Jones’ Eleven.
Por Paty Evans e Bia Black
Beta: Bia
Beta II: Japeka
Prólogo
A garota balançava os cabelos às costas e não continha o sorriso indecente nos lábios. Olhou para trás por um momento e guardou o papel rabiscado dentro da bolsinha bordada. Deu de ombros de seu jeito e sorriu de novo.
Os passos ecoavam pela rua, ainda que movimentada; o salto fino fazia barulho na calçada. Um rapaz a olhou e pareceu reconhecê-la de algum lugar. Não parou. Bem à frente e um pouco à esquerda, um grande prédio erguia-se pomposo. Parecia fundir-se às demais construções antigas da cidade, porém ostentava o glamour moderno que fazia jus aos edifícios de Vegas.
Enrolou uma mecha rubra nos dedos e riu sozinha. Fez sinal para um táxi e acomodou-se no banco de trás. O motorista arrancou e ela não pôde ouvir os berros ao longe.
Capítulo 1
- EU NÃO ACREDITO! – Tom balançava a cabeça, preocupado. Passou a mão pelos cabelos. – Tem que estar em algum lugar!
- Mas estava bem aqui! – Danny retrucou apontando para mesa à sua frente com as duas mãos estendidas. – Juro que estava aqui.
- Você não fez uma cópia?
- Ahn?
- Idiota – disse o outro simplesmente; a frase acompanhando um pedala no amigo.
- Como é possível? – Fletch estava apoiado na mesa, os braços cruzados. – Eu mesmo vi. Li tudo. Uma das melhores que já fizeram.
- Eu sei – Danny disse e sentou-se, escondendo o rosto nas mãos.
- Foi você quem escreveu. Você se lembra – disse Tom. O outro achou um papel perdido e pôs a concentrar-se com um lápis na mão. Escreveu um primeiro verso e depois nada.
- Não consigo.
- Você não se lembra do resto? – Fletch perguntou, abrindo os braços. Danny negou com a cabeça.
- Mas foi você quem escreveu! – disse uma garota que observava tudo afastada dos outros.
- Eu sei! Mas por que você acha que escrevo na mesa quando tenho um lapso? Pra não esquecer! Eu sempre esqueço.
- Bom. Só pode ter saído voando então – a garota disse novamente, aproximando-se deles.
- Nah! – resmungou Danny. – Eu estava aqui, no telefone com Dougster, quando a Lindsay apareceu. Eu disse “Oi” e...
- Lindsay? – Tom perguntou.
- Lohan? – disse a garota, arregalando os olhos. – O que ela estaria fazendo aqui?
- Danny teve uma alucinação – Fletch riu, mas calou-se quando os outros o encararam sérios.
- Sim, ela. Disse que veio fazer uma visita ao estúdio.
- E o que você disse? – Tom perguntou.
- Não disse – Danny deu de ombros.
- Em Londres? Lindsay Lohan em Londres? – Fletch indagou sem esperar resposta.
- O cassino-hotel – a garota presente, , balbuciou.
- Isso. O tio dela construiu o London Palace. Deve ter vindo pra inauguração – James Bourne apareceu da cabine de som comendo uma maçã.
- Ela pegou.
- Pegou o quê? – Danny perguntou e levou outro tapa.
- A música! Ladra! – indignou-se.
- Espere. Não podemos acusá-la assim... Nunca se sabe onde a criatura pode ter enfiado a música – disse Tom, apontando Danny que fez uma careta. - Ela não disse mais nada, Danny? – Tom perguntou e o garoto coçou a cabeça.
- Disse que estava por aqui para uma noite de gala. Isso. Noite de gala.
- Hummm... – Tom estreitou os olhos.
- Só pode ter sido ela! Porque eu estava rindo com uma piada sobre elevadores do Dougie e então...
- Maldição – James disse, antes de mais uma dentada na fruta.
- Vamos procurar mais um pouco – Fletch levantou uma pasta procurando o papel perdido.
- Já olhamos em tudo quanto foi canto. Não tem jeito – disse .
- Foi aquela lá.
- Mas você viu, Danny?
- Não. Mas eu sei que foi.
- Ah – resmungou Tom, dando um tapa na própria testa.
- Precisamos pegar de volta!
- Como?
- Vamos à polícia.
- Ninguém vai acreditar. Não podemos provar que foi Danny quem escreveu – Fletch fez com que os outros se calassem.
- Aquela va... – Tom começou e silenciou novamente. Danny o olhou quase rindo do amigo que estava a ponto de xingar a garota.
- Vamos roubar – Jones deu de ombros e entrelaçou os dedos, os cotovelos apoiados nos joelhos.
- É. No dia da inauguração arrombamos o cofre do cassino e pegamos de volta sua criação – disse Tom estufando o peito, irônico, mas Danny apontou um dedo e sorriu.
- Nada mau, Fletcher!
James riu e Fletch balançou a cabeça, reprovando.
- Danny precisa de uma garota. Levem-no para passear - torceu o nariz. - Estou falando sério. É uma questão de honra! Aposto que o Harry vai concordar.
- Deixe ele saber que você o acha tão idiota quanto você, Danny. – Tom ameaçou; Danny fez biquinho e ajeitou-se na cadeira.
- Deve haver uma maneira de entrar – James disse, jogando fora o resto de sua maçã.
- Não incentiva, Bourne! – disse, sentando-se e suspirando.
Danny ficou quieto por uns instantes. Sorriu.
- Vamos. Temos um roubo para arquitetar. – James arqueou as sobrancelhas, surpreendido com o vocabulário do amigo e seguiu-o até a porta ao lado de uma irritada e Tom, que ria da situação ridícula.
***
A edição do The Sun naquele dia não estava tão interessante. A detetive suspirou por um momento e, da janela do café onde estava, observou o prédio pronto. Voltou os olhos para o jornal e, num canto, lia-se que a inauguração seria na virada de ano novo. Largou as notícias em cima da mesa e engoliu o café forte, enquanto três rapazes e uma moça adentravam o lugar falando alto.
- Estou dizendo. É isso que temos de fazer – disse um deles.
- Tá... Depois a gente vê tudo isso – a garota revirou os olhos e foi fazer seu pedido.
Desviou a atenção dos recém-chegados e voltou-se aos pensamentos. Estava difícil achar um jeito de provar as ilegalidades do Sr. Lohan... Sr. Johnatan Lohan. Numa noite de pouca sorte, um cliente assíduo perdera quase toda sua fortuna bilionária no pôquer. Para a infelicidade dos poucos que se importam, a divida fora paga com os objetos mais antigos e raros, nobres relíquias que o historiador abrira mão para continuar a viver em sua mansão. Assim ostentava suas obras de arte e artefatos de séculos atrás, o Sr. Lohan. Era dono de um dos mais renomados hotéis-cassino de Nevada. E agora, anunciava ele, em Londres: ‘trago um pouco de Vegas para a terra da Rainha’. O prédio estava pronto. Mas , ao longo dos meses que passara pela rua e matutara sobre como delatar seu proprietário, não conseguira muito progresso.
- DESISTE DISSO, DANNY! – berrou a garota entre os rapazes depois de ter seus pedidos numa sacola.
- Mas é minha, DROGA! Preciso recuperar. Invadimos, arrombamos o cofre e a teremos de volta. Como o Tom disse.
- É... – riu um dos outros. – Pra começar... Por onde você pretende entrar no tão suntuoso London Palace sem ser reconhecido?
arregalou os olhos.
- Encanamento – o garoto insistente deu de ombros.
- Ahn. Vamos. Vocês embebedam o Danny e ele esquece essa história toda de invasão...
A detetive deixou o dinheiro na mesa, dobrou o jornal sob o braço e correu atrás dos jovens que discutiam.
- Com licença... – ela os chamou e eles se viraram. Um deles se encolheu sob o casaco. – Estão pensando em invadir o London Palace? Eu acho que posso ajudar – ela continuou esboçando um sorriso ao que o teimoso deles levantou um dedo para ela e riu.
Capítulo 2
- É muito simples, na verdade. – Danny terminou e bateu uma palma, sorrindo. Oito pessoas variavam suas expressões de incrédulas para um riso irônico.
encarava seus futuros companheiros criminosos e arqueou as sobrancelhas. O garoto ao lado dela sorriu e ela sentiu as bochechas queimarem.
- Podem ignorar tudo isso e ir embora, se quiserem – disse Tom.
- Não expulse as visitas, Tom – Dougie, o rapaz ao lado de , apontou um dedo para o amigo. Tom o encarou e isso bastou para que fosse compreendido: “Não foi isso que eu quis dizer”.
- Espera, eu preciso saber se entendi. Você fez o favor de deixar a Lohan pegar a nossa música mais foda...
- Eu não deixei!
- E agora temos este plano. – Harry indicou o cartaz estendido na mesinha de centro. – Para roubá-la de volta.
Danny suspirou e assentiu. Dougie riu com gosto; ele já tinha aceitado mesmo.
- Há um problema... – começou. Olhou para as pessoas na sala. – Vocês sabem que não é só a música que provavelmente foi parar nos cofres do hotel...
- Sim, sabemos, detetive – Danny respondeu.
- Você não estaria nos ajudando se não fosse para provar as transações ilegais do Sr. Lohan, certo?
Ela assentiu para Tom.
- Mais profundo do que pensávamos – observou, com uma mão no queixo.
- Uh. Isso vai ser bom – James esfregou as mãos e sorriu.
- Certo... Mas onde eu entro nisso? – uma moça sentada no canto do sofá perguntou.
- Ora, a , gente! – Dave, que também estava presente, apontou pra ela. – Esse é o gênio da informática que eu achei.
“Ahn”, os garotos murmuraram.
- Vou ficar com as câmeras, certo?
- Certo – Danny disse e sorriu. – Quanto ao cofre...
- Precisamos de uma réplica – Harry o interrompeu e Danny alargou ainda mais o sorriso. O amigo estava se empolgando.
- Isso eu também posso conseguir... Mas preciso da planta do prédio – disse simplesmente. Tom se espantou com o lado mafioso da garota, mas não disse nada. Aquilo tudo era um absurdo.
- Isso a detetive tem– disse Harry e franziu a testa.
- Ótimo – disse Danny –, e quem é que vai entrar pelos tubos de ar?
Silêncio. James e Dave se entreolharam, olhou para as mãos.
- Eu – disse uma voz vinda da cozinha. Jazzie apareceu na porta da sala com um sorriso e encostou-se no batente da porta.
- Rhá. De jeito nenhum – Dougie disse.
- Por que não? – a irmã perguntou.
- Porque não, Jazzie.
- Doug... Talvez ela pudesse...
- Esquece, Jones.
- Mas...
- É perigoso, não vou deixar minha irmã fazer parte disso. Eu não sei nem o que ela tá fazendo aqui!
- Fala como se eu não estivesse mesmo – Jazzie revirou os olhos e Harry estufou o peito, imitando o amigo que tentava proteger a irmã.
- Pelo menos ela ia passar pelos tubos de ar – comentou Tom, simplesmente. Jazzie assentiu concordando e colocando Zuckie no ombro.
- Ainda assim, é perigoso – Harry disse.
- Mas me parece que cada um tem uma função aqui. E se ninguém entrar no cofre, fudeu.
James pareceu se espantar com o palavreado da menina. Depois sorriu.
- Deixa, Doug! – Jazzie pediu e deu uns pulinhos. O garoto escondeu o rosto nas mãos. Depois encarou a irmã e deu de ombros.
- Se você tomar um tiro, eu vou dizer: “NÃO DISSE???!!”
Aquilo pareceu não assustar a garota que se sentou ao lado de , no braço do sofá.
- O Zuckie vai comigo.
- NÃO PÕE MEU LAGARTO NO MEIO – Dougie apontou pra irmã que brincava com seu bicho de estimação.
- Ele gosta de participar – retrucou Jazzie rindo.
- Bom. A parte final do plano... Vocês sabem o que vai acontecer. Por isso precisamos dos uniformes e...
- Sabemos, Danny. E isso é ridículo – disse Tom. Silêncio novamente. Jones ignorou o comentário do amigo e olhou um por um dos presentes na sala. Faltava alguém.
Danny encarou uma garota que sentava à sua frente, um pouco para a direita, ao lado de Dougie. Ela estava com a bolsa no colo e os cabelos presos.
- ! – ele exclamou com um sorriso. Ela o encarou sem saber se sorria de volta.
- O que eu tenho que fazer?
- Trabalhar no hotel – ela arregalou os olhos e negou com a cabeça.
- Precisamos de alguém lá dentro. Alguém desconhecido – disse Harry e continuava negando.
- Por que eu? – ela perguntou chorosa. Ninguém respondeu. Danny implorava com seus olhos azuis.
- Por favor? – disse ele finalmente. revirou os olhos.
- Quando começo?
