- Finalmente! Tava a ver que nunca mais cá chegava! - disse null quando saiu do carro.
- Bem, podes crer! Bye, escola, hello, sol! - disse null empolgada.
- E pensem só: vamos cá ficar um mês! Um mês inteirinho sem preocupações e melhor: sem pais! - disse maliciosamente.
- Sim, podemos fazer tanta porcaria... - pensou null.
- Ai, meninas, este vai ser o melhor verão de sempre! - esperou null.
- Oh, yeah, baby, that’s what I like it. - disse null, e todas se riram.
Entraram na casa. Era uma vivenda com um jardim à volta, dois andares, uma varanda, enfim, uma ideal casa de verão.
- null, eu fico consigo no quarto” disse null.
- Nem pensar! Você ainda me desarruma aquilo tudo! - respondeu e levou um soquinho. - Vá, tava só brincando. Você pode ficar sim.
- Eu fico com a null. - disse null.
- E eu? Fico com quem? - perguntou null.
- Você fica com o seu puppy. - brincou null, falando do namorado de null.
- Eu até ficava se ele estivesse aqui comigo. Preferiu ficar com a loira oxigenada. - começou a pensar.
- Ai, mas que drama! Você fica com a gente! Ei! Pra onde é que você vai? - perguntou null à null que saiu de ao pé delas.
- Vou escolher o maior quarto, o ao pé da varanda.
- Nem pensar esse é para nós! - disse null, que correu atrás dela feito doida.
null apenas se ria e pensava no quanto era sortuda em ter aquelas doidas a seu lado.
- Nossa, null, o que é que você traz aqui dentro? - perguntou null.
- As minhas tralhas dos ! - disse ele.
- Fogo! Que chumbo! - comentou null.
- Deixa para lá, a gente também só vai ficar cá um mês. - avisou null.
- E que mês que vai ser! - disse null.
- Sim, vai ser o melhor verão de sempre! - disse null com o sorrisinho pateta. - null, meu amigo, que pensa deste excitante e grande verão que a gente vai ter?
- Vai ser muito bom mesmo! - disse ele sem grande interesse.
- Com esse ar deprimente, não vai ser assim tão bom - realçou null.
- Ai, gente, não enche! Vamos arrumar isso tudo que ainda quero buscar comida ao supermercado! O null comeu todas as minhas bolachas! - disse null.
- Não comi nada! Comi uma ou duas. Mas também são uma porcaria. Cheia de cores trocadas! Ew! - disse ele e todos se riram.
- Meninas! Quem quer vir comigo ao supermercado? - perguntou null do andar de baixo para o de cima.
- Eu vou! - disse null.
- Então se despacha!
- Tou indo! - e desceu as escadas apertando o cinto das calças.
- Vocês ficam? - perguntou null às outras.
- Sim a gente fica aqui pra ver os garotos da Top Of The Pops. - respondeu null.
- Não olhem muito, senão os olhos ainda caem! - comentou null.
- Ah! A null fez piada! - zoou null.
- Vá ver se eu tou na esquina! - comentou null.
- Não, você não está. Não te vejo daqui da janela. - gozou null.
- Se cuidem, suas doidas - disse null, e saíram a rir.
- Dudes, a gente vai ao mercado! Que querem? - perguntou null.
- Eu quero cerveja! - disse null.
- Eu quero Red Bull! - disse null.
- Eu quero uma garota. - disse null.
- null, é comida. Não é pessoas! - disse null.
- Ah, tá bem. Pode ser também cerveja e um bonequinho dos Incríveis. - disse ele.
- null, cresça e apareça! - comentou null.
- Eu não quero crescer, senão ainda fico como você! - e riram-se.
- Bem a gente vai andando. - disse null e foram ao mercado.
- Finalmente vamos para casa! - disse null.
- EI, DUDE! OLHA SÓ! - disse null.
- Que foi?
- É o novo número daquela revista! Vamos lá ver. - apontando para um grande poster na montra de uma loja do outro lado da rua.
null nem teve tempo pra contradizer, já que null já estava do outro lado da rua. Eles entraram e ficaram a ver umas revistas. Farto de as ver, null fechou uma e bufou. Olhou para o outro da rua e viu duas garotas a saírem do supermercado mas a de trás chamou-lhe à atenção.
"Uau!" pensou ele. Usava um top justinho, uns calções curtinhos azuis, andava de sandália e com rabo-de-cavalo, mas mesmo assim o seu cabelo estava um pouco despenteado, dando um look natural. Ela andava pela rua com os sacos brancos, sorria para a amiga que estava à sua frente. Era perfeita.
null ficou paralisado no meio da loja. Continuou a olhar para ela. Ela, que era null, continuou a rir-se com null até que olhou para
null. Ficou também parada. Os dois tinham fixado o olhar. Ela sorriu para ele e ele retribui-o. Perseguiu o seu caminho mas null continuou a 'dormir'. E só acordou quando sentiu um forte ruído muito perto do seu ouvido. br>
- ! - chamou null.
- Então, dude? O que é que te deu? Pirou, foi? - perguntou a null irritado.
- Você é que deve ter pirado. Ando-te a chamar a imenso tempo, dude. O que te deu?
- Nada. Nada mesmo. Vamos para casa. - disse confuso.
- Quem era ele? - perguntou null.
- Ele quem?
- Pensa que eu sou cega, não? null, querida, eu bem vi que você tava com o olho em cima do garoto da loja de revistas.
- Eu? Você não devia topar tudo, sabia?
- Ah, então quer dizer que tava mesmo a olhar para ele?
- Não tava nada!
- Tava sim! Eu vi você com cara de parva olhando para ele!
- Pronto. Ok, até poderia estar. Ele até era bem engraçadinho...
- Oh, a null ficou apanhadinha pelo garoto da loja de revistas. A null tá apaixonada! Tá apaixonada, tá apaixonada! - zoou.
- Pára, sua besta!
E continuou a zoar com ela.
- Cara, veja só este carro! Perfeito mesmo. E este vermelho? Demais cara! E este prateado, bem bonito e que potência! - comentou null todo empolgado com a revista, mas null não parecia muito interessado. Estava a tentar ver qual era a melhor coisa na garota da rua. Era tão perfeita. O cabelo, o sorriso, as roupas...
- DUDE!
- Que foi, null? E a segunda vez que você me berra ao ouvido hoje.
- E é a segunda vez que você fica sonhando acordado hoje. Que aconteceu, dude?
- Eu vi uma garota. Mas ela era linda, perfeita mesmo. O seu cabelo era lindo, o sorriso o mais bonito que eu alguma vez tinha visto e as roupas ficavam-se tão bem...
- Ih, você tá mesmo apanhadinho, cara.
- Não tou nada, eu mal a conheço. E também só tava a comentar que ela era bonita mais nada.
- Sim sim, vem com conversa fiada e vê se eu acredito.
null tinha razão.
- Oi, meninas já sabem da última? - perguntou null a abrir a porta de casa.
- Oi, gente. Não, conta conta! - pediu null.
- Calma, falta eu! - null correu escadas abaixo.
- Espera um pouco, gente! Deixa só acabar de me calçar! - gritou null do quarto.
- Despachem-se, suas lesmas! - gritou null.
- Ai, null, para de ser grosseira! É só uma novidadezinha! - disse null.
- Mas deve ser das boas, senão não havia tanta agitação! Rápido, null, senão começamos sem você! - gritou null.
- Já tou cá! - disse ela.
- E a null? - perguntou null.
- Deixa ela - disse null - Prontas?
- Vá lá, não enrole mais! - pediu null.
- Ok, a null tá apanhadinha por um garoto!
- null, amiga! - disse null.
- Que foi, gente? - perguntou ela sem perceber nada.
- Como é esse tal garoto? - perguntou null.
- Ele é giro ao menos? - null perguntou.
- Tem amigos? - null se assanhou.
- Calma, gente! Eu não tou apanhadinha por ninguém! Só vi um garoto giro por aí, mais nada! A null é que gosta de inventar contos de fadas!
- Não é nada. Você até fez aquela cara de boba! - disse null.
- O quê? Aquela carinha que ela faz quando ela olha pa uma coisa que pensa que não é real? - perguntou null.
- Essa mesmo. - confirmou.
- Ah, então tá mesmo apanhadinha! - disse null sentando-se no sofá.
- Não tou nada!
- Estás sim. - falou null.
- Não tou nada! - e atirou-lhe um almofada.
- Tá sim! - null reforçou.
- Não tou nada! - e mandou outra almofada.
- Tás sim! - e null mandando-a de volta.
- Guerra de ALMOFADAS! - gritou null e começaram a jogar almofadas umas nas outras.
- Dudes, chegamos! - anunciou null.
- Finalmente! Eu quero o meu brinquedo! - disse null.
- Não tem brinquedo, null. - disse null.
- Oh, que pena!
- Deixa passar, besta! - disse null - RED BULL! Como eu te adoro! - e beijou a garrafa.
- Trouxeram cervejas? - perguntou null e viu null a tirar uma e bebê-la - Santo null!
- Sim, ele deve ser santo porque passou todo o dia nas nuvens! - comentou null.br>
- Por quê? - perguntou null.
- Viu a garota dos seus sonhos.
- Uh, o null tá caidinho! - comentou null.
- Não tou nada! - e começou arrumar os sacos mas tropeçou na ponta da cadeira e caiu no chão.
- QUEDA! - gritou null.
- MOSH AO ! - gritou null e todos se meteram em cima dele, gerando confusão e muita gargalhada.
- Que vamos fazer? - perguntou null.
- Não sei, mas não me apetece ficar fechada em casa. - comentou null.
- E a mim também não. - disse null.
- Então que ideias é que têm? - perguntou null.
- Bem, assim de repente, nada. - pensou null.
Ficaram caladas a comer bolachinhas.
- Ai, que tédio! - reclamou null.
- Mas o que é que se pode fazer aqui? - perguntou null.
- Não sei... - null.
Ficaram caladas.
- Tenho uma ideia! - disse null com um sorriso malicioso.
- Finalmente algum cérebro que funcione nesta sala! - comentou null.
- Bem, vamos sair, certo? - perguntou null.
- Não sei não, null. - respondeu null.
- Vá lá, temos de sair, de aproveitar o verão. E quando eu digo aproveitar não é ficar fechado em casa - comentou null.
- Você só quer sair pra ver se apanha a garota da rua! - riu null.
- Podemos até explorar ai a cidade e ver se encontramos umas garotinhas por aí... - disse maliciosamente null.
- Assim é que se fala, dude! - disse null, batendo com a mão no ombro dele.
- Então vamos lá.
- Perceberam o plano? - perguntou null.
- Tudo certinho... Vamos lá. - disse null.
E meteram as mãos umas em cima das outras no centro.
- Vamos por onde? Direita ou esquerda? - perguntou null quando eles chegaram à parte do campo e tinham de seguir um caminho.
- Hum, esquerda! - disse null.
- Ok, vamos pela esquerda - disse null.
- Espera, não será melhor pela direita? - perguntou null.
- Ok, então vamos pela direita - concluiu null.
- É melhor a esquerda, tá menos escuro. - disse null assustado.
- Decidam-se! - irritou-se null.
- Ok, null, direita ou esquerda? - pensou null.
- Anh, esquerda!
- Pronto, vamos pela esquerda. Sem problemas. - disse null e todos seguiram null.
Estava escuro e o caminho era em terra batida. Continuaram o caminho e chegaram a uma casa velha. br>
- Casa assombrada! Fixe... - disse null irônico.
- Vamos lá? - perguntou null.
- Eu vou! Casa assombrada é sempre bom explorar! - disse null ansioso.
- Espera, gente. Vocês não estão a ver o problema? - perguntou null, parando os amigos.
- Qual problema? - perguntou null.
- Então não se vê logo? - acompanhou null.
- Não, eu não vejo qual é o problema... - respondeu null.
- Então é uma casa velha, sem pessoas, logo,há espíritos. - concluiu null.
- Você tá a brincar, não? - riu-se bem alto null.
- É, essa foi boa - null riu-se também.
null tomou a frente:
- Vá, deixemos de conversa e vamos lá.
null e null estavam um pouco receosos mas lá foram. Começaram a andar por dentro da casa. Estava toda partida, tudo sujo e cheio de teias de aranha.
null fez sinal para as escadas que davam para o primeiro andar. null e null fizeram cara de medo e deram um passo para trás. null apareceu atrás deles e empurrou-os pra frente. Os cinco subiram as escadas.
Entretanto...
- null, sobe tu primeiro - sugeriu null.
- Por quê eu? - perguntou ela.
- Porque és a mais forte e vais nos ajudar a subir, puxando esta corda - mostrou-lhe null.
- Ok, ok, eu vou. Não sei quem foi a idiota que teve esta idéia brilhante - reclamou ela e levou um olhar furtivo de null.
null fez escalada até a uma janela da casa assombrada. Elas todas estavam nas traseiras da casa. Ela subiu, chegou lá acima e ouviu-se um grande estrondo.
- Que foi isto? - perguntou null enquanto subiam as escadas.
- Não sei, mas sei que não é nada bom. - disse null, agarrando-se a null.
- Deixem-se de mariquices e andem. - disse null.
- null, você tá bem? - perguntou null.
- Sim, foi só um quedazinha de nada. Vá, venham lá - e deitou a corda lá para trás.
null fez sinal a null para subir. Depois foi ela, null, e por fim, null.
- Bem, já cá estamos. E agora? - perguntou null.
- Agora vamos explorar a casa! - disse null super entusiasmada.
- Bem, já que tamos aqui... - concluiu null.
As garotas estavam numa das salas daquela grande casa. Deram voltas a ela e depois concentraram-se na porta.
- Vamos explorar a casa? - perguntou null segurando na maçaneta.
- Tamos cá para isso, não é? - perguntou sarcasticamente null.
- Bem, já tamos cá em cima. Agora direita ou esquerda? - perguntou null.
- Esquerda. - null escolheu.
- NÃO! - disse null.
- O que foi agora? - perguntou null.
- É melhor irmos pela direita. Da outra vez fomos pela esquerda, agora vamos pela direita - disse null.
- Ok, vamos lá - disse null sem demoras.
- Esperem! - foi null dessa vez.
- Ai que crianças! O que foi agora? Só faltava dizeres que é melhor irmos pela esquerda! - disse null sem paciência.
- Ia dizer isso, mas já que preferem a direita, vamos pra direita. - disse ele rendido.
Os garotos viraram à direita e viram um corredor com uma porta no final.
- Portas no final do corredor! As melhores e as mais assustadoras! - comentou null divertido.br>
- Ai, eu quero a minha mãe! - disse null. Ninguém percebeu se ele estava a falar a sério ou não.
- Bem, vamos abri-la? - perguntou null.
- Claro!! Ao três! - disse null - Um...
- Dois. - contou null do outro lado da porta.
- TRÊS! - disse null e abriu a porta e assustaram-se os dois grupos.
- AAAAHAAAAAAHHHHHAAAAAAH!!!! - gritavam tantos os garotos como elas ao mesmo tempo, até que pararam.
- Meninas, são só garotos. - disse null.
- O que é que vocês fazem aqui? - perguntou null.
- Isso perguntamos nós! O que é que garotos como vocês fazem aqui a esta hora? - perguntou null.
- Nada que seja da sua conta! - disse null.
- E vocês? Que fazem cá? - desafiou null.
- Nós... Nós... Nós viemos explorar a casa. - disse null.
- Explorar a casa? - perguntou null.
- Sim, por quê? Tem algum problema? - perguntou null.
- Não, nada, nada mesmo. - respondeu null.
- Que susto que vocês nos pregaram! - disse null levando a mão ao peito.
- Vocês é que nos assustaram! - reclamou null.
- Vocês ficaram meio histéricas e cheias de medo! - riu-se null.
- Tá a rir de quê, garoto? Você e os seus amigos é que gritaram mais! - reclamou null.
- Mas isso é porque a gente tem voz grossa, você sabe, voz de homem. - explicou null.
- Imagino... - null fingiu estar a milhas de distância.
- Ainda não se explicaram... - null bateu o pé.
- Explicar o quê? - perguntou null.
- O que é que caras como vocês fazem aqui nesta casa a cair de ruína? - perguntou null.
- Nós... Nós... - gaguejou null.
- Nós viemos também explorar a casa. - respondeu null.
- Bem, se estamos aqui todos para a mesma coisa, podemos fazer tudo junto. não? - propôs null.
- É, pode ser. Mas agora já não tem piada! - respondeu null.
- Por quê? - perguntou null.
- Porque já revelamos o que se encontra por detrás da porta no final do corredor que... - começou null.
- Que é a melhor e mais assustadora de todas. - completou null.
- Vê? Como você sabe? - zoou ela.
- Gente, chega de conversa fiada e vamos lá. - disse null.
- Apressada você, hein? - perguntou null.
- Ainda não sabemos vossos nomes. - começou null falando com null.
- Ah que besta! Eu sou a null. - apresentou-se - Essa é a null, null, null e null.
- null, prazer. Os outros, null, null, null e null - respondeu ele.
- Já deixarem de conversa fiada? - perguntou null.
- Ai que besta você está hoje, viu? - afirmou null.
E começaram a andar. null e null à frente, null, null, null e null atrás e null e null ainda mais atrás.
- Realmente não percebo as garotas. Um dia tão sempre a sorrir, feitas doidas. No outro estão tipo feras!! - disse null.
- Isso é porque certos garotos nos chateiam e são parvos e idiotas! - disse null.
- Não está falando de nós não, né? - perguntou null.
- Não. Vocês parecem ser legais! - e corou.
- Adoro casas assombradas! - disse null com um sorriso aliciante.
- Eu também adoro. E não metem medo nenhum, mas só de as explorar é um ótimo programa! - respondeu null.
- Você é tão mentiroso, garoto.
- Por quê? - perguntou nervoso.
- Porque eu bem ouvi uns gritinho de menina no piso debaixo.
- Mas não era eu! Era o null!
- Tá bem, vou fingir que acredito.
- Ai, tou morrendo de fome. Alguma de vocês trouxe comida, meninas? - perguntou null.
- Não, nada. - respondeu null.
- Quer comer umas bolachinhas que eu trouxe? - perguntou null.
- Você não se importa?
- Nada mesmo, come lá.
- Obrigada.
- Toma.
null recebeu um saquinho amarelo, com vários desenhos roxos, vermelhos, etc.
- Eu não acredito. - disse null levando a mão à boca.
- Que foi? Algo de errado com a bolacha? - perguntou null.
- Não, tá tudo certo. Aliás tá tudo perfeito. Você também gosta de Little Colour Secrets? - disse o nome da bolachinha.
- L.C.S.? Eu amo essas bolachas. O que eu mais gosto são as cores e os desenhos diferentes. A que eu gostei mais foi a que encontrei quando tinha 8 anos, era um violão azul - respondeu ele.
- Ah, isso é legal, mas eu prefiro as amarelas, as de chocolate.
