I Wanna Have A Baby.
By Manda. |
Betada por Lívia | Revisada por kaah.jones



- Você quer olhar? – ele disse sem tirar os olhos daquele pequeno recipiente que poderia mudar sua vida. Havia alguns minutos em que estava deste modo, hipnotizado. Não conseguia se mover e estava ficando difícil respirar àquela hora. Eles haviam conversado sobre o assunto semanas antes e experimentado todos os métodos mais sórdidos para que funcionasse da maneira tradicional. Agora, ele estava se corroendo por dentro para saber a resposta de tudo isto.

- Não, quero. Não, espera, talvez quem sabe uma olhadinha... não sei. - ela respondeu rápido colocando as mãos sobre a cabeça e abaixando a mesma entre os joelhos. Estava sentada naquele chão frio há minutos que mais pareciam horas, não poderia aguentar o suspense; já estava pronto o resultado, ela queria olhar, mas ao mesmo tempo uma vontade superior dizia para desistir. Não aguentava mais, ela nunca quis ter esta responsabilidade, nem mesmo pensava em se casar, mas ele acabou mudando todo o rumo de sua vida.

- Podemos esperar se quiser, mas eu estou louco para ver. - ele apoiou as mãos no ombro dela acariciando este, demonstrava que estaria ao lado dela em qualquer situação, foi assim há 3 anoss e continuaria sendo. Ela provou ser mais do que ele merecia na vida e nada faria com que ele deixasse de apóiá-la. Tomaram esta decisão juntos, ele almejava por isto e ela nem tanto, mas ambos estavam decididos agora. Teriam que arcar com as consequências a seguir, sendo elas boas ou ruins.

- Tudo bem, vamos ver juntos. - ela segurou o recipiente com as mãos gélidas de ansiedade e medo, uma sensação que nunca sentira antes na vida. Fechou os olhos ao sentir o corpo ser abraçado por ele, que estava ao seu lado agora. Pôde sentir uma pequena lágrima escorrer do rosto dele e cair em sua blusa de meia-manga, ele estava com ela. Aos poucos ela começou a virar a tampa para observar a tão esperada resposta, assim que retirou a mesma, observou sorrateira e logo virou-se para ele com um meio sorriso nos lábios.

- Estou grávida. – ela não sabia que atitude tomar, se ria ou se chorava. Estava feliz, por mais que não gostasse de admitir, ela decidiu se tornar mãe ao lado dele e nada mudaria esta sua opinião, mas ao mesmo tempo temia não ser tão graciosa como as demais.

- Meus parabéns, amor. - ele abraçou-a mais forte, beijando-a em todas as partes do rosto. Os lábios de ambos se tocaram, fundindo-se, mas ela ainda não demonstrava uma expressão. – está tudo bem?

- Sim, eu só não consigo acreditar. , eu estou grávida. – logo um sorriso bobo surgiu nos lábios dela e esta pulou no pescoço do namorado. Sim, ela temia o que todas as mães temem no princípio, mas faria qualquer coisa para ser a mais perfeita de todas neste processo. Estava feliz não somente por ela, mas pelo namorado que almejava isto há muito tempo. Lembrou-se da primeira conversa de ambos sobre o assunto, o quanto ele sonhava com o tal dia e ela apenas tirando sarro dos pensamentos.


flashback


- Eu já disse mais de mil vezes, eu não pretendo ficar grávida. – ela caminhava sonolenta pela sala, a televisão ligada sem volume não passava nada mais intrigante que aqueles jornais matinais. Rolava os olhos com cada palavra que saía da boca dele, sabia que aquele dia nunca chegaria.

- Mas , pense comigo. Você nunca pretende ter um bebê? Você precisa começar uma família em breve, pelo menos pensar sobre o assunto. - ele estava sentado no sofá à frente, observando cada passo que ela dava. Começava a ficar tonto pelos movimentos da namorada, ele almejava por ter uma criança. Alguém que ele poderia chamar de ‘seu filho ou sua filha’ e brincar com o mesmo todos os dias, mas ela era completamente o oposto dele.

- Por quê? Eu ainda não sou velha o suficiente para pensar nestas coisas. Aliás, eu nunca precisei me preocupar. Já disse que se pretende ter uma orquestra infantil, arranje alguém que esteja disposta. – virou o rosto cravando as mãos em um movimento insuportável sobre o peito. Ela nunca parou para pensar no assunto, por que teria que fazer isto agora? Não, jamais. Ou será que por ele?

