nunca tinha visto um lugar como aquele! Principalmente em Londres!
- É mesmo! – Os outros três concordavam.
- Vou pegar as malas no carro. Me ajuda ? – Perguntei enquanto, inutilmente, tentava abrir o porta malas.
- Acho que você vai precisar disso – olhei para e ele estava balançado a chave do carro.
- Bem pensado!
- Deixa que eu e o pegamos as malas, enquanto isso vocês duas podem ir pegando as chaves dos quartos.
- Ótima idéia!
Eu e fomos andando até a recepção dos chalés onde iríamos passar o fim de semana.
- Com licença! – comecei a falar para a moça que se encontrava na recepção.
- Sim! Em que posso ajuda-las? – Ela disse animadamente.
- Eu e meus amigos reservamos quatro chalés pra esse fim de semana e eu gostaria de saber os números e pegar as chaves! – expliquei.
- Claro! Seu nome?
- !
Ela procurou algo na agenda e logo seu rosto se virou novamente para mim.
- Aqui está! Está reservado no nome do Senhor , mas os quartos são esses: 403, 404,405 e 406! – Ela disse me entregando as chaves.
- Ótimo! Obrigada!
Eu e saímos e encontramos o resto do grupo na porta da frente à nossa espera.
- Então, pegou as chaves? – perguntou enquanto pegava a ultima mala no carro.
- Sim senhor !- Eu disse imitando a recepcionista.
- Ótimo! Agora a gente tem que separar quem fica com quem! Idéias?
- A gente pode colocar nossos nomes em papéis e então sortear! – sugeriu.
- Claro! Mas vai ser casal ou menino e menina?
- Acho que casal não dará problema pra ninguém! – Minha irmã falou em um tom de indireta para mim.
- Problema nenhum! – Eu disse com um sorriso sinico.
- Maravilha! Vou colocar os nomes dos meninos e as meninas sorteiam – disse pegando um papel e uma caneta dentro do bolso - Pronto! Quem pega primeiro?
- Eu! – disse pegando um papel – ! Eu mereço...
- Hey! O que você quis disser com isso? – perguntou triste.
- Nada não! – disse pegando sua mala e uma chave comigo.
- Eu pego agora! – pegou o papel na mão do – !
- É hoje que essa barraca quebra! Duas crianças felizes no mesmo lugar! – Eu brinquei.
- Você ta com ciúmes porque eu vou ter a coisa perfeita do e você não! – deu a língua para mim e pegou a chave.
- Ta, agora sou eu! – Peguei um papel. Estava com medo de abrir e ver o nome de dentro que eu tinha certeza que seria dele.
- Vai abrir ou não? – disse impaciente.
- Ta! Espera! – Comecei a abrir o papel e li o nome – !
Minha irmã deu um pequeno sorriso em direção ao . Meu olhar e o de novamente se encontraram e eu olhei para outro canto.
- Boa sorte! – disse pegando a chave.
- Vou precisar! Se bem que eu não tenho tido muita sorte esses dias...
e foram andando até o chalé e eu fiquei sozinha com .
- Então...- Ouvi sua voz logo atrás de mim.
- Então... – Repeti.
- Eu não quero que seja muito estranho, mas parece que é meio impossível!
- Realmente é! – Peguei minha mala – Melhor a gente entrar!
Fomos andando até o quarto em silêncio. Entramos no quarto e vimos a última coisa que queríamos: uma cama de casal.
- Eu mato o ! – Dissemos juntos.
- Como seu não fosse estranho suficiente ser só o mesmo quarto! – Ele disse deixando a mala cair no chão.
- Parece que alguém ta tentando juntar a gente! – Eu tinha que fazer esse comentário. Ele deu um sorriso maroto pra mim e foi arrumar as coisas. Resolvi fazer e o mesmo e depois fomos encontrar o resto do grupo. Saímos do quarto e fomos para a recepção onde todos estavam.
- O que a gente pode fazer agora? Ainda é meio dia... – disse.
- A gente pode comer! Eu to com fome! – disse animado.
- Novidade... Você com fome – brincou.
Resolvemos ir comer no restaurante da pousada onde se encontravam poucas pessoas sentadas à mesa. Todos sentaram, comeram e, uma hora depois, estávamos novamente na recepção.
- E agora o que faremos? – disse novamente.
- A gente podia ver um filme! Quem topa? – disse.
- Eu! – Todos disseram.
- Todo mundo pro nosso quarto – gritou.