- Estranho mesmo.
- Que foi?
- Nunca conheci ninguém que gostasse destas bolachas. Toda a gente pensava que eu era doida por gostar de tal coisa!
- Pergunta pra eles! Eles me ficam zoando o tempo inteiro por eu gostar disso.
- Mas agora, não se sentirá mais sozinho - e sorriram.
- Quanto tempo vocês vão ficar cá na vila? - perguntou null.
- Um mês. Voltamos dia cinco. - respondeu null.
- Ah, nós voltamos dia três.
- Bacana. Podemos combinar algumas saidinhas, se vocês quiserem.
- Acho que poderemos arranjar alguma coisita.
- AIII! - gritou ela e escorregou mas foi agarrada por null. Seus olhares se cruzaram. “Que lindos olhos que ela tem...” pensou ele. “Aqueles olhos me enfeitiçam.” pensou ela.
- Você está bem? - perguntou ele.
- Tou, obrigada. Você é perspicaz.
- Sempre atento!” e riram-se.
- Que você tem? - perguntou null.
- Por que pergunta? - respondeu null.
- Odeio quando gente responde a uma pergunta com outra pergunta!.
- Desculpa, mas achei estranho você perguntar isso.
- Porque acho estranho?
- Porque eu tou bem.
- É que não parece. Tá cá com uma cara...
- Eu tou bem, deixa lá.
- Se precisar de algo, avisa tá?
- Tá, e obrigado.
- Não precisa. Temos de nos ajudar uns aos outros.
- É, tem razão.
- Mas você sempre me vai contar o que se passa com você ou nem por isso?
- Curiosa você, não?
- Muito mesmo. Deixa-me adivinhar, é garota?
- Não.
- Ainda bem. - murmurou ela ficando feliz pelo rapaz estar livre que nem um passarinho.
- Disse algo?
- Não, nada. Mas então que se passa com você?
- Alguém me está a chatear a hora toda.
- Quem?
- Você.
- Bobo. - e riram-se os dois. Ele levou soquinho mas não se importou.
- Que você tá ouvindo? - perguntou null a null.
- McFly - respondeu ele - Quer ouvir?
- Pode ser. Eu adoro esta música.
- Eu também. Minha preferida.
- Ah, fala a sério!
- É verdade! Quando estou triste, ouço-a sempre e fico logo com outra cara.
- Eu também. Então quando chove...
- É remédio santo! - completou ele e viram que estavam em sintonia.
- Gente, encontramos a cave! - disse null.
- Bora lá! - disse null.
- Vamos. - disse null.
Desceram todos em filinha: null e null à frente, null e null atrás, seguidos por null e null à frente, null e null atrás e null e
null no final.
null e null estavam empolgados, null já não estava com medo e se estava a divertir com a garota. De repente, ouviu-se um pequeno ‘click’ e todo o mundo se assustou. null e null olhavam para todos os lados à procura da fonte do barulho mas nada.
null se assustou, se virou pra trás e abraçou null com medo. Depois eles se olharam e ficam a fazer figuras de palhaços. Ela afastou-se e não o encarou mais.
null e null estavam lado a lado e também se assustaram com o click. Ela deu um pulinho e pegou na mão dele. Eles se olharam e depois ficaram bem vermelhinhos e largaram as mãos .
null ia a descer o degrau e assustou-se e desequilibrou-se, mas null a pegou pela cintura e a apanhou. Estavam muito próximos.
null e null ficaram muito atentos, olhando para todos os lados, um pouco assustados.
- Gente, não estou gostando muito dessa brincadeira. Vamos embora! - disse null.
- É, vamos embora. - disse null concordando.
- Vão vocês, medricas. - disse null.
- Também vamos lá. - e todo o mundo foi-se embora deixando null e null.
- Covardes. - disse ele mas acabaram decidindo voltar, assustados.
Fora da casa...
- Tá muito escuro aqui. Vocês sabem o caminho de volta? - perguntou null.
- Anh, null, nós sabemos o caminho de volta? - perguntou null.
- Sim a gente sabe. É fácil. - disse ele meio confuso.
- Então como é? - perguntou null, desafiando-o.
- Então a gente segue em frente, vira na primeira à direita, ou será esquerda? Não, é direita. Depois vira na terceira à esquerda e depois continua até achar uma fonte. - e ficou a pensar no que tinha dito - É, é assim.
- Você gosta de inventar, não, null? - perguntou null.
- Então nos leve de volta a casa, espertalhão.
- Vamos lá. - e seguiram null.
Passado 5 minutos...
- Anh, null? - perguntou null à sua frente.
- Sim?
- Você tem a certeza que era por aqui? - perguntou null confusa.
- Tenho! - disse triunfante.
- Ok. Mas supostamente não devíamos estar na entrada do bairro? - perguntou null olhando à volta.
- Pois, null, realmente... - tentou não se culpar null.
- Não fale muito! Vocês mal sabem o caminho de volta. É melhor esperarmos por esses aí atrás. null, dá aqui uma ajudinha - pediu null.
- Então, gente? Perdidos? - perguntou null.
- Muito! Estes seus amigos não sabem o caminho de volta! - acusou null.
- Não me acuse! Acuse o null! Ele é que disse que sabia o caminho! - defendeu-se null, tentando impressionar.
- Agora não temos tempo pra culpar o outro! Temos de ir para casa! - disse null.
- É isso mesmo! - apoiou null - Alguma idéia?
- Como é que vocês vieram para cá? - perguntou null.
- A gente já tinha vindo cá e só nos lembramos do caminho porque metemos pedrinhas quando encontramos a casa - explicou null.
- Mas como é que vocês sabiam o caminho com tanta pedra no chão? - perguntou null olhando para o chão.
- Intuição feminina. - brincou null.
- Então o que a sua intuição feminina diz agora? - desafiou null.
- Diz que estamos perdidos e que uma certa besta me está chateando o saco. - respondeu null.
- Paz e amor, gente! - disse null - E vocês, como chegaram até cá?
- Nós andamos por aí... Viramos à direita, à esquerda, subimos, descemos... - explicou null.
- Perfeito! Estamos no meio do nada, perdidos e com fome. - disse null pondo a mão na barriga.
- Se acalme. Nós vamos arranjar um caminho. - reconfortou null, que ela agradeceu com um sorriso.
- Tenho uma idéia! - disse null.
- Então diga rápido! - disse null.
- Fazemos assim, temos três caminhos à escolha: ou vamos pela direita, pela esquerda ou em frente. Visto que somos 10, 2 vão por cada caminho e o resto fica à espera. Que acham? - perguntou null.
- Você está sempre calada, mas quando fala, fala alguma coisa de jeito. - comentou null.
- Então vá, vamos nos separar. - disse null - Eu fico com o null, a null é melhor ficar cá.
- Eu fico com ela. - propôs null.
- Ok, a null, o null, a null e o null ficam. A null
vai com o null pela esquerda, eu vou com null pela direita e vocês os dois em frente. - null apontou para null e null.
- Percebido? - perguntou null e todos acenaram.
- null, me deixa ir à frente! - pediu null.
- Nem pense! EU VOU À FRENTE! Já estive nos escoteiros! Sei muito bem escapar e encontrar o caminho de volta! - disse null.
- Então por que é que ainda estamos perdidos?
- Porque... Porque...
- Se cala, garoto! Olha, um cruzamento! - bufou ela.
- Perfeito! Adoro fazer escolha de caminhos quando estou perdido.
- Desde quando é que um escoteiro se perde?
- Direita ou esquerda? - desviou ele.
- Cara ou coroa? - perguntou ela pegando uma moeda.
- Cara direita, coroa esquerda - afirmou ele e a moedinha foi atirada ao ar.
- Coroa. - disse ela.
Os dois se olharam e seguiram pela esquerda. Ainda estavam em terra batida. null foi em frente com toda a velocidade e não viu um buraco à sua frente. Meteu o pé lá dentro e caiu de repente.
- Ai!!! - gemeu ela.
- Que houve? - perguntou ele apontando a lanterna para ela, já no chão.
- Meu pé. Me dói tanto... - disse ela mexendo nele.
- Anda cá, eu te ajudo. - ajoelhou-se, colocou um braço dela em volta do seu ombro e a tentou levantar.
- Pára!! - gritou ela.
- Que foi? Te machuquei?
- Um pouco! Assim não dá. Me aleija muito!
- Ok, já sei como fazer. - e simplesmente a pegou ao colo.
- Se agarra no meu pescoço! - e foi o que ela fez.
Se levantou e suas caras ficaram muito próximas. Se olharam. Podia estar escuro mas se olharam nos olhos. Não sabendo bem, ela o reconheceu como a rapaz da loja. Ele já tinha reparado nela mas só então percebeu que ela era a rapariga da vila. Ficaram nervosos. Estavam com as caras muitos próximas e ela ao colo dele. Parecia estranho, já que se conheciam a alguns minutos.
- Obrigada, null. - e deu um beijo na bochecha dele.
- Não precisa agradecer. - disse ele, ficando vermelhinho.
Não sabiam o que dizer, até que ele olhou para a lanterna, que estava no chão, e lembrou-se que estavam perdidos e decidiu falar.
- null, me desculpa mas vou ter de te pousar. Vou telefonar ao null pra saber novidades.
- Mas onde?
Olhou em volta e decidiu colocá-la no chão com cuidado e se sentou ao lado dela. Tirou o celular do bolso, discou o número e o pôs no ouvido. Mas segundos depois o tirou.
- Então? - perguntou ela.
- Não tenho cobertura de rede.
- Droga!
- Ainda te dói muito?
- Um pouco. - massageou o pé machucado.
Ficaram alguns segundos em silêncio. Mal se olhavam, ela apenas massageava o pé.
- Tente de novo. - pediu ela.
Ele lá o fez mas nada.
- Nada feito.
- Bonito. Estamos perdidos, no meio do mato, e o meu pé dói pa caramba. O que virá a seguir? Chuva?
Mal ela perguntou, começou a chover torrencialmente.
- Oh, perfeito mesmo!
- Quem mandou você falar?
- Ai, null, feche essa matraca e nos ajude a não ficarmos encharcados que nem patinhos!
- Olha ali! - e apontou para uma pequeno bando meio caído com uma pequena placa por cima, fazendo assim de um pequeno mas estúpido abrigo.
- Vamos lá. - ela se ia levantando muito apressada quando caiu de novo, lembrando-se que tinha o pé machucado.
- Você está bem?
- Ai! Sim, estou sim. Me ajuda aqui. e ele tentou-a pegar ao colo mas não resultou. Tentou outra vez mas suas mãos escorregavam.
- Salta para as minhas costas.
- Você está doido, null? Pirou, foi?
- Não, faça impulso no outro pé e suba para as minhas costas.
Com alguma dificuldade, ele a levantou e depois subiu para as suas costas e andaram até ao tal abrigo. Com cuidado, ele a pousou no banquinho. Estavam a salvo.
- Ai, que frio!! - encolhia-se ela.
- Toma o meu casaco.
- Sim e você apanha uma gripe! - mas ele apenas a olhou e tirou o casaco - Nem pense que eu vou ficar com isso. Era como se eu te tivesse matando.
- Toma o casaco e se cale. - e meteu-lhe o casaco nas costas. Podia estar todo molhado mas o casaco era tão grosso e meio impermeável assim ele ainda estava bem seco e quentinho.
- Obrigada.
- De nada. - e olhou para a chuva. Amava esse tempo. Gostava da chuva e só de olhar para ela, o fazia sentir melhor. Olhou para o celular mas não tinha rede. Possibilidades de contato impossíveis. Ele se sentou ao lado dela só de camiseta. Via-se que os seus ossinhos estavam meio molhados, seu cabelo estava molhado até às pontas e suas calças estavam coladas às pernas. null olhava para ele. "Que ar tão lindo que ele tem!! pensou ela mas desviou o pensamento. Olhou para null e viu que ele tremeu-se tudo.
- Hey, null, partilha aqui comigo o seu casaco.
- Não cabemos aí os dois. Fique você com ele. - mas ela já estava a estendê-lo pelo tronco dos dois.
- Nunca pensei que você fosse tão gordinho. - riu-se ela comentando o tamanho do casaco.
- Nunca ouviu dizer que gordura é formosura? - e ela apenas sorriu para ele e desviou o olhar. "Caraca, ela fica tão linda de cabelo molhado..." pensou ele. Decidiu arriscar e tocou ao de leve no cabelo dela. Seus olhares se encontraram. Apenas estavam nervosos, com frio e paralisados. Suas caras começaram a aproximar-se até que seus narizes se tocaram os lábios estavam a poucos milímetros. Foram cada vez mais aproximando até que ouve-se um feixe de luz nas costas deles.
Rapidamente eles se separam e olharam para trás.
- TEM ALGUÉM AÍ? - perguntou alguém.
- null, é você? - gritou ela.
- null? - perguntou outra voz.
- null, dude, estamos aqui! - chamou null.
- Nossa, onde é que vocês se meteram? - perguntou null tentando se abrigar.
- Estávamos a explorar, mas depois a null caiu e tivemos de parar. - explicou ele.
- E vocês? Conseguiram alguma coisa? - perguntou ela.
- Sim, conseguimos o caminho de volta para casa e escrevemos na barriga do null. - e levantou a camisola e viu-se umas estradinhas desenhadas à caneta.
- Que te deu pra fazer isso? - perguntou null.
- Ele não queria escrever nas mãos, teve de ser na barriga! - e null deu palmadinha na barriga dele.
- Ninguém estraga as minhas preciosas mãozinhas! - disse ele.
- Deixemos de conversa fiada eu quero é ir para casa! - disse null.
- É melhor a gente te levar a um posto médico! - disse null.
- Tá mareado, null? Eu estou ótima. Isto é um entorcecinha de nada. Amanhã vou estar a correr mais que você - e levantou-se mas não se conseguiu segurar e ele a agarrou na cintura.
- Vejo que sim. Está firme que nem uma rocha! - e levou um olhar furtivo.
- Você preocupa-se demais, null! - disse ela.
- Por que será? - perguntou inocentemente null.
- E você diz besteira demais! - levando olhar furtivo da menina.
- Vamos que eu depois levo esta senhorita ao posto médico! - disse null, levando null de um lado com a ajuda de null noutro, enquando
null indicava o caminho.
- Onde estão os outros? - perguntou null.
- Não sei, não temos cobertura de rede, mas esperemos que estejam bem. - pensava null - Chegamos!
- Dois segundos, null, vou só buscar as chaves do carro - e a sentou no pequeno muro que ficava à frente do jardim da casa dos meninos.
- Vocês estão nesta casa? - perguntou ela a null.
- Sim ,e vocês?
- Naquela ali. - e apontou para a casa da frente.
- Acho que vai haver muita festa neste mês. - comentou ele.
- Se vai! Me avisa de alguma coisa deles, ok?
- Deixa estar, vou já telefonar a saber notícias. - e entrou em casa.
null mal entrou em casa viu null e null na cozinha, acabados de chegar mas o que o mais surpreendeu foi ver null, null a jogarem videogame e null e null a assistirem a tal evento.
- Como é que você chegaram aqui? - perguntou null.
- Então, o null se lembrou do caminho de repente e lá o seguimos.
- null, aperta o x! - dizia null, enquanto aconselhava null.
- Você quando quer é brilhante, null. - disse null concentrado no jogo.
- E não nos avisaram? - perguntou null indignado.
- Não tínhamos rede. - disse null e levantou o braço feliz por ter ganho.
- Quero a desforra! - e agarrou de novo o comando.
- Nem pense, null! Agora sou eu. - disse null.
- Se desvie, null, porque é a minha vez! - null tirou-lhe o comando.
- Nem pensar, sou eu! - disse null.
- Vá lá, deixa ser eu! - e fez beicinho.
- Só desta vez. - e deu-lhe o comando.
- Vê como você pode ser fofo? - e beijou-o na testa, deixando o atordoado.
null fez olhinhos zoando com null, que apenas lhe mandou a almofada com muita força.
- Então, já sabe algo sobre eles? - perguntou null ao ver null a fechar a porta atrás de si.
- É melhor você nem saber o que aconteceu com eles. - null respondeu.
- Ok, então não pergunto.
- Então, que eu tenho doutor? - perguntou ela, estando no consultório.
- Sim doutor o que é que ela tem? - perguntou null.
- Acalmem-se jovens! Boa notícia, ela não partiu o pé nem torceu nem fez algum esforço grave.
- Ao menos isso - disse null.
- O problema é que você vai ficar um dia sem poder mexer o pé! NADA DE MEXER O PÉ! Nem pode andar ao pé coxinho. - disse ele sério.
- Ah, boa piada, doutor! - riu-se sozinha mas depois viu a cara séria dele - Tá brincando, não? É VERÃO! É suicídio ficar em casa! Como é que me vou mexer? Sim, me digam, eu não vou ter nenhum baby-sitter atrás de mim!
- Anh, qual é o seu nome mesmo?
- null.
- null, venha falar comigo. - e deixaram null sozinha.
- null, ela amanhã não poderá se mexer, se quiser um verão a cem por cento. É apenas uma pequena torção, mas a única coisa que tem de fazer é não se mexer. Vamos por um elástico na perna dela para a pomada curar o mais rapidamente. Se ela não se mexer amanhã, então poderá viver o verão a cem por cento.
- Ok, doutor, eu falo com ela. Eu vou cuidar dela.
- Ela precisa de apoio do namorado.
- Mas eu não sou...
- Já volto. - nem deu tempo de null se explicar.
Namorado de null? Não se importava com a ideia. "Parvo null, você é mesmo dork. O null está te passando estupidez." e bateu com a mão na cabeça.
- James...
- Nem vem, null, você vai ficar em casa e eu vou cuidar de você. E não quero ouvir barafustação. Vai ser assim e pronto! - disse null firme.
Ela só se calou.
- Obrigada, null. Por tudo! Até amanhã” disse ela chegando a casa.
- Já se quer largar de mim? Como é que você vai para o seu quarto?
- Eu peço às meninas.
- Acho que elas não estão aí - e apontou para a janela do primeiro andar e viu a luz acesa da sala.
- Acho que você vai ter de fazer de ama-seca.
- Não há problema. Ser sua ama-seca não é seca de todo. - e ficaram-se olhando.
Tinham passado por tanto naquela noite e a única coisa que sabiam é que gostavam da companhia um do outro. Apenas isso. Queriam apenas estar um com o outro. "Ele é tão fofo que só apetece abraçar" pensava ela. "Adoro aquele olhar" pensou ele. O momento de química entre os dois foi interrompido pelo bocejo dela.
- É melhor te levar senão ainda adormeces aqui. - e abriu a porta do carro e foi ao outro lado. Pegou ao colo ela e entrou na casa. Ela indicava-lhe o quarto mas tiveram alguns problemas nas escadas, por não caberem os dois.
- AI! - disse null, batendo com a cabeça no teto baixo na zona das escadas.
- Você está bem? - perguntou ela.
