Ela andava pelo pátio completamente vazio do HeadBandger High School. Ela pôde ver os cabelos e sedosos de um garoto balançando por causa do vento gélido que passava por ali. Ele estava de costas, sentado na fonte desligada, olhando as árvores que estavam plantadas nos arredores do colégio. Ela sabia exatamente quem estava sentado ali. Então se moveu pelo pátio com seus sapatos pretos, meias pretas que ficavam abaixo do joelho, e o uniforme do colégio que consistia numa saia de pregas xadrez, uma blusa branca e um blazer azul. Deu a volta na fonte e se sentou em frente ao garoto que usava sapatos pretos, calça caqui, camisa branca, gravata preta e blazer azul.
- Oi ! - Ela deu um sorriso divertido. Os olhos dele, que antes estavam concentrados em uma árvore qualquer, estavam agora apreciando a beleza de seus olhos .
- Oi. - Ele respondeu seco, como se isso fosse alguma novidade. Sorriu sem mostrar os dentes e depois encarou seus sapatos pretos e velhos. Ela desviou seu olhar por um segundo e respirou fundo. Só queria uma única aproximação, não podia ser tão difícil assim, certo?
- O que tá fazendo aqui no colégio? Você sabe, hoje tem aquele festival idiota de entrega de medalhas. Quase ninguém vem pro colégio, só aqueles que ajudam nessa merda toda. - Ela entrelaçou sua mão direita na esquerda e ficou fazendo movimentos circulares com os dedões enquanto esperava a resposta. Ela estava lá pra ajudar no festival.
- Detenção. Me colocaram de castigo, porque eu simplesmente mandei a professora de química se foder. - Ele voltou a olhar pra uma árvore qualquer. Ela arregalou os olhos surpresa e colocou a mão na água gelada, girando o dedo.
- Simplesmente? O que ela te fez pra você fazer isso? - Foi a vez de ele entrelaçar suas mãos uma na outra, olhou para o chão e respirou fundo, olhando de novo os olhos dela, que estavam olhando para a água.
- Disse que eu não era bom o suficiente para estar dentro do laboratório dela. Que pessoas como eu deviam estar numa reabilitação. - A garota tirou a mão da água e colocou as mãos nos bolsos do blazer. Olhou nos olhos dele.
- Ela é maluca. Só porque as pessoas ficam um pouco sozinhas, já é motivo para aquela doida da Reed achar que somos drogados. Ela disse isso pra mim também, e eu perguntei qual era a reabilitação que a filha dela freqüentou. Peguei uma semana de detenção. - Disse ela com um pequeno sorriso nos lábios. deu uma risadinha e sacudiu a cabeça devagar.
- Mrs.Reed me deixou de detenção e nem ao menos veio para aplicá-la. - Ele soltou a mão direita da esquerda. Puxou a barra da manga direita e olhou as horas. A garota continuava quieta, olhando vagamente para as árvores.
- Ei , quer dar uma volta comigo por essas árvores? Eu realmente sempre quis saber o que tinha depois delas. - Ela riu e se levantou. E ele foi junto. Andaram silenciosos pelo campo seco do colégio até chegarem às árvores.
- O que acha que tem depois de tudo isso? - Ela perguntou ainda com as mãos no bolso do blazer. Podia sentir seu pequeno celular em um bolso e os fones de ouvido no outro. Olhava para frente e sentiu a brisa em suas pernas e rosto, fazendo com que ela se arrepiasse. Estava com frio.
- Não sei, pedras? Cachoeiras? Qualquer merda do tipo. - Ele andava olhando para baixo, com as mãos nos bolsos da calça um pouco encardida. Chutava alguns galhos quando os via.
- Eu vim aqui só uma vez. Quando eu briguei feio com minha mãe. Eu tinha medo, não fui até o final. Aliás, nessa época eu tinha medo de tudo, era fraca. Hoje eu não tenho medo de nada, só de Deus. E sou um tanto quanto forte. Sei que pode não parecer, mas eu choro, e eu tenho sentimentos. Eu amo as pessoas, só não demonstro. - Ela olhou para o chão e sorriu.
- Eu também sou assim. Principalmente com essa coisa de amar e não demonstrar. Eu estou amando, e não estou muito certo se essa garota me ama. - Ele queria enterrar sua cabeça em qualquer lugar por ali. Não era possível que de uma hora para outra isso fosse virar conto de fadas, então, por que diabos ele resolveu falar aquilo?