Fomos todos pro quarto e ligamos a tv. Estava passando “No pique de Nova York”. Eu obviamente dei um berro.
- AAAAAH O SEB!
- Viciada! – Todos falaram.
- Não é vicio! É amor ta? Deixa de invejar! E meninas, tirando o olho porque ele é só meu!
- Possessiva! – reclamou cruzando os braços.
Fizemos pipoca e ficamos vendo o filme. Óbvio que com comentários idiotas do tipo: ‘olha o cabelo do Seb tá azul’ ou ‘olha do Pat correndo ali atrás!’. Depois de duas horas de pura zoação, guerra de almofada, guerra de pipoca, risos e cantorias desafinadas o filme terminou!
- Sabe no que eu tava pensando? – se pronunciou.
- Em que? - Perguntei.
- A gente podia brincar de sete minutos no paraíso!
- Vamos? Demorou! – Falei alegre.
- Eu quero escolher primeiro! – disse.
- Tá! – respondeu pegando uma faixa e tapando o olho de .
- , faz um favor? – perguntou.
- A fila já ta formada! Ela é a terceira! – respondeu como se fosse óbvio.
- Brigado!
- Vai escolhe um número de um a quatro!
- Três!
- é você! – anunciou.
- Tinha que ser né? – Disse indo até o armário onde estava na porta. Eu acho que ele estava querendo concertar as coisas de algum jeito. Não sei como, mas ele estava! Entramos no armário e a gritou:
- Começa agora!
se aproximou de mim. Dei um passo para trás.
- Pode ficar tranqüila! Eu não vou fazer nada!
- Eu não estou nervosa!
- Imagina... Eu só quero conversar! Sei que esses meses eu tenho agido como um idiota, me afastando de você e fazendo de tudo pra não te encontra e te ignorar, mas eu percebi que nada disso adianta!
- O que você pretendia com tudo isso?
- Te esquecer!
Olhei para ele confusa.
- Me esquecer? Quer dizer que você não me queria mais na sua vida? Era só ter falado que você não me agüentava mais que eu saia! Não precisava me fazer sofrer !
- Te ver sofrer é a ultima coisa que eu quero! Por isso eu me afastei... Eu tinha medo que a nossa amizade acabasse porque eu tava...
- Você tava...?
- Eu ESTOU apaixonado por você!
Nesse momento minhas pernas tremeram e eu me apoiei no fundo do armário. Como assim ele estava apaixonado por mim? Não pode ser!
- , não fala bobagem!
- É verdade ! Desde que a gente se conhece eu sempre te achei incrível e depois que vocês terminou com o Chris eu não paro de pensar que talvez eu tenha uma chance com você! Mas agora eu acho que nunca mais vou ter... – Ele olhou para baixo triste.
- me escuta! Você deveria ter me contado, porque se afastar foi a pior coisa que você fez! Eu sofri todo esse tempo pensando que a pessoa que eu amo, meu melhor amigo, a pessoa em que eu mais confio não me queria mais por perto!
- Repete!
- Você deveria ter me...
- Não a outra parte!
- A pessoa que eu mais amo, meu melhor amigo, a pessoa que eu...
Não pude terminar a frase, pois senti os lábios quentes de junto aos meus. Resisti. Não queria me decepcionar. Não iria me decepcionar! Mas não consegui resistir por muito tempo. Sentir perto de mim me fazia esquecer de tudo, inclusive que estávamos dentro de um armário! Sentia lágrimas correrem por meu rosto e minhas pernas perdendo o equilíbrio.
- Você ta chorando?
Nessa hora minha irmã abriu a porta do armário e eu saí correndo porta a fora.
- O que deu nela? – perguntou confusa.
- Deixa comigo! – saiu correndo atrás de mim.
Corri para o meu quarto e bati a porta e me joguei na cama. Logo ouvi a porta se abrindo e vi aproximando-se de mim.
- Pequena!
- Você nunca mais me chamou assim!
Sentei na cama e enxuguei as lagrimas de meu rosto.
- Você não sabe quantas vezes eu tive que me controlar para não chamar!
- Ai ...
Não sei o que deu em mim. Joguei-me em seus braços e comecei a chorar.
- Você não sabe como eu senti a sua falta todo esse tempo!
- Não precisa mais sentir Pequena! Nunca mais vou te abandonar!