***
Pôs na cara o mais falso sorriso e caminhou para a recepção. Tivera que esperar alguns minutos para ser chamada e finalmente a moça atrás do balcão disse seu nome inventado.
- Olá. Bem, está em cima da hora, mas acho que precisamos mesmo de mais algumas camareiras, você apareceu na hora certa – sorriu novamente. – Srta. Anne, não é?
- Sim – ela rapidamente concordou.
- Está admitida – a moça do balcão lhe riu e depois indicou uma porta onde encontraria seus uniformes, vassouras, panos e outros aparatos.
- Obrigada – disse apenas e seguiu a caminho da porta. Uma vez dentro, suspirou e sentou-se. Ainda mataria seu primo Tom. Esperava alguma coisa estranha para que ele a chamasse daquele jeito, mas não algo tão grave quanto aquilo. E ainda era a mais sensata de todas aquelas criaturas, o Fletcher.
Sorriu de canto e começou a gostar daquilo. Apertou o aparelho na orelha.
- Parte um, concluída. – e a risada de Danny ecoou em seu ouvido.
Capítulo 3
passava de novo em frente ao London Palace. Era muito bonito mesmo. Um prédio alto, com um estilo londrino tradicional como fachada, mas com alta tecnologia em suas instalações. A inauguração era dali a um mês, mas havia um entra e sai de funcionários ajeitando tudo para a grande festa. Normalmente, a detetive caminharia por ali meio cabisbaixa. Mas estava rindo horrores com Dougie ao seu lado. Passeavam de braços dados como um legítimo casal feliz. Parte do disfarce, obviamente.
- Na nossa lua de mel, vou te trazer aqui. – disse ele, olhos subindo para o topo do prédio e sorrindo marotamente.
- Claro – ela revirou os olhos e riu. – Eu realmente acredito nisso.
- Eu estava pensando...
- Jura? – e ele fez uma careta.
- Estava pensando que se você veio de Vegas para cá... Deve ser porque a treta é nervosa.
assentiu, olhando novamente para o prédio.
- Já faz uns três anos que a minha vida se resume a investigar esse caso – ela falou um pouco séria.
- Outros detetives também?
- A maioria se contenta com episódios mais fáceis – ela respondeu e sorriu de leve.
- Mas três anos? Depois que a gente se casar, não vai ser assim – ele balançou a cabeça negativamente.
- Quem vai casar? – Danny apareceu ao lado deles, ofegante.
- Ahn, chegou a máfia em pessoa – Dougie disse, ainda de braço dado com .
- Já estão todos no estúdio? – ela perguntou.
- Sim. Todos, menos – e apontou para o London Palace atrás deles.
- Pobre dela.
- Mas quem vai casar? – Dougie riu e revirou os olhos corando.
- O Michael Jackson e a Rainha Elizabeth.
- SÉRIO? – Danny arregalou os olhos. – Além das criancinhas, ele também pega as velhinhas agora?
***
digitou códigos em seu laptop para que, na tela, aparecesse a planta do London Palace girando em 3D.
- Wow – disse James, encarando o computador.
- Eu disse que ela era boa – Dave comentou e sorriu. Tom ajeitou-se na cadeira, sentindo-se um pouco desconfortável. Decidiu mudar o rumo da coisa.
- Então... – ele olhou para as outras pessoas presentes no local. – Como vamos chegar ao cofre? Porque, pelo que vocês falaram, até o vão do elevador está cheio de detectores de movimento. Como vamos passar sem disparar os alarmes? – ele sorriu, um pouco ironicamente, fazendo pequena covinha aparecer.
Um silêncio incômodo se instalou no lugar. Repentinamente a porta se abriu e três pessoas entraram.
- Eu não sei por que vocês estão rindo tanto – Danny apontou para Dougie e que, pelo visto, passaram o resto da viajem de volta rindo do garoto. – Não acho que esse casamento seja muito engraçado. Doentio talvez, mas engraçado... – Jones olhou para as outras pessoas e encontrou o olhar questionador de Harry. - Você viu, Harry? O Jackson vai casar com a Rainha!
- Ahn, Danny, mentiram pra você. É com a Kelly Clarkson - Harry olhou divertidamente para Dougie e .
- Com a KELLY CLARKSON?! – Danny olhou em volta. E finalmente a ficha caiu. – Vocês são fodas, caras – se sentou meio emburrado, enquanto o resto da sala ria. Depois que todo mundo se acalmou ele continuou, olhando para Dougie e . – Então... Quem vai se casar? – e sorriu.
decidiu ir em outra direção.
- Então, o que foi resolvido até agora?
Eles explicaram tudo, até chegar ao impasse novamente.
- Como vamos passar pelo vão do elevador? – perguntou .
- A inteligência aqui descobriu um jeito – James apontou o dedão para Dave, que sorriu.
- Teremos de desligar a energia por alguns minutos.
- E como você pretende fazer isso? – indagou novamente.
- Roubaremos um dispositivo da Central Elétrica. O “Treco” – respondeu Dave, alargando o sorriso.
- Vocês não cansam dessa ideia de roubo não? – disse Tom, sem esperar resposta.
- Exato – disse e apertou um botão no computador. Outra imagem apareceu na tela. – Este é o elevador e este, o cofre. – ela apontou com uma caneta.
- É o único jeito – comentou Harry.
- Isso tá se complicando demais... – James disse, esfregando os olhos.
- Mas é a nossa música! – Danny exclamou.
- E há mais coisas envolvidas. – apontou .
- É. Não podemos desistir agora – Dougie comentou e olhou para a porta que se abria novamente.
- Olá – cumprimentou com um sorriso fraco. – Horário de almoço – ela disse, dando de ombros ao que todos olharam para ela.
- É. Meu estômago tá começando a falar comigo – lembrou Jazzie, esfregando a barriga.
- Pizza!!! – Danny se levantou, saindo pela porta, levando pelo braço. A garota olhou meio preocupada para os outros.
- Não liga. Ele é assim mesmo. – Dougie fez um movimento meio impaciente com a mão. Seguindo os dois.
- Eu não acredito que nós vamos roubar OUTRA coisa! – Tom balançava a cabeça, um pouco desolado. Harry colocou a mão sobre seu ombro.
- Ossos do Oficio, Fletcher – e sorriu.
- Isso até que está ficando viciante – Dougie juntou as mãos e as atritou rapidamente, com um sorriso maroto nos lábios. o olhou, com a sobrancelha erguida. – O quê? Eu só estava brincando! – E continuou a sorrir.
James riu para Jazzie, que corou, e todos os dez, mais Zuckie, saíram do estúdio atrás de Danny.
Capítulo 4
Tom estava sentado ao lado de e muito nervoso. Esfregou as mãos suadas.
- Quer que eu repita? – ela perguntou com um sorriso. Ele fez que não com a cabeça. havia lhe passado o plano três vezes seguidas. Dave, em pé atrás do amigo, riu e chacoalhou-o pelos ombros.
- Relaxa Fletcher boy... Vai dar tudo certo.
- Estou me sentindo um criminoso.
- A partir de hoje, você será – Dave respondeu, dando de ombros. – Veja pelo lado bom...
- Você está roubando para depois recuperar algo que é seu. E ainda desmascarar o Sr. Lohan – completou . Tom a encarou.
- Por que você está fazendo isso? – ela sorriu e não respondeu. – Por que as pessoas que eu conheço de repente querem assaltar e fazer coisas estranhas?
A porta traseira da van abriu-se, Harry tirou o braço que envolvia os ombros de e deixou que ela entrasse. Atrás deles, vinha Danny.
- Acho que descobri quem vai casar.
- Onde está Dougie? – perguntou Dave.
- Está no carro com e Jazzie do outro lado da rua, como combinado – respondeu Danny.
James ligou a van e eles seguiram em direção a Central de Energia de Londres.
- Pessoal... – Tom olhou para os ocupantes do veiculo. Olhou para seus all stars e depois para eles de novo. – Isso não está certo, cara - e sorriu, meio tristemente. Respirou fundo, falando de uma maneira séria. - A Central de Energia não tem culpa nenhuma pela besteira que o Danny fez – e apontou para o Jones.
- Hey! – Danny abriu a boca para falar, com uma expressão indignada no rosto, mas uma voz foi ouvida no walkie-talkie em sua mão.
- Você tem razão, Tom.– a voz de Dougie saiu perfeitamente clara.
- Hey! Ele não...
- Danny, fica quieto – Harry deu um pedala na cabeça do amigo.
- Ai! Isso doeu cara e eu...
- Shiii!!! – Jones ouviu toda a van mandá-lo ficar calado.
Dougie continuou.
- Mas a música que ele escreveu é boa. – Tom deu de ombros, meio contrariado. – E além do mais, para que vai servir o Jones se nós não pegarmos uma das ÚNICAS músicas que ele fez sozinho?
- HEY! Eu não...
- Shiii!!!
- Ok. Tô calado.
Tom ficou quieto por alguns instantes. Depois olhou para o walkie-talkie.
- Ok. Mas só porque ele é um inútil mesmo viu?
- Será que não se tem nem uma oportunidade de defesa nesse negocio todo? – Danny cruzou os braços.
Os outros decidiram ignorar o comentário. Já havia escurecido quando chegaram à Central Elétrica.
- Quem vai e quem fica? – olhou para os outros.
- fica. Tem que controlar as câmeras – disse Dave. Tom sentiu-se subitamente desamparado ao saber.
- também – disse Harry e a garota o olhou. – James fica aí no volante para o caso de uma fuga desesperada.
- Vamos nessa? – perguntou Dave. Danny sorriu e fez uma dancinha ridícula. riu e abriu a porta.
Tom suspirou e revirou os olhos antes de seguir os amigos. - Ok. Vamos roubar logo esse “Treco”.
***
Dougie saiu do carro, mas antes de seguir ao lado de , abaixou-se à janela do veículo para encarar a irmã. Ela havia pulado para o banco da frente.
- Escute. Se você nos ver correndo que nem desesperados, você pisa, entendeu?
- Sim – confirmou Jazzie.
- E se acontecer alguma coisa...
- Fica tranquilo. Vai dar tudo certo.
- Se acontecer alguma coisa com meu carro eu te...
- Que seja.
Ele devolveu com uma cara sarcástica e o puxou pela jaqueta preta. Dougie riu e seguiu a detetive pela rua. Chegaram ao grande portão da Central e encararam as câmeras.
- É bom que a já tenha...
- Podem seguir. – ela disse numa voz divertida que ecoou pelo walkie-talkie.
Pularam a grade com certa dificuldade e se esgueiraram para dentro, sem deixar de olhar para a rua deserta em busca de algum alerta.
- Hey, dude. Onde vocês estão? – perguntou Dougie, sussurrando no aparelho em mãos. Estavam agachados atrás de um muro.
- Próximos. – disse Danny. e ele avançaram para dentro da Central com mais confiança. – URSH!
- O que foi?
- Eu tinha esquecido do vigilante. – o amigo começou a rir e não parava mais.
- O QUE ACONTECEU, MERDA? – Dougie berrou no walkie-talkie, mas o bastante para que não chamasse atenção de outro vigilante. fez uma careta.
- Hey. – a voz de Dave se fez ouvir. – Tom deu uma voadora inacreditável no vigia e Danny não se aguenta. Calma, não se assustem. – ele também riu.
- Também... Do jeito que o Danny é, ele bem podia estar rindo se um policial estivesse algemando ele. – disse pelo walkie-talkie que ficara na van. Dougie riu e foi atrás de .
***
- HEY! – Danny reclamou enquanto seguia Harry pela escuridão do local. – Também não vou aceitar ser padrinho do seu casamento.
Harry não o encarou e analisava o pátio deserto.
- Pra onde, Dave?
- Lá – e apontou com a lanterna para algumas escadas. Tom já subia os degraus. - Olha lá o James Bond...
ainda arregalava os olhos, surpresa pela atitude ninja do primo quanto ao guarda que encontraram pelo caminho. Aquilo ficava cada vez mais estranho. E todos o seguiram, tentando fazer o mínimo de barulho possível para subir. Encontraram a sala onde o dispositivo deveria estar depois de caminhar pelos corredores. Mais à frente, havia controles de toda a energia da cidade. A porta estava trancada.
- Ninguém trouxe um grampo? – perguntou Dave, com uma risada irônica. Todos olharam para . Danny sorriu e passou por ela, dando um encontrão com a porta e abrindo-a num estalo.
Ela entrou atrás dele, seguida de Tom, Dave e Harry. Miraram o aparelho.
- Ele mesmo. – Dave sorriu, satisfeito. – O “Treco”.
Os rapazes e caminharam para carregar a máquina e tirá-la daqui.
- , você não – disse Harry, ao que a garota fez menção de ajudar a levantar o dispositivo. – Olhe a saída!
- Ah que vergonha. Estamos roubando! – Tom exclamou com uma risada nervosa.