- Tá legal, se você quer assim, vou falar com a Hanna amanhã e trocar uma idéia, ela pretende ter vários filhos mesmo. – ele estava tentando chamar a atenção. Sabia o quão a namorada odiava sua amiga Hanna, mas entre os dois nunca houve nada que pudesse preocupá-la.

- Sabia! Aquela vadia, loira, biscate! Eu sempre soube que os dois só esperavam o momento certo para me dar o bote. Seu tonto, nem soube disfarçar direito. - ela rolou os olhos mais uma vez, porém, para sua surpresa fora puxada por ele até o sofá. Ele cravou os braços ao redor do corpo dela, imobilizando-a para que ficasse naquela posição ao lado dele. Chegou próximo ao ouvido dela, roçando a testa em sua face.

- , . Você nunca vai mudar, não? Eu estava brincando, jamais teria coragem de fugir com a Hanna e te deixar, sabe disto. Você é o único amor da minha vida, tanto que é com você que eu quero ter meu filho. Dar o meu sobrenome. Não entende? – ele sussurrou as palavras no ouvido dela, parecia mais um desabafo, pois soltou um longo suspiro em seguida. Afrouxou os braços para que ela pudesse se virar para ele.

- , me desculpa, ok? Eu não sabia que isto era importante desta forma para você. É engraçado, pois, sempre via você nas tardes de autografo abraçando e beijando crianças que apareciam, sempre brinca com as que encontramos no parque ou em festas familiares; mas o problema é que eu não me vejo sendo este tipo de pessoa que tem filhos, entende? Não seria uma boa mãe. – ela abaixou a cabeça encolhendo-se no corpo dele, deixou que uma lágrima escorresse de seu rosto, mas apenas uma, pois se negava a chorar na frente dele, ainda mais por assuntos como este.

- Tudo bem pequena, eu entendo. Por você eu posso esperar. – ele cerrou os olhos, apoiando a cabeça na dela, e assim ficaram por alguns minutos.

- Se quiser podemos tentar. – após alguns minutos de silêncio, ela sussurro tais palavras, ele pareceu não acreditar no começo, tudo que ela disse não valera nada? Seria que estava mudando de idéia? Abriu um sorriso abobalhado no rosto, virando-se rapidamente para ela:

- O que acabou de dizer?

- Eu disse que podemos tentar. Sabe, o que me disse agora fez com que eu pensasse um pouco mais, vai fazer 3 anos que moramos na mesma casa, eu confio em você mais do que em qualquer outra pessoa e não me importo. Eu quero tentar, quero tentar com você. – sorriu para ele, acariciando as faces sardentas do rapaz, ele continuava sorrindo, mas estava imóvel, começou a se assustar.

- Esse é o dia mais feliz da minha vida! Espera ai, o dia mais feliz da minha vida será quando esta criança nascer. Você pretende que seja menino ou menina? Se for menina pode se chamar Rapuntilza? – ele perguntava tudo rapidamente com o mesmo sorriso no rosto, abraçava-a a cada segundo, fazendo com ela soltasse risos.

- Não quero que minha filha tenha este nome, eu escolho se for menina. Pelo amor ela se chamar Rapuntilza, não? – riu abertamente para ele vendo os olhos do rapaz brilharem.

- Tudo bem, eu não queria escolher o dela mesmo, mas se for menino deixa que eu escolho, tá bem? Eu te amo, muito, muito pequena. - ele aproximou os lábios do rosto dela, beijando-a em todas as partes visíveis, ela correspondeu introduzindo a língua em seus lábios rapidamente.


-flashback end;


Era difícil acreditar no que estava acontecendo, mudou de opinião tantas vezes a partir daquele dia. Um dia queria ter um filho, no outro uma menina, uma semana depois queria ter gêmeos, ou quem sabe não tivesse nenhum no final das contas? Temia que os problemas hormonais viessem à tona, desperdiçando a chance que teriam, mas não queria pensar nos problemas, estava tudo certo agora. Ela estava grávida e nada poderia mudar isto, jamais.

Fim.



Nota da revisora: Heey :) espero que gostem da fiic ;; qualquer errinho já sabem -> /kaah.jones/ xx.



comments powered by Disqus