- Sim, isto já passa.
- Talvez isto ajude. - e deu beijo na zona onde ele foi atingido.
"Melhorou bastante" pensou ele.
null a levou para o quarto e a sentou na cama.
- null, me tira o pijama da mala. - e ele tirou um Top preto a dizer ‘Star Wars’ e uma calcinha preta a condizer.
- Bom gosto o de você.
- Obrigada. Anh. null, preciso de me ir vestir. Depois pode ir, que a casa de banho é perto e eu vou logo. Até amanhã - e deu beijo na bochecha dele.
Ele mesmo assim ficou por perto. Queria estar com ela mais uns momentos. Viu ela a sair da casa de banho, ela se deitou e dormiu profundamente. Ele se aproximou, mexeu na madeixa do cabelo dela e, inesperadamente ela sorriu.
Ele deu um beijo intenso e prolongado na testa dela.
- Te adoro muito. - disse e foi para casa.
null acordou com uma grande luz na cara. Que linda manhã que estava. Ouviu alguns barulhos do andar debaixo e com cuidado foi até à cozinha. Viu os garotos junto com elas.abr>
- Bom dia a todo o mundo! - disse ela.
- null, o que você está fazendo aqui? - perguntou null.
- Ora, que pergunta tão imbecil, null! Ela vem para tomar o pequeno-almoço. Tome os cereais. - null os passou a ela.
- Obrigada. Me passe o leite, null. - e ele o entregou.
- null, você deveria ter-me avisado. - disse null, preocupado.
- Para quê? - perguntou ela.
- Para eu te ajudar. Você não se pode mexer.
- Não foi preciso, mas obrigada pela preocupação. - e se olharam cúmplices.
- null, não acha que estamos a mais? - perguntou null, bebendo o leite.
- Não. Eu estou esperando as minhas torradas. - olhando para a torradeira.
- null, tocaram à porta. - avisou null.
- Tocaram? - perguntou null.
- Sim, tocaram. Vai lá, null.
- Já disse que estou esperando as torradas. - e null e null fizeram olhares furtivos aos outros.
- Hey, vocês querem vir jogar videogame? - perguntou null, aparecendo na porta da cozinha.
- Eu quero! - disse null e puxou null.
- É, vem também, null! - puxou null.
- Calma que as torradinhas estão quase prontas!
- Fique com as minhas. disse ela.
- Ai, obrigado, mocinha. - e deu beijinho na bochecha dela. Saíram da cozinha os quatro, deixando null e null na cozinha.
- Seu pé está melhor? - perguntou ele.
- Já está perfeito, aquele médico é que exagera. Eu tou ótima! - mas ele mandou um olhar de tipo ‘não me engane’ - Mas já percebi que vou ter de ficar o dia todo fechada nesta casa sozinha.
- Quem disse que vai ficar sozinha? Eu fico cá com você!
- Nem pense, null. Você se vai divertir com os outros.
- Hoje não me apetece sair. Eu sou assim: um dia em casa, outro na rua. Como ontem saímos, hoje fico em casa.
- É, seria um pouco chato estar sempre em casa.
- Ou estar sempre a sair e a voltar pra casa todo bêbado, partindo os móveis e levando bronca dos pais. - recordou null e ela se riu.
- Sim, mas aqui não temos eles.
- Sorte a nossa! - e ficaram calados.
null meteu a sua louça na pia.
- Não vai lavar isso não? - perguntou ela.
- Alguém que o faça por mim. - e levou soquinho.
- Preguiçoso.
- Não é preguiçoso! É aproveitar e dar trabalho aos outros.
- É mais explorador do trabalho dos outros. - disse ela meio a rir.
- Explorador? É assim que você me vê?
- Claro, você pensava que eu te via como?
- Como o seu amigo de verão!
"Você é muito mais que isso..." pensou ela e sorriu.
- Tá sorrindo de quê?
- De nada mesmo. Vamos ver eles jogando videogame? - e poisou as suas coisas também na pia.
- Não vai lavar também?
- Não, estou espera que o explorador as lave - e os dois se riram.
- Está pensando ir pra sala como, mocinha?
- Com as minhas duas patas! - disse ela.
- Mas só pode ir com uma. Vá, eu te ajudo. - e colocou o braço dela à volta do seu pescoço. Ela escolheu o pé machucado e lá foram os dois para a sala.
- Toma toma, você tá perdendo, null! - dizia null com entusiasmo.
- Você vai perder, garota. Veja só esta jogada. - disse ele muito concentrado, abanando o comando.
- Nem tente, null, você já foi.
- Será que estes dois nunca vão parar de brigar? - comentou null.
- Aquilo não é briga, aquilo é amor. - null fez cara de apaixonado e a menina se riu.
- Eu ouvi isso! - disse null zangado.
- Yeah, ganhei! Na sua cara, null! - disse toda contente.
- Minha vez! Alguém pra confrontar? - disse null olhando pos outros de modo a assustá-los.
- Eu não! Da outra vez, você me deu uma grande coça! Eu não caio nessa outra vez - disse null e null se ficou rindo.
- Ninguém? - perguntou ela de novo.
- Eu vou tentar! - disse null cheio de coragem.
- Você tem a certeza disso, null?
- Tenho sim, e até proponho à senhorita que apostemos algo. - disse ainda mais confiante.
Ninguém a tinha desafiado, quanto mais subir a parada. null ficou de boca a aberta mas mesmo assim manteve a sua postura.
- Ui, aposta! Diga lá.
- Se você ganhar o jogo, eu lavarei a sua louça durante todo o verão. Se eu ganhar, você terá de arrumar o meu quarto, todos os dias do verão. - disse ele.
- Isso é injusto, cara! Ela não conseguiria... - disse null.
- Por que diz isso?
- Quer ver o quarto dele? - perguntou null.
- Vamos lá. - disse null que saiu acompanhado por null e null foram ver a bagunça desse quarto. Roupas sujas em todo o chão, armário completamente desarrumado, cama sem lençol nem nada.
- Hum, parece que pela sua cara não vai haver jogo. - disse null.
- Aceito a aposta! - e saíram da casa dos meninos.
- Ui, isto vai ser emocionante! - disse null.
- Vou te ganhar. - disse nullsegura das suas capacidades. Eles jogaram todos os níveis e no final...
- EU GANHEI!! - disse null.
- E você tem razão, você ganhou. - disse null.
- Mas tenho de admitir que você foi um bom adversário, null. - e estendeu a mão para apertarem as mãos. Apenas sorriam.
- Bem, eu tô a fim de ir comer fora. A fim de ir à pizzaria da esquina. Alguém vem? - perguntou null, metendo a carteira no bolso de trás.
- Eu vou, tou morrendo de fome! - disse null.
- Eu também. - ia dizer quando null o puxou para trás. Ele depois percebeu que era para eles dois irem sozinhos.
- Vamos, null? - perguntou null.
- Se você convidar, eu vou. - respondeu.
E null e null não tiveram outra hipótese senão ir atrás.
- Ei, esperem que eu quero ir!! - gritava null do seu quarto.
- Se despache, princesinha! - gritou null.
- Onde está meu príncipe? - perguntou ela desentendida.
- null null, ao seu dispor.
- Cresça e apareça garoto! - e deu soco nele.
- Já o avisamos disso! - disse null.
- Eu não quero crescer! Não quero ficar como ele! - e apontou para null e null se partiu a rir.
- Vamos, meu Peter Panzinho! - null puxou null por um braço.
- Vocês não vêm? - perguntou null da porta, enquanto o resto passava à sua frente.
- Tenho que ficar a cuidar da doentinha. Ela ainda se perde dentro da casa. - disse null colocando o seu braço no braço dela, puxando para si.
- Parvo! Esta casa é minha! Eu não me vou perder nela! - e deu alguns soquinhos.
- A gente depois se vê! - disse null fechando a porta rindo.
- Agora é que você não me escapa, null! - disse dando socos.
- Mas se eu fugir?
- Vou atrás de você!
- Mas você tem o pé machucado! - e riu-se tão alto que a menina ficou vermelha de vergonha.
- Pronto, eu disse. Porcaria, é verdade. - ela admitiu.
- Vamos ver filme?
- Pode ser!
- Corridinha até lá? - e levou outro soco dela.
Ele começou a correr pro sofá e ela o tentou acompanhar, andando de pé coxinho mas nada.
- null! - chamou ela - Não ajuda não?
- Ah, desculpa! - disse se rindo.
- Bronco!
- O que você me chamou?
- Nada não! - disse sorrindo.
- Brincalhona! - e se riram juntos.
- Bom, que filme vamos ver? - perguntou ela.
- O Pestinha!
- Ah, você trouxe esse filme?
- Nunca saio de casa sem ele.
- Você o leva paras as discotecas?
- Forma de falar, né? - e fez cocégas nela.
Meteram o DVD e começaram a ver. Passado meia hora, eles se fartaram mesmo.
- Que seca, hein? - perguntou ela.
- Já volto!
- null, onde você vai?
- Espere dois minutos. - e saiu da casa.
- Garoto estranho! Mas também ele é um fofo! Aquela carinha de anjo rebelde! Ai, null, pare de pensar isso dele. Ele é bonitinho e mais nada! - começou a falar baixinho para si.
Os pensamentos dela foram interrompidos pela chegada dele.
- Que você traz aí? - perguntou ela.
- Papel e caneta.
- Para quê?
- Já que você não pode mexer, vamos jogar Stop!
- O quê? null, se eu já tou parada, você ainda me vai querer por a jogar Stop? Eu já tou parada o suficiente e não por vontade própria - e riu-se.
- Ah, agora a garota faz piada. Não, não é isso. Eu te preencho a grelha e já te explico o jogo.
Mais tarde...
- STOP! - disse ela.
- Deixa eu só acabar de escrever a palavrinha. - ele disse segurando a caneta.
- Nem vem, null . Acabou!
- Tá bem, chata.
- Nomes.
- João. - disse ela.
- Escrevi null!
- Engraçadinho. Animais? Eu meti jacaré!
- null.
- Diga?
- Digo o que?
- Você não me chamou?
- Não.
- Mas você disse o meu nome.
- Era a resposta ao jogo.
- Tá me chamando de animal?
- Não, é so impressão sua. - zoou e ele pulou para cima dela fazendo cócegas.
- null, pára! Você não sabe que eu tenho de ficar quieta? - disse ela com dificuldade, entre os risos.
- Você não tem de ficar quieta, você não pode é mexer o pé! - e continuou com um sorriso nos lábios.
- Ah, você tem tanta piada, null, vou te contar!
- Quer levar com mais, é? - e aumentou as cócegas.
- NÃO!!! null, PÁRA!! Pára, null! - disse ela não conseguindo conter o riso.
Ele se ia aproximando dela até que pararam. Ele estava em pé, ao lado do sofá mas com o rosto bem perto do dela. Pararam e fixaram o olhar. Eles podiam sentir o bafo um do outro. Ela tentava-se acalmar com toda a agitação. Ele se foi aproximando, fechou os olhos e esticou os seus lábios suavemente. Ela fez o mesmo. Quando se estavam aproximando, ouviram a chave de casa a entrar na fechadura.
- Hey, povo, chegamos! - gritou null. null e null ficaram muito embaraçados e rapidamente se separaram. Ele foi para o outro canto do sofá e pegou no comando e meteu play. Ela se sentou e se ajeitou, sem olhar para ele.
- Hey, null! - cumprimentou null tentando desviar o acontecimento.
- O que fizeram a tarde toda? - perguntou null chegando à sala com null ao lado.
null e null olharam para o garoto e, de súbito, tiveram um ENORME ataque de riso. Não conseguiram evitar nem parar.
null, que chegou à sala, parou vendo a figurinha desses dois. Não percebeu nada.
- null, você pirou? - perguntou null, sem perceber nada.
- Olha ele. - respondeu entre fortes risadas e apontou para null.
null imediatamente olhou e se riu tanto que se deixou cair no sofá, quase atropelando null.
- AI, QUE CARA A SUA, DUDE! - dizia null.
null decidiu olhar para null e riu-se baixinho.
- Que foi, gente? Passaram-se não?
- E você, null? Ou melhor, lagosta? - disse null e todo o mundo largou uma maior risada.
null segurava a sua barriga porque esta doía-lhe. null limpava os olhos que estavam molhados de tanto riso. null batia descontroladamente na almofada que tinha ao colo.
- null, vem comigo e se olhe ao espelho. - disse null e o guiou ao quarto dela. Os outros esperaram na sala quando ouviram um grito.
- AH, A MINHA CARA!! - e riram-se ainda mais.
- Que deu no null? - perguntou null que apareceu na sala a beber coca-cola.
- Nada não! - disse null tentando manter o riso.
- Você sabe de alguma coisa, null? - perguntou null e ouviu outro riso fininho e grande. - null, onde está você? - e o encontrou tentando se segurar numa parede ao lado das escadas, enquanto null
estava em cima delas.
- Que foi, gente? - perguntou null.
- Olha o null! - null
também não consiga parar de rir.
null fez um riso bem estridente.
- null, venha cá ver a cena!
- null, null, o povo se está passando! - chamou ela vendo null e null e o resto se rindo de nada. Mas parou ao pé de
null e se apoiou na amiga para não se desmanchar a rir.
- Então decidiram encomendar lagosta para o jantar, foi? - zombou null ao lado de null, com null, null e null atrás de si, especados vendo null.
- A lagostinha null! - disse null com voz de gay.
- Se ferrem todos! - disse meio chateado e se fechou na WC do andar de cima.
- O que lhe aconteceu? - disse null se acalmando.
- Fomos apanhar uns banhos pequenos de sol e ele ficou assim - respondeu null.
- Mas ele não sabe que o protetor solar serve para ele não ficar tipo lagosta? - perguntou
null, tapando a boca de se rir.
- Parece que não! - comentou null, e se riram em conjunto.
- VÃO RIR DA CARA DAS VOSSAS MÃES! - gritou null.
- Eu vou lá falar com ele. - disse null vendo que o assunto era sério.
- Vai, vai e veja lá se a lagostinha se acalma. Ainda parte a casa! - avisou null.
- null, pode fazer um daqueles lanches brilhantes que você sabe fazer? - pediu null piscando os olhos.
- Hum, com torradinha, sumo de laranja, e tudo mais? - perguntou ela.
- Sim esses mesmo! Me faz um, please! - null
fez o seu melhor beicinho.
null olhou para aquela cara e ficou admirado. null notou e mandou-lhe um olhar.
- Tá bem, eu faço! Faço para todo o mundo, mas preciso de ajuda... - ela foi interrompida por
null.
- Eu te ajudo! Vamos?
- Apressado você, não? - perguntou null fez graça.
- Quanto mais rápido, mais cedo você terá o seu lanche. - respondeu null.
- Vê se anda com o lanche, tá? Senão aqui o null arrebenta.
- Ei, garoto, que tal não resmungar? - chamou à atenção null.
- Ué, só disse que tava com fome!
- Mas você disse de um modo muito grosseiro.
- GENTE, PAZ E AMOR! - pediu null, vendo que a discussão daqueles dois não iria parar.
- A sua amiguinha aí é que começou! - acusou null.
- O quê? Você pirou, não? Não fui eu que fui besta! - defendeu-se null.
- Acho que a besta entre nós dois não sou eu!
- Garoto grosseiro!
- Garota parva!
- Não sou eu que tenho escrito na testa parvo! - e null
não se aguentou e fechou o punho mas null antecipou-se.
- Dude, nem tente! - null ficou do lado da amiga e
null parava o amigo.
- Seja homem, null! Me bata a ver se tem coragem! - pedia
null.
- null, se acalme - null
segurava a mão dele. null estava cada vez mais raivoso.
- null, se cale! - pedia null.
- Esse cafageste pensa que é homem e depois nem tem coragem para me bater.
null não suportava mais a garota. Queria mandá-la para bem longe!
- null, venha comigo! - chamou null, mas null nem se mexeu.
- Vai lá ter com o seu amiguinho, besta! - acusou null e
null deu um passo em sua direção.
- null! - null chamou sua atenção e null foi atendê-la.
- Que te deu? Você está louca? Queria que ele te espancasse e que destruísse a casa toda? - null estava muito decepcionada com a amiga e gritava.
- Que batesse! Iria ficar em pior estado que eu! Besta. E ele merecia!
- Nem sei qual dos dois é que merecia levar, se você ou ele!
- Lanchinho para todo o mundo! - null
anunciou e entrou na sala com um tabuleiro. Mas o seu sorriso foi diminuindo vendo as caras delas.
- Hey, gente! Que aconteceu? - perguntou null, que vinha atrás.
- A sua amiga que se explique! - e null saiu da sala zangada e cocheando.
null, que acabara de chegar, a tentou ajudar mas levou um olhar furtivo e mal teve coragem pra fazer o que é que fosse.
- Que você fez, null? - perguntou ela.
- Ai, null, não enche tá? - e saiu para o seu quarto raivosa.
null, null, null e null ficaram sem perceber nada. Mas mesmo assim, se sentaram no sofá e tomaram o lanche brilhante de null e null.
- Então como ele tá? - perguntou null a null, vendo-o a sair do banheiro.
- Ele tá mais calmo. E ela?
- Raivosa, muito raivosa. Deus do céu, será que eles se vão entender?
- Não sei não. Nunca tinha visto o null assim. Ele ia quase batendo nela, null! Ele que é tão calmo!
- E mesmo! Desculpa, null, pela null.
- Não precisa!
- Dude. O que aconteceu? Ouvimos gritos lá debaixo enquanto... - começou null chegando com null ao lado.
null fez sinal para continuar.
- Mas o que deu? A null a gritar? Estranho, não? - desviou
null.
- Pois, ela e o null discutiram. - null baixou a cabeça.
- Ele ia bater nela. - acabou null.
- O null? - perguntou null.
- Bater na null? Por quê? - perguntou null.
- Discussão sem nexo mesmo! O importante é que tudo já acalmou. null respirou fundo.
- Mas o null, cara? O null
não faz mal a uma mosca! - pensou null.
- A null quando quer é fera! - relembrou null.
- GENTE VOCÊS VÊM COMER? - perguntou null do andar debaixo.
- Já vamos! - respondeu null e todos seguiram mas null ficou no seu sítio.
- Que foi? - perguntou null.
- Vou ver do null.
- Eu vou com você. - e foram ter com null.
- Anh, null? Vem comer? - null perguntou para um quarto escuro, sem luz.
- Não, podem ir! - respondeu ele, mas eles não conseguiam vê-lo.
- Tem certeza, dude?
- Vai lá, null. - respondeu ele e fecharam a porta do quarto.
- Escadas! - disse ela ironicamente.
- Eu te dou colinho. - ela sorriu - Mas não se acostume!
- Obrigada, null. - e recebeu um beijo dela. Ficou atordoado mas voltou à terra e a pegou no colo.
- Pizza? - perguntou null, sem perceber.
- Com queijo, ananás e cogumelo! - disse null saboreando a grande fatia.