- Vergonha maior é roubar e não poder carregar. Hey! – Harry debochou de si mesmo. verificava o corredor deserto.
- HEY JUDE... – começou Danny, esforçando-se para cantar e transportar a coisa ao mesmo tempo.
- Cala a boca, Danny! – riu Dougie pelo walkie-talkie.
- Só estou tentando dramatizar o momento.
- Tudo limpo? – perguntou Dave, tentando aproximar ao máximo seu rosto ao aparelho.
- Pode vir. – disse .
- Por aqui também. Tudo certo. – disse, dando a cobertura que precisavam pelos fundos da Central.
- Vamos – murmurou .
Não foram pelas escadas, tiveram que descer uma rampa do outro lado da Central. Atravessaram o pátio e, incrivelmente, não encontraram mais nenhum vigilante. Chegaram rapidamente à van e, sem mais, James arrancou. Ouviram Dougie confirmar que estavam bem, ao menos por enquanto, já que sua irmã dirigia. O “Treco” estava no meio da parte de trás da van e e Dave o analisavam. tirou um pacote de M&M’s da bolsa e abriu. Encarou Danny e estendeu o saquinho para ele, que abriu a mão para ganhar o chocolate. Sorriram os dois e também, ao ver o momento de ternura muda dos novos amigos. Tom olhava estático para o dispositivo à sua frente e relembrou os instantes de tensão dentro da Central.
- Esse é meu garoto – Harry bagunçou-lhe os cabelos e ele sorriu contente.
- Foi divertido, Tom? – perguntou. Ele deu de ombros e riu.
- Parte dois, concluída – disse , dando um “ENTER” no laptop e sorrindo.
- Yeah... – James falou de uma maneira meio sexy, meio divertida, enquanto dirigia.
- Mas da próxima vez que nós formos roubar assim, aleatoriamente, é melhor deixarmos o Jones dentro do carro – Tom indicou com a cabeça um Danny bastante entretido com seus M&M’s. – Ou ele pode dá uma de cantor bem na hora.
- Hahaha. Pelo menos eu não estava morrendo de medo, Fletcher – Danny sorriu, meio ironicamente, não conseguindo deixar de olhar para . Ela lhe deu mais alguns chocolates.
Tom tinha uma expressão de total indignação no rosto. Sem falar que estava sentindo o rosto esquentar. olhava diretamente para ele. Levantou o dedo indicador, pronto para argumentar, mas foi interrompido por Dave.
- Então, roubamos o “Treco”. – ele olhou em volta. Tom cruzou os braços, meio chateado. - O que vamos fazer agora?
- Iniciar a Parte 3 de toda essa maluquice não é? – a voz de Dougie saiu divertida pelo walkie-talkie. – E comecem isso logo antes que minha irmã acabe com o carro. – Um som de um tapa pôde ser ouvido pelo aparelho. – É sério.
Capítulo 5
Um silêncio meio incômodo se instalou na já conhecida sala enquanto eles se acomodavam nos sofás e nas poltronas, presentes no local.
- Então... A parte 3 do plano – Harry olhou para Danny como se esperasse alguma confirmação ou explicação por parte do garoto. Mas Danny estava bastante ocupado, olhando entrar na sala junto com e Jazzie. – Jones!
- Que foi? – ele olhou para o amigo, se sentindo um pouco perdido. Harry o olhou, com a sobrancelha erguida, um olhar meio assassino nos olhos.
Dougie sorriu marotamente.
- Deixa comigo, Judd. – e deu um pedala rápido na cabeça de Danny que fez uma careta.
- Eu ainda não entendo... O que foi? – ele olhou em volta.
- A letra roubada é sua, Danny – Tom falou ainda meio contrariado pelo amigo tê-lo chamado de medroso. – O plano deveria ser seu também, não é? – e sorriu pelo canto dos lábios, deixando a covinha aparecer novamente.
- Mas pelo que sabemos do Jones aqui - apontou o garoto com a cabeça. – Se o deixarmos tomar conta do plano, estamos ferrados. – as outras garotas confirmaram com a cabeça.
- Vamos acabar na cadeia. – continuou.
- Cantando “Hey Jude” pra passar o tempo – terminou.
Danny se levantou do sofá, inflou o peito e disse:
- Muito obrigada por todo o apoio que vocês me dão, cara – sorriu ironicamente e caiu no sofá de novo. Olhou para , pelo canto esquerdo do olho.
- Ao menos teremos alguma coisa pra fazer – falou, meio divertida. – Não será um total desperdício de tempo... – e sorriu para o garoto que agora olhava diretamente para ela.
- Bom, já que não temos um plano pronto, temos que fazer o nosso não é? - rapidamente plugou seu laptop ao aparelho de TV, que ficava em frente ao local onde todos estavam acomodados, e sentou ao lado de um Tom bastante sorridente.
- Alguém pensa... – Danny apoiou a mão no queixo. Os outros resolveram ignorar o comentário.
- Olhem só – a planta do prédio apareceu novamente em 3-D na tela grande e recomeçou –, passar pelo subterrâneo é quase impossível. Há sensores num raio de 70 km e não dá pra entrar pelo encanamento ou tubos de ar – ela olhava compenetrada para a tela.
Todos permaneceram calados; apenas Harry levantou uma sobrancelha.
- Não há outro jeito se não passar pelo elevador. Para chegar até ele, precisamos da senha de seis dígitos que muda a cada 12 horas.
- Ahn, claro – revirou os olhos.
- Depois dele... Dois guardas com metralhadoras vigiando a porta mais impenetrável do mundo, com mais senhas. Alguma pergunta? – a garota parou de olhar para a tela e fitou os presentes na sala. Todos estavam com uma cara um pouco desanimada.
- Como é que vamos entrar? – Danny perguntou, já que ninguém parecia convencido de que conseguiriam.
- Teremos de passar pelo poço do elevador. Há sensores, mas Dave já resolveu esse problema. Cortaremos a luz e nesse espaço de tempo que o “Treco” nos dará, duas pessoas descerão pelo poço até o patamar do cofre – ela parou para respirar.
- Ahn... – disse Dougie balançando a cabeça afirmativamente, como se tivesse compreendido.
- Precisamos das senhas. E é aí que alguém precisa espionar o itinerário do Sr. Lohan. Ele já ronda o prédio, não é?
encarou . A garota assentiu.
- Chega sempre às duas. Olha por tudo, procurando alguma coisa errada. Depois encontra com o gerente e ele lhe dá uma pasta. As senhas? – ela perguntou.
- Sim. Já devem estar testando o procedimento de segurança até a inauguração. Afinal... Segundo a detetive, os artefatos já estão lá dentro não? – perguntou e olhou para.
- Isso mesmo – respondeu ela.
- Uma vez que consigamos a senha do dia... Já resolvemos um grande problema. Mas... Precisaremos de dispositivos para quebrar o sistema de sensores do chão do cofre – disse e seu olhar achou Jazzie. – Precisamos de alguém que acione os dispositivos do lado de dentro também.
- Eu! – Disse Jazzie sorrindo animadamente.
- E como ela vai entrar? – Perguntou Dougie, um pouco desconfiado. respirou fundo.
- Algum de nós terá de se hospedar no cassino. E pedir para que guardem algo muito precioso no cofre. Dentro da caixa de transporte... Vai, Jazzie. – Havia certo tom animado em sua voz.
- Como isso? – perguntou Harry rindo.
- Treinaremos com a réplica não é? – Tom olhou para . Ela apenas sorriu.
- A réplica! – Danny pareceu lembrar-se. – Você encomendou as peças?
- Já – respondeu . Tom ficava cada minuto mais surpreso com as manobras criminosas da garota.
- Como Jazzie vai entrar na caixa? – perguntou .
- É para isso que temos alguém infiltrado – olhou divertidamente para .
- Tudo eu... – e Danny sorriu para ela.
- E quem é que vai se hospedar lá? Nós não podemos! – Dave disse. Obviamente que os famosos não poderiam se expor.
Todos se olharam até que suspirou.
- Vai sobrar pra mim, não é?
- Você seria ideal – James disse. – Ela sabe enrolar os outros – e piscou maroto para os amigos, apontando um dedão para a garota. Ela deu-lhe um tapa.
- Finge que é uma francesa cheia dos diamantes - disse Dave, distraidamente.
- Mas eles vão querer ver os diamantes! O que se faz? – perguntou .
- Já pensei nisso também – levantou-se e sumiu por um corredor. Voltou com uma maleta e abriu-a para que vissem cópias quase perfeitas de diamantes enormes.
- O que seria de nós sem as mulheres... – Disse Dougie, balançando a cabeça de modo poético.
- Boa. E nós? – Harry indagou. Danny sorriu.
- Show a parte – e piscou.
- Quem vai descer pelo poço? – perguntou Tom.
- Eu devo ir... Preciso tirar as fotos. Minhas provas – disse , de uma maneira um pouco monótona, dando de ombros.
Dougie olhou para ela, sorridente. Ela podia jurar que ele iria dizer algo, mas Danny completou:
- Eu posso descer com você, ! – fez uma pose sexy. – Afinal, eu sou praticamente um James Bond – e piscou para .
Harry e Tom perceberam o olhar assassino que Dougie dirigia ao garoto por trás de sua nuca.
- Achei que fosse o Fletcha aqui – disse Dave dando um tapa no amigo.
E todos riram.
Capítulo 6
Aquele era um dia especial. Bastante especial para dizer a verdade. tocou a campainha da grande casa.
- Ahá! – Disse Tom, feliz, abrindo a porta. – Harry está lá – e apontou a parte de dentro da casa com a cabeça. A garota sorriu para ele e seguiu o garoto.
Harry estava na sala, olhando e James, ambos em uma discussão bastante fervorosa sobre filmes. parou na entrada, sem conseguir interromper a discussão.
- Bourne - apontou o dedo para James. – O Michelangelo não é só uma tartaruga! – Ela falou de uma maneira meio indignada.
- Mas é claro que é! – James fez uma careta. Harry revirou os olhos. – O cara ali é o Rafael. – Ele inflou o peito. - E o Rato, claro, ele é tipo o Yoda, dude. Michelangelo é só uma tartaruga cheia de pizza – balançou a mão meio impacientemente para .
A garota dirigiu um olhar mortífero para ele. Estava pronta para argumentar, mas Harry notou a presença de , que ria abertamente, encostada na parede da entrada da sala, junto com Tom.
- ! – Ele se levantou do sofá para falar com ela.
- Feliz aniversário, Judd! – A garota o abraçou animadamente e ele falou em seu ouvido:
- Ainda bem que você chegou, cara.
sorriu para ele e lhe entregou um embrulho verde.
- Olha só, pessoal, a chegou! – Tom apontou para a garota, a fim de chamar a atenção de James e , que pelo visto, não haviam acabado com a discussão. A garota olhou sorridente para eles e foi se sentar em uma das poltronas.
Harry estava pronto para voltar ao seu lugar, quando a campainha tocou. Ele olhou para Tom.
- Nem vem – a campainha tocou de novo. Harry levantou a sobrancelha. - Eu atendi da última vez. – O ding-dong se fez ouvir outra vez. – E afinal de contas, nós sabemos que é para você mesmo – Tom sorriu, mostrando a covinha, e se dirigindo a uma poltrona perto de , ao que a campainha tocou mais uma vez.
Harry se dirigiu a passos pesados para a porta. A campainha tocava sem parar agora. Ele pegou na maçaneta.
- Mas quem é o idiota que...
- Feliz aniversário, Judd! – Um Danny bastante feliz praticamente pulou em cima do amigo assim que ele abriu a porta.
- Jones! – Harry levantou a sobrancelha. - Você está me esmagando, cara...
Quando Danny finalmente soltou o garoto, entrou logo na casa perguntando se estava. Dougie e sorriam abertamente atrás dele.
- Eu estou mais interessado no bolo... – Dougie fez uma careta. – Feliz aniversário, dude! – E deu um abraço no amigo. – Mas é sério... É de chocolate né?
rolou os olhos.
- Feliz aniversário, Harry! – E também deu um abraço nele.
- Obrigado, ! – Harry passou o braço pelo pescoço da garota. Dougie parou de sorrir. - Pelo visto a preocupação do Poynter não é só com o bolo... – O garoto falou divertidamente. sentiu as bochechas esquentarem.
Assim que fecharam a porta, a campainha tocou novamente.
- O Danny foi lá pra fora DE NOVO? – Harry perguntou para os outros dois.
- Me chamou? – Danny colocou a cabeça do lado de fora da sala para o corredor.
Harry rolou os olhos e voltou-se para a porta. Abriu-a novamente.
- Judd, fechar a porta na cara dos outros é falta de educação, sabia? – olhava sorridente para ele. – A propósito, feliz aniversário – e piscou para ele.
Só que ela decididamente não esperava aquilo. Ela não estava preparada psicologicamente para aquele abraço. Harry rapidamente passou as mãos pela sua cintura e lhe deu um beijo na bochecha.
