Já era tarde da noite e null null, null da famosa banda britânica Son Of Dork estava sentado em seu sofá amarelo gema de ovo confortavelmente assistindo algum filme não muito interessante na TV.
null resolveu então desligar a TV e ir tomar banho. "Vou tomar banho e logo em seguida vou me deitar... Já está tarde pra não fazer nada." pensou sozinho.
O garoto levantou-se do sofá amarelo gema e se dirigiu ao banheiro. Entrou no aposento, ligou a torneira de água quente de sua banheira, se despiu e entrou na banheira deixando suas roupas largadas pelo chão.
null encostou a cabeça na banheira e ficou lá um bom tempo pensando em tudo, na banda, nas fãs, no seu próximo single, no que ele faria daqui a vinte anos... Então, ele escutou a campainha, interrompendo bruscamente todos os seus pensamentos. "Quem será o infortúnio que tem a ousadia de me perturbar no meio do meu banho?" pensou ele, um tanto quanto irritado.
Não julgando ser nada importante, nem se deu o trabalho de acabar seu banho, simplesmente desligou a torneira, se enxugou e pegou a toalha que segurava e enrolou-a em sua cintura.
Extremamente irado por ter tido seu banho interrompido e ter que ir atender a porta apenas com uma toalha enrolada na cintura, null estava pronto pra socar o infeliz que estivesse atrás daquela porta apertando a campainha. null respirou fundo e abriu a porta, e para sua surpresa, não havia ninguém ali o esperando. Sentindo que aquilo era uma brincadeira de mal gosto de alguma das crianças dos apartamentos vizinhos, ele já ia se virar pra entrar no apartamento de novo quando notou um envelope branco um pouco adiante de sua porta.
"Fãs..." pensou ele andando até o misterioso envelopinho branco. "Como eu imaginava, fãs."
null sentiu uma corrente de vento passar por ele e logo depois escutou um estrondo de porta batendo.
Branco como um papel, ele se virou e viu a porta de seu apartamento fechada e se lembrou que estava sem chave, e sua porta se trancava automaticamente assim que era fechada.
- Merda...- ele disse em um tom quase inaudível, indignado. - Maldito sistema anti-roubos!
Muito estressado e com muito frio, null começou a ficar desesperado, o que faria agora? Iria descer até a portaria e pedir uma cópia de suas chaves que ficavam lá para caso de emergências? Ligaria para um chaveiro? Essa seria uma ótima idéia, se não fosse pelo fato dele estar sem celular. Resolveu, então, num misto de raiva e estresse se jogar contra a porta repetidas vezes a fim de tentar arrombá-la.
null fez MUITO barulho, mais a última coisa que obteve sucesso foi arrombar a porta. Ele escorregou as costas pela parede do hall e abraçou os joelhos, desejando que não estivesse trancado pra fora de sua casa semi-nu.
Foi então, que como se seus sonhos tivessem sido atendidos, ele ouviu uma porta abrir, e instantaneamente levantou sua cabeça e olhou para a porta de seu apartamento. Mais como tudo que é bom dura pouco, para sua infelicidade, não foi a porta de seu apartamento que abriu, e sim a do apartamento vizinho ao seu. Ele olhou para a garota com a cara amassada que saia de lá de dentro e logo voltou a afundar a cabeça nos joelhos.
- Hey, garoto! - disse a menina chegando perto dele.
- Huh? - ele respondeu num murmúrio triste.
- Você tem noção de que horas são pra fazer este barulho todo? E você sabe que está usando apenas uma toalha enrolada na cintura? - ela disse arqueando as sobrancelhas.
- Uhum. - ele não estava afim de conversar, sua noite não estava sendo muito agradável.
- Ei, a educação te mandou lembranças, viu? - falou a garota, ao contendo o riso. - A propósito, meu nome é null. Mas pode me chamar de null... Acabei de me mudar
pro apartamento em frente ao seu! - ela disse alegremente, estendendo a mão para o garoto que continuava abaixado abraçando os joelhos.
Para surpresa de null, o garoto levantou sua cabeça olhando fixamente em seus olhos.
- null... - ele apertou a mão da garota, sorrindo talvez pela primeira vez naquela noite.
- Então, null, o que faz sentado aqui no hall? E o principal, usando apenas uma toalha enrolada na cintura? - ela perguntou, curiosa, se sentando ao lado dele.
- Erm... - ele coçou a nuca, embaraçado. - É uma historia engraçada...
- Certo, então, conte-me! - null disse sorrindo para ele, um sorriso contagiante ,segundo null.
- Bem... Foi assim, eu tinha acabado de chegar da casa do null, nós estávamos fazendo uma after-party...
- AH! - null o interrompeu sem dó - SABIA QUE TE CONHECIA DE ALGUM LUGAR! Você é o null do Son Of Dork, não é?- ela disse, com os olhos brilhando.