- Eu também, amo um garoto. Por muito tempo achei que só gostava. Mas foi ficando... sei lá. Era estranho, mas eu tenho certeza que hoje eu amo. - Eles ficaram calados por um instante e continuaram vagando.
- Você é a primeira pessoa pra quem eu falo isso. - Ele corou um pouco, tirou uma das mãos dos bolsos e afrouxou um pouco a gravata. Passou a mãos sobre os cabelos , bagunçando-os um pouco. Depois colocou as mãos de volta no bolso.
- Você também. A propósito, seria muita ousadia perguntar quem é a garota por quem está apaixonado? - Ele gelou. Ela começou a ver o fim de tantas árvores, estavam chegando perto.
- Talvez um pouco. Mas te conto quando chegarmos no final. Assim você me conta também. Afinal, somos quase amigos. - Ele olhou para ela pela primeira vez desde que começaram o passeio e pode ver um sorriso em seu rosto.
- Quase lá. - Ela riu e ele também, voltando a olhar pro chão.
Finalmente as árvores acabaram. Havia só um portão. Um portão com a tinta se despedaçando, enferrujado e velho. Ela já imaginava.
- Me conte então, quem é garota por quem você delira e que pensa nela quando fecha os olhos de noite. - Ela ainda tinha as mãos no bolso, ainda olhava para o chão, mordendo o lábio inferior. Ele olhou para ela e encarou uns segundos, até que ela olhasse para ele também.
- É por você que eu viro algumas noites escrevendo música. É em você que eu penso. Um tanto quanto estranho, afinal, a gente quase não se fala. Mas, por mais possessivo que isso pareça, eu sei tudo sobre você. - Ele estava nervoso. Tentou ser calmo e romântico. Ela não disse nada, apenas sorriu.
- Sua vez de me contar. - Ele quebrou o silêncio, olhando nos olhos dela.
- Isso parece conto de fadas. Eu sentei do seu lado na fonte esperando alguma aproximação, então você me convida para dar uma volta e descobrir o que tem atrás das árvores. Você pode ter achado que foi apenas um portão, mas eu descobri muito mais que isso. Descobri como é amar e ser correspondida. - Ele deu um sorriso largo e ela mordia o lábio inferior. Passaram alguns momentos se olhando, até que ela se atirou nos braços musculosos do garoto, o beijando. Era úmido, doce e totalmente apaixonado. Tinha um pouco de urgência, mas não deixava de ser romântico.
Eles deram-se as mãos e andaram pelas árvores de novo, para voltar ao pátio do colégio. Era aquela maldita coisa gostosa de se sentir chamada, amor.
N/a: Hello little bitches :D ok, é minha primeira fic por aqui, depois de alguns meses que eu freqüento isso. Escrevo fic a um tempinho, mas nunca tive coragem de postar. Não me pergunte porquê, ok? Quero agradecer as minhas melhores amigas, aos meus melhores amigos, por me inspirarem tanto com suas ações. É pois é. A May, por agüentar a chata mor aqui e por betar e scriptar a fic. A Lele, Juliana, Carolinne, Greta, Sarah e Gabriel por serem meus melhores amigos. Erm, papai e mamãe, porque são meus heróis. Deus porque é meu verdadeiro ídolo. Titio Fletcher por ser meu preferido. Titio James Potter e Titia Lily Evans, porque eu lia uma fic deles quando tive a inspiração de escrever essa fic. E o McFly, porque eles são o McFly (?). E o Breakout, só por ser minha banda preferida haha :D
Então isso aqui ficou maior que a fic (oiq), mas nem liguem.
Então, ameaças de morte, cartas de suicídio(?), elogios, criticas, sugestões, fofocas, e blá blá blá, só clicar ali na caixinha e mandar um comentário, flws?
E ah, se quiser me adicionar no meu MSN tosco, srtarockstar@hotmail.com
Orkut, myspace e essas bostinhas eu passo por MSN ok?
you know you love me
xoxo
V! (nem me achei a gossip girl agora, suhdsiudh)
Nota da Revisora: Heey :) espero que gostem da fiic ;; qualquer errinho já sabem -> /kaah.jones/ xx.