- Obrigado – ele sussurrou em seu ouvido. A garota sentiu as bochechas esquentarem.
- Tudo isso porque você fechou a porta? – Ela disse, sorridente, quando ele a soltou. Harry colocou as mãos nos bolsos da calça.
- Sabe como é... Consciência pesada é fogo. – E sorriu para ela. dirigiu uma careta para ele e entrou na casa. Os dois ouviram uma voz um pouco desesperada...
- Cadê o bolo? – Danny perguntou vasculhando a sala com os olhos.
- Na geladeira – Tom deu de ombros, como se fosse óbvio e não notou o sorriso maligno do amigo.
- E a pizza? – Dougie se jogou no sofá.
- Dude, você não estava preocupado com o bolo? – Harry olhou para o garoto, com a sobrancelha erguida.
- O Danny já está cuidando disso – Dougie falou, meio sério. Depois sorriu. – Minhas preocupações agora são com as pizzas.
- Aposto que o Dougie vai concordar comigo! – exclamou para James, certamente argumentando que gostar de pizza não fazia a mínima diferença quando Michelangelo era a melhor Tartaruga Ninja de todos os tempos.
- Ainda nesse debate inútil? – Harry perguntou com uma sobrancelha erguida, mas James o ignorou.
- Inútil! Isso. Com ou sem Michelangelo. Não faz diferença a presença dele – James cruzou os braços.
- Mas é claro que faz! – se sentou ereta no sofá.
- Noops! – James balançou a cabeça.
- Bourne, você é...
- Eu quero PIZZAS! – Dougie se postou no meio da sala, fazendo com que todo mundo, inclusive e James, olhassem para ele. – Que foi?
- Weirdo – Harry falou, baixinho. Depois olhou ao redor da sala. – Hey, alguém sabe onde o Jones se meteu?
Todos se entreolharam.
- Ele me perguntou do bolo... – Tom fez uma cara pensativa e nem precisou continuar, porque Harry rapidamente se levantou. Todos olharam para o garoto. aproveitou e saiu sorrateiramente da sala.
- Jones! – Ele olhou em direção à cozinha. – O bolo é MEU! – E saiu andando a passos rápidos.
Enquanto isso, na cozinha...
- Ok. Este será o grande feito de hoje – declarou Dave, num tom poético. Os olhos de Danny brilharam.
- Estamos prestes a fazer algo... Que implicará suas consequências... – Disse ele, com o indicador levantado.
- O melhor crime de todos os tempos...
- Outro? – Perguntou rindo.
- Queria ver a cara do Tom se ele soubesse... – Dave esfregou as mãos de um jeito maroto.
- Ah, eu sempre quis fazer isso! – riu de novo.
- Honremos nossos heróis! – Danny fez uma voz engraçada.
- Façamos o que eles nunca puderam fazer porque sempre tinha alguém atrapalhar – reclamou Dave, estufando o peito.
- Duvido que Michelangelo nunca tenha feito isso – enfezou-se, mas logo sorriu. Danny passou um braço por seus ombros e suspirou. Virou-se para ela e riu.
- Prontos? – Perguntou ele. E o bolo de chocolate ali estava, ajeitado plenamente na geladeira à frente deles.
- Vamos logo com isso – disse Dave e os três passaram os indicadores pela cobertura do bolo e logo enfiaram as raspas do doce na boca.
Ouviram Harry reclamar de alguma coisa e fecharam a porta da geladeira rapidamente. Danny desatou a rir desesperadamente, mais berrando do que propriamente rindo.
e Dave também gargalhavam e não sabiam se da situação ou do riso de Danny.
- O que foi? – Perguntaram Harry e sua famosa sobrancelha. tentou balbuciar alguma coisa, mas cobriu o rosto e ria apoiada a pia.
- Olha só, que graça – James apoiou-se no ombro de Harry que ainda olhava os três cujas barrigas já doíam.
- Três idiotas na minha cozinha?
- Que foi que eles fizeram? – Perguntou , juntando-se aos dois.
- Devem ter visto uma mariposa verde e acharam-na bonita – Harry fez uma careta. Dave fez um barulho estranho com a boca.
- E A PIZZA? – Berrou Dougie da sala.
- Deus do céu! – James exclamou. – Vamos jogar vídeo game.
- TARTARUGAS NINJA! – Pediu Dave. Harry fez uma careta com .
- Eu sou o Michelangelo, porque ele é o melhor – declarou Danny com o indicador levantado.
ergueu os braços, feliz.
- Danny! – Riu ela e o garoto achou que ela pedia um abraço e a envolveu sem saber por quê. deu-lhe um beijo na bochecha e ele sorriu.
- Vocês não sabem nada – reclamou James, fazendo gestos com as mãos. e Danny fizeram caretas, ainda com as bochechas coladas.
- Vamos sair daqui. – Pediu Harry rindo. Puxou pela mão e levou-a para o jardim dos fundos. A grama fora coberta por uma leve camada de gelo. A lua cheia estava pomposa no céu claro e o encarou.
- Acho que eu nunca tinha vindo aqui – ela comentou, depois de uma olhada pelo lugar.
- Nunca quis deixar o estúdio para visitar meu amado lar – Harry reclamou e riu depois.
levantou a sobrancelha, numa imitação bem parecida do garoto. Harry sorriu para ela. Dentro da casa eram ouvidas varias exclamações fervorosas, a maioria relacionada ao vídeo game. Mas os dois ignoraram.
- Você nunca me convidou – ela falou, divertidamente.
- Isso não é verdade – agora Harry levantava a sobrancelha.document.write(Gabriela) sentiu o garoto se aproximar dela. – Na verdade você realmente nunca me convidou – ela sorriu para ele, sentindo as bochechas esquentarem quando ele segurou sua mão novamente.
- E como a senhorita está aqui hoje se eu não te convidei? – Harry sorriu pelo canto da boca, triunfante.
- Tom! - sorriu ao ver a sobrancelha levantada do garoto. – Tecnicamente, foi o Tom quem me chamou.
- Cara... Você é teimosa... – Harry olhou para a lua, depois para a garota sorridente a sua frente. – Ok. – Ele respirou fundo. - ... Você me daria a honra de ir à minha casa? – E sorriu.
- Bom, já que você insiste, Judd... – Ela piscou para ele.
Harry se aproximou dela, passando a mão pelo seu pescoço. Ela olhou diretamente nos olhos azuis e sorriu, antes de sentir os lábios dele tocarem os seus.
Capítulo 7
subiu o zíper do macacão cinza e se olhou no espelho. Sorriu pelo canto dos lábios ao sentir certo friozinho na barriga. Rapidamente prendeu os cabelos em um rabo-de-cavalo e saiu do quarto em que estava.
- Então... – Tom olhou diretamente para a garota assim que ela saiu do quarto. – Você vai agora?
- Não, Fletcher, ela vai tomar banho de piscina... – Harry falou, meio irônico. Tom lhe dirigiu uma careta.
- Nesse FRIO? – Danny apontou para o céu nublado lá fora.
- Aí Meu Deus... – rolou os olhos.
- Mas olha só... Tá CHOVENDO! – Danny olhou, meio preocupado para . Ela sorriu para ele, de uma maneira divertida.
- Danny... – Dougie ria abertamente. – A piscina tem água térmica... – Ele falou, entre uma risada e outra.
- Ahhh... – Danny balançou a cabeça afirmativamente. – Ok.
- Danny eles estão apenas... – tentou falar com o garoto, mas foi interrompida por James.
- ... Deixa pra lá – ele abanou a mão, sorridente.
- Assim é mais divertido... – Dave sentou-se no sofá. Tom olhou novamente para .
- Yep. – Ela sorriu para ele, como se não houvesse havido a pequena interrupção. Caminhou para a porta a caminho do London Palace. Estava vestida de técnica para reparar uma falha inventada no sistema. Com poucos “plugs” conseguiriam o controle das câmeras internas.
Tom a viu sumir debaixo do guarda-chuva.
***
No sábado, dia que se seguiu, o céu estava aberto. viu o sol pela janela e arrumou suas coisas para ir embora. Seu expediente no hotel cassino antes de sua abertura havia acabado.
Murmurou a letra de uma música enquanto soltava os cabelos.
- You can check out any time you like... But you can never leave... – Parou de cantarolar Hotel California. Botou a bolsa nos ombros e sorriu para a colega de trabalho.
- Tchau, Anne – ela disse simpática. despediu-se do mesmo jeito e caminhou para a saída.
A rua estava movimentada e, foi a garota virar a esquina do quarteirão, para dar de cara com Danny. Ele sorriu.
- Vamos. – Disse apenas, arrastando-a pelo braço.
- Pra onde? – Ela perguntou rindo. Ele não respondeu, mas sorriu de novo.
Entraram no carro dele e, em silêncio, viu o estádio se aproximar depois de alguns minutos. Pessoas com a camiseta dos times riam felizes e algumas levavam bandeiras.
Danny estacionou e seus olhos brilharam ao descer do carro e ver toda aquela gente em fila organizada. Tomou pela mão e levou-a até a entrada.
Uma vez acomodados nos lugares marcados, Danny a encarou.
- Está pronta para ver o melhor time do mundo? – riu.
- Manchester United?
E riu de novo ao que Danny mostrou-lhe uma careta. A garota berrou o grito de guerra que ouvira na fila e ergueu um braço com o punho fechado. Bolton Wanderers adentrava o campo. Danny riu ao ver a garota se empolgar com a torcida de seu time.
Camisas vermelhas do Manchester também receberam vivas e a partida começou.
Os dois levantavam-se a cada ameaça dos times. Com o tempo, quase o fim do jogo, era o empate em 1x1. O celular de Danny tocou; ele tirou do bolso.
- Yeah?
- Danny! Olha só...
- UUUUUUH – A defesa do Manchester dava ao Bolton escanteio. – Que foi, ? – Ele falou meio impaciente.
- A pegou pneumonia. – A voz de Harry era ouvida no celular agora.
- COMO É QUE É?! – olhou para o garoto, que falava bastante alto.
- É, sabe, todo esse negocio de ir para a piscina NESSE TEMPO... – Dougie falava agora.
- Ela acabou ficando doente... Praticamente uma enferma aqui... – James falava com uma voz triste.
- Então, ela merece pelo menos que todos os amigos estejam aqui no seu leito de morte e... – Dave foi interrompido.
- Jones deixa der ser TAPADO! – Tom falava pelo telefone. – Vou passar pra de novo.
- Danny... As peças pra réplica chegaram. Você precisa vir pra cá...
- O quê? Por quê?
- Você precisa vir! Agora se puder. Preciso explicar logo a próxima fase e...
- GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLL! - Urrou ele. Era a virada do Bolton Wanderers Football Club.
Danny fez sua dancinha ridícula e olhou pra que tinha os dois braços pro alto e mordia o lábio de felicidade. Ela sorriu pra ele que a beijou rapidamente e depois riu, virando-se para ir embora.
o viu sumir na multidão que gritava gol. Sentiu as bochechas queimarem quando Danny apareceu de volta e pegou-a pelo braço para que fosse junto.
***
- E a cadê? – Perguntou Danny olhando para os lados e procurando a amiga supostamente doente. Dougie não segurou o riso e o amigo o olhou com uma careta, percebendo a situação.
Danny sentou-se, puxando pela mão.
- Onde vocês dois estavam? – perguntou.
- É verdade. Estava a maior barulheira do outro lado do telefone – Dougie olhou para Danny, ainda rindo abertamente. O garoto olhou sorridente para . A garota sentiu-se ficar roxa novamente.
- Bolton – falou, simplesmente. Harry levantou a sobrancelha. Ia perguntar algo, mas foi interrompido por , que havia acabado de sair de um dos quartos.
- Até que enfim. – Ela olhou para Danny e , sorrindo. Sentou-se no sofá, do lado de Tom, e ligou a TV novamente. Dessa vez, no lugar de um mapa 3-D do cassino, o próprio estabelecimento apareceu. – Então, como todo mundo pode ver, eu consegui plugar a central de vídeos do cassino com a nossa TV.
- Foda – James olhou para e novamente para a TV. A garota continuou:
- Agora, assim que vocês entrarem lá, eu vou estar aqui, monitorando as coisas – ela sorriu. – A replica está quase pronta, e assim que isso acontecer, a Jazzie – Jazzie olhava sorridente para a TV. Dougie cruzou os braços, meio contrariado - vai começar a praticar. Se tudo ocorrer dentro dos planos, com certeza estaremos prontos para agir no Ano Novo.
Tom a olhou orgulhoso.
- Ótimo! Temos que sair – disse Harry.
- Por quê? - perguntou , depois de lhe selar os lábios.
- Olha só o novo casal – James brincou com uma voz estranha.
- Você sabe quando vai ser o casamento? – Murmurou Danny para ele, mas James o ignorou.