- É melhor se despachar, senão não há mais para vocês! - avisou null e eles os dois se sentaram no chão comendo pizza.
- Onde está o null? - perguntou null e null olhou para null. Ela não queria saber dele.
- Ele ficou no quarto. - disse null e o clima ficou pior. Ficaram em silêncio.
- Em que quarto é que ele está? - perguntou null e o mundo ficou com receio.
- Anh, no de hospedes. É o último à esquerda. - respondeu null.
null se levantou feita relâmpago e todos estranharam.
- null, onde você vai? - perguntou null, mas ela não lhe respondeu e subiu para o primeiro andar.
null e o resto trocaram olhares e assustados e preocupados subiram para o primeiro andar. Ficaram no cimo das escadas, enquanto viam null a bater à porta do quarto onde null estava.
- Ai meu deus, ela vai fazer merda!! - dizia null.
- Shh, se cala! Deixem ver a cena! - pediu null.
null bateu e esperou. null veio à porta. Já não estava raivoso. A sua cara era de cansaço, misturado com arrependimento e tristeza.
- Que quer? - perguntou null.
- null, eu fiz merda! É verdade, eu errei! Desculpa de ter gritado com você daquela maneira, eu apenas me descontrolei! Eu sei que nós dois não nos damos muito bem mas eu estou disposta a começarmos do zero e fazer com que o verão seja agradável para todos. - null parou o discurso. Estava nervosa e arrependida. null manteve-se calado ouvindo-a.
Quando ela parou, nullnão disse qualquer palavra. O resto da galera estava com os nervos à flor da pele. null mordia o lábio,
null olhava intensamente escondida para a cena, null tapou os olhos e se virou para null, que a abraçou e a protegeu da cena. null e null estavam muito nervosos.
- Começamos do zero? - e ela estendeu a mão.
Todos os outros estavam nervosos. Os olhos estavam postos em null, que permanecia calado.
- Eu... - começou null.
null e null se olharam, deram as mãos e respiraram fundo.
- Sim. - pediu null.
- Vamos começar do zero! - e apertou a mão dela. Os outros apenas abriram grandes sorrisos.
- Qual é o nome desta linda lady? - brincou null.
- null, e posso saber o nome do meu par? - entrou ela na brincadeira.
- null, null null. Quer se encontrar comigo amanhã às 8 da noite?
Todos pararam. O quê? Eles iam sair juntos? Iam a uma espécie de encontro?
- Sair? Com você? - perguntou null espantada.
- Você aceita?
Sair? Com o null? O null null? Aquele garoto que passava a vida a discutir? Esse null null?
- Sim, eu aceito! - e null abriu um sorriso que
null nunca tinha visto. "Bem que o sorriso do
null não é nada mau..." pensou ela.
- Vem comer pizza? - perguntou null.
- É de quê?
- Com queijo, ananás e cogumelo.
- Meu favorito. - e começaram a dirigir-se às escadas. Os outros perceberam a cena e começaram a descer as escadas à maluca.
null já estava um pouco melhor e conseguiu acompanhar o ritmo de todos.
Quando chegaram à sala, null e null sentaram-se no chão e pegaram em fatias de pizza, null e null pegaram no comando e ligaram a TV, null e null
se enfiaram na cozinha procurando comida, e null
e null se sentaram no sofá. Notaram que ainda estavam de mãos dadas e trocaram olhares. Por que é que ainda estavam de mãos dadas? O perigo já tinha passado. Fixaram o olhar. As mãos dos dois estavam suadas mas a sensação de estarem em contato um com o outro era surpreendentemente inexplicavelmente boa.
- Boa noite, gente! - disse null a todos e eles os dois largaram as mãos. null olhava para a amiga e deu-lhe um sorriso safado e a amiga apenas sorriu envergonhadamente.
- O que estão pensado fazer amanhã? - perguntou null e deixou null sentar-se no puff mas ela se chegou para um lado, deixando os dois caberem.
- Não sei, logo se vê, quando acordarmos. - disse null e fez um sinal a null que ninguém viu.
- OLHEM, STAR WARS!! - avisou null e começaram a ver o filme.
Alguns estavam interessados, outros apenas conversavam animadamente.
- Oh, acabou! - disse null desapontado.
- É, acabou mesmo. E para mim o dia também acabou! - disse null bocejando.
- Acho que está na hora dos intrusos irem para a sua casinha! - avisou null.
- Intrusos? Nós? - perguntou null sem perceber.
- Sim, vocês! Esta é a nossa casa e vocês tão cá! Logo vocês são os intrusos! - explicou
null e todos de levantaram.
- null, levemente à garota. Ela estava a dormir. A meio do filme, adormeceu. null olhou para aquela carinha linda. O dia tinha sido estranho para ele e para ela. Ficou com ela o dia todo, quase se beijaram e deram as mãos. Na cabeça dele, todos estes acontecimentos giravam muito rapidamente e não faziam sentido.
Ela acordou quando ele passou a mão pela cara dela.
- O filme já acabou, linda. - disse ele.
- Poxa, devo ter adormecido. - levantou-se rindo e ele se levantou e foi para a porta - Vocês já vão? - perguntou ela indo atrás dele.
- Sim. Até amanhã. - e deu um beijo na testa dela e foi-se embora. Ela subiu para o seu quarto mas viu que elas estavam todas nele.
- Olhem quem vem lá, a garota do momento! - respondeu null.
- Eu não sou a garota do momento. Você é que é! Que foi falar com o null? - perguntou como não soubesse de nada.
- Apenas lhe fui pedir desculpa. E combinamos um encontro, mais nada! - disse null , tentando esconder a pouca felicidade.
- Maneiro. Gente, eu quero dormir. - e as intrusas saíram - Boa noite, amores. - e deu beijinho de boa noite a todas, e fechou a porta. Apenas estavam ela e null no quarto.
- null, meu amor... - começou null.
- Isso não pode ser guardado para amanhã? - pediu ela.
- Não. Me conte, o que você e o null têm?
- Eu não tenho nada. Se o null tem ou não isso, eu já não sei!
- Deixa de ser lerda! Você percebeu muito bem a minha pergunta. O que você e o null têm? - null percebeu a pergunta, mas se desviasse do assunto...
- Eu e o Bourne? Nada, por que haveríamos de ter? - fez-se de desentendida.
- Pois você tem razão. Porque é que você e o null poderiam ter alguma coisa? Impossível mesmo né?
- Vê como você percebe? - pensou que ela já estava convencida.
- Finja que faz bem à saúde! Você não me engana! Você ficou toda nervosinha quando vocês largaram as mãos. Você estava tão suada como aqueles garotos que saem do ginásio!
- Acha mesmo que eu e ele poderíamos ter alguma coisa? Eu nem gosto dele. - mentiu ela.
- Que pena! Porque parece que ele gosta de você. - e null
se deitou - Quando puder, apaga o candeeiro por mim?
- Sim, sim sim, claro. - disse confusa.
O null gostava dela? Sem perceber como, ela ficou feliz. Ficou com um largo sorriso na cara e até dormiu melhor.
- ONE, TWO, LET'S GO! - null ouviu alguém a gritar e uma mistura explosiva de sons a acordou de manhã. Abriu os olhos sem perceber nada e depois viu os meninos a tocarem. O chimfrim era do piorio mas o som era bem agradável. Quando eles acabaram...
- BOM DIA! - gritou null e pulou para cima dela e foi esmagada.
- O MEU DIA PODERIA SER BOM SE VOCE SAÍSSE DE CIMA DE MIM! - disse ela e eles se riram.
- Alguma razão especial para este chimfrim logo de manhã? - perguntou ela.
- Hoje vamos à praia! - respondeu null.
- E vamos passar lá o dia! - disse null e ele bateu na mão de
null, fazendo um 'dá cá mais cinco'.
- Logo decidimos acordar as donzelas mais cedo... - explicou null.
- Mas as outras já estavam levantadas. - continuou null.
- Faltava a preguiçosinha! Se levante, estamos atrasados! - chamou null e ela lá se levantou. Os meninos desceram e ela ficou a vestir-se.
Depois desceu para a cozinha. Tava todo o mundo lá.
- Mas agora a nossa casa é um república? - perguntou null.
- Bom dia também para si! - disse null e ela se sentou à mesa.
- Estamos todos prontos? - perguntou null a descer as escadas com null atrás.
- Vamos lá! - disse null, puxando null para o resto do pessoal que estavam à porta. null estava a beber o leite.
- Vamos, preguiçosa! - disse null, passando por ela e pegando na mão dela, puxando-a.
- Calma, null. Estou a tomar o pequeno-almoço! - disse parando-o mas ela já estava levantada.
- Você almoça lá! A gente leva comida! - e foram para a porta com os outros.
- Vamos para ali. - disse null.
- Nem pensar, vamos para o outro lado! - discordou null.
- Pirou, foi? Vamos para aquele lado porque ALI está vazia a praia!
- Mas ali estamos mais perto do café da praia!
- null, PENSE!!! Ali! - e virou a cabeça do garoto para um dos lados - Está cheio de gente! Nós não cabemos lá todos. Mas daquele lado... - virou a cabeça dele para o lado oposto - Temos todo o espaço do mundo. Percebeu?
- Mas...
- VAMOS PARA AQUELE LADO! - disse null sem paciência para aqueles dois.
- Agora é que você disse coisa certa, null! - null concordava com ele. Ela corou um pouco e fez sorriso envergonhado e foram todos para o lado vazio da praia.
- Que trouxeram para comer? - falou null sentando-se na areia.
- Esfomeada a menina! - disse null.
- Certas pessoas não me deixaram tomar o pequeno-almoço direito! - e deu soco no garoto.
- Ah, tá bem, tá desculpada!
- E então que temos? - perguntou ela.
- Temos. null, o que nós temos para comer?
- Anh, temos, água, cervejas, sandes dietéticas para as ladies e bolachinha esquisita... - disse
null, tirando um saco de bolachas todo colorido, fazendo careta.
- ME DÁ ISSO! - disse null desesperada e null lá lhe deu.
- Desesperada a garota! Logo de manhã! - comentou null.
- Não me encham o saco e olhem para o mar! - respondeu ela abrindo o pacote.
- Vamos fazer castelinhos na areia? - perguntou null todo feliz.
- Castelinhos na areia? Cresça, null! - disse null dando tapinha nele.
- Desse jeito, ele nunca irá crescer! - comentou null, segurando a mão de null, que queria pregar a sua mão na cara de null, brincadeirinha de amigos.
- Eu já disse porque é que não quero crescer! - disse ele com convicção.
- Então desembucha, Peter Panzinho! - disse null, pegando no nariz do null e abanando-o.
- É para quê? Para poder ir à Terra do Nunca? - zombou null e levou com null nas costas.
- Vá ver se eu estou na esquina! - defendeu-se.
- Tá bem, tá, foi brincadeirinha, mas não se esqueça, null: segunda estrela à direita e sempre em frente até de manhã! - acompanhou null.
- Ai, que casal tão engraçado! - comentou null e eles os dois ficaram vermelhinhos e se olharam.
- Parem de conversa, parva. Vamos à água? - perguntou null.
- Pode ir, null, eu vou ficar aqui! - justificou null.
- Nem pense! - e a pegou ao colo e foram todos atrás menos null
e null.
Ela estava comendo as bolachas estranhas e depois ele roubou uma.
- null, não coma! Esse é o meu suposto pequeno-almoço! - e afastou o pacote quando viu a mão dele se aproximando do pacote.
- É só uma. - pediu ele.
- Pois mas foram muitas vezes 'só uma'. - e riram-se.
- Olha o null ali! - apontou null.
- Onde?
null tirou o pacote dela.
- null, me devolva isso! - e ele esticou a mão, fazendo com que ela não chegasse ao pacote.
- Não! - disse ele se rindo na cara da garota.
- null, não me faça te bater!
- Ui, tou com tanto medo da null, a super mulher!
null levou aquilo à letra e começou a bater na barriga de null. Batia com cada vez mais força. A última foi com uma força extrema que null gritou um pouco e colocou a mão na barriga.
- null, null, você está bem? - perguntou ela aflita.
- Ai, minha barriga!
- Me desculpa, null. Ai que burra! Você está bem?
- BRINCADEIRINHA! - gritou ele bem alto na cara dela. Ela parou.
- Eu não acredito, null! BESTA! - e bateu com muita força.
- Ai, essa doeu muito!
- Eu não vou cair de novo! - disse ela e se deitou na areia. Queria apanhar banhos de sol mas
null meteu a cabeça dele mesmo à frente da dela.
- null, você não tá ajudando!
- Ah, desculpa! - mas não saiu do seu sítio.
- Anh, null, saia da frente! - e o empurrou mas ele moveu.se pouco e voltou à posição inicial.
Ela percebeu que ele não estava brincando. Ele estava-lhe tapando o sol e ela pode ver os olhos claros dele. As suas faces estavam próximas uma da outra. Ela estava com cara surpresa. Ele estava com uma cara de príncipe apaixonado. Apesar do calor, ela se sentiu toda arrepiada. Ele fazia força nos seus braços para se aguentar por cima dela. Estavam muito muito próximos. Ele passou o seu nariz pelo dela e se riram mas depois encararam-se de forma séria. Era o momento deles. Ninguém poderia interromper. Era aquilo, naquele momento, AGORA!
Os lábios dele estavam quase tocando os dela. Ela fechou os olhos, para aproveitar o momento.
- null!! - chamou null do mar.
Ele desviou a cara e a mandou para a toalha onde ela estava deitada. Ele apenas riu.
- Tão te chamando. - disse ela.
- Não quero saber. - e voltou-se para a garota. A encarou de novo.
- null! - chamou null mas
null a mandou para a água.
Ela apenas sorriu.
- É melhor a gente ir! - sussurrou ao ouvido dele.
Ele não viu outra opção. Foram para a água. Ela começou a andar mas viu null fazendo pequena corridinha ao lado dela. Ela acelerou o passo. Ele começou dando passos largos e ela o acompanhou. Ele começou correndo devagar e ela lá o acompanhou mas inesperadamente ele largou a correr.
- ASSIM NÃO VALE! - gritou ela e foi ter com os amigos ao mar.
- Soube muito bem o banho!! - dizia null, sentando-se na toalha e null se sentou ao lado.
- Soube muito bem mesmo. - disse ele envergonhado.
- Ai que frio! - tremia null.
- Você é um fraquinha! - disse null cheia de energia, mas
null deu de língua.
- Toma, eu te aqueço. - disse null dando toalha para a fraquinha e se abraçando por detrás dele.
- Ai, que fofo, null! - e ela deu beijinho na cara dele.
- Alô, gente? Namorar é ali na esquina, sim? - zombou null.
- Tá falando para mim por quê? Eu bem te vi com o null na água! - acusou null.
- Falando de mim? - perguntou ele.
- Sim, tava dizendo que voc... - mas null calou null metendo a mão na boca da garota.
- Estávamos dizendo que você... você nada muito bem!! - inventou na hora e ele engoliu. null ainda levou um olhar furtivo.
- HORA DE COMER!! - gritou null e todos começaram a comer.
null e null conversavam e riam-se alegramente, null e null apenas comentavam as pessoas que passavam à sua frente e a paisagem. null e null misturavam todos os ingredientes possíveis e imaginários. null e null faziam brincadeirinhas de abraços, roçar nariz um no outro e tudo mais e null e null apenas comiam, apenas fitando o olhar.
- Vocês estão muito estranhos. - comentou null para aqueles dois.
- Nós? - perguntou null.
- Não, o bebezinho ali da esquina! - ironizou null.
- Piadinha, null. - disse null sem grande disposição.
- O null sempre foi estranho mesmo mas agora está ainda mais estranho. Aconteceu algo entre vocês dois? - perguntou null.
Ele tocara no ponto fraco desses dois: como poderia haver coisa entre eles? Poderia haver? Impossível. Era verdade que todos os seus amigos fizeram casalinho e só restavam eles dois e até se davam bem, mas não podia haver nada! Aquela coisa de sentir borboletas no estômago, o ar a faltar e um frio arrepio na espinha cada vez que se olhavam eram apenas problemas técnicos.
- Vamos dar uma voltinha pela praia? - convidou null a null que aceitou.
- Eu... Eu vou comprar uma revistinha... - disse null, percebeu que null e null queriam deixar null e null resolverem ou falarem alguma coisa. - E você vem comigo, amor! - chamou null.
- Eu vou sim. Mas por que voce chamou de amor?
- Ué, você é um amor de pessoa!
- Ah, pensei que você gostava de mim... - disse gozão.
- Cresça e apareça, null! - e foram os dois alegremente.
- Eu fico, gente! - disse null.
- Pensava que a gente ia te convidar? - perguntou null.
- PARVA! - e bateu na amiga e riram-se.
- Olha, conchinha! - disse null e puxou a garota e lá foram apanhar as tais conchinhas.
- Ei, null, tá afim de dar um passeio na praia? Com este sol lindo... - disse null.
- Você vai?
- Não, eu vou ficar aqui. - zombou ele e levou soquinho dela.
- Tá bem, vamos. Vocês dois ficam? - perguntou a null
e null.
null olhou para null, mas ela estava com um pauzinho fazendo risquinhos na areia.
- É, a gente fica sim. - respondeu ele e ficaram sozinhos.
- null... - disse ela continuando na sua - O que aconteceu? Quer dizer, o que ia acontecendo?
- Eu sei, não foi nada. Aliás foi um erro. Desculpa! - ele deu ênfase ao 'aliás'.
Ela ficou quase destroçada. Então todo aquele tempo, em que eles estavam se dando, estavam se tratando como namorados, que se iam quase beijando, era apenas TUDO um erro?
- Tem razão, null, foi um tudo um grande erro! - ele começou o mesmo jogo que ele, dando ênfase ao ‘grande’. null se sentiu um pouco mal. Não percebeu porque ela agia assim.
- A sério? - perguntou ele.
- Sim, muito a sério! Não sei como me passou pela cabeça isso... - ela se atrapalhou. Não sabia quais as palavras certas para que ele não notasse nada!
- Tá bem, assim estamos entendidos. - foi a única coisa que ele disse.
- Ela se sentiu meio mole, sem energia, como se tudo o que existisse de bom no mundo lhe tivesse sido tirado e que já não existia razão para viver. Ela não tinha forças para nada e decidiu dormir.
null ficou olhando para ela. Parecia um anjo a dormir. Ele pensou como seria bom poder abraçá-la, beijá-la e estar perto dela. Mas ela agora mostrou que o odiava ou lhe dava uma coisa bem pior: desprezo.
null decidiu também se deitar. Estava tão mole que precisava de uma boa sestinha mas sabia que os sonhos não seriam dos melhores. Ele se atreveu a deitar-se perto e de frente para ela. Ele estendeu uma mini mantinha que tinha trazido para o pic-nic. E ficaram assim.
- Olha só esses dois! - apontou null baixinho. Todos se tinham encontrado e decidiram voltar para junto dos colegas.