- É. Sou eu mesmo. Mas então, continuando minha história de como eu vim parar aqui... - ele fez uma pequena pausa, escutando seu estomago roncar. - Erm... Me desculpe por isso... - null falou apontando para a própria barriga.
null riu e se levantou, estendendo a mão para null logo em seguida.
- Vem, vamos entrar na minha casa, além de estar frio aqui, você parece ter fome... - ela disse, sorrindo novamente para null.
null segurou a mão da menina e se levantou do chão gelado, a seguindo para o seu apartamento.
- Continue a história, tava interessante! - ela deu uma pequena risada abafada.
null suspirou e continuou a contar:
- Então, depois de umas duas horas de festa eu comecei a me cansar, afinal nós tivemos uma semana difícil com todos esses shows, aí resolvi voltar pra casa...
null havia aberto a porta de sua casa, mais uma vez interrompendo o garoto.
- Entra, null, não fique com vergonha... - ela disse, soltando uma risada gostosa.
- Er... Com licença... - dizendo isso, o garoto entrou no apartamento super bem decorado que deixaria qualquer apartamento no chão. Os móveis em tom de salmão claro combinavam perfeitamente com as paredes em degradê de branco a salmão.
- Desculpe a bagunça, não tive tempo de arrumar ainda.
- Ah, imagina... Se for isso que você chama de bagunça, nunca vai poder entrar na minha casa!
Os dois começaram a rir desesperadamente da piada de null, até ouvirem a barriga do rapaz roncar de novo.
- Ai ai, vamos até a cozinha, vou fazer brigadeiro pra você! - null sorriu, pegando na mão do garoto e o levando até a cozinha.
- Briga o que? - ele perguntou, fazendo cara de ponto de interrogação.
- Brigadeiro, null... Brigadeiro é um doce brasileiro que eu aprendi a fazer com a minha avó.
- Você é brasileira? - ele perguntou interessado.
- Não. Na verdade eu sou de New Jersey, me mudei pra Londres agora a pouco tempo... Mas minha família é toda do Brasil. - ela sorriu, entrando na cozinha e acendendo a luz.
- Huum... - ele respondeu.
- Sente-se, por favor... Sinta-se em casa. - mais uma vez ela sorriu para ele.
null puxou uma cadeira que estava bem a sua frente e sentou-se nela.
- Então, continue a história. Eu sempre tô te interrompendo. - ela disse se abaixando pra pegar uma panela.
- Ah, imagine... Bom, então, onde eu estava mesmo? Ah sim! Eu voltei pra casa e sentei no meu sofá amarelo cor de gema de ovo a fim de tentar relaxar um pouco, mas como já estava ficando tarde, eu resolvi ir tomar banho pra me deitar. Entrei no chuveiro e não deu nem cinco minutos algum dedo nervoso começou a apertar minha campainha...
- AI! - null disse levando o dedo a boca - Me queimei.!
- Coloca o dedo em baixo d'água, null.
- AH! Eu te interrompi de novo! Desculpe! Continue por favor, não atrapalho mais, prometo!
Ele sorriu e continuou a história.
- Eu saí do chuveiro sem nem acabar meu banho direito e me enrolei numa toalha, afinal eu só ia atender a porta mesmo... Eu pensei em ignorar o inútil que tava tocando a minha campainha, mais resolvi atender, se não o inconveniente ia me perturbar
mais ainda.
null não conseguiu se controlar, e começou a rir, imaginando a cena e recebendo um olhar assassino de null.
- Desculpe. - ela disse dando aquele sorriso que deixara null de pernas bambas.
- Então... Eu fui atender a porta, e quando eu abri, ADIVINHA, não tinha NINGUÉM lá! Achei que fosse mais uma brincadeira das criancinhas do quarto andar. - ele suspirou - Eu já ia entrar no meu apartamento de novo quando eu vi um envelopinho branco na frente da minha casa... - ele mostrou o envelope a null - Este envelopinho, sem remetente e nem destinatário, simplesmente largado a minha porta. Eu fui pegar o envelope, que eu acredito que seja de uma fã, quando senti um vento bater em mim, e de repente eu só ouvi minha porta bater! E como eu tenho um sistema anti-roubos em casa, quando a porta fecha, ela só abre com chave! E pra minha infelicidade eu estava sem chave, e não ia até a portaria pegar uma neste estado. - ele apontou pra si mesmo, se referindo as suas vestes. - Então eu tentei me jogar contra a porta, talvez conseguisse arrombá-la, mas não deu muito certo... Então eu sentei no chão do hall e fiquei lá esperando um
milagre. E parece que esse milagre aconteceu, pois eu encontrei uma vizinha super simpática que foi me tirar daquele chão gelado e me trouxe pra dentro de sua própria casa, mesmo eu estando semi-nu. - ele fez uma pausa longa para respirar. - E foi assim que eu fui parar lá. - ele deu seu melhor sorriso para null que vinha se aproximando dele com a panela de brigadeiro.