- Comprar nosso peru, oras – Harry, que não havia escutado as brincadeiras dos outros, deu de ombros e riu. Tinham se esquecido da véspera de Natal no dia seguinte.
- Vai passar com a gente? – perguntou Dougie para , enquanto se levantavam. Ela ponderou.
- Bem... Se não for atrapalhar... – Dougie riu e empurrou-a para a porta sem responder.
- Precisamos comprar suco de uva. – Disse Danny com um dedo levantado. A outra mão insistia em segurar a de .
- Quero toucas! – Disse Dave com os olhos brilhando. – Toucas de Noel são legais.
- E quem vai cozinhar? – Perguntou Tom.
- Acho melhor ligarmos pra um restaurante – disse James seguindo os amigos que o ignoraram e foram para seus carros. Dia de compras.
Capítulo 8
- AH! Finalmente! – Tom exclamou ao ver e Dave na porta de sua casa. Eram os primeiros a chegar para a noite de Natal e carregavam presentes nos braços.
- Feliz Natal, Tom! – sorriu e deu-lhe um beijo estalado na bochecha.
- Fala Fletcher boy. Não sabia o que comprar pra você, mas trouxe meias. Você sabe... Esse frio... – Dave deixou os presentes embaixo da árvore e depois ajeitou a toca vermelha na cabeça.
- Feliz Natal! – apareceu da cozinha. Estava ajudando o primo com as comidas, já que ninguém aparecera para ajudar. Os dois a cumprimentaram sorrindo também. A porta da sala abriu-se de novo.
- FELIZ NATAL! – Berrou Danny com os braços abertos e as mãos fechadas em duas garrafas de vinho. riu e Harry apareceu logo atrás dele carregando presentes. - TOM! – Berrou Danny e o abraçou. Adorava o Natal.
Quando se separou do amigo, Dave jogou uma toca de Noel para ele. Colocou-a na cabeça, não sem antes uma dancinha ridícula.
- Não vamos abrir agora, certo? – perguntou, ajudando Harry a ajeitar as caixas e pacotes embrulhados com fita.
- Vamos esperar o resto daqueles esfomeados. Não deixe o Doug chegar perto do peru! – Disse Dave, num tom mais alto pra , que havia voltado para a cozinha.
- O que tem eu? – Disse o próprio Dougie, adentrando a sala ao lado de Jazzie.
- Feliz Natal cara. – Danny deu-lhe um tapinha no ombro, cumprimentou a irmã do amigo e foi levar os vinhos para a cozinha.
- Quem falta chegar? – Jazzie perguntou, pendurando o casaco perto da porta.
- e James. – Disse .
- E a . – Lembrou Harry. Tom o olhou e sorriu antes de ligar o som com músicas natalinas.
- Eita que o cheiro tá bom! – Disse Dougie, largando-se no sofá. Dave correu para a porta da cozinha num desespero fingido.
- ! FOGE COM ELE! – E a garota riu com a cara do amigo. Danny se aproximava da mesa grande com um saca-rolha.
- Por que sempre se come peru no Natal? – Perguntou ela. Danny a olhou riu.
- FELIZ NATAL ! – Berrou ele lhe selou os lábios antes de ir pra sala.
- Mas por quê? – Ela repetiu. Não sabia se era para a tradição do peru ou para Danny.
O garoto serviu vinho para os amigos. James e chegaram quase juntos e foi recebida por um Dougie sorridente.
- Seja bem-vinda à nossa ceia – disse ele, estufando o peito.
não conseguiu deixar de sorrir. Sentiu as bochechas esquentarem, ao passar perto do garoto para entrar na sala.
- Hey! Vocês dois aí na porta... Vão comer ou não? – Harry olhava com a sobrancelha erguida para os dois.
- Dude... Fica calado – James sussurrou, com um sorriso maroto. – Chamar o Poynter para comer é extremamente perigoso.
- Ele tem razão – Dave apontou Dougie com a cabeça. – Não vai sobrar nada para nós. Vamos simplesmente morrer de fome.
Dougie fez uma careta para o amigo e sentou-se do lado de na mesa. pôde notar que Danny estava com os olhos brilhando.
- Danny? – Ele a olhou nos olhos, sorridente. – Pode cortar o peru – ela não conseguiu deixar de sorrir. Sentiu a temperatura esquentar rapidamente quando o garoto lhe deu um beijo na bochecha.
- O Jones é uma criança cara – Harry não conseguiu deixar de olhar para , que estava sentada na sua frente.
- Danny tem a idade mental de cinco anos. – Tom sorriu, fazendo com que uma covinha aparecesse.
Danny apenas fez uma careta meio indiferente e continuou a cortar o Peru animadamente.
- Meu trabalho aqui está feito. – Ele estufou o peito e sentou-se aparentemente bastante orgulhoso por ter cortado todo o Peru.
- O nosso só está começando, meu caro Jones – Dougie friccionou as mãos novamente, sorrindo.
Dougie comeu como nunca, assim como todos os presentes felizes. Depois de conversas inúteis, a sobremesa e a louça, que ficou para e Jazzie, eles se sentaram na sala para abrir os presentes.
- Ok. Alguém quer começar? – Perguntou James.
- Isso não é amigo secreto – disse Tom, rindo. James mostrou-lhe a língua.
- Só... Distribuímos assim ué – disse Jazzie que foi para a árvore e pegou os seus presentes e deu-os para o irmão e os amigos.
- Obrigada, Jazzie. – Disse , sorrindo. Dougie foi para perto dela com uma caixa azul-marinho e uma fita prata.
- Feliz Natal. – Ele disse rindo e abriu o embrulho para achar um lagarto de pelúcia. Ela o olhou contente e beijou-o na bochecha agradecendo. Pegou um pacote com uma fita verde para que ele abrisse.
- AH! O DVD de Onze Homens e um Segredo! – Os olhos dele brilharam. Abraçou-a. – Obrigado.
Danny olhava tudo sorrindo e depois foi pegar uma caixa vermelha embaixo da árvore. Antes que pudesse entregar um presente, lhe jogou uma lembrança. Todos os garotos receberam o mesmo embrulho.
Tom abriu o seu e eram boxers. Ele estendeu a peça de roupa e todos os rapazes ficaram igualmente confusos com o presente.
- Vocês já têm tudo – ela deu de ombros rindo. – Achei que fossem gostar.
- Você acha mesmo que não temos e não usamos boxers? – Perguntou James. riu mais e não respondeu. Danny botou as boxers quadriculadas de lado e voltou a atenção à caixa que havia pegado.
Caminhou até e sorriu. Ela sorriu de volta e desfez o laço da fita branca. Tirou de dentro a coleção de Sherlock Holmes, os três volumes novinhos. Danny deu de ombros.
- Não sabia se você ia gostar, mas... Tom me disse que você gosta de ler. – Ela sorriu radiante.
- Espere um pouco – e foi até a árvore buscar o que comprara para ele. Danny abriu a caixa verde escura e dentro havia a camisa de seu time.
- AUTOGRAFADA? – Gritou ele, vendo as assinaturas do goleiro e de um atacante. Antes que pudesse perguntar se ele já tinha algo parecido, Danny a abraçou e, ainda envolvendo-a, remexeu-se no ritmo da música de Natal. riu.
James deu um pacotinho para .
- Um CD do Son of Dork? – Perguntou ela com a sobrancelha erguida. – O ego das pessoas me assusta.
- Sabia que você ia adorar. – Riu ele, abrindo a lembrança de Jazzie.
- Abre, Tom! – Disse para ele, que sorriu. Desembrulhou um aparelho pouco maior que sua mão. – Com ele você pode entrar na internet, fotografar, telefonar... Tem até GPS.
- Wow! – Ele exclamou contente. Devia ter esperado algo altamente tecnológico da parte dela. Tom estendeu-lhe o que havia comprado e, tirando a fita, achou uma blusa preta muito bonita junto de uma pulseira prata.
- Nossa Tom! – Ela ia dizer que ele não precisava ter se importado tanto, mas ficou um pouco perdida na covinha que apareceu no rosto dele.
riu de Dave que havia lhe dado um Papai Noel dançante que segurava uma lupa. Harry riu junto e tirou sarro do amigo, enquanto desembrulhava as meias que ganhara.
- Comprei isto pra você também. – chegou perto dele, meio sem jeito.
- O que é agora? Um roupão? – Harry riu e a namorada mordeu o lábio sem graça. Ele abriu a caixinha e puxou dela um relógio muito bonito.
- Outch! – Exclamou Harry, admirando o presente. Pegou ao lado uma caixa prateada e deu a ela. abriu e viu que ele havia comprado um colar muito bonito. – Espero que goste.
- Obrigada Harry! – E o abraçou. Ele a beijou de leve e depois sorriu.
Estavam todos muito felizes com os presentes e agora conversavam animadamente.
- Feliz Natal Zukie! – Desejou Jazzie, que carregava o lagarto do irmão.
- Você não comprou nada pra ele né? Sua ingrata. – Dougie mostrou-lhe a língua. – Ele faz parte da família.
- E da nossa máfia também. – Riu James, que estava sentado perto deles. O Poynter mais velho ignorou os dois.
- Danny! – Gritou Dougie. – Você tem que deixar logo os biscoitos na mesa e ir dormir! Se não o Papai Noel não vem!
Danny fez uma careta e enfiou a cabeça no ombro de , quem ainda abraçava.
- Meu Deus! – disse com uma mão na cabeça. – Droga!
- Calma o Papai Noel vai vir. – Disse Dougie, agora preocupado.
- Não... – Ela riu, mas depois franziu a testa. – Esqueci alguns papéis importantes no escritório. Droga.
E saiu procurando a bolsa pelo meio dos embrulhos.
- Você precisa ir agora? – Perguntou Dougie, ajudando-a.
- Sim... É importante. Desculpe, eu já volto! – Ela avisou num tom mais alto para todos.
- Vou com você. – Dougie pegou seu casaco e os dois saíram pela porta.
***
- Pronto! – carregava uma pequena pilha de papeis debaixo dos braços. – Estão todos aqui. – E olhou sorridente para Dougie. O garoto estivera observando a garota enquanto ela procurava pelos documentos. Engraçado, não conseguia deixar de olhá-la.
- Mas já?! – Ele tinha um tom irônico na voz. Afinal tinha que disfarçar a quase hipnose dele por ela. – Realmente , você foi muito rápida. – E sorriu marotamente para ela.
A garota estirou a língua, meio sorridente.
- Foi você que quis vir, não foi? – E saiu do escritório, junto com o garoto. – Pois então, não pode reclamar.
- É, mas se eu soubesse que ia demorar tanto... – Ela levantou a sobrancelha. – Só estou brincando ... – Ele a olhou diretamente com aqueles olhos azuis e sorriu.
rolou os olhos. Eles saíram para a fria e movimentada rua.
- Então... Vamos voltar para a... – A garota olhou para Dougie, depois para trás. – Dougie... Onde nós estamos indo?
Ele sorriu para ela e pegou em sua mão. sentiu suas bochechas esquentarem.
- Para a casa do Fletcher, oras.
- A casa do Tom é pelo outro lado... – apontou para trás. Depois olhou para ele. – Poynter... Você está sequestrando uma detetive?
Dougie riu. Sua mão continuava entrelaçada na dela.
- Se você chama isso de sequestro... – Ele arrepiou a parte de trás dos cabelos. – E tecnicamente nós vamos para a casa do Fletcher.
- Ah, é?
- Yep. Só vamos dar uma passadinha em um lugar antes.
Ele guiou a garota pelas ruas abarrotadas de pessoas, a maioria carregando grandes sacolas de compras, até chegarem a uma parte mais afastada da cidade.
olhava agora para um grande parque. No verão ele provavelmente atingia vários tons de verde. Mas agora era como se tivesse sido pintado de branco. Cada árvore, cada pedacinho, estava coberto por uma branca camada de neve. Algumas das arvores haviam sido enfeitadas com luzinhas douradas o que dava ao lugar uma aparência ainda mais bonita.
Ela olhou para o garoto ao seu lado e percebeu que ele ainda segurava a sua mão. Olhava agora diretamente para ela. não conseguiu olhá-lo nos olhos por muito tempo, então voltou sua atenção para o parque.
- Obrigada por ter me sequestrado Dougie. – Ela falou, em um tom baixinho, mas de uma maneira divertida.
- Que é isso, não foi nada. – Ele também olhou para o parque. – Meus serviços de sequestrador estão à disposição. – E piscou para ela. – Agora vamos.
se viu sendo guiada pelo garoto mais uma vez.
- Vamos? – Ela olhou para ele, enquanto passavam por um grupo de crianças brincando animadamente na neve. – Vamos onde?
Dougie não respondeu. Apenas sorriu. Eles continuaram andando pelo parque, até chegarem ao que parecia ser a parte central do local. Nela, se encontrava um grande lago congelado, rodeado pelas mesmas árvores com luzinhas natalinas.