- Que gracinha esse dois dormindo! - disse null abraçando
null.
- Eles que fazem casal engraçado, né? - perguntou null.
- Se fazem! Mas vão ter de aprender a gostar um dos outro, a null é muito insegura... - disse null tristonha.
- É mas esses dois se merecem mesmo! Mas o null não a fará sofrer... - comentou null.br>
- Não, ele é doido por ela. - todos começaram a olhar. Como é que null sabia isso? - Ué, notasse nos olhos dele, até parece que vocês não conhecem ele! - apontou para os garotos.
- É, tem razão. É melhor a gente não acordar eles, estão tão bonitinhos! - disse null e sua cabeça caiu sobre o ombro de null. null respondeu com um sorriso e um abraço à garota.
- Vamos deixar eles. - disse null e se afastaram.
null acordou e viu que null estava quase colado a si. Não ficou chateada nem nada apenas sorriu para o garoto mas este foi diminuído. Se sentou e olhou à volta, todos estavam na rocha se divertindo e olhando o pôr-do-sol. Estava mesmo lindo e não queria perder nada disso.
- null, null, acorda! - pediu ela docemente.
- Que foi? - disse ensonado.
- Me faz um favor?
- Tudo. - e corou um pouco.
- Me faz companhia nesse pôr-so-sol? - ele não resistiu.
Se sentaram na areia, olhando para aquela luz brilhante. O céu era laranja e no fundo um rosa muito clarinho e suave.
null sentiu aquela luz fortinha e quentinha na cara, sabia muito bem.
- Você quer sentir a emoção do pôr-do-sol não? - zombou ele.
- Não brinca não, null! Ele tá lindo!
- Lá isso está! - disse ele e sentiu-se nervoso e pegou na mão dela - Mas você é muito mais!
Ela se calou. Tudo estava perfeito: o pôr-do-sol, ele, o momento. Ela não disse nada, apenas ficaram paradinhos, vendo aquela linda paisagem, com as mãos dadas, a cabeça dela no ombro dele.
- VAMOS, GENTE! - gritou null e foram todos para casa.
Eles se separaram. Todos conversavam alegremente dentro do carro e null e null apenas trocavam olhares, mas agora olhares quentes e apaixonados.
E o dia tinha acabado da melhor forma.
- AAHHH!!! - null acordou com um grito enorme de null. A sua única reação foi se levantar, e correr lá para baixo.
- AGARRA ELA, null! AGARRA ELA! - null gritava muito alto. null tapou os ouvidos.
- Acalme-se! - dizia null tranquilizando-a.
- AI MEU DEUS!! - parecia que quanto mais gritava, a voz aumentava de volume, não se cansando.
- DÁ PARA FALAR MAIS BAIXO AQUI? - gritou null.
- Bom dia, null! - disse null beijando a testa dela.
- NÃO VÁ PARA AÍ! ELA TÁ AÍ! - gritou null e null e null arrepiaram-se.
- Dá para explicar está situação bizarra? - perguntou ela.
- A null assustou-se com uma aranha que está ali. - explicou null.
- Ai, agarra ela, null! - null encolheu-se toda e abraçou null.
- Ai gente, eu vou lá. - disse determinada. null
foi ver por baixo das escalas e inspecionou a zona. Quando viu a aranha...
- AH! - gritou ela e null gritou junto.
- VOCÊS QUEREM QUEBRAR NOSSOS OUVIDOS LOGO DE MANHÃ? - era null que gritava. null estava a seu lado e tirou a chave de casa da porta aberta.
- null? - perguntou null.
- null? - perguntou null.
- Que vocês tão fazendo juntos a essa hora da manhã? - perguntou null olhando para o relógio de parede.
- A gente... A gente tava... - começou null tentando arranjar uma desculpa e olhou para null - A gente foi buscar pão para a manhã!! - disse ela roubando o saco de null.
- Ah, que bom! Já estava com fome mesmo!
- Seu comilão! - null deu um tapa em null.
null teve de se sentar ao lado de null. Tinha uma forte dor de cabeça e não percebia porquê.
- Você está bem? - null pousou a sua mão na dela.
- Estou, só dor de cabecinha matinal - e afastou a sua mão. Ele continuou comendo os cereais triste.
- null, dude, não fala? - perguntou null.
- Anh, onde estão os outros? - desviou ele.
- O null está a treinar guitarra e o null... null, e o null? - perguntou null sem grande certeza.
- Foi com a null ao mercado!
- Mas vocês já não foram de manhã? - perguntou null.
- Quem? Nós? Nós não fomos ao mercado. - perguntou null.
- Sim, vocês trouxeram pão para a gente. - explicou null.
- Ah, isso... É, a gente foi, mas foi só comprar pão. - apoiou null.
- Então como correu vosso jantar? - null engasgou-se com as palavras de null.
- Ah, o jantar... - respondeu ela.
- Que vos deu? Parece que todo o mundo virou estar lento de cérebro. Acordem, já é meio-dia! - respondeu null.
- O jantar corrreu normal. - respondeu null bebendo o leite.
- Normal? E o que é normal? - pergunto null curiosa.
- Normal, o que normalmente acontecem nos encontros, nas saídas, nos jantares! - disse null.
- Ah, agora o jantar já é falado como encontro... - disse null
e sorriu maliciosamente para null que riu-se das faces vermelhas de null e null.
- É meio-dia! Tenho de ir! - disse null apressado.
- Caraca, me esqueci! Se despacha, null! - disse null enfiando o último pedaço de pão pela boca abaixo.
- Tou indo! - disse ele e saíram os três.
- Que acabou de acontecer? - perguntou null.
- Não sei, e aí, null? Nos conte esse tal de encontro com o
null. - zombou null.
- Não foi nada demais. - disse ela.
- Sim e eu nasci ontem! - disse null.
- Por acaso você não fez anos ontem? - perguntou null.
- Ah, null fez piada! Mas fala aí, que aconteceu? - null pressionou.
Agora null já não escondia o seu sorriso.
- Nós fomos jantar a um restaurante bem maneiro, depois ele me levou para o alto de um edifício e depois ele me levou a casa. Mas quando estávamos a porta daqui ele, ele...
- Ai não enrole! - pediu null.
- Ele me pediu para eu não ir, eu pus a mão na maçaneta, ele me puxou e ficamos muito próximos...
- Ai, não me mate de curiosidade! - era a vez de null.
- E ele me beijou! Foi mágico e depois ficamos a dormir num banco de jardim! - null acabou com os olhos a brilhar.
- Banco de jardim? Cena tão não romântica! - null perdeu a curiosidade toda.
- Que besta, null! Ai, estava confusa. Sua noite foi linda mas não sabia em que ponto em que a sua relação com null estava. Também não importava para o caso.
- Onde é que eles foram? - perguntou null.
- Não sei, vamos a casa deles! - disse null.
- Esperem! Eles devem estar ocupados! - disse null.
- Ocupados com o quê? Com a aranha da null?
- Ah, piada! Esteja calada e se cale!
As amigas olharam para ela meio estranho.
- Quê? Vamos à minha frente... - null as empurrou para fora de casa. null não se sentia bem, desde ontem que não queria olhar para a cara dele. Mas porquê? Tal como ele antigamente disse, ele era o amigo de verão dela e nada poderia acontecer entre eles. Mas mesmo assim, ela se sentia triste.
- null, você está bem? - perguntou null.
- Claro, dor de cabeça! Sabe como é, apanhei muito sol ontem! - se desculpou.
- Também, xuxu. Mas eu quero ver essa carinha alegre! - e sorriu para a amiga.
- Acho que você vai ter de esperar por um certo alguém que me ponha um sorriso nessa cara de morte. - murmurou null e seguiu-as.
Elas chegaram e viram null e nulldisputando um balão de água no jardim à porta.
- null, larga isso! É meu!
- Nem pensar, acha que eu vou-lhe deixar quebrar esse balão na minha cara? - null apertou aquilo com força e deixou cair o balão no chão, arrebentando.
- Viu o que você fez?
- Culpa sua! - disse ele e pegou num outro balão e atirou à barriga dela, encharcando mais a camisa dela.
- null, VOLTA AQUI! - e foi atrás dele para dentro da casa.
- Que bagunça! - disse null e veio ao seu encontro um null sequinho.
- Oi! - e deu beijo na bochecha dela.
- Que passou aqui? - perguntou ela.
- Anda, eu te salvo desta guerrinha! - e levou ela para dentro de casa, tentando salvar ela.
- Boa, fiquei na mesma! - disse null. Definitivamente não tinha percebido nada de nada.
- Oi, null! - e ela viu um null encharcado dos pés à cabeça. Ele a abraçou e beijou ela, deixando-a sem resposta possível.
- null, SE LIGA!! Tá me molhando! - disse ela e se afastou dele, já molhada.
- Ai, desculpa, amor! Foi sem querer! - e a cobriu de beijos.
- Me larga, null! - ela ficou ainda mais molhada.
- Ai, desculpa! - ele deu risada e levou tapa dela - null, me faz um favor, meta as mãos atrás das costas.
- Para quê?
- Faz o que eu peço!
- Mas me diga para quê, null!
- Faça só isso.
- Tá bem. - ela fez o que ele pediu.
null rapidamente mandou balão de água na cara dela. E ela, mesmo tirando as mãos de trás das costas, não pôde evitar. Seu cabelo estava molhado, e suas roupas também. null apenas ria a gargalhadas e null tentava parar o riso.
- null null, EU TE MATO! - e saiu correndo atrás dele.
null ficou sozinha e decidiu olhar à volta. Todos sorriam, todos brincavam e ela estava ali, tentando arranjar diversão para esse verão.
- Nem tente, null! Já foi! - dizia null se rindo na cara dele.
null atirou balão de água mas foi acertar na camisola de
null que olhou para ele espantada.
- Fez burrada, agora disfaça! - disse null olhando para a cara de fantasma de null e foi para a parte de trás da casa.
null se dirigiu a ela com medo. Ela estava de cara baixa.
- null... Eu, me desculpa vai... Eu não fiz por mal. - ele estava atrapalhado e arrependido.
- null...
- Me desculpa! - ele segurava a mão dela.
- Você é melhor correr...
- Por quê? - ele olhou à volta feito tonto.
- Porque quando eu te apanhar, eu te mato! - e ele o empurrou e mostrou a sua cara de riso idiota.
Ele apenas pode rir com ela. Eles se olharam. Pararam de rir e ficaram feitos parvos a olhar um para o outro. Meio estranho isso mas tudo bem.
- Sempre me vai matar? - perguntou ele ainda provocando ela.
- Você duvida?
- Hum, duvido!
- Então bem pode ficar aí quietinho a ver o que lhe acontece! - ameaçou ela.
- Que medo!
- Devia estar, null!
- Eu não tenho medo de nada!
- Tem certeza?
- Absoluta. Nem mesmo da super null.
- Mas dessa vez não é a super null.
- Então quem é?
- É a malvada, irritada e estressadinha null.
- Ui, acho que minhas pernas estão a tremer... - e ela correu atrás dele para a parte de trás da casa dos meninos.
- , me larga, viu! Esse balão é meu! - dizia ela para um null que estava empoleirado nas suas costas.
- Nem pense! Me dá isso!
- Não! Isto vai servir para eu atirar isso em sua cara feia!
- Nem pense! Espera aí! Você me acha feio?
- Quer a verdade nua e crua?
- Se possível...
- Eu te acho uma gracinha! - disse ela e sorriu.
- Uma gracinha?
- Sim, uma gracinha!
- Hm, também... Agora me dá isso! - ele tentava alcançar o balão que ela tinha nas mãos.
- null, nem tente fugir! Ninguém foge ao invencível null! - null corria atrás da garota.
- Só mesmo eu, né, fofo?
- Nem você escapa!
- Que diálogo tão tornorento! - disse null e levou os olhares mais furtivos que alguma vez tinha recebido.
- Brincadeirinha, gente! - disse ela rapidamente.
- Te peguei! - null conseguiu o balão e largou fugindo.
- Me devolva isso, null! - disse ela o perseguindo.
Subiram para o primeiro andar e ele se atirou da janela do quarto. Quando pisou o chão, deu língua para ela, que retribuiu fazendo o mesmo. Ela desceu as escadas e foi para o jardim, onde se cruzou com o fugitivo.
- Me dá isso, null! - gritou ela atrás dele.
Ele não se limitou a parar, continuou estrada fora. Ela também não parou. Continuou até ao final da estrada e parou. Foi para o lado esquerdo mas fitou ela para o lado direito e fez o trajeto no sentido contrário. Ela não iria desistir. Ele passou pela casa deles, passou a casa das garotas e sem mais forças, parou no meio da estrada.
- Te apanhei! - disse ela baixando as costas e se apoiando no ombro dele.
Ele viu e mostrou a ela o balão rebentado e vazio.
- Tudo isso por causa de um balão vazio? - perguntou ele e riram-se bem alto.
- Mas foi divertida essa perseguição... - disse ela.
- Sabe... Eu... Eu te perseguiria. - disse ele.
- Ah sim e por quê?
- Por isso. - ele puxou a garota para perto de si.
Ela mal teve tempo de resposta. Sentiu a mão do garoto nas suas costas e os seus lábios foram ao encontro dos dele. Apesar de estar um sol forte e de estar abraçada a ele, ela sentiu sua espinha congelar e grandes borboletas no estômago. Mas aproveitou tanto o momento quanto ele. Ela se empoleirou no pescoço dele e intensificou o beijo.
- Seu cabelo... - disse ela quando partiram o beijo. Ela o tinha despenteado por completo.
- Não importa. - e olhou bem fundo nos olhos dela claros e mais brilhantes que nunca.
Ela o abraçou. Ele a apertou bem forte.
- Sabia que eu te adoro muito? - sussurrou ao ouvido dela.
- Você é um fofo.
- E que mais?
- E que mais o quê?
- Você só me acha fofo? - perguntou ele olhando para ela.
- Sim. Você é, engraçadinho, gracinha e fofo.
- Ah, tá bom. - e foi andando para casa.
- null, que foi? - correu ela atrás dele.
- Eu pensava que você gostava de mim. - fez birrinha de bebê.
- Ah não! Eu tava brincando.
- Tava mesmo?
- Ai, null, não fica assim! Eu te adoro... - e começou a beijar a cara toda dele e ficou quieto - Melhorou? - ele se calou e ela ficou olhando para ele.
- null, me meta no chão!!! - pedia ela. Ele a tinha pegado ao colo e fazendo-a girar. - Você é doido sabia? - confessou ela já com os pés no chão.
- É, sou sim. Doido por você! - e se entregaram a um longo e apaixonado beijo.
- VOCÊS DOIS! VAMOS QUE A PIZZA JÁ CHEGOU! - era a vez de null chamar por eles mas null tentou ainda calar a boca dele mas em vão. null percebeu depois que tinha atrapalhado.
- AI DESCULPA! CONTINUEM! - e null deu tapa nele. null e null apenas se riam dessa situação.
- Vamos? - perguntou ela.
- Tem certeza que não quer ficar aqui comigo? - e ele puxou ela para perto de si.
- Querer ficar eu quero... - mas ele nem a deixou acabar. Beijou-a - Mas a gente tem de ir... - mas foi interrompida por outro beijo - ME DEIXA FALAR!
- Ai, desculpa, amor! - e deu beijo na testa dela.
- Vá, vamos! - e puxou ele.
Dentro de casa, a confusão estava instalada: null e null estavam ao risinhos e aos abraços, null e null estavam vendo um filme e comendo pipoquinha, null e null se entretiam fazendo o jantar, null e null ainda se molhavam um pouco.
- Ei, chegaram eles! - disse null, mas null acompanhou null e regressaram os dez à pizza, aos filmes, ao convívio.
- Pô, acho que esse filme já deu! - disse null desligando a TV com o comando.
- Videogame? - perguntou null ao resto do pessoal.
- Não gente! Eu estou meio... - null bocejou - Meio cansada mesmo!
- É acho que foi um ótimo dia mas a gente tem de dormir! - disse null.
- Bem, parece que não somos nós que temos de sair, não é? - null levou tapa de null.
- Tá bom, tá? A gente vai logo mesmo! - disse null se levantando e indo disparada para a porta.
- Não! Fique! - disse null e a puxou para perto de si.
- Eu tenho de ir para casa.
- Eu te levo! - e sorriu para ela.
- Meninas, eu tou indo para casa! Vocês vêm ou não? - gritou null.
- Eu tou indo! - disse null.
- Mas já? - perguntou null, sem perceber.
- Tou cansada, fofo! Até amanhã, gente!
- Calma, a gente vos leva, né?
- Por quê nos levar? A casa é do outro lado da rua! - perguntou null como se fosse óbvio.
- Porque a gente é cavalheiro! - null levantou-se e estendeu a mão para null e sorriu para ela.
- Você também vai? - perguntou null a null.
- É eu vou sim!
- Eu também vou!
- Por quê? Quer também ser cavalheiro?
- Para quê? Eu já sou cavalheiro! - e fez ar de importante.
- Sim, acredito nisso!
- Quer apostar?
- Vamos a isso!
- Apresenta-se null null, ao seu serviço madame! - e se curvou e pediu a mão dela.
- Hm, não está mau! - ela aceitou a mão dele e foi puxada para perto dele. Envolveram-se num beijo apaixonado.
- Isso soube muito bem! - disse ela.
- E você ainda não viu nada! - e rapidamente a pegou ao colo.
- null! Você pirou?
- Não! Vamos para casa!
- Assim? Pelo meio da rua?
- Ué, queria que fosse pelo telhado?
- Engraçadinho! - e abanou o nariz dele e depois deu beijo leve no nariz.
- Vamos, princesinha.
Eles saíram da casa dos meninos. Todos eles ainda estavam falando com as meninas à porta de casa.
- Sabe o que mais? Vamos para a parte de trás da casa, sim? - perguntou null.
- O que você quiser! - e se esconderam no jardim escuro.
- Me coloca no chão! - e ele fez o que ela pediu e o ficou encarando.
Ele mexeu no cabelo dela, acariciou sua cara e os dois envolveram-se num beijo profundo, longo, apaixonado.
- DUDE! - ouviu-se uma voz da porta de casa chamando e o beijo foi interrompido.
- Devem ser eles me chamando! - e riram-se os dois da situação.
- É melhor eu ir também andando! - e o ultrapassou mas a mão dele no braço dela a fez parar.
- Vem por aqui! - e saltaram o muro que dividia a rua da casa dos garotos. Pela estrada, saíram correndo até à porta dela. E ficaram parados olhando um para o outro.
- Eu te amo. - disse null para ela.
- Eu te amo muito! - respondeu ela e deram um beijo rápido mas apaixonado. Ela abriu a porta e sorriu para ele antes de fechar. Encostou a porta, e fez o sorriso mais bobo de todo o mundo.
null chegou à casa, abriu a porta com a chave, entrou, fechou a porta, se encostou nela e pensou no dia. Que dia!