- E você abriu o envelope pra ver o que tinha dentro? - ela indagou, dando uma colher pra null. - Prova, eu garanto que é bom! - ela sorriu e pegou um pouco de brigadeiro da panela colocando-o na boca.
- Eu não abri, mas ele tá meio pesado. Deve ser alguma fã louca me mandando presentes... - ele pegou um pouco do brigadeiro e colocou na boca. - Não é que é bom mesmo? - ele disse, soltando uma gargalhada gostosa.
- Eu disse! - ela falou, vitoriosa e pegando a carta das mãos de null. - Já que você não quer abrir, posso abrir eu?
- Claro... - ele falou dando de ombros.
null abriu o envelope cuidadosamente para não rasgar nada que tivesse lá dentro. A menina tirou de dentro do envelope um bilhete e começou a lê-lo com os olhos arregalados.
- O que? - perguntou null assustado com a carta da garota.
null começou a rir desesperadamente, a garota estava até um pouco vermelha.
- Você não tem NOÇÃO do que tá escrito aqui! E a carta não é de uma fã, é da portaria do prédio!
- Oh... Posso ler então, sim?
- Não, deixa que eu leio pra você!
null pegou o bilhetinho amassado, limpou a garganta e começou a ler em voz alta para null.
- "Senhor null.
Nós, porteiros do condomínio, viemos por meio deste bilhetinho avisar-lhe que estamos lhe devolvendo a sua chave reserva.
A partir de hoje, não será mais possível deixar uma cópia de suas chaves na portaria por ordens do síndico.
Obrigado pela atenção e desculpe-nos o transtorno.
Atenciosamente, Sr. Strauss, porteiro responsável."
Quando null acabou de ler, ela tirou uma pequena chave de dentro do envelope entregando-a para null que estava mais branco que papel sulfite.
- Quer dizer que eu não precisaria ter me tacado na porta, bastava só eu abrir esse maldito envelope?
- Sim! - null disse, nã;o contendo a risada.
- Oh poxa... Sendo assim. Acho que eu já vou...
- Já? Mas tá cedo...
- null, já são três e meia da manhã.
- Oh, é verdade... Nem vi o tempo passar! - ela disse, bocejando.
- Me acompanha até a porta? - disse null se levantando da cadeira.
- Claro, senhor null. - disse soltando uma risadinha abafada.
- É, pode rir... Um dia vai ser com você!
- Quando acontecer comigo eu já sei a quem recorrer! - ela disse dando uma piscada para null e rindo logo em seguida.
Os dois foram rindo ate chegarem a porta do apartamento de null.
- Bom, então é isso... - ela disse encarando os pés descalços.
- Sim, parece que é... - ele repondeu.
null abriu a porta de seu apartamento, dando passagem para null.
- Er, null?
- Se eu fizesse er... Uma coisa que eu tenho vontade de fazer desde que eu te vi, você ficaria muito brava?
- Anh? Não? - ela respondeu sem entender muita coisa.
Não deu tempo de null assimilar o que ele queria dizer com aquilo, pois ela apenas viu null colando os lábios nos dela e a segurando pela cintura. null colocou uma de suas mãos na nuca do garoto e a outra em seu ombro, dando mais intensidade ao beijo. Os dois ficaram ali se beijando por mais algum tempo, até null partir o beijo e dar dois selinhos na garota.
- Te vejo amanhã? - ele falou, com o seu famoso sorriso eu-tenho-trinta-e-dois-dentes-na-boca-e-eles-são-brancos-e-brilhantes.
null sorriu e assentiu com a cabeça murmurando um 'sim' perto da orelha de null.
- Te ligo amanhã então, pequena. - disse isso dando um beijo na testa dela e saindo do apartamento.
- Até amanhã, null-Boy. - ela sorriu, fechando a porta atrás de si e caminhando para o seu quarto.
Os dois foram se deitar ao mesmo tempo, e de uma coisa ambos tinham certeza, aquilo fora muito mais que apenas uma atração e não ia terminar ali.
FIM
Nota da autora: Hey, xuxus
Como vocês têm passado, heein? Espero que bem.
Ai gente, que emoção, a primeira fic que eu escrevo e mando pra cá. Por favor, leiam com carinho e perdoem se tiver muito ruim. Eu não tenho experiência NENHUMA em escrever fanfics. Essa foi minha primeira tentativa.
Ah, eu quero agradecer a Laura, que foi a primeira a ler a fic! TE AMO, GEMULA.
E agradecer a Patty por betar, scriptar a fic pra mim, amo você!
E Agradecer a Ashlee Simpson, David Guetta e Martin Ten Velden por inspirarem minha cabeça ao a terminar essa fic.
Cheega, né?
Ah sim, eu tenho msn; orkut e afins, se vocês quiserem add minha humilde pessoa. Orkut, msn: classicgirlbydrica_99thebest@hotmail.com
Add, eu não mordo!
Tá, cale-se null...
Então é isso, minhas estrelinhas!
Até uma próxima,
xxxx ;
Thá.