Ele levantou meu rosto fazendo com que meus olhos encarassem os seus. Aquele azul que me fazia esquecer de tudo! chegava cada vez mais perto de mim, até que o espaço entre nossos rostos e nossas bocas não existisse mais! Ele segurava minha cintura com força e eu arranhava suas costas. O beijo se transformou de um simples primeiro beijo para uma coisa bem mais intensa, e cada vez mais! Íamos deitando na cama. , em cima de mim, passando a mão por dentro da minha blusa e os lábios no meu pescoço. Coloquei minhas mãos dentro de sua blusa e fui puxando para cima até tirá-la por completo. Logo, minha camisa fazia companhia a dele no chão.
- , você tem certeza?
- Como nunca tive!
Ele deu um sorriso malicioso e voltou a me beijar com mais vontade do que antes. Suas mãos caminhavam por meu corpo enquanto estava encaixado entra minhas pernas. O beijava enquanto bagunçava todo seu cabelo. Sua mão foi descendo até chegar ao meu cinto, que foi tirado rapidamente. Fui abrindo o zíper das calças dele, o botão e comecei a puxá-la para baixo. dava pequenas mordidas em meu pescoço onde logo depois beijava, me deixando cada vez mais nervosa. Como de um dia para o outro seu ex, agora atual, melhor amigo estava com você naquela situação? Ele procurava desesperado o feixe do meu sutiã em minhas costas e, logo que achou, o abriu rapidamente o jogando do chão. Ele parecia ter pressa de alguma coisa. Eu também tinha! Há anos sonhava com aquilo. Parece que ele também. Ele subiu em cima de mim e começou a morder minha orelha, o que me deixou toda arrepiada, beijava meu pescoço devagar e delicadamente e eu acariciava suas costas, fui arranhando-o, vindo para seu abdômen; comecei a acariciar sua barriga e seu peito, enquanto ele continuava a beijar meu pescoço. A cada minuto que passava, cada movimento que nós fazíamos ia nos deixando cada vez mais excitados; ele me beijava de um jeito diferente, me mordia vagarosamente nos lábios, foi beijando meu pescoço e descendo de pouco em pouco com a uma das mãos me segurava pela cintura. Quando me dei conta nós dois já estávamos sem nada. Eu o joguei para o lado e sentei em sua barriga, ele foi acariciando meus peitos enquanto ia me empurrando para baixo.
Enquanto isso ele penetrava em mim com todo o cuidado, de um jeito que eu não tinha nem como contrariar, pois ele tinha razão e por mais que eu tentasse negar, eu também queria. Sei que nunca tinha feito isso antes, mas ele não. Mesmo sendo a minha primeira vez eu sabia que iria lembrar pra sempre dessa sensação. A melhor da minha vida e com o garoto que eu mais amava. Aquilo de início foi muito estranho e um pouco doloroso, mas uma dor gostosa. Ele fazia o momento romântico, não apenas mais uma noite. Falava que me amava ao meu ouvido de um jeito lindo; ia bem devagar com medo de me machucar, mesmo meu corpo implorando por mais. Mas ao passar do tempo, a excitação ia aumentando e a velocidade com que ele penetrava em mim também, e cada vez mais ia se tornando mais prazeroso e aquilo parecia ser o paraíso. As investidas foram diminuindo de velocidade, pois os dois já estavam extremamente exaustos.
Depois de tudo, adormecemos. Estava com a cabeça em seu peito e ele com as mãos em volta da minha cintura. Acordei duas horas depois, levantei lentamente da cama para não acordá-lo e fui em direção ao banheiro; tomei banho e 20 minutos depois saí. Encontrei sentado na cama, coberto somente pelo lençol. Continuei olhando, hipnotizada, somente de toalha, para o corpo pouco gostoso de . Nunca pensei que esse dia pudesse chegar, mas sonhei com ele desde que o conhecia.
- Perdeu alguma coisa aqui? – Ele perguntou sorrindo, me fazendo sair do transe.
- Acabei de achar! – Comentei indo em direção a ele. Cheguei perto da cama e sentei ao seu lado.
- Posso saber o que foi que eu fiz para você estar só de toalha, sentada do meu lado e extremamente linda?
- Você me beijou ontem! – Disse e comecei a beijá - lo, mas parei um tempo depois, me levantando e indo pegar uma roupa.
- Vai me deixar assim? – Ele perguntou desapontado.
- Na verdade eu vou sim!
- Incrível o poder que você tem sobre mim!
- Você ainda não viu nada! – Respondi rindo.
- Eu sei que não! Por isso, eu não queria que...
- It´s not over, ! Isso é só o começo! – Disse simplesmente. Ele sorriu e me puxou para um beijo demorado.