- Vamos sair, gente? - perguntou null a todo o mundo.
null e null viam abraçados um filme, null e null jogavam videogame, null e null falavam coisa de mulher, null e null conversavam com null e null, também muito agarradinhos.
- Ai não! Eu não quero! Estou aqui tão bem! - disse null e recebeu um beijo de null na bochecha.
- Ai não, gente! Que podres! Vamos lá dar saidinha! Eu vi aí um clube muito bom! - pediu null tentando puxar seus amigos.
- Que você acha? - perguntou null a null.
- Se você for eu vou! - respondeu ele.
- Isso, ela vai, null! Agora mexam esses traseiros, rápido! - disse ela tentando levantar mais amigos.
- Se acalma, garota! É por isso que o null ainda não te pegou! Estressadinha! - mandou null e null ficou mais vermelha que um tomate e correu para o banheiro. nullestava à nora.
- null! - disse null.
- Que foi?
- Precisava ser assim? - era a vez de null.
- Agora você também vem para cima de mim, é?
- Eu vou para cima de você mas é porque eu gosto de você! - e beijou ela.
- Mas o que deu nela? - o confuso null falava agora.
- Tá na cara! Ela gosta de você! - disse null descaradamente.
- null! - as três meninas chamaram à atenção.
- Ok, eu me calo mesmo!
- null? - perguntou null, procurando por ela.
- Ai, se despacha logo, null! A gente quer ir ao clube! - afinal não era descarada null a gritar mas sim null.
- Que foi? - perguntou uma voz choramingando.
- null! - disse ele e abraçou a menina com olhos inchados.
- Que parva que eu! Me perdoa?
- Perdoar de quê?
- Por eu... Por eu pensar que você poderia gostar de mim! - e choramingou no peito dele.
- Que pensamento!
- É, me perdoa por ter esse pensamento estúpido que você poderia gostar de mim.
- Anh? Que você tá dizendo? Eu gosto de você e não é como amigo. - começou ele e a menina olhou para ele. Abriu.se um largo sorriso e ele a abraçou ainda mais.
- Obrigada, amigo! - disse ela e ele a beijou.
- SE DESPACHEM, NAMORADOS! - chamou null e se ouviram risadas lá de baixo.
- Vamos? - perguntou ele.
- Vamos. - e desceram as escadas de mãos dadas sorrindo.
- Sábado à noite! - disse null triunfante quando chegaram ao clube.
- Vamos dançar essa música, meninas? - null estava super entusiasmada.
- Com as meninas? - perguntou null.
- Claro! Eu amo esta música! - null dançava no lugar.
- Nem pense! Você vai é dançar comigo! - e null a puxou, fazendo a menina rir o caminho todo até ao meio da pista.
- null, me vai buscar uma bebida? - null fazia beicinho.
- Hum...
- Por favor! - pediu ela fazendo ainda mais beicinho.
- Só com uma condição!
- O quê? - ela estava curiosa.
- Você vai comigo! - puxou ela para si.
- null, raciocine! Se eu te pedi para me ir buscar bebida, foi porque eu não me queria mexer! - null deu tapa nele.
- Sim, mas agora você quer! Senão não te dou beijo! - disse ele.
- Deve pensar que eu quero! - disse ela.
- Tá bem, eu me vou. - e null deixou o grupo.
- null! Seu imbecil! Vai buscar minha bebida e eu sim VOU com você! - disse null o parando. Ele pegou nela e a beijou.
- Te adoro. - e foram contentes buscarem as bebidas.
- null, que vamos fazer? - perguntou null.
- Nós... Nós vamos... Nós vamos tentar achar o null, que ele ficou com o meu celular!
- Parvalhão! Vamos lá buscar seu celular - e se riram buscando ele.
- null.
- Diz, null.
- Você sabe que eu estou cansada?
- Não não sabia. Quer se sentar?
- Se você não se importar... Mas pode ir dançar com todo mundo. - disse ela se sentando numa mesinha num canto.
- Não importa. Eu estou onde você está. Eu fico aqui com você. - e entregaram-se a um beijo apaixonado.
- null, vá lá! - null puxava uma null sentada e cansada.
- Não, null! Eu quero descansar!
- Mas eu não vim pro clube para ficar quieto!
- Então veio para aqui para quê?
- Para estar com você! - e beijou ela.
- Assim você não me convence. - e empurrou ele.
- Ai não? - ele piscou olho para ela com ar de desafiador.
- null, ME LARGA! - null a tinha pegado pelo colo e estava na pista de dança.
- Hum, acho que estou ouvindo uns ruídos estranhos!
- POIS TÁ! SOU EU GRITANDO!
- Hum, não deve ser nada mesmo! - zoou ele.
- null null, me meta no chão, JÁ! - disse ela entre risos.
- Ai, que seca! Nem brincadeirinha você participa! - e ele fez cara de amuado.
- Não fica triste não. - e colocou seus braços à volta do pescoço do garoto - Mas eu me vou sentar.
- Não, fica! Dança comigo! - mas a música tinha parado.
- Bem apanhado, null! Me vou! - zoou às gargalhadas mas uma música leve, romântica, balada começou tocando.
- Nem pense que você vai fugir nesta música! - Puxou ela para perto de si e seus narizes se tocaram.
Ele a abraçou, segurou na cintura e seu pescoço se colocou no ombro dela. Ela podia escutar o coração dele, porque seu ouvido estava no peito seguro dele. A música, o ambiente, ele, ela... Será que existia alguma coisa nesse momento que não fosse perfeito?
- Não quero te deixar! Não quero que acabe a noite. - sussurrou ele ao ouvido dela.
- Eu te adoro. - e foi beijada na testa. Ficaram assim, agarradinhos, ele envolvendo-a nos seus braços, ela sentindo o coração quente e reconfortante dele batendo.
Nada mais interessava. null dava leves beijos na cabeça dela e depois encostou a sua à da garota, ficando em maior sintonia.
- Vem comigo. - pediu ele e eles saíram da festinha.
Ela apenas aceitou a mão do garoto e seguiram para fora da festinha. Chegaram à rua e ele ficou parado.
- Que foi, fofo? - perguntou ela preocupada.
Ele apenas beijou ela e a abraçou.
- Sabe, eu não quero que esse verão nunca acabe. Eu quero ficar assim, agarradinho a você! - disse ele e um sorriso brilhante, grande se formava na cara da garota.
- Você tá preocupado com isso, bobo? - ela se estava meio rindo, mexendo no cabelo dele.
- Claro que estou! Sabe eu nunca tive assim uma coisa de verão! Eu nunca senti assim tão completo. Parece que eu posso mudar, posso ser parvo, posso mudar de opinião, posso ficar zangado, posso me ir abaixo, posso chorar, posso gritar com você, posso mudar de estilo de vestir, posso tomar decisões parvas, posso... Posso fazer tudo o que eu quiser que você vai me sempre apoiar, não importa o quanto eu mude. Entende? - ele estava receoso, tinha deitado tudo cá para fora.
- Entendo sim e ainda te digo: você pode fazer isso tudo, mas eu NUNCA NUNCA vou dizer 'null, você mudou. Você fez aquilo e por isso eu já não gosto de você!' Eu te amo desse jeito, dessa sua maneira de ser e espero nunca me separar de você, porque eu também preciso de você. Você me completa, você é o meu sal na batata frita, o meu chantilly nos morangos, o meu tinteiro na caneta... Eu o estica, você o puxa! - disse ela e ele foi se rindo com cada exemplo que a garota dava.
- Porque é que eu sou o puxa? - perguntou indignado.
- Porque a sua bochecha é muito gordinha. - e esticou as bochechas. Ele simplesmente pegou nela ao colo e a fez girar. Ela gritou um pouquinho mas o sorriso na sua cara era evidente.
Ele a colocou no chão e olhou em seus olhos.
- Mas você é um fofo. - disse ela.
- Eu nunca te abandonarei. Estarei sempre aqui. - disse ele e encostou a sua cabeça na dela.
- É, eu também por você! - e fez uma festinha na cara dele.
- Eu te amo. - disse ele com grande sorriso.
- Eu também te amo - e terminaram a tarde com um grande, quente, apaixonado e demorado beijo.
Os minutos se tornaram horas, as horas em dias, os dias em semanas, e os garotos e as meninas não se largavam.
null e null viviam os melhores momentos de uma típica e forte história de amor, momentos de carinho, ternura, amizade e muito, muito amor.
null e null continuavam andando naquela coisa da amizade especial com abraços e beijos à mistura.
null e null começaram uma nova relação, sem nunca esquecendo a grande amizade que tinham.
null e null andavam no 'ficar'. Não sabiam se namoravam ou não, apenas aproveitavam o que o verão trazia de bom.
null e null não queriam grandes compromissos, mas todos sabiam que, de vez em quando, esses dois se escondiam e trocavam alguns beijos.
- Hey, gente, olhem, olhem! - um null muito entusiasmado correu até à sala numa noite quente.
- Que foi, amor? - perguntou null.
- Olhem só, gente! - ele entregou o folheto à garota e todos se aproximaram dela.
- Me dêem espaço! Mal consigo ler o que o meu Peter Panzinho me deu!
- Depois conta, tá? - pediu null, e continuou falando com null, enquanto estava no colo dele.
- Deixa lá, ela nem está interessada nisso mesmo. - comentou null, e null nem ligou.
- Pô, isto tá difícil de ler! - null afastou e aproximou o folheto umas boas vezes.
- Ai, tão lerda! Me dá isso! - null lhe tirou o folheto e null se aproximou dela.
- Festa de Verão. - leu null.
- Se você quer se divertir, se embebedar, aproveitar a vida, então vem à Summer Party, que será no local blá, à hora blá. Só pode entrar... Blá blá blá! - disse null, e mandou o folheto para o chão.
- Não percebi nada com você a ler! - reclamou null.
- Amiga do meu coração, que agora você tem de o dividir aqui com o null. - null tentava explicar com calma a null. - O que a nossa amiga, mas muito tonta, null quer dizer é que vai haver festinha de arromba para a semana. Entendeu ou é preciso fazer desenho para você?
- Ah, ok, tanto dá! - disse ela, sem importância.
- Meninas, acordem! Festa de arromba! Tão perto de nós! - a atenção virou para null, que pegou no folheto do chão. - Ainda por cima vai tocar aquela banda!
- Banda? Qual banda? - null roubou o folheto. Ela saiu do colo de null, e ele se endireitou.
- Aquela banda! Aqueles garotos pequenos, meio doidos. - null exagerava nos gestos.
- Quem? Aquela nova banda? - null roubou o folheto a null.
- Hey! - ela comentou.
- Essa mesmo! - null queria convencer os amigos a irem.
- Nós vamos! - disse null, mandando o papelzinho para o ar, abraçando null e beijando-a no pescoço.
- É, a gente vai! Vocês vão? - perguntou null sorridente.
- Eu vou! - disse null, e o resto do grupo foi dizendo o mesmo.
- Não sei não, gente. Essa festa caiu assim do céu! - disse null.
- Acha que a festa é de fantasma? - null começava a concordar.
- Os dois maluquinhos em momento de maluquice! - null comentou baixinho com null e a fez rir.
- Pode ser... Passamos estas últimas três semanas indo apenas à sorveteria da esquina e a fazer tudo em casa e, de repente uma festinha de arromba aparece assim do nada!
- Ai, null, para de ser dramática! Eu agradeço a quem teve essa idéia brilhante! O que é um verão sem festinha? - perguntou null.
O resto da noite foi assistindo filme, conversando, convivendo, antes dessa tal festinha de arromba que null não queria ir.
O pressentimento da garota estava certo.
- null, me passa aquilo ali. - null se olhava ao espelho e apontou para um batom.
- Toma! - e deu à amiga - Alguém viu meus brincos? - e nullapareceu à frente da garota com umas florinhas. - Obrigada, amor! - e mandou beijo para ela.
- Meninas, estou bem? - null fez pose e mostrou às garotas o seu top azul claro, a sua saia pequena com folhos rosa e as suas botas de tropa.
- Muito selvagem! - null provocou risada geral.
- Nah, você está demais mesmo! - disse null.
- Obrigada! - e deu beijo na cara dela.
- null, esta camisola... - null mostrou uma camisola vermelha - Ou esta? - mostrou uma amarela.
- Ouch! A vermelha, claro! Você quer parecer pirilampo? - riu da amiga.
- Ué, o null diz que eu sou a luz da vida dele! - e provocou de novo risada.
- null, muda de camisola! Olhe só essa mancha aí! - null chamou a atenção.
- Ah, meu Deus! Obrigada por ter avisado! - e ela foi a correr para o armário e procurar uma outra camisola.
- Pronto, eu estou pronta! - null se olhou ao espelho, mexeu no cabelo, ajeitou o top preto, esticou as calças não muito justas, e calçou as suas sandálias rosas.
- Onde é que a senhorita vai? - null estava curiosa.
- Para o mesmo sítio que vocês! - apontou para as amigas.
- Será que ela não tem jantar romântico secreto com o null? - null comentou e levou tapa.
- E você? Com essa sandália e essa saia que mais parece um cinto largo, parece que vai ter com o null! - ela ficou muito vermelha, e todas riram.
- Será que eles vão demorar muito? - null desviou.
- ALÔ! Eles vivem do outro lado da rua! - null só se queria esconder num buraco.
- null, se despacha! - era a milésima que null batia na porta do banheiro.
- Calma! A null não foge! - null saiu e levou tapa do amigo, que fechou a porta.
- Ih, ficou irritado! - zoou ele.
- null, onde é que você meteu meu perfum... - null cheirou null e percebeu.
- Ai, desculpa! Era o que estava mais à mão! - ele se encolheu todo.
- Você só usa coisa dos outros! - acusou null, rindo.
- E você só sabe passar o dia agarrado à null! - disse ele, zoando com o nome da garota.
- Acho que não é o null que passa todo o tempo fazendo figura de palhaço atrás da null! - null apoiou null, e uniram as mãos.
- Apaixonados se divertindo! - null deu de língua.
- Bem, estou pronto! - disse null e ajeitou a camisa.
- Eu também - disse null e mexeu o cabelo.
- Tamos no ir! - null apareceu com a camisola do pijama.
- null! - chamou null a atenção.
- Eu sei que estou bonitinho! - ele ajeitou a gola do pijama e notou que estava com uma camisola com ovelhinhas e desapareceu a correr para dentro do quarto.
- Que deu nele? - perguntou null, saindo do banheiro e vendo os outros rindo.
- O costume! - disse null.
- Que estamos à espera? Não podemos fazê-las esperar! - null saiu logo a frente deles feito relâmpago.
- Gente, eles chegaram! - os meninos assustaram-se com o grito que vinha dentro de casa e com a correria pelas escadas.
- Oi. - null cumprimentou null - Você tá linda. - ela corou.
- Gente, parem com a conversa e vamos andando! - null estava ao volante, mas levou tapa com força de null.
- Hey, você tá tão linda que eu já não sei o que te dizer. - null susurrou ao ouvido de null, e seguiram.
- nullzinho, vamos dançar. Você tá sempre com genica para tudo! - null o puxou para a pista.
- Como sempre, a gente vai buscar as bebidas, né? - perguntou null para null.
- Estão esperando de quê? - perguntou null.
- Estamos esperando que você e o null decidam ir dançar também! - mandou null, e eles lá foram, e depois os outros dois desapareceram.
- Eu vou ao banheiro! - disse null.
- Eu também. - disse null.
- Por que mulheres vão sempre ao banheiro juntas? - perguntou null.
- Coisa de mulher, dude, é melhor nem querer perceber! - comentou null, e levou tapa de null, que se ria.
- Safado! - e os abandonou.
- Bem, se despacha, tá, null?
- Sim, estou indo, null. - disse ela, retocando a pouca e natural maquiagem que tinha.
Ela saiu do banheiro e chocou contra alguém. Ele era alto, olhos verdes, não muito feio assim, vestido com camisola de surfista, calções e sandália.
- Oi. Desculpa.
- Mas o que uma garota tão linda tá fazendo aqui sozinha? - perguntou ele, e ela gostou um pouco do seu jeito.
- Quem disse que eu estou sozinha?
- Eu não estou vendo ninguém aqui a seu lado, logo, você tá sozinha. E duvido muito que alguém consiga roubar esse teu coração! - Pronto, ele estava se atirando pouco a ela, mas sentiu confiança naquele sujeito.
- Como você sabe que eu sou difícil de conquistar? - perguntou ela misteriosa.
- Bem, ao tempo que você tá falando comigo, eu reformulo a minha teoria sobre você. - eles riram.
- Eu não estou falando muito com você! - ela respondeu.
- Mas, para mim, três minutos já é muito bom para uma garota que nem você! - estranho! Falando há pouco tempo e já estava tendo confiança nele!
Ao longe, null via aquilo tudo.
- null! Quem é aquele cara ali? - ele não conseguia ver muito.
- É, null, ele tá te roubando a garota! - comentou ele, mas levou tapa na cabeça bem forte.
- AI! Estava brincando!
- Mas eu não estou gostando muito da brincadeira! - dizia ele mais nervoso, vendo-os a rir.
- É, eu também não! - era null chegando.
- null e null estão ficando esquisitos!” comentou null.
- Ah, null, você não tá vendo? Aquele sujeitinho ali tá falando com a null! E não me parece ter boa cara! - comentou null.
- É, eu também! - comentou null - Eu vou lá mesmo! - ele disse, mas foi parado.
- Calma, dude! Você quer que dê tudo pro torto? Fica aqui!
- Pois, por isso mesmo é que eu não fico aqui, para não ficar tudo mal! - e seguiu caminho.
- null, por que você o alimentou? - era agora null, ao lado de null.
- Alimentei-o? Eu apenas falei verdade! Eu simplesmente não gostei da pinta do cara! - mas as meninas e null mal insistiram.
- Oi, null. - null se chegou nela, abraçou-a e beijou-a na bochecha, fazendo cara de mau para o amigo.
- Oi!
- Olha, eu queria te apresentar um amigo! - null olhou de repente para ele e se assustou. Não podia ser...
- G... - começou ele.
- Gary, muito prazer! - não deixando que null desconfiasse e deu olhar provocador para ele, deixando-o furioso.
- Ahm, você vem pro pé da gente? O null já tá ficando bêbado e a gente tem de ir!
- Natural dele! - comentou Gary e null fez um impulso para a frente, mas rapidamente se afastou, não deixando null desconfiar.
- Como você sabe? Você deve ser bruxo! - null apenas o achava muito inocente.
- Apenas experiência de vida... Com outras pessoas! - desviou ele, mas null percebeu perfeitamente.
- Ah, que bom! Vai lá ter com o null que eu já vou!
- Tem certeza que não quer vir agora? Não necessita de muito tempo para pegá-lo! - ele só queria tirar ela dali.