- Eu queria ter levado você ao zoológico - ele sorriu. – Mas estava fechado no feriado. Então, te trouxe aqui – sentiu suas bochechas esquentarem novamente. – Feliz Natal, – Ele segurou o gentilmente o queixo da garota, a olhando nos olhos.
- Feliz Natal, Dougie. – Foi tudo o que a garota conseguiu dizer antes de sentir o gostinho de menta que ele tinha.
Quando se separaram, ela disse:
- Eu adoraria ir ao zoológico com você Poynter. – E piscou para ele.
Dougie passou a mão pela sua cintura.
- Talvez eu sequestre a detetive novamente. – E sorriu marotamente, antes de beijá-la de novo.
Capítulo 9 – O Roubo, parte I
olhava atentamente para as telas dispostas a sua frente, fazendo algumas anotações de vez em quando em seu caderno. A sala estava praticamente vazia, já que todos estavam se arrumando para os acontecimentos que viriam logo a seguir. Bom, exceto por uma covinha um pouco nervosa, sentada no sofá a certa distancia.
Tom olhou para a garota, depois para o copo de chocolate quente que tinha nas mãos. Respirou fundo e se levantou do sofá. A garota ouviu o barulho e virou a cadeira na direção dele.
- Tom! – Ela olhou sorridente para ele. Tom continuava a segurar o copo e de vez em quando olhava para os all stars, mas mesmo assim, sorriu animadamente para ela.
- Trouxe seu chocolate quente – ele se aproximou. Ela olhou para ele, meio indagativa.
- Como você sabia que...
- Ah! Você mencionou algo relacionado a “ser movida” a chocolate... Então... Eu presumi. – Ele deu de ombros, ainda sorrindo, fazendo a covinha aparecer novamente.
tinha certeza de que estava completamente vermelha no exato momento. O garoto colocou o copo na mesa e sentou ao lado dela. Ela continuou a olhar para ele.
- Obrigada Tom – esboçou um sorriso.
- Tudo certo? – Ele apontou rapidamente para as telas.
- Por enquanto sim. – E os dois encararam a figura elegante que sorria no saguão luxuoso. Sr. Lohan estava muito bonito aquela noite.
- TOM! – Chamou Harry lá de fora.
- Não é uma boa hora para discursos sobre moral, é? – Ele perguntou e riu.
- Vai logo Tom. Seja meu rapaz mafioso. – riu, mas parou ao que Tom encarou-a. Não pôde pensar muito quando ele inclinou-se e lhe selou os lábios para um beijo terno.
- FLETCHER! – A voz de Harry do corredor. Tom e se separam num pulo e o garoto levantou-se ao que Harry chegou à porta da sala. Judd mostrou um sorriso discreto, mas que logo sumiu. – Já estamos atrasados.
Tom caminhou até o amigo. levantou-se.
- Onde está o Danny? – Ela perguntou, sentindo as bochechas ficarem de um púrpura nunca antes visto. Harry fechou os olhos e apoiou-se no batente com uma mão.
- Ah merda.
Os dois saíram correndo a procura de Jones, enquanto berrava um “Boa Sorte” tímido.
***
Arrumou o smoking e checou o relógio caribenho. À sua volta, o glamour que, segundo o proprietário do London Palace, faltava à cidade da neblina.
Danny Jones estava em seus mais elegantes trajes de gala e sorriu antes de caminhar pelo salão de entrada. Um gerente o cumprimentou com a cabeça e ele lhe acenou brevemente. Mais à frente, caça-níqueis e mesas para pôquer e 21; já havia apostadores em seus lugares com seus charutos e doses de uísque.
Mas Danny não tinha tempo para tentar ganhar alguma coisa. Sorriu novamente enquanto caminhava até perto de uma porta escondida. Estava prestes a adentrar a área do “Pessoal Autorizado” quando a maçaneta girou antes que o próprio o fizesse.
deu um pulo ao ver o garoto que quase ria.
- DANNY! O que você está fazendo aqui? – Ela berrou, mas depois baixou o tom, para não chamar atenção. estava vestida toda de preto; fora promovida, ela achava, porque serviria os convivas naquela noite. – Deus do céu.
puxou-o para os corredores dos funcionários.
- Oi ! – Ele riu enquanto a garota fechava a porta atrás deles.
- O plano! DANNY! Você não devia estar aqui.
- Não? – Ele fez beicinho. corou.
- Achei que você desceria pelo poço!
- E vou – Ele levantou seu famoso dedo sorrindo. Aproximou-se dela e afastou uma mecha de cabelo de seu rosto. o encarou sem entender antes que Danny a beijasse. Encostou-a na parede de leve e evolveu-a pela cintura.
Danny sorriu ao apartar o amasso. Riu para ela para depois voltar para a porta e sumir no meio dos convidados bem vestidos.
Ele caminhou mais uma vez pelo salão; uma banda tocava jazz e outras músicas. Jones sorriu ao ver Lindsay Lohan num vestido verde apontar para ele. Os dois seguranças ao lado da ruiva não tardaram a caminhar em sua direção. Danny alargou o sorriso.
***
Ela tamborilou os dedos na mesa, meio nervosamente, embora tentasse mostrar em seu rosto uma expressão de pura calma. Olhou em volta, como que à procura de algo. Depois colocou levemente um dos dedos sobre a orelha.
- ? – Ela sussurrou. Rapidamente a resposta veio.
- Calma ... – A voz da garota saiu perfeita. – Ele deve estar passando por aí a qualquer momento...
- Certo. – A garota respirou fundo.
Levantou-se da mesa e olhou em volta novamente à procura de alguém que parecesse suspeito.
- Alvo principal chegando. – falou em seu ouvido.
A garota olhou em volta. Não o estava vendo.
- ... Onde? – Ela falou, com um tom urgente na voz.
– Atrás de você , atrás de você – falou rapidamente.
Tudo aconteceu em questão de segundos. Nem se eles tivessem planejado, o esquema sairia do jeito que saiu. Assim que ouviu a voz de novamente, se virou, batendo de frente com o gerente bem arrumado, fazendo com que o Martini que ele tinha nas mãos caísse em cheio no seu terno.
Ele a olhou, mostrando diretamente a sua insatisfação, mas antes que falasse qualquer coisa, a garota se adiantou:
- Me desculpe! – Ela observou ele tirar o terno e o colocar em uma cadeira perto. – Eu realmente não vi o senhor...
- Está no terno ! – A voz de foi ouvida por ela novamente.
Ele tentou falar, mas a garota continuou se aproximando cada vez mais do terno.
- Me desculpe mesmo! – Ela colocou as mãos em cima da cadeira. – Se o senhor quiser, eu mesma pago uma lavagem no seu terno – e em um movimento rápido, apanhou a peça de roupa, procurando rapidamente nos bolsos internos. – Olha só a mancha que ficou!
O gerente fez menção de apanhar o terno das mãos dela, mas a garota rapidamente se desvencilhou. Só mais alguns segundinhos...
- E dizem que manchas assim são realmente difíceis de sair... – Só mais um pouquinho... Pronto! Sua mão se fechou dentro do bolso.
- Garota, quer fazer o favor de me dar o terno? – O gerente tinha um claro tom de insatisfação na voz.
olhou do terno para ele. Já havia tirado sua mão de dentro do bolso.
- Ah, claro – ela lhe entregou a roupa. – E me desculpe.
Ele fez que sim com a cabeça. Mas desapareceu rapidamente depois disso.
Ela sorriu marotamente.
- Pronto, . – Ela ouviu um sonoro “Yeah!” da garota. – Agora... O elevador. – E friccionou as mãos, sem perceber no que estava fazendo. Depois, olhou para si mesma.
- Weirdo – sussurrou, balançando a cabeça enquanto andava até uma porta em que se lia: Área Restrita.
Olhou em volta. Ninguém parecia está prestando atenção nela. sussurrou mais uma vez em seu ouvido:
- O caminho tá limpo, .
Ela olhou mais uma vez em volta, e entrou. Seguiu em frente e virou em alguns corredores, apenas o barulho do seu salto batendo no chão era ouvido. Andou mais um pouco e se deparou com as portas de metal.
- É agora cara. – Respirou fundo, apertou o botãozinho e entrou no elevador assim que ele abriu. Mas sentia que estava esquecendo algo.
- ? – Ela perguntou, enquanto as portas se fechavam. – Cadê o Danny?
- É o que nós estamos tentando saber. – A voz dela saiu meio irônica. bateu na testa. Isso ia ser ótimo...
***
trajava um vestido azul de seda fina e fingiu-se impaciente. Estava sentada numa das mesas do restaurante e solicitara ao garçom que chamasse o Sr. Lohan. Não esperava que pudesse ser fácil assim, mas concluiu que seu sotaque francês havia convencido.
Virou uns goles de vinho.
- Senhorita... – Ela ouviu a voz atrás de si. levantou-se e virou para encarar Johnatan Lohan em pessoa.
- Arrrnulfi. Marrie Arrrnulfi, monsieur – ela carregou no francês e fez pose. O proprietário beijou-lhe a mão de modo cavalheiro.
- Em que posso ajudá-la, demoisélle Arnulfi?
- Gostarria de falarrr em parrticular, monsieur – pediu e sorriu levemente. O Sr. Lohan estava sem tempo para frescuras, mas assentiu com a cabeça e indicou para que fossem até um lugar mais reservado.
Uma vez lá, ele uniu as mãos à frente do corpo.
- Então?
- Monsieur, tenho algo muito prrrecioso em meu quarrrto. É valioso parrra mim – Lohan esperou. – Valioso demais parrra deixarrr no cofrre de meu aposento.
- Acredito que os cofres instalados nos quartos são muitos seguros, demoisélle.
- Mas eu não – ergueu o queixo.
- Eu lhe garanto, senhorita, que seus pertences ficarão seguros lá – Miserable, pensou ela.
- É uma rrrelíquia de minha família há muitos anos, monsieur. Achei que comprrenderria.
Sr. Lohan pareceu considerar. Alguém com tantas relíquias em seu cofre certamente compreendia.
- Logo em nossa inauguração... Bem. Nunca fizemos isto antes, mas posso lhe oferecer o cofre do cassino.
- E é segurro? – Ela perguntou.
- Impenetrável, demoisélle. – Lohan sorriu.
- Sou grrrata, monsieur Lohhhhan. – sorriu também.
Ela seguiu o homem e seu gerente pelo salão enorme e cheio de gente e por corredores de acesso restrito. Os diamantes falsificados de seriam postos à prova. Sorriu de canto e pigarreou para puxar uma conversa com o gerente.
Capítulo 10 – O Roubo, parte II
Há alguns metros de distância do movimentado Cassino, uma pessoa entrava sorrateiramente por um dos bueiros. Bom, não exatamente sorrateiramente.
- Droga! – Dave esfregou a parte de cima da cabeça. – Porque essa porcaria de Treco tinha que ser tão grande? – Ele abriu a tampa que o levaria para baixo do cassino. – Quer fazer o favor de tirar esse corpo morto daí, dude?! - Olhou para a pessoa encostada na vã em que eles trouxeram o aparelho.
James sorria abertamente.
- Eu pensei que você dava conta do negócio. – Ele continuou de braços cruzados, mas se dirigiu em direção ao garoto de cabelos loiros. – Pra que eu preciso da ajuda do Gambá aí? – Ele imitou Dave. – Pois bem... Quem é que precisa da ajuda do Gambá agora hein? – E apontou para si mesmo.
Dave o olhou com um brilho assassino nos olhos.
- Cala a boca dude. – Ele falou meio emburrado. Ainda com a cabeça latejando por ter batido a cabeça na porta do carro.
- Vocês não seriam nada sem o Gambá aqui. – James sorriu novamente e se abaixou para ajudar. Juntos, os dois desceram com o Treco e o carregaram até ele ficar embaixo do cassino.
James olhou em volta.
- Cheiroso aqui não? – E sorriu.
- Realmente... – Dave plugou alguns botões, no que a maquina acendeu. – Nós ficamos com a parte mais emocionante de todo esse roubo. – Ele falou, numa voz extremamente alegre. – Agora...
- . – James apontou o indicador para o amigo.
- Terminaram? – A voz da garota se fez ouvir pelo walkie-talkie que James tinha em mãos.
- Yep. – Os dois falaram, em uníssono.
- Ótimo! Agora, daqui a pouco eu falo com vocês de novo.
James e Dave se entreolharam, meio exasperados.
- Como é que é? – Dave levantou a sobrancelha.
- Nós não vamos sair daqui agora? – James olhava para o aparelho que tinha nas mãos.
- Humm... – pareceu pensar bem nas palavras. – Nós ainda não encontramos o Danny... E só podemos desligar a fonte de energia do cassino quando a Jazzie entrar no cofre. Sinto dizer que isso não aconteceu ainda garotos.
