Leave Out All The Rest


Escrita por: alê
Betada por: Abby




Eu estava lá, como sempre foi. Ela sabia disso. Depois de qualquer briga, qualquer coisa que pudesse deixá-la mal, lá estava ela em meus braços. E eu não estou reclamando, sempre gostei disso. Sempre gostei de tê-la. Indiretamente, no caso. O que era uma pena.
Hoje não podia ser diferente. Cá estou, novamente, no meu quarto e ela entra, desesperada, dizendo que não agüenta mais.
- O que houve dessa vez? – Perguntei prestando atenção na menina linda que estava na minha frente. Talvez a mais bonita que já entrou no meu quarto. Já estava esperando ela começar a dizer que levou um pé na bunda de novo. Já estava acostumado, de verdade. Não seria mais fácil olhar pra frente nesse momento e ver que o amor da vida dela está aqui, olhando pra ela? Sonha, .
- Você já deve estar de saco cheio de me ouvir falando dos meus problemas, né? Desculpa, , mas eu não tenho mais ninguém!
- Não, claro que não! Eu gosto de ser útil pra você... Fala, o que aconteceu?
- Eu quase soquei a Lauren hoje no colégio.
- Se o fizesse eu te daria total apoio. O que tem isso?
- Você nem vai perguntar o porquê?
- Diga, por quê?
- Ela e o resto da trupe nojenta dela não param de me encher o saco! O que elas querem? Que eu pinte o meu cabelo de loiro, coloque silicone e ande toda empinada pra eu ser “perfeita” como elas?! – Ela fez aspas com a mão e eu ri. – Não é engraçado, ! Me diz, por que tem que ser assim? Elas não podem só aceitar que eu sou o que eu sou e pronto? Nããão, elas têm que falar! Falar, falar, falar e me encher! Eu cansei das piadinhas delas, eu cansei dos apelidinhos, eu cansei de tudo que elas falam e falaram de mim! Da próxima vez eu não vou me controlar! – Ela se cansou de falar tanto e tão rápido e despencou na cama ao meu lado.
Eu a envolvi em meus braços e ela se deitou em meu peito. O cheiro do cabelo dela era absurdamente viciante. Todos diziam que podia-se saber que a estava chegando quando esse cheiro não-identificado, porém muito bom, começava a pairar no ar.
- Só me responde uma coisa... – Ela olhou pra mim, então continuei. – O que te faz acreditar no que elas falam?
- Eu não acredito, é só que...
- Sim, você acredita. – A interrompi. – Se não acreditasse, não ligaria.
- Claro que não, ... Depois de um tempo é claro que eu tinha que explodir!
- Se eu fosse explodir e ligar pra todas as coisas que falam de mim... Primeiro que eu não falaria mais com você...
- Ei, o que eu tenho a ver com isso?
- Todo mundo diz que você é boa demais pra mim, coisas assim.
- Mas nós somos amigos, o que tem a ver?
- É, somos amigos... – Não pude deixar de mostrar meu desapontamento.
- Então?
- Então que... Bem, eles sabem que eu gostava de você antigamente. – Fiquei vermelho de vergonha falando aquilo, que nem total verdade era. Não, não era coisa do passado, mas ela não precisa saber... Ainda.
Ela deu um pulo e, ainda deitada ao meu lado, me encarou. Parecia surpresa.
- Gostava?
- Gostava... Bastante até.
- Nossa... Por essa eu não esperava!
- Percebo pela sua cara. – Ri tentando disfarçar o nervosismo.
- Mas...
- O quê?
- Não gosta mais?
Foi nessa hora que eu queria não estar ali. Eu não queria me humilhar dizendo que eu amo alguém que nunca sentiu o mesmo por mim. Alguém que está totalmente fora do meu alcance. Já era bom demais ser amigo dela, estava ótimo. Mas, enfim, eu estava ali. E ela esperava minha resposta.
- É passado...
- Ah... – Ela voltou a se deitar em meu peito. Mas, espere. Eu senti um ar de decepção no ar? Senti? Não se iluda, !
Logo ela levantou a cabeça e voltou a me encarar. Ficou calada me observando e digamos que eu não entendi lhufas, mas até estava gostando.
- O que foi?
- É que, sabe... Eu discordo de todos.
- Era pra entender? – Ela riu, me fazendo rir também.
- Eu não sou boa demais pra você. Tipo, você é o cara que toda garota queria ter por perto. – Eu só ri. Ela tava de brincadeira com a minha cara, certo?
- Imagina se eu não fosse... Não adianta tentar me elogiar, mas valeu a intenção.
Depois disso eu senti o que mais queria. Ela me beijou, foi tão... espontâneo. Foi tudo lindo e eu me senti um retardado. Era tão idiota pensar que eu estava apaixonado. “Apaixonado”, essa palavra me soa muito feminina. Enfim, eu não podia enganar ninguém, era assim mesmo que eu estava me sentindo. Foi tudo muito rápido também. Ela ficou me olhando e eu com certeza estava com cara de idiota. Tanto que ela riu.
- Eu te amo. - Foi só o que consegui dizer.
- Eu também.
- Não como você ama.
- Como, então?
- Eu ainda gosto de você, tanto quanto antes ou até mais.
- Mas você disse que...
- Menti. – Fiz cara de criança serelepe e ela riu.
- Ok, eu perdôo. Só por causa de uma coisa.
- O quê? – Ela me deu um selinho e eu fiquei com cara de bobo de novo.
- Eu amo você da mesma forma.
Eu fiquei bem sem reação. Não sabia o que poderia falar, na verdade. Era muito estranho, o impossível aconteceu.
- Não vai falar nada?
- Não. – A abracei tão forte que talvez pudesse quebrar. Ficamos naquela de beijos e abraços por muito tempo, até perdermos o fôlego e voltarmos pra nossa posição inicial, com ela deitada no meu peito.
- Me promete uma coisa? - perguntei.
- Diga.
- Não liga mais pro que aquelas oxigenadas falam, você não precisa cansar a sua beleza com elas. Deixa tudo de lado agora e só pensa em mim. – Ela riu.
- Ok, prometo. E peço o mesmo pra você... Deixa tudo pra lá e só pensa em mim agora.
- Foi o que eu sempre fiz...


FIM



Nota da autora: Oi, eu não desisto.
Pois bem, eu fiz essa fic há um boom tempo atrás, por isso ta tão ruim. Essa coisa mínima e sem graça foi feita em vinte minutos, então relevem.
O importante é que essa fic é um dos presentes de aniversário pra minha melhor amiga, eu fiz isso pra ela e hoje [18/04] é aniversário dela, então... Parabéns, Cá, te amo demais *-*
Desde que ela tenha gostado (e, bem, ela disse que gostou), nada mais vai fazer diferença. Apenas espero que mais alguém goste. Se não, relaxa, acredito que nem perderam 3 minutos lendo isso!
Um beijo, obrigada por ler.

Parabéns, Jones, apesar de todos os tapas que eu já te dei ao longo dos seus 17 anos pela sua falta de sagacidade ou acúmulo de lerdeza (?), você é única e eu espero que a nossa amizade seja indestrutível e eterna enquanto dure. E vai durar.

alê.

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