- O null? Vocês demoram ANOS! Eu vou só buscar uma bebida e já volto. Beijo, até já! - deu selinho nele e se afastou com Gary.
null largou furioso. Que raiva! Sujeitinho se fazendo na sua namorada, ou curtição, ou lá o que era! Na sua miúda, na garota que ele amava!
- Hey, null, que te deu? - null apareceu a sua frente.
- É ele, dude! É ele!
- Ele quem?
- null, é o Gary Stool!
- Quem? Aquele cara que nos roubou o lugar naquele show? Esse sujeitinho?
- Esse mesmo, e jogou isso na minha cara! Até disse que o null se embebedar era normal!
- Ah, dude, o null se embebedar é normal!
- Sim, mas era preciso troçar disso? Ele tava rindo na minha cara e ela nem percebeu!
- Cara, irmão, deixa disso! A null não é idiota nenhuma, ela sabe o que faz, e ela gosta de você, logo, fica calmo! - ele bateu nas costas dele. - Gary Stool, que nome mais gay!
- Gary Stool? Esse cara tá aí? - perguntou null.
- Tá, era o cara que tava com a null. - null respondeu furioso.
- NO WAY! Ah, mas não foi esse o cara que me roubou a namorada?
- A você e a um bando de dudes lá no campo! Mas a minha ele não vai roubar! Já sei como isso acaba!
- A null sua namorada?
Era verdade que eles não namoravam oficialmente, mas aquelas duas semanas tinham significado algo, não? Ele gostava mesmo dela!
- Pronto, faz de conta.... Não é oficial! Mas eu gosto mesmo dela, cara!
- Ah, pronto! Mas relaxa, null, nada vai acontecer. Ele é mais santinho que o Pestinha. - disse null, e null e null ficaram olhando.
- null, mas o Pestinha não é santinho! - disse null, como se fosse óbvio.
- Ah, pois, logo ele vai fazer algo de mau!
- Ah, você ajuda tanto, cara! Fecha a boca! - disse null.
null não estava no seu melhor. Aquele cara, podia nem o conhecer, mas não inspirava confiança! Nem para conhecido de null dava jeito. Mesmo que não o conhecesse como o-cara-que-roubou-o-nosso-show, ele não tinha uma boa cara! null tinha aquele pressentimento de que algo se passava. Ele não inspirava nenhuma confiança. Nada mesmo!
- Bem, Gary, eu tenho de ir! - null se despediu.
- Você já tá indo? Não gosta da minha companhia?
- Gosto, mas tenho de ir! Meus amigos tão me esperando!
- Eu não acredito! Você me vai deixar pelos seus amigos?
- Claro, são meus amigos! - ela disse rindo.
- E sou o quê?
- Você é conhecido recentemente, tipo quase amigo! - e riu bem alto.
- Nem pode ser mais que isso?
- Não, acho que não! A não ser mais amigo! - null respondeu tão rápido que nem notou o outro lado da pergunta.
- Ah, bom! Bem pode ir! - eles despediram-se.
- Ela ainda não veio, cara?
null estava no banco de trás esperando. Lá estava à espera, com null, null e null.
- Calma, cara! - disse null.
- Que ele tem? - perguntou null.
- Sabe aquele sujeitinho, o Gary Stool? - começou null.
- Ah, aquele que roubou o nosso show?
- ESSE MESMO! SAFADO ELE, NÃO? - null disse bem alto.
- Ah, isso não foi nada! Até fez um favor, assim a gente pôde tocar em Londres!
Não acreditava! Todo o mundo parecia gostar daquele sujeito menos ele! Mas null era sensato, será que ele estava apenas MUITO cego? Ou estariam eles todos cegos e ele a ver a verdade? Mas também como é que cinco pessoas poderiam estar erradas? Não sabia! É, ia esquecer aquilo tudo.
- Oi, mor! - null finalmente chegou.
- Poxa, onde você teve? - ele a beijou e a abraçou.
- Tive só falando com o Gary por cinco minutos!
- Com o seu novo amiguinho?
- É, sabe que ele perguntou isso? Até perguntou se a gente podia ser mais do que isso... - disse naturalmente.
- COMO É QUE É? - null gritou tanto que até null se assustou e parou o carro, fazendo uma travagem brusca.
- null, então? - null reclamou.
- Tá falando para mim por quê? Fala com o null! Ele é que me assustou!
- null, que foi, amor?” perguntou null.
- Ainda pergunta? Esse sujeito se atira a minha namorada, curtição...
- Curtição, null? Você deve ser muito porco mesmo! - disse ela e saiu do carro.
- Ei, você nem me deixou acabar... null! - e correu atrás dela.
- null fez de novo merda! - comentou null.
- Deixem eles, continuem. - null deu a ordem.
- Ei, null, espera! - ele continuou correndo e a alcançou.
- null, para c...
Mas ele não a deixou acabar. Ela se viu nos braços dele e seus lábios foram comprimidos contra os dele. Essa sensação foi melhor que as outras, quer dizer, foi igual, né? Beijar o cara que você gosta com aquele sentimento todo.
- Por que você fez isso? - ela perguntou quando acabaram o beijo.
- Porque você é tudo para mim. E vou te provar isso! null, você quer namorar comigo?
- Eu... - a voz dela era fraca o que o fez recuar. - CLARO! - e o alcançou, pulou nas costas dele, beijando-a, e foi nas suas costas para casa.
- Chegamos! - null disse, mas viu as meninas o calarem.
- Onde meto a princesa? - perguntou.
- Que tal ela se sentar por aqui com a gente? Tá passando filme! - respondeu null.
- Acho que ela não quer filme... - respondeu ele.
- Por que não? - null olhou para a null adormecida que ele trazia.
- Ah, pois, bem visto! - respondeu null.
- Leva ela para o quarto, segunda porta à esquerda. - disse null, pegando em alguma pipoca.
- Obrigado, gente! Bom filme.
Ele subiu as escadas, aquelas que ele já teve de subir com ela. Se formou um grande sorriso na cara do garoto.
Abriu suavemente a porta do quarto e acendeu a luz: como quarto de garota é desarrumado! Viu as malas a um canto, depois muita roupa no chão, uma mesinha com monte de frascos de maquiagem e cremes, bolsinhas de higiene em cima da cama, que estava com os travesseiros. Apenas riu. Olhou para um canto onde viu em cima da cama, na parede, com grande letras ‘null’. Eram letras divertidas, onduladas, coloridas. Isso mostrava o quanto divertida era ela.
Entrou com cuidado para não a machucar. Passou pelas roupas com alguma dificuldade. Meteu-a no final da cama com os pés fora dela e tentou fazer a cama. Homem fazendo a cama dá mau resultado, mas ele lá tentou fazê-la bem para a sua recente namorada que tanto gostava.
Ele a pousou sobre a almofada e a cobriu. Olhou para ela, beijou sua testa e saiu.
- null... - ele ouviu uma voz fraca chamando.
- Sim? - e se voltou.
- Eu te adoro. - disse sorrindo.
- É, eu também. - ele deu um beijo suave nela e saiu.
- null... - ela chamou de novo.
- Sim, null.
- Fica aqui comigo. - ela o puxou pela sua manga.
Ele simplesmente se sentou, pegou na cabeça dela, colocou-a no seu colo e ficou acariciando os cabelos dela.
- MENINAS, ACORDEM!
null acordara de manhã e queria acordar todo o mundo. Saiu do seu quarto e foi ao de null.
- ACORDA! O null não espera por você!
- Engraçadinha. - ela mandou travesseiro nela e fizeram uma pequena luta.
- Vamos acordar a null... - disse null maliciosamente.
- Um... - disse null.
- Dois... - null contou.
- Três! - e pularam para cima de null.
- BOM DIA! - gritaram e riram as gargalhadas.
- null, null, saiam de cima de mim! - disse ela.
- Desprezo, ei? - null beijou o rosto da amiga.
- Ah, eu também vos amo! - e abraçaram-se as duas.
- Bem, como vamos acordar a null? - perguntou null.
- Como assim? - perguntou null.
- Já te acordamos assim, agora temos de ser originais!
- É mesmo... Tenho uma idéia! - disse null maliciosamente.
- AGORA! - gritou null, e null levou com um balde cheio de água.
- AH! - gritou, mas só recebeu um...
- BOM DIAAAAAAAAAAA!
- Doidas! - e riram.
- Agora a null! - disse null.
Entraram no quarto suavemente, mas viram que não estava lá só uma pessoa.
- Ele dormiu aqui? - perguntou null.
- Você não notou? - perguntou null.
- Eu não! Eu durmo que nem uma pedra! - disse null.
- E tem bônus: ressona! - null levou tapa.
- Eles ficam tão fofos! - disse null romanticamente.
null estava dormindo no colo de null, e ele se tinha encostado à parede.
- Vocês já sabem do Gary? - perguntou null.
- Quem?
- Aquele sujeitinho que roubou o show dos garotos? - disse null.
- Esse mesmo! Ele tava quase pegando a null ontem! - falou null.
- Pegando-a? Então era isso que o null tava falando! Pô, cara estranho! - respondeu null.
- Estranho por quê? - perguntou null.
- Vai me dizer que um cara que se atira assim do nada não é estranho? - perguntou null.
- null fazendo filme! - disse null.
- Eu não tô brincando, não! Esse cara ainda vai dar muito problema!
- É, eu também acho! - disse null.
- Vocês duas deviam fazer um filme dramático e estressante! - comentou null.
- Acordem! Esses dois gostam tanto um do outro! E também o Gary é apenas um amigo sujeito! Ele não faz mal a uma mosca! - disse null tranquilamente.
- É, pode ser. - null aceitou. - Bem, vamos comer! - e desceram as três, mas null ficou pensando.
- Esse Gary... Ainda vai dar muito problema. - e depois é que seguiu as meninas.
null acordou uma hora depois das garotas terem visitado o seu quarto. Encontrou-se sozinha. Ia se levantando quando...
- BOM DIA! - um sorridente garoto a acorda na porta com um grande pequeno-almoço num tabuleiro.
- Oi, namorado! - gargalhou ela.
- Tem aqui tudo, cereais, torradas, manteiga, doce, panquecas...
- null, eu não vou conseguir comer isso tudo! - respondeu ela, vendo a quantidade de comida.
- Mas quem te disse que isso tudo é SÓ para você? - respondeu ele, comendo uma panqueca.
- Safado! Querendo comer o meu pequeno-almoço!
- O nosso pequeno-almoço.
- Onde é que as garotas estão? - perguntou null, pegando numa torrada.
- Acho que estão lá em baixo, vendo televisão! O resto deve estar aí a aparecer! - e deu outra dentada na panqueca.
- Invasão! - e gargalhou.
- É, mas vocês gostam da invasão! Da nossa invasão! - disse ele, todo importante.
- Tá-se gabando de quê? Só porque tem uma bandazeca de garagem não quer dizer que seja o homem mais importante do mundo!
- Ah, é assim? É assim que você me trata? - perguntou indignado.
- É, você merece! Demorou tanto tempo para me pedir em namoro que tem de receber troco! - disse ela e deu de língua.
- Ah, desculpa, então! - e a beijou.
- Isso não melhora a sua situação!
- Quem disse que eu quero melhorar? Me deixa comer que a gente fala depois! - mas ele levou tapa e gargalharam os dois.
null e null desceram e viram um grande cenário: null e null jogando videogame, null e null falavam com o casal, null e null lavavam a louça enquanto distribuíam carinhos um pelo outro e null e null comiam o pequeno-almoço apaixonados.
- Que deu nesse mundo? Pensei que a estação do amor fosse a primavera! - disse null para todo o mundo.
- Tá falando de quê? Você também tá! - respondeu null, e null e null sorriram.
- Vai um bocado? - perguntou null, estendendo pão.
- VAI UM GAME? - perguntou null da sala.
- Eu fico pelo jogo! - disse null, e null a seguiu para a sala.
- Onde você... - começou null.
- E eu fico com o pão! - null o roubou e as acompanhou.
- Esfomeado! - comentou null.
- Hm, acho que esse jogo já deu! - null falou e colocou o comando no chão.
- Ninguém vai querer jogar? - perguntou null, mas ninguém respondeu.
- Pô, gente, que seca, hein! Onde ficou a diversão toda desse verão? - perguntou null.br>
- Ué, não sei! - disse null, acochegando-se no sofá.
- Eu acho que a gente já se divertiu tanto que não dá para divertir mais! - falou null e suspirou.
Estavam todos com caras de enterro. Ninguém queria fazer nada. A televisão já não passava bom filme, o leitor de DVD já não lia filmes, o videogame só tinha jogos infantis, o pequeno mas velho computador portátil que estava no quarto das garotas já não era tão tentado a ser pegado como era, a cozinha já não queria ser suja e desarrumada. O sótão já não queria ser limpo.
Não havia nada para fazer. Eles iriam passar lá quase todo o verão e, passado apenas três semanas, já não havia nada para fazer.
- Dudes, vamos ensaiar? - perguntou null.
- Você quer? - perguntou null.
- Não! - disse null.
- Eh, eu também não! - disse null e desistiu de perguntar aos outros, vendo as caras deles.
Subitamente, alguém toca a campainha.
- Ding! - null e null disseram.
- Ding! - null disse.
- Ding! - repetiram null e null.
- Ding! - null e null falaram.
- Ding! - null e null disseram.
- Ah, droga! Eu vou lá! - disse null.
Como viviam perto uns dos outros e só queriam destruir a casa, fazer festas e aproveitar o verão, a tarefa de ir à porta era dada àquele que não dissesse a palavra 'Ding'. null, pobre coitado, fora o último a dizer.
Abriu a porta.
- Olhem quem é ele! - falou alguém.
- Que você tá fazendo aqui? - era ele, Gary Stool estava na porta.
- Ué, null, já vi que você continua raivoso por minha banda ter roubado teu show... Ou será que tem null nisso? - falou ele.
- É melhor você se afastar dela! - null pegou no colarinho da camisa de Gary.
- Calma aí, dude! Tá com esse receio todo? Acha mesmo que eu vou roubar sua namorada? Para que se eu já a tenho? - Gary estava com o maior sorriso safado do mundo e null estava quase explodindo.
- CANALHA!
- null, quem é? - null apareceu na porta. - Gary!
- Oi, null, tudo bom? - respondeu ele, voltando à carinha de santo.
- Eh, tá tudo bem mesmo. Amor, você tava chamando canalha a quem?
- Canalha? Ah, foi aí a um garoto que me mandou um dedo... Crianças! O que elas aprendem nessa idade! - respondeu null, tentando ficar mais calmo.
- Pobre rapaz! Chamando ele de canalha só porque te mostrou o dedo! null, amigo, isso é coisa para não ligar! - disse Gary.
- Vê como ele tem razão? Mas entra!
null estava encantada com o canalha. Stool entrou e deu um sorriso safado a null, que bateu com a porta, mas mal ouviram.
- Gente! Esse é o Gary! - null gritou para os amigos.
- Oi.
- E aí?
- Dude! - poderam-se frases típicas e simpáticas, menos de null e null.
- null, você não fala para o Gary, não? - perguntou null, tentando disfarçar.
- Ah, oi! Tudo bem com você? Comigo ficou tudo péssimo desde que você colocou sua bela pata dentro de casa! - disse null.
null era pessoa direta e nunca, mas NUNCA dizia mentira em frente de alguém que não gostava. null tinha sofrido com isso, mas agora adorava o jeito de ela ser.
- null! Que tal ser mais simpática para ele, não? - null estava um pouco furiosa com ela.
- Ah, desculpa! Oi, Gary, tudo bom? Me perdoe, mas comigo não tá tudo bem não portanto nem fale comigo, que eu não falo com você e nos entendemos às mil maravilhas, tá? - null respondeu, e null e null riram.
- null, pára! - disse null, ficando levemente chateada com ele.
- Bem, já percebi que não sou bem vindo...
- Ué, cara, senta aí! Não leve a mal a null, não! - disse null, e null agradeceu com um sorriso.
null viu que não havia lugar para ele.
- Ai, desculpa, null. - Gary se levantou, mas null o sentou.
- Deixa estar! null, vai buscar uma cadeira.
- Ah, não deixa estar! Eu vou.
- Não vai nada! Você hoje é o nosso convidado e pronto! null, você vai ficar em pé ou vai buscar uma cadeira para você? - perguntou null.
null saiu indignado para a cozinha.
- Eu vou ao banheiro. - disse null.
- Eu também! - disse null.
- Você também, null? Vai também ao banheiro feminino? - disse Gary, e alguns deram risada.
- Você tem tanta piada como o Einsten tem burrice! - mandou null e seguiu null.
Encontraram null no corredor.
- Que vos deu? - perguntou null.
- null, você acha que eu vou agüentar esse sujeitinho aí? MEU DEUS! - falou null.
- É, ele tem tanta piada como o Einsten tem burrice! - falou de novo.
- Ué, você disse isso a ele? - perguntou null.
- Claro! - disse null.
- Vocês dois têm de me ensinar a mandar essas frases!
- É melhor não, senão a babona se zanga com você. - disse null.
- Babona?
- Ué, há mais alguém aqui que tá quase babando para cima do Gary que não a null? - null deu cotovelada em null, e ela percebeu a cara de null. - Anh... Desculpa, null.
- Não tem problema.
- Mas ele também tá se babando para cima dela! Pobre garota! - e deram risada.
- Bem, vou levar a cadeira para o bobo da corte sentar! - falou ele com tom de desprezo.
- Ah, gente já vai ter com você, dude. - null falou.
- A gente vai? - perguntou null.
- Sim. - disse ele em tom óbvio.
- A gente vai aturar aquele sujeitinho aí? Não acredito!
- Faz isso pelo null, ele precisa de companhia! - falou null.
- Ah, pronto, tá bem.
- Até já, dude! - e deu palmadinhas nas costas de null, enquanto ele levava a cadeira para ele.
null passou o resto da tarde apenas fingindo sorriso parvo, rindo de vez em quando e aturando null num estado bem diferente do normal.
- Bem, eu vou ter de ir. - disse por fim Gary.
- Já? - perguntou null.
- Oh, que pena mesmo! - null falou sarcástica, mas levou um olhar furtivo da amiga.
- Você tem mesmo de ir já? - perguntou null.
- Ué, ele pode querer descansar e seus pais já devem tar preocupados consigo mesmo! É melhor você ir. - basicamente null o tava expulsando de casa. Também quem é que iria ser simpático para o cara que estava roubando sua namorada?
- É, ele tem razão. Beijo, gente. - e Gary saiu, nem deixando null se despedir na porta.
- Ele é bem simpático, não é? - perguntou null.
- É, tão simpático... Acorda, garota! Esse sujeitinho aí apenas quer dar golpe na gente! - falou null.
- Pára de drama! Ele é bom cara! Não é, null? - perguntou ela.
- Ele vai ser simpático quando o Rato Mickey for verde. - falou ele, concentrado no videogame que estava jogando contra null.
- Você também? - ela reclamou.
- Engole essa, null! - falou, não desviando o olhar.