- Quer dizer então que nós fazemos nosso trabalho direito e de uma maneira honesta, enquanto que eles pouco se importam com o que estão fazendo, e nós é que pagamos o pato? – James falou, de uma maneira indignada. Depois sorriu.
- O gambá aqui tem razão – Dave levou um pedala do amigo. – Ouch! Seu idiota!
- Garotos... Será que eu posso continuar? – Os dois olharam para o walkie-talkie. – Ok. Então, assim que a Jazzie entrar no cofre e nós acharmos o Danny, eu falo com vocês certo?
- Ok. – James falou. – Mas pelo amor da rainha, , vê se não demora.
- Pelo amor do bom ar, isso sim. – Dave coçou o nariz com a palma da mão.
***
Jazzie estalava os dedos nervosamente enquanto andava em direção ao local combinado, nos fundos do Cassino. Era um beco vazio e com algumas latas de lixo cheias demais. Assim que ela colocou os pés no local a porta que ficava à esquerda se abriu. rapidamente avistou a garota.
- Vamos? – Ela indicou com a cabeça a porta. Jazzie sorriu e balançou a cabeça afirmativamente.
Entraram pela porta e um corredor longo e bem iluminado entrou em seu campo de visão. As duas andaram a passos rápidos até outra porta, no fim do corredor. olhou em volta. Estavam sozinhas. Com um click ela abriu a porta.
Dentro da sala, havia apenas um compartimento de tamanho médio.
- Certo – Jazzie olhou para o objeto. – Acho que é hora de entrar em ação. – E friccionou as duas mãos, exatamente igual ao irmão. sorriu para ela.
- Lembra-se de tudo? – Ela perguntou à garota, enquanto abria o compartimento.
- Yep. – Jazzie a ajudou a levantar a tampa. – Vou entrar, esperar que me levem até o cofre e, por dentro, vou desativar os sensores do chão.
sorriu para a garota.
- Isso.
Ajudou-a a entrar, o que não foi muito difícil, porque Jazzie parecia caber perfeitamente ali dentro.
- Jazzie? – A garota levantou a cabeça para ela. – Não se esqueça dos alarmes ok? – Ela olhou meio preocupada com a garota.
- O Dougie te pediu pra dizer isso? – Jazzie sorriu para . - Não se preocupe. Eu não vou esquecer. – E piscou para ela. – Agora...
- Certo. – olhou para o relógio e depois para a garota. - Boa sorte Jazzie.
- Yeah dude! – Jazzie sorriu.
A entrada do compartimento foi fechada e segundos depois a porta da sala foi aberta e dois homens altos, vestindo impecáveis ternos pretos entraram.
- O que você pensa que está fazendo moça? – Um dos homens olhava diretamente para ela, o outro encarava o compartimento logo atrás.
olhou para os dois.
- Nossa! – Ela colocou a mão na testa. – Que coisa. Aqui não é o armário de vassouras! – E olhou para os dois novamente. – Bom, acho melhor voltar a procurar, não? – Eles a olharam meio desconfiados. – Boa noite rapazes – e sorriu para os dois, saindo rapidamente da sala.
Andou mais alguns metros até chegar à entrada principal dos funcionários.
- ? – Ela colocou delicadamente o dedo no ouvido.
- Ela está indo direto para o cofre , não se preocupe. – A voz da garota saiu calma do outro lado.
suspirou, aliviada.
***
- AH. SÓ DEPOIS! ERA SÓ DEPOIS! – Berrou Danny para o brutamonte que contratara, após um soco nas fuças. Ele blasfemou mais algumas vezes.
- Desculpe – pediu o homem.
- Tudo bem. Como está Mary?
- Bem. Grávida de novo.
- Ahn – Danny sorriu. Os seguranças o estavam mantendo naquela saleta sem câmeras. Joseph, a sua frente, fingia ser mandado por Lohan para que apanhasse. – Então... Eu já volto – Jones sorriu de novo.
Arregaçou as mangas e subiu numa mesa para abrir um alçapão no teto da sala. Ele ouviu Joseph arremessar cadeiras e fingir que batia em Danny, imitando gemidos de dor.
Riu sozinho.
***
digitou as senhas que capturara do gerente e a porta maciça do elevador se abriu. Ela sorriu e verificou o corredor antes de entrar.
Apertou o primeiro botão que viu e tirou os sapatos de salto. Com pulo, conseguiu empurrar um compartimento do teto do elevador. Perguntou-se como se içaria até em cima quando Danny estendeu-lhe a mão sorrindo.
- DANNY?
- Alô, detetive. Eu te ajudo – Ele segurou seu pulso e puxou-a para o poço.
- Onde você se meteu? – Ela perguntou enquanto ele lhe estendia equipamentos. Ele riu. – ? Achei o Danny.
- ONDE ELE SE METEU? – A outra berrou no ouvido de . Sem esperar resposta, continuou. – Não importa. Preparem-se.
Danny assentiu com a cabeça e sorriu.
***
estremeceu ao que o gerente e o Sr. Lohan vasculharam os diamantes falsos. Ela mordeu o lábio e esperou.
- Muito bem, senhorita – Johnatan Lohan sorriu. – Leve-os – pediu ele para dois seguranças e entregou a maleta com as pedras. Outros dois iam buscar a caixa prata de transporte.
- Merci, monsieur. Sou muito grrrata porr tudo... – tossiu fortemente. Os dedos tremeram e ela os tirou de cima da mesa.
- Olhe – pediu Lohan. encarou as telas de segurança enquanto acompanhava dois seguranças empurrando a caixa prateada com a maleta preta sobre ela.
- Oh. Mon Dieu – tremeu de novo e sentiu-se nervosa. Pôs a mão na cabeça. Lohan a olhou tatear a procura de apoio.
- A senhorita está bem?
- Oh. Acho que sim, monsieur. – E voltou a olhar o caminho que seus diamantes faziam até o cofre.
- Quase lá – disse em seu ouvido. esperava que sim.
***
- Por isso que eu disse que nunca se pode dizer “nunca”. É uma palavra muito forte. Nunca se sabe – Dave deu de ombros com a própria teoria.
- Mas você sabe... As coisas na vida nunca são como a gente espera – James refletiu, com uma mão no queixo.
- Nunca – Dave concordou, parecendo ter esquecido o que dissera há poucos segundos. – É sempre assim.
- Crianças? Tá na hora – Disse pelo walkie-talkie.
- YEAH – Comemorou Dave, desencostando do Treco. Ambos se afastaram, James sorriu e preparou-se enquanto o amigo pegava o controle para ativar o dispositivo.
- Prontos?
- Yep – James respondeu para . Os dois se entreolharam brevemente e Dave apertou o botão. Uma explosão leve se seguiu, chamuscando as paredes e o chão. Londres inteira estava no breu.
Capítulo 11 – O Roubo, parte III
Desceram rapidamente pelo vão do elevador. Assim que chegaram a meio metro do chão, presos por fios de aço que estavam por sua vez presos ao elevador, tudo ficou escuro.
- Hey Jude...
- Danny? – olhou para os lados, mas seus olhos ainda não haviam se acostumado com a escuridão. Ouviu apenas a risada do garoto, praticamente ao seu lado. – Está pronto?
- Yeah!
Juntos e praticamente ao mesmo tempo, os dois se desvencilharam dos fios e colocaram os pés no chão. Havia pouco tempo para sair dali, logo a energia voltaria, junto com os alarmes infravermelhos. Se entreolharam na escuridão e Danny abriu um pouco as portas do andar que em estavam localizados.
jogou dois dispositivos de fumaça para o corredor. Voltaram a fechar a fresta e escutaram o baque dos dois guardas com metralhadoras no chão.
Danny abriu as portas novamente e uma claridade quase que ofuscante invadiu seus olhos. Pelo visto ali havia, pelo menos, um gerador para a iluminação. Esse corredor era todo de mármore, e diferentemente dos outros, dava direto nas altas e largas portas de aço do cofre.
- Don't make it bad...– Danny cantava alegremente enquanto dava uma olhada pelo corredor.
Os dois seguiram em frente até o pequeno computador que estava localizado do lado das portas de aço e se entreolharam.
- Ele funciona junto com o gerador – a voz de soou em seus ouvidos.
- Ahn... – Danny olhou mais uma vez para o computador.
- OK. – respirou fundo. Tirou um papelzinho dobrado que estava preso na sandália prateada e o desdobrou. Nele, estavam escritas as senhas. Aquilo tinha que ser feito rapidamente, antes que a energia voltasse e os alarmes disparassem.
Antes de digitar os números, apanharam os aparelhos que desativariam os sensores do chão do cofre. Jazzie faria o mesmo pelo lado de dentro.
A tensão podia ser visivelmente sentida... Exceto por um detalhe...
- Take a sad song and make it better!!! – Danny sorriu.
Aquele, com toda a certeza, não era um roubo comum.
***
Os joelhos quase cederam e ela praguejou novamente em francês. O gerente a amparou. Na tela, à sua frente, sobre a caixa onde dentro estava Jazzie, a maleta impedia sua saída.
- Demoisélle? – Chamou o Sr. Lohan num tom preocupado. mal ouviu e despencou. O gerente a pousou no chão.
- RÁPIDO! UM MÉDICO! – Berrou ele, assim como o Sr. Lohan. Um dos homens que controlava as câmeras desviou sua atenção do cofre e apanhou um telefone, discando para a emergência. Pediram um médico e ele nada demorou a chegar ao London Palace à surdina.
estava deitada no mármore negro quando o indivíduo com bigode se aproximou com pressa; atrás dele vinham enfermeiros com uma maca. O doutor pressionou o peito de a fim de que reanimasse seu coração enfartado.
- Sinto muito. Nós a perdemos – disse Dougie, contendo o sorriso que teimava em aparecer. Enxugou o suor da testa e remexeu o bigode colado. Seus enfermeiros, Tom e Harry, ajudaram-no a colocar na maca e cobri-la com um pano branco.
Dougie cumprimentou o Sr. Lohan e saiu pelos fundos do mesmo jeito que havia entrado.
***
Algumas luzes piscaram com a queda de energia, mas o local logo se estabilizou novamente.
Com alguma dificuldade e com muito cuidado, ela abriu uma frestinha pela pesada parte de cima do pequeno compartimento em que se encontrava. Olhou em volta. A caixa forte era toda de aço e imperceptíveis pontos vermelhos brilhavam no chão. Pontos infravermelhos.
Em um movimento rápido ela conseguiu sair do compartimento em que estava, segurando a pesada maleta em sua mão, e pular para outro, que estava do lado. Respirou fundo.
- Ok. – Olhou para a porta prateada a uns dois metros de distancia sua frente, fechada. Ao seu lado uma pequena tela brilhava. – Eu consigo cara. – Respirou fundo novamente, estalando os dedos. – ?
- Tudo bem por aí Jazzie? – A voz da garota saiu rapidamente em seus ouvidos.
- Tudo ok. – Jazzie olhou mais uma vez para a porta. – Tudo pronto? – A garota sentiu um friozinho na barriga.
- Yep. – parou por alguns instantes. – Tudo pronto.
- Certo. – Jazzie olhou em volta, analisando o lugar. Era exatamente do jeito da copia com que praticara.
Do lado da porta e rodeando toda a sala, um alto armário de aço se encontrava. Ele não alcançava o teto, mas chegar a sua parte superior era extremamente difícil. Jazzie o focalizou.
– Isso vai ser fácil... – E deu um sorriso irônico.
Em um movimento rápido ela pulou. Suas mãos alcançaram a borda do frio aço e a garota conseguiu se erguer, ficando em cima do armário. Foi até a borda, ficando a centímetros da pequena tela. Espichou-se, digitando números na tela. Depois, tirou do bolso de sua calça um pequeno objeto preto e circular e o plugou do lado da tela.
Assim que ele se fixou na parede, uma luzinha vermelha começou a piscar.
Jazzie sorriu alegremente.
- Meu trabalho aqui está acabado . – Ela falou, divertidamente. – Eles têm 5 minutos para ativar as senhas do outro lado.
- Yeah! – riu em seu ouvido. – Ok, Poynter. Vou falar com os dois.
- Jazzie? – Não era mais a voz de que saia em seu ouvido.
- Hum?
- Você arrasou dude!
Jazzie sorriu.
- Obrigada James. – E desligou o aparelhinho em seu ouvido.
***
apertou poucos botões e os homens que vigiavam as câmeras do London Palace, aturdidos com a “morte” de , não viram que ela substituíra a câmera do cofre por uma gravação.
Nela, duas pessoas encapuzadas roubavam suas relíquias preciosas.
- Sua vez, Tom. – Disse ela ao garoto. Ele sorriu ao ouvir a voz de pelo comunicador. Tom perambulava disfarçado pelo saguão cheio de gente rica e famosa que sorriam e apostavam suas heranças.
Discou o número rapidamente no celular.