As garotas continuaram conversando. null deixou o controle e se encostou no sofá e se levantou.
- Onde você vai? - perguntou null.
- Para que você quer saber? - perguntou seco e saiu da sala, mas null o seguiu.
- null, que deu você? - perguntou ela.
- Que deu em mim? null, isso é o que eu te pergunto! Que se passou essa tarde? Você nem olhou para mim nenhuma vez! Você hoje nem me falou direito! Esteve tão entretida com o Stool que nem teve a decência de se lembrar que tem um namorado e de lhe dar um pouco de valor. - disse ele, subindo as escadas.
- Você tá com ciúmes do Gary? - ela falou para ele, subindo alguns degraus.
- Se você quer saber a verdade, sim, estou! Você apenas me tratou como criado hoje, nada mais que isso. Você hoje só me falou para pedir uma cadeira, um lanche qualquer coisa para ele. Assim não dá. Boa noite, estou cansado. - e ele subiu as escadas e se fechou no quarto.
- Droga. - ela falou para si e bateu com o pé no degrau.
Olhou de novo para a porta do quarto e se deixou sentar no degrau, mirando apenas a janela que se encontrava a alguns metros, ao lado da porta de entrada.
null aproximou-se.
- Nem vem, null! Eu já sei o que você tem para dizer! - null disse logo.
- Eu te ia pedir para você me emprestar seu carregador de celular, mas acho que vou mesmo de dar uns dos meus discursos que você tanto adora. - a amiga riu-se. - Que aconteceu?
- Foi o...
- null. - completou ela.
- Como é...
- Eu conheço você e eu sei o que aconteceu! Realmente você hoje fez mal e comportou-se não muito bem.
- Sabe, você sabe que eu nunca tive um namorado sério e coisa assim, apenas tinha ficado com vários meninos, mas por duas semanas e tinha liberdade possível... Será que o namoro nos deixa de ter amigos?
- null, larga de frescura! Você sempre se ri com o null, dá tapas ao null, fala com o null
e ajuda o null nas arrumações, e não é por isso que o null tem ciúmes!
- Então que tem ele contra o Gary? Ou melhor, o que vocês têm contra ele? - null agora acusava null.
- Sabe... Eu simplesmente não gosto da cara dele. Ele não me inspira confiança, muito menos ao null. E não é por eles terem roubado o show aos meninos, não tem nada a ver com isso.
- E agora?
- Agora você tem de fazer o que sempre deveria ter feito... Namorar com o seu namorado.
- Mas ele não quer ver a minha cara.
- Tudo se resolve. - ela a apoiou e deixou null perdida em pensamentos.
Sim, a partir do dia seguinte, ela daria toda a sua atenção a null.
null acordou meio mole. Lembrou-se do dia de ontem, mas tava determinada em dar tudo o que queria dar ao seu namorado.
Estava com um sorriso na cara. Queria fazer dessa vez tudo direitinho. Desceu para o pequeno-almoço, mas não encontrou ninguém.
Dirigiu-se para a cozinha e avistou null. Por uns momentos, escondeu-se na esquina da parede, mas depois pensou, respirou fundo e avançou.
- Bom dia. - e deu um beijo na bochecha do garoto, que não fez nada.
Com um olhar triste, a menina se dispersou pela cozinha. Foi buscar os cereais ao armário e nenhum dos dois falava. Aquele silêncio era constrangedor. Quando ela ia chamar pelo nome dele, algo a interrompeu. A campainha tocou e ele olhou estranho para ela. Quem seria a essa hora da manhã? Dirigiram-se os dois à entrada.
- Putz, que velha, hein! - dizia null, entrando em casa com a sua mala.
- Pode crer! Mas a culpa sua, null! - null falou.
- Minha? Você é que se embebedava todo e gritava às três da manhã!
- Gente, filhos, se acalmem, tá? - falou null.
- Hum... Desculpem a pergunta idiota, mas o que aconteceu? - era null.
- De fato, foi idiota essa pergunta. - argumentou null.
- Que tá acontecendo? - null desceu as escadas, seguida por null, null e null.
- Bom dia, meu amor! - null correu para null e beijaram-se.
- Alguém me pode explicar o que tá acontecendo? - null agora estava levemente irritado e procurando sua mala.
- Ah, isso! Nós fomos expulsos de casa. - disse null normalmente.
- WHAT THE FUCK?! - null gritou.
- Dude! São nove da manhã ,não grite assim! - falou null.
- A gente não tem casa? - o outro falou de novo.
- Não, a velha nos mandou embora depois do null ter pegado numa guitarra lá de casa e feito bêbado tocar nela fortemente. - explicava null furiosamente.
- Hey! Não me culpe, tá? - disse null, mas levou tapa forte na testa de null.
- E agora? Onde vocês tão pensando ir? - perguntou null.
- Ué, para nossa casa! - respondeu null, abraçada a null.
- O QUÊ?! - ela gritou.
- Shh, não grite! - null tapou a boca dela com a mão e ficaram se encarando.
Era estranho esse sentimento, mas ele tirou a mão da boca dela e a atenção virou para os restantes.
- Claro, xuxu! Tem algum problema? - perguntou null, com ar sério.
- Claro que não! Mas onde vocês pensam em ficar? - perguntou null.
- Anh... Eu não fico no sótão! - falou null.
- Eu fico no sofá! - disse null, ajeitando-se nele e começando a abri-lo.
- Eu fico com o null! - disse null.
- Hey! Por que você vai ficar comigo? - null o empurrou.
- Você quer que eu fique com quem? Tô de saco cheio do ressonar do null! - e levou tapa no braço.
- Fazemos assim: como a null dorme comigo, eu durmo com o null aqui embaixo e você dorme com ela no nosso quarto. - falou null.
- Opa! Gostei disso! Mas por que a gente dorme no sofá, null?
- Porque assim a gente tem TV e pode ver alguns filminhos. - disse null baixinho.
- Eu e o null podemos ficar no quarto de hóspedes - disse null.
- Como você sabe que isso aqui tem quarto de hóspedes? - falou null.
- Sua casa é igual à nossa. - falou null.
- Hum, ok, tá bem. Mas onde é que eu fico? - falou null.
- Você pode ficar com a null. - null disse, mas levou tapa de null.
- Eu te arranjo um espaço no sótão. - falou a mencionada.
- No sótão, null? Você quer que o garoto morra de frio? - perguntou null.
- É verão! - falou ela, e null subiu na frente dela.
No sótão...
- Bem, isso tá um pouco com pó...
O cenário era muito parecido ao da casa assombrada da noite que eles se conheceram: arcas cheias de pó, uma janela que dava para a rua da frente, ao nível de uma árvore verdejante, cadeiras de madeira partidas e algumas teias.
- Acho que isto não está no melhor estado... - falou ela, e null fez uma careta. - Mas fazemos assim: chegamos aquela arca para ali, puxamos as cadeiras, limpamos aquela cama ali e a colocamos ao pé da janela. - ela começou, fazendo gestos e apontando para tudo.
- E você tende a demorar quanto tempo a fazer isso?
- Duas horas, mas eu preciso da sua ajuda. - ele olhou para ela e o olhar dela o hipnotizou.
- O que você precisa?
Ela sorriu.
- Preciso de um balde, uma esfregona, um colchão e alguns lençóis para você, um travesseiro... E isso!
null foi recolhendo tudo e deu a null.
Eles dois passaram a tarde arrumando o sótão.
Entre toda a poeira e confusão, eles se riram e se empurraram. Mas rapidamente se recompunham, lembrando que estavam num clima de zanga e como tal, não podiam se reconciliar.
- null, que tal prepararmos um lanche? - dizia ele, enquanto limpava a testa de suor.
- Boa idéia.
- Fica aqui que eu já volto com água fresca. - e ele desapareceu.
null começou olhando para o espaço, estava mais arrumado e limpo. Curiosa, se levantou e começou procurando várias coisas, até que viu um colchão também de cama, mas bem mais fino que aquele onde null ia dormir. Espreitou pela janela do telhado e teve uma excelente idéia.
- Ainda arrumando o quarto? - null perguntou para null, quando o viu a descer as escadas.
- Estamos quase acabando.
- E você já o fez?
- Fazer o quê? - null bebeu um pouco de água, olhando para null com cara estranha.
- Deixa de ser lerdo, null! Você tem de beijá-la!
- Isso mesmo. - apareceu null.
- Tá vendo? Até o null sabe o que deveria fazer nessa situação! - completou null, dando tapas nas costas de null, que tava deitando alguns cereais numa taça.
- Por que é que eu tenho de fazer isso? Ela é que errou! - e null virou a cara aos amigos.
- Bem, você tem algum problema em beijá-la? - perguntou null.
- Não, porque ela é minha namorada... Ou era... - e entristeceu-se.
- É por isso que você tem de fazer isso!
- Por que? - null entalou null, que bateu nas costas de null à procura de alguma ajuda.
- Porque é o que a gente faz! - respondeu null.
- Anh? - null fez cara de loser.
- Amigo... - null foi até null e colocou um dos braços em volta dos ombros dele - Quando algum casal tá zangado, a garota nunca resolve nada.
- Por que não? Quem devia errar, devia consertar. - dizia null indignado.
- Mas as garotas não o fazem porque têm medo. Elas primeiro criam as situações para você se reconciliar, mas você é que tem de fazer o trabalho todo. É a vida cara, mais nada.
- E você só se pode reconciliar num ato. - falou null.
- Já entendi tudo! Agora desapareçam.
null odiava ser puxado pelos seus amigos ou a receber conselhos de experientes. Ele era apenas experiente em casos de uma noite, mas isto era bem mais sério. Tudo o que ele queria numa garota encontrava em
null e muito mais.
null estava subindo as escadas e falando.
- Trouxe também umas tostas com queijo... null? Onde você tá?
Ele entrou no sótão, mas não a via, e possivelmente ela não era amiga do Harry Potter e teria um manto de invisibilidade.
- Tô aqui! - ele podia dizer que o barulho vinha de fora, mas sabia que ela não estava lá embaixo.
- Anh, onde?
- No telhado, null! - ele fez uma cara pior ainda.
- O quê? - falou baixo, mas decidiu tentar perceber o que ela estava tentado dizer.
Olhou a janela e a viu aberta. A sua cara era de espanto e estranheza, porque tudo lhe parecia muito estranho... O que fazia uma garota num telhado?
Foi à janela e viu null em cima das telhas vermelhas, mas com um estranho colchão debaixo dela.
- null, que tal fechar a boca, não?
- Desculpa, mas você tá doida?
- Que tem? Deita aqui também.
- null, você pode cair!
- Que tem? Isso tá tudo seguro, deixa de ser assim.
- Eu apenas me preocupo com você. - e lhe lançou um olhar sincero.
- Anh... - ela estava desconfortável. - Deita aí. - e deu uma tapa na cama, mostrando-lhe para se deitar.
Cuidadoso e receoso, ele foi ter com ela e deitou, ajeitando um pouco e colocando as mãos debaixo da cabeça, olhando para o céu.
- Uau - foi apenas o que ele disse.
Era único estar no topo de um telhado, olhando para um imenso céu azul e com o sol quente batendo na cara, mas uma súbita brisa de verão passava pela cara deles, refrescando-os e criando uma sensação de paz, tranquilidade, leveza e calma.
- É mesmo, esse lugar é lindo, né? - ela sorria para o céu, parecendo uma criancinha animada e feliz por ter recebido o seu primeiro brinquedo.
null a olhava atentamente e ela virou o olhar para ele. Ele ficou de lado e virou-se para ela, null fez o mesmo. Ele acariciou o rosto dela e não perdeu mais tempo: juntou os seus lábios com os dela, calma e docemente. Ele a puxou para perto dele e pegou na cintura dela, e ela segurava o rosto dele. Olharam-se e sorriram.
- Me perdoa? - falou ela.
E ele a beijou de novo, e ficaram abraçados, beijando-se e olhando para o sol azul.
Algumas horas se passaram... null tinha adormecido nos braços de null e ele a olhava dormindo. Parecia uma menina pequena, toda encolhida, aconchegada nele, o cabelo caindo sobre os olhos e a face rosada e macia. Ele dava carinhos nela, até que ela acordou.
- Desculpa se acordei você. - ele falou, com um leve tom de preocupação.
- Não, você não me acordou. - ela se espreguiçou, e ele a abraçou e beijou-lhe a testa.
- Obrigada, travesseiro null. - ela riu, e ele começou fazendo cócegas nela.
- É melhor a gente voltar, já devem andar à nossa procura.
Chegaram à sala e viram null e null jogando videogame; null e null num puff, discutindo o jogo com os outros dois; e null e null lendo alguma revista juntos.
- Oi, gente. - falou null, e todos olharam para os dois.
- Já se resolveram? - perguntou null.
E eles mostraram as suas mãos entrelaçadas.
- Você fez aquilo? - perguntou null. null assentiu. - Vê como deu resultado?
Ouviu-se o barulho de uma chave entrando no trinco.
- PIZZA ESPECIAL EXTRA LARGE PARA TODOOOOOOS! - falou null, carregando duas caixas de pizza.
- E BEBIDAS PARA TODOS! - null vinha atrás, pegando em montes de refrigerantes.
- Hey, null, o null fez e ficou tudo bem. - avisou null.
- Sério? Nós temos sempre razão. - e eles dois riram.
- Fez o quê? - null e null estavam surpresas.
- A gente fala disso no jantar.
E todas as garotas riram da história da reconciliação e se divertiram imensamente no jantar.
- Gente, eu tô super cansado. - anunciou null.
- É, eu também! Arrumar sótão dá cansaço. - falou null, e os dois subiram.
- Boa noite. - disseram todos.
Chegaram ao corredor e se beijaram.
- Boa noite. - falou ele.
- Ah, você já tem de ir? - ela perguntou, fazendo carinha de bebê e tentando o convencer.
Ele deu um pequeno selinho nela.
- Eu tô morrendo de cansaço, sabe? - falou ele, espreguiçando-se.
- É... - e ela bocejou. - Eu também, mas ainda são dez da noite!
- Não se preocupe, a gente se vai ver. - ele lançou um olhar misterioso para ela.
Pegou na sua mão e a beijou.
- Boa noite... - e ela sorriu, vendo-o subir umas escadas provisórias para o sótão.
Depois, sentiu algo na sua mão. Percebeu que ele tinha deixado um papelinho.
“When your clock shows three, get out of bed and seek for me” [quando no seu relógo forem três, saia da cama e me procure]
Ela sorriu e foi saltitando para o quarto. Estava ansiosa por tentar perceber o que ele tava preparando para ela. Chegou ao quarto, vestiu o pijama , escovou os dentes, penteou o seu cabelo, lavou o rosto e foi-se deitar. Mas queria ficar acordada. Tentou alguns minutos, porém o cansaço a venceu.
Acordou quando as outras garotas entraram no quarto.
- Hoje o dia foi demais, não? - perguntou null.
- Isso foi porque você não largava o seu nullzinho. - falou null, e levou com o travesseiro.
- Eu acho que você devia ter vergonha na cara, porque você também não desgrunhava do null! - e riram bem alto as duas.
- Shh! Olhem a null que ela já deve estar dormindo. - disse null.
- É, foi um dia cansativo para ela. - falou null baixo.
- É, todo mundo sabe que amasso cansa, né? - e nem null conseguiu esconder a risada.
- Que horas são, xuxu? - perguntou null a null.
- Quase três. Vamos dormir.
- Até amanhã, xuxus, durmam bem. - disseram umas para as outras.
null esperou alguns momentos para deixar as amigas num sono profundo e ela poder sair do quarto. Com muito cuidado e em bicos de pés, tentou não tropeçar em algumas amigas. Viu que null já teria saído ter com null na sala. Mas graças a Deus que null não estava no quarto das garotas... null não estava no quarto.
Abriu a porta e caminhou pelo corredor. Viu que um barulho de televisão vinha da sala, então fez mais um pouco de barulho, vendo que poderia caminhar normalmente, porque a TV iria abafar o som dos seus passos.
Subiu até ao sótão na escuridão e tentou ver alguma sombra.
- null? - sussurrou. Não obtendo resposta, falou um pouco mais alto. - null?
Decidiu procurar o interruptor para ligar a luz. Quando a ligou, tudo ficou preto, estava com os olhos tapados.
- Quem é? - falou alguém ao seu ouvido docemente.
- Hum... Gato das botas? - entrou na brincadeira dele.
- Não.
- Cinderela?
- Não.
- Bela adormecida?
- Eu sou GAROTO! - e ela riu.
- Ah, podia ter dito antes... Príncipe encantado?
As mãos saíram dos seus olhos, alguém a rodou pela cintura, virando para si.
- Certo.
null pegou no seu rosto e a beijou apaixonadamente, como sempre fazia, porque ele estava REALMENTE apaixonado por ela.
- Por que você me mandou vir para aqui? - ela perguntou a ele.
- Quero te mostrar algo, vem...
Ele pegou na sua mão e a puxou para a janela que dava acesso ao telhado. Ele passou primeiro e a ajudou.
- Fecha os olhos primeiro.
Ela confiou nele, deu-lhe a mão, fechou os olhos e sentiu-se ser içada por ele para dentro da janela, para o telhado.
- Agora me segue. - e ele foi a puxando, segurando a sua mão e a ajudando a caminhar pelas telhas.
- Senta aqui. - com algum cuidado, ela se sentou à chinês.
- Hm... Tô ficando curiosa... - disse ela.
- Pode abrir.
Ela abriu os olhos e também abriu a sua boca. Tudo o que estava à sua volta tava lindo, lindo, lindo.
null pôde ver uma pequena mesinha com vários chocolates pequenos e algumas tostas, e um copo de plástico que ela apostava estar cheio de Coca-Cola. O mais impressionante foi o que a rodeava: uma noite clara, cheia de estrelas e uma brisa quente a envolvia. Ela colocou a mão à boca, tentando não chorar, mas algumas lágrimas caíram. Tudo parecia mais mágico, ele era mais maravilhoso, ele sempre a surpreendia com tudo.
- Gostou? - ele perguntou, com um certo receio.
- Eu... - e virou-se para ele, rindo e chorando. - Eu amei, null. Obrigada! - ela o abraçou fortemente. Aquele abraço era muito gostoso e reconfortante.
- Nunca ninguém tinha feito algo assim. - confessou ela, ainda envolvida nele, enquanto massageava as costas deles.
- Eu também não faria nada assim se não fosse para alguém tão especial como você. - e se olharam.
- Obrigada, null, por me fazer feliz.
- Eu nunca disse isto a ninguém porque não me sentia preparado, mas eu agora sei o que sinto: null, eu te amo.
Os olhos dela se encheram de lágrimas de felicidade extrema.
- Você não sabe o quanto eu fico contente por ouvir isso. Eu também te amo, null.
E ficaram rindo, abraçando-se, beijando-se, comendo os chocolates, olhando o céu estrelado e aproveitando aquela noite mágica.