- Alô? – Atendeu o Sr. Lohan.
- Olá. Olhe bem para as telas, John – Tom fez uma careta e sorriu ao tratar o proprietário do cassino com tamanha liberdade. – Estamos te roubando.
- O QUÊ?
- Isso mesmo.
Tom esperou para que o homem assimilasse as imagens que via. Eles haviam gravado um suposto roubo na réplica do cofre. Olhou para os lados, com certo receio de que alguém descobrisse o que ele estava fazendo. Depois, voltou-se para o telefone.
- E agora, o que você vai fazer? – Ele perguntou, numa voz calma.
- Vocês é que deveriam estar se perguntando isso. – O homem falou, numa voz um pouco raivosa.
- Errado, John – Tom fez uma pausa. – Quem está sendo roubado aqui é você e não eu.
O homem pigarreou algumas vezes, como se estivesse pensando muito bem nas palavras que iria dizer.
- Vocês não vão conseguir sair – ele falou de uma maneira cortante.
- O que você vai fazer para impedir John? Sejamos francos. É impossível. – Tom sorriu, não conseguindo deixar de achar aquilo tudo divertido.
- Vamos ver o que é impossível – e desligou na cara do garoto. O Sr. Lohan ordenou que um de seus homens ligasse para a Scotland Yard. Não deixaria que saíssem impunes.
Observou, cerrando os dentes, os homens encapuzados embrulharem suas peças amadas em sacos pretos. Meteu um soco na bancada.
***
e Danny plugaram os dispositivos pelo lado de fora da porta maciça e esperaram dar ok. A detetive digitou as senhas que roubara do gerente e, quando conseguiram passagem para dentro do cofre, lá estava Jazzie, de braços cruzados.
- Por onde vocês se meteram?
- Por que todo mundo tá me perguntando isso? – Danny indagou para si mesmo, já que as duas não se importaram em responder.
tirou da bolsa uma máquina fotográfica e saiu tirando fotos dos quadros e artefatos magníficos que ali se encontravam. Tudo ilegal é claro. Roubos de museus e patrimônio histórico. Representações de todos os séculos da humanidade estavam ali presentes.
Da mesma bolsa, saiu Zukie.
- UIA! – Apontou Jazzie para o lagarto.
- Zukie! – abriu um largo sorriso.
Danny caminhou direto a um pedestal onde uma proteção de vidro guardava um pedaço amassado de papel.
- AH – Disse ele apenas, apontando para sua música quando reconheceu sua letra. Ele mordeu o lábio inferior ao tirar o cilindro de vidro que cobria sua obra prima. Não hesitou e pegar o papel de volta e guardá-lo direitinho no bolso. Sorriu radiante e Jazzie riu dele.
- Pronto? – Perguntou a Poynter presente a . A detetive sorriu e deu dois tapinhas na máquina.
- Tenho o que preciso – Respondeu ela sorrindo. Ela apanhou o lagarto de Dougie que perambulava vagarosamente pelo piso de mármore e botou-o de novo em sua bolsa.
***
Um furgão preto da Scotland chegou moendo a entrada luxuosa do London Palace. Homens vestidos com o uniforme conhecido carregavam armas enormes. Um deles ajeitou o capacete e ordenou que os homens o seguissem.
A maioria dos convivas, que estava entretida com as apostas do dia, não notou quando os cinco membros treinados quase que invadiram a área do “Pessoal Autorizado”.
Chegaram rapidamente ao corredor de mármore e comunicavam ao Sr. Lohan sobre os dois guardas caídos e amarrados. Pediram para cortar a luz e os homens de Lohan o fizeram. Tiros foram ouvidos pela câmera com áudio do cofre. Alguns gritos e a luz voltara.
- Senhor, SENHOR! Eles fugiram senhor! – Gritara o sargento pelo comunicador.
- FUGIRAM COMO? – Lohan se enfureceu e socou a mesa mais uma vez.
- Não sabemos, senhor, senhor! Mas... Não levaram nada, senhor.
- Não? NÃO?! – Lohan comemorou. Sua sobrinha Lindsay sorriu ao seu lado.
- Não senhor. Oh... Desculpe, senhor. Levaram algo senhor. Levaram o que havia dentro do vidro.
- O quê?! – O Sr. Lohan não se lembrava, Lindsay arregalou os olhos e tratou de gritar com o homem da Scotland Yard.
Mas não adiantava mais.
***
Tom, Harry, Dougie, Dave e James arrancaram seus capacetes da Scotland depois de voltar ao furgão. Haviam forjado a ajuda ao Sr. Lohan e de lá saíram, resgatando Jazzie e . dirigia.
- WOW – exclamou Tom, enquanto arrancava.
Fingiram um roubo para que John chamasse reforços. Perfeito para tirar os amigos do cofre. Apagaram as luzes para que as duas se vestissem rapidamente como eles todos, soltaram bombinhas para que parecessem balas perdidas. As armas eram de brinquedo. Por mais estranho que fosse, eles haviam conseguido.
- Ah. Gente... Eu tô orgulhosa de vocês! – A voz de ecoou pelos ouvidos de todos.
- ! – Tom estava empolgado. – Obrigado – Disse ele apenas; ao que Harry lhe bagunçou os cabelos, seu rosto ficou vermelho.
- DUDE! – Dougie fez uma pausa para arrancar o bigode de médico que ainda mantinha no rosto. – Essa foi demais.
- Não esperávamos que a maleta fosse ficar em cima da caixa da Jazzie! – Disse de lá da frente.
- Ah é. EU NÃO DISSE? – Ainda que a irmã não tivesse tomado um tiro.
- A tirou 470 mil fotos – Jazzie riu. A detetive fez uma careta, mas logo sorriu, trazendo a máquina para mais perto de si. Zukie moveu-se dentro da bolsa dela. Dougie a envolveu pelos ombros e a beijou.
- Danny vai ter vários casamentos pra comparecer – Riu Dave.
- JONES! Ele sumiu do nada! – Berrou Harry apontando com as duas mãos pro infinito.
- O importante é que deu tudo certo – Disse Tom.
- Isso aí! – concordou e Dougie e Harry abafaram risos.
- Afinal. Cadê o Danny? – perguntou do volante.
***
Danny voltou para a saleta sem câmeras e Joseph lá estava, abafando gritos e fazendo barulho com as cadeiras e caixas que tinham ali.
Chegou bem a tempo do Sr. Lohan, seis seguranças e Lindsay aparecerem na porta. Joseph lhe deu um murro de direita e Danny abaixou-se com a mão no rosto.
- Daniel Jones – Johnatan Lohan o olhou com escárnio. – Pelo jeito ele esteve aqui o tempo todo.
Lindsay deu chilique e bateu o pé.
- Ele roubou, tio!
- Mas ele estava aqui. Apanhando – disse o proprietário do London Palace, como se fosse normal que alguns frequentadores passassem algumas horas sendo espancados.
- Bônus – explicou Danny, dando de ombros. Joseph deu de ombros com ele como se compreendesse alguma coisa. – Posso ir agora?
Lindsay o fulminou com os olhos e o tio voltou a o olhar com escárnio. Fez sinal para que o deixassem passar. Danny tirou do bolso o papel tão familiar e a garota arregalou os olhos.
A banda de jazz podia ser ouvida dali e Jones sussurrou a música, acompanhando o vocalista:
- I better shape up... ‘Coz you need a maaaaan – Danny sorriu e sumiu pelas beldades que riam, bebiam e perdiam dinheiro. Lindsay estreitou os olhos e bufou alguma coisa incompreensível para o tio, logo subindo para seu quarto no hotel.
Era quase meia-noite e Londres estava prestes a comemorar o ano novo...
Epílogo
Várias pessoas se aglomeravam no local, à espera do grande momento. O Tâmisa refletia a lua cheia no céu e a grande torre atrás deles. O Big Ben adiantou mais um minuto em seu ponteiro.
- Ele não vai chegar até aqui – Harry levantou uma sobrancelha e balançou negativamente a cabeça, enquanto passava o braço pelos ombros de .
- Pode ser que um milagre ocorra... – Tom sorriu, a convinha apareceu, e ele olhou para .
- Dude... O Danny é Jones – Dougie falou, com um tom meio filosófico que não diz absolutamente nada e se apoiou no parapeito do local em que estavam. – Ah! Pretzels! – Ele sorriu alegremente para , quando esta apareceu com o doce na mão. A garota piscou para ele.
- Weirdo – Dave tossiu.
- Do que vocês estavam falando? – olhou para os presentes. Um vento frio e refrescante passava por eles.
- O Danny ainda não deu o ar de sua graça. – James sorriu.
- Eu aposto que ele não chega antes do ano novo – Harry riu, mas recebeu um olhar meio reprovador de .
- 5 libras? – Dave, que havia se virado em direção ao Big Ben não tinha visto o olhar da garota.
- É só isso o que eu valho? – A voz de Danny se fez presente. – A consideração de vocês é realmente enooormeee... – Ele sorriu e abraçou .
Dave deu um pedala em Danny, que fez uma careta.
- Champanhe? – Ofereceu James a Jazzie. A garota riu e botou Zukie no ombro como sempre.
- Então... Quais os votos para o próximo ano? – Ela perguntou, aceitando uma taça.
- Mulheres. Champanhe e mulheres – Dave apoiou-se no ombro livre de Jazzie e virou sua bebida goela abaixo. James fez uma careta.
- Você nunca muda.
- Nunca diga nunca! Você sabe. Posso querer meias, também. Eu gosto de meias – Refletiu Dave; Jazzie e James reviraram os olhos e o grande relógio marcava três para meia-noite.
- Deus do céu – Tom ouviu a conversa e balançou a cabeça reprovando. – Eu preciso me acostumar a estar no meio de estranhos.
riu.
- Quer dizer... Você não é estranha, é só que... – Tom virou pimentão, como era de costume. Ela se aproximou mordendo o lábio, o olhando nos olhos.
- Tom? – Ela piscou para ele, que ficou ainda mais vermelho. se aproximou mais e o garoto gentilmente a envolveu pela cintura e a beijou.
- Pelo visto nós vamos ter que fazer casamentos comunitários por aqui! – Dave levantou os braços, meio preocupado. – Talvez eu faça um daqueles cursos matrimoniais pela internet e acabe casando todo mundo! – E fez uma convincente pose de padre.
- Então nós estamos ferrados dude – Dougie fez uma careta. Depois, olhou para , que havia se afastado um pouco do grupo.
A garota estava com os cotovelos apoiados no parapeito da rua, olhando para o Tâmisa. – ?
- Hum? – Ela continuou a olhar o rio por alguns segundos, depois, como que saindo de uma espécie de transe, falou, em uma voz meio balançada. – Ah! Oi Dougie.
- Quer mais Pretzel? – Ele a olhou nos olhos. Ela sorriu com sinceridade. – O que foi? – O garoto também apoiou os cotovelos no parapeito.
- Acabou – ela ainda olhava para o rio. – Nós conseguimos. – Mas parecia que o fato não havia lhe causado muita felicidade. Dougie a olhou nos olhos novamente.
- Você vai ficar não vai? – Ele sorriu, adivinhando os pensamentos da garota. – Quem mais vai me acompanhar ao zoológico? Além do mais, você não vai deixar o Zukie desamparado vai? – sorriu para ele. O garoto colocou a mão em seu queixo e seus rostos se aproximaram. Novamente aquele gostinho de menta. É, ela ia ficar.
Harry mal prestou atenção aos amigos. Envolveu pela cintura e pousou o queixo em seu ombro, de modo que os dois se preparassem para assistir aos fogos.
- Uma aventura e tanto... – disse rindo.
- Quer escrever um livro sobre isso? – Harry perguntou e deu-lhe um beijo no pescoço.
- Temos a música parrrra lembrrrar – ela imitou seu sotaque francês mais uma vez, arrancando uma risada do namorado. virou-se para encará-lo e ele a beijou apaixonado.
O Big Ben marcou o fim daquele ano e a música de seus sinos ecoou pelo lugar. Fogos tomaram o ar, tingindo com brilho o céu marinho. A água do rio, que ainda refletia a lua, passou a mostrar também as cores do artifício.
- FELIZ ANO NOVO, DANNY! – Berrou .
- YEAAAAAAH – Jones a abraçou e riu. O garoto passou a mão por sua cintura, e quando os dois estavam com os rostos praticamente colados, ele sussurrou, olhando diretamente nos olhos dela: - Acho que vou deixar o Dave nos casar. – E sorriu abertamente. revirou os olhos, divertida.
Danny remexeu-se com a música de fim de ano que tocava e a garota riu. Jones inclinou-se e beijou-a docemente. Sorriram ao se separarem e soube que suas bochechas queimavam.
Todos sorriam, era verdade. Zukie e os onze comemoravam e desejavam que o ano que viesse fosse tão bom quanto o último. Afinal... Zukie